A exposição EXPLORANDO: Kubanga Kukatula é a primeira apresentação pública de um projeto de criação artística e pesquisa, centrado em residências, produção de obras e exposições, de Lino Damião e Nelo Teixeira, artistas angolanos sediados em Lisboa, com curadoria de Paulo Moreira.
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29.07.2021 | por vários
Uma visão mais alargada dos contornos dos acontecimentos do 27 de Maio, prestando especial atenção aos sentimentos dos que ficaram, em particular as mães. Com isso, não pretendemos de todo ignorar os restantes familiares, mas sim começar por onde a humanidade tem o seu início: no ventre materno.
As consequências destes acontecimentos foram de tal maneira nocivas, que pretendemos dar início a um longo processo de cura, humanizar a tragédia para mitigar a dor e buscar a paz interior.
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11.07.2021 | por vários
A galeria de arte contemporânea THIS NOT A WHITE CUBE expande a sua presença internacional com a abertura de um novo espaço em Lisboa, no Chiado.
Para assinalar a ocasião, entre 27 de Maio e 17 de Julho, apresenta em simultâneo nas duas delegações de Lisboa e Luanda, uma exposição individual do artista santomense René Tavares.
“In Memory We Trust” promove uma reflexão em torno das noções de memória, história, tradição, património e miscigenação.
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16.05.2021 | por vários
Para esta sua primeira individual na Galeria Simone Cadinelli, Jeane Terra apresenta trabalhos direta e indiretamente relacionados com os acontecimentos em Atafona, sobre as ruínas produzidas pelo embate do mar com a cidade, acontecimentos que chamam a atenção para o fato de que tudo o que foi, é e será construído, irá se transformar em ruína.
Mukanda
16.05.2021 | por Agnaldo Farias
Face a uma degradação progressiva que representa a evolução das atitudes actuais mascaradas da globalização relativamente às culturas e, consequentemente, relativamente às religiões africanas e outras não europeias, tal culminou na negação absoluta da religiosidade das populações dessas imensas regiões ou no reconhecimento dessa religiosidade, embora seja um reconhecimento tímido, mesmo nos nossos dias.
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06.05.2021 | por Rafael Mouzinho
"António Ole: Matéria Vital" reúne obras de diversos períodos do multifacetado percurso artístico de mais de cinquenta anos de António Ole (Luanda, 1951). Realizadas em vários meios, da escultura à fotografia, do desenho ao vídeo, estas obras colocam em evidência a atenção que Ole tem dedicado à natureza e aos seus elementos e matérias vitais. A terra, a água, o fogo e o ar assumem aqui inúmeras formas que, no seu conjunto, convidam a uma percepção planetária e a uma consciência ecológica não só da coabitação, mas, sobretudo, da interdependência entre formas de vida humana e não humana (animal, vegetal, mineral) – assunto vital, para cuja premência e urgência a própria realidade pandémica veio, mais do que nunca, alertar.
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27.04.2021 | por Ana Balona de Oliveira
Exposição que olha e interroga a cidade, como um gesto de escavação da matéria de que ela é feita, para revelar os diferentes estratos que nela se justapõem, as configurações menos visíveis dos seus traçados e assim desemaranhar as tensões que a atravessam. A exposição reúne artistas com diferentes percursos, linguagens e formas de expressão que, através da fotografia, da imagem em movimento, do som e da palavra, reflectem e reformulam a vivência do tempo e a espacialidade da cidade, questionando as lógicas de organização que a regulam.
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26.04.2021 | por Ana Jara e Joana Braga
"Something Happened on the Way to Heaven" é formulada como uma observação sobre o mundo mediterrânico com duplo sentido – um idílio aparentemente paradisíaco que revela a presença do seu oposto. Com efeito, as obras de Kiluanji Kia Henda evidenciam a dialética contraditória entre um esplendor natural dotado de traços idealizados e um obscuro reverso de ameaças históricas e atuais.
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30.11.2020 | por Luigi Fassi Luigi Fassi e Kiluanji Kia Henda
Nas novas peças do artista, a beleza idílica da paisagem mediterrânica contrasta com os traços arquitetónicos da Guerra Fria e com a história contemporânea dessa região entre a África e a Europa como lugar de migração e injustiça social. Something Happened on the Way to Heaven é formulada como uma observação sobre o mundo mediterrânico com duplo sentido – um idílio aparentemente paradisíaco que revela a presença do seu oposto. Com efeito, as obras de Kiluanji Kia Henda evidenciam a dialética contraditória entre um esplendor natural dotado de traços idealizados e um obscuro reverso de ameaças históricas e atuais.
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04.11.2020 | por Kiluanji Kia Henda
Recorro aos materiais produzidos por Carvalho durante um longo período de tempo para mostrar algumas dimensões do seu processo criativo, procurando fornecer uma primeira interpretação destas em relação a algumas das suas obras. Uso livremente várias áreas exploradas pelo autor, concentrando-me, porém, sobretudo em dimensões gráficas e visualmente estimulantes. Combino essa discussão com a apreciação de alguns resultados do que chamo “animar” este arquivo obtidos através da inventariação e apresentados na exposição, e termino enquadrando um dos vídeos baseados em material de arquivo nela apresentado.
Ruy Duarte de Carvalho
08.10.2020 | por Inês Ponte
Há uma suspensão da subjetividade e vontade na sua relação com o real. Como se ficássemos entre parênteses, descontextualizados. É um pouco da lógica proustiana, misturar o instante com a eternidade. Estar no tempo e ao mesmo tempo fora dele. Assistir ao espetáculo do mundo e ver que o seu fluxo não nos compromete, numa serena promiscuidade entre passado, presente e futuro.
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13.11.2019 | por Marta Rema
Pensando a relação do humano com as plantas, esta exposição explora diferentes narrativas de mediação tecnológica do reino vegetal. O estudo das plantas como infraestrutura tem suscitado interesse entre a comunidade científica ao longo dos últimos séculos, inspirando gerações de investigadores, bem como o desenvolvimento de tecnocosmologias e sistemas cibernéticos.
Mukanda
14.10.2019 | por Margarida Mendes
O projeto levantou uma discussão crítica sobre o papel de artistas, instituições culturais e seus operadores (trabalhadores do conhecimento) sobre a transformação urbana. O fenômeno da gentrificação está associado à difusão de economias em transformação, motores de capitalismo cognitivo, parte de um sistema econômico unificado de que nós mesmos, como trabalhadores do conhecimento, somos parte.
Cidade
12.09.2019 | por Laura Burocco
Uma história do rosto, de Hans Belting, esta exposição, concebida como um ensaio visual, explora as dimensões antropológicas e artísticas do rosto, combinando uma seleção de obras das coleções Berardo, de outros acervos nacionais e internacionais e de diferentes âmbitos disciplinares. Artes gráficas, registos de arquivos, matérias científicas, formas comunicacionais e obras de arte compõem uma tessitura que busca exprimir — sem pretender esgotar — a «aventura» visual dos rostos.
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30.04.2019 | por vários
Bonecas feitas por mulheres negras e destinadas, às suas próprias crianças: no intuito de marcar a presença de uma entidade negra nos braços de uma criança que estará na maior parte do tempo só – suprindo de alguma maneira a ausência da mãe, que trabalha para os brancos. Sobre a coleção de Deborah Neff, exposta na Maison Rouge, em Paris.
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22.03.2018 | por Fernanda Vilar
De uma viagem recente a Luanda, destaco uma exposição colectiva e três individuais: Being Her(e), comissariada por Paula Nascimento (Angola) e Violet Nantume (Uganda); 50 Anos Vivendo, Criando, de António Ole (Angola); Luvuvamo + Nzola | Paz + Amor, de Paulo Kapela (Angola); e Senhores do Vento, de Thó Simões (Angola). Em Lisboa, assinalo Fuck It’s Too Late!, a primeira individual de Binelde Hyrcan (Angola) em Portugal, com curadoria de Ana Cristina Cachola (Portugal).
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27.02.2018 | por Ana Balona de Oliveira
Na mponda das avós moravam detalhes importantes, arquivos alheios, fotos de família e biografias situadas na linha da história de um tempo. A exposição resulta de uma seleção de alguns desses elementos; início de conversa para lá do conforto do interior de lã. Expostos, os detalhes importantes da mponda de família, cruzam-se no espaço e dialogam com as memórias e arquivos de outros indivíduos e famílias detentoras de pedaços da história, para assim preencherem os buracos, habitarem as casas e ocuparem os largos do mapa da memória colectiva.
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31.08.2017 | por Maria-Gracia Latedjou
Permanecemos incapazes de escutar e compreender o diálogo entre uma androide ameríndia e o milho transgénico – a quem pertence a humanidade, afinal de contas? Para a coexistência destas diferentes cosmologias – modernas, animistas ou tecnofílicas – não existe sonho ou ficção capaz de as apreender num todo, apenas a perceção de que o mundo lhes dá lugar incessantemente e que a posição de inimigo, mais do que a natureza ou a cultura, marca as suas fronteiras.
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10.07.2017 | por Pedro Lapa
De uma primeira época de protestos vigorosos, até ao final 2012, com uma dimensão de massas e de transformação do quadro da correlação de forças na sociedade portuguesa, passa-se a uma fase de emudecimento, mas continuidade, que vem a ser por fim abandonada e substituída por formas de protesto significativamente diferentes. O protesto passa a estar ligado a causas pontuais e específicas, de menor presença nas ruas, com novas linguagens e as comunidades que o organizam perdem a transversalidade desenvolvida entre 2010 e 2012.
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21.03.2017 | por Catarina Leal e Miguel Carmo
Diversas narrativas literárias e artísticas da época colonial refletem o trabalho do colonialista que coleta informações na floresta e as depõe em vitrinas de museus. O esforço para realizar um Museu de História Natural torna-se simétrico à narrativa hostil do olhar forasteiro, que coloniza mantendo-se à distância, remetendo um continente inteiro a Lugar das Trevas. A paisagem concebida pelo homem torna-se aqui ponto de partida para uma visão crítica que, para além de levantar questões sobre a narrativa histórica, rebate o discurso político que tem enorme impacto na construção de identidades modernas em África.
Mukanda
20.03.2017 | por Kiluanji Kia Henda e Lucas Parente