Pã, não chora não, de Gabriel Abrantes, no Cinema Ideal, LISBOA

Pã, não chora não, 3 contos de Gabriel Abrantes
LIBERDADE ~ TAPROBANA ~ ENNUI ENNUI
Distribuição Galeria Zé dos Bois www.zedosbois.org
Cinema Ideal ~ Estreia 4 de Junho, c/ presença de Gabriel Abrantes

Pã, Não Chora Não junta 3 filmes - “Liberdade”, “Taprobana” “Ennui Ennui” - três contos que interagem uns com os outros pelo leitmotif comum ao trabalho de Abrantes – o pós-colonialismo, a mistura cultural e sexual, a globalização e a ascensão do fundamentalismo religioso.

Liberdade
Realizado em colaboração com Benjamin Crotty, Ficção, Portugal/Angola 2011, 17’, S16
 
Liberdade é jovem e sonha com o futuro. A seu lado está uma bela chinesa. Mas falta uma coisa para tudo ser eternamente perfeito. Gabriel Abrantes, de novo com Benjamin Crotty, explora irónica e poeticamente um universo abatido, em que os barcos que jazem no mar não são mais do que as ossadas da actual civilização. (Miguel Valverde)

Taprobana
Ficção, Portugal/Sri-Lanka /Dinamarca 2014, 24’, S16
Nesta pequena comédia, Luís Vaz de Camões debate-se criativamente ao engrenar num estilo de vida hedonístico, coprófago e baralhado pelo consumo de drogas. O filme acompanha o poeta, e a sua amante Dinamene, na altura em que escreve Os Lusíadas. Viaja desde a cacofonia das selvas índicas, rodeado de elefantes alegóricos e macacos que rimam, até à fronteira entre o Céu e o Inferno, onde é confrontado com a sua fantasia: a fama e a imortalidade.

Ennui Ennui
Ficção, Portugal/França 2013, 33’, HD
Ennui Ennui é um filme em três línguas que mistura drones, o presidente dos Estados Unidos, a troca de noivas tribal e o voluntariado ocidental, numa paródia de Gabriel Abrantes sobre o conflito militar no Afeganistão.

Pã, não chora não, 3 contos de Gabriel Abrantes
LIBERDADE ~ TAPROBANA ~ ENNUI ENNUI. 
Distribuição Galeria Zé dos Bois www.zedosbois.org
Cinema Ideal ~ Estreia 4 de Junho, c/ presença de Gabriel Abrantes
Exibições 4 a 10 de Junho 2015. diariamente às 19h. 

27.05.2015 | por franciscabagulho | cinema

Celebração do Dia de África - FESTA em Lisboa

23.05.2015 | por martalanca | dia de áfrica

Rotas e Rituais - Conferências

21.05.2015 | por martalanca | rotas e rituais

O Desenvolvimento somos nós

Mais informações aqui

15.05.2015 | por martalanca | Aline Frazão, desenvolvimento

As Margens dos Mares

Com curadoria de Agnaldo Faria, evento irá apresentar a visão contemporânea de Angola, Brasil, Cabo Verde Guiné-Bissau, Moçambique e Portugal, por meio da interação de seus artistas

Um encontro entre artistas expoentes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Portugal que busca apresentar por meio das artes visuais e da música uma expressão da cultura contemporânea destes países lusófonos: este é o horizonte de “As Margens dos Mares”, projeto que ocorre no Sesc Pinheiros entre 8 de maio e 2 de agosto com curadoria do crítico de arte e professor da FAU-USP Agnaldo Farias e direção musical do guitarrista, compositor e produtor norte-americano Lee Ritenour.

Realizada pelo Sesc e idealizada pela Sociedade Cultural Arte Brasil, a iniciativa reunirá uma exposição com obras de doze artistas que refletem sobre questões como memória, espaço e arquitetura a partir de instalações, fotografias, vídeos e objetos, além de encontros musicais inéditos com a presença de músicos dos países convidados. “A diluição dos contornos rígidos que, um dia, estabeleceram fronteiras entre linguagens artísticas expandiu caminhos para criadores. Imagens, sons, toques, cheiros e gostos hoje se misturam em composições sinestésicas que proporcionam reflexões sobre inquietações contemporâneas – esta profusão de experiências sensíveis constitui a linha mestra d’As Margens dos Mares”, explica o diretor regional do Sesc São Paulo, Danilo Santos de Miranda. “O projeto nasceu de uma música aparentada às jam sessions jazzísticas, nas quais instrumentistas de origens diversas entram em sintonia pela linguagem dos sons, timbres e ritmos”, conta Carmen Ritenour, diretora-fundadora da Sociedade Cultural Arte Brasil. “Suas marcas são a colaboração entre artistas consagrados e a oferta de diversas manifestações criativas ao público”, completa a diretora geral da iniciativa. ARTES VISUAIS.

Arnaldo Antunes Arnaldo Antunes

A exposição, localizada no segundo andar do Sesc Pinheiros, contará com obras de Arnaldo Antunes, Guto Lacaz, Chelpa Ferro, Chiara Banfi e O Grivo (Brasil); Ângela Ferreira, Maimuna Adam e Mauro Pinto (Moçambique); Catarina Botelho, Gabriela Albergaria e Susana Gaudêncio (Portugal) e Kiluanji Kia Henda (Angola). “As instalações predominam e a música, incluindo ruídos, atua como elemento agregador da exposição, atravessando-a de ponta a ponta”, define o curador Agnaldo Farias, cujo trabalho é voltado ao rompimento das barreiras entre linguagens artísticas.

Ações educativas e programação integrada com debates, oficinas, intervenções e exibições de filmes enriquecem o período expositivo, de 8 de maio a 2 de agosto. Para o curador da exposição, Agnaldo Faria a mostra é um diálogo sinestésico. “São 12 trabalhos artísticos de Angola, Brasil, Moçambique e Portugal, que interagem no espaço de ‘As Margens dos Mares’. As instalações predominam, e a música, incluindo ruídos, atua como elemento agregador da exposição, atravessando-a de ponta a ponta”, define o curador que busca por obras que nascem do rompimento das barreiras entre linguagens artísticas. A noção de sinestesia e o estímulo de mais de um sentido norteou as escolhas da curadoria.

Mais informações aqui. 

05.05.2015 | por martalanca | As Margens dos Mares

«ANGOLA CINEMAS — Uma Ficção da Liberdade»

O Goethe-Institut de Luanda editou um livro de fotografias sobre a história da

arquitectura das salas de cinema em Angola, que irá ser lançado a 14 de Abril de 2015, pela editora alemã Steidl. O volume intitula-se «Angola Cinemas — Uma Ficção da Liberdade» e é da autoria de Walter Fernandes e Miguel Hurst. A obra constitui um trabalho documental abrangente, que se concentra numa das componentes da arquitectura angolana, em grande medida desconhecida: os cinemas construídos entre 1930 e o final do período colonial português em 1975, construções dotadas de um cunho futurista e de um espírito experimental únicos. Este livro pretende contribuir para a redescoberta, não só destas construções ameaçadas pela ruína e pela demolição, como também desta era esquecida e dos seus arquitectos desconhecidos.

As imagens do fotógrafo angolano Walter Fernandes, cujo estúdio se situa em Luanda, não se limitam a documentar a história arquitectónica destas salas; elas testemunham também o modo como estes edifícios constituíam um enquadramento elegante que sublinhava uma simples ida ao cinema. Dos cinemas que inicialmente foram concebidos como salas com espaços fechados evoluiu-se, na década de 1960, para espaços ao ar livre com bares e esplanadas – um modo de construção que se adaptava melhor ao clima tropical do país. O que ressalta nesta obra, não são só as imagens de uma arquitectura invulgar, capaz de manifestar o prazer em experimentar novas soluções que animava os seus ambiciosos e visionários criadores, mas também os ensaios e o capítulo dedicado à pesquisa, que lançam uma luz sobre o modo como estas construções espelhavam a imagem da vida moderna e da construção arquitectónica nos trópicos.

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28.04.2015 | por martalanca | ANGOLA CINEMAS — Uma Ficção da Liberdade, cinema

Ciclo "Os Cinemas das Independências Africanas"

Organização: ALEPH: Plataforma de Acção e Investigação sobre Imagens (Anti-) coloniais (CITCOM-CEC-FLUL & CECS-UM) e Grupo CITCOM - Cidadania, Cosmopolitismo Crítico, Modernidade(s), (Pós-)Colonialismo / Projecto DESLOCALIZAR A EUROPA: Perspectivas Pós-coloniais na Antropologia, Arte, Literatura e História (Cultura Visual, Migração e Globalização & Comparando Impérios: Iconografias Coloniais Comparadas).

  

27 e 28 de Abril, 18h

Anfiteatro III, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

Cultura e Libertação em Dois Filmes de Dois Cineastas-Artistas

 

Dia 27 de Abril, 18 horas, Anfiteatro III.

António Ole, O Ritmo do N’Gola Ritmos, Angola. 1978. 60 min, Português.

 

O filme será precedido de uma apresentação de Ana Paula Tavares e será seguido de um debate com o público, moderado por Ana Balona de Oliveira.

 

Dia 28 de Abril, 18 horas, Anfiteatro III.

William Klein, O Festival Pan-Africano de Argel, Argélia, França. 1969.  95 min, legendas em Francês.

 

O filme será precedido de uma apresentação de José António B. Fernandes Dias e será seguido de um debate com o público, moderado por Manuela Ribeiro Sanches.

19.04.2015 | por martalanca | cinema, independências africanas

your body is my body — o teu corpo é o meu corpo

Coleção de Cartazes Ernesto de Sousa

A exposição “your body is my body — o teu corpo é o meu corpo” é uma seleção de cerca de trezentos cartazes de arte e política, nacionais e estrangeiros, feita a partir do acervo reunido por Ernesto de Sousa ao longo da sua vida e datados entre 1933 e 1988, que se apresenta no Museu Coleção Berardo, de 17 de abril a 27 de setembro de 2015.

Joseph Beuys, sem data, 68 x 48 cm (detalhe). © Bernd Klüser, München.Joseph Beuys, sem data, 68 x 48 cm (detalhe). © Bernd Klüser, München.Este espólio, agora denominado como Coleção de Cartazes Ernesto de Sousa e integrado na Coleção Berardo, constitui um panorama vasto sobre a produção cultural das neo-vanguardas em Portugal e na Europa.

O catálogo da exposição será apresentado ao público no dia 14 de maio, numa mesa-redonda com José Bártolo, Rui Santos e Isabel Alves, no anfiteatro do museu, às 18h00. A entrada é livre.

Curadoria de Isabel Alves. Mais informações aqui.

A inauguração está marcada para dia 17 de abril, às 19h00, no piso -1 do museu. A entrada é livre.

Visitas orientadas: Isabel Alves e José Bártolo: 25 abril, 12h. | Outras visitas: 10 maio e 28 junho, 16h00.

 

12.04.2015 | por martalanca | your body is my body — o teu corpo é o meu corpo

"África fantasma", de João Samões

18 Abril I 21h30 no Teatro Municial de Almada

Nesta peça de teatro são criadas e manipuladas realidades e turbulências do domínio do exótico e do erótico, interpenetram-se memórias e reflexões sobre o colonialismo e o racismo. África transforma-se num lugar de representações imaginárias, um imenso território onde se projectam todas as fantasias e fantasmas.

In this play, realities and turbulences from the realm of the exotic and the erotic are created and manipulated, memories and reflections about colonialism and racism are mixed together. Africa is transformed into a place of imaginary representations, a huge territory in which all fantasies and ghosts can be projected.

Criação e encenação João Samões

Dramaturgia e espaço cénico João Samões Texto montagem e adaptação de João Samões a partir de Frantz Fanon, Aimé Césaire, Julião Quintinha, Louis-Ferdinand Céline, Langston Hughes Interpretação Joana Bárcia Produção João Samões Produção executiva Mónia Mota Registo fotografia Tatiana Macedo Registo vídeo João Dias Apoios DuplaCena, Instituto Franco-Português, Teatro Municipal São Luiz Ano 2010-2013 Duração 50’

Co-produção Fundação Calouste Gulbenkian/Próximo Futuro

02.04.2015 | por martalanca | África Fantasma, João Samões, teatro

Rádio AfroLis

O audioblogue Rádio AfroLis é um espaço de expressão cultural feito por descendentes de africanos a viver em Lisboa. O projeto Rádio AfroLis não tem fins lucrativos e é desenvolvido por voluntários.
Desde 17 de Abril de 2014, semanalmente, em formato de entrevistas áudio, artistas, menos artistas, pessoas comuns e menos comuns da comunidade negra a viver em Lisboa falam sobre seus seres e fazeres, expondo as facetas da consciência negra em Portugal.

Para muitos afrodescendentes, a cidade de Lisboa é claramente a sua cidade. Para outros, Lisboa é uma cidade como outra qualquer, apesar de terem nascido ou de sempre terem vivido nela. Outros há, que rejeitam Lisboa porque sentem que não é o seu lugar. No caso dos afrodescendentes negros, a questão da pertença relaciona-se, por vezes, com questões de representação nos media ou em espaços sociais diversificados mas, acima de tudo, com a discriminação e o racismo.

E surge a pergunta: Eu, como negro ou negra, africano ou africana, devo, posso, quero assumir-me como português/afrolisboeta?

E serão precisamente as inúmeras combinações de respostas que vamos apresentar nos nossos programas.

A ideia teve a sua inspiração na observação das ruas e dos bairros de Lisboa, que evidenciam a presença de vários portugueses africanizados e africanos aportuguesados, algo que não é regularmente refletido nos meios de comunicação. Para a AfroLis é essencial documentar a experiência dos descendentes de africanos na cidade de Lisboa contada na primeira pessoa.

Acompanhem-nos por serem afrodescendentes, por interesse na temática, pela vontade de conhecer outras vivências de Lisboa, ou por quererem acrescentar algo à discussão.

www.radioafrolis.com    radioafrolis@gmail.com

Facebook e Twitter (Rádio Afrolis)

 

02.04.2015 | por martalanca | Rádio AfroLis

Na po di Spera, de Sónia Borges

O livro de Sónia Borges sobre o bairro de Santa Filomena constitui um importante testemunho de uma realidade muitas vezes escondida. Estas páginas trazem-nos, de facto, verdades difíceis. Pela pena da Sónia, percorremos as suas ruas, por vezes lamacentas, assistimos: à transformação das habitações de precárias em definitivas; ao aparecimento dos lugares públicos e de apoio à comunidade; aos efeitos desestruturadores das representações racistas que vêm de fora, sobre as pessoas e as suas culturas; às manifestações de identidade presentes num penteado ou numa veste; à tensão trazida pelo cerco policial imposto às suas gentes; ao papel educador e ecumenizante desempenhado pelas crianças. A recriação da realidade em movimento que esta narrativa nos traz tornou-se possível porque a autora, rompendo com o seu estatuto de técnica de um projeto, de profissional neutra e isenta, se assumiu como pessoa na relação com os habitantes do bairro. Abriu-se aos outros, acertou o seu ritmo e os seus tempos pelo dos outros, simetrizou-se com quem interagia, numa palavra, tornou-se vizinha.

 

 

27.03.2015 | por martalanca | Sónia Borges

Split-tape de Black Taiga + Melanie is Demented

Acaba de sair uma split-tape com Melanie Is Demented (da Suécia) e Black Taiga (Congo / Portugal / Irlanda). Sim, é uma cassete - ou k7 - que é o formato áudio favorito da MMMNNNRRRG e que assim começa a celebração dos 15 anos desta editora “só para gente bruta”!
À venda na loja em linha da Chili Com Carne.

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Os Black Taiga lançaram em Janeiro o EP Cristão Casmurro e em Dezembro do ano passado Dor de Costuleta, ambos para ouvir em: blacktaiga.bandcamp.com/ 


 

27.03.2015 | por franciscabagulho | doom metal, doomduro, kudark, kuduro, noise

Violência policial e racismo no Franco Atirador

Franco Atirador é um programa de tv, na internet, que promove semanalmente um debate sobre a actualidade política e social portuguesa, moderado por Joana Amaral Dias e Nuno Ramos Almeida.

Nesta edição discute-se a violência policial nos bairros. O rapper e dirigente do Moinho da Juventude da Cova da Moura, LBC; a psícóloga Mónica Frechaut; o jornalista Carlos Narciso e o polícia António Ramos analisam as questões do racismo e violência policial em Portugal.


23.03.2015 | por martalanca | bairro, LBC, polícia, racismo, Violência policial

Angola: homenagem ao 40 aniversário de independência

O FCAT 2015 presta homenagem a Angola, dedicando a secção não competitiva “Relatos do passado: Angola e África do Sul”

A independência de Angola estará presente na 12ª edição do Festival de Cinema Africano de Córdova (FCAT), que decorrerá de 21 a 28 de março em diferentes espaços dessa cidade da Andaluzia, Espanha. Trata-se do único evento cinematográfico do mundo hispânico especializado em cinema africano. No final de 2015, Angola comemora o 40 aniversário da independência de Portugal. Esta homenagem vai se concretizar com uma secção especial dedicada a Angola: “Relatos do passado: Angola e África do Sul”. A mostra realizará um percurso cinematográfico pela história desses dois países, prestando especial atenção a Angola e às consequências da Guerra Civil.

A situação política angolana será a temática principal da maioria dos filmes apresentados nesta secção. A primeira de todas, Sambizaga, da francesa (de origem de Guadalupe) Sarah Maldoror, faz referência a um bairro operário de Luanda onde se encontrava a prisão portuguesa onde foram encerrados numerosos militantes angolanos. O filme acompanha a vida de Maria, a esposa do líder revolucionário Domingos Xavier que vai de prisão em prisão em busca do marido, detido pelos oficiais portugueses. Maldoror é conhecida pelo cinema militante e pelas obras realizadas em África.

'Por aqui tudo bem', filme de Pocas Pascoal'Por aqui tudo bem', filme de Pocas Pascoal

Também será exibido o filme Por aqui tudo bem da realizadora angolana Pocas Pascoal, que fará parte do júri do festival. Esta obra reflete a integração na vida lisboeta de duas irmãs que fogem da Guerra. A longa-metragem tem sido reconhecida em festivais de relevo tais como o FESPACO 2013 (Prémio da União Europeia) ou o Festival de Cinema de Los Angeles, onde recebeu o prémio de melhor filme em 2012.

A franco-egipciana Jihan El Tahri oferece uma perspetiva diferente da história mais recente de Angola através do filme Cuba, uma odisseia africana, que salienta o papel de Cuba durante as guerras de libertação africanas e, mais concretamente, o envolvimento desse país na Guerra Civil de Angola. A obra foi premiada no FESPACO de 2007, assim como no Sunny Side of the Docs de Marselha em 2006 e no Festival Vues d’Afrique de Montreal em 2007.

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21.03.2015 | por martalanca | angola, cinema, Córdova

VIDAS NEGRAS IMPORTAM | Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial

O Dia Internacional Contra a Discriminação Racial marca o massacre de Sharpeville a 21 de Março de 1960. Na África do Sul do Apartheid, milhares manifestavam-se contra a lei que obrigava os negros a ter um passaporte interno, para poderem aceder aos bairros dos brancos. Os manifestantes dirigiram-se a uma esquadra e a polícia disparou, assassinado 69 pessoas e ferindo 180. O Apartheid caiu muito mais tarde, depois de muitas mais lutas. 

No ano passado vimos a polícia dos Estados Unidos da América matar vários jovens negros desarmados, e as manifestações que se seguiram. 

Já em 2015, em Portugal, outros foram espancados numa esquadra ao procurar saber dum amigo detido numa operação policial no seu bairro. 

o esquecemos as pessoas, a maioria negras, assassinadas pela polícia em Portugal nos últimos anos, sem haver condenação dos assassinos. 

Nem admitimos que os bairros vivam uma suspensão do estado de direito, onde a polícia até dispara contra pessoas nas varandas das casas. 

A 21 de Março de 2015 a partir das 16h
Estamos juntos no centro de Lisboa
Largo são Domingos

com Boss - Kromo di Guetto - Moreno Bfhg - Lbc - Hezbo MC - Loreta KBA - Primero G.
Contra o racismo institucional
Porque VIDAS NEGRAS IMPORTAM!

18.03.2015 | por martalanca | Discriminação, racismo

Portugal dos Pequenitos: Portugalidade e Colonialidade

Lugares como o Portugal dos Pequenitos são instrumentos cruciais da construção dos Estados-nação e da reprodução das identidades nacionais. No contexto português este lugar é hoje um meio fundamental para a análise das representações criadas e das suas implicações no que foi o projeto colonial português. Por este motivo, consideramos de absoluta relevância a visita a este espaço no âmbito do congresso “Poderes Emergentes, Identidades e Transformações”. Agradecemos à Fundação Bissaya Barreto a gentil oferta da visita guiada, que em muito contribuirá para a discussão e debate que sobre este lugar queremos promover. 

Visita Guiada ao Portugal dos Pequenitos

O Portugal dos Pequenitos é um projeto de Salazar, ditador português (1932-1968) e de Bissaya Barreto, médico de grande prestígio e político de Coimbra, que convidaram um arquiteto moderno, Cassiano Branco (1940’s) a desenhar um parque temático que representasse o império português através da sua arquitetura. Foi uma dos mais importantes elementos da propaganda política do Estado Novo, resistindo à queda do regime. Das casas portuguesas, à sociedade colonial, aos monumentos nacionais, tudo está representado à escala de uma criança. O Portugal dos Pequenitos é uma exposição qualificada como arquitetura portuguesa e arte arquitectónica e escultural.
Encontro: 13h50 à Porta do Portugal dos Pequenitos (Galerias de Santa Clara)
Visita Guiada: 14 horas
Preço: 6 euros
Inscrições: coloquiodoutorandoscall@ces.uc.pt
Debate: Galerias de Santa Clara, 16 horas 
Os participantes serão convidados a um debate moderado por Maria Paula Meneses, investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, e coordenadora do programa de doutoramento em Pós-Colonialismo e Cidadania Global no mesmo centro. Este debate visa fomentar um olhar crítico e uma reflexão profunda sobre a visita anteriormente realizada.

ver mais. 

12.03.2015 | por martalanca | Colonialidade, Portugal dos Pequenitos, Portugalidade

Ciclo “Os cinemas das independências africanas” I Lisboa

Organizado por: Aleph - Plataforma de Acção e Investigação sobre Imagens (Anti-)coloniais – CITCOM-CEC-FLUL & CECS-UMGrupo CITCOM - Cidadania, Cosmopolitismo Crítico, Modernidade(s), (Pós-)Colonialismo / Projecto DESLOCALIZAR A EUROPA: Perspectivas Pós-coloniais na Antropologia, Arte, Literatura e História (Cultura Visual, Migração e Globalização & Comparando Impérios: Iconografias Coloniais Comparadas)

25 e 26 de Março, 18h Anfiteatro III, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (Entrada livre) 

25 de Março

Deixem-me ao menos subir às palmeiras…

 Sessão com apresentação de Maria do Carmo Piçarra (CEC-FLUL & CECS-UM) Ficção, Moçambique, 1972, 67’. Falado em Ronga. 

Realização: Joaquim Lopes Barbosa; Produção: Somar Filmes; Actores: Gabriel Chiau (capataz), Malangatana Valente (guerrilheiro), Marcelino Comiche (Djimo), Helena Ubisse (Maria), Estevão Macumguel (Madala), Eugénio Ferreira (machambeiro) e Eulália Mutemba (Maria). 

 Deixem-me ao menos subir às palmeiras…(1972), de Joaquim Lopes Barbosa (n. 1944), foi proibido pelo regime do Estado Novo. Como tal, antes do 25 Abril de 1974 nunca teve estreia comercial. Depois disso, raramente foi projectado, tendo permanecido praticamente desconhecido do público e sido pouco referenciado na história do cinema.O poema Monangamba do angolano António Jacinto (1926-1991), que descreve as duras condições de vida dos trabalhadores negros contratados, foi a primeira inspiração para a realização deste filme. Uma segunda influência foi o conto Dina, do moçambicano Luís Bernardo Honwana (n. 1942), publicado na obra Nós matámos o cão tinhoso.

Pela primeira vez na história do cinema português, um filme de ficção falado em Ronga, foi interpretado quase exclusivamente por negros, para cuja participação foi determinante a colaboração de Malangatana Valente (1936-2008). A todos os actores foi pedido que “exprimissem essencialmente o que sentiam e como viviam os seus conterrâneos – o que lhes era familiar”. As sequências iniciais que retratam os trabalhadores são documentais.

Passado numa machamba, o enredo do filme centra-se na figura de um capataz que submete os trabalhadores a trabalhos duros que culminam, frequentemente, no colapso dos mais fracos. Um dia, o capataz violenta sexualmente Maria, filha de Madala. Incitado à revolta, Madala não só não reage à ofensa como aceita a garrafa de vinho que o capataz lhe oferece. Acaba por sucumbir ao sofrimento, físico e emocional, o que provoca a revolta dos trabalhadores.

 

26 de Março

Nelisita: Narrativas Nyaneka  

Sessão com apresentação de Marta Lança (Estudos Artísticos – FCSH – UNL)

Ficção, Angola, 1982, 90’. Falado em Lumuíla.Realização e Argumento: Ruy Duarte de Carvalho; Fotografia: Victor Henriques; Produção: Laboratório Nacional de Cinema; Intérpretes: António Tyitenda, Francisco Munyele, Tyiapinga Primeira, Manuel Tyongorola, Ndyanka Liuima.

Nelisita, filmado em 1980 na Chibia, quando os sul-africanos invadiam o Sul de Angola, seguiu-se à série Presente angolano-tempo Mumuíla, que Ruy Duarte terá filmado dois anos antes, na mesma geografia, com a mesma sociedade mas em registo de documentário.

Nelisita, com direito a prémio no FESPACO, festival pan-africano de cinema e  televisão de Ouagadougou, Burquina Faso, e crítica nos Cahiers du Cinéma, marcaria o último fôlego do breve momento de entusiasmo do cinema angolano que, depois disso, caiu num longo marasmo. O argumento foi estruturado a partir de peças de literatura oral das populações Nyaneka do Sudoeste de Angola, em que elementos da comunidade actuam encenando as próprias lendas.

A fome domina o mundo e apenas restam vivos dois homens com as suas famílias. Um deles parte em busca de comida e encontra um armazém onde certos espíritos guardam enormes quantidades de géneros alimentícios e roupas. Neste contexto, o filme reflecte sobre as tentações da modernidade e a resistência às mesmas, observando a harmonia entre pessoas e natureza e antevendo o resgate de alguns valores e modos de organização das sociedades animistas, bem como a crítica ao padrão de desenvolvimento e de crescimento económico.

A atenção a estes povos, numa conjuntura de colonização superficial, independência recente, urgência na acção política, viria a ser um dos principais enfoques do trabalho de Ruy Duarte de Carvalho (1941-2010). Nelisita enquadra-se na aspiração do autor de realizar “filmes cientificamente correctos, socialmente operantes, cinematograficamente válidos, eticamente honestos e publicamente viáveis.”

12.03.2015 | por martalanca | cinema, Deixem-me ao menos subir às Palmeiras, Nelisita

Janelas Lusófonas no Africultures

Há 40 anos, no seguimento da revolução dos cravos, um 25 de abril de 1974 que fez cair o regime fascista em Portugal, as cinco colónias africanas portuguesas (Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe), hoje em dia comumente apelidadas de PALOP, assinalavam as suas independências. 
Em jeito de comemoração, o Africultures propõe, a cada mês do ano de 2015, as “janelas lusófonas”, que exploram diversos aspectos respeitantes a estes países, e relações que mantêm uns com os outros: afro-descendentes em Portugal, tratamento da memória colonial, cenas artísticas em vários destes países, relações entre o Brasil e África, etc.

Estas janelas são pensadas em parceria com o site Buala, do qual republicamos e traduzimos vários artigos. 

Esta edição especial é coordenada por Maud de la Chapelle.

veja aqui a lista de artigos que pode encontrar: Fenêtres lusophones 2015


Il y a quarante ans cette année (1975-2015), à la suite de la Révolution des Œillets, qui le 25 avril 1974 a fait tomber le régime fasciste au Portugal, les cinq colonies africaines portugaises (Angola, Cap-Vert, Guinée-Bissau, Mozambique, São Tomé et Principe), aujourd’hui communément appelées PALOP (Pays Africains de Langue Officielle Portugaise), signaient leur indépendance. 
En commémoration, Africultures vous propose, chaque mois de l’année 2015, des “fenêtres lusophones”, qui explorent différents aspects des pays concernés, et des relations qu’ils entretiennent entre eux : afro-descendants au Portugal, traitement de la mémoire coloniale, scènes artistiques dans les différents PALOP, relations entre le Brésil et l’Afrique, etc. 
Ces “fenêtres” sont pensées en partenariat avec le site portugais Buala, portail de réflexion sur les cultures africaines contemporaines, dont nous reprenons/traduisons plusieurs articles. 

Coordonné par Maud de la Chapelle

 

11.03.2015 | por martalanca | Africultures, Fenêtres lusophones, independência

KONONO N 1 meets BATIDA - sexta feira no Lux

Com o incrível som dos kissanjes electrificados e a sua secção rítmica tribal, os congoleses Konono Nº1 fizeram o público ocidental, do indie rock e da electrónica, perder-se de amores pela banda, após o lançamento do seu primeiro disco “Congotronics”, há já 10 anos. Tocaram nos maiores festivais de rock de todo o mundo, foram convidados para gravar com Bjørk e Herbie Hancock, receberam um Grammy e foram homenageados por alguns dos melhores músicos de electrónica e indie rock.

Konono Nº1 está de volta a Portugal com um projecto muito especial: juntando forças em Lisboa com o aclamado músico e produtor, angolano/português, Pedro Coquenão aka Batida, para a produção de um novo disco! No final da primeira semana de trabalho, vão partilhar algumas destas experiências em palco, em dois espectáculos absolutamente únicos:

6 de Março, 22h30 - LUX Frágil,

Lisboa7 de Março, TAGV, Coimbra

04.03.2015 | por martalanca | batida, Konono

Os vivos, o morto e o peixe frito, de Ondjaki

LIVRARIA DA TRAVESSA - BOTAFOGO I Rio de Janeiro

 4 de março, 19h
rua voluntários da pátria, 97
    […] Em Lisboa, no dia em que a selecção de futebol angolana defronta a selecção portuguesa, num minúsculo apartamento, irão juntar-se caboverdianos, angolanos, são-tomenses, guineenses, moçambicanos e portugueses, mais o bebé na barriga da futura noiva, as cervejas, a pistola, o futuro noivo, a comida, os diamantes na barriga do padrinho e o vizinho morto que ainda adora futebol.
    Portugal nunca tinha vivido um dia assim!
JJMOURARIA:Atendo pelo internacional nome de Jota Jota Mouraria, originário barrigalmente das terras de S. Tomé e Príncipe, mas já vindo ao mundo nesta capital lisboeta de frios e tanta africanidade. É verdade: Jota Jota Mouraria… (pausa) O “Jota Jota” é de raízes familiares, o “Mouraria” é de afinidades urbanas, muito prazer minha senhora…


03.03.2015 | por martalanca | o morto e o peixe frito, ondjaki, Os vivos