A chegada da Família Real portuguesa ao Rio de Janeiro, em março de 1808, provocou um grande impacto na cidade, capital da então colônia de Portugal. O efeito pode ser notado em diversos aspectos, sobretudo no que se refere ao aumento populacional da região e à expansão da importação de indivíduos escravizados. Impactado pela inédita transferência de uma Corte europeia para um território colonial e pelo decreto de abertura dos portos brasileiros às nações amigas, o Rio sofreu modificações marcantes.
Mukanda
01.06.2021 | por João Victor Pires
Seja alimentada pelos problemas económicos cada vez mais profundos, pela sensação de complacência por parte de uma elite cultural, convencida de que a paz na Europa, depois de tanta destruição, seria mais ou menos um dado irrevogável, ou mesmo apenas por causa da crueldade humana básica, não pode ser ignorada por mais um momento: o tempo dos assassinos está de volta para nos assombrar e, na sua raiz, encontra-se uma nostalgia pós-imperial renovada, impulsionada por uma negação intencional, vergonhosa e desavergonhada, do passado imperial da Europa.
A ler
17.03.2019 | por Paulo de Medeiros
será bem vindo um filme que possa reestudar a escravidão e colonialismo brasileiro a partir de matrizes estéticas e conceituais que emergiram com mais visibilidade nos últimos anos. Mas o filme histórico carrega em geral uma barreira financeira muito complexa de ser dissolvida, custa dinheiro, arte, fotografia, locações. Isso toca aquela questão do “poder falar de tudo”
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16.10.2018 | por Michelle Sales
A proposta da viagem era ir aos lugares de onde foram tirados esses africanos. Muitos já tinham sido escravizados por senhores locais, que com o interesse dos europeus incrementaram a prática; muitos outros foram aprisionados pela primeira vez; mas a exposição não entra por estes antecedentes. Concentra-se no que o fotógrafo foi encontrando da memória afro-brasileira: castelos, fortalezas, pelourinhos, rituais, danças, festas. Aquilo que foi levado para o Brasil, mas também o que do Brasil voltou para África, com os escravos libertos no século XIX, os retornados, chamados de agudás no Benim, amarôs no Togo e na Nigéria, ou tabons no Gana. Acontece terem nomes como Almeida, Silva. Fazem churrasquinho, feijoada, carnaval.
Vou lá visitar
05.01.2017 | por Alexandra Lucas Coelho
Vendidas como escravas em São Luís do Maranhão. A embarcação portuguesa naufragou na costa da África do Sul, e 223 cativos morreram. Visitantes - na sua maioria negros americanos - caminhavam em silêncio pela sala que simula o porão de um navio negreiro, entre lastros de ferro do São José e algemas usadas em outras embarcações (um dos pares, com circunferência menor, era destinado a mulheres ou crianças).
Vou lá visitar
07.11.2016 | por João Fellet
Eduardo Viveiros de Castro, 62 anos, é o mais reconhecido e discutido antropólogo do Brasil. Acha que “a ditadura brasileira não acabou”, evoluiu para uma “democracia consentida”. Vê nas redes sociais, onde tem milhares de seguidores, a hipótese de uma nova espécie de guerrilha, ou resistência. Não perdoa a Lula da Silva ter optado pela via capitalista e acha que Dilma Rousseff tem uma relação “quase patológica” com a Amazônia e os índios. Não votará nela “nem sob pelotão de fuzilamento”.
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17.03.2014 | por Alexandra Lucas Coelho