Música ritual japonesa, sons clássicos, espaço arquitectónico, improvisação, funk – elementos que se entrelaçam metodicamente, porém de forma artística e harmoniosa, pelo quarteto suíço Nik Bärtsch’s Ronin.
A banda Ronin, constituída em 2001 e liderada pelo compositor e pianista Nik Bärtsch, natural de Zurique, é dotada de um som idiossincrático forte. Com o baterista Kaspar Rast, Sha nos clarinetes baixo/contrabaixo e sax alto e Thomy Jordi no baixo. Cada membro do grupo dispõe de enorme controlo e visão não só em relação aos sons que ele próprio produz mas também às sonoridades que surgem da combinação com os restantes instrumentos. É aqui que os instrumentos se fundem como componentes de uma orquestra sinfónica, ao mesmo tempo que acompanham a visão estética da música ritual groove. Com uma presença irresistível no palco, e distinguida pelo Wall Street Journal como um dos seis melhores espectáculos ao vivo em 2011, a Ronin conta agora com o apoio da Pro Helvetia, a Fundação Suíça para a Cultura, para fazer chegar ao Cape Town Jazz Festival, Joanesburgo, Durban, Suazilândia e Moçambique a energia hipnotizante que caracteriza as suas actuações ao vivo. A banda oferecerá ainda vários workshops que se realizarão em locais seleccionados. “Isso demonstra bem a versatilidade e a franqueza da chamada música moderna que não se impõe limites mas visa talvez romper as fronteiras existentes.” Hans-Jurgen von Osterhausen, Jazzpodium (Alemanha). CIDADE DO CABO Sexta, 5 de Abril de 2013 | 19h00 Cape Town International Jazz Festival Cape Town International Convention Centre Moses Molelekwa Stage Ingresso de um dia R440 www.capetownjazzfest.com Workshop: 6 de Abril | 16h00 Sala VOC, 3º Andar, Cape Sun Por inscrição JOANESBURGO Segunda, 8 de Abril | 19h30 The Music Room, 8º andar do Edifício University Corner, Universidade Wits, Jorrisen Street, Braamfontein. R50 Bilhetes à venda no local; entrada livre para estudantes. Estacionamento subterrâneo disponível no Edifício University Corner. Entrada localizada na Jorrisen Street DURBAN Quarta, 10 de Abril de 2013 | 18h00 The Centre for Jazz and Popular Music Campus Howard College da UKZN Estudantes R10 | Pensionistas R20 | Adultos R35 MALKERNS Suazilândia Quinta, 11 de Abril | 20h00 House on Fire, Malandela’s Complex Malkerns E 70 Bilhetes à venda no local www.house-on-fire.com MAPUTO Moçambique Sábado, 13 de Abril | 20h30 Centro Cultural Franco Moçambicano – Auditório CCFM Avenida Samora Machel, 468 Maputo Público em geral 250 Mt, Membros do CCFM 150Mt www.ccfmoz.com
Muholi won the Index Arts award, for which she had been nominated alongside Russian punk group Pussy Riot, Saudi Arabian filmmaker Haifaa al Mansour, and Indian cartoonist Aseem Trivedi.
The Index Awards are, according to the organizers, ‘an extraordinary celebration of the courageous and determined individuals around the world who have stood up for free expression, often at great personal risk’. Dedicating the award to two friends who were victims of hate crimes and later succumbed to HIV complications, Muholi said: ‘To all the activists, gender activists, visual activists, queer artists; writers, poets, performers, art activists, organic intellectuals who use all art forms of expressions in South Africa. The war is not over till we reach an end to ‘curative rapes’ and brutal killing of black lesbians, gays and transpersons in South Africa.’
According to The Guardian, CEO Kirsty Hughes said: ‘Zanele has shown tremendous bravery in the face of criticism and harassment for ground-breaking images which include intimate portraits of gay women in South Africa, where homosexuality is still taboo and lesbians are the target of horrific hate crimes. She has won the award both for her courage and the powerful statements made by her work.’
Born in Umlazi, Durban, in 1972, Muholi describes herself as a ‘visual activist’, presenting positive imagery of black lesbians and transgendered persons through her work. Her series of black and white portraits, Faces and Phases, was exhibited at Documenta 13 in 2012, as was her documentary, Difficult Love, which has been shown to acclaim at festivals around the world.
Works from Muholi’s Faces and Phases series are currently on exhibition at Yancey Richardson Gallery in New York, through 6 April.
O FESTin – Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa está de volta ao Cinema São Jorge, em Lisboa, para a sua quarta edição.
Entre 3 e 10 de abril serão exibidos 77 filmes, entre 24 longas e 53 curtas-metragens (ficção, documentário e animação), provenientes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe.
Entre as novidades desta edição, destaque para uma homenagem ao cinema de Angola e para uma maratona de documentários, no dia 8 de Abril, onde serão exibidos oito filmes, entre longas e curtas-metragens.
alguns lembretes:
QUARTA, 3 DE ABRIL
O GRANDE KILAPY Angola/ Portugal/Brasil, 2012, 100 minutos, Ficção Realização: Zezé Gamboa Com: Lázaro Ramos, Pedro Hossi, João Lagarto, Patrícia Bull, Adriana Rabelo, Sílvia Rizzo, Hermila Guedes, São José Correia
Horário: 3 de abril | 21h30 | Sala Manoel de Oliveira
Sinopse: Joãozinho é um vigarista com uma profunda ética de amizade, bon vivant a todo o custo, é uma pessoa simples e que vive indiferente às contingências de vida numa colónia portuguesa. Por forças das circunstâncias Joãozinho acaba por se tornar uma personagem incómoda e subversiva para o regime colonial português.
NOS TRILHOS CULTURAIS DA ANGOLA CONTEMPORÂNEA Angola, 2010, 58 minutos, Documentário Realização: Dias Júnior Com: Orlando Sergio
Horário: 4 de abril | 22h00 | Sala 3
Sinopse: Produzido no âmbito da série DOCTV-CPLP, que apresentou ao público nove documentários inéditos produzidos nos países da CPLP e em Macau, este documentário traça os trilhos da linha entre o passado, o presente e o futuro de uma linha férrea de importância extrema que atravessa Angola de leste a oeste. Em 50 minutos, o documentário, que levou 16 dias de rodagem e seis meses de produção, centra a sua ação no troço Lobito/Cubal (ambos municípios de Benguela), num percurso de aproximadamente 153 quilómetros.
Sinopse: Este documentário retrata e valoriza algumas etnias do sul de Angola com destaque para os subgrupos do grupo Hereros, que mesmo com os quinhentos anos de colonização e de imposição religiosa, mantiveram-se firmes na conservação da sua cultura ancestral, a mesma que faz parte do acervo de culturas desta imensa Angola. A sua interação com outros grupos bantus, o confronto permanente durante a transumância e a sobrevivência do gado são também problemas abordados nesta obra.
MANIFESTO DAS IMAGENS EM MOVIMENTO Moçambique, 2012, 5 minutos, Documentário Realização: Diana Manhiça Horário: 6 de abril | 18h00 | Sala 3
Sinopse: Originalmente editado como um manifesto do KUGOMA para a introdução da seção de Arquivos de Imagens em Movimento do festival, em 2012, as imagens filmadas por Diana Manhiça e Ilda Abdala durante a remoção de caixas e películas irrecuperáveis do acervo do INAC (Instituto Nacional de Audiovisual e Cinema), em Maputo, foram cruzadas com registos do Simpósio do Festival Dockanema de 2010, e excertos de entrevistas do Projecto “Fora de Campo” de Catarina Simão. O contexto é definido por elemento textuais, da Declaração sobre a Conservação e Preservação do património Audiovisual da UNESCO, de 1980.
SEGUNDA-FEIRA, 8 DE ABRIL
BAFATÁ FILME CLUBE Portugal/Guiné-Bissau, 2011, 77 minutos, Documentário Realização: Silas Tiny.
Horário: 8 de abril | 15h30 | Sala 3
Sinopse: Em Bafatá, na Guiné-Bissau, Canjajá Mané, antigo operador de cinema e guarda do clube da cidade, repete os mesmos gestos há cinquenta anos. Mas atualmente o cinema está fechado e não existem espectadores. Dos seus tempos como trabalhador do clube até aos nossos dias, restam apenas recordações. Na cidade, somente as pedras, árvores e o rio resistiram à erosão do tempo. E com eles, algumas pessoas, que ficaram para perpetuar na memória do mundo e dos homens, que ali já viveu gente. São essas pessoas por quem Canjajá procura e espera pacientemente até hoje.
MOSCA – The Cambuquira Short Film Festival - is focused on the diffusion of Brazilian and foreign audio-visual productions, as well as promoting a critical film-going public. The festival program includes Brazilian films screening, special programs of foreign movies, debates, workshops, exhibitions, children’s activities, a bar-restaurant and a travelling outreach festival. Since 2005, MOSCA has been contributing to the revival of film-going rituals in this small town, while also providing and expanding cultural and artistic opportunities for the local population.
DATES AND VENUE
MOSCA 8 will unfold from 10 – 14 July, 2013, in the Brazilian town of Cambuquira, located in the south of Minas Gerais, and otherwise renowned for its naturally mineral springs. The festival is warmly held at Cine Elite - an old city cinema that had been closed for about 20 years, but which in 2001 was lovingly restored by the cultural institution “Espaço Cultural Sinhá Prado”.
The venue and the town share a charming and idiosyncratic architecture, with calm and serene walking streets. This video, made for MOSCA 7, gives a glimpse of Cambuquira’s beauty and attraction:http://vimeo.com/44820975#at=0
After the primary festival in July, MOSCA continues its work with a travelling outreach festival, spreading the film-going spirit to other communities.
Service: 8th CambuquiraShort Film Festival – MOSCA 8
Place: Espaço Cultural Sinhá Prado – Av. Virgílio de Melo Franco, 481 – Cambuquira-MG / Brazil
Date: 10 to 14th of July, 2013
Realização: Associação Comercial Educacional e Cultural Sinhá Prado Guimarães and Ministério da Cultura.
Próximo fim de semana traz a última oportunidade para baianos conferirem a peça que há 2 anos faz sucesso em todo o Brasil.
Está chegando ao fim a temporada de Namíbia, Não! em Salvador. A montagem faz seu último fim de semana no Teatro Sesc Casa do Comércio (Caminho das Árvores), sábado e domingo, dias 30 e 31 de março, às 21h e 20h, respectivamente. No mês de maio, a convite da Funarte, segue para 3 apresentações na Cidade do Porto, pelas comemorações do “Ano do Brasil emPortugal”.
“Temos viajado pelo país com a peça, mas realizar a temporada de comemoração dos dois anos de em Salvador, cidade onde esse esptáculo nasceu, tem um sabor especial. O público baiano pôde rever a história, e aqueles que ainda não tinham prestigiado essa comédia reflexiva, têm uma nova oportunidade. A temporada ainda contou com a novidade de trazer o ator Sérgio Menezes, amigo e parceiro de outros espetáculos, que entrou no projeto Namíbia, Não! com toda garra e talento. Que venha o terceiro ano, com as novidades que o tempo nos dará!”, declaraAldri Anunciação,ator e autor do texto do espetáculo.
Jamile Amine/Comunika PressO argumento parte da seguinte situação hipotética: o ano é 2016 e o governo brasileiro decreta que todos os cidadãos de melanina acentuada sejam deportados para um país da África. Com humor e inteligência, a partir do confinamento de 2 primos em um apartamento por causa desta absurda Medida Provisória, o espetáculo provoca uma discussão sobre a situação do negro no Brasil atual.
Namíbia,Não! é dirigida por Lázaro Ramos, estreou em março de 2011 no Teatro Castro Alves, em Salvador, e já se apresentou em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza e Brasília. Desde o seu lançamento contabiliza mais de 35 mil espectadores.
Desde sua estreia Namíbia,Não! tem acumulado importantes consagrações, validando sua qualidade artística. Contemplada com os Prêmios Braskem de Teatro 2011 e Myryam Muniz 2010, ambos na categoria Melhor Texto (autoria de Aldri Anunciação), recebeu recentemente o Prêmio Portal R7 de Melhor Texto de Teatro em 2012, escolha que deu-se através de votação popular, tendo mobilizado mais de 100 mil votantes.
O texto Namíbia, Não!, de Aldri Anunciação, foi tema de palestra em Colóquio Internacional Sobre Literatura Brasileira Contemporânea realizado em parceria pela Freie Universität de Berlin, Université Paris-Sorbonne (França) e Universidade de Brasília, em Berlim, dias 11 e 12 de março, na Alemanha. Neste evento, a dramaturgia negra brasileira foi objeto de estudo e teve destaque no exterior. Em breve, Namíbia, Não! poderá ser traduzida e publicada em alemão.
O Regresso da Poesia às Noites Crioulas do Poço dos Negros Programa: 19:00 - Apresentação do livro “Espicilégio/Antologia nº 1”, de Kwame Kondé seguido de recital de Poesia 20:30 - Jantar tradicional de Cabo Verde Sujeito a inscrição prévia por email ou telefone (até dia 29) Ementa: Linguiça frita; feijoada de feijão pedra; pudim de queijo Contribuição (jantar + concerto): 13 crioulos (não inclui bebidas) 22:00 - Música ao vivo na voz e violão de PALÓ Entrada: 3 crioulos Marcações: Tel: 21 820 76 57 | info.interculturacidade@gmail.com Travessa do Convento de Jesus, 16 A, 1200-126 Lisboa
“a Pequena Galeria” abriu ao público na quinta-feira dia 21 de Março com a exposição Salão #1 (Inauguração) apresentando obras de Ágata Xavier, António Júlio Duarte, Augusto Cabrita, Carlos M. Fernandes, Carlos Oliveira Cruz, Céu Guarda, Filipe Casaca, Guilherme Godinho, Jordi Burch, José Cabral, José M. Rodrigues, Mário Cravo Neto, entre outros. “a Pequena Galeria” é um projecto colectivo que ocupa um pequeno espaço de exposição, informação e comercialização de arte, tendo a fotografia como interesse preponderante. Pretende ser um lugar diferente, à procura de novas fórmulas de produção e distribuição, atento às actuais condições do mercado e decidido a promover o coleccionismo.
Os seus fundadores - Carlos M. Fernandes, Guilherme Godinho, Carlos Oliveira Cruz, Alexandre Pomar, Bernardo Trindade, Luís Trindade e Ágata Xavier - associam diversas experiências e relações com a arte e a fotografia, nos campos da criação, da crítica e investigação, da edição e também nas áreas do comércio livreiro e da realização de leilões. O nome que escolhemos recorda a história e a ambição de The Little Galleries of the Photo-Secession, a galeria fundada em 24 de Novembro de 1905 por Alfred Stieglitz e Edward Steichen. A inauguração decorre nos dias 21 (18-21h.), 22 (18-24h.) e 23 (16-21h.) de Março. Horário da galeria (a partir de dia 27 de Março): Quarta - Sexta: 18:00 - 20:00 Sab: 16:00 - 20:00 Endereço | Avenida 24 de Julho 4C, Lisbon, PT. Tel. | 218 264 081 facebook
A última apresentação de Nástio Mosquito na Europa, este ano, será transmitida ao vivo na Internet; Live Stream. Hoje às 23H (hora Alemã) Nástio apresenta “African? I Guess.”, pela útima vez, naHAUS DER KULTUREN DER WELT em Berlim, Alemanha.
A DZZZZ ArtWork convida aqueles que não estão em Berlim a juntarem-se a nós e, quem tem amigos, família, cães, gatos e pássaros em Berlim enviem-nos na nossa direcção!!
[Trabalhos feitos em colaboração com BOFA DA CARA, Jorge Palma, Kennedy Ribeiro, Pedro Rocha, Gabi Ngcobo entre outros farão parte da performance.]
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DZzzz - less a name than a sound – Cucumber Slice, African, conqueror, philosopher, businessman. Whoever dwells a while in the universe of Angolan artist Nástio Mosqutio, finds himself without ground under his feet: a plethora of names, voices and possible identities. Mosquito‘s form is the monologue, subtle spoken word poetry, as surreal as it is ironic. “My mother calls me António Nástio da Silva Mosquito always followed up by ‘I’ve warned you!’” he introduces himself.
At the beginning of his performance African? I Guess in Karlsruhe Mosquito talks, whispers, yells invisibly from the darkness. As I watch the show, I can’t help thinking of the words of art critic and curator Colin Richards on the work of Moshekwa Langa: “You’re unsettled, you’re undone, because you can’t place him and consequently you don’t know where your place is”. And yet, unlike Langa, Mosquito is not primarily interested in questions of identity. With the symbolic withdrawal of the person, positions appear in the foreground. “I am here to question the information you have”, says his alter ego Nástia in the video work Nástia answers Gabi. And thus his voice asks from the Off: “What are you going to do with your education?”.
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Ao contrário do que nos tenta passar o discurso eurocêntrico e mono-histórico, que retrata África como um lugar sem escrita e como tal sem história, nós temos uma longa e linda história. Além das maravilhosas tradições orais que devemos preservar e divulgar, temos também um história escrita que não foram os europeus que passaram para papel. Desde há cinco séculos que a Europa tenta reescrever a história de África a partir do seu espelho e da sua noção de desenvolvimento, tudo isso para justificar a sua exploração. Nos últimos dois séculos multiplicaram-se os escritos racistas mascarados de ciência. Cabe-nos “exumar” a nossa história e esclarecer irmãos e irmãs sobre o grande contributo dos povos africanos e das nossas civilizações para o mundo. Tombuctu, do império de Songhay no Mali, foi um dos maiores centros de conhecimento do mundo e ainda hoje se continuam a descobrir livros de lá que revelam o grande saber astrológico, matemático, geográfico, teológico, literário de África antes do colonialismo e que foi inclusive amplamente aprendido e usado na Europa. Assim o projecto Tombuctu quer emprestar todos os livros pessoais dos membros da Plataforma Gueto a pessoas da nossa comunidade que queiram usufruir desses livros para aprenderem e para que discutamos, cada vez mais amplamente, a nossa história e actualidade e para que lutemos por um futuro de auto-determinação onde falemos em voz própria. A grande maioria dos livros difundidos nas escolas e universidades e outras instituições tornam invisível o nosso contributo, mas existem vários livros de políticos, historiadores, poetas, romancistas, guerreiros, africanos e africanas que te podem devolver um orgulho no teu passado e um sentido para o teu futuro. “Até que os leões possam contar a sua história a caça glorificará sempre o caçador” – Provérbio africano. No Séc. XVI, Tombuctu, contava com uma população de 25.000 habitantes, com ricos comerciantes e numerosos artesãos. O geógrafo árabe Leão, O Africano, escreve que se vendiam aí numerosos manuscritos árabes vindos da África do Norte, e que o comércio dos livros era muito próspero. Contavam com 150 a 180 escolas do Corão. A mesquita de Sancoré recebia os mais célebres e constituía uma verdadeira universidade. Aqui se ensinava teologia, direito corânico, literatura árabe, história, geografia, matemáticas e astronomia. Foi aqui que foram escritos, nos séculos XVI e XVII, os dois primeiros grandes livros históricos redigidos por Sudaneses, que transcreveram em árabe as tradições relativas aos estados negros (Ghana, Mali, etc.): O Tarikh-el-Fettach e o Tarikh-es-Sudão. História da Guiné e Ilhas de Cabo Verde, PAIGC 1974 De todas as cidades de Songhai, Tombuctu foi a mais importante sob o domínio de Aksia, o Grande, e dos seus sucessores…Tombuctu transformou-se no seu centro comercial e intelectual. As suas escolas de teologia, leis, história, ou outros estudos tornaram-se conhecidas em todo o mundo muçulmano (incluindo a Andaluzia – sul de Portugal e Espanha). Eruditos de terras distantes chegavam para ensinar e para aprender. Nos finais do século XV essas escolas formavam um grupo de “faculdades” como as universidades de Oxford e Paris nos primeiros tempos. Muitos dos escritores e professores de renome da África Ocidental, cujos nomes ainda são lembrados e cujos livros ainda são estudados, viveram e ensinaram em Tombuctu. À Descoberta do Passado de África, Basil Davidson, 1978.
8 de abril, 18H00-20h00, Edifício ID, Piso 4, Sala Multiusos 2, FCSH-UNL
Apesar dos estudos realizados em torno da recente condição de Portugal enquanto país de imigração, têm sido negligenciadas algumas questões importantes relacionadas com os estados de sofrimento e morte – ‘estados de aflição’ – dos imigrantes. A morte, em particular, é um tema difícil mas crucial que não tem sido tocado nos estudos sobre imigração. Como é que os imigrantes percepcionam a morte e a incorporam na conceptualização da diáspora? Como é que os diferentes grupos de imigrantes conceptualizam o sofrimento e a morte nos outros grupos? Como é que os portugueses olham para a morte dos imigrantes, um assunto pouco discutido mas que gera preconceitos e mistificações variadas? Numa sociedade ocidental em que a morte se tornou um tabu, e que é pensada como algo que só acontece aos outros, este distanciamento face ao último rito de passagem da vida pertence à esfera do mito e do preconceito – a invisibilidade da morte. Para os imigrantes, ela é uma realidade com que têm de lidar e que frequentemente determina o tão ambicionado regresso temporário a casa. A morte é aqui vista não apenas como um momento no tempo, mas como um processo, que envolve estados emocionais específicos e que desencadeia o uso de rituais para lidar com a inevitável angústia que tende a adquirir aspectos ainda mais complicados quando se está longe de casa.
Propomos analisar os níveis múltiplos que a morte toca, desde os mais simbólicos aos mais práticos. A morte é uma dimensão onde a abordagem transnacional é obrigatória – juntamente com o debate crítico sobre o sentido do ‘transnacional’ e as suas características multifacetadas— já que encerra uma intensa circulação, não apenas de bens materiais e riqueza, mas também de universos significativos e simbólicos que circulam juntamente com os bens e as pessoas: o corpo, mas também os espíritos e as relações com o outro mundo que as pessoas trouxeram para a diáspora. Esta comunicação pretende desconstruir noções preconceituosas acerca do que acontece aos mortos imigrantes e olhar a “gestão da morte”, incluindo representações simbólicas bem como aspectos práticos, tais como os processos legais para repatriamento dos corpos. Esta análise será feita a partir dos dados de trabalho de campo com populações guineenses com base no trabalho com associações de imigrantes e com outras instituições envolvidas no processo—hospitais, agências funerárias, autoridades diplomáticas e de fronteira e instituições religiosas—e ainda no confronto com as percepções que os portugueses, como sujeitos em interacção no país de acolhimento, têm acerca da morte dos imigrantes.
(proposed session to the II European Geographies of Sexualities Conference, Lisbon, 5 a 7 September)
Convened by: Paulo Jorge Vieira (Center for Geographical Studies, Institute of Geography and Spatial Planning, University of Lisbon); Andrew Gorman Murray(University of Western Sydney); and Jorge Macaísta Malheiros (Center for Geographical Studies, Institute of Geography and Spatial Planning, University of Lisbon)
This session will discuss the inter-relations between the “geographies of sexualities” and the field of population geography, including research on both international and intranational migration. In this sense, this session will map out possible themes that cross different fields of the (inter)disciplinary correlate of gender, sexuality and migration.
Recognizing a multiplicity of research conducted in recent years, this session will discuss the importance of migration and of different forms of mobility in the construction of the subjectivities of non-heteronormative sexualities and a variety of gender expressions and roles (Binnie, 2004). This includes issues akin to what Kath Weston (1995) called the “great gay migration”, discussions of “queer diaspora”, and the application for political asylum based on sexual orientation (Fortier, 2001 and 2002).
Empirical and/or theoretical papers (in English, Portuguese or Castilian) are welcomed on any theme that deepens the plural understanding of the geographic dimensions of mobility, internal and international migration, including:
Genders, Sexualities, Mobilities and Migrations;
Sex Work and International Migration;
LGBT and queer international migration;
Queer mobility inside of national territories;
Post-Colonialism, Sexualities and Migration;
Cosmopolitanism, urban space, sexual and national minorities;
Asylum seekers, sexual orientation, gender expression and public policies
Casa África convoca por quinto año consecutivo los Premios de Ensayo Casa África, con los que pretende reconocer, incentivar y divulgar ensayos originales e inéditos que contribuyan a un mejor conocimiento del continente africano.
La ciudad africana, su desarrollo, su presente y su futuro, serán los protagonistas de esta convocatoria de los Premios de Ensayo Casa África. Bajo el título RETOS Y OPORTUNIDADES DEL DESARROLLO URBANO EN ÁFRICA, el tema permite abarcar una gran cantidad de disciplinas, que van desde el urbanismo y la arquitectura a la demografía, la sostenibilidad y el medio ambiente, la sociología o la economía, teniendo siempre como epicentro la ciudad africana.
Los ensayos podrán presentarse en cualquiera de los siguientes idiomas: español, inglés, francés o portugués y deberán ser remitidos exclusivamente por correo electrónico a la dirección premio@casafrica.es
El plazo para el envío de los ensayos y la documentación requerida finaliza el lunes 15 de julio de 2013. El premio consiste en la publicación del ensayo ganador en la Colección de Ensayo que editan la institución y Libros de La Catarata y en la entrega de 3.500 euros al autor.
Performance de dança contemporânea: “Ao caírem as abas” Grupo Mogno Intérpretes-criadores: Aline Brasil, Anna Behatriz Azevêdo e Jeferson Leite (músico). Adaptação com interprete criadora anna behatriz azevêdo Goiânia/Goiás/Brasil Horário: 19h30 Dia: 15 de março Local: galeria zeropointArt Mindelo - Cabo Verde “Ao caírem as abas” é um trabalho artístico que articula dança e música em cena. Tem como referência central o conto “Cadeira” de José Saramago, de onde foi feito um recorte temático que gira em torno da idéia dos “coleópteros” (pequenos insetos que se instalam dentro de objetos de madeira e canais por onde transitam, vivem e sobrevivem). Uma das reflexões importantes dentro do processo está na questão desses “coleópteros” habitarem uma cadeira durante anos sem serem notados e, a sua presença ser apenas percebida a partir do momento em que a cadeira não mais suporta a sua estrutura corroída, e cai”. O Grupo Mogno nasceu em 2011, a partir do diálogo entre três artistas para a concepção de um trabalho que vinculasse dança e música em cena: a artista plástica e bailarina Anna Behatriz Azevêdo, a bailarina Aline Brasil e o músico Jeferson Leite. O primeiro trabalho do grupo é intitulado “Ao caírem as abas” e tem como mote de criação a imagem, o movimento e a música. A improvisação é uma das ferramentas utilizadas pelos artistas, que já apresentam uma trajetória própria de estudos e pesquisas dentro desta concepção. Exposição de videoarte: “O que coso, carne quebrada… entre o que se sabe e o morto”. (Intermitência). Artista: Anna Behatriz Azevêdo. Goiânia/Goiás – Brasil. “No pulsar intermitente existimos e, ao fim, esvaziamo-nos. Passamos, então, a preencher lugares enquanto a nossa ausência puder reverberar noutros corpos vivos. A ausência se faz num instante e, em seguida, preenche todos os espaços, tornando-se quase matérica à medida que o tempo passa.” Manoela dos Anjos Afonso. Horário: 20h30. 15 de Março – Zeropointart
O Mês de Abril acolhe a 1ª Semana de Cinema Africano de Maputo.
A mostra de cinema é uma iniciativa de um grupo de cineastas moçambicanos em parceria com a Universidadede Bayreuth - na Alemanha - e o Instituto Cultural Moçambique Alemanha. Durante a mostra vão serapresentadas 16 longas-metragens com destaque para a ante-estreia do filme “Virgem Margarida”, dorealizador Lícinio de Azevedo.
Um grupo de cineastas moçambicanos está a preparar a realização da “1ª Semana de Cinema Africano de Maputo”(MAFW), um evento com o objectivo de promover o cinema produzido em África e estimular o gosto pelo mesmo. Ainiciativa surge em parceria com o Departamento de Estudos Literários da Universidade de Bayreuth/Alemanha quecolabora com a Universidade Eduardo Mondlane (UEM) e com o o Instituto Nacional para o Cinema e Audiovisual(INAC) na pesquisa e divulgação do cinema.
“Virgem Margarida”, do realizador Licínio de Azevedo, é o filme escolhido para a abertura da primeira edição da MAFW.A longa-metragem foi inteiramente rodada em Moçambique e conta a história de prostitutas - de todo o país - que foramlevadas para um centro de reeducação no meio do mato. Um local desprovido de tudo, sob a guarda de mulheresmilitares, combatentes da guerra anti-colonial. No meio delas vai Margarida, uma jovem camponesa, enviada para lápor engano, refere a sinopse.
Fotograma do filme Virgem Margarida, de 2012.
A mostra de cinema irá realizar-se entre 11 e 18 de Abril de 2013, com exibições de filmes nas cidades de Maputo e,possivelmente, na Matola. Nesse período serão exibidos cerca de 16 filmes africanos (todos eles de longa-metragem deficção). As entradas serão gratuitas.
A equipa do MAFW é dirigida pelo realizador, João Ribeiro, (Kanema Produções), com curadoria e contextualizaçãoacadémica de Ute Fendler (Universidade de Bayreuth/Alemanha), direcção de produção do realizador e produtor MickeyFonseca (Mahla Filmes) e coordenação da produtora Diana Manhiça (Zoom Produções e KUGOMA). A direcção técnicafica a cargo de Miguel Prista e a comunicação é coordenada pela jornalista Magda Burity (Madame Comunicação) e asatividades paralelas e de animação que vierem a acontecer têm a produção de Quito Tembe (Iodine e Laboratório deIdeias).
A iniciativa conta ainda com apoio já confirmado do Instituto Cultural Moçambique-Alemanha (ICMA), do Centro CulturalFranco-moçambicano (CCFM), da Faculdade de Letras e Ciências Sociais da UEM e do Instituto Nacional deAudiovisual e Cinema (INAC).
O 9º Poetry Slam Sul é já no dia 15 de Março, sexta-feira às 21:30, no Espaço da Cerca em Almada! Uma iniciativa que já faz parte das noites ‘sulianas’, por isso contamos com a vossa presença na sexta-feira, e com o corpo e palavras dos participantes do concurso e do open-mic! Temos o rapper/activista Chullage como convidado especial da noite, e vamos ter novamente uma sessão de skype-slam em directo com slammers internacionais. E claro, os habituais prémios da marca de vestuário ‘2800’, da editora alternativa ‘Chili com Carne’, do ‘Restaurante Mário 100 Espinhas’ e do nosso novo apoio - o restaurante almadense FONTE DA PIPA! Tudo isto ao som dos Máfia do Caril!!! As inscrições já estão abertas, basta enviarem nome, idade e contacto para opoetryslamsul@gmail.com até ao dia do evento (os textos são opcionais, mas têm de ser de autoria própria) E tu, slammas?
Shot in the streets of Kinshasa, Karibu Ya Bintou (“Welcome to Life in Limbo”) is a short film with music from the 2010 album ‘Kinshasa Succursale’ by Baloji. Electric finger piano (likembé): played by Konono N°1. Music & Lyrics: Baloji Tshiani. Thanks to Konono N°1. Arrangements: Betis Didier Likeng / Cyril Harrison baloji.com