Lançamento VERA MANTERO — MATÉRIAS. FORÇAS. IMAGINÁRIO, org. Ana Pais

Não sei até que ponto quem só olha para a dança tem acesso à dança,

 acesso àquilo que nos acontece quando se está «dentro» da dança.

 — Vera Mantero


As edições 
Orfeu Negro e a Casa do Comum convidam para o lançamento do livro VERA MANTERO — MATÉRIAS. FORÇAS. IMAGINÁRIO.

Na próxima quinta-feira, 21 de Março, às 19h, o encontro é na Casa do Comum.
A apresentação conta com a organizadora da obra, Ana Paiso filósofo José Gil e com a bailarina e performer Vera Mantero.

Contamos também convosco!

 

Org. Ana Pais

Autores
Ana Godinho | Ana Pais | Bojana Kunst  Daniel Tércio | Gil Mendo | João dos Santos Martins | Peter Pál Pelbart | Vera Mantero

Revisão

Guilherme Pires | Oficina Caixa Alta


1.ª Edição
Março 2023
144 pp | 15,1 x 18 cm | 17 €

EAN 9789899071827

VERA MANTEROcoreógrafa, bailarina, performer, está há mais de trinta anos na vanguarda da dança contemporânea. Estudou dança clássica com Anna Mascolo e integrou o Ballet Gulbenkian entre 1984 e 1989. Após um período de estudos em Nova Iorque, rompeu em definitivo com a dança clássica, afirmando-se como um dos nomes centrais da Nova Dança Portuguesa. O seu trabalho como coreógrafa, iniciado em 1987, tem percorrido toda a Europa e países como Argentina, Uruguai, Brasil, Canadá, Coreia do Sul, EUA e Singapura. Em 1999 fundou O Rumo do Fumo, estrutura de criação e produção artística que se singulariza pela experimentação, a qual continua a dirigir. Representou Portugal na 26.ª Bienal de São Paulo com Comer o Coração, criado em parceria com o escultor Rui Chafes, e recebeu o Prémio Almada (IPAE/Ministério da Cultura) e o Prémio Gulbenkian Arte pela sua carreira como criadora e intérprete.

 

 

15.03.2024 | par Nélida Brito | Casa do Comum, livros, Vera Montero

Pérola Sem Rapariga | Centro Cultural Vila Flor

Pérola Sem Rapariga |

direção e encenação: Zia Soares

texto: Djaimilia Pereira de Almeida

Centro Cultural Vila Flor

Guimarães

23 Março, 21H30


Pérola Sem Rapariga inspira-se na leitura de Voyage of the Sable Venus and Other Poems de Robin Coste Lewis, e do arquivo fotográfico de Alberto Henschel. O espetáculo pensa a relação entre a superfície do corpo e aquilo que sobre ele somos capazes de dizer, entre legenda e imagem, entre a pele e o salvamento. O artista Kiluanji Kia Henda intervém no espaço da cena instalando prenúncios de apocalipse.

“A ideia é mergulhar na gargalhada e acordar do outro lado. Cair no riso como quem cai no sono e no sono como quem cai ao mar. Ou antes, rir como quem se ergue, tirar o pó dos joelhos dentro dos sonhos, erguer a cabeça dentro do abismo. Ou rir como quem se afoga. Renascer de um afogamento. Acordar da morte.

Duas mulheres que são uma andam por aqui entretidas a abrir o caminho sinuoso aonde levam as gargalhadas. Riem a bandeiras despregadas e, quando dão conta, estão em apuros, numa confusão da qual não sabem sair sozinhas.

Se há uma visão dominante, em Pérola Sem Rapariga, é que as gargalhadas das raparigas são perigosas. Parece que queremos que as mulheres posem sem rir porque temos medo do ritmo, da faca e do arco do riso — que faz tremer a terra e racha o fundo do mar.”


direção, encenação: Zia Soares

texto: Djaimilia Pereira de Almeida

interpretação: Filipa Bossuet, Sara Fonseca da Graça

artista visual: Kiluanji Kia Henda

instalação e figurinos: Neusa Trovoada

música e design de som: Xullaji

design de iluminação: Carolina Caramelo

assistência à encenação de movimento: Lucília Raimundo

vídeo promocional: António Castelo

coprodução: Sowing_arts, Teatro Nacional D. Maria II, apap – FEMINIST FUTURES (projeto cofinanciado pelo programa Europa Criativa da União Europeia)

apoio: Casa da Dança, Polo Cultural Gaivotas Boavista

duração: 1H

> 12

Espetáculo apresentado no âmbito da Odisseia Nacional, do Teatro Nacional D. Maria II

Fotografias: ©Filipe Ferreira

Imagens: https://we.tl/t-g3Fms9HCDI

Informação e reservas: https://www.ccvf.pt/detail-eventos/20240323-perola-sem-rapariga/

15.03.2024 | par Nélida Brito | espetáculo, odisseia nacional, podcast, Teatra

Jornadas pela Democracia Energética | 11 e 12 de maio 2024 | Inscrições abertas

Inscreve-te aqui: Jornadas pela democracia energetica (democracia-energetica.pt)

Nos dias 11 e 12 de maio, Lisboa será o palco das Jornadas pela Democracia Energética. Durante dois dias tornaremos o Liceu Camões num espaço livre e aberto, onde diferentes pessoas, coletivos, associações, cooperativas, movimentos e lutas sociais e ambientais se podem encontrar, conhecer e onde vamos debater sobre o futuro e a transição energética que queremos. Vamos delinear possíveis estratégias para deixar para trás o atual modelo energético centralizado, opaco, fóssil e capitalista, e imaginar um novo modelo 100% renovável, assente na ideia de energia como bem comum e direito universal; um modelo energético comunitário, público, socialmente justo e democrático. Vamos, acima de tudo, unir esforços para começar a construir esse modelo a partir dos cidadãos, das comunidades e dos municípios.
Vamos discutir os significados da Democracia Energética e como ela é essencial para responder à crise climática, social e ecológica. Mas também como operacionalizar uma gestão pública e comunitária do sistema energético e o papel dos municípios na transição. Vamos encorajar a criação de redes para a democracia energética, conhecer Comunidades de Energia Renovável, debater ações para erradicar a pobreza energética e desenhar modelos de mobilidade democrática. Vamos refletir sobre decrescimento e suficiência energética e visibilizar as lutas contra os grandes projetos extrativistas. Vamos ainda dar energia aos movimentos sociais, demonstrando que um modelo energético socialmente justo e democrático passa, necessariamente, pelo combate às desigualdades socioeconómicas, raciais, de género e no acesso à habitação. No meio de tudo isto, haverá ainda tempo para exposições, filmes, música e um mergulho no movimento SolarPunk.

Toda a informação em: Jornadas pela democracia energetica (democracia-energetica.pt)

 

14.03.2024 | par Nélida Brito | democracia energética, energia renovável, mobilidade democrática

Probing into Atmospheres of Urban (Dis)comfort. EGSC, 2024

To whom it may concern,

Please find below the call for papers for a thematic panel me and a few colleagues at ICS (Institute of Social Sciences - Lisbon) are organizing for this year’s European Geographies of Sexualities Conference, to be held in Brighton (UK) on the 2nd and 3rd of September, subordinated to the theme “Uncomfortable Spaces”.
Its title is Probing into atmospheres of urban (dis)comfort, and the deadline for individual paper submissions is on the 29th of March. You can find further details about the panel at the ebd of this e-mail. 
We are particularly interested in the sometimes convergent, sometimes contradictory relations between colonialism and cisheterosexism as concomitant systems of oppression, as they give shape to urban space; in the atmospheric and affective operation of various forms of exclusionary violence in urban life, and in insurrectionary and oppositional modes of inhabiting, surviving, and critiquing that violence.
You can find additional information on the conference (and on the panel itself), along with the paper submission form, on the conference’s official website: https://2024.egsconference.com/


Please feel free to forward this email to anyone who might be interested in this call - and thank you in advance for your time and attention! :)

All the best,
Salomé Honório(salome.honorio@ics.ul.pt)

 

10.03.2024 | par mariana | Conference, egsc 2024, european geographies of sexualities conference, ics, Probing into Atmospheres of Urban (Dis)comfort

É JÁ AMANHÃ | Na Escola das Artes | Rotas afro-atlânticas e a educação pelo artista visual Dalton Paula

Aula Aberta, a 7 de março, às 18h30, na Escola das Artes da Universidade Católica no Porto

Rotas afro-atlânticas e a educação pelo artista visual Dalton Paula no Porto

Artista procura reescrever a historiografia, incorporando toda uma cultura e herança afro-brasileira apagada dos registos oficiais

Uma casa-escola-ateliê dentro de um bosque na Goiânia, no Brasil. Dalton Paula, artista visual, criou o Sertão Negro Ateliê e Escola de Artes que remete para “um paraíso imaginário na terra”, um “refúgio de beleza idílica e tranquilidade” e que tem a sua origem no livro “O Horizonte” (1933), do escritor britânico James Hilton. Numa aula aberta, organizada pela Escola das Artes, que se realiza a 7 de março, às 18h30, no Auditório Ilídio Pinho da Universidade Católica Portuguesa no Porto, Dalton Paula vai falar sobre a sua prática artística: a construção da sua poética através da referenciação de pessoas e espacialidades negras.

Ao longo do seu trabalho, Dalton Paula investiga o corpo negro na diáspora, explorando as relações entre imagem e poder. O artista procura reescrever a historiografia, incorporando toda uma cultura e herança afro-brasileira apagada dos registos oficiais. As suas obras, como “Rota do Tabaco” [2016] “Bamburrô” [2019] e “Rota do Algodão” [2022], abordam o Atlântico Negro com elementos que emergem do contexto das comunidades visitadas durante a investigação. Dalton Paula aborda as rotas relacionadas com a exploração de trabalhadores escravizados no Brasil colonial. Como desdobramento de todo o seu percurso na arte, criou o Sertão Negro Ateliê e Escola de Arte que surge a partir do desejo de criar novas rotas para jovens artistas.

Esses territórios quotidianamente reescrevem a história do Sertão, desse Sertão Negro, que define e também expande as fronteiras e se posiciona como centralidade. Numa área de mais de 960 metros quadrados, o Sertão Negro é composto por um espaço central com pé direito duplo. O ateliê possui um forno industrial para queima de cerâmica, porcelana e vidro; uma prensa de gravura e uma biblioteca com cerca de três mil livros. Na choupana são realizadas as aulas de capoeira angola, gravura e cerâmica; e ainda sessões do cineclube Maria Grampinho, cuja proposta curatorial destaca os cinemas negros, o que reitera as nuances educativas e pedagógicas do projeto. O Sertão Negro é um espaço de arte, de cocriação, no meio da floresta da Goiânia, no Brasil.

Esta conferência faz parte do ciclo “Não foi Cabral: revendo silêncios e omissões”, um programa com co-curadoria de Lilia Schwarcz (antropóloga e historiadora brasileira) e Nuno Crespo, que contempla uma agenda de concertos, conferências, exposições e performances, que vão decorrer entre 16 de fevereiro e 24 de maio. O ciclo é organizado pela Escola das Artes, em parceria com a Universidade de São Paulo (Brasil) e a Universidade de Princeton (EUA).


 

06.03.2024 | par mariana | artista visual, dalton paula, escola das artes, Escola das Artes da Universidade Católica no Porto, rotas afro atlânticas e a educação

" A Flor do Buriti", de João Salaviza, Renée Nader Messora | 19 Março, 21h30, Cinemateca

A sessão de A FLOR DO BURITI será antecedida de um cocktail na esplanada da Cinemateca - 39 degraus, a partir das 19h30. 

05.03.2024 | par Nélida Brito | cinema, filme, João Salaviza, Renée Nader Messora

Católica e Serralves inauguram exposição “Travelogue” de Pedro Barateiro no Porto

Artista dá ainda a conhecer a sua performance ” Como Fazer uma Máscara”
No dia 29 de fevereiro, às 18:30, vai ser apresentada a instalação Travelogue (2006), de Pedro Barateiro, no campus Porto da Universidade Católica Portuguesa. Esta exposição, com curadoria deJoana Valsassina, é a quarta iniciativa organizada no âmbito da adesão da Universidade CatólicaPortuguesa ao corpo de Fundadores da Fundação de Serralves e integra o Programa de Exposições Itinerantes da Coleção de Serralves.

Pedro Barateiro encontra na investigação de arquivo e na criação de microficções, estratégias paradesmontar narrativas históricas e contemporâneas que continuam a sustentar a cultura hegemónicaocidental. Na obra Travelogue, o artista apresenta uma compilação de imagens retiradas de filmes depropaganda do Estado Novo, outrora exibidos no início de sessões de cinema enquanto reportagens quedocumentavam o crescimento de cidades e a criação de infraestruturas nas antigas colónias portuguesas, em Angola e Moçambique. A estrutura de projeção concebida por Barateiro reforça oanacronismo destas imagens, que revelam hoje, mais do que a construção de cidade, a edificação deuma ideologia.

A exposição “Mãos sobre a cidade” apresenta um conjunto de obras de artistas portugueses einternacionais representados na Coleção de Serralves que se debruçam sobre a realidade urbanacontemporânea, investigando processos de ordem física, económica, social e cultural que moldam a vidana cidade. Mãos sobre a cidade inclui também um núcleo expositivo que reúne obras de diversosartistas no campus de Lisboa, e a apresentação de obras dos artistas E. M. Melo e Castro e GordonMatta-Clark, nos Centros Regionais de Braga e Viseu.

No mesmo dia, 29 de fevereiro, Pedro Barateiro realizará uma performance, pelas 19h, no Auditório Ilídio Pinho. Denominada “Como Fazer uma Máscara / How to Make a Mask”, a obra assume a forma deum monólogo, acompanhado por um conjunto de imagens projetadas, onde a pessoa que lê o textotenta pensar a questão da máscara, através de dispositivos de linguagem e imagem e exemplos que vãoda história do teatro ocidental a testes de personalidade. O evento faz parte do ciclo “Não foi Cabral:revendo silêncios e omissões”, um programa com co-curadoria de Lilia Schwarcz (antropóloga ehistoriadora brasileira) e Nuno Crespo (diretor da Escola das Artes), que contempla uma agenda deconcertos, conferências, exposições e performances, que vão decorrer entre 16 de fevereiro e 24 demaio. O ciclo é organizado pela Escola das Artes, em parceria com a Universidade de São Paulo (Brasil) ea Universidade de Princeton (EUA).

Mais informações: www.ucp.pt

29.02 — 24.06.24 Travelogue (2006) de Pedro Barateiro Curadoria: Joana Valsassina Universidade Católica Portuguesa - Porto Átrio do Edifício Central, R. de Diogo Botelho, Porto

Esta exposição integra o Programa de Exposições Itinerantes da Coleção de Serralves que tem porobjetivo tornar o acervo da Fundação acessível a públicos diversificados de todas as regiões do país.

Mais informações: Inauguração e performance: Mãos sobre a cidade - Investigações artísticas nomeio urbano - PEDRO BARATEIRO | Universidade Católica Portuguesa - Porto (ucp.pt)
Pedro Barateiro Nasceu em 1979 em Almada. Vive e trabalha em Lisboa. Estudou na Associação Maumaus em Lisboa eobteve o grau de mestre pela Academia de Arte de Malmö, na Suécia. Foi artista residente do ThePavillon – Palais de Tokyo em Paris e bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian.Pedro Barateiro já teve exposições individuais no Museu de Serralves, Museu Coleção Berardo, Museude Arte Contemporânea de Vigo, entre outros. Participou na 29ª Bienal de São Paulo, 16ª Bienal deSydney ou 5ª Bienal de Berlim. Apresentou performances em Paris, Beirute, Zurique, Porto, Lisboa e SãoPaulo. Barateiro fundou e geriu, com um conjunto de artistas, o Parkour, um espaço ligado à Avenida211 em Lisboa. Em 2018, o artista fez parte da exposição coletiva O Estado das Coisas, inaugurada no Camões Berlim.

29.02.2024 | par mariana | exhibition, exposição, Pedro Barateiro, performance

"Mulheres do meu país" - Um filme de Raquel Freire

08 mar 2024 SEXTA, 16:30

Local Auditório 2 Fundação Calouste Gulbenkian

Entrada livre Sujeita à lotação do espaço

Exibição do filme seguida de conversa com a realizadora Raquel Freire e Rita M. Pestana, responsável pela montagem do filme

Vamos celebrar os múltiplos retratos de mulheres que fazem este país avançar todos os dias. Através da voz de cada uma destas mulheres conhecemos a riqueza das experiências vividas, que, juntas, nos dão um legado de confiança, justiça, perseverança, respeito e liberdade. 

São 14 histórias cruzadas, sobrepostas, contrastadas e colocadas em diálogo, são 14 testemunhos de vida, de resistência, de dignidade, que nos emocionam, interpelam, que ora nos provocam gargalhadas ora nos fazem engolir em seco. 

Em cada mulher, uma história onde se cruzam múltiplas opressões, em cada sujeito uma singularidade que é também a síntese de múltiplas determinações sociais. No seu conjunto, um retrato do país, das estruturas, das desigualdades, mas também da inteligência, da coragem, da emancipação, da luta pela felicidade.


28.02.2024 | par mariana | exibição de filme, Fundação Calouste Gulbenkian, mulheres, Raquel Freire, Rita M Pestana

Dia 01 de março em Lisboa| Apresentação do livro de Nuno Crespo

Apresentação do livro de Nuno Crespo, diretor da Escola das Artes, dia 01 de março, às 19h

Textos Públicos – Arte Portuguesa Contemporânea 2003-2023

Apresentado pela Bárbara Reis e pelo José Pedro Cortes

Apesar do subtítulo “Arte Portuguesa Contemporânea 2003-2023”, o livro Textos Públicos não pretende fazer a história destes cerca de 20 anos expositivos. O objetivo é contribuir para a construção da memória dos diferentes momentos e contextos artísticos, ajudando a perceber aquilo que foi, em linhas gerais e necessariamente incompletas, a receção do trabalho de um conjunto de artistas e, assim, contribuir para uma história da arte portuguesa contemporânea nos primeiros 20 anos do seculo XXI.

Os textos são todos de ocasião: responderam a momentos expositivos e disseram sempre respeito a escolhas pessoais. A estas duas circunstâncias junta-se o constrangimento (mas também a sorte) de quase todos terem sido escritos para o jornal Público. Desta forma, este livro não é só sobre presenças, mas também sobre ausências: faltam artistas, exposições e obras, fundamentais não só no contexto da arte portuguesa contemporânea, mas também na maneira como são referências, ainda que invisíveis e discretas, no modo de ver e entender muitas das exposições aqui presentes,” indica Nuno Crespo, diretor da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa.

Nuno Crespo é curador, crítico de arte e investigador português, que se tem dedicado ao estudo dos cruzamentos entre arte, filosofia e arquitetura, e a autores como KantWittgensteinWalter BenjaminPeter Zumthor ou Adolf Loos. Licenciado e doutorado em filosofia pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, é também professor universitário e diretor da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa e colaborador habitual, enquanto crítico de arte, do suplemento cultural Ípsilon (Público), tendo sido membro do seu conselho editorial.

Ainda segundo o autor, “Este é um exercício permanente de, à maneira de um esgrimista, para usar a poderosa metáfora de Walter Benjamin, encontrar a distância certa relativamente às obras e aos artistas; depois saber encontrar a melhor forma de ataque, tendo a consciência de que deste jogo — que é igualmente uma luta, para continuar com Benjamin — se sairá sempre perdedor: as obras ganham sempre, por mais certeiros que sejam os golpes críticos, elas sobrevivem sempre. As palavras são somente formas tímidas e sempre provisórias de aproximação.”

Editado pela Documenta, a apresentação do livro de Nuno Crespo, acontecerá no próximo dia 01 de março, às 19h, na Brotéria, em Lisboa, e contará com a presença de Bárbara Reis e de José Pedro Cortes.

28.02.2024 | par Nélida Brito | apresentação livro, arte, artistas, memória, Nuno Crespo

Livraria Ulmeiro reabre a 4 de março

A reabertura da histórica Livraria Ulmeiro acontece já no próximo dia 4 de março, num novo espaço disponibilizado pela Junta de Freguesia de Benfica para acolher a Ulmeiro, assim como outros serviços de interesse cultural da Junta de Freguesia. Aquela que foi a única livraria de Benfica, e um espaço histórico da literatura e da cultura durante décadas, vai agora renascer no n.º 19 B da Avenida do Uruguai. Um outro local, mas na mesma avenida em que abriu portas há mais de 50 anos. O espaço abre com o apoio da Junta de Freguesia de Benfica e contará com uma galeria de arte e atividades culturais. E já tem programação para o próximo mês de março!

27.02.2024 | par mariana | Espaço Ulmeiro, José Antunes Ribeiro, Junta de freguesia de Benfica, Livraria Ulmeiro, reabertura

Open Call | UMA REVOLUÇÃO ASSIM: Assembleia Geral

A crise da habitação leva-nos para a rua. É um lugar tenso de negociação de princípios democráticos e um reflexo da nossa sociedade. Desafiada pela desigualdade social, a migração, a crise ecológica e a incerteza económica, a sociedade enfrenta questões complexas. Cada vez menos pessoas têm acesso a habitação a preços acessíveis. Simultaneamente, as constelações, rituais e dinâmicas sociais estão a mudar rapidamente. O que falta cumprir no direito à habitação?  

Queremos muito convidar-vos para a participação na construção do festival UMA REVOLUÇÃO ASSIM - Luta e ficção: A questão da habitação, que irá acontecer entre 25 de setembro e 6 de outubro de 2024. Neste âmbito realiza-se como evento de preparação uma Assembleia Geral, no dia 19 de março entre as 17h00 e às 20h00 na Culturgest

A Assembleia Geral será um debate público com apresentações de várias iniciativas e projetos de habitação cooperativa e colaborativa, e uma reflexão sobre outros tipos de habitar e novas formas de viver. Um fórum de democracia. Todas as ideias são bem-vindas. Mais informações podem encontrar aqui, para participação ou/e apresentação de projeto ou iniciativa (max. 5 min), por favor preenchem este formulário até dia 10 de março.

O festival UMA REVOLUÇÃO ASSIM - Luta e ficção: A questão da habitação realiza-se no âmbito dos 50 anos do 25 de Abril, é um festival de pensamento critico, de diálogo e de reflexão coletiva sobre o que tipo de sociedade queremos construir. É uma iniciativa do Goethe-Institut Portugal, em colaboração com a Culturgest – Fundação Caixa Geral de Depósitos. Curadoria: Julia Albani, Participação artística: Nuno Cera

Esperamos poder contar com a vossa presença e participação.

Julia Klein

Programação Cultural | Dança, Música, Teatro | Kulturprogramm | Tanz, Theater, Musik

Goethe-Institut Portugal - Campo dos Mártires da Pátria, 37, 1169-016 Lisboa Portugal

23.02.2024 | par mariana | assembleia geral, crise da habitação, open call

Manifestação Contra o Racismo, a Xenofobia e o Fascismo

O Grupo de Ação Conjunta Contra o Racismo e Xenofobia convoca todas as pessoas que acreditam na democracia para uma grande manifestação nacional de luta contra o racismo, a xenofobia e o fascismo, no próximo dia 24 de fevereiro, sábado, a partir das 15 horas. Esta manifestação vai ter lugar em várias cidades do país em simultâneo.
Numa altura em que o racismo, a xenofobia e a extrema-direita ganham terreno, não só em Portugal como em toda a Europa e a nível mundial, é urgente sair à rua e mostrar a nossa força para exigir propostas e ações significativas, concretas e eficazes para combater o racismo estrutural e institucional patente na sociedade portuguesa! 

É urgente que, nos próximos dias, todas as forças políticas democráticas, assumam publicamente compromissos muito claros para combater o racismo, a xenofobia e a islamofobia, que afetam diretamente a vida das pessoas racializadas e comunidades imigrantes, sempre mais vulneráveis no que respeita ao acesso a direitos básicos como a habitação, saúde, educação, transportes, justiça, cultura e informação. 
É urgente dar um sinal inequívoco e público de que recusamos conviver em Portugal com organizações políticas e sociais de extrema-direita, racistas, xenófobas, islamofóbicas e homofóbicas, que as mesmas são inaceitáveis, anti-democráticas e ilegais, porque contrárias à Constituição da República Portuguesa e ao artigo 240.º do Código Penal. Queremos manifestar a nossa total solidariedade para com as vítimas de crimes motivados por ódio em Portugal.
A negação da realidade, a inércia sistemática e omissão de assunção de responsabilidades que temos testemunhado ao longo de décadas, por parte das entidades com atribuições para zelar pela defesa do Estado de Direito são o terreno fértil para a impunidade dos atos de racismo e de xenofobia. Não é estranho, por isso, observar que estes têm vindo a aumentar. Assim nos dizem os relatórios emitidos pela Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial,  pelo Comité da ONU para a Eliminação da Discriminação Racial, pelo Grupo de trabalho das Nações Unidas sobre Pessoas de Ascendência Africana e pela Comissária do Conselho da Europa para os Direitos Humanos. 
O Grupo de Ação Conjunta Contra o Racismo enviou, no passado dia 27 de janeiro, uma carta aberta a várias entidades públicas pedindo que impedissem uma marcha de movimentos de extrema-direita “contra a islamização da Europa”, prevista para o passado dia 3 de fevereiro, marcada pelo discurso de ódio contra as comunidades imigrantes, que é um crime, previsto e punido no Código Penal Português. A carta, com 8474 assinaturas, não obteve resposta de nenhuma das entidades destinatárias revelando um desprezo total pelo apelo feito, abrindo caminho para a prática de crimes pelas ruas de Lisboa, testemunhados por um país inteiro, sem que as autoridades fizessem cumprir a lei.    Aqui disponível: https://drive.google.com/file/d/1KQpjEzU0cRsLpORjoLqpkvLT2Van4ZcG/view   
Sairemos à rua para mostrar que não nos conformamos com a indiferença, a inércia e o desrespeito pelas conquistas do 25 de abril, de tantas pessoas que deram a sua vida para deixarmos para trás a ditadura que a extrema-direita quer recuperar. A liberdade e a igualdade são os valores que nos movem na defesa da democracia!O silêncio das instituições é cúmplice. Não o acompanharemos nem o legitimaremos! 
A luta contra o racismo, a xenofobia e o fascismo faz-se aqui e agora, nas escolas, nas ruas, nas pequenas e grandes ações e nas urnas, no próximo dia 10 de março. Vamos votar contra o racismo, a xenofobia, o fascismo e o discurso de ódio da extrema-direita!Vamos mostrar a nossa força, a força da democracia! Juntos somos mais fortes! 


Grupo de Ação Conjunta Contra o Racismo8/2/2024

23.02.2024 | par martalanca | a Xenofobia, fascismo, Manifestação, racismo

Southern Thoughts on a Northern Biennale - podcast by Laura Burocco

Observations and reflections on the European and North American art world from the perspective of Southern Hemisphere artists and art practitioners, with a focus on the Venice Biennale. A critical examination of the resurgence of interest in African art and explores issues around representation, inclusion, power imbalances, and ongoing coloniality in the global art world.

EPISODE 1 | An Overview of the Path of the Venice Biennale - inception to the entry of actors from the South

EPISODE 2 | African Art in the Global Market

EPISODE 3 | A Remarkable Achievement 

Interviewed:

Acaye Kerunen, artist Uganda Pavilion

Afroscope, artist Ghana Pavilion

Ame Bel, curator South African Pavilion

Anonymous Namibian Artist

Anonymous Pavilion’s assistant

The Botswana Pavillion

Collin Sekajugo, artist Uganda Pavilion

Diego Araúja, Brazilian artist Ghana Pavilion

Fadzai Muchemwa, curator Zimbabwean Pavilion

Katya García-Antón, co- curator Sámi Pavilion

Na Chainkua Reindorf, artist Ghana Pavilion

Phumulani Ntuli, artist South African Pavilion

Robel Temesgen, Ethiopian artist part of the African Art in Venice Forum

Roger Ballen, artist South African Pavilion

Shaheen Merali, curator Uganda Pavilion

Solange Pessoa, Brazilian artist part of the main exhibition

Content production: Laura Burocco 

Escutar podcast

APPLE: https://podcasts.apple.com/pt/podcast/southern-thoughts-on-a-northern-biennale/id1720692802?uo=4&ct=rephonic&mt=2

SPOTIFY: https://open.spotify.com/show/1gCBNvXriRWjD1jmnkGYsy 

23.02.2024 | par martalanca | Afro-diaspora, Biennale art, Global South

Embaixada do Canadá - Convite Celebração Black History Month

A Embaixada do Canadá em parceria com a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), tem o prazer de convidar para uma Gala de música e arte para celebrar o Black History Month.

 A Gala será precedida de uma receção.

Quinta-feira, dia 29 de fevereiro

Receção: 18:15 – 19:00

Gala: 19:00 – 20:30

Fundação Calouste Gulbenkian – Auditório 2

Av. de Berna 45A, Lisboa

Por favor, confirme a sua presença até dia 25 de fevereiro, preenchendo o seguinte formulário.

 

23.02.2024 | par Nélida Brito | black history, embaixada do Canadá, Fundação Calouste Gulbenkian

Um Mini Museu Vivo de Memórias do Portugal Recente | CCB

Projeto documental, filho do emblemático Um Museu Vivo de Memórias Pequenas e Esquecidas, este Mini Museu abre os baús e arquivos do Teatro do Vestido no ano em que se comemora o 50.º aniversário do 25 de Abril, o «dia inicial, inteiro e limpo.» Que melhor momento para desenterrar e invocar memórias? Para recitá-las como a uma litania, para reavivá-las e com isso inscrevê-las, que é muito do que a memória pede: inscrição, transmissão. Memórias com futuro, estas. Visitamos aqui histórias que não abordámos no espetáculo-mãe; focamos outros pormenores das fotografias, tocamos outras músicas, fazemos outras perguntas. Começamos pela primeira, primordial: quanto tempo é preciso passar para que possamos falar sobre isto? E terminamos a sarar as feridas do nosso arquivo entretanto inundado e quase perdido, que nos recordou quão frágil é, afinal, a memória dos acontecimentos, e os artefactos de que nos rodeamos para a contar e explicar às gerações futuras.

Construído em resposta ao convite do CCB | Fábrica das Artes, em 2017, e inserido no ciclo Memórias de Intenção Política, a versão de 2024 mergulha mais a fundo numa parte da história colonial portuguesa e na libertação destes territórios, para isso convidando para o palco uma nova arquivista, Dúnia Semedo, aqui habitando e escavando memórias de Cabo Verde lado a lado com Joana Craveiro.

Neste Mini Museu encontramos histórias de pessoas comuns que não foram fixadas nos manuais de história tal como ela é ensinada nas escolas.

Concepção, texto, espaço cénico e direcção Joana Craveiro Interpretação Dúnia Semedo, Joana Craveiro Colaboração criativa Estêvão Antunes, Tânia Guerreiro, Henrique Antunes, Igor de Brito, João Pedro Leitão, Alaíde Costa, João Cachulo – e Rosinda Costa (na versão de 2017) Assistência de encenação Henrique Antunes Figurinos Tânia Guerreiro Desenho de Luz João Cachulo  Assistência e operação de Luz João Pedro Leitão Operação de Som Igor de Brito Operação de Vídeo Henrique Antunes  Direcção de Produção Alaíde Costa
Apoio FXRoadLights
Co-produção Teatro do Vestido e Centro Cultural de Belém | Fábrica das Artes
Um Mini Museu Vivo foi criado originalmente a convite do CCB / Fábrica das Artes em 2017, inserido no ciclo ‘Memórias de Intenção Política’.

BILHETES À VENDA NO CCB E TICKETLINE

28, 29 fevereiro, 1 março de 2024
10:30 ( Sessão de 29 de fevereiro com interpretação em Língua Gestual Portuguesa.)

2 e 3 março de 2024
16:00



23.02.2024 | par Nélida Brito | 25 de abril, CCB, memórias, Museu, Portugal

Inclusão nas salas de cinema: onde reside a responsabilidade?

É com muito prazer que a Acesso Cultura se associa, pela terceira vez, à AMPLA – mostra de cinema. “Tradicionalmente”, a mostra começa uns dias antes da abertura oficial, com um debate ou formação, em co-produção com a Acesso Cultura. Assim, teremos muito prazer em contar convosco no debate deste ano, no dia 28 de Fevereiro (Culturgest, Sala 1, 18h-20h). A entrada será livre, sujeita à lotação da sala.
Para muitas pessoas, a decisão de ir ao cinema é simples. Essencialmente, é preciso escolher o dia e a hora. Será o mesmo para uma pessoa com deficiência visual ou S/surda? Poderá ver qualquer filme? Em qualquer cinema?

Conscientes de que a muitas pessoas em Portugal, desde pequenas, não é permitido desenvolverem o gosto ou o hábito de ir ao cinema, propomos reflectir sobre a(s) responsabilidade(s) por esta continuada exclusão e discriminação. Juntamos espectadores (ou eventuais espectadores…), distribuidoras e exibidoras para discutirmos as razões das barreiras e formas de as ultrapassar.

Pessoas convidadas: Ana Ribeiro (Arte-Educadora), Inês Gonçalves (Actriz), Leonor Silveira (ICA – Instituto do Cinema e do Audiovisual), Pedro Borges (Midas Filmes), Rita Rio de Sousa (Castello Lopes Cinemas), Sebastião Antunes (Músico)

Moderadora: Joana Reais (Cantora)

Sobre a AMPLA

Este ano, a AMPLA – mostra de cinema realiza-se entre os dias 1 e 3 de Março, na Culturgest, em Lisboa. A AMPLA é (ainda) a única mostra de cinema em Portugal cuja programação é totalmente acessível a pessoas com deficiência visual, deficiência auditiva ou Surdas. Haverá ainda algumas sessões descontraídas.

No dia 19 de Fevereiro, realizámos um debate sobre os apoios (ou à falta deles) à maternidade/paternidade no sector cultural. Várias pessoas comentaram depois connosco que foram confrontadas com questões nas quais nunca tinham pensado. Foi apenas um primeiro debate, teremos de lhe dar continuidade. No nosso website, poderão encontrar a gravação e um resumo.

22.02.2024 | par mariana | ampla, Culturgest, debate

Online Panel 2: 'Silencing Sexual Misconduct in Academia: Challenges in academic publishing'

11 March, 12-2pm GMT

In August 2023 the edited book Sexual Misconduct in Academia: Informing an Ethics of Care in the University was withdrawn from publication by Routledge - Taylor and Francis Group, with the publisher stating they had received ‘a series of legal threats from various parties’ in relation to one chapter. Thousands of academics internationally called for its re-publication, yet the entire volume remains un-published with no apparent route forward.

In this webinar, we will discuss the implications of this development for academic writing on sexual misconduct, asking questions such as, ‘If sexual harassment is part of the conditions of production of academic knowledge, how can we create conditions in which it is possible for survivors and scholars to write about it safely?’ and ‘What should academics expect from publishers when writing in this area?’

Speakers: Donya Ahmadi, Alex Petit-Thorne, Tom Dark, Dirk Voorhoof.

21.02.2024 | par Nélida Brito | academic, sexual misconduct

North-South Feminist Dialogue 2024


Online Panel 1: ‘Silencing Sexual Misconduct in Academia: Naming perpetrators, speaking out’
5 March, 12-2 PM GMT

In the wake of movements like #MeToo, #RuReferenceList, and #NiUnaMenos, students and staff worldwide courageously shared stories of sexual- and gender-based violence (SGBV) in academia. But despite empowering calls to ‘speak out’, survivors often faced severe backlash. Recent cases in the academic community highlight survivors’ challenges in disclosing, even when their accounts are anonymous, and reflect the increasingly prevalent problem of libel law being used to silence SGBV survivors. However, Higher Education (HE) policies and practices rarely consider these factors. This panel will explore from various perspectives the idea of naming perpetrators of SGBV in HE.
Speakers: Kiki Mordi, Joel Quirk, Judith Levine.

Online Panel 2: ‘Silencing Sexual Misconduct in Academia: Challenges in academic publishing’
11 March, 12-2pm GMT

In August 2023 the edited book Sexual Misconduct in Academia: Informing an Ethics of Care in the University was withdrawn from publication by Routledge - Taylor and Francis Group, with the publisher stating they had received ‘a series of legal threats from various parties’ in relation to one chapter. Thousands of academics internationally called for its re-publication, yet the entire volume remains un-published with no apparent route forward.

In this webinar, we will discuss the implications of this development for academic writing on sexual misconduct, asking questions such as, ‘If sexual harassment is part of the conditions of production of academic knowledge, how can we create conditions in which it is possible for survivors and scholars to write about it safely?’ and ‘What should academics expect from publishers when writing in this area?’
Speakers: Donya Ahmadi, Alex Petit-Thorne, Tom Dark, Dirk Voorhoof.

19.02.2024 | par Nélida Brito | ACADEMIA, sexual misconduct

Campanha Neve Insular - exposição pop up e masterclass em Mallorca

Olá, 
É início de semana, e o meu coração segue palpitando para responder a todas as lutas!
Por isso escrevo-vos, para contar duas novidades da Neve Insular em Cabo Verde: uma distinção e uma campanha em que conto convosco!

1. É com grande entusiasmo que partilhamos a notícia de que a exposição + programa de seminário e workshops “Neve Insular 0,0003% - algodão e resistência” foi nomeado ‘Best of’ das artes visuais africana e afrodiaspórica em Portugal em 2023 (Bantumen). Ficamos muito felizes com o reconhecimento da ação conjunta do projeto semente do i2ADS com o coletivo NI! Esta distinção é, também por isso, resultado de todas as ligações que constituem o nosso cultivar relações! Assim esta distinção da Bantumen é para esta constelação.

2. Após essa primeira exposição internacional, estaremos presentes em Mallorca para a apresentação de:


 Neve Insular 0,0003% - algodão e resistência POP UP Exhibition e Master Class 1-13 maio de 2024XTANT, Cidade de Palma, ilha de Mallorca, Espanha


Lançamos um crowdfunding “Neve Insular - utopia a partir do algodão” para reforçar a rede de suporte da Neve Insular. A itinerância da exposição na XTANT-Roots 2024 permitirá alargar o impacto internacional do trabalho que realizamos com a comunidade, especificamente no sector da arte e design. Além disso, dar a conhecer a história cultural de Cabo Verde mediante uma abordagem contemporânea e artística.


 

19.02.2024 | par Nélida Brito | arte, cabo verde, exposição, neve insular, workshop

Exposição “Terra Estreita” inspirada pela poesia árabe de Mahmoud Darwish assinala novo ciclo expositivo do CIAJG

O dia 24 de fevereiro será preenchido pela inauguração de várias exposições na cidade de Guimarães. Às 11h00, o CIAJG apresenta uma exposição que reúne um conjunto de peças recentemente doadas por José de Guimarães ao Município, um momento que contará com a presença do artista. Às 15h00, o Palácio Vila Flor inaugura “Superfícies não orientáveis”, uma mostra concebida pelos artistas Diogo Martins, Igor Gonçalves, João Melo e Mariana Maia Rocha, que se estende ao Palacete de Santiago. O dia culmina às 17h00, novamente no CIAJG, com “Terra Estreita”, uma exposição que reúne obras de Benji Boyadjian, Bisan Abu Eisheh, Emily Jacir, Jean Luc Moulène, Larissa Sansour, Taysir Batniji, Ryuichi Hirokawa e Yazan Khalili, e que apresenta a vitalidade da arte do Médio Oriente. 

 

Inspirado pelo espírito e pela letra do poema de Mahmoud Darwish, “A terra é estreita para nós” (1986), que escrevia “A terra é estreita para nós. Ela encurrala-nos no último desfiladeiro e despojamo-nos dos nossos membros para passar. A terra oprime-nos. […] Para onde iremos, passada a última fronteira? Para onde voarão as aves, após o último céu?”, o Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) será ocupado por uma nova exposição, com curadoria do coletivo (un)common ground, que reúne obras de artistas de nacionalidades diversas – japonesa, americana, francesa, dinamarquesa, finlandesa e palestiniana – que se debruçam sobre cenários distópicos propondo uma visão impregnada de esperança.

 

“Terra Estreita” aborda questões contemporâneas como o exílio, a pertença à terra, o colonialismo e a geopolítica, através de instalações, vídeos, fotografias, esculturas e obras sonoras de Benji Boyadjian, Bisan Abu Eisheh, Emily Jacir, Jean Luc Moulène, Larissa Sansour, Taysir Batniji, Ryuichi Hirokawa e Yazan Khalili. Coproduzida pel’A Oficina/CIAJG e pelo (un)common ground, um coletivo português que investiga a inscrição artística e cultural dos conflitos do Médio Oriente, a exposição integra obras provenientes dos artistas e da coleção Teixeira de Freitas, e pretende assinalar ainda a comemoração dos 50 anos do 25 de Abril. 

 

A inauguração está marcada para 24 de fevereiro, às 17h00, momento que contará com a leitura de poemas de Mahmoud Darwish pelas vozes de Dima Mohamed, Alexandra Lucas Coelho, Inês Lago, Luiza Teixeira de Freitas, coletivo (un)common ground, entre outras. Um dos mais aclamados poetas árabes, traduzido em mais de 20 línguas, Darwish era um poeta pacifista e queria ser visto como um homem sem fronteiras, dedicado à causa da liberdade e da justiça. A sua poesia tem sido acolhida por leitores de todo o mundo, sendo uma voz absolutamente necessária, e inesquecível uma vez descoberta. 

 

Ao final da tarde, está programada também uma conversa com Alexandra Lucas Coelho que apresentará no CIAJG “Oriente Próximo”, o primeiro livro publicado pela escritora e jornalista, situado entre 2005 e 2007. Agora, numa nova edição pela editora Leya, revista após 7 de outubro de 2023, ao voltar de um mês de reportagem na Cisjordânia Ocupada, no Estado de Israel e em Jerusalém, este livro convida a uma conversa aberta a todos, onde a autora estará presente. 

 

Para celebrar a inauguração de um novo ciclo expositivo, o Centro Internacional das Artes José de Guimarães irá promover também uma experiência sensorial evocadora de memórias degustativas longínquas e próximas, conduzida por Dima Mohamed e Hindi Mesleh (Zaytouna Lisboa) com Ane Delazzeri e André Pinto (Cantina CAAA, Guimarães). 

 

 Larissa Sansour Olive TreeLarissa Sansour Olive Tree

Na manhã de 24 de fevereiro, o museu abre as suas portas para uma sessão pública de apresentação da mais recente doação de José de Guimarães ao Município. Desde 2012, o CIAJG acolhe uma parte significativa do projeto cultural e do trabalho autoral de José de Guimarães, com base no acordo de comodato firmado entre o artista e o Município de Guimarães. Hoje, o museu expõe em permanência um acervo de 1128 objetos, proporcionando a fruição da obra de José de Guimarães pelo público.

 

Este ano, o artista e o Município assinaram um novo acordo, desta vez uma doação de 98 peças, um gesto simbólico que renova o projeto cultural do CIAJG e os desígnios da sua missão, projetando um compromisso para o futuro. A abertura da sala onde vai estar exposta a doação está marcada para as 11h00 e contará com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, e do artista, José de Guimarães.

 

Diogo Martins, Igor Gonçalves, João Melo e Mariana Maia Rocha criam obras para o Palácio Vila Flor e o Palacete de Santiago

Ao início da tarde, é a vez do Palácio Vila Flor (no CCVF) inaugurar “Superfícies não orientáveis”, uma exposição concebida pelos artistas Diogo Martins, Igor Gonçalves, João Melo e Mariana Maia Rocha, que apresenta um percurso imersivo e labiríntico com obras de pintura, desenho, escultura e media art, criadas em residência artística, ao longo do último mês, no território de Guimarães.

 

“Superfícies não orientáveis” desafia os limites convencionais da expressão artística e convida o público a explorar territórios desconhecidos, apreciando as complexidades da condição humana. A nossa humanidade, impactada pela consciência da finitude, do tempo, do controle e da ruína, procura evadir-se dessas realidades desconfortáveis. Nesse contexto, a exposição concentra-se intencionalmente nestes temas que frequentemente evitamos, oferecendo um espaço reflexivo que questiona a complacência habitual e encoraja os espectadores a confrontar as intrincadas complexidades inerentes à nossa existência. Com a cocuradoria d’A Oficina/CCVF e do Guimarães Projet Room, “Superfícies não orientáveis” é marcada por duas aberturas, a primeira terá lugar às 15h00, no Palácio Vila Flor, seguindo o Palacete de Santiago, às 16h00.

17.02.2024 | par martalanca | ciajg, palestina, poesia árabe