#4 MANGIFERA estreia na RTP2

4 MANGIFERA é o quarto capítulo de um projeto multidisciplinar de arte sobre perda e luto criado pela artista Flávia Gusmão, no seguimento da morte da amiga e conhecida produtora, gestora e ativista cultural cabo-verdiana Samira Pereira.

Partindo de um livro enterrado no canteiro de uma mangueira da última casa de Samira Pereira (ativista cultural cabo-verdiana, falecida em 2021), #4 MANGIFERA faz uma tentativa de construir um mapa ficcional, geográfico, emocional e afetivo. A fição, complexidade e nuances da identidade são construídas a partir de mapas imaginários de Cabo Verde e das comunidades cabo-verdianas. Através de um processo de criação desenvolvido com diferentes comunidades cabo-verdianas de vários países, encontra-se um paralelo imaginado entre a biografia de Samira Pereira – nascida em 1976, um ano depois da independência de Cabo Verde – e os acontecimentos históricos e políticos que marcaram o seu círculo de amigos e co-conspiradores, o seu legado e atividade cultural e os territórios onde viveu, sobretudo os que influenciaram fluxos migratórios de partida e de regresso.

A narrativa é construída a partir de um conto de Agustina-Bessa Luís, As mãos contra a luz; e de um poema de Shauna Barbosa, poeta norte-americana com ascendência cabo-verdiana. “Achei que este texto de Agustina (…) poderia ser sobre a Samira. O texto amplifica também, a meu ver, problemáticas que se relacionam com a ideia de identidade(s), o papel da mulher, geografias de onde se quer fugir e voltar e também me sugeriu um ponto de partida para uma tentativa de se pensar sobre o que nos faz denominar alguém de “intelectual”. No caso do poema de Shauna Barbosa, ela escreveu o texto a partir de uma memória que tinha de um fim de semana passado com a Samira numa ilha de Cabo Verde”, justifica a realizadora e autora Flávia Gusmão.

Integrado no ciclo televisivo que celebra o centenário do nascimento de Agustina Bessa-Luís, que ocupará o fim de semana de 15 e 16 de outubro, #4 MANGIFERA será transmitido no domingo à noite na RTP 2, pelas 23h15. O filme está também programado para uma ante-estreia especial no dia 9 de outubro, pelas 20h00, numa tela instalada no mar da Baía do Mindelo (cidade e que Samira Pereira vivia), integrada no Festival Oiá – Festival Nacional de Cinema e Audiovisual de Cabo Verde. A sua estreia internacional em festival está programada no âmbito da curadoria de cinema cabo-verdiano Tela de Pano-Terra, parte da mostra de cinema afro Nicho Novembro, no Centro Cultural de São Paulo.

O filme é o quarto capítulo do projeto pluridisciplinar NA LUT@, uma criação artística de Flávia Gusmão que teve início há cerca de um ano e que terá o seu desfecho em abril de 2023, no Teatro São Luiz, em Lisboa. NA LUT@ é uma reflexão sobre as cinco fases do luto estabelecidas pela psiquiatra Elisabeth Kübler-Ross – negação, raiva, negociação, depressão e aceitação. 

07.10.2022 | por Alícia Gaspar | documentário, estreia, Flávia Gusmão, luto, mangifera, perda, rtp2, Samira Pereira

Largo da Peça, de Ana Andrade - Elinga Teatro I LUANDA

Dias 21, 22, 23, 28,29, 30 de Outubro, às 19 horas, no Elinga Teatro. E dias 4, 5, 10, 11, 18, 19 de Novembro, às 19 horas.

Sinopse

Esta peça situa-se numa época de transição política e social, logo após a Independência de Angola, num quintal da zona antiga, dos primórdios da colonização da cidade de Benguela. São protagonistas algumas mulheres unidas por laços de família alargada tradicional. Celebram o regresso de um filho há muito exilado e confrontam-se com dramas individuais e colectivos de seres humanos expostos, na sua fragilidade, à inexorabilidade histórica.

Autora

ANA ANDRADE. Nasceu em Benguela e viveu a maior parte da vida em Luanda, onde actualmente reside. Estudou História, , trabalhou no Arquivo Histórico de Angola e em outras áreas do Ministério da Cultura como produtora cultural. No teatro trabalhou como atriz no Grupos de Teatro Tchingange, Teatro Xilenga, Teatro del Disgelo e Elinga Teatro de que é membro fundador. Fez adaptação de textos teatrais e realização para teatro radiofónico para a Rádio Nacional de Angola, traduções literárias e produção cultural para várias instituições. A sua obra “Largo da Peça” foi premiada pelo Concurso de Textos de Dramaturgia, do Projecto “Leituras Assistidas” do Centro Cultural do Brasil em Angola em parceria com o Clube de Leitura da Mediateca do Cazenga, em 2021.

Coordenação e produção

ORLANDO SÉRGIO. Nasceu em Malange. Estudou teatro no Conservatório de Lisboa e participou como actor em variadas peças teatrais de grandes companhias e em muitos filmes portugueses e angolanos. Em 2001 retoma a atividade teatral no Elinga Teatro de que é membro fundador e em outras associações, trabalha teambém em cinema e televisão como actor. Entre os seus trabalhos mais significativos como actor estão: “Othelo” de William Shakespeare como protagonista, Dir. de Joaquim Benite; Woza Albert”; “Disputa”—Marivaux ,Teatro Trindade Dir. João Perry; “A Missão” de Heiner Müller, Teatro Cornucópia Dir. Luís Miguel Cintra; “Quem me dera ser Onda”—M. Rui Monteiro, Elinga Teatro, Dir. Cândido Ferreira, Premio melhor peça do ano e melhor actor; as séries Conversas No Quintal, “Minha Terra

Minha Mãe” TPA; “Caminhos Cruzados” Óscar Gil Produções. No cinema, “O Herói”, de Zezé Gamboa; “Corte de Cabelo”, de Joaquim Sapinho. Para além de actor, Orlando Sérgio é também produtor.

Encenação

JOSÉ MENA ABRANTES. José Mena Abrantes nasceu em Malanje. Estudou Filologia Germânica em Lisboa, e em 1967 começou a fazer teatro com o luso-brasileiro Luís de Lima, o português Fernando Gusmão e o argentino Adolfo Gutkin. Com este último fez na Fundação Gulbenkian, em 1969, Cursos de Actuação e Direcção Teatral. Em Frankfurt/Main, dirigiu em 1973 o grupo La Busca, e foi assistente convidado do argentino Augusto Fernandez.

De regresso a Angola, foi co-fundador do Tchinganje, primeiro grupo a apresentar uma obra de teatro na Angola independente (28/11/75), e do grupo Xilenga (1976-1980). Criou em 21/5/1988 o grupo Elinga-Teatro, que dirige até hoje. Publicou vinte peças de teatro (uma delas em co-autoria com o português Rui Zink, o cabo-verdiano Abraão Vicente e o brasileiro Ivam Cabral), três livros de ficção, três de poesia e vários estudos sobre o teatro e o cinema em Angola. Membro da UEA e membro fundador da Academia Angolana de Letras. Vencedor do Prémio Sonangol de Literatura de 1986, 1990 e 1994. Vencedor ‘ex-aequo’ do 1o Prémio de Poesia da Associação Chá de Caxinde e do 2o lugar do Prémio PALOP’99 do Livro em Língua Portuguesa (2000). Recebeu em 2006 o Diploma de Mérito do Ministério da Cultura de Angola pela sua “significativa contribuição ao desenvolvimento da dramaturgia em Angola”. Prémio Nacional de Cultura e Artes em 2012, na categoria de Literatura.

ELENCO:

Personagens

Mãe
Tai
Michiko

Teresa Bombo

Filho

Cabral

Tropa 1

Tropa 2

Actores

Yolanda Viegas
Luzolo Amor de Fátima

Luz Feliz
Bernardete Mukinda

João Paulo Eleveny

Toke Esse
Madaleno da Fonseca

Honório Santos

Equipa técnica:

Encenação e cenografia - José Mena Abrantes

Produção e Direcção de Actores - Orlando Sérgio

Iluminação e som- Paulo Cochat

Figurinos e maquilhagem - Anacleta Pereira

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Texto de Filipe Correia de Sá sobre a peça

Filipe Correia de Sá é escritor e jornalista e autor do livro “Tala Mungongo”, 1995, adaptado ao teatro pelo escritor e dramaturgo José Mena Abrantes e levada à cena pelo Elinga Teatro.

A propósito de “Largo da Peça”, de Ana Andrade….

O Largo da Peça é referido com tendo sido a primeira praça da cidade de Benguela. Para ali convergiam as caravanas dos negociantes de cera, marfim e borracha provenientes de zonas tão distantes como o Bié. Bordejada por casas comerciais e de habitação de considerado prestígio, centro comercial por excelência, foi também ponto crucial na defesa da cidade com a instalação, no século XIX, do canhão crismado de peça no local que depois virou jardim, já no século XX .

A tudo quanto sabemos sobre este Largo junta-se agora esta peça em 3 Actos de autoria de Ana Andrade. Benguelense, ela própria.

Aqui já dá para entender a fluidez deste trabalho literário, porque só alguém que tenha vivido profundamente imersa na realidade desta urbe podia colocar, assim, nas luzes da ribalta, um microcosmos que desfila perante nós uma época, que faz pressentir outras, e suas gentes, usando os ingredientes mais comuns do quotidiano, incluindo a multidimensionalidade das personagens que dão corpo a esta história. Fora de um tempo histórico, mas aflorando- o, definitivamente emergindo das águas profundas da arte da escrita.

Esta peça, subtraindo-se à história, vive do “garimpo” da prodigiosa memória da Ana Andrade, aliada a um evidente talento literário.

O termo “garimpo” tomei-o emprestado a Luandino Vieira que, numa entrevista ao jornal O Globo (17.11.2017) afirmava: “tenho as minhas memórias para garimpar”. A professora universitária e investigadora brasileira Adriana Mello Guimarães, que o cita, define Luandino como uma “espécie de mineiro do tempo interno da consciência”. Atrevo-me a tomar de empréstimo este conceito e a aplicá-lo a Ana Andrade.

“A vivência da infância só se tornou tema literário com a modernidade”. Foi Proust quem o celebrizou na sua monumental obra “Em busca do tempo perdido”. E, como recomenda a professora Adriana Mello Guimarães, no seu ensaio “ Luandino Vieira: O Mineiro Angolano da Memória” (Ensaios – União dos Escritores Angolanos) “cumpre entender como Agostinho e outros filósofos depois dele, e a exemplo de Bergson e de Husserl, que o tempo da consciência é um fluxo contínuo, uma correnteza em que pulsam, simultaneamente, o que foi, o que é e o que está vindo a ser. Daí o sentido da memória como modo de presença do que não mais existe, de coisas e factos vividos que, embora pertencentes ao passado, fazem parte (tanto quanto as coisas e factos previstos, sonhados, planeados ou apenas imaginados e que ainda não existem) do mundo real que experimentamos actualmente”.

Muita gente irá reconhecer o quintal desta peça, as personagens que nela figuram e recordará o manancial de histórias que a Ana vem contando aos amigos, quase como ensaio, pré-escrita do que temos aqui e agora. Gente que testemunhará que estas vivências vêm da infância e (a) foram seguindo ao longo da vida, se foram acumulando, e a foram construindo, transformando-se na longa mina onde a Ana Andrade foi garimpar para se transformar na autora desta obra literária.

E ao decidir transpor esse material para o papel depois de garimpado e lapidado, dele extraindo as partes mais preciosas ou adequadas à sua escrita, várias coisas aconteceram, entre as quais:

1. O Largo da Peça é de novo convocado ao campo da consciência, de forma inédita, e, com subtileza, devolvido ao tempo histórico, com a preciosa ajuda de um roteiro musical que nos devolve vozes como a de Milá Melo ou de Belita Palma, Artur Nunes e até Nelson Ned. E para mostrar como esse tempo histórico é respeitado, neste quadro de invocação de uma época, a palavra à autora:

“É comum, é quase obrigatório, que nos quintais de Benguela, esteja desde manhãzinha um rádio a tocar. Liga-se o rádio assim que se começa a regar o jardim, às 6 da manhã…

Então, haverá um rádio no quintal da peça que transmite o emissor provincial de Benguela, em 1976. Há a voz do locutor que apresenta o programa, que pode talvez ser de “discos pedidos” e passa a música que elas ouviam naquele tempo. (O estranho é que ainda agora ouvem quase as mesmas músicas… Benguela onde o tempo parou…). A emissão da rádio faz-se mais, ou menos audível ao longo da acção da peça. Há momentos em que é a protagonista principal.” Disse tudo.

2. Do Largo da Peça é extraída uma parte da sua geografia, um espaço que é também o mundo onde habitam os nossos fantasmas, não os que aterrorizam mas os que acalentam, avisam, aconselham, segredam ao ouvido, lá no fundo, queridos fantasmas, os seres que amámos e que povoam a nossa memória, com carinho e, às vezes, até, com revolta, porque nos abandonaram ou nos foram retirados, pela vida, pelo tempo.

3. As personagens deste quintal são cada uma delas um pouco de muitos dos muitos que tantos passos deram aqui, tantas histórias ouviram e contaram, tantas gargalhadas lançaram sob os ramos das árvores frondosas que davam sombra e frescura aos convívios, que tantas lágrimas secaram e engoliram, tantos olhares cruzaram, cúmplices, enamorados ou fugazes.

4. E este espaço e estas gentes, se atentarmos bem, são fibra de Benguela. Uma cidade aberta ao mundo, como nos sugerem de forma positiva os nomes de Tai e de Mishiko, a evocar lonjuras orientais e, de forma negativa, a ausência de Cabral geograficamente longe mas emocionalmente demasiado perto. Aliás, esta peça, para quem quiser garimpá- la, é rica em homenagens, que a autora também dedica sem dúvida a todos aqueles, e muitos serão, que com ela conviveram, e a quem desafia a entrar no jogo de descobrir o que está escondido ou à vista de todos, por exemplo, no nome de Mishiko ou no de Teresa Bombo. Se juntarmos todos os quintais como este do Largo da Peça, como num puzzle, reconstruiremos a cidade e, também, as nossas próprias memórias.

5. E muita atenção ao choque, à mudança, aos novos tempos, que levaram ao golpe de asa da autora, no final da peça, num desfecho a que ela dá corpo e segura com a firmeza da sua escrita, porque é inevitável, mesmo que parte de si possa parecer desmoronar com o muro do quintal ou assistir impotente ao desespero que se pressente na morte de Tai e no turbilhão dos ventos dos novos tempos que arrastam Aloísio, Camenino e arrebatam Mishiko.

Nesta peça, o tempo é o presente, embora este espaço já não exista, acabou porque assim tinha que ser, mas também porque talvez tenha deixado de haver quem pudesse cuidar dele. Mas esta dúvida esvai-se porquanto este quintal, com tudo o que implica, humana e sociologicamente falando, persiste em ser presente porque a arte lhe dá corpo e alguém, afinal, decidiu cuidar dele, pela memória que a escrita garimpa.

O que passo a concluir é de minha lavra porque me aproprio do labor da autora:

- O “Largo da Peça em 3 Actos” é um aviso para que cuidemos do que amanhã vai ser passado, porque nada existe só no presente e porque o passado se torna por vezes tão presente que até dói.

- É uma homenagem de grande quilate à cidade onde nasceu e que a viu crescer.

- É uma magistral demonstração de que uma cidade, um largo, uma praça, um quintal e suas gentes que de tal modo inspiram alguém, como a Ana Andrade, merecem como gratidão, serem invocados pelo talento de quem cresceu no seu seio, como é o caso.

- À Ana Andrade toda a nossa gratidão por nos permitir perpetuar memórias, assim, através da literatura, mesmo quando as implacáveis mudanças inevitáveis parecem ameaçar a existência desses imensos espaços e tempos para garimpar.”

Filipe Correia de Sá
Luanda, 1 de setembro de 2021

21.10.2021 | por Alícia Gaspar | Ana Andrade, arte, cultura, estreia, largo da peça, teatro

SARAR/HEALING de Sara Goulart

“Sarar é sobre um lugar de vulnerabilidade onde todos nos podemos encontrar um dia. O corpo produz uma doença e a doença produz um novo corpo. A cura também produz um corpo. De corpo em corpo, não se para para estar doente, o mundo continua a girar. Como se organiza a vida quando a doença nos entra pela porta da frente?” 

Sarar is about a place of vulnerability where we may all find ourselves one day. The body produces a disease and the disease produces a new body. Healing also produces a body. From body to body, the world keeps turning. How does one organise life when illness walks through our front door?

Sinopse
Sarar é uma conferência performance sobre a experiência radical do corpo na doença e na cura. Trata o processo em que este se confronta com uma nova realidade, altera o seu modo de estar, se ajusta ao novo ser, reaprende e é reaprendido. Sarar é íntimo e público, privado e coletivo, fala do trauma e do inesperado. Em Sarar, o texto convoca gesto, imagem, som e luz para explorar os novos estados e tempos do corpo, os discursos sobre a pessoa doente e descobrir invisibilidades.

Sarar is a lecture performance reporting the radical experience of the body in disease and in cure. Healing is intimate and public, private and collective, tells about trauma and the unexpected. In Sarar, the text invites gesture, video, sound and light to explore the new states and rhythms of the body and unveil the invisible.

 Datas: 

Devir Capa (Faro) — 22+23 outubro 

TBA (Lisboa) — 30 outubro 

Biografia
Sara Goulart nasceu em Tavira, em 1977. Estudou Literatura, Estudos sobre mulheres, Guionismo para cinema. É produtora, mediadora cultural, ativista e escritora. Foi curadora das exposições Viveiro, de Júlia Barata e Tochas, de Vasco Célio. Fez a produção dos percursos performativos Partituras para ir e A cada passo uma constelação, de Joana Braga, integrados no programa Matéria para escavação futura. Sarar é a sua primeira criação artística, para a qual convida Ana Rita Teodoro, Fernando Ramalho, Luísa Homem e Zé Rui.

Sara Goulart was born in Tavira in 1977. She studied literature, women’s studies and screenwriting. She is a producer, cultural mediator, activist and writer. She was the curator of the exhibitions Viveiro, by Júlia Barata and Tochas, by Vasco Célio. She produced the performances Partituras para ir and A cada passo uma constelação, by Joana Braga, part of the programme Matéria para escavação futura. Sarar is her first artistic creation, for which she invites Ana Rita Teodoro, Fernando Ramalho, Luísa Homem and Zé Rui. 

Dados sobre a peça

Título: Sarar

De: Sara Goulart

Com: Ana Rita Teodoro, Fernando Ramalho, Luísa Homem e Zé Rui

Tipologia artística: conferência performance

Créditos da imagem: ©João Almeida

Ficha técnica

Direção artística: Sara Goulart 

Apoio coreográfico: Ana Rita Teodoro

Desenho de som: Fernando Ramalho 

Cenografia audiovisual: Luísa Homem 

Desenho de luz: Zé Rui

 

Produção: Ana Lobato
Comunicação: Marta Rema

 

Design gráfico: Ana Teresa Ascensão 

Fotografia: João Almeida

Organização: efabula

Apoios: Buala, c.e.m – centro em movimento, DeVIR/CAPa, Malaposta, Terratreme

Projeto financiado pela Direção-Geral das Artes / República Portuguesa - Cultura

10.10.2021 | por Alícia Gaspar | conferência performance, cura, devir capa, doença, estreia, sara Goulart, SARAR, tba

Fantasmas do Império | 3 Junho nos Cinemas

SESSÕES

Estreia a 3 de junho
Cinema City Alvalade (Lisboa)
Cinema City Alegro Setúbal
Cinema NOS Alma Shopping (Coimbra)

10 de junho – hora a confirmar 
Tavira

23 de junho – 19h00 
Teatro Sá da Bandeira (Santarém) – em parceria com o Cineclube de Santarém

Debates no Cinema City Alvalade no final da sessão das 19h

3 Junho – Ariel de Bigault (realizadora)
4 Junho – Fernando Matos Silva (realizador, montador e produtor; personagem principal de Fantasmas do Império)
7 Junho – António Pinto Ribeiro (Investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e no projeto Memoirs Filhos do Império)
8 Junho – Margarida Cardoso (cineasta; personagem principal de Fantasmas do Império)
9 Junho – Ariel de Bigault (realizadora)

28.05.2021 | por Alícia Gaspar | cinema, colonialismo, estreia, Fantasmas do Império, filme

Teatro Art'Imagem | Desumanização

10 a 15 Novembro 2020
19H00

Auditório da Quinta da Caverneira
Águas Santas, Maia

“Desumanização” é uma versão cénica do romance “A Desumanização”, do consagrado escritor português Valter Hugo Mãe, prémio literário José Saramago, numa dramaturgia de José Pedro Pereira, com direcção e encenação de José Leitão, fundador e director da companhia. Esta é uma história de perda, luto e superação que nos faz questionar acerca dos limites (ou sua transgressão) da humanidade. Numa pequena aldeia abafada pela monumentalidade dos fiordes islandeses, Halldora surge em cena a partir da boca de Deus para nos contar como foi lidar com a morte de Sigridur, sua irmã gémea. Como preencher a metade que se perdeu? Como viver pelas duas? Como ocupar o outro lado do espelho? Halldora diz-nos que “O mundo mostrava a beleza, mas só sabia produzir o horror”. “Desumanização” é Gelo, Terra e Fogo; é o “corpo interior da Islândia”. Esta obra é, segundo o autor, um autêntico cântico de amor à Islândia. A encenação, tal como a obra, vai à Islândia buscar referências para a sua ficção teatral, num olhar “estrangeiro” sobre um país e suas gentes e numa visão artística que confronta os vários olhares de que é feita a vida, entre o real e imaginário.

© Teatro Art'Imagem© Teatro Art'Imagem

10.11.2020 | por martalanca | estreia, peça de teatro, teatro art'imagem, Valter Hugo Mãe

Dois Filmes Duas Viagens nos cinemas a 17 de Maio

Dia 17 de Maio, estreiam dois novos filmes nas salas de cinema em Lisboa, Porto e Viseu:

Cartas de Angola”, da realizadora Dulce Fernandes, transporta-nos para um passado esquecido e para um reencontro da memória de Angola através dos cubanos que aí combateram. O documentário já participou em Festivais portugueses, onde recebeu prémio Documentário no Festival de Cinema Digital de Odemira 2011. Participou igualmente em dois Festivais de Cinema na Republica Checa, em França, Qatar, México e Canadá.


Kola San Jon é Festa di Kau Berdi”, do realizador Rui Simões, leva-nos a Cabo-Verde, o arquipélago de origem dos habitantes da Cova da Moura, numa travessia de regresso à sua terra-mãe. Já participou em Festivais de Cinema portugueses e Festivais de Cinema na Republica Checa.

Estes dois filmes serão lançados em DVD nas lojas FNAC de todo o país imediatamente a seguir a saírem das salas. Não perca!


11.05.2012 | por joanapereira | angola, cinema, estreia, festival, filme