25 de Maio 11h Torneio de ténis de mesa* | RDA 14h Jogos de Rua | RDA 18h Mesa Of The Lost Women & Junko /Quadrado (concerto) | CRA 20h30 Corrida Mini-Meia-Maratona* Igreja dos Anjos 21h Poética Família [Big D, Jonny Oca, Jardaz e Verinha] e 3º Grau [Tufo, Horta G e Jean Brasil] D Sounds Dub Musik (concerto) Praça das Novas Nações 26 de Maio 15h Passeio Sonoro* | ARTA 16h Sementeira* | RDA 17h Mutirão Horta do Beco | Rua das Barracas 17h Cicloficina | RDA 18h Recensurados (concerto) | CRA 18h Forno Comunitário | RDA 27 de Maio 19h Oito cães a um osso numa tarde sem parapeito* (mini-acontecimento) | JS/I 28 de Maio 19h História da violência política em Portugal (debate) | ARTA 19h Oito cães a um osso numa tarde sem parapeito* (mini-acontecimento) | JS/I 20h Quiz* | CRA 29 de Maio 19h Tertúlia sobre Multiculturalidade | CRA 19h Oito cães a um osso numa tarde sem parapeito* (mini-acontecimento) | JS/I 22h Terror e Miséria (também é isto) Casal do Leste (concerto) | RDA 30 de Maio 18h Torneio de Xadrez* | CRA 19h Oito cães a um osso numa tarde sem parapeito* (mini-acontecimento) | JS/I 21h30 Apresentação do livro “Um piano nas barricadas: autonomia operária 1973-1979” | ARTA 31 de Maio 16h Riddim Culture (concerto) Miradouro de Monte Agudo 17h GMURDA (performance) | ZFA 18h Torneio de Xadrez* | CRA 18h30 Daqui-Acolá: outras mobilidades em Lisboa (debate) | ARTA 19h Oito cães a um osso numa tarde sem parapeito* (mini-acontecimento) | JS/I 21h Fotopaper* | JS/I 1 de Junho 11h Feira das Almas | ARTA 14h Pão da Pimpinela * (oficina) | RDA 21h ConcertoItinerante Asimov dUASsEMIcOLCHEIASiNVERTIDAS Pás de Problème Largo do Intendente CRA- Clube Recreativo dos Anjos JS/I - Jovens Seguros / Intendarte RDA - Regueirão Dos Anjos ARTA - Associação Recreativa Taberna das Almas ZFA - Zona Franca dos Anjos info: http://fazmefestasnosanjos.blogspot.pt/
A 24 de Maio a Noite Príncipe é feita com o regresso do fantástico Maboku, daCasa Da Mãe produções, segunda vez de Nigga Fox depois da estreia estrondosa em Abril, e pelo desfecho sempre esperado que só Marfox sabe entregar.
Para os ainda não iniciados, a Príncipe é uma editora de Lisboa, inteiramente dedicada a editar música de dança contemporânea 100% real a ser produzida nesta cidade, nos seus subúrbios, bairros sociais e guetos. Novos sons, formas e estruturas com o seu próprio código de poética e identidade cultural. Queremos certificar-nos que o trabalho incrível que está a ser produzido aqui, seja em house, techno, kuduro, batida, kizomba, funaná, tarrachinha ou noutro novo desenvolvimento estético ainda inominável, deixe de permanecer desconhecido fora dos nossos clubes, telemóveis e quartos. Há um ano e três meses que a editora promove mensalmente uma Noite homónima para celebrar esta música e atitude que toma lugar no cúmplice inexcedível Musicbox.
Comedians’ Handbill, 1938 Paul Klee (German, 1879–1940)
Durante o início do século XX, a estética da escultura tradicional africana tornou-se uma poderosa influência na obra de diversos artistas europeus responsáveis por movimentos avant-garde e pelo desenvolvimento da arte moderna, dos quais sobressaem nomes como Henri Matisse, Pablo Picasso ou Paul Klee.
São os artistas deste período os primeiros a desenvolver um interesse estético e artístico pelas colecções de objectos oriundos das colónias africanas, que, um pouco por todas as capitais europeias, tornadas metrópoles de impérios coloniais em expansão, são reunidas em museus de cariz etnográfico.
A progressiva valorização da arte do continente africano fez-se acompanhada por intensos movimentos culturais que reclamavam a importância do pensamento e criatividade africana nas suas várias vertentes, literatura, música ou artes plásticas, intimamente ligados aos debates políticos suscitados por intelectuais que reclamavam a independência das colónias africanas.
Na era contemporânea pós-colonial, a influência da estética e processos tradicionais africanos está tão profundamente embutida na prática artística que raramente é evocada. A crescente globalização do mundo da arte, que inclui agora artistas contemporâneos africanos, torna cada vez mais discutível qualquer termo que pressuponha uma divisão clara entre arte ocidental e não-ocidental.
É nos esforços para compreender, de modo abrangente, os fundamentos estéticos dos primórdios do modernismo que a investigação das influências africanas na arte moderna permanece relevante hoje.*
O propósito deste nosso encontro é o de reflectir sobre a forma como as culturas africanas foram, e continuam a ser, fonte de inspiração artística em todo o mundo. Importa, também, realçar os modos como os diálogos culturais sempre foram feitos de forma recíproca e assentes em influências multilaterais.
O mapeamento, a compreensão, e as percepções destes movimentos são objecto de estudo de diversos investigadores e artistas.
Este é um dos muitos pontos em que se vai centrar o nosso debate.
* Baseado no texto de Murrell, Denise. “African Influences in Modern Art”. In Heilbrunn Timeline of Art History. New York: The Metropolitan Museum of Art, 2000. http://www.metmuseum.org/toah/hd/aima/hd_aima.htm (April 2008).
Moderação
Carla Henriques
Nasceu em Moçambique. Jornalista na RDP África (RTP) há 17 anos, onde foi coordenadora de informação durante mais de uma década. Formada em Ciências de Comunicação, frequentou o Mestrado em Relações Internacionais. Realiza e produz o programa sobre cinema nos países de língua portuguesa – GRANDE PLANO. Colabora com o programa de cinema da Antena 1 - CINEMAX . É consultora do Shortcutz Porto, júri e curadora de festivais de cinema.
Convidados
Ismael Sequeira Artista Plástico de origem são-tomense, desenvolve e participa em diversos projectos na área artística e cultural em Portugal e em São Tomé e Príncipe. Actualmente faz parte do núcleo fundador da Plataforma Cafuka.
Victor Pinto da Fonseca Director da Plataforma Revólver - Para a arte contemporânea, autor e administrador da Artecapital - Magazine de arte contemporânea, curador de exposições e colecionador de arte. Nasceu em Luanda, vive e trabalha em Lisboa.
En el año 2012 Mariem Hassan imprime un giro a su propuesta musical. Los acontecimientos de los últimos meses, conocidos como la “Primavera Árabe”, y la incombustible lucha del pueblo saharaui por la independencia, marcan la temática de sus nuevas canciones. Paralelamente, su música, manteniendo firmes sus bases en el haul, se acerca al blues, al jazz y a sonidos contemporáneos como nunca lo había hecho un artista del Sáhara Occidental. El Aaiún Egdat (Arde El Aaiún), que así se llama su nuevo CD, plasma esa visión actual y renovada.
[…] En él, la diva saharaui está acompañada por Vadiya Mint El Hanevi a los tebales y coros, por Luís Giménez a la guitarra eléctrica, mbira y armónica, por Hugo Westerdahl al bajo, y por Gabriel Flores al saxo y flautas. A estos tres músicos les une su amor y conocimiento de la música saharaui. El alicantino -de Villena- Luís Giménez, conoció las gamas saharauis hace ya años en los campamentos de refugiados, hasta el punto que realizó un documental sobre el haul: “Los mares del desierto”. El mexicano Gabriel Flores es el director externo de Enamus, la escuela de música saharaui, inaugurada el pasado noviembre en el campamento de refugiados “27 de febrero”. El canario Hugo Westerdahl ha visto pasar por su estudio Axis a un sin número de músicos y cantantes saharauis que allí han grabado para Nubenegra. Su interés por el haul queda patente en el CD “Western Sahara”, dedicado al recordado guitarrista Baba Salama. Con esta misma formación de quinteto, Mariem Hassan tiene previsto iniciar la gira de presentación de “Arde El Aaiún” en los meses de Abril-Mayo. El Aaiún Egdat es, ante todo, una obra muy abierta, tanto en su temática como en su expresión. El haul sigue siendo el motor fundamental. Las piezas más candentes, como la que presta título al disco, o las dos referidas al campamento de Gdeim Izik, a la Primavera Árabe o La victoria, están firmadas por prestigiosos poetas del exilio saharaui, como Beibuh, Bachir Ali o Lamín Allal. La lacerante voz de Mariem Hassan señala la gravedad del momento con toda la emoción que su garganta y su corazón son capaces de transmitir. Otros temas nos presentan a una Mariem mucho más dulce. Nunca la habíamos oído cantar como lo hace en “Ana saharauia” (Soy saharaui), auténtica declaración de principios. O como en “Descansen en paz”, con la jaima teñida de jazz bajo la luz cálida de la luna del desierto. Y muy dinámica, enarbolando “La melfa” que dos años atrás quisieron mancillarle en Madrid. Punto y aparte merece “El legado” en la que la tradición y la modernidad libran una incruenta batalla que, sin duda, dará que hablar. Mariem, de nuevo, comprometida y genial. Esta vez, con un equipo a la altura de las circunstancias. Un placer, Manuel Domínguez. Fuente
DIA 16 de maio – 21H – MARCELINO PÃO E VINHO. Rua do Salvador n.º 62 Alfama - São Vivente de Fora - Lisboa - telf. 218851127 | DIA 18 de maio CASA DO ALENTEJO – 20H | DIA 18 de maio – 22H30 – BAR ADUFE Beco do Arco escuro, junto à Casa dos Bicos.
A primeira edição do concurso literário “As Línguas em Português”, destinado a promover obras inéditas, escritas em português, da autoria de escritores moçambicanos, decorre até 17 de Maio, promovido pelo pólo da cidade da Beira do Centro Cultural Português/Camões IP em Moçambique. Segundo o regulamento do prémio, os objectivos do concurso literário são «fomentar a criação literária em Língua Portuguesa no espaço moçambicano; promover novos talentos, nomeadamente literários; e divulgar autores moçambicanos inéditos que escrevam em Língua Portuguesa».
Poderão participar no concurso os escritores moçambicanos que escrevem em língua portuguesa, devendo os interessados redigir um conto literário inédito, com o mínimo de 10 páginas e o máximo de 25, podendo ser acompanhado de ilustrações. O vencedor será anunciado durante o mês de Junho e receberá um prémio monetário de 7.000 meticais.
O Elinga Teatro organiza em Luanda, entre 16 e 30 de Maio, o III Festival Internacional de Teatro e Artes de Luanda, que contará com a presença de grupos de teatro provenientes de Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Moçambique, Brasil e Portugal.
O festival abrirá no dia 16 de Maio na capital angolana, com a apresentação do espectáculo “Teorema do Silêncio”, peça de Caplan Neves, encenada pelo Grupo de Teatro do Centro Cultural Português do Mindelo, de Cabo Verde.
Para além da presença de vários grupos nacionais - Oásis, Elinga Teatro, HenriqueArtes, Miragens Teatro, Marado Teatro e o grupo Bismas das Acácias - a programação inclui as actuações das companhias portuguesas: CTB- Companhia de Teatro de Braga, com o espectáculo “Arte do Futuro / Último Acto”, no dia 18 de Maio; A Escola da Noite, que apresenta “Novas Diretrizes em tempos de paz”, de Bosco Brasil, no dia 23 de Maio; e a companhia de Teatro Griot com o espectáculo “Faz escuro nos olhos”, no dia 25 de Maio.
De São Tomé e Príncipe estará presente a companhia Parodiantes da Ilha com o espectáculo “O Rei do Obó” de Ayres Major, no dia 20 de Maio; e de Moçambique vêm as companhias Casa Velha, com “Curandeiros à força”, no dia 28, e Kucarachas com o espectáculo “Niketche”, de Paulina Chiziane, que encerra o festival no dia 30 de Maio.
Da programação consta ainda a participação das companhias brasileiras: Solo Colectivo, com “Paredes externas”, no dia 26; e Companhia de Teatro Gente, com uma peça de José Mena Abrantes “No outro lado do mar”, apresentada no dia 22 de Maio. De Cabo verde, além da actuação do Grupo de Teatro do Centro Cultural Português do Mindelo, o evento contará com a actuação da Companhia Solaris, com “Psycho”, de Valódia Monteiro, no dia 27 de Maio.
Todas os espectáculos terão lugar nas instalações do Elinga-Teatro e estão previstos workshops e palestras sobre temas de interesse cultural.
O Festival Internacional de Teatro e Artes teve a sua primeira edição em 2008, celebrando o vigésimo aniversário do Elinga Teatro. Tem sido voz presença regular nos Encontros Internacionais sobre Políticas de Intercâmbio organizados pela Cena Lusófona e é um dos parceiros da associação no desenvolvimento do Projecto P-STAGE, cujas actividades iniciaram em 2012.
Baldiois a place to rehearse an interdisciplinary, politically committed approach merging theory and practice in the arts, humanities and social sciences, which is commonly understood as Performance Studies.
This project was conceived in June 2011, when we decided to apply to the PSiRegional Research Clusters program with the project Generative Indirections, an international meeting of artists and researchers in Performance Studies. This meeting will take place in September 2013.
Researching the relations between ongoing artistic, social and political forms of life, Generative Indirections intends to explore the potentialities of performance studies in the critical space between the Social Sciences, Humanities and Art, and give voice to counter hegemonic epistemologies, blurring theory and practice. In-direction thus becomes a magnetic field, moving between theory and practice, challenging disciplinary boundaries in order to question how Performance Studies can be received in Portugal. more info: http://baldioeng.wordpress.com/
23, 24, 25 e 26 de Maio e 1 e 2 de Junho de 2013 Com o tema A Influência das Culturas Africanas nas Artes - Diálogos e inspiração,Documentários, Longas e Curtas Metragens, Exposições, Palestras, Workshop de Dança, Lomográfico e Gastronomia, Teatro, Oficinas de Vídeo Arte, Concertos e Arraial www.africamostrase.info
Finalmente este parto difícil faz-se sentir; presente! Curto & Grosso será realidade todas as semanas no seu correio, no Facebook do Nástio Mosquito e em qualquer lugar onde você tiver o atrevimento de espalhar estas pequenas crónicas audiovisuais. Obrigado a todos que participaram, e apesar de já se terem esquecido que participaram, por terem esperado pacientemente sem mandar o Nástio plantar batatas no deserto. TÁ VIR!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! DZZZZ ArtWork
Trabalho em vídeo de Pedro Faria desenvolvido durante uma residência artística na ilha de São Vicente, Cabo Verde. Pedro Faria estudou Arquitectura na Universidade de Coimbra e Artes Visuais na Glasgow School of Art, frequentando em 2006 o Curso de Artes Visuais da Fundação Calouste Gulbenkian. Desde então tem vindo a desenvolver o seu trabalho como artista plástico – participando em diversas exposições, colaborando com profissionais das artes performativas e dando início a projectos colectivos com outros artistas.
Seminário de Estudos Africanos:“Novos Intelectuais” na África Central:protagonistas, temas e disseminação de conhecimento _ Ana Lúcia Sá (CEA-IUL)
15 de Maio | 18h00 | B104, ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa
Desde contextos da África Central Ocidental chegam discursos que contrariam o propagado epistemicídio do mundo não ocidental e os pressupostos considerados hegemónicos e exógenos. Entre estes discursos, que terão nos chamados “novos intelectuais” actores de destaque, encontram-se os mobilizadores de acções sociais e políticas, mas também os criadores de imagens colectivas sobre as mudanças e os palcos de afirmação que vão mais além dos programas centrados nos mitos do progresso e do desenvolvimento de cariz eurocêntrico.
Ana Lúcia Sá: Doutora em Sociologia, com uma tese sobre representações do mundo rural em romances angolanos e construção de sentidos de nação. Actualmente, e após um ano como investigadora na Instituciò Milà i Fontanals do Conselho Superior de Investigações Científicas (Barcelona), com uma bolsa da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, é Investigadora de Pós-Doutoramento no CEA-IUL. As suas investigações centram-se na construção do conhecimento social em “novos intelectuais” da África Central Ocidental, focando a análise das dinâmicas das respectivas sociedades em temas como o género, a diversidade cultural ou a descolonização do pensamento. É ainda vice-presidente de CEIBA (Centro de Estudos Internacionais de Biologia e Antropologia), com sede em Barcelona, ONGD de cooperação cultural com países da África Central.
O Café Tati recebe Remna Schwarz para um concerto a solo, com a sua música, mistura rica de ingredientes sonoros “recolhidos” nos países por onde a sua vida foi passando (Zaire, Mali, Senegal, Guiné Bissau, Portugal, EUA, França), bem como nas músicas que o influenciaram (jazz, blues soul, hip hop, reggae, …). Cantor, guitarrista e compositor, Remna Schwarz iniciou o seu caminho musical no mundo do hip hop, primeiro no Senegal e depois em França, onde também cantou como corista numa banda de reggae. Durante as digressões com essa banda escreve as suas primeiras canções. Em 1999 começa uma carreira a solo e vai conquistando espaço na cena musical francesa. Abriu concertos de músicos como Youssou Ndour, Lokua Kanza, Niominka BI ou Daraa-J, foi músico residente em vários clubes de jazz parisienses, e, com a sua banda, ganhou alguns prémios de âmbito nacional. Lança o seu primeiro disco, “Saltana” (2007), edição independente.Vive actualmente em Cabo Verde onde trabalha também como produtor musical e onde abriu em 2011 a terceira edição do Kriol Jazz Fest. Já neste ano representou a Guiné Bissau numa turné pela Guiné, Senegal e Gâmbia, no âmbito do circuito de concertos dos Institutos Franceses.
A expressão de uma alma que traduz o mais puro sentimento da tradição musical cabo-verdiana, na força de uma voz que emerge!
ZÉ LUIS, o cantor de forte carisma, voz quente e cativante, só agora, na faixa dos 60 anos, surge com um primeiro disco, intitulado SERENATA, depois de algumas décadas a cantar na informalidade das noites musicais em Cabo Verde.
Nasceu na cidade da Praia em 1953. Deve à mãe, que sempre cantara durante os afazeres domésticos, o gosto pela música e pela cozinha – foi quem lhe transmitiu e ensinou ambas as paixões. Guarda na memória, como relíquia, para além das mornas, letras de fados que sua mãe aprendera na juventude.
A morna, onde Zé Luis se encontra e reconhece como cabo-verdiano e como artista, lamento romântico que tem tanto de melancolia, quanto de sensualidade, está umbilicalmente associada à própria identidade cabo-verdiana, à sua alma, ao sentimento de todo um povo!
Aos oito anos, Zé Luis emigra com a família para a Ilha do Príncipe, no arquipélago de S. Tomé e Príncipe, à época, colónia portuguesa, onde viviam muitos conterrâneos. Na altura, um grande fluxo migratório levava trabalhadores de Cabo Verde para o cultivo agrícola naquelas ilhas. Para além do trabalho, havia o natural convívio, em que a música, para matar a sodade, era um ingrediente indispensável!
Ao regressar já quase adulto à sua terra, rapidamente se inseriu nas actividades musicais, cantando em serenatas, participando em concursos, actuando em sessões culturais a convite de entidades várias. Sempre que era necessário encantar com os sons de Cabo Verde e uma voz sedutora, lá estava ele, que, contudo, sempre viveu da profissão de marceneiro.
A música, essa paixão sempre presente, ia ficando para os tempos livres. Agora, eleva-a a lugar central na sua vida, ao emergir para um público bem maior que o da sua cidade, pela força de uma voz que não podia ficar como privilégio de tão poucos…
“Quando ouvi Zé Luís pela primeira vez, nunca tinha ouvido falar nele. Mas a verdade é que para nos apaixonarmos por uma voz, não precisamos de saber a quem ela pertence, porque o coração é o mais certeiro dos órgãos humanos: sabe distinguir instintivamente o bem do mal, o bom do mau e o feio do bonito. E não há, aos meus olhos, maior inteligência do que esta.
Porque assim penso, para falar de Zé Luís, e do seu maravilhoso disco de estreia, não é preciso, nem convém, usar palavras caras e conceitos muito elaborados. Aqui, tudo é como tudo devia ser: simples e belo, profundo e cativante. Os músicos não sabem tocar senão as cordas mais sensíveis e quanto ao cantor basta dizer há muito que não ouvia um timbre tão bonito e uma forma de cantar tão espontânea e justa. Ouve-se e não se acredita: esta voz, impregnada de melancolia e sensualidade, que canta essencialmente a saudade, o amor e a amizade, é a de um senhor à beira dos 60 anos que até agora só cantava para amigos e familiares.
Recentemente, este desconhecido, marceneiro de profissão, deslumbrou, quase sem querer, uma plateia internacional de profissionais da música, com uma tocatina informal à margem de um festival de música. O assombro na plateia foi de tal ordem que logo surgiu o convite para gravar um disco e a possibilidade, entretanto concretizada, de uma digressão pela Europa. Ou seja, Zé Luís está a viver um sonho que bem o pode levar a ocupar, muito em breve, um trono há muito vazio: o de «rei» da serenata cabo-verdiana.” Jorge Lima Alves
Agenda de concertos em pela Europa: 02 Maio – “Viva a Música” (Antena 1) Teatro da Luz - Lisboa / Portugal (16h00) 02 Maio – Fnac Chiado - Lisboa/Portugal (19h00) 08 Maio – Jazz Sous Les Pommiers - Coutances/França 14 Maio – Studio l’Ermitage - Paris/França 18 Maio – Festival des Joutes Musicales - Correns/França 19 Maio – Festival Musiques Métisses - Angoulême/França 23 Maio – Fnac Colombo - Lisboa/Portugal (19h00) 24 Maio – B.Leza - Lisboa/Portugal (22h00) 31 Maio – Festival Tempos du Monde - St Paul les Dax/França 27 Setembro – Festival International de Besançon - Besançon/França 14 Outubro – Théâtre de la Ville - Paris/França
Depois de “Clave Bantu“ (2011) chega “Movimento”, segundo disco de Aline Frazão, lançado em Portugal pela PontoZurca e com edição no resto da europa da Coast to Coast.
Para além dos temas da sua autoria, “Movimento” conta com uma parceria inédita com o poeta e letrista angolano Carlos Ferreira “Cassé” e com o poema de Alda Lara musicado por Aline.
A acompanhar a cantora e compositora angolana estão Marco Pombinho (piano e rhodes), Francesco Valente (baixo e contrabaixo) e Marco Alves (bateria e percussão). O álbum, com produção da própria, conta ainda com a participação dos músicos cabo-verdianos Miroca Paris (percussão) e Vaiss Dias (cavaquinho e guitarra).
O single de antecipação “Tanto” estreia na Antena 1 RDP África na quarta-feira, dia 24 de Abril.
Ana Paula Tavares Fabio Mario da Silva Glória Brito Teresa Sousa
Luís Pinheiro
Apresentação
FLUL, 27 e 28 Novembro de 2013
A modernidade literária em Angola e nos outros países de língua oficial portuguesa surge num quadro histórico e cultural conhecido e em convergência com outros movimentos literários africanos e do mundo.
Estudar a obra de António Jacinto autoriza-nos a afirmação de um aparelho teórico-concetual, uma força analítica e interpretativa que alarga o campo dos estudos literários, históricos, culturais, sobre uma época, um espólio, países de um continente, influências.
O Colóquio propõe-se juntar conhecimento e seguir as dominantes de um movimento cultural característico da época e ainda receber e analisar as consequências dessa produção (a de António Jacinto e seus coetâneos) para as gerações que se lhe seguiram, por isso propomos alguns tópicos de análise:
1- A modernidade nas literaturas africanas dos países de língua portuguesa
2- Da geração Mensagem aos nossos dias
3- António Jacinto e sua obra
4- História e literatura
5- Diálogos interartes
Propostas:
A data limite para submissão dos resumos é 7 de agosto de 2013. Cada resumo deve ter no máximo 250 palavras, de 3 a 5 palavras-chave e deve ser enviado juntamente com um breve CV para o seguinte endereço eletrónico: clepulcolajacinto@gmail.com. A receção e aceitação de propostas será anunciada por e-mail. A Comissão Científica fará uma seleção das propostas e comunicará a sua decisão até 20 de setembro de 2013. Pede-se aos participantes que não excedam o tempo máximo de 20 minutos em cada apresentação.
Instituição organizadora:
Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (CLEPUL)
Taxa de inscrição: A taxa de inscrição é de 35 euros até dia 30 de outubro.
While Alexander’s figures are, in many ways, emblems of monstrosity, they are oddly beautiful. Her creatures expose the human animal for all it is and all it could become. Though clearly concerned with social issues, Alexander’s sculptural installations and photographs do not judge, nor do they convey a particular political or moral standpoint. “There is no glorification of human misery here, only recognition of human tenacity and will, dignity among the wretched, a hint of the thread that connects us all and beyond.” (Ash Amin, On Being Human)
Alexander’s artworks have a formal and technical excellence and deliver a potent emotional impact, sending warnings about historical consequences and carrying hints of things to come. Consistent with the artist’s creative process, the curatorial concept of this exhibition will be re-defined in each venue, with the artist, the guest curator, Pep Subiros, and the host venue working in close collaboration. Adjusted to the environment and architecture of each location, the exhibition becomes site-specific, allowing figures and tableaux to participate in the process of transformation. Local audiences will experience, with immediacy, the familiarity and mutability of Alexander’s universe.
Guest curated by Pep Subiros, writer and director of Gao lletres.
An illustrated catalogue accompanies the exhibition, edited by Pep Subiros with contributions by Jane Alexander, Ashraf Jamal, Kobena Mercer, Simon Njami, Pep Subiros, and Lize van Robbroeck.
Jane Alexander: Surveys (from the Cape of Good Hope) is organized by the Museum for African Art, New York, and supported, in part, by the National Endowment for the Arts and Macy’s.
No próximo dia 4 de Maio a Conexão Lusófona organiza a segunda edição do seu festival de músicaassinalando a abertura oficial da Semana Cultural da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) em Lisboa. Desta vez, o nobre espaço do Pátio da Galé recebe o evento que pretende levar a uma nova dimensão o número de pessoas que despertam para o tema Lusofonia. No espetáculo, novos talentos partilham o palco com nomes já consagrados que apadrinham a iniciativa. Bena Lobo, Bonga, Boss AC, Dino d’Santiago, Elisa Rodrigues, Filipe Mukenga, Gapa, Karyna Gomes, Kay Limak, Micas Cabral, NBC, Orlanda Guilande, Quinteto Luso-Baião e Selma Uamusse são os nomes do evento. Após o concerto, a festa continua noite dentro com Dj Set. Prometem-se muitas e boas conexões numa noite que celebra o Dia da Língua Portuguesa e da Cultura da CPLP, que patrocina esta iniciativa.
O evento 4 de maio, 21h00
Onde | Pátio da Galé, Lisboa. Pré-venda ao preço €5 euros; €7 na porta do evento (caso não esgote). Amigos da Conexão Lusófona podem comprar os bilhetes em nossa página de Facebook ao preço de €5, com oferta de uma Imperial.