"Terra de Ninguém", de Salomé Lamas na Berlinale

Uma sala neutra. Terra de ninguém. Um homem sentado numa cadeira conta-nos a sua vida. Na sua juventude foi soldado de uma tropa de elite na guerra colonial em Angola e em Moçambique. Depois do 25 de abril trabalhou como guarda-costas em Portugal, mais tarde como mercenário da CIA em El Salvador, e finalmente como assassino a mando da organização clandestina basca GAL, onde executava pessoas por encomenda. A monstruosidade da crueldade exibida contrasta com o minimalismo formal do filme e a narrativa do protagonista. Imperturbável, ele descreve detalhes brutais, comenta com grande lucidez o pano de fundo da história política, conta anedotas e piadas. Os seus depoimentos são numerados e servem de base para a pesquisa e reflexões da cineasta. Uma aposta num terreno incerto: factos e ficção, memórias e fantasias, confissão e encenação pessoal andam de mão dada, enquanto a credibilidade e identidade avo sempre sendo questionadas. O denso e inquietante protocolo fílmico de uma existência na sombra trona-se num exame multifacetado das bases e dos limites do trabalho documental.

Portugal 2012, 72 Min. (9, 10, 12, 15.2.2013 no Berlinale Forum)

Produção: Luís Urbano, O Som e a Fúria

08.02.2013 | par martalanca | guerra colonial, mercenário

Kinshasa é para os ouvidos

Você deve ouvir Kinshasa. Kinshasa é para os ouvidos, não para os olhos

É desse jeito singelo que o músico congolense Jupiter Bokondji descreve a capital da República Democrática do Congo, uma das cidades mais musicais do continente africano.

É difícil dizer o que é mais inspirador: a música de Jupiter ou sua história de vida. Segundo o texto do site Groovalizacion, adaptado pelo tás a ver?, ”quando ninguém se atrevia a redimensionar os sons da música congolesa, por medo de transformar sua frutífera tradição, Jupiter, que tinha acabado de chegar a Kinshasa, depois de ter vivido na Alemanha do Leste e na Bélgica como filho de um diplomata, trouxe na mala os ritmos que lhe tinham quebrado a cabeça. Com os pés na cidade, a realidade tomou-o de surpresa e na rua, a música manteve-o no caminho da dignidade. Vivendo para e pela sua música, entendeu, viajando pelo seu país, a força que cada uma das 450 etnias existentes no Congo traz em seus ritmos, de onde surgem uma gama inimaginável de sons, muitos dos quais chegaram até outros continentes. No documentário “Jupiter’s Dance” (2006 – trailer acima), que passeia pela vanguarda do movimento underground da capital, Bokondji conta-nos: “Uma pessoa não vê a Kinshasa, ouve-a. Em cada casa há um músico”. A banda que o acompanha, The Okwess Internacional, mistura os ritmos do Kassai, Baixo Congo, Ecuador e outras regiões do Congo, com a pimenta do Afro-Beat, do Reggae, do Rock e do Funk… este ritmo alucinante Jupiter cunhou de Bofenia Rock.”

Depois de 20 anos estudando e produzindo música, Jupiter finalmente começou a ficar conhecido fora do Congo. Gravou pela Virgin o excelente álbum “Man Don’t Cry” (2007), fez um tours pela Europa e esteveno Brasil no ano passado durante o festival Back2Black. Mas mesmo com essa ascensão recente, suas musicas mantêm a sonoridade dos guettos que o revelaram, muitas vezes nascendo de encontros, instrumentos e situações improvisadas, como é possível ver nesse vídeo.

 Ju Borges, no Tás a Ver 

08.02.2013 | par martalanca | Jupiter Bokondji, Kinshasa, República Democrática do Congo

17 Fevereiro | Próxima Sessão Mural Sonoro: Músico Profissional, Que Futuro?

08.02.2013 | par joanapereira | mural sonoro, música

Tolerace - Final Conference

International Conference
(Anti-)racism and critical interventions in Europe
Social sciences, policy developments and social movements
19-20 February 2013

Venue: CIUL Auditorium (Picoas Plaza, Lisbon)
Free registration: www.ces.uc.pt
(English-Portuguese translation services will be made available)

In contemporary Europe, we are witnessing the vanishing of anti-racism from political cultures and academic discourses, in favour of an approach that intervenes on immigrants and minorities themselves via public rhetoric on
integration.

This conference will thus bring together an international community engaging in debates on racism and anti-racism to discuss the analytical approaches and main findings of the European research project
TOLERACE - The semantics of tolerance and (anti-)racism in Europe: public bodies and civil society in comparative perspective, coordinated by the Centre for Social Studies.

The debate will focus on key issues that bring about an in-depth analysis of racism and anti-racism, such as the historical legacies of national formation processes and colonialism, contemporary political developments in European contexts, and the role of academia and social organisations in policy advice.

The event is intended as an opportunity to engage with policymakers, academics, political activists, journalists and stakeholders at local, national and European levels, discussing the difficulties of addressing racism in contemporary European contexts, as well as to propose a way forward by identifying approaches and key areas in which a sound debate on anti-racism can be constructed.

19 February
Opening Session
9:30-10:00 Welcome and Registration

10:00-11:00
Critical interventions in contemporary politics in Europe: the future of an anti-racist agenda
Chair: Maria Paula Meneses (Centro de Estudos Sociais).

Boaventura de Sousa Santos (CES)
Louisa Anastopoulou (EC project officer) – to be confirmed
Silvia Maeso (CES)
Marta Araújo (CES)

11:00-12:00
Keynote address: Jorge Sampaio (UN High Representative for Alliance of Civilizations).

Lunch break

14:00-16:30
The vanishing of anti-racism within policy developments in education and employment
Chair: Frank Peter (European University Viadrina/U. of Bern).

Presentation of TOLERACE case studies:
Marta Araújo (Centro de Estudos Sociais): “The ‘prudent integration’ of the Roma/Gypsies: Racism, school segregation and white flight”
María Martínez (Universidad del País Vasco): “From the racial question to the social question: avoiding (anti)-racism in the Basque educational system”
Tina Jensen (The Danish National Centre for Social Research): “Discrimination and Employment in Denmark: ‘Old’ and ‘New’ Immigrant Groups”
Salman Sayyid (CERS, University of Leeds): “Muslims in the labour market in the UK: Leeds and Leicester”

Comments:
Eva Smith-Asmussen (U. of Copenhagen/ECRI) and Robert Rustem (European Roma and Travellers Forum).

Discussion
17:00-18:00
Keynote address
David T. Goldberg (University of California, Irvine): “Postracial Conditions”
20 February
9:30-11:30
The politics of representation: (anti-)racism and the media
Chair: Ian Law (CERS, University of Leeds)

Presentation of TOLERACE case studies:
Simona Pagano (European University Viadrina, Frankfurt): “Chasing the gypsy, immolating the gypsy, securing the city: Roma and ‘nomad camps’ in the Italian media”
Ángeles Castaño (Universidad de Sevilla): “Cultural diversity in the media: immigration, education and Islam in Andalusia”
Hakan Tosuner (European University Viadrina, Frankfurt): “Female Victims - Male Perpetrators. Representation of the Muslim ‘other’ in the German media”.

Comments: Nadia Fadil (University of Leuven).

11:45-13:00:
Documentary “Era uma vez um arrastão”/ “The Beach Rampage That Never Was”, Diana Andringa (2005)
Presentation by the documentary’s director
Discussion

Lunch Break

14:30- 15:30
Keynote address
Ramón Grosfoguel (University of California, Berkeley): Decolonizing Epistemic Racism/Sexism in Europe Today: “The Decolonial Perspective of Boaventura de Sousa Santos and Frantz Fanon in the Context of Decolonial European Struggles”.

16:00-18:00
Round table: The state, academia and policy advice: better horizons?

Chair: Silvia Maeso (CES)

Opening intervention: Kwame Nimako (University of Amsterdam)
Discussion:
Javier Sáez (Fundación Secretariado Gitano)
Arzu Merali (Islamic Human Rights Commission)
Mamadou Ba (SOS Racismo)
Sandew Hira (International Institute for Scientific Research)

18:30-19:30
Closing keynote address: Pedro Bacelar de Vasconcelos (Universidade do Minho).

web

07.02.2013 | par herminiobovino | Conference, conferência, lisboa, racismo

Faz Escuro nos Olhos - LISBOA

Faz Escuro nos Olhos, criação coletiva do Teatro Griot e do encenador Rogério de Carvalho, estará em cena no Teatro do Bairro de 14 a 23 de fevereiro, de quinta-feira a sábado, às 21h.

06.02.2013 | par martalanca | Rogério de Carvalho, teatro

DEATH METAL ANGOLA - filme

The hardest hardcore is Angolan hardcore.

Following nearly 40 years of unrelenting war – with every attendant horror – peace and reconstruction are slowly arriving to Angola. Damaged first by the war for independence from Portugal, Angola was then ripped apart by a devastating civil war that orphaned thousands of children. Huambo, Angola’s second largest city, finds 55 of these children in the Okutiuka orphanage under the care of Sonia Ferreira. Sonia’s boyfriend, Wilker Flores, is a death metal guitarist who uses the brutal sounds and rhythms of this hardcore music as a path to healing, or, as Sonia says, “to clear out the debris from all these years of war.”

DEATH METAL ANGOLA tracks Wilker and Sonia’s dream – to stage Angola’s first-ever national rock concert, bringing together members from different strands of the Angolan hardcore scene from different provinces – as it unfolds in fits and starts against the bombed out and mined backdrop of the formerly stately Huambo. Rubble and deconstructed spaces provide scenic reminders of why
hardcore music has gained a foothold.

What initially looks like a Quixotic undertaking gains momentum, aided by social media and propelled by members of the various branches of the death metal hardcore underground, who join together to stage the event. Raucous and righteous, DMA’s look at a rock show off the grid is fulfilling, haunting, and real.

06.02.2013 | par martalanca | angola, hard core, metal

E se fossem os países africanos a ajudar o Ocidente? - artigo no Sol sobre No Fly Zone

No Fly Zone, a espantosa exposição da nova geração angolana no Museu Berardo, em Lisboa, mostra-os a observar como nós os vemos. Sem paternalismos, de forma acutilante e com humor. Amigos, mas não como dantes.

Estamos muito habituados ao discurso ocidental de ajuda aos países africanos. Mas e se fosse ao contrário? Kiluanji Kia Henda criou a O.R.G.A.S.M (Organization of African States for Mellowness), uma hipotética primeira ONG africana dedicada a projectos filantrópicos no Ocidente. É um vídeo, «que na verdade é um trailer para uma longa-metragem», diz Kiluanji, que apresenta o projecto desta ONG.

kiluanji kia hendakiluanji kia hendaO primeiro objecto da caridade africana seria Paris, cidade mergulhada na crise. O vídeo feito em 2011 mostra violência nas ruas da capital francesa e um sem-abrigo refugiado junto à montra de uma agência de viagens, com uma voz em off a insistir na necessidade de salvar Paris. «Este filme foi inspirado no livro de Mambysa Moyo Dead Aid que desmonta a actuação das agências de caridade em África, mais prejudiciais que benéficas ao continente africano. E também nos filmes de pornomiséria, um género colombiano dos anos 70, em que a miséria extrema era explorada». Observados nós europeus como objecto de misericórdia é novo e… chocante! «Odeio paternalismos», diz Kiluanji «porque isso cria uma distância. É preciso criarmos novas formas de comunicação».

O vídeo de Kiluanji Kia Henda, inscrito na parede onde está pintado o símbolo desta nova união africana (com as estrelas amarelas sobre azul a cercarem o desenho do continente), abre a exposição No Fly Zone. Unlimited Mileage, que no Museu Berardo apresenta a novíssima geração de artistas angolanos, até 31 de Março. O mote da exposição com curadoria de Fernando Alvim, comissário da Trienal de Luanda, e de Suzana Sousa é o de olhar para a História. «É um espaço de reflexão e de experimentação antes da próxima Trienal cujo tema será a História», diz Fernando Alvim.

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06.02.2013 | par martalanca | artistas angolanos, Fernando Alvim, no fly zone

CONGO STARS VIBRATION em Lisboa

Formada por imigrantes originários da região do Baixo Congo - que engloba Angola, Congo Kinshasa e Brazaville – a banda Congo Stars foi fundada há cerca de 12 anos com o intuito de rememorar os sons tradicionais desta região em terras lusitanas.

Ritmos como kilapanga, kizomba, sukus, semba e rumba congolesa, tocados com a mbonda, o lokole e o likembe (xilofone), fazem parte do repertório da banda, mas também a fusão com outros sons, como reggae e salsa são cantados em lingala, português, kikongo e kimbundo, dando a real dimensão da diversidade rítmica/linguística desta zona da África banto.

Atualmente composta por 8 integrantes (entre congoleses e angolanos) a banda se caracteriza pelo constante trânsito musical, contando com a participação de músicos de outras partes da África.

Formação

Vuza Ntoko – fundador e presidente da banda – voz

Fils Kinkela Palancas – chefe da banda – guitarra e voz

Sting Abraão – chefe de ensaio – guitarra e voz

Guy Kiala Matumba Jazz – secretário – voz

Chana Nbomgo – chefe de disciplina – voz

Emedi Bass – guitarra/baixo

Victor Maniata – baterista

Nzinga Mbonda – percussão

ouvir no sound cloud

06.02.2013 | par martalanca | Congo, música africana

Opening Kiluanji Kia Henda, Kunstraum Innsbruck, Austria

KILUANJI KIA HENDA

Homem novo – new Man

FRIDAY, 8th FEBRUARY 2012, 7.00 p.m. 
Salutation: Mrs Mag. Christine Oppitz-Plörer, Mayor of Innsbruck; Dr. Lothar Tirala, Chairman 
Introduction: Karin Pernegger, new director of KRI, takls with Kiluanji Kia Henda

KUNSTRAUM INNSBRUCK 
Innsbruck, Austria 

06.02.2013 | par franciscabagulho | angola, arte contemporânea

Mulheres e entreajuda nas ruas e mercados de Luanda: os grupos de Kixikila e os grupos de compra

SEMINÁRIO DE ESTUDOS AFRICANOS

Aline Afonso

Investigadora Pós-doutoramento ICS-UL

Este seminário tem como objectivo apresentar e discutir o comportamento e as práticas de sobrevivência e entreajuda desenvolvidas pelas vendedoras no sector informal de Luanda, tendo em conta os condicionalismos
decorrentes do processo de liberalização económica em Angola. Neste cenário, foi no sector informal que as mulheres encontraram o caminho para a sobrevivência, à sua e à de suas famílias. Contudo, este sector está
marcado por uma divisão sexual do trabalho. De forma geral, homens e mulheres empreendem actividades diferenciadas de tal forma que prolongam a divisão sexual do trabalho em casa. O seminário dará especial
atenção aos grupos de kixikila, aos grupos de compra e aos grupos de microcrédito como mecanismos de entreajuda.

5 Fevereiro | 18:00, Auditório B104, Edifício II, ISCTE-IUL, Lisboa

05.02.2013 | par martalanca | candonga, economia informal, kixikila, Luanda

Prêmio Literário Casa de las Américas 2013 - Luiz Ruffato, Chico Buarque

A faceta de escritor de Chico Buarque recebeu mais um prêmio nesta quinta-feira (31) em Havana, onde também foi reconhecido o talento do mineiro Luiz Ruffato.

Luiz RuffatoLuiz Ruffato
Além dos brasileiros, escritores de Argentina, Cuba, Chile, México, Uruguai, Honduras, Peru e Equador foram homenageados na capital cubana durante a 54ª edição do tradicional Prêmio Literário Casa de las Américas 2013.

De um total de 770 obras dos gêneros romance (172), poesia (328), literatura testemunhal (56), ensaio histórico-social (42) e literatura brasileira (158), a Argentina, com 200 obras, foi o país com maior participação seguida de Brasil, Cuba, Colômbia, Chile e Peru.

O prêmio principal de literatura brasileira foi para o romance “Domingos Sem Deus”, de Luiz Ruffato, segundo a ata do júri porque “apresenta diversos episódios independentes que se entrelaçam, formando o mosaico de um Brasil essencial, embora esquecido”.

Chico Buarque, por sua vez, recebeu um prêmio honorífico de Narrativa, enquanto o mexicano Víctor Barreira Enderle recebeu a mesma distinção na categoria Ensaio e o uruguaio Rafael Courtoisie em Poesia.

O Prêmio Casa de las Américas é outorgado anualmente em Havana desde 1960 nas categorias de poesia, conto, romance, teatro, ensaio, testemunho, literatura para crianças e jovens, caribenha de expressão inglesa, caribenha francófona, brasileira e de culturas originárias.

fonte

01.02.2013 | par herminiobovino | america latina, Brasil, literatura, literatura brasileira

The trouble with Angola

by  

Like many Angolans on Sunday I was forced to eat my share of humble pie and admit the superiority of Cape Verde’s national football team, which, through sheer grit and determination, qualified their country to the quarterfinals of the African Cup of Nations at their first time of asking. Thus the tiny island nation of Cape Verde is now one of the 8 best teams on the continent. The Cape Verdeans played with a passion and will to win that has been conspicuously absent from the Angolan outfit since the opening match against the Moroccans. Watching Angola and Cape Verde play after having watched the Ivorians and to a lesser extent the Togolese beat their opposition the previous day highlighted just how far Lusophone football has to progress in order to challenge the continental giants; but the gulf in class between the Angolans and the Ivorians for example showed just how far apart we are in pure footballing skills. But also a matter of politics.

Clearly a team that played the way the Palancas Negras played against South Africa and Cape Verde has some much deeper structural issues that need to be examined. Perhaps we are not yet ready to progress beyond the quarterfinals. Cape Verde showed us that we are better off focusing on progressing from the group stages instead.

Condemnation of the Palancas Negras was swift and brutal amongst Angolans on both Facebook and Twitter. They were outraged at their team but many were also magnanimous enough to applaud Cape Verde on their brilliant achievement. Many questioned the $9 million that was spent on the Palancas Negras’ preparation. There was also widespread discontent aimed at FAF (Angolan Football Federation) and even the Minister of Youth and Sports for what many Angolans perceive as misguided sports policies and chronic underinvestment in the sector. Among the most common complaints is the complete lack of investment in youth football, footballing schools and youth development in Angola.

Many questioned why it seemed that Angolan football team owners have enough money to bring ageing stars into the country (such as Rivaldo to Kabuscorp) but don’t seem to care about developing their own clubs’ youth structures. For a team in its seventh appearance in the Nations Cup finals, a lot more was expected of them. Fans noticed that the team hasn’t built on its 2006 success, when the Palancas reached the World Cup.

Angola is used to being the Big Brother among Africa’s Lusophone nations: our petrodollars and military might obfuscate our many shortcomings. So Cape Verde’s victory over Angola was met with huge appreciation not just with Cape Verdeans but also among Mozambicans.

Cape Verde, once again, taught us a lesson.

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31.01.2013 | par martalanca | angola, cabo verde, futebol

TERRA DE FOGO – um projeto que desenvolve a criação artística em S.Vicente

Residência Artística Internacional em Mindelo 

www.terradefogo.xerem.org

É já no próximo dia 8 de Fevereiro que terá início o TERRA DE FOGO,uma ação artística promovida pela Galeria ZeroPointArt em conjunto com a Xerem, de Portugal, com um financiamento parcial da dgARTES.

Com a curadoria do curador e artista plástico Alex da SilvaTERRA DE FOGO, que estará assente numa Residência Artística de 10 dias, promete trazer uma oferta artística de qualidade ao público Mindelense, com a participação de três artistas portuguesas - Cristina Ataíde, Susana Anágua e Alexandra Sargento. Tendo uma significativa experiência pessoal e profissional na sua área artística, estas três artistas actuarão numa dinâmica transdisciplinar, desafiando a sua criatividade para responder à especificidade e mística da ilha de S.Vicente.

O programa terá início no dia 9 de Fevereiro, com o Vernissage da Exposição Terra de Fogo, na Galeria ZeroPointArt, que será uma instalação onde serão apresentadas peças seleccionadas pelo curadorAlex da Silva. Durante a Residência Artística, serão ainda desenvolvidas actividades de formação e reflexão sobre a arte contemporânea, nomeadamente workshops para crianças, tertúlias com artistas locais e público interessado, criação de peças artísticas com o acolhimento do Atelier de Pintura do artista Alex da Silva.

Integrando-se na postura de abordagem da Arte que tem vindo a ser seguida pela ZeroPointArt, TERRA DE FOGO irá promover a inter-relação dos diversos públicos, encarando as trocas relacionais como veículo da contemporaneidade, tendo como foco o público de S. Vicente. O incentivo à aprendizagem, à discussão, ao desenvolvimento e à produção de arte fora dos circuitos comerciais será a tónica desta dinâmica artística em Mindelo. Trata-se de explorar outras direções dentro das artes visuais, integrando práticas colaborativas entre diferentes áreas artísticas - artes-plásticas, vídeo, performance e teatro - potenciando o desenvolvimento de intercâmbio cultural.

Ações da Residência Artística Internacional TERRA DE FOGO – de 8 a 18 de Fevereiro

- Vernissage da Exposição “Terra de Fogo” na Galeria ZeroPointArt – de 9 a 17 de Fevereiro

- Workshops de arte e educação realizados pelas três artistas participantes, com as crianças do agrupamento de Escolas de Calhau, Ribeira de Calhau e Madeiral – 14 de Fevereiro

- Artist talk sobre os trabalhos dos artistas participantes

– 14 de Fevereiro - Tertúlias de reflexão sobre arte contemporânea – 14 e 15 de Fevereiro

-Produção de um documentário visual e de material videográfico – de 8 a 18 de Fevereiro

Ficha técnica:

Organização: ZeroPointArt e Xerem

Coordenação: Fernando Cruz

Produção: ZeroPointArt e Xerem Curadoria: Alex da Silva

Artistas participantes: Cristina Ataíde, Susana Anágua e Alexandra Sargento.

Contatos: ZeroPointArt Horário de abertura: 10:00 – 12:30 | 18:00– 02:00 Segundas, Quartas, Quintas e Sextas 10:00 – 13:00 | 20:00– 02:00 Sábados Encerras à Terças

Endereço Galeria ZeroPointArt, Rua Unidade Africana 62, Mindelo, São Vicente, Cabo Verde Telf. + 238 2312525; Email: info@zerpointart.org

Apoios:

Governo de Portugal/Secretário de Estado da Cultura | Direção Geral das Artes

TACV

Fundação António Canuto

31.01.2013 | par martalanca | alex da silva, Mindelo, Xerem

Panafricanisme : adaptation de récits/histoires d’Afrique de l’écrit à l’écran - 23e FESPACO - Ouagadougou

Guilde africaine des réalisateurs et producteurs, et Festival panafricain du cinéma et de la télévision de Ouagadougou (FESPACO)

Atelier international prévu dans le cadre du FESPACO

du 25 au 26 février 2013 Burkina Faso

Le Conseil pour le développement de la recherche en sciences sociales en Afrique (CODESRIA), en partenariat avec la Guilde africaine des réalisateurs et producteurs et le Festival panafricain du cinéma et de la télévision de Ouagadougou (FESPACO), a le plaisir d’annoncer un atelier de deux jours sur le thème « Panafricanisme : adaptation de récits/histoires d’Afrique de l’écrit à l’écran » («Pan-Africanism: Adapting Africa Stories/Histories from Text to Screen ») qui aura lieu à Ouagadougou, au Burkina Faso, les 25 et 26 février 2013. Le FESPACO est un évènement bisannuel qui a commencé en 1969 pour promouvoir le développement de l’industrie cinématographique africaine en permettant de mener une réflexion sur les réalisations accomplies, de les présenter et de les célébrer, et ainsi, d’apporter des voix et des perspectives africaines au mouvement cinématographique mondial.

L’atelier s’inscrit dans le cadre des activités marquant la 23e édition du FESPACO, qui aura lieu du 23 février au 2 mars 2013, sur le thème « Cinéma africain et politiques publiques en Afrique ».

L’atelier fait partie d’un Programme global du CODESRIA sur les Sciences humaines qui vise à promouvoir de nouvelles orientations importantes de la recherche et l’excellence créatrice dans un domaine important, mais souvent négligé, les Sciences humaines africaines. Ce programme s’intéresse en particulier à leur interconnexion avec les sciences sociales surtout en ce qui concerne les questions cruciales qui présentent une importance fondamentale pour la promotion et la diffusion de la culture. Dans ce cadre, le CODESRIA a développé une tradition qui consiste à organiser, durant le FESPACO, des forums de réflexions sur la réalisation de films et le cinéma en Afrique. Pour le CODESRIA, l’atelier de 2013 est important dans la mesure où il entre dans le cadre des festivités du 40e Anniversaire du Conseil.

Continuez à lire "Panafricanisme : adaptation de récits/histoires d’Afrique de l’écrit à l’écran - 23e FESPACO - Ouagadougou"

31.01.2013 | par martalanca | Fespaco, images de l'Afrique

Tocatina caboverdiana em LISBOA

 1 de fevereiro no Ateneu em Lisboa

30.01.2013 | par martalanca | música caboverdiana

Esquecidos de Mário Macilau - MAPUTO

Exposição fotográfica
de 5 de fev a 5 de março I Centro Cultural Franco-Moçambicano

> Inauguração: 
Terça-feira 5 de Fevereiro às 18h30 | entrada livre
Especialista em fotografia documental, Mário Macilau foca temas que definem os nossos tempos através de seu estilo único, que mescla o objeto e o contemporâneo. As obras desta exposição foram feitas na Nigéria, Congo, Mali, Quénia, Gabão, Camarões, Moçambique e países onde “harmonizou, a um só tempo, as ações humanas aos cenários de suas epifânias particulares”.

30.01.2013 | par martalanca | fotografia, Mário Macilau

Symposium « AFRICA N’KO » sur la bibliothèque coloniale: réhabiliter l’histoire de l’Afrique écrite par des Africains

Un symposium de quatre jours regroupant des chercheurs, anthropologues et universitaires venus d’un peu partout, s’est ouvert hier, à Dakar. La rencontre est organisée par le Conseil pour le développement de la recherche en sciences sociales en Afrique (Codesria) et l’Organisation Point Sud. Objectif : réfléchir sur le contenu de la Bibliothèque coloniale.

La problématique du contenu de la Bibliothèque coloniale sera au cœur des débats à l’issu des quatre jours que vont durer le symposium d’« Africa N’ko » (dire l’Afrique dans le monde) qui s’est ouvert, hier, à Dakar. L’objectif de cette rencontre est de faire la relecture de la Bibliothèque coloniale, d’adopter une position critique en explorant la richesse des autres bibliothèques pour enfin ouvrir des perspectives en vue d’une réhabilitation de la réalité sur l’histoire telle qu’écrite par des Africains. Une histoire dont une partie a été dissimulée par le pouvoir colonial. 
La Bibliothèque coloniale est l’apanage des pratiques et écrits des missionnaires, des explorateurs, des philosophes, etc. Elle a occulté, aux yeux de certains spécialistes, l’existence d’autres bibliothèques et formes de pensée. De fait, il sera donc question de voir comment renverser la tendance et penser les sociétés africaines dans le processus de développement actuel.


« Nous avons pendant longtemps travailler avec des concepts et des théories produits pour la plupart en dehors de l’Afrique. D’ailleurs, même ceux qui ont été produits dans notre continent ont été inventés en Europe ou ailleurs. Donc, pour nous, il s’agira de regarder le monde avec nos propres yeux pour qu’on comprenne assez bien la science afin de pouvoir apporter notre propre contribution et interroger les concepts et théories qui sont utilisés pour parler de l’Afrique », a expliqué Ibrahima Sall, directeur exécutif du Codesria. C’est pourquoi, pense-t-il, ce colloque devra amener les chercheurs africains à continuer le travail d’interrogation et de réflexion sur les manières dont on peut lire le savoir sur l’Afrique et celui dont on devrait comprendre le monde à partir de l’Afrique. Lequel travail a été déjà enclenché, il y a longtemps.

 (pode seguir a conferencia em directo a partir do site do CODESRIA )

 Une rencontre venue   à son heure

« Notre ambition consiste à chercher à transformer notre continent, à avoir la maîtrise des transformations sociales mais également le développement de l’Afrique en augmentant sa capacité d’intervention dans le monde. Et ce processus ne peut se faire en dehors du savoir. Nous sommes des chercheurs et nous pensons que mieux nous comprenons les réalités du monde, mieux nous serons capables de trouver les clés et les mécanismes qui nous permettent de faire en sorte que notre continent ne soit plus en périphérie dans le monde », a-t-il ajouté. Selon, Abdou Karim Ndoye, conseiller technique du ministre de l’Enseignement supérieur, ce colloque vient à son heure du fait qu’il intervient dans un contexte où notre pays a enclenché une réflexion sur l’enseignement supérieur. Cela, à l’en croire, représente une opportunité pour le Sénégal de documenter cette concertation nationale. « Depuis le début du mois de janvier, le gouvernement est en train d’organiser une Concertation nationale sur l’Enseignement supérieur. Dans ce cas, poser la question de la Bibliothèque coloniale, c’est argumenter et documenter cette concertation nationale », a-t-il fait comprendre. Toujours dans la même veine, M. Ndoye a attiré l’attention sur la nécessité, pour les intellectuels africains, de comprendre le contenu de la Bibliothèque coloniale. « La plupart des intellectuels africains ne sont pas conscients du problème des contenus de la Bibliothèque coloniale dans laquelle sont consolidés un ensemble d’ouvrages qui ont, à la limite, placé le Noir dans une sorte d’altérité qui fait qu’on est arrivé à friser la négation de l’humanité du noir. Il est bon de savoir le contenu de cette bibliothèque pour fondamentalement mieux la déconstruire », a-t-il laissé entendre. A ses yeux, cette œuvre de déconstruction a pour effet d’affirmer l’essence du Noir. « Aujourd’hui, l’émergence de l’Afrique ne peut s’expliquer et se comprendre que si elle prend toute sa place dans le cadre de la mondialisation. Affirmer l’Afrique aujourd’hui, c’est monter que son histoire et l’histoire ont été faites à partir d’intellectuels africains qui ont fortement influencé la pensée occidentale qui règne aujourd’hui », a ajouté le conseiller technique du ministre de l’Enseignement supérieur.

 

30.01.2013 | par martalanca | africain, histoire

6ª Edição do Festival Marrabenta! - MOÇAMBIQUE

Uma celebração do ritmo moçambicano mais popular que combina a música com a cerimónia do Gwaza Muthini. Este ano o artista de cartaz é o músico congolês Sam Mangwana ao lado de nomes como Conj. 30 Janeiro - 05 Fevereiro

 

Quarta-Feira, 30 de Janeiro

  • ·  Roteiro Turístico. 11h. Art Tour. Espaço Joaquim Chissano. Jane Flood - Marcações: 82 41 90 574
  • ·   Concerto. 20h-23h. Dj Nandele. Dolce Vita
  • ·   Futebol. 22h. Real Madrid vs Barcelona. Arte no Parke
  • ·   Concerto. 22h. “Afrobeat Music Attack”. Gil Vicente

Quinta-Feira, 31 de Janeiro

  • ·  Concerto. 20h. Prawns & Jazz. Restaurante Docks
  • ·  Concerto. 21h. Karaoke com Enrique Salas. Bar&Bar.
  • ·  Concerto. 22h. Banda Kakana. Dolce Vita
  • ·  Concerto. 22h. Noites Tropicais com Dj Celsinho & Dj Abrão. Macaneta
  • ·  Concerto. 22h30. Ras Soto – Reggae Music. Gil Vicente

Sexta-Feira, 01 de Fevereiro

  • ·  Roteiro Turístico. 10h-12h. Roteiro Turístico na periferia de Maputo. Bairro da Mafalala. Associação IVERCA - Marcações: 824 180 314/848 846 825
  • ·  Teatro. 18h30. Gungu apresenta “Corredores do Poder”. Cine Teatro Gilberto Mendes 200Mts
  • ·  Festival Marrabenta. 20h30. Sam Mangwana, Dilon Djindji, Neyma e Makwaela dos TPM. CCFM
  • ·  Concerto. 22h. Noite de Jazz. Bar&Bar
  • ·  Concerto. 22h. Jay Jay Biancco. Dolce Vita
  • ·  Concerto. 23h. Stélio Mondlane’s Project. Gil Vicente

Sábado, 02 de Fevereiro

  • ·  Roteiro Turístico. 9h -12h. Roteiro Turístico na periferia de Maputo. Bairro da Mafalala. Associação IVERCA - Marcações: 824 180 314/848 846 825
  • ·  Festival Marrabenta. 14h. Comboio Marrabenta. Estação Central dos Caminhos de Ferro. Entrada Livre
  • ·  Festival Marrabenta. 15h30. Festa do Gwaza Muthini: Canhú e Muita Marrabenta. Marracuene
  • ·  Roteiro Turístico. 15h. Swimming Pools. Hotel Cardozo. Jane Flood - Marcações: 82 41 90 574
  • ·  Bundesliga.18h. Futebol Alemão. ICMA
  • ·  Teatro. 18h30. Gungu apresenta “Corredores do Poder”. Cine Teatro Gilberto Mendes 200Mts
  • ·  Festival Marrabenta. 20h30. Roberto Chitsondzo, Childo Tomas e Sam Mangwana. CCFM
  • ·  Concerto. 22h. Música ao Vivo. Bar&Bar
  • ·  Concerto. 22h. Dj Marcel e Jay Jay Biancco –Percussion In Tha House. Dolce Vita
  • ·  Concerto. 22h. Música ao Vivo. Complexo Mulombela
  • ·  Concerto. 22h. Concerto ao Vivo. Jabulani
  • ·  Concerto. 22h. Abba Meskel. Gil Vicente 200Mts

Domingo, 03 de Fevereiro

  • ·  Roteiro Turístico. 9h -12h. Roteiro Turístico na Periferia de Maputo. Bairro da Mafalala. Associação IVERCA - Marcações: 824 180 314/848 846 825
  • ·  Roteiro Turístico. 9h. Maputo Top Ten. Hotel Rovuma – Café Bula Bula . Jane Flood - Marcações: 82 41 90 574
  • ·  Roteiro Turístico. 15h. Maputo Colonial. Hotel Polana. Jane Flood - Marcações: 82 41 90 574
  • ·  Festival Marrabenta. 16h. Artistas e Dança Marrabenta. Centro Cultural Matalane
  • ·  Concerto.18h. Música ao Vivo. Ambients Bar
  • ·  Concerto. 18h. Kakana ao Vivo. Parque dos Poetas
  • ·  Concerto. 18h. Walter Mabas apresenta Mr. Mabas Project. Jabulani BBJ
  • ·  Concerto Acústico. 18h. VitAcustico. Dolce Vita
  • ·  Teatro. 18h30. Gungu apresenta “Corredores do Poder”.Cine Teatro Gilberto Mendes 200Mts
  • ·  Concerto.18h30. Música ao Vivo Núcleo de Arte. 100Mts

 Terça-Feira, 05 de Fevereiro

  • ·  Karaoke. 22:30h. Gil OutGil Vicente

 E também . . .

  • ·  Feira de Artesanato. FEIMA: Diariamente, o melhor do artesanato e da arte, gastronomia e floricultura da cidade. Parque dos Continuadores.
  • ·  Aulas de Tango em Maputo. Info: 82 97 20 710 ou 82 28 33 950

30.01.2013 | par martalanca | marrabenta, música moçambicana

Pantalassa em S. Tomé e Príncipe

 

Associação Cultural Pantalassa, estrutura que promove a obtenção de sinergias no desenvolvimento de projectos em torno do espaço cultural lusófono, realizará um programa multidisciplinar em regime de residência artística em São Tomé e Príncipe, entre 7 de Fevereiro e 1 de Março de 2013. No âmbito do concurso de Apoio à Internacionalização das Artes da Direcção Geral das Artes, serão 8 os artistas que potenciarão o reconhecimento da educação, cultura e arte como ferramentas de desenvolvimento pessoal e cívico, em intercâmbio com vários públicos e espaços da comunidade são-tomense. 

infos aqui: 

site: http://pantalassa.org/intercambio/portugal-contemporaneo-com-sao-tome-e-principe/

facebook: https://www.facebook.com/events/127083370792813/

29.01.2013 | par martalanca | Pantalassa, S. Tomé

4th Edition of SAVVY Journal for Critical Texts on Contemporary African Art

“Curating: Expectations and Challenges”

SAVVY | art.contemporary.african. (ISSN 2191-4362)

We are proud to announce the 4th edition of the SAVVY Journal dedicated to “Curating: Expectations and Challenges”. 
Contributors in this issue deliberate on current curatorial theories and practices in the framework of Contemporary African Art, wherein ideologies and philosophies, sciences and economics, ethics and aesthetics of the curatorial practice and the semantics of exhibition making are elaborated upon, and framed around questions like:
What are the prominent issues of display and curating that inform and condition exhibition-making? What is the understanding of authorship in this context? What is the relationship, point of intersection and repulsion between artistic and curatorial practice as instigators of meaning in an exhibition context? How does the curator serve as power broker between society, artists, institutions, community, politicians and financiers? Is there a cognizable methodology in curating Contemporary African Art exhibitions with regard to Western or non-Western curators?

In the essay Of Curating and Audiences. Art at Work Simon Njami reflects on the target and audience of an exhibition, especially outside of the traditional places of consecration, like museums and biennials. Ugochukwu-Smooth Nzewi’s Curating Africa, Curating the Contemporary: The Pan-African Model of Dak’Art Biennial gets to the crux of the Dak’Art Biennial’s vision of mediating international contemporary art with a curatorial practice that advances pan-Africanism as a point of departure. Perrin Lathrop picks up on the sprouting of biennials in Africa in Localising the Global Biennial? The Encounters of Bamako: African Biennial of Photography, 1994-Today. Still in the context of biennials on the African continent, Carson Chan gives an insight to the yardsticks and lodestars in the preparatory phase of the 4th Marrakech Biennale “Higher Atlas” in Let Me Entertain You: A Consideration of Context and Audience in Curating the 4th Marrakech Biennale. The questions of the politics of curating and the tension between the artistic positions on the continent and those in the Diaspora are tackled by Raphael Chikukwa in Confronting the Unevenness in the Politics of Curating Contemporary African Art: Questions of Blockbuster Exhibitions and their Western Influences. Jelle Bouwhuis gives his view as to “What is a ‘Postcolonial Exhibition’”? The evolution of artistic positions and art spaces in Africa is aptly articulated by Nana Oforiatta-Ayim in her paper Speak Now. Anne Szefer Karlsen and Nico Anklam round-up with further salient essays.

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29.01.2013 | par martalanca | arte contemporânea africana