A partir dos anos ’50, pelo menos, o compromisso dos poetas com a libertação fica mais evidente, marcado. É verdade que os intelectuais, na época, faziam parte de uma elite muito reduzida, mas deram-se a tarefa de mostrar – tanto a nível interno, como no plano internacional – as condições de repressão e opressão que as sociedades coloniais geravam; as injustiças às quais o povo era submetido. Toda a geração de escritores negritudinistas, Pan-africanistas e independentistas que surgem naquela época geraram debates internos, e também levaram as lutas para fora do espaço colonial.
Cara a cara
29.02.2024 | por Noemi Alfieri e Cláudio Fortuna
No primeiro capítulo intitulado “A Literatura Cabo-Verdiana em Face das Outras Literaturas Africanas de Língua Portuguesa”, o autor intenta contextualizar, com sucesso, o surgimento da escrita de autoria caboverdiana e, em especial, da literatura de marca identitária caboverdiana no quadro mais vasto das escritas de autoria lusógrafa africana e das literaturas africanas de língua portuguesa.
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01.11.2022 | por José Luís Hopffer Almada
Não são demónios; não são anjos; são apenas pessoas. E escutem-nas. Nós próprios temos feito um imenso exercício de escuta. A ponto da pessoa mais forte até se esquecer que a pessoa mais fraca poderá ter algo a dizer, veja, porque está simplesmente ali; é um acessório, simplesmente fala com ele, compreende?
Cara a cara
06.11.2019 | por Chinua Achebe
Os que se viram implicados nas lutas pelas independências, mesmo os que não se integraram aos movimentos de luta armada, têm que lidar com as relações entre literatura e política, inevitavelmente, como também com uma idéia de nação, que podem querer formar ou questionar. Nesse sentido, a relação com as sociedades tradicionais e suas produções culturais se torna decisiva. As gerações que se viram, como no caso de Guiné-Bissau, Angola e Moçambique, assoladas por guerras civis se vêem demandadas a lidar com seus escombros. Bem, posso dizer que, pelo que tenho lido, a denúncia da desigualdade social e da corrupção dos governos tem se tornado muito presente nessas literaturas africanas, desde os finais dos anos 1980.
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09.02.2012 | por Cláudio Fortuna
Entrevista à professora Simone Schimidt: "estas literaturas começam a ganhar mais relevância, a se difundir para fora do círculo restrito da academia, e a conquistar um público leitor efetivo. O que mais cativa esse novo público, creio, é a vitalidade, a força, a profunda vinculação com a experiência humana que essas literaturas trazem para seus leitores."
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17.01.2012 | por Cláudio Fortuna
Jéssica Falconi está a fazer um pós-doutoramento em literaturas africanas. A professora italiana apresenta-nos aqui argumentos de força em torno da literatura e crítica literária em Angola, do papel que deve desempenhar as Universidade para o fomento da qualidade literária em Angola
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13.01.2012 | por Cláudio Fortuna
A nova geração de romancistas francófonos, cujos nomes de maior destaque são Abdourahman Waberi, Kossi Effoui, Alain Mabanckou e Jean-Luc Raharimanana, vai ainda mais longe negando-se a limitar-se aos assuntos afro-africanos. Eles reivindicam a liberdade de escrever como autor e de inscrever suas obras em filiações eletivas que desprezem a origem. Buscam ser universais e afirmam que “a literatura africana não existe”!
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20.12.2011 | por Tirthankar Chanda