Aquilo que verdadeiramente lhe interessa é ter uma estória e alguém a quem a contar. A forma só lhe importa na medida em que serve o conteúdo e os recursos estilísticos ou linguísticos que utiliza estão submetidos às necessidades do enredo que é, de facto, a sua prioridade. Ele pertence à geração que teve o privilégio de entrar no mundo da ficção pelas palavras ouvidas e não pelas palavras escritas, e por isso não é de estranhar que essa marca da oralidade esteja tão claramente presente nas suas obras.
Cara a cara
15.06.2010 | por Ana Cordeiro
A jornalista paulista Gláucia Nogueira escreveu "O Tempo de B.Léza – Documentos e Memórias", um trabalho de pesquisa de documentos, discografia, entrevistas e episódios da vida do trovador e compositor B.Léza. O professor caboverdiano Brito Semedo comenta o livro.
Nós confirmamos: meio século depois, B.Léza, continua a encantar com as suas mornas e serenatas.
A ler
14.06.2010 | por Brito Semedo
Em qualquer lado onde se busque a influência política constata-se um vazio ideológico que castra ou mesmo mantém o país aquém do nosso verdadeiro potencial. Qualquer debate nesse sentido é permeado por falsas questões, negação e verdadeiros "braços de ferro" onde todos perdem. A questão do crioulo é um desses tabus que estamos a criar e que remetem para a questão África vs Europa e da identidade. Falsa questão!
A ler
02.06.2010 | por Amílcar Aristides Monteiro
Os Crioulos são línguas plenas, com um grau de complexidade, de dinamismo e de eficácia que em nada as distingue das restantes línguas naturais, como o Português, Inglês, Japonês ou outra, cujos recursos infinitos garantem a total satisfação das necessidades de comunicação dos seus falantes.
Apesar disso, ainda vão existindo demasiados equívocos quanto à competência destas línguas, nascidas há poucas centenas de anos do contacto entre línguas europeias e africanas.
A ler
28.05.2010 | por Fernanda Pratas
O Festival Mindelact, todos os Setembro em S. Vicente, é a época alta da temporada teatral cabo-verdiana. Em duas semanas, pode ver tantos espectáculos como nos restantes meses, e das 9 ilhas habitadas do arquipélago! Os grupos em actividade, sendo já conhecidos e tendo conquistado um público adepto, são cada vez exigentes. Mindelo, é, pois, o centro catalizador do teatro em Cabo Verde, ponto de encontro e confronto de diferentes caminhos traçados por uma paixão comum.
Palcos
20.05.2010 | por João Branco
O episódio mais controverso de "Aventura e rotina" foi a breve visita realizada por Gilberto Freyre a três ilhas do arquipélago, S. Vicente, Santiago e Sal. Esta visita era aguardada com grande expectativa por parte da intelectualidade cabo-verdiana aglutinada em torno da revista Claridade. (...) Pouco tempo depois da publicação de Aventura e rotina, Baltasar Lopes refutou ponto por ponto as observações feitas por Gilberto Freyre nas questões do Criolo, a identidade cultural cabo-verdiana, gastronomia, arte popular, a caracterização do tipo de mestiçagem que houve no arquipélago, assim como a comparação cultural feita por Freyre entre Cabo Verde e as Antilhas.
A ler
16.05.2010 | por Fernando Arenas
Os corpos estão fechados, quase fechados. Os corpos são ilhas fantásticas isoladas na matéria. As ilhas são sérias à força de fixarem o horizonte. O horizonte, linha curva e cruel que nos interdita o que está para lá. no Mindelo...
Cidade
16.05.2010 | por Mattia Denisse