Um ensaio sobre o cronista
As crónicas são pedidos de desculpas dos poetas aos jornalistas. E quem é o Cronista se não o homem (mulher) que escreve crónicas desalinhadas? Letras, enciclopédias do quotidiano urbano. Fartos. Exibicionistas os escrevistas de papel. Mal pagos, mal amados. Humanistas! Ouvi dizer que é de direita, anda na esquerda. Na contra-linha, na esquina e boca da minha vizinha. Cronista do canário! Amadores na sede do leitor que lhe condena a ponta do rácio. A cedilha e o verbo. Cronistas da treta! Que bocado, mal bocado (tás aqui tás a apanhar uma galheta- diz o Cronista para a mosca inquieta). Quem é este escrevista de papel? Impresso. Digitalizado. Escrito à mão ou a pontapé. - HÁ UM PRAZO PARA CUMPRIR: Atraso - não és regrado. Editor mandou-lhe já, e agora ser castrado. E o prazo de entrega? Encerrado. (…) É possível ser o homem/mulher dos signos e significados sem ser etimologicamente filósofo ou sociólogo. Gramaticólogo? E não é que no maior país da América Latina querem acabar com a filosofia? Sábios profetas do retrocesso! …Este é o período da consciência temporal onde a espécie humana se desliga e interliga mais rápido que o segundo. E o cronista onde fica? Numa dimensão apocalíptica da coisa nesta cidadania mitigada. E quais serão as consequências do não saber a philosophy? Descompressão: étimos do grego etumología. Atenção com a acentuação! Cronista: _É assustador assistir ao grau de competição selvática e maquiavélica que nós os homens, ditos animais racionais, proclamamos em nome do ego e da luxúria, num parágrafo promissor. Rodapé, perfil e editorial e nada do liberteiro. Andam reformados os pacifistas. Quantas profissões terá o Cronista? Dizem por aí que é um género de opinião. Para mim é mais um género de «degustação». Quem é este? Concordo. Discordo com profundidade e pela sua intensificação – um suspiro da máquina de escrever. Leio por destaque. Que disparate. FREE LANCER. Cronistas da merda! Leio por melancolia. Que disparate. Que comece o DEBATE! Disseste o verbo adjetivado. Justifica. Retifica. Mal fica. Puta do Cronista! CENSURA! CENSURA! Olha o ERRO gramatical da fonética vernácula. A quem pensas que influencias (vocabulário fica no armário)? Mandem chamar já e jááá… o DICIONÁRIO. Sem chapéu, acentuando metaforicamente o ponto final. Uma crónica tem fim? Que vitupério! Inpercebência. Dinossauro. Parece giro, popular. Contemporâneo! O Cronista. Polémico ou pacifista? Com as suas noções socio comunicativas reais: - São mazé uns grandes animais, trifásicos e sensacionalistas. Gandas bairristas, seculistas, romancistas, trugungueiros e kilapeiros… Rodapé. Indicisões para títulos? TEXTOS E MAIS TEXTOS DA ACTUALIDADE! É facto, mentira, fantasia ou verdade? A sentar à mesa dos estrangeirismos na sede do preenchimento. Cronistas do mundo inteiro - na luta frenética pela edição de autor. (…) Desculpas abarrotadas andam os jornalecos. Cronistas do canário. Obedeça às regras e as nomenclaturas, ouviu? - Um café por favor. Vazio! E cheio de crónicas. Rodapé. Editoral e nada do liberteiro, este tema foi certeiro. Traga-me aí os «JORNAIS DO CRONISTA» sou Eu o fiadeiro. Escrevista de papel. Que canalhas! Cronista é tudo nuvem do mesmo céu. O homem/mulher dos signos e significados: Nós Vivemos mais do que nunca o colapso, portanto um problema no bairro é carregado de lápis, papel e uma caneta. Duvidosos Cronistas. Amadores na sede do leitor que lhe condena a ponta e o virgulo. A cedilha e o verbo. Olha o erro, opinião, sensação, estupidez e desabafo. Sem chapéu acentuando a ferida. Prepotência? Que vitupério! Dinossauro. Parece giro, popular. Contemporâneo. Unipolar. Revolucionário. A escrever o quotidiano dos pobres. Trompalistas e seculistas são as crónicas e seus critérios. Com muros e barreiras a tinta esvoaça a ideia. E lá vai uma nova velha crónica daquelas fresquinhas. De onde vem esse jeito de não saber por onde começar, ó cronista? E os títulos, dá-nos alguma pista. Literário que nem um canário. Fazes parte de um itinerário. (…) As palavras são gramas esfinges em forma de lua e apogeu. São as energias alternativas do Cronista, de um escritório e o desaponte diário. Será um veiculo de enaltecimento gratuito??Como fora dito sem autor identificado: “as palavras escorrem como líquidos lubrificando passagens ressentidas…” Os Cronistas sensacionalistas, barraquistas e sentamentalistas… do quatragéssimo (des)poder. Revolucionários? Aculturistas Cronistas do canário. Vossemessê é astuto. Salvador da Amália! Polémicos os Cronistas querendo ser poetas. Que canalhas. Poetas. Cronistas é tudo nuvem do mesmo céu. Escrevistas e amantes de papel. Bem, que assim seja! Cronistas do canário em plena hora de ponta e vergo.