SOMBRAS DO TEMPO de MÁRIO MACILAU

Inauguração 23 de Setembro - 18h

Temos a honra de convidar para a inauguração da exposição Sombras do Tempo de Mário Macilau, no dia 23 de Setembro, quinta-feira, a partir das 18h, onde será apresentada uma série inédita de fotografias do artista, com curadoria de Ekow Eshun. 

Abertura 18h – 21h 

Até 11.11.2021

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We are honoured to invite you to the official opening of the exhibitionShadows of Time by Mário  Macilau, on Thursday, September 23, from 6pm, presenting a new series of photographs by the  artist, curated by Ekow Eshun. 

Opening 6–9 pm 

On view until 11.11.2021

Galeria MOVART 
Rua João Penha RC 14A 1250-131, Lisboa – Portugal

22.09.2021 | par Alícia Gaspar | arte, cultura, exposição, fotografia, lisboa, Mário Macilau, sombras do tempo

Webinar "O Património é para Todos"

O webinar “O Património é para Todos”, a ser integrado na programação das Jornadas Europeias do Património (JEP), é organizado em parceria com a YOCOCU Portugal e conta com o apoio da Direção Geral do Património Cultural (DGPC) e do Centro de Investigação em Ciência e Tecnologia das Artes (Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes).

Tratar-se-á de um evento online com a duração de um dia, a decorrer a 24 de setembro, constituído por dois painéis de oradores convidados, seguidos de discussão aberta à participação da audiência. 

Tendo como mote as JEP deste ano, “Património Inclusivo e Diversificado”, para além de um primeiro painel dedicado a refletir, de um modo geral, sobre políticas (mais inclusivas) para o património, contando com a participação da DGPC e IPHAN (Brasil), MINOM e Acesso Cultura, foi preparado um segundo painel que reúne exemplos de projetos que promovem a participação e representatividade de grupos e comunidades diversas. 

Pretende-se, deste modo, colocar em diálogo projetos dinamizados por diferentes atores sociais – instituições, associações e coletivos culturais ou artísticos – representando algumas tendências atuais na aproximação ao património (como a museologia e a os processos de patrimonialização comunitária, a relação do património com a reabilitação urbana, a criação artística e indústrias criativas).

Inscrição no webinar.

Organizado por:

Ana Gago, licenciada em Comunicação (FCSH-UNL) e Mestre em Estudos Regionais e Autárquicos (FL-UL), é atualmente Bolseira FCT no Doutoramento em Estudos do Património (CITAR-UCP), dedicando-se à investigação nos cruzamentos entre criação artística, valorização do património e das comunidades. Com experiência profissional nos domínios da Comunicação Institucional, Publicidade, Produção Cultural e Gestão de Projeto, tem mais recentemente vindo a desenvolver trabalho de investigação, criação e curadoria de projetos de arte e literatura digital.

Ana Temudo, doutoranda em Estudos do Património na Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa e investigadora do Centro de Investigação em Ciência e Tecnologia das Artes (CITAR). O seu projeto de doutoramento, intitulado “Políticas de representação do património guineense nos museus portugueses na transição do período colonial para o pós-colonial: histórias, trânsitos e discursos”, é financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e pela União Europeia (UE), através da bolsa individual de investigação REF. 2020.08039.BD.

21.09.2021 | par Alícia Gaspar | cultura, inclusão, património, webinar, yococu

CAMPO DE TREINO: O QUE FAZER JUNTO?

18-22 Outubro 2021, 10h-18h, Beato (Lisboa)
Inscrições abertas até 30 de Setembro.12 vagas. Participação gratuita. Inclui almoço.


A SOS Racismo aliou-se a um grupo de activistas, pessoas da produção cultural e artistas para propor um projecto colaborativo e horizontal de auto-formação anti-colonial, antirracista e contra todos os tipos de discriminação e opressão de pessoas LGBTQIA+, com diversidade funcional e outras vítimas da violência heteropatriarcal branca. Pretende-se aqui reflectir sobre o papel que cúmplices e aliades branques/cis/hetero (etc.) podem ter no combate à discriminação e à violência. Este encontro interseccional inspira-se em modelos de “campos de treino” políticos, do passado e do presente, como espaços de auto-formação militante e de reflexão colectiva. 

Este encontro intensivo reunirá cerca de 10 participantes, acompanhades por um grupo diverso de intervenientes, durante cinco dias inteiros (10h-18h). Serão analisados coletivamente estudos de caso em torno de situações de violência, com o objetivo de imaginar possíveis estratégias para contornar ou combater essa mesma violência. Através da leitura, escuta, performance, exercícios, métodos de reparação, auto-investigação e análise militante colectiva… vamos procurar respostas a perguntas difíceis, não só para as comunidades afectadas pela violência e discriminação, mas para a sociedade no geral: Qual o papel de cada ume na luta activa contra todas as formas de opressão? Como reconhecer os nossos pontos-cegos e como combater a ignorância perante as formas sistémicas de reprodução da violência?

Como estabelecer e inventar relações de aliança, solidariedade e cumplicidade que propiciem a transformação efectiva das situações sociais em que estamos implicades? Como fazer do cuidado um método central na luta política e nos movimentos de resistência?

A equipa do projecto reúne as associações SOS Racismo e Casa T, Mamadou Ba (activista), Filipa César (cineasta e artista), Jota Mombaça (artista), Gisela Casimiro (escritora e artista), José Lino Neves (dirigente na associação Batoto Yetu), Rodrigo Ribeiro Saturnino (pesquisador da Universidade do Minho e artista) e a plataforma de produção de cinema Stenar Projects (com especial enfoque em temáticas queer e decoloniais).

A partir das experiências e ideias desenvolvidas durante o campo de treino, pretende-se criar uma publicação, com a coordenação de Gisela Casimiro. Serão igualmente produzidos conteúdos para campanhas de sensibilização, coordenadas pela SOS Racismo e pela Casa T, com vista a informar e alertar a comunidade para estas questões fulcrais.

NOTA: Os encontros terão lugar num espaço seguro, nos vários sentidos do termo, isto é, um espaço que assegure o devido distanciamento e circulação do ar, disponibilização de máscaras e gel desinfectante; mas também um espaço com privacidade, onde poderemos exprimir livremente e de maneira responsável diferentes subjectividades.

LINK INSCRIÇÃO: https://forms.gle/ChHwqEs6CyXhoyai8 

20.09.2021 | par Alícia Gaspar | evento, inclusão, LGBT, lisboa, SOS Racismo

"Ficcionar o museu", ciclo de exposições

INAUGURAÇÃO SÁBADO 2 OUT — Entrada gratuita


15H00 | Inauguração do ciclo de exposições 

16H00 | “Hrönir ou Krönir” (2021), peça sonora pelo coletivo Pizz Buin 

(Irene Loureiro, Vanda Madureira, Rosa Baptista e Sara Santos)  

As novas exposições do CIAJG exploram a ideia de museu como máquina de ficções. Outrora canonizado como um templo sagrado, hoje procura reescrever a sua gramática na disputa por uma nova ordem de objetos, saberes e de narrativas. No tempo “circular” do CIAJG, as propostas artísticas reivindicam o gasto improdutivo e a imaginação como inversão da moral económica dominante nas nossas sociedades. - Marta Mestre, curadora-geral do CIAJG

Escola de Lazer  
Priscila Fernandes

Para os antigos gregos “scholē” (escola) significava “lazer” e praticar o lazer tinha a ver com exercitar o olhar e a discussão. Referia-se também àqueles que pensam em comunidade. Priscila Fernandes apresenta pela primeira vez em Portugal um importante corpo de trabalho com três séries recentes - “Never Touch the Ground” (2020), “Labour Series” (2020) e “Free.To do Whatever We” (2018). 

Amazing Fantasy  
Ana Vaz

Ana Vaz combina etnografia e especulação nos seus filmes, escritos e vídeo-instalações e aborda, de forma crítica, as relações entre o mito e a história colonial. 

Ritual das serpentes: as “maternidades” 
Coleção José de Guimarães 

A tematização da arte africana corre o risco de criar um sistema fechado de significados. A simbologia da serpente complexifica a dualidade harmoniosa e insurgente das maternidades africanas em diálogo com trabalhos de José de Guimarães, com as naturezas-mortas de Maria Amélia Coutinho, mãe do artista, e com Vanguarda Viperina, registo de uma ação do artista brasileiro Tunga.

Meio olho, Cara longa  
Pedro Henriques

Autoportantes como entidades sobrenaturais ou planares como pinturas abertas, as esculturas de Pedro Henriques lado a lado com as máscaras africanas. São lugares desconfortáveis entre a imagem e o objeto, de uma ambiguidade que se engendra na técnica e no discurso. 

Complexo Colosso - parte II  
Vários artistas

Para a segunda parte da exposição, o curador Ángel Calvo Ulloa convida novos artistas a interpretar os sentidos da insólita estátua colossal que se encontra numa das entradas da cidade de Guimarães. Diego Vites, Carme Nogueira, a dupla Iratxe Jaio e Klaas van Gorkum e o coletivo Pizz Buin juntam-se ao grupo de artistas que interpela o relato ficcional do Colosso e a própria ideia de origem.  

Diário Atmosférico  
Virgínia Mota 

“Atmosférica” é a propriedade daquilo que é gasoso ou que exprime a noção de vapor. Assim é o diário que Virgínia Mota elabora, onde cada página é um convite à atividade indisciplinada do devaneio.

Devir-Desenho-Objeto  
José de Guimarães 

Tantas vezes considerado momento de intervalo ou de pausa na produção artística, o desenho para José de Guimarães é, pelo contrário, um exercício intenso de transformação da realidade, cobrindo um período de cinquenta anos de trabalho. 

Coleção  
José de Guimarães  
Arte africana, chinesa e pré-colombiana

O trabalho do artista José de Guimarães e as coleções que tem vindo a construir – arte africana, arte pré-colombiana e arte arqueológica chinesa – compõem um acervo fruto da sensibilidade do artista ao património popular, sagrado e arqueológico de diversas partes do mundo. No total 1128 objetos adquiridos pelo artista na Europa, dos anos 80 em diante, e confiados em comodato ao CIAJG. Estes são apresentados regularmente em diálogos com os/as artistas convidados/as. O CIAJG tem como missão a investigação das suas coleções, acreditando que o conhecimento sobre as mesmas deve ser tecido num conjunto de relações económicas, históricas e políticas, e de conexões entre saberes sem hierarquia. Desta forma, será possível olhar amplamente para este legado e diversificar a narrativa das histórias com os outros. 

CONTINUAM

“Pasado”  
Rodrigo Hernández

Alfabeto Africano   
José de Guimarães 

Sala das Máscaras  
Arte africana

SEXTA 1 OUT

18H30 | Visita-conversa ao ciclo de exposições “Ficcionar o Museu”

Na véspera da inauguração do ciclo de exposições “Ficcionar o Museu”, teremos uma visita especial com os artistas e com Marta Mestre, curadora-geral do CIAJG.

Visita reservada ao público que adquirir bilhete para o concerto La Dame Blanche (Ciclo Terra).

DOMINGO 3 OUT

11H00 | Visita Orientada às novas exposições com Mariana Oliveira    
Educação e Mediação Cultural

Maiores de 6  

Lotação limitada 

Preço 2,00 eur, mediante inscrição prévia através do e-mail mediacaocultural@aoficina.pt ou do telefone 253 424 716

DOMINGO 10 OUT

11H00 | Visita-conversa “Um mergulho nas exposições e coleções do CIAJG” com Marta Mestre

Maiores de 6  

Lotação limitada

Preço 2,00 eur, mediante inscrição prévia através do e-mail geral@aoficina.pt ou do telefone 253 424 715

DOMINGO 17 OUT

11H00 | Domingos nos Museus

“Sorte ao Desenho, Desenho à Sorte”

Oficina de Artes Plásticas com Luísa Abreu

Educação e Mediação Cultural

Maiores de 6  

Lotação limitada

Preço 2,00 eur, mediante inscrição prévia através do e-mail mediacaocultural@aoficina.pt ou do telefone 253 424 716

17.09.2021 | par Alícia Gaspar | ciajg, curadoria, exposição, ficcionar o museu, marta mestre, Museu

Apresentação do livro "Fotografia Impressa e Propaganda em Portugal no Estado Novo"

A publicação é um estudo sobre a imagem fotográfica impressa produzida como instrumento de propaganda pelo Estado Novo português. Uma referência para historiadores, investigadores, colecionadores e fotógrafos. 

Através da montagem e da fotomontagem, a fotografia impressa durante o Estado Novo em Portugal explorou as possibilidades narrativas e conotativas da imagem em diferentes media, tornando-se relevante tanto na propaganda oficial como nos discursos de oposição ao regime.

Coordenado por Filomena Serra, o livro inclui 238 reproduções de 50 publicações históricas que vão de 1928 até ao fim da ditadura em 1974 (livros, revistas ilustradas e catálogos), organizadas em quatro capítulos temáticos e acompanhadas por comentários que resumem e contextualizam cada uma das publicações referidas. 

A apresentação terá lugar no sábado 25 de setembro pelas 16 horas no Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado. No debate  intervirão Emília Tavares, conservadora e curadora para a área da Fotografia e dos Novos Media do Museu Nacional de Arte Contemporânea; Jacinto Godinho, jornalista da RTP e Professor na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e investigador do Centro de Estudos de Comunicação e Linguagens; bem como Filomena Serra, historiadora da arte e investigadora integrada do Instituto de História Contemporânea da NOVA/FCSH; e Leo Simoes, co-director da Editora Muga.

Fotografia impressa e Propaganda en Portugal no Estado Novo já está à venda na web da editora


15.09.2021 | par Alícia Gaspar | arte, Estado Novo, fotografia, fotomontagem, história, livro, Portugal

Le Roman algérien: relectures contemporaines d’un imaginaire collectif

Rencontre entre Katia Kameli et Marie-José Mondzain modérée par Vanessa Brito

Samedi 18 septembre 2021 — 16:00 FR / 15:00 PT

Entrée libre dans la limite des places disponibles. 
Réservation conseillée. 

Sur ce lien l’évènement Facebook à jour. 

© Katia Kameli, ADAGP, Paris, 2020.© Katia Kameli, ADAGP, Paris, 2020.

Le Roman algérien est le titre d’une trilogie de films que l’artiste Katia Kameli présente sous forme d’une installation inédite au plateau 1 du Frac. La découverte d’un kiosque au centre d’Alger, où sont vendues affiches et cartes postales qui retracent l’histoire récente du pays, pose une énigme à déchiffrer : qu’est-ce qui explique l’attrait pour cette imagerie ? Comment contribue-t-elle à la construction d’un imaginaire collectif, à l’écriture d’un roman national ? Katia Kameli mène son enquête à partir de différentes sortes d’images : images officielles, diffusées par la presse et le pouvoir colonial, images manquantes, images créées par des militant.e.s qui ont pris part aux luttes pour l’indépendance et l’émancipation. Elle donne la parole aux femmes qui les ont produites, qui les racontent et les commentent, en mettant en lumière ce que le roman national avait omis ou relégué à l’arrière-plan : leur statut d’autrices, d’actrices de la révolution, de penseurs de l’histoire politique et sociale dans laquelle elles ont été impliquées. 

La philosophe des images Marie-José Mondzain y joue un rôle important. Filmée dans une salle de cinéma à Paris, elle assiste à la projection du premier film dont elle nous offre une relecture. Puis analyse et commente, assise à sa table de travail, des séquences laissées de côté lors du montage. Dans le troisième film, elle accepte de passer de l’autre côté de l’image : elle retourne à Alger sur les traces de son histoire familiale mais se retrouve rattrapée par le présent, où la marche du Hirak l’entraîne parmi la foule.
Cette table ronde sera l’occasion de revenir sur sa rencontre avec Katia Kameli, sur le tournage de ces trois films et les questions qui les traversent. Comment raconter l’histoire de ce dont on n’a pas de traces ? Comment transformer des images et documents hérités en savoirs vivants ? Qu’est-ce qui mène à la constitution d’une archive « sauvage » qui s’invente depuis les besoins du présent, à partir d’un corpus qui n’est pas institutionnel ? La discussion portera également sur la forme que prend cette enquête filmique et la temporalité spécifique qu’elle construit. En entremêlant récit personnel et histoire collective, luttes anciennes et actuelles, images d’archives et relectures contemporaines, sa trame narrative vient remettre en question le partage entre ce qui est passé et ce qui demeure présent. Ce tissage induit une temporalité inversée et non linéaire, dans laquelle les images et les personnages du film ne cessent de revenir à l’écran et de différer d’eux-mêmes, évoluant dans un mouvement de rétroactivité qui semble donner à ce roman l’allure d’un roman d’apprentissage. 

Vanessa Brito, professeure de philosophie à l’École des beaux-arts de Marseille

« Marie-José Mondzain, je l’ai rencontrée après une projection de film, j’avais très envie de travailler avec elle, et je ne savais pas comment l’aborder. C’est une philosophe que j’avais lu, dont je connaissais la pensée, et qui avait nourri mon travail. Lorsque je l’ai rencontrée, elle m’a expliqué qu’elle avait prévu d’aller voir l’exposition au Mucem. Je lui ai dit que cela me ferait plaisir si elle trouvait le temps de m’en faire un retour, ce qu’elle a fait. C’est là qu’a commencé notre conversation. L’idée est venue alors très vite, dès que j’ai compris que mon dispositif l’intéressait et qu’il pourrait y avoir un chapitre 2 avec elle. L’idée de la salle de cinéma est apparue, la manière dont je pouvais capter son regard, j’ai réfléchi avec mon équipe au dispositif que j’allais mettre en place pour faire comprendre, à l’image, son rôle de philosophe des images. » (Katia Kameli)

13.09.2021 | par Alícia Gaspar | Katia Kameli, Le Roman algérien, Marie-José Mondzain, relectures contemporaines, Vanessa Brito

6º MEXE - Herbanário Anticolonial

O MEXE assume-se como um espaços incontornáveis no contexto das práticas artísticas comunitárias, tendo como base quatro pilares estruturais. O MEXE tem como objectivo final reforçar o papel da Arte enquanto espaço de participação, de encontro, de diálogo, de reflexão e de transformação. Este desafio amplia-se a cada edição com um aumento do número de ações, de participantes e de público. 

Herbário Anticolonial

No rasto das encruzilhadas atlânticas, a imersão envolve botânica, memória e a performance como mediação do sensível, emaranhado pedagogias de terra, fogo, ar e água. Durante a vivência de dois dias, serão trocadas com plantas segredos, rasgos e costuras da História, em práticas de manutenção por uma perspectiva negre-originarie numa partilha de diálogo e rompimento do mundo como o conhecemos.

Duração aprox: 180 min

PORTO • 20 a 21 SET.2021 - 10:00 

Dyó Potyguara é artista multilinguagem com formação em design gráfico e educação ambiental. Sua pesquisa investiga cosmotecnologias afropindoramicas, orientadas pelo desejo de uma outra iconografia y futuro na semente que plantamos hoje. Através do user ‘rastros de diógenes’ desenvolve performances e esquemas pedagógicos e/ou visuais, na presença e virtualidade. É curadora da plataforma Gira. Originária de Mamanguape, Vive e trabalha no Rio de Janeiro, Brasil.

13.09.2021 | par Alícia Gaspar | Anticolonialismo, arte, Brasil, dyó potyguara, herbário anticolonial, MEXE, Portugal

Decolonising the City

A participação no programa está condicionada a inscrição através do e-mail: miraforum@miragalerias.net
A entrada no debate está limitada à lotação máxima, tendo prioridade os participantes no percurso pedonal.

PROGRAMA:

14h00/ Percurso pedonal tem ponto de encontro na entrada dos Jardins do Palácio de Cristal. Termina no MIRA FORUM onde se realiza o debate “Decolonising the City”. 

Este evento é composto por um percurso pedonal organizado pelo colectivo InterStruct, com duração aproximada de duas horas e meia. O percurso será guiado e animado por Desirée Desmarattes e Natasha Vijay. O percurso antecede o debate no MIRA FORUM. 

Debate organizado e moderado por Ana Jara e Miguel Cardina, com a participação de Desirée Desmarattes, Dori Nigro, Marta Lança e Paulo Moreira.

PERCURSO:

O percurso é da responsabilidade do colletivo InterStruct. Visa unir experiências pessoais, memórias coletivas e relíquias do colonialismo, oferecendo uma nova visão que nos permite examinar as raízes do preconceito individual e dos sistemas de opressão.

Propõe-se uma caminhada performativa como forma de ativismo que aborda a falta de atenção, reconhecimento e revisão das narrativas e ideologias colonialistas que circulam na sociedade portuguesa.

DEBATE:

O debate “DESCOLONIZAR A CIDADE” tem por objetivo problematizar a persistência de estruturas e imaginários coloniais no espaço público em Portugal. Partindo do lugar social e político da arquitetura, o debate pretende analisar de que forma o corpo da(s) cidade(s) mantém lógicas de (re)produção de representações coloniais, modos de segregação socio-espacial e hierarquias - ora vincadas, ora subtis - nas quais ainda reverberam dicotomias como as de centro e periferia, metrópole e colónias, norte e sul.

Essa perspetiva diacrónica sobre a cidade e os desafios de a descolonizar irrompe a partir de um presente onde se torna fundamental aprofundar as discussões sobre o racismo, a violência policial e as desigualdades, ou sobre as pertenças, migrações e diásporas, e que aponta necessariamente para um futuro no qual o Direito à Cidade se assume como um emergente horizonte de cidadania.

Evento integrado na 17ª Representação Oficial Portuguesa na Bienal de Arquitectura de Veneza. Comissariado pela Direção-Geral das Artes.

EN
Participation is subject to prior registration by e-mail: miraforum@galerias.net 
Entrance to the debate is limited to a maximum capacity and participants of the walking tour will have priority.

14h00 / Walking tour beginning at the main entrance of Jardins do Palácio de Cristal finishing at MIRA FORUM, for the debate part.

This event consists of a walking tour organised by the InterStruct collective, lasting approximately two and a half hours. The walk will be guided by Desirée Desmarattes and Natasha Vijay. The tour is followed by a debate taking place at MIRA FORUM. 

Debate organised and moderated by Ana Jara and Miguel Cardina, with the participation of Desirée Desmarattes, Dori Nigro, Marta Lança and Paulo Moreira.

Walking tour:
Joining personal contemporaneous experiences, collective memories and relics of colonialism to its wider historical context can offer new insight and enable us to examine the root causes of individual prejudice and systems of oppression. We propose a performative walking tour as a form of activism that addresses the lack of attention, acknowledgement and revision of colonialist narratives and ideologies that circulate Portuguese society.

The ‘Decolonising the City’ debate aims to question the persistence of colonial structures and mentalities in the public sphere in Portugal. Starting from architecture’s social and political place, the debate is intended to analyse how the form of cities continues to (re)produce colonial representations, modes of social and spatial segregation and hierarchies - both clear and subtle - which are still abuzz with dichotomies such as centre and periphery, metropolis and colonies, north and south.

This diachronic view of the city and the challenges of decolonising it arises at a time when it is essential to discuss racism, policy violence and inequality on a deeper level, as well as to consider issues of belonging, migration and diasporas, and which also points to a future in which the Right to the City is an emerging horizon for citizenship.

Event part of the 17th Portuguese Official Representation at the Venice Architecture Biennale. Commissioned by Direção-Geral das Artes.

13.09.2021 | par Alícia Gaspar | Art, cidade, decolonising the city, descolonizar, event, Lisbon, política

2ª Mostra Taturana de Cinema

A 2ª Mostra Taturana de Cinema: Democracia e Antirracismo, realizada em parceria com a Coalizão Negra por Direitos, Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro (APAN) e Wonder Maria Filmes (Portugal), reúne curtas e longas-metragens documentais, brasileiros e de outros países, sob a premissa de que não é possível falar em democracia sem se comprometer com a luta antirracista. A Mostra acontece nos dois países de 14 a 19 de setembro, semana em que se celebra o Dia Internacional da Democracia.

Se a imagem desempenha um papel fundamental na sociedade contemporânea, para falar em democracia também é necessário descolonizar o olhar.

Da perspectiva do racismo estrutural – quando as práticas institucionais, históricas, culturais e interpessoais inferiorizam e prejudicam sistematicamente um grupo social ou étnico em benefício de outro, e isso baliza o funcionamento de uma sociedade –, as ordens imaginárias não escapam da lógica de dominação. A repetição de imagens – no cinema, na mídia, nas redes – muitas vezes torna familiar e naturaliza concepções que ajudam a construir, apoiam e mantêm opressões como racismo, sexismo, estigmatização de grupos historicamente discriminados e exterminados pela dominação de matriz colonial, que persiste no mundo globalizado de hoje. 

O cinema pode ser uma ferramenta privilegiada para combater e romper com esses modelos hegemônicos de ver, pensar e representar o outro dentro de uma lógica de opressão. Ver-se em outra perspectiva, imaginar-se, descrever-se e reinventar-se pelo cinema é uma forma de descolonizar imaginários, interrogar as matrizes de representação opressoras e criar estratégias para a construção de outras, que em vez de reduzir, multiplicam as possibilidades de existência na ideia de diversidade.

É com esse olhar que a curadoria da Mostra selecionou 23 filmes dirigidos apenas por pessoas negras e indígenas e organizou 11 atividades (debates, encontros, oficinas e mais) relacionadas às questões abordadas pelas obras. 

Os filmes e as atividades estão organizados em seis eixos temáticos: Experiências do corpo e da fé: religiosidade, estética e antirracismo; Em defesa da vida: direito ao território e ao modo de viver; Árvore da memória: busca da ancestralidade e combate ao apagamento e à invisibilidade; Muros do racismo: estruturas e fronteiras geográficas, materiais e simbólicas; Vidas negras importam: violência de Estado e genocídio da população negra; Outras histórias possíveis: memória, vozes e disputa de narrativas. 

A Mostra abre, ainda, uma conexão direta com Portugal: parte da programação está pensada especificamente para estabelecer diálogos com este país de histórico colonizador e, respeitadas as diferenças, promover debates sobre temas e entre pessoas a partir de pontos em comum. Assim, filmes de realizadores que trazem histórias vividas no continente africano e nas diásporas, em países como Angola, Guiné e Quênia, além de Portugal, somam-se à programação do encontro, proposto como espaço de diálogo e comprometimento.

Os documentários têm acesso gratuito pela plataforma TodesPlay (tanto para Brasil quanto para Portugal), por onde também serão transmitidos debates e outras atividades online com pessoas convidadas. Acontecem, ainda, algumas atividades presenciais em ambos países; destaque especial para as caminhada históricas pelos centros de São Paulo e Lisboa, revisitando lugares de presença africana nessas cidades. Em São Paulo, a programação presencial acontece no Centro Cultural São Paulo (CCSP) e no Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes. Em Lisboa, acontece no Museu do Aljube – Resistência e Liberdade. Em todos os locais presenciais, o público será reduzido e haverá protocolos de segurança.

08.09.2021 | par Alícia Gaspar | antirracismo, ativismo, cinema, democracia, mostra taturana de cinema

'Limbo', de Victor de Oliveira I TBA

Arquivo pessoal do encenadorArquivo pessoal do encenador18 a 22 setembro (exceto segunda). sábado, terça e quarta 19h30, domingo 17h no Teatro do Bairro Alto.

Limbo: lugar ou condição intermediária esquecida entre dois extremos.

Limbo: lugar imaginário para coisas ou pessoas perdidas, esquecidas ou não desejadas.
Limbo: dança das Caraíbas na qual os bailarinos, de costas dobradas, passam debaixo de uma barra; de origem incerta, diz-se estar ligada à terrível experiência nos porões dos barcos negreiros durante a travessia.

Há demasiado tempo paralisado no limbo em que a História o colocou, Victor de Oliveira cria em palco um mosaico narrativo que, entre outros elementos, percorre a história íntima de um homem mestiço nascido em Moçambique. Entre a autoficção e a ficção social, questiona as razões do negacionismo histórico, as disputas da memória coletiva, as experiências de crescer na indefinição.

Victor de Oliveira nasceu em Maputo, passou a adolescência em Portugal (onde começou a fazer teatro) e foi terminar a sua formação de ator no Conservatório de Paris, cidade onde vive desde então. Nos últimos anos colaborou sobretudo com Stanislas Nordey e Wajdi Mouawad. Encenou (e apresentou em Portugal) Magnificat a partir de Fernando Pessoa, Final do Amor de Pascal Rambert e Incêndios de Wajdi Mouawad.

Conceção, texto e interpretação Victor de Oliveira
Música e operação de som Ailton Matavela (TRKZ)
Desenho e operação de luz Diane Guerin
Desenho e operação de vídeo Eve Liot
Colaboração dramatúrgica Marta Lança
Assistente estagiária Miranda Reker
Participação especial Ana Magaia (Excerto de “Poema de infância distante” de Noémia de Sousa)
Produção executiva En Votre Compagnie (Paris)
Coprodução Teatro do Bairro Alto, Théâtre National de Bretagne

Mais infos.

 

08.09.2021 | par martalanca | colonialismo, mestiçagem, Moçambique, teatro

VI FESTIVAL DE POESIA DE LISBOA ABRE ESPAÇO PARA POETAS TRANS

O TRANSarau será o anfitrião do espetáculo, com apresentações especiais de André Tecedeiro e Fado Bicha.

Uma das atrações mais aguardadas da sexta edição do Festival de Poesia de Lisboa, que arranca no dia 12, é oTRANSarau, espetáculo que coloca em cena os discursos gênero-dissidentes, que também estão em disputa por voz e espaço nos territórios.  A presença de poetas trans no FPL é uma aposta para que eles e elas possam contar as próprias narrativas e, assim, ganhar o espaço que merecem. Nesta edição, que discutirá o tema “Terra: uma poética de nós”, serão ao todo 13 artistas LGBTs, sendo 8 deles pessoas trans/travestis/não-binárias.

É a primeira vez que o TRASarau participa de um evento internacional. Nascido no Brasil, em 2015, como espaço de exibição da produção dos estudantes do Cursinho Popular Transformação, o TRANSarau já realizou mais de 40 edições, sendo um importante evento da cena brasileira. Organizado por artistas e ativistas TRANSvestigeneres, em colaboração com LGBTQIA+, voltado para visibilidade T, o TRANSarau é formado por Andrey Lucas, Lucyfer Eclipsa, Patricia Borges da Silva, Polaris Coutinho e Kairos Castro. Importante espaço de representatividade e visibilidade da população  LGBQIA+ Trans, e de resistência negra, recebeu em 2018 o Prêmio Papo Mix, categoria “Eventos e manifestações artísticas”. 

Assinado em parceria com o Museu da Língua Portuguesa, o TRANSarau será o anfitrião do espetáculo que irá mesclar apresentações dos próprios poetas com duas presenças especiais: André Tecedeiro e Fado Bicha. Serão 60 minutos de atividade, com transmissão tanto pelos canais de Facebook e Youtube do Festival de Poesia de Lisboa quanto pelos canais de Facebook e Youtube do Museu da Língua Portuguesa.

“Atuar na empregabilidade de poetas e artistas trans, lésbicas, gays e bissexuais tem sido importante para o FPL, pois entendemos que a visibilidade apenas não fortalece as condições dignas para que esses artistas possam viver e continuar a produzir. Ademais, o potencial artístico-pedagógico de ações como TRANSarau se dá principalmente por conta da sensibilização de pessoas cis-heterossexuais e da representatividade para o público LGBT, o que contribui diretamente para o combate a LGBTfobia e a promoção do respeito e da igualdade”, explica João Innecco, curador do Festival.

Desde 2019 o Festival de Poesia de Lisboa conta com LGBTs na programação, sendo que nesta edição, além do TRANSarau e o André Tecedeiro, outros artistas trans estarão presentes. “Teremos a artista Hilda de Paulo, que estará ao lado do poeta Ramon Nunes Mello e do pesquisador Nuno Pinto, na mesa ‘Balada de Gisberta’, em homenagem à Gisberta Salce, travesti assassinada no Porto há 15 anos, fato trágico que impulsionou o nascimento da primeira marcha do orgulho do Porto”, conta João Innecco. “Este ano teve um abaixo-assinado para que uma rua do Porto levasse seu nome, dado a sua importância para a mobilização LGBT em Portugal e na Europa”, completa. 

A moderadora desta mesa será Daniela Filipe Bento, membro da direção da Associação ILGA Portugal, instituição que atua fortemente no combate à discriminação LGBT em Portugal. O assunto é tão importante nos dias atuais que a próxima edição do FPL será toda voltada à diversidade de corpo, gênero e sexualidade. 

O Festival de Poesia de Lisboa deste ano acontece de maneira virtual, de 12 a 18 de setembro, e terá a presença de poetas de seis países diferentes. Serão 9 mesas, 6 tertúlias, 3 oficinas e 3 espetáculos poéticos. A programação é aberta ao público geral através das redes sociais do Festival.  

A sexta edição do FPL tem apoio do Instituto Camões, do Camões – Centro Cultural Português em Brasília, da Livraria da Travessa, do Espaço Espelho D’Água, do Museu da Língua Portuguesa e da Associação ILGA de Portugal. 

Sobre o Festival 

O Festival de Poesia de Lisboa é uma iniciativa sem fins lucrativos criada em 2016, que tem como principal objetivo a valorização da Língua Portuguesa e o incentivo à leitura. Ao longo dos últimos anos, ele tem fomentado a democratização da palavra através da participação de poetas lusófonos de diversas idades, classes, géneros e raças. 

É um Festival aberto ao público e a todas as nacionalidades, mas apenas pessoas que tenham a língua portuguesa como língua materna podem participar da antologia comemorativa e concorrer aos prémios nos termos e condições estabelecidos no regulamento.

Idealizado por Jannini Rosa e Carla De Sà Morais, o FPL tem apoio institucional do Instituto Camões desde 2018. 

Sobre o curador

João Innecco (1993) é poeta, curador e educador em prisões. É editor da Antologia Trans (Invisíveis Produções, 2017), organizador do livro Sarau Asas Abertas: Penitenciária Feminina da Capital (Tietê, 2019) e autor das publicações artesanais Fumaça (2017), Tinto (2018), Solo (2019) e Baby (2019). Integra o TRANSarau, que recebeu o Prêmio Papo Mix 2018, e foi um dos poetas do Sarau Asas Abertas, sarau indicado ao Prêmio Jabuti 2020. Assina a curadoria do VI Festival de Poesia de Lisboa.

07.09.2021 | par Alícia Gaspar | arte, artistas trans, bissexuais, festival de poesia de lisboa, gays, lésbicas, LGBT, poesia, sexualidade, TRANSarau

29.ª edição da Quinzena de Dança de Almada

De 23 de setembro a 17 de outubro, as salas e espaços culturais da cidade da Quinzena de Dança de Almada acolhem a programação do festival, que se estende também ao Instituto Cervantes de Lisboa.

Num ano de forte aposta na criação artística de coreógrafos e companhias nacionais, e de expressiva parceria com a Mostra Espanha 2021, o programa do evento mantém, contudo, a dimensão internacional. Dos espetáculos aos programas da plataforma coreográfica, mas sobretudo nas sessões de videodança, será possível ver dança contemporânea proveniente de países como a Hungria, Itália, França, Países Baixos, Brasil, Grécia, Israel, Bélgica, Alemanha, Estados Unidos, Malásia, China, México, Argentina, México, Chile, Áustria, Equador ou Arménia.

Na abertura desta 29.ª edição, a anfitriã e organizadora Companhia de Dança de Almada estreia uma nova produção no Teatro Municipal Joaquim Benite. RGB resulta do convite da direção artística a dois jovens coreógrafos - Jon López e Martxel Rodriguez | Led Silhouette - que se têm vindo a destacar no panorama da dança contemporânea espanhola. Em residência artística desde meados de agosto, os criadores propõem uma peça que procura ser uma experiência artística caleidoscópica que usa os sentidos, a geometria, o movimento e a plasticidade, com grande ênfase na utilização da luz.

O cartaz de espetáculos segue com um programa bipartido da italiana Compagnia Bellanda, do qual se destaca Sono Solo Tuo Padre, segundo lugar do prémio Pina Bausch no FIDCDMX / Cidade do México, em 2018. É apresentado dia 25 de setembro, no Auditório Fernando Lopes-Graça. 

De 30 de setembro a 3 de outubro a Plataforma Coreográfica Internacional oferece, nesta edição, cinco diferentes programas, com 9 representantes portugueses e 8 de outros países. Por este dias, a cidade de Almada torna-se num importante ponto de encontro para coreógrafos e bailarinos, que partilham experiências e apresentam ao público os seus trabalhos no Auditório Fernando Lopes-Graça (Prog. 1 e 4), no Auditório Osvaldo Azinheira - Academia Almadense (Prog. 2 e 3) e na Casa da Cerca - Centro de Arte Contemporânea (Prog. 5).

Dia 7 de outubro é dedicado aos filmes. De tarde, a proposta vai para um road movie (de dança), Bird Dog, sob a direção da coreógrafa espanhola Marina Mascarell. A viagem, ao vivo (não é pré-gravada), é um ato efémero que acontece nas ruas de quatro cidades diferentes - Tóquio, Lisboa, Nova York e Haia - numa peça site specific apresentada por quatro intérpretes conectados por meios técnicos. Para ver em streaming, no site da Quinzena de Dança de Almada, em http://quinzenadedancadealmada.cdanca-almada.pt/ e na página de Facebook do festival (@quinzenadedancadealmada).

À noite, chega à tela do Auditório Fernando Lopes-Graça o filme de dança Retrato,  criação do projeto LaB InDança, promovido pelo Município de Santa Maria da Feira, no âmbito da iniciativa PARTIS III – Práticas Artísticas para a Inclusão Social, da Fundação Calouste Gulbenkian. O filme tem direção artística e conceção de Clara Andermatt e realização de antónio gil. A projeção será seguida de conversa com os artistas.

Da húngara Góbi Dance Company, chega-nos Freestyle, uma coprodução nipo-húngara que não foge ao estilo geométrico e minimalista que caracteriza as obras da coreógrafa Rita Gobi. András Rényi, crítico da revista húngara Színház, realça isso mesmo: “Pode ser algo sintomático que o traço mais característico dos corpos dançantes seja uma touca, que transforma a cabeça na forma de uma esfera uniforme e reduz ao mínimo o rosto do bailarino. Um verdadeiro sucesso! Lembra-me as “figuras artificiais” de Oskar Schlemmer: como se pudéssemos ver os reflexos irónicos da sublime utopia teatral da centenária Bauhaus ao olhar os nadadores que em Freestyle vão mudando de forma.”. Para ver dia 9 de outubro, no Auditório Fernando Lopes-Graça.

A 10 de outubro é a vez do coreógrafo e bailarino espanhol Jacob Gómez subir ao palco para apresentar o solo For You, e Un Niño, peça resultante de uma semana de residência artística com a escola da Companhia de Dança de Almada | Ca.DA Escola, na qual participam os bailarinos alunos.

Da companhia PURGA.c, dia 15 de outubro, será possível ver no Auditório Osvaldo Azinheira - Academia Almadense, Longue Marche. Com coreografia e direção artística de Rodrigo Teixeira, o trabalho estreado no Clube Estefânia | Escola de Mulheres, em Lisboa, é o mais recente desta jovem companhia, que regressa à Quinzena depois de em 2018 se ter apresentado na Plataforma Coreográfica Internacional.

E a fechar o cartaz de espetáculos, dia 17 de outubro, a estreia de uma nova criação dos portugueses também repetentes no festival, Catarina Casqueiro & Tiago Coelho. Em Deux—Same, a dupla criativa propõe-se questionar a alteridade entre o começo individual e o coletivo, partindo de materiais cuja essência é o movimento.

Antes ainda, para os mais novos, o festival propõe a última criação da Companhia de Dança de Almada, O fio da Macaquinha, de Ana Lázaro e Inês Pedruco. Com entrada gratuita para grupos escolares, o espetáculo que fala sobre a relação entre pessoas, será apresentado nos dias 7 e 8 de outubro. Dia 16 de outubro, o coletivo EmbalArte estreará O Museu Andante | Visita Guiada ao Mundo de Júlio Pomar, uma criação de Ângela Ribeiro a partir do livro “Júlio Pomar”, da coleção “Artistas Portugueses do Século XX”, de Mafalda Brito e Rui Pedro Lourenço.

Na mais internacional secção do festival, a Mostra de Videodança, transversal a toda a programação, este ano é possível ver 37 vídeos de diferentes realizadores e coreógrafos representantes de 17 países, dos quais 12 portugueses. As diferentes sessões propostas poderão ser vistas no Instituto Cervantes de Lisboa (I Sessão), no Auditório Osvaldo Azinheira - Academia Almadense (II e IV Sessão) e na Casa da Cerca - Centro de Arte Contemporânea (III e V Sessão).

Entre espetáculos, videos e filmes, workshops, mesas-redondas e conversas com criadores, são muitas as razões para assistir à 29.ª edição da Quinzena de Dança de Almada, que começa dia 23 de setembro.

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A programação do festival, bem como informação sobre datas, locais e modo de ingresso estão disponíveis online, em http://quinzenadedancadealmada.cdanca-almada.pt/ 

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O evento pode ser acompanhado no Facebook e Instagram, em https://www.instagram.com/quinzenadedancadealmada/  e http://www.facebook.com/companhiadedancadealmada.

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Organização:

Companhia de Dança de Almada

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Financiamento:

Câmara Municipal de Almada

Direção-Geral das Artes

República Portuguesa | Cultura

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Parceiros de programação:

Mostra Espanha 2021

Instituto Cervantes

MASH - Machol Shalem Dance House

Barnes Crossing

Irene K

CEAP - Centro de Estudos de Artes Performativas

INET-MD - Instituto de Etnomusicologia - Pólo da FMH

Up2DANCE

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Parceiros de comunicação:

Coffeepaste

TV Almada

Jornal Almadende

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Apoios:

Embaixada de Espanha em Portugal

Ministério da Cultura e do Desporto de Espanha

Câmara do Comércio Portugal - Israel

Embaixada de Israel em Portugal

Pousadas de Juventude

Cacilhas Guest Apartments

Mercure Hotels

Villa Batikano’s

Veg-e-tal - Restaurante Vegetariano

Annapurna - Cozinha Nepalesa

Burro Velho - Espaço Cultural, Pizzeria, Bar

Coisas degostar - Take Away & Delivery

Hamburguês - Hambúrgueres Artesanais

Nestlé Fitness

Fertagus

TST - Transportes Sul do Tejo

Almada Forum

UrbanInk

07.09.2021 | par Alícia Gaspar | Almada, arte, criação artística, dança, expressão corporal, festival, lisboa, quinzena de dança de Almada

O “Jantar Indiscreto” que vai pôr o país a digerir preconceitos

Idealizado e produzido pela Muxima Bio BV, o formato televisivo “Jantar Indiscreto” estreia-se na RTP2 com um menu de seis episódios, especialmente cozinhados para colocar preconceitos em pratos limpos. A novidade é apresentada pela ativista e empresária de impacto social Myriam Taylor que, semanalmente, recebe quatro convidados para uma refeição sem tabus. Pré-preparada com uma experiência social.

Imagem retirada da plataforma Bantumen Imagem retirada da plataforma Bantumen

Quem são os portugueses? De acordo com o nosso imaginário, qual a aparência de uma mulher cigana? O que é identidade de género? Que estilo de vida associamos a uma pessoa gorda? Numa relação lésbica, alguém tem de assumir o papel de homem? Será que reconhecemos outras formas de se ser politicamente ativo para além da militância partidária? Se não existem raças como explicar a existência do racismo? 

Cidadãos comuns, escolhidos aleatoriamente, respondem a essas e outras questões, cozinhadas ao sabor de crenças preconceituosas e digeridas durante um jantar, especialmente servido para combater a discriminação. O menu inclusivo, idealizado e produzido pela empresa de inovação Muxima Bio, começa por trazer a lume estereótipos internalizados – através de perguntas que expõem vieses –, para depois juntar à mesa quem vive os preconceitos na pele.

É o caso de Maria Gil, atriz de etnia cigana, e também o de Sascha Joffre, médico negro, bem como o de Júlia Pereira, ativista transexual. São igualmente as situações de Alexandra Santos, mulher negra e lésbica, e de Simão Teles, que desde cedo enfrentou a exclusão pelo peso e pela orientação sexual. Cada pessoa no seu lugar de fala, todas põem em pratos limpos, sem filtros nem tabus, as suas histórias de discriminação.

Assim se explica o conceito do “Jantar Indiscreto”, assinala a host Myriam Taylor, co-fundadora e dreamer in chief da Muxima Bio, empresa de inovação que idealizou e produziu este formato televisivo. “O nome do programa diz-nos que estamos perante um ambiente intimista e com verdade”. Seis programas para seis preconceitos. A proposta está a “marinar” há cerca de ano e meio, revela a também ativista e lobista, adiantando que a pandemia abrandou os planos de realização, engendrados entre refeições. “O projeto começou a ser desenhado quando entendi que a riqueza das conversas que eu promovia nos jantares em casa não se deveria cingir a esse espaço”, conta Myriam Taylor, que vê agora o formato ocupar um espaço na grelha da RTP2. “Na verdade, apresentámos a proposta inicialmente à RTP 1, mas o diretor José Fragoso não achou interessante, e passou a bola à Teresa Paixão, da RTP2, com quem tenho uma dívida de gratidão por ter acolhido este programa, que julgo ser urgente”. 

Dividido em dois momentos, o “Jantar Indiscreto” abre o apetite do telespectador com a experiência social de questionamento de estereótipos, encerrada com um encontro surpresa entre quem responde às questões e quem vive na pele os preconceitos. Num segundo tempo, essas vivências servem-se à mesa, numa conversa com a anfitriã Myriam Taylor.

A novidade apresenta-se numa primeira série de seis episódios, condimentados para nos ajudar a digerir igual número de preconceitos. “Os temas que trouxemos nesta ronda são a ciganofobia, a lesbofobia, a questão da legitimidade de alguns corpos políticos, a transfobia, a gordofobia e, por fim, o racismo”, avança a dreamer in chief da Muxima, confiante na receita positivamente transformadora deste “Jantar Indiscreto”. “O impacto que espero que possa vir a ter é, por um lado, e principalmente, de desconstrução de preconceitos, porque é disto que estamos a tratar e, por outro lado, de evolução, porque daqui também vão sair propostas que podem vir a ser acomodadas pelo Governo”.

Aceitam-se reservas!

06.09.2021 | par Alícia Gaspar | ciganofobia, gordofobia, jantar indiscreto, lesbofobia, Myriam Taylor, preconceitos, racismo, transfobia

Exhibition - UPCycles Residência Criativa Audiovisual, 2021

Inauguration of the Exhibition - UPCycles Residência Criativa Audiovisual 2021, on next Friday (September 3) at 6 pm, at the Fortress of Maputo - which will present five multidisciplinary works by emerging artists from Mozambique and Cape Verde, with tutorship by Ângela Ferreira ( Portugal/South Africa) and Edson Chagas (Angola).

An organization of the Association of Friends of the Museum of Cinema (AAMCM) with funding from the Calouste Gulbenkian Foundation and with your indispensable support.  

02.09.2021 | par Alícia Gaspar | Art, audiovisual, cape Verde, exhibition, Maputo, mozambique, museum of cinema, Portugal, upcycles

Encarceramento e sociedade: do período colonial aos seus legados pós-coloniais

Organização: Diana Andringa, Júlia Garraio

Prazo para envio de artigos: 30 de novembro 2021


Os impérios coloniais e o tráfico transatlântico criaram, nas diversas áreas geográficas, um sistema de poder assente na hegemonia branca em todas as esferas da sociedade e na concomitante relegação dos povos indígenas, das populações negras e das minorias não-brancas para lugares sociais marginalizados e subalternizados (Mills, 1997).1

Entre esses lugares destaca-se a prisão. Uma vasta investigação das últimas décadas tem vindo a dar a conhecer não só como os sistemas de encarceramento foram peças basilares na imposição e manutenção do poder dos impérios coloniais e das suas hierarquias étnico-raciais, como também demonstrou como essas experiências históricas são incontornáveis para entendermos as práticas judiciais e prisionais do presente na sua relação com o racismo estrutural. A dimensão étnico-racial do encarceramento contemporâneo tem sido analisada aprofundadamente a partir do contexto norte-americano. Os Estados Unidos da América (EUA), onde durante as últimas décadas se deu um crescimento exponencial de população prisional, maioritariamente constituída por jovens não-brancos (Stemen, 2017),2 é um caso paradigmático de como o “sistema industrial carcerário” do presente mantém uma relação seminal com o passado colonial escravocrata e racista do país (Alexander, 2010).3 Também o Brasil, com uma sobrerrepresentação de jovens não-brancos nas prisões, expõe de modo exemplar como os legados coloniais são essenciais para entendermos as violências e discriminações raciais do presente (Amparo Alves, 2018).4

Nos EUA e nos países da América Latina, onde a independência foi obtida por descendentes dos colonizadores, a discriminação racial prolongou quase “naturalmente” e de forma linear as estruturas sociais da época escravocrata. Por seu lado, na Europa, nomeadamente em Portugal, houve um corte temporal entre o período de visibilidade pública de negros/as traficado/as no contexto da escravatura e o presente. A partir da segunda metade do século XX, as populações originárias dos países colonizados, enquanto imigrantes e seus descendentes, ganham grande visibilidade, não só como corpos alterizados contra os quais se reinventam projetos nativistas racistas, mas igualmente como sujeitos que reclamam plena cidadania no tecido social ao qual pertencem e desafiam os legados coloniais nas narrativas nacionais.

O papel do colonialismo nas práticas carcerárias do Portugal contemporâneo corresponde a uma área de estudo que permanece em grande parte por explorar. Portugal é um dos países europeus com mais baixo índice de criminalidade; no entanto, as taxas de reclusão estão atualmente acima da média, revelando uma situação de sobrelotação prisional que chega, nalguns locais, aos 200%. A lei portuguesa não permite fazer uma categorização étnico-racial da população prisional que nos permita visibilizar, através de dados estatísticos, em que medida o sistema judicial e prisional português é permeado por discriminações raciais. A simples observação aponta, no entanto, para uma percentagem de negros e ciganos na população prisional muito superior à sua representação na população em geral.

As particularidades dos vários espaços afetados pelo colonialismo, tanto das metrópoles como dos países colonizados, indicam de facto para o colonialismo e os seus legados como a macroestrutura transversal fundamental para as várias configurações dos atuais sistemas de encarceramento pelo mundo. Veja-se, a título de exemplo, como a insularidade, prática tão comum dos impérios coloniais, se tem vindo a atualizar e reforçar no século XXI em novas tecnologias, autorizadas por novos consensos formados em torno de discursos securitários: da construção de ilhas-prisão para requerentes de asilo e refugiados/as; à criação de espaços-tampão (como a Turquia, pela União Europeia); a espaços de “guerra contra o terrorismo”, como o Campo de Detenção da Baía de Guantánamo (em Cuba) pelos EUA, onde são invocadas situações de exceção para a não-aplicação dos regimes jurídicos desses estados nem a legislação internacional.

O presente número temático da revista e-cadernos CES pretende, através de uma abordagem transnacional interdisciplinar, aprofundar o tema “Encarceramento e Sociedade”, inscrevendo-o nos espaços marcados pelo colonialismo e seus legados e reunindo contributos de diversas áreas, como História, Sociologia, Religiões, Artes e Humanidades, valorizando abordagens interseccionais que cruzem questões de género, pertença étnico-racial, classe social, religião e nacionalidade. 

A e-cadernos CES é uma publicação online, com acesso livre, que se baseia num sistema de avaliação por pares e é editada pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (Portugal). Integra atualmente as seguintes bases de indexação: CAPES, DOAJ, EBSCO, ERIH Plus e Latindex. Para mais informações sobre a publicação consulte: https://journals.openedition.org/eces.

Todos os textos devem ser originais e submetidos na sua versão completa, em língua portuguesa, inglesa, francesa ou castelhana. Podem ter até 60 mil caracteres no máximo (com espaços), incluindo notas e referências bibliográficas. Para a secção final @cetera, podem ser apresentados outros textos (até 35 mil caracteres), entrevistas e debates (até 25 mil caracteres) ou recensões críticas inéditas (máximo 5 mil caracteres).

As normas detalhadas para submissão dos textos estão disponíveis em https://journals.openedition.org/eces/804. As mensagens devem ser enviadas para e-cadernos@ces.uc.pt e indicar explicitamente que se referem ao número temático em questão – “Encarceramento e sociedade”.

Todos os contributos estarão sujeitos a um processo de arbitragem científica (em double-blind peer review).

  • 1. Mills, Charles (1997), The Racial Contract. Ithaca and London: Cornell University Press.
  • 2. Stemen, Don (2017), The Prison Paradox: More Incarceration Will Not Make Us Safer. Retrieved from Loyola eCommons, Criminal Justice & Criminology: Faculty Publications & Other Works.
  • 3. Alexander, Michelle (2010), The New Jim Crow. Mass Incarceration in the Age of Colorblindness. New York: The New Press.
  • 4. Amparo Alves, Jaime (2018), The Anti-Black City. Police Terror and Black Urban Life in Brazil. University of Minnesota Press.

02.09.2021 | par Alícia Gaspar | colonialismo, Discriminação, encarceramento, racismo, repressão

Eu nem sabia que Marvila existia

O livro Eu nem sabia que Marvila existia reúne dois anos de diferentes encontros em Marvila.

Com a participação de moradores e de investigadores de diversas áreas de trabalho (como o urbanismo, a arquitectura, a filosofia ou a história), o livro propõe um trajecto pela maior mas também das mais desconhecidas freguesias de Lisboa, Marvila.

O texto remonta às conversas entre estes diversos intervenientes, que tiveram lugar ao longo de dois anos em diversos bairros da freguesia, como se de uma única conversa, sem princípio nem fim, se tratasse. Uma conversa que projecta na paisagem do presente os múltiplos e complexos passados, e os futuros possíveis, de Marvila.

Com organização e montagem de texto de Maria do Mar em colaboração com Fátima Tomé e Inês Sapeta Dias (Arquivo Municipal de Lisboa), uma co-edição da CML com a DOCUMENTA e STET.  

Quinta-feira, dia 2, pelas 18h30 no Espaço BLX (Bibliotecas de Lisboa) da Feira do Livro de Lisboa.

31.08.2021 | par martalanca | livro, Marvila

ÁGORA _ Bienal de Arte Contemporânea da Maia 2021

ÁGORA, projeto artístico comissariado pelo curador José Maia para a Bienal de Arte Contemporânea da Maia 2021, reúne em volta da ideia grega de ágora propostas de 72 criadores e coletivos artísticos de diferentes gerações, geografias, áreas e práticas artísticas.

ÁGORA _ Bienal de Arte Contemporânea da Maia 2021 sublinha a emergência do florescimento de lugares de comunhão nas nossas cidades, no país, no imaginário transcultural.

As obras apresentadas convocam a História, a memória, a documentação e o arquivo, a identidade, e exploram as relações entre arte e comunidade, arte e ativismo, arte e trabalho, arte e investigação, arte e educação. Nestas novas e desafiantes representações simbólicas e experiências estéticas dos anos 20 do nosso século adiantam-se possibilidades de paisagens e imagens que nos permitem entrever o encontro da cidade com as suas comunidades, idear a partilha do bem comum e do espaço público, testemunhar novas direções culturais e políticas, num compromisso de atuação, no presente, com o futuro.

ÁGORA _ Bienal de Arte Contemporânea da Maia 2021 acontece de 11 de setembro a 19 de Outubro de 2021, expandindo-se do Fórum da Maia, Jardim Central e ruas da Maia, às revistas do município, ao espaço da web, televisão, com o parceiro Canal 180 e rádio online. 

ONLINE / PLATAFORMAS DE VISUALIZAÇÃO 

Site: https://bienaldamaia2021.pt

Facebook: @BienalMaia

Instagram: @bienaldamaia2021

YouTube: Bienal de Arte Contemporânea da Maia 2021

31.08.2021 | par Alícia Gaspar | agora, arte contemporânea, bienal de arte contemporânea, cultura, José Maia

“O Abecedário” junta livrarias de Portugal, Cabo Verde e Brasil

De 10 a 12 de setembro, o Abecedário - Festival da Palavra vai invadir seis livrarias em Portugal, Cabo Verde e Brasil. Com a participação de escritores, jornalistas, artistas e outras personalidades o objetivo da iniciativa é partilhar experiências acerca das múltiplas vertentes da palavra proximidade. 

Com base numa programação de tertúlias centrada no tema da proximidade e destinada a promover as livrarias de rua, este ano, o Festival da Palavra decorrerá na livraria Barata, na Stolen Books e na livraria Tinta nos Nervos, em Lisboa, na livraria Gigões e Anantes (Aveiro), e ainda na livraria Pedro Cardoso, na cidade da Praia, Cabo Verde, e na livraria Zaccara, em São Paulo, Brasil.

Entre os convidados desta edição estão a dramaturga Cláudia Lucas Chéu, a escritora Patrícia Portela, o escritor brasileiro Lira Neto, a artista visual Vanessa Teodoro e o ministro da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde, Abraão Vicente.

As tertúlias terão público nas livrarias, mas sempre dependentes do cumprimento das regras de distanciamento face à chegada da covid-19. Como forma de solução do limite, serão, igualmente, transmitidas online.

O festival é promovido pelo projeto Cabine de Leitura, uma rede de micro-bibliotecas em antigas cabines telefónicas, criada em 2014, e tem curadoria do gestor cultural Carlos Moura-Carvalho.

Texto de Isabel Marques e Lusa, originalmente publicado por Gerador a 26.08.2021

27.08.2021 | par Alícia Gaspar | abecedário festival da palavra, Brasil, cabo verde, Portugal, projeto cabine de leitura

Lisboa na Rua debate temas da atualidade por intermédio da arte

Até 19 de setembro, a música, o teatro, a dança, o cinema, as artes plásticas, o circo e a magia vão invadir as ruas da cidade lisboeta. As atividades advêm da iniciativa Lisboa na Rua, que este ano explora temas como o ambiente, o feminismo e o desporto.

Fotografia disponível via UnsplashFotografia disponível via Unsplash

Para encerrar o mês de agosto a videoarte, a dança e a magia prepararam um conjunto de apresentações ao ar livre em vários locais da cidade, através do festival Fuso, do ciclo Dançar a Cidade – que nesta edição transforma bibliotecas, museus e monumentos em pistas de dança seguras – e do Lisboa Mágica.

Em setembro é a vez da artista Grada Kilomba inaugurar no MAAT - Museu de Arte Arquitetura e Tecnologia uma instalação. O objetivo do projeto é recordar histórias e identidades dos nossos antepassados. Simultaneamente, serão ainda resgatados feitos de mulheres portuguesas que marcaram a diferença nas suas épocas, no regresso das Antiprincesas à companhia dos mais novos.

Nesta linha, o CineCidade regressa ainda ao jardim do Museu de Lisboa com quatro filmes para ver ao ar livre. As sessões ocorrem todas as sextas e sábados, a partir das 21h30, numa edição dedicada aos direitos humanos no mundo do desporto. Neste local terá igualmente lugar o primeiro espetáculo escrito e encenado pela rapper Capicua, A Tralha, que nos recorda a urgência das preocupações ambientais.

Ao longo deste mês de programação, destaque ainda para os concertos O Conde de Monte Cristo, interpretado pela Orquestra Orbis, e o concerto de estreia do Maestro Martim Sousa Tavares a dirigir a Orquestra Gulbenkian, para uma “não-edição” do Festival Lisboa Soa, no Castelo de São Jorge, uma exposição de fotografia retrospetiva do projeto Parallel Review

No âmbito do Lisboa Soa será lançado um livro intitulado “Arte Sonora, Ecologia e Cultura Auditiva: Lisboa Soa 2016-2020”, que reúne o trabalho feito ao longo de cinco edições deste festival, por intermédio da arte sonora e de uma série de conversas e textos de artistas que participaram no festival. 

Podes consultar a programação na íntegra aqui

Realce-se que todos os eventos têm entrada gratuita, mas com lotações reduzidas de acordo com as normas de segurança em vigor anunciadas pela Direção Geral de Saúde.

Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC) da Câmara Municipal de Lisboa é a responsável pela iniciativa Lisboa na Rua.

Texto de Isabel Marques, originalmente publicado por Gerador, a 27.08.2021

27.08.2021 | par Alícia Gaspar | ambiente, arte, desporto, EGEAC, feminismo, Grada kilomba, lisboa, maat

FICCIONANDO A TERRAFORMAÇÃO DE MARTE, ESPECULAMOS SOBRE A ÁGUA NO ALENTEJO

SPHERE4

Instalação de Artes Visuais no Paiol de Elvas

Festival A Salto

27-28-29 Agosto 2021

Conversa com o público no dia 28 às 18h, no Paiol de Elvas.


SPHERE4 é um universo ficcionado, inspirado numa pesquisa histórica acerca da paisagem do Alentejo e dos seus dispositivos de recolha e distribuição de água.

Partindo da história aquífera de Elvas como inspiração para uma arqueologia ficcional sobre civilizações passadas ou futuras, terrenas ou espaciais, explora-se a presença da água, da abundância à desertificação, e diferentes dispositivos de recolha ou distribuição, atravessando diferentes escalas ‘sitespecific’ e ‘timespecific’. Esbatendo a fronteira entre a criação audiovisual, a investigação e a ficção científica, esta instalação evidencia a relação de uma qualquer civilização com a água, esbatendo a fronteira entre a colonização espacial e a transformação climática do sul europeu.

Um projecto de Bruno Caracol, Marie Fages and Pavel Tavares

PRODUÇÃO | Cooperativa Laia

APOIOS | Direcção-Geral das Artes | Cultivamos Cultura | Oficinas do Convento | Um Colectivo

26.08.2021 | par Alícia Gaspar | arte, artes visuais, cooperativa laia, cultivamos cultura, direção geral das artes, festival a salto, oficinas do convento, sphere4, terraformação de marte, um colectivo