Turistas não, imigrante sim, mas só os pobres

Turistas não, imigrante sim, mas só os pobres Nunca nos consideramos turistas. Porque vamos para os outros mundos com “propósitos nobres”, levamos cultura, espalhamos arte, vamos em busca de luz, procurando mudar o mundo e cuidar do meio ambiente principalmente através de viagens aéreas. Nós não viajamos para consumir folclore ou atraídos por um produto urbano-mercantil criado por um visionário qualquer, nós não fazemos filas para andar cem metros numa espécie de elevador da Bica ou para provar uma queijada de Belém local. Nem fotografias tiramos para as nossas redes sociais. Nós não somos turistas. Nós levamos mais-valias culturais para outras cidades.

Cidade

21.04.2025 | por Marinho de Pina

Despejados para nada – Um passeio de memórias pelo vazio cósmico de Lisboa

Despejados para nada – Um passeio de memórias pelo vazio cósmico de Lisboa    A Lisboa viva das coletividades e das associações, onde uma comunidade solidária e vizinha se reunia para jogar, brincar, cantar, comer e beber, musicar, politizar e conversar, foi transformada em apartamentos de luxo, hotéis ditos de charme, residências para alojamento chamado local, mas que expulsa os locais, ou simplesmente ruínas à espera de um investidor-ainda-melhor-do-que-os-outros.

Cidade

21.12.2023 | por Carla Baptista

Visão de África I

Visão de África I A única solução potencial para a Europa, onde os reformados excedem os trabalhadores, sendo duas vezes mais do que estes, e onde as mortes superam os nascimentos, será contar com um fluxo constante de imigrantes, com a maioria dos recém-chegados a serem oriundos do único continente que ainda apresenta um crescimento na população: África.

Jogos Sem Fronteiras

18.10.2022 | por Ednilson Leandro Pina Fernandes

Território e identidade em Cabo Verde: debate sobre a (frágil) construção identitária em contextos recém independentes no mundo globalizado

Território e identidade em Cabo Verde: debate sobre a (frágil) construção identitária em contextos recém independentes no mundo globalizado Com ênfase nos seus desdobramentos no território, relacionaremos a pretendida indústria do turismo em Cabo Verde com os paradigmas do planejamento estratégico. Isto significa a valorização de parcelas específicas do território beneficiando apenas grupos investidores sem tomar em consideração os impactos sociais, culturais e territoriais de grandes empreendimentos imobiliários. A produção de “não-lugares” e o achatamento cultural da arquitetura dos grandes empreendimentos imobiliários, decorrentes deste modelo de ocupação do território, materializa uma assepsia política da questão identitária.

Cidade

31.01.2013 | por Andréia Moassab

Tambor rebentando o silêncio amargo, a vida cultural na Mafalala

Tambor rebentando o silêncio amargo, a vida cultural na Mafalala Ali viveu Craveirinha e Eusébio aprendeu a jogar. Moraram lá Machel, Chissano, Mocumbi. É só estrelas no bairro que tem nome de dança macua - Li-Fa-La-La -, pronto para receber os turistas do Mundial de Futebol. A história do bairro da Mafalala faz-se ainda muito de relatos orais, por isso um passeio para ver pelos seus olhos, ouvir com os seus ouvidos e sentir tudo o resto será melhor do que ler esta reportagem.

Cidade

06.06.2010 | por Marta Lança