A Batalha de Trabatô - Estreia em Portugal, 11 de Julho

O filme “A Batalha de Tabatô” de João Viana estreia amanhã, 11 de Julho, nas salas portuguesas.

O filme estreia em Portugal depois de ter sido distinguido em fevereiro com uma menção honrosa no festival de Berlim e de ter tido antestreia em abril, no festival IndieLisboa.

Trailer



web

10.07.2013 | par herminiobovino | cinema, cinema português, Guiné Bissau

Amílcar Cabral é uma arma, 22 de julho, SINES

cinema + debate + spoken word

Centro de Artes de Sines – Auditório e Largo Poeta Bocage | 22 de julho | Org. Câmara Municipal de Sines / Unipop / Revista Imprópria

Quarenta anos depois do seu assassinato, a figura de Amílcar Cabral continua presente. As suas imagens, em particular no cinema, ganham novo destaque ao recuperarem-se episódios da luta de libertação. Ao mesmo tempo, novas investigações desdobram o seu percurso, dos seus primeiros escritos aos paralelismos com Frantz Fanon e outros combatentes. Finalmente, o nome de Cabral é hoje um ponto de passagem de novas lutas políticas, agora desenvolvidas num quadro pós-colonial, mas respondendo ainda a desafios que encontram nos seus escritos e na sua prática política um acervo valioso.


PROJEÇÃO DE DOCUMENTÁRIO + CONVERSA

Centro de Artes de Sines – Auditório | 14h30

Documentário “As Duas Faces da Guerra”, de Diana Andringa e Flora Gomes
Em viagem pelos territórios da guerra, testemunhos que permitem uma leitura transversal do conflito que opôs o PAIGC às tropas portuguesas.

Conversa “Amílcar Cabral, Modos de Usar” 
Com Chullage (Plataforma Gueto), Diana Andringa (realizadora), José Neves (historiador) e Marcos Cardão (historiador).

SPOKEN WORD COM CHULLAGE  (Largo Poeta Bocage | 24h00)

Chullage é um rapper, poeta, dizedor, produtor, ativista cabo-verdiano. Tem três álbuns editados (Rapresálias 2001, Rapensar 2004 e Rapressão 2012).

08.07.2013 | par franciscabagulho | Amílcar Cabral

Mostra de cinema angolano

Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema, tem o prazer de a/o convidar para a inauguração no dia 9 de julho:

Às 21:30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
“Rastos de Sangue”, de Mawete Paciência
com Fernando Emanuel Moiloge, Sydney Profeta, Filipe Petronilho.
Angola, 2012 – 90 min.

O último filme do realizador Mawete Paciência, que foi o filme de abertura do Festival de Cinema de Luanda, em novembro passado. É uma ficção centrada nos órfãos de guerra, e numa juventude que cresceu com a marca da violência. Uma abordagem “do trauma da guerra, e das situações que ela criou no comportamento dos africanos em geral e dos angolanos em particular” (Paciência).

Às 20:00 | Esplanada 39 degraus
Sessão de lançamento de “Angola, O Nascimento de uma Nação (Vol.I) - O Cinema do Império”, coordenação de Maria do Carmo Piçarra e Jorge António, editado pela Guerra e Paz, Editores.

Apresentação do realizador Jorge António, da coordenadora Maria do Carmo Piçarra e do editor Manuel Fonseca.

Convite para a sessão válido para duas pessoas, mediante troca na bilheteira da Cinemateca no próprio dia, entre as 14h30 e as 15h30 e após as 18h00, e no limite dos lugares disponíveis.

Informação diária sobre a programação: Tel. 21 359 62 66.
Transportes: Metro: Marquês de Pombal, Avenida.
Bus: 2, 9, 36, 44, 45, 90, 91, 732, 746.

Convite

05.07.2013 | par herminiobovino | cinema, cinema angolano, Cinemateca de Lisboa, lisboa

No Por No, Yonamine, Porto

Exposição de YONAMINE “No Por No”, na Galeria Nuno Centeno . 
Inauguração 6ªfeira, dia 5 Julho_2013, às 22h.
(presença do DJ Mr. Isaac). Patente até 6 de Agosto | 2013
terça a sábado | 15h - 20h
 
A Galeria Nuno Centeno tem o prazer de apresentar pela primeira vez no Porto o artista Yonamine residente em Lisboa.
No Por No, ou antes No Porno, evoca temas fortes envoltos durante muito tempo no secretismo habitual das sociedades modernas: o Sexo, a Pornografia e as relações amorosas.
Yonamine acredita que chegou o momento de os ver expostos tal e qual como eles são de uma forma crua, objectiva e sem rodeios morais ou estéticos.
As obras aqui apresentadas formam uma instalação site-specific escura e monocromática, com as características a que já nos habituou.
Frequentemente mordaz, concebe obras intensas e polémicas que mais do que censurar ou criticar determinado assunto, pretendem antes sensibilizar a opinião pública.
Marcada por fortes convulsões políticas e sociais a sua vida reflecte-se directa e explicitamente na sua obra. Aborda sobretudo temas de índole política, económica e social, mas não só. Para esta exposição decidiu como diz, “resolver uma necessidade antiga” que é o debate público em torno da sexualidade e das relações amorosas, temas ainda tabu. Interessa-lhe a liberdade plástica que essas mesmas temáticas lhe podem proporcionar.
O conjunto da sua obra caracteriza-se pelo uso de diferentes técnicas sobre suportes também eles diversificados. A estética urbana, a serigrafia, a simbologia, a semiótica, o vídeo e o papel são os elementos mais constantes na sua obra. 

Yonamine nasceu em 1975 em Luanda, Angola. Tem exposto com regularidade em exposições individuais e colectivas das quais se destacam: No Pain, Salzburger Kunstverein, Salzburg, Austria; Control Z, Cristina Guerra Contemporary Art, Lisboa; ZonaMaco, Project Room, Cidade do México; Tuga Sauve, 3+1 Arte Contemporânea, Lisboa; O Castelo em 3 Actos: Assalto, Destruição, Reconstrução, curadoria Paulo Cunha e Silva, Guimarães 2012 - Capital Europeia da Cultura; Dipoló, AIRspace, Culpeper and Upper Main galleries, Nova Iorque; 29a Bienal de São Paulo, São Paulo; A Museum is to Art what a great Translator is to a Writer, Galeria Baginski, Lisboa; Katchokwe Style, IX Sharjah Biennale, Sharjah, UEA, curadoria de Isabel Carlos; Check List Luanda Pop, Pavilhão Africano da 52a Bienal
de Veneza.

04.07.2013 | par candela | angola, arte contemporânea

Se eu fosse angolano - Novo álbum de Nástio Mosquito

A DZZZZ ArtWork apresenta:
“Se eu fosse angolano”Novo álbum de Nástio Mosquito.



Em Julho numa plataforma perto de si!!!


DZZZZ Enterprises | Empresa de Consultoria na Área do Entretenimento, Artes Visuais e Performativas.
Rua Joaquim Rodrigues da Graça, Nº58, Bairro Azul.
Tel. +244 939 19 00 25
E-mail: dzzzzent@gmail.com
Website: www.dzzzz.info
Luanda - Angola 

03.07.2013 | par herminiobovino | angola, música, música angolana

Angola, o Nascimento de Uma Nação (Vol. 1) - O Cinema do Império

Lançamento do 1º Volume do livro “Angola, o nascimento de uma nação”, sobre o cinema em Angola, organizado por Maria do Carmo PiçarraJorge António.

Locais e Horas:
Dia 9 Julho - Lisboa, Cinemateca Portuguesa, 20H00;
Dia 10 Julho - Lisboa, FNAC Colombo, 18H30;
Dia 11 Julho- Porto, Universidade de Letras, 17H30;
Dia 26 Julho - Évora, Casa da Zorra, 22H.

Em Angola, será lançado em Setembro, dia 26, no Centro Cultural Português, data a confirmar posteriormente.

 

 

03.07.2013 | par herminiobovino | cinema angolano, cinemateca, lisboa, porto

Soya Kutu, estórias das plantas medicinais em São Tomé e Príncipe.

Soya Kutu - são Oficinas Criativas sobre o património imaterial e natural Santomense. Em conjunto com terapeutas e parteiras tradicionais, uma etnofarmacóloga e três comunidades locais são produzidas curtas metragens de cinema de animação que contam as estórias das plantas medicinais e os seus usos tradicionais em São Tomé e Príncipe. 

Tendo produzido sete filmes na Ilha de São Tomé. em Agosto de 2012, seis novos filmes – a produzir em Agosto de 2013 – darão a ver as tradições e usos das plantas medicinais na Ilha do Príncipe, valorizando as referências culturais que se lhe associam, através de uma prática criativa e participativa. 

A equipa submeteu o projecto a diversos pedidos de apoio, conseguindo garantir até ao momento as despesas de viagem, as comunicações locais e o alojamento da equipa. 
As despesas de viagem para a  Ilha do Príncipe estão asseguradas pela DIRECÇÃO GERAL DAS ARTES e pelo BANCO INTERNACIONAL DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE; a coordenação local tem o apoio do GOVERNO REGIONAL DO PRÍNCIPE e da FUNDAÇÃO ESSENTIA PRÍNCIPE.

Por garantir estão ainda alguns itens essenciais à realização do projecto  – transportes locaisdespesas de saúde em viagem e material técnico para a realização das Oficinas Criativas.

apoiar o projecto

site

01.07.2013 | par franciscabagulho | São Tomé e Príncipe

Poeta Arménio Vieira lança dois livros em Lisboa

No âmbito das comemorações do 38.º aniversário da Independência de Cabo Verde e dos encontros UCCLA (União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa) com escritores de língua portuguesa, terá lugar no dia 28 de junho, o lançamento dos livros “O Brumário” e “Derivações do Brumário” da autoria do poeta Cabo-verdiano Arménio Vieira (Prémio Camões 2009), sob a chancela da Biblioteca Nacional de Cabo Verde e da Publicom. O evento decorrerá às 18 horas, na Sala do Arquivo dos Paços do Concelho de Lisboa (sita na Praça do Município), em Portugal.

A apresentação pública estará a cargo do Professor Doutor Alberto Carvalho, da Dr.ª Anabela Almeida, do poeta Luís Carlos Patraquim e do Mestre Rui Guilherme Gabriel e será moderada pelo poeta José Luís Hopffer Almada.

A sessão será abrilhantada, ainda, com um momento musical e um recital de poesia, assim como uma exposição fotográfica do autor.

 

Arménio Adroaldo Vieira e Silva nasceu a 24 de janeiro de 1941, na cidade da Praia (Cabo Verde), cidade presente em boa parte da sua poesia. Dono de uma obra inconfundível, cabo-verdiana e ao mesmo tempo universal, publicou diversos poemas e colaborou em várias publicações. Em 2009 foi-lhe atribuído o Prémio Camões, a mais importante distinção literária na língua portuguesa. Helena Buescu, que presidiu ao júri, afirmou que Arménio Vieira “produziu uma obra que merece entrar para um certo cânone das literaturas em língua portuguesa” e o seu conterrâneo Germano Almeida definiu-o como “um dos maiores poetas do arquipélago”.

25.06.2013 | par martalanca | Arménio Vieira, literatura caboverdiana

Actas | Exposer l'esclavage : méthodologies et pratiques. Sous la direction de Françoise Vergès

Pays de l’auteur : Belgique, Bénin, Brésil, Cameroun, Canada, Colombie, États-Unis, France, Guadeloupe, Guyane Française, Réunion (La), Royaume-Uni, Sénégal, Togo

Edition : Harmattan (L’)

Pays d’édition : France

ISBN : 978-2-336-00035-0

Genre : revue

Prix : 22.00 EUR

Nombre de pages : 224

Parution : mars 2013

L’accès aux articles des dossiers d’Africultures est soumis à l’adhésion annuelle à l’association Africultures en tant que membre bienfaiteur pour une somme de votre choix : [ici] Vous pouvez également commander la revue imprimée par le lien Amazon en haut de page, en librairies ou sur le site des Editions L’Harmattan.  

 

Dossier

 
Exposer l’esclavage par Françoise Vergès

Exposer la résistance culturelle de l’esclave par Doudou Diene

Exposer les voix d’esclaves : une mémoire confisquée par Ibrahima Thioub

Consolider et développer l’exposition de l’esclavage par Carlos A. Célius

L’esclave, figure de l’anti-musée ? par Achille Mbembe

Penser, représenter, exposer l’esclavage colonial Réflexions à partir des expériences réunionnaises par Carpanin Marimoutou

Esquisse d’une généalogie de la mémoire servile par Roger Toumson

Les questions posées par le discours muséographique confronté à l’expérience esclavagiste par Christine Chivallon

International Slavery Museum: Museums and Sensitive Histories par Richard Benjamin

Histoire et mémoire de la traite et de l’esclavage à Nantes par Krystel Gualde

Bordeaux, le commerce atlantique et l’esclavage Les nouvelles salles permanentes du musée d’Aquitaine par François Hubert

Des Hommes sans Histoire ? Exposition au Musée des arts derniers par Olivier Sultan

Le reflux de la Diaspora Les communautés agoudas et tabons de l’Afrique occidentale par Milton Guran

Noirs et esclaves en Colombie par Mauricio Tovar

Le Festival des divinités noires au Togo par Têtê Wilson-Bahun

Carnaval de Baranquilla et Palenque, Colombie par Diana Acosta Miranda

Une mémoire afro-américaine de l’esclavage en devenir par John Franklin

Faire la critique de l’exposition dans le musée par Jacky Dahomay

Pratiques muséales au regard de l’esclavage et de la traite au Bénin par Anna Seiderer 

Le musée Victor Schoelcher de Pointe-à-Pitre par Matthieu Dussauge

L’esclavage au Musée des cultures guyanaises par Marie-Paule Jean-Louis

Le projet Zomayi : Une création théâtrale au service d’un travail de mémoire par Bernard Müller

Terra incognita : la traversée vers la terre inconnue par Claudia Navas-Courbon

“Je ne suis qu’un artiste” par Romuald Hazoumé 

Raconter une histoire des migrations par Barthélémy Toguo

“Mon œuvre refuse l’enfermement dans une pensée victimaire” par Shuk One

Restaurer une mémoire douloureuse par Jack Beng-Thi

L’Océan noir Une histoire de l’esclavage par William Adjété Wilson

Faire du musée un lieu de présentation des arts de résistance par Jacques Schwarz-Bart

Exposer l’esclavage : synthèse générale par Bogumil Jewsiewicki

“Exposer l’esclavage” par Stéphane Martin

“Les chemins de la connaissance doivent mener à la tolérance” par Maryse Condé

Exposer l’esclavage : En guise de conclusion par Françoise Vergès

 

24.06.2013 | par raul f. curvelo | Africultures, Belgique, Bénin, Brésil, Cameroun, Canada, Colombie, États-Unis, france, Françoise Vergès (dir.), Guadeloupe, Guyane Française, Réunion (La), Royaume-Uni, senegal, Togo

Pós Graduação Islão Contemporâneo, Culturas e Sociedades

1ª fase de candidaturas até 19 de Julho.

Objectivos: A pós-graduação envolve o Departamento de Antropologia da FCSH/NOVA, o Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA), através do Núcleo de Estudos em Contextos Islâmicos (NECI), e o Instituto de Línguas da Universidade NOVA de Lisboa (ILNOVA), e visa criar competências gerais: para a referenciação dos princípios básicos do Islão contemporâneo, suas diferentes tendências e reinterpretações, bem como dos quadros sociais e políticos específicos que os definem para a compreensão dos processos identitários e políticos em curso em contextos maioritária e minoritariamente islâmicos para análise dos debates em torno das questões de género e feminismos que atravessam esses contextos para a compreensão da constituição sustentada de situações concretas em contextos islâmicos e/ou situações de encontro culturalizado entre muçulmanos e não muçulmanos para uma abordagem introdutória a alguns domínios artísticos médio-orientais, nomeadamente o do cinema para o conhecimento dos princípios rudimentares das línguas maioritárias dos contextos islâmicosDestinatários: Investigadores em ciências sociais e humanas e estudos comparativistas, membros de organizações governamentais em contextos maioritária ou minoritariamente islâmicos, organizações governamentais e outros agentes nas áreas das relações interculturais nacionais e internacionais, agentes do património e de gestão e animações cultural, professores, jornalistas.

+ Informações aqui

24.06.2013 | par franciscabagulho | islão

Kadjike de Sana Na N'hada na Gulbenkian

23.06.2013 | par martalanca | Sana Na N'hada

Isto Não é São Tomé - diários de viagem (Fotografia de Joana Areosa Feio)

“Isto Não é São Tomé – diários de viagem”, é o nome dado por Joana Areosa Feio,n.1977, natural de Lisboa e antropóloga de profissão, à série de fotografias por si seleccionadas -  entre tantas outras não escolhidas, entre tantas outras não tiradas - resultantes da sua última visita à ilha de São Tomé, em 2012.

São olhares pessoais, são impressões, momentos expostos e entrecruzados com excertos de diários de campo escritos algures nessa viagem, escolhas que obedecem à lógica da afinidade estética, não obedecendo a uma lógica de sistematização de cariz etnográfico. Estas são fotografias que gosta de recordar. A grafia é a dos afectos das suas memórias dos lugares, das roças aos mercados, dos quotidianos às poses para a câmara, dos retratos inventados às paisagens (ora floresta ora mar), da marginal, da praia e baías, dos domingos, dos outros dias da semana, dos lençóis brancos, das cores, das ruínas que são poemas, dos mortos e mortes, dos sofrimentos e muito mais, das vitórias, do dia-a-dia, dos risos e silêncios, das estórias sem fim, das nuances, das texturas, dos campos de futebol perto das nuvens, das resistências, dos afogamentos e pescarias, dos salvamentos, dos encontros, dos alguidares e das pedras, das memórias e mais memórias. Dos esquecimentos e das ausências.  Isto Não é São Tomé– diários de viagem são impressões que poderiam resultar de olhar outro lugar qualquer, mas isto é tão verdade como mentira.

21 Junho em Noite Temática de São Tomé e Principe

Programa18h 30m - Abertura da Exposição “Isto Não é São Tomé – diários de viagem”, de Joana Areosa Feio
20h 30m - Jantar tradicional de São Tomé e PrincipeEntrada: banana pão fritaPrato: Calulu de Galinha com arroz brancoSobremesa: Arroz doce de cocoSujeito a inscrição prévia. Contribuição solidária de 13 interculturas (jantar + concerto - não inclui bebidas)
22h -  Música ao vivo: Filipe SantoContribuição solidária de 3 interculturas (só concerto)
Marcações para os jantares por telefone ou e-mail, com a antecedência mínima de 24h. Lotação limitada.––––––––––––––––––––––Centro Interculturacidade

Travessa do Convento de Jesus, 16 A, 1200-126 Lisboa(próximo da Assembleia da República, na rua da Escola Passos Manuel)Tel.: 21 820 76 57info.interculturacidade@gmail.com

20.06.2013 | par martalanca | S. Tomé

LesFl@mmes D’Ouvertures, LucFosther Diop

du 17 mai au 31 juillet 2013 lucfostherdiop.blogspot.ca

En art, tout vient simultanément ou rien ne vient; pas de lumières sans flammes.

Albert Camus

LA CHAMBRE BLANCHE est fière d’accueillir l’artiste camerounais LucFosther Diop pour une résidence de recherche et création dans le cadre du programme de bourses Unesco-Aschberg pour l’Afrique franco- phone. L’artiste occupera nos ateliers dans le contexte d’une résidence Lab Web du 17 mai au 31 juillet 2013. En privilégiant un point de vue poétique, LucFosther Diop démarre un projet de recherche sur le néocolonialisme et l’impérialisme, et leurs influences et répercussions sociales, politiques, culturelles, historiques, géographiques et urbaines. Intitulé LesFl@mmes D’Ouvertures, ce projet marque une période de recherche favorisant l’expérimentation numérique et médiatique – par le biais de la photographie, la vidéo, et des documents web recyclés — dans le but de créer une plateforme web indépendante. L’œuvre finale, hébergée sur le site web de LA CHAMBRE BLANCHE pendant six mois, contiendra les archives de toutes les étapes de cette création – des interventions éphémères, des performances vidéo, la récupéra- tion d’images web et le détournement de sens de leur contenu.

LucFosther Diop est un artiste conceptuel camerounais, né à Douala en 1980. Il est diplômé en arts plastiques de l’Université de Yaoundé 1 en 2003. Après avoir obtenu une bourse du Ministère hollandais des Affaires étrangères en 2009, il a effectué deux ans d’études dans la Rijksakademie van beeldende kunsten à Amsterdam. Il est le premier artiste à avoir bénéficié d’une bourse de résidence à ArtBakery (Bonendale, Cameroun) en 2003, et d’une bourse de recherche et production en arts numéri- ques Unesco-Aschberg pour l’Afrique francophone en 2013. LucFosther Diop a pu présenter son travail au OK Video Interna- tional Festival à Jakarta (2007), au World One Minute Video à Beijing (2008), au 3e Biennale de Thessaloniki (2009), au Sympo- sium international en arts électroniques (2010), au PhotoEspaña (2011) et à la Biennale de La Havane (2012), entre autres. 

LA CHAMBRE BLANCHE is proud to welcome Cameroonian artist LucFosther Diop for a research and creation residency within the framework of the grant program Unesco-Aschberg for French Africa. The artist will work in our studios within the context of a Lab Web residency from May 17th to July 31st 2013. Favoring a poetic point of view, LucFosther Diop launches a research project on neocolonialism and impe- rialism, and their social, political, cultural, historical, geographic, and urban influences and repercussions. Titled LesFl@mmes D’Ouvertures, this project marks a research period advocating digital and media experimentation – through photography, video, recycled web documents – aiming to build an indepen- dant web platform. The final work, hosted on LA CHAMBRE BLANCHE’s web site for six months, will include archives from all the stages of creation – ephemeral interventions, video performances, recycling files found on the web and diversion of their content’s meaning.

LucFosther Diop is a Cameroonian conceptual artist, born in Douala in 1980. He graduated in fine arts from University of Yaoundé 1 in 2003. After obtaining a grant from the Dutch Ministry of Foreign Affairs in 2009, he studied for two years at the Rijksakademie van beeldende kunsten in Amsterdam. He is the first artist to benefit by a residency grant at ArtBakery (Bonendale, Cameroon) in 2003, and a digital arts research and production grant Unesco-Aschberg for French Africa. LucFos- ther Diop exhibited his work during OK Video International Festival in Jakarta (2007), World One Minute Video in Beijing (2008), the 3rd Thessaloniki Biennal (2009), International Symposium on Electronic Arts (2010), PhotoEspaña (2011) and La Havana Biennal (2012), among others. 

20.06.2013 | par martalanca | Lucfosther Diop

Cinco minutos, duas ideias: Estudos de Performance

CONVITE À PARTICIPAÇÃO

primeiro encontro baldio

14 de Julho 2013, 21h30 I Espaço Alkantara, Lisboa


Convida-se à participação no encontro cinco minutos, duas ideias: Estudos de Performance- primeiro encontro baldio, investigadores e artistas cujos temas, abordagens e métodos se relacionem com os Estudos de Performance.  

O lema deste primeiro encontro será “cinco minutos, duas ideias”. Partindo de uma vontade de nos conhecermos e de auscultarmos o que andamos a fazer, artistas e/ou investigadores de diferentes áreas (artes visuais, artes performativas, estudos artísticos, ciências sociais, ciências da comunicação, estudos culturais, estudos pós-coloniais, arquitectura) poderão apresentar sucintamente os seus trabalhos e processos no dia 14 de Julho de 2013, às 21h30 no  Espaço Alkantara, em Lisboa, durante cerca de uma hora e meia. A sessão está aberta a uma pluralidade de objectos (performances artísticas, culturais, do quotidiano) e abordagens (filosófica, antropológica, histórica, artística) desde que seja clara a vontade de um pensamento e um posicionamento críticos. 

Esta sessão tem como objectivo promover o encontro entre artistas e teóricos que partilham urgências e inquietações sobre as condições políticas, económicas e culturais do mundo actual e se revêm num pensamento crítico sobre fazer e pensar tanto as formas artísticas como as formas de vida e as suas condições de possibilidade. 

A duração de cada apresentação será ferozmente controlada posto que, no final, gostaríamos de ter tempo para um copo convivial e trocar galhardetes ao som da música da Stress.fm. 

 

RECURSOS DISPONÍVEIS:

- amplificação de som

- projector DATA SHOW - cada participante será responsável por trazer o seu computador e um adaptador para VGA compatível  com a logística da sala, gentilmente disponibilizada pelo Espaço Alkantara. 

 

PROPOSTAS

A selecção dos participantes será feita por ordem de inscrição até o número de candidatos corresponder ao total da duração prevista para o evento. Será tida em conta a relevância directa dos tópicos e trabalhos apresentados numa descrição breve (máximo 450 palavras) para o campo dos Estudos de Performance. Os interessados deverão ainda anexar à proposta um CV  (máx. 250 palavras), incluindo contactos pessoais. 

 

Prazo para entrega de propostas: 30 Junho de 2013

Notificação de aceitação dos participantes: 5 Julho de 2013

Prazo de confirmação por parte do participante: 8 Julho 2013

 

Todas as candidaturas deverão ser enviadas para generative.indirections@gmail.com

 

19.06.2013 | par martalanca | Baldio

LucFosther Diop, LesFl@mmes D’Ouvertures, QUEBEC

LA CHAMBRE BLANCHE is proud to welcome Cameroonian artist LucFosther Diop for a research and creation residency within the framework of the grant program Unesco-Aschberg for French Africa. Favoring a poetic point of view, LucFosther Diop launches a research project on neocolonialism and imperialism, and their social, political, cultural, historical, geographic, and urban influences and repercussions. Titled LesFl@mmes D’Ouvertures, this project marks a research period advocating digital and media experimentation – through photography, video, recycled web documents – aiming to build an indepen- dant web platform. The final work, hosted on LA CHAMBRE BLANCHE’s web site for six months, will include archives from all the stages of creation – ephemeral interventions, video performances, recycling files found on the web and diversion of their content’s meaning.

LucFosther Diop is a Cameroonian conceptual artist, born in Douala in 1980. He graduated in fine arts from University of Yaoundé 1 in 2003. 

+ info:  lucfostherdiop.blogspot.ca

19.06.2013 | par franciscabagulho | arte contemporânea

Ann Laura Stoler: «lutter contre les évidences, qu’elles soient conceptuelles ou politiques»

Jadis engagée contre la guerre du Vietnam, elle est aujourd’hui l’un des grands noms des études coloniales. Mêlant histoire et anthropologie, l’Américaine s’attache, comme dans «La Chair de l’empire», à démonter les dynamiques de pouvoir.

 ANN LAURA STOLER | SANDRO BABLER POUR «LE MONDE»ANN LAURA STOLER | SANDRO BABLER POUR «LE MONDE»

Raphaëll Branche

Pour Ann Laura Stoler, la prise de conscience fut d’abord politique: «La guerre du Vietnam a été un déclencheur.» Jeune lycéenne de la bourgeoisie juive new-yorkaise, elle découvre l’impérialisme américain puis la contestation qui l’accompagne alors qu’elle fait ses premiers pas à l’université. Après avoir étudié le japonais et s’être initiée au marxisme, elle s’oriente vers des études d’ethnologie et choisit comme terrain d’enquête Java, «parce que c’était près du Vietnam». Elle en revient avec le désir de travailler sur les multinationales américaines: ce sera sa thèse de doctorat, qui la convainc qu’il faut plonger dans le passé pour éclairer les structures économiques et sociales observées sur place.

Son expérience indonésienne la marque considérablement: elle a 22 ans quand elle interroge des paysannes sans terre pour étudier les effets de la révolution verte, quand elle les suit dans leurs déplacements des montagnes aux marchés où elles vendent le contenu de leurs lourds ballots. «En Indonésie, j’ai découvert un autre visage du féminisme, avec les femmes qui se touchent, qui se font toujours des accolades. Elles sont si fortes entre elles, si chaleureuses; elles se moquent des hommes». Et elle ajoute: «Elles avaient une puissance qui m’a frappée, surtout les femmes qui n’avaient rien.» Résolument marxiste, elle refuse d’appréhender la situation des femmes javanaises uniquement en fonction de leur place en tant que femmes. Si elle pointe les inégalités et les discriminations qu’elles subissent, elle insiste sur la nécessité de faire primer l’analyse en termes de classes sociales.

Son objet d’étude n’est d’ailleurs pas précisément les femmes mais «le pouvoir, toujours le pouvoir». La découverte des écrits de Michel Foucault renforcera définitivement cette orientation. Elle opère, avec lui, une relecture des sociétés impériales en affirmant que la race et la sexualité sont au cœur des dynamiques de pouvoir. Ainsi, les catégories utilisées par les autorités coloniales pour désigner les populations se révèlent des catégories éminemment politiques par l’intermédiaire des quelles les corps sont contrôlés et l’autorité s’impose aux individus. Son ouvrage Race and the Education of Desire. Foucault’s “History of Sexuality” and the Colonial Order of Things («Race et education du désir. L’“Histoire de la sexualité” de Foucault et l’ordre des choses colonial», non traduit) est son best-seller à ce jour. Elle y transgresse de nombreuses frontières: l’intime, placé au cœur de l’analyse, bouscule la répartition du privé et du public, faisant de la sexualité et des affections des lieux de production essentiels du politique, de sen droits où observer les mécanismes par lesquels se construit le consentement à la domination, comme lorsque les législateurs s’intéressent aux enfant sis sus d’unions mixtes ou que la manière dont les nourrices indonésiennes portent les bébés néerlandais se révèle être l’objet de règles implicites.

Les colonies n’y sont plus vues comme des espaces à part, loin des métropoles: au contraire, Ann Laura Stoler plaide pour un regard qui embrasse les deux dans un même champ d’analyse. Elle théorisera plus précisément cette nécessité en 1997 dans un ouvrage dirigé avec l’historien Frederick Cooper dont l’introduction vient d’être publiée en français sous le titre Repenser le colonialisme (Payot, 176 p., 17,50€). Autre transgression, disciplinaire celle-là: avec Cooper, elle fonde, à la fin des années 1980, le premier doctorat d’histoire et d’anthropologie, afin de bousculer les manières traditionnelles de travailler sur les sociétés non occidentales.

A cette époque, les études sur le passé colonial de ces sociétés étaient marquées par l’influence du théoricien de la littérature Edward Said et celle des subaltern studies, qui proclamaient renverser les perspectives dominantes en donnant à entendre la voix des colonisés. Pour Ann Laura Stoler, cependant, il ne s’agissait jamais que d’une inversion des polarités; elle proposait plutôt de changer de paradigme. Ici comme ailleurs, elle privilégiait la nuance et le doute. Elle identifiait ainsi des degrés dans la souveraineté de l’Etat et insistait sur leur évolution et leur articulation plutôt que de dénoncer un pouvoir qui aurait été dominateur de manière homogène.

Elle affiche aujourd’hui la même volonté à propos des concepts politiques et du vocabulaire philosophique qui lui servent à penser le réel: elle les veut labiles, et non rigides, ouverts au doute et non pas rassurant sou définitifs. De cette attention aux mots, elle a fait un combat et un livre, à paraître en français chez Armand Colin en 2014 (Along the Archival Grain, «En suivant la veine de l’archive»). Nul doute qu’elle veillera de près à sa traduction, comme elle l’a fait pour son nouvel ouvrage, La Chair de l’empire. Depuis son enfance, elle sait en effet l’importance du mot juste. C’était ce qui la frappait déjà dans les poèmes que sa grande sœur Barbara lui récitait pour l’endormir. Plus tard, cette dernière fut l’une des traductrices de la Bhagavad-Gîtâ, poème épique indien, la précédant à Columbia University où elle enseignait le sanskrit.

Dans La Chair de l’empire, scrutant les documents produits par l’Etat colonial néerlandais, Ann Laura Stoler montre les doutes qui habitèrent l’entreprise de domination et comment ils étaient très précisément incarnés dans la matérialité de l’archive. Les ratures, les hésitations, la chercheuse les prend au pied de la lettre: l’Etat colonial tâtonnait et l’ordre qu’il cherchait à imposer aux mots et aux choses était soumis à de multiples influences. L’archive n’est pas seulement un objet ou un et race, elle est un processus qu’il convient de décrypter. Le philosophe Gaston Bachelard est ici son maître à penser; comme lui, elle prône une attention au «détail épistémologique», qu’elle revendique comme ligne de conduite intellectuelle. Rendre compte des mots de l’archive, c’est aussi s’imposer une rigueur dans l’écriture et préférer une «éthique de l’inconfort» à la tranquillité des vérités d’autorité.

La comparaison est l’autre moyen qu’elle privilégie pour lutter contre les évidences, qu’elles soient conceptuelles ou politiques. Elle la manie en permanence, à la recherche d’une intelligence précise des «formations impériales» qu’elle veut saisir dans leurs dynamiques, quels que soient les espaces et les moments. C’est ainsi qu’elle enseigne depuis cinq ans à l’université de Birzeit, en Cisjordanie, «l’histoire coloniale comparée» avec un sens très aigu que, là-bas, l’«histoire colonial est vivante». Depuis qu’elle a découvert la Palestine, en 2008, elle s’y rend chaque année pour enseigner à Ramallah, s’est engagée dans l’organisation du premier programme de formation doctorale de l’université de Birzeit et dans un ambitieux projet de collecte d’archives privées.

Si le mur de séparation construit par Israël, les implantations des colonies au-delà des frontières reconnues par les Nations unies et, plus largement, les discriminations qu’elle a découvertes en 2008 lui ont parlé avec force de la situation coloniale qu’elle avait pu étudier dans les archives, elle a aussi retrouvé dans cette région du monde des ressemblances frappantes avec ce qu’elle avait observé en Indonésie quarante ans plus tôt: l’impérialisme américain.

Ici, là-bas, l’histoire est comme un tissu qui se plie sur lui-même, et les engagements de la chercheuse, telle une boucle, se rejoignent de nouveau, à l’université et au-delà. Dans son prochain livre, elle se penchera sur les concepts politiques qui empêchent durablement de penser et interdisent, en particulier, l’usage de certains mots pour désigner certaines situations. L’année prochaine, elle ira à Gaza.

 

Fonte: Le Monde, 14.6.2013, p. 10. Scruter l’archive era o título original. Scruter l’archive - LeMonde.fr

19.06.2013 | par raul f. curvelo | ann laura stoler, le monde, Raphaëll Branche, SANDRO BABLER

Present Tense, no Próximo Futuro I LISBOA

Inauguração: 21 de Junho, às 22h00

22 Jun 2013 – 1 Set 2013

Edifício Sede - galeria de exposições temporárias, Piso 01

Entrada 2 €

Kiluanji Kia Henda, 'The Great Italian Nude', 2010.Kiluanji Kia Henda, 'The Great Italian Nude', 2010.

Uma exposição com fotógrafos do sul da África. Olhando o passado, as fotografias não derivam de uma “constelação de etnias ou de tribos”, para referir a tese de Elikia M’Bokolo, e este é um pressuposto essencial na curadoria desta exposição “Present Tense”. Estamos bastante longe das fotografias feitas aos negros que “eram oficialmente e frequentemente descritos na mesma linguagem visual da fauna e da flora”, citando Santu Mofokeng in “The Black Album Photo”. Interessa-nos mostrar e confrontar o trabalho de fotógrafos que residem ou viajam por um conjunto de cidades maioritariamente situadas na larga região do sul de África sem que nada possa indicar qualquer identidade visual ou cultural da região. Independentemente dos géneros – retrato, paisagem documento, fotojornalismo – são as fotografias sobre o “Present Tense” que queremos mostrar e, este conceito de “Present Tense”, engloba também a tensão entre as linguagens, a opção pela cor ou pelo preto e branco e o detalhe divergindo do panorâmico. Com fotografias dos fotógrafos Délio Jasse, Dillon Marsh, Filipe Branquinho, Guy Tillim, Jo Ractliffe, Kiluanji Kia Henda, Mack Magagane, Malala Andrialavidrazana, Mauro Pinto, Paul Samuels, Pieter Hugo, Sabelo Mlangeni, Sammy Baloji e Tsvangirayi Mukwazhi.

António Pinto Ribeiro (curador)

“Present Tense” é uma coprodução do Programa Gulbenkian Próximo Futuro e da Fundação Calouste Gulbenkian – Delegação em França.

17.06.2013 | par martalanca | fotografia

Extrait du film GRIGRIS

Extrait du film GRIGRIS, au cinéma le 28 aout 2013.

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Alors que sa jambe paralysée devrait l’exclure de tout, Grigris, 25 ans, se rêve en danseur. Un défi. Mais son rêve se brise lorsque son beau-père tombe gravement malade. Pour le sauver, il décide de travailler pour des trafiquants d’essence…

GRIGRIS, extrait du film de Mahamat-Saleh Haroun.
Première mondiale : Sélection Officielle Compétition - Festival de Cannes 2013 

17.06.2013 | par martalanca | cinema, Grigris

Conferência e Exposição "José da Silva Maia Ferreira: Espontaniedades da minha alma. Às senhoras africanas" LISBOA

 Torre do Tombo, 21 de junho

Conferência: participação gratuita, mas sujeita a inscrição ( enviar email para m-remédios.amaral@dglab.gov.pt) referindo: nome, entidade, serviço e “Conferência José da Silva Maia Ferreira” em assunto.

 

     Exposição: de seg. a sex. das 9h30 às 19h30. Sáb. das 9 h30 às 12h30

  

   ENTRADA LIVRE

 

17.06.2013 | par martalanca | conferência, José da Silva Maia Ferreira

SOYA KUTU, Oficinas Criativas sobre Plantas Medicinais em S.Tomé e Príncipe

projecto de INÊS CASTAÑO e LUÍSA SEIXAS

A apropriação de um fragmento da expressão em crioulo forro Soya Kutu D’amala que dá nome ao projecto, deriva da sua utilização tradicional. Designando a resolução de um mistério lançado por um interlocutor a outro, aguardando uma resposta certeira, estabelece-se assim uma relação de partilha em torno de pequenas estórias.

Soya Kutu - Estória Curta, assenta na motivação para a autoconsciência cultural e a cidadania activa através de uma prática criativa e produtiva partilhada, concretizando-se na realização de Oficinas Criativas, procurando mediar diferentes esferas do saber através da prática criativa, com vista à preservação e promoção do património santomense.

Activando-se como recurso para o envolvimento de cada um dos participantes, definiram-se as plantas medicinais de São Tomé e Príncipe enquanto temática operativa permeável à sensibilidade de todos, capaz de estabelecer relações entre as ideias de território, património, cultura e a sua preservação.

As Oficinas Criativas, com a duração de uma semana, promoveram a construção de curtas-metragens: estórias curtas em torno do universo temático das plantas medicinais de São Tomé e Príncipe, recorrendo a metodologias e técnicas do Cinema de Animação.

PLANTAS MEDICINAIS | MEDICINA TRADICIONAL

Considerando que actualmente perto de 75% da população africana recorre apenas a plantas medicinais para se tratar - comprovada a sua segurança, eficácia e acessibilidade — estas constituem uma alternativa sustentável face aos medicamentos Ocidentais.

Partindo do conhecimento das plantas medicinais de São Tomé e Príncipe, posicionou-se o universo semântico das Oficinas Criativas na Medicina Tradicional e narrativas que lhe são próprias, procurando valorizar o património cultural imaterial autóctone, tornando-o visível e promovendo uma valiosa troca de conhecimentos e narrativas vivas.

As Oficinas Criativas tomaram como campo de acção a etnobotânica e a etnofarmacologia, uma vez que se constituem enquanto espaço privilegiado de cruzamentos disciplinares: desde questões ligadas ao estudo da botânica, à saúde, alimentação e bem estar, à cultura, práticas tradicionais e crenças locais.

A abordagem à Medicina Tradicional pretendeu despoletar o encontro intergeracional em cada comunidade, valorizando a transmissão oral do património, alertando para a necessidade da sua preservação e manutenção, despertando para novos modos de olhar o território santomense nas suas várias perspectivas — da ecologia à arte, passando pelos saberes tradicionais e pela pluralidade cultural. Neste processo promoveu-se ainda um espaço fértil e privilegiado de discussão e troca de conhecimentos entre todos os participantes.

Sob consultoria da investigadora Maria do Céu Madureira e com a colaboração de terapeutas e parteiras tradicionais locais, foi possível a partilha entre os vários modos de conhecer, utilizar e descobrir as práticas tradicionais, numa aproximação às bases para o reconhecimento e recolecção das plantas, e a urgência das boas práticas na Medicina Tradicional.

CINEMA DE ANIMAÇÃO

O recurso às técnicas e processos de animação serviu de base para a integração das várias perspectivas em cruzamento no espaço criado pelas Oficinas Criativas. O processo inerente à produção das curtas-metragens instigou à participação livre, assumindo cada um dos participantes o seu papel, de entre a multiplicidade de funções requeridas por cada estória curta: desde a escrita do guião, à concepção gráfica, do desenho à manipulação dos dispositivos tecnológicos, bem como à coordenação do grupo.

Simultaneamente, a prática criativa, aqui posta em evidência através do cinema de animação, assumiu um papel activo na aprendizagem: aprender a comunicar, a mudar de perspectiva sobre uma realidade próxima, na promoção de uma vontade de valorização activa e de produção.

A construção das curtas-metragens pretendeu promover a articulação entre o conhecimento adquirido durante as Oficinas e aquele que é já tido como saber popular: da alimentação como prevenção à necessidade da nomeação científica da botânica na partilha do conhecimento.

As valências do suporte audiovisual permitiram fazer convergir num único objecto diferentes modos de comunicar, construíndo narrativas com recurso a diferentes linguagens plásticas. A imagem cinematográfica permitiu assim estabelecer uma mediação entre os aspectos idiossincráticos de cada local, tornando-os visíveis.

EQUIPA DE TRABALHO

O projecto, concebido e coordenado por Inês Castaño e Luísa Seixas, contou com consultoria artística de Eduardo Guerra e Miguel Ferrão. Convidou-se Maria do Céu Madureira, etnofarmacóloga, como consultora e coordenadora científica.

Para a sua concretização no terreno, o projecto contou com uma equipa vasta de pessoas-recurso: líderes comunitários, associações locais, ONGD’s. Os terapeutas e parteiras tradicionais assumiram a dupla função de pessoas-recurso /consultores uma vez que, integrados na comunidade, têm a capacidade de estabelecer a comunicação entre os grupos, detendo ainda um conhecimento muito particular da medicina tradicional e das plantas medicinais.

A equipa completou-se quando, em cada local, se constituíram os grupos de trabalho, os quais contam com número variável de elementos (entre dez e quinze), constituídos de forma heterogénea, com idades compreendidas entre os sete e os dezassete anos.

METODOLOGIAS, APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO

As Oficinas Criativas realizadas na ilha de São Tomé em Agosto de 2012 decorreram em três localidades, permitindo assumir diferentes abordagens à Medicina Tradicional, tanto pelas suas características geográficas como culturais e sociais.

Se, por um lado, na Saudade , Distrito de Mé-zóxi, se procuraram as especificidades de uma comunidade rural (na sua maioria de ascendência caboverdiana), em São João de Angolares, Distrito de Caué, pretenderam-se convocar as características de uma comunidade, na sua maioria, piscatória, detentora de uma língua própria, o angolar.

Finalmente, na cidade de São Tomé , Distrito de Água Grande, o enfoque foi dado aos cuidados de higiene necessários na produção de medicamentos tradicionais.

Sob orientação de Maria do Céu Madureira, foi possível reunir diferentes aspectos relacionados com a prática activa da Medicina Tradicional, contactando com curandeiros e parteiras tradicionais de cada uma das localidades, que contribuíram com testemunhos vivenciais essenciais para as temáticas a desenvolver com os participantes das Oficinas.

Com a duração de uma semana em cada local, os primeiros dois dias de actividades foram dedicados à Etnofarmacologia e Medicina Tradicional. Neste período, Maria do Céu Madureira, em parceria com curandeiros, parteiras e produtores locais introduziu a temática das plantas medicinais específicas a cada contexto. Foram abordados os diferentes espécimens e utilizações tradicionais, finalizando-se com um passeio pelas imediações das localidades, em que os participantes identificaram e recolheram plantas medicinais segundo indicações específicas, de acordo com as boas práticas tradicionais.

Durante os restantes três dias, foram desenvolvidos os filmes, desde a concepção da storyline, sinopse, storyboard, construção de cenários e personagens, captação de imagens e sonoplastia.

Com recurso à fotografia, stop motion, edição de vídeo e áudio foram desenvolvidas 7 curtas-metragens.

Com o intuito de fornecer informação complementar, elabourou-se, em parceria com Maria do Céu Madureira, um breve glossário das mais importantes Plantas Medicinais utilizadas na Medicina Tradicional Santomense, onde se incluía a planificação diária das Oficinas Criativas, que foi distribuído a todos os participantes.

As curtas-metragens construídas durante as Oficinas Criativas foram apresentadas numa sessão pública, no dia 9 de Agosto de 2012, no Centro Cultural Português - Instituto Camões, na cidade de São Tomé, na qual estiveram presentes todos os que integraram o projecto, a quem foram entregues diplomas de participação e a compilação em dvd de todas as curtas-metragens realizadas.

No final do mesmo mês, dia 31 de Agosto - dia da Medicina Tradicional Africana - os filmes realizados foram exibidos nas estações públicas de televisão, TVS e RTP- África e durante os dias seguintes.

FILMES REALIZADOS EM SÃO TOMÉ

16.06.2013 | par martalanca | plantas medicinais, S.Tomé e Príncipe