Por mais que a Nigéria diga que quer minimizar a importância da etnia na política nacional, a lealdade étnica persiste teimosamente e os três principais candidatos agora refletem as três maiores nacionalidades étnicas do país. A Nigéria, mais dividida e polarizada do que nunca, mostra suas fissuras na controvérsia sobre os candidatos presidenciais e a fé religiosa, na agitação separatista do neo-Biafra no sudeste e na retórica etnocentrica tóxica e preconceituosa comum nos media e nas redes sociais. Enquanto o poder normalmente alterna entre norte e sul e muçulmanos e cristãos, o PDP escolheu Atiku, um muçulmano do norte, APC Tinubu, um muçulmano do sul que lidera grupos religiosos para denunciar a percepção de marginalização dos cristãos. Wole Soyinka convidou os políticos a aproveitar a oportunidade para não exacerbar o debate, dada a atual peculiaridade da situação em que a sociedade nigeriana se encontra vivendo. Pode se referir a ameaças vindas de terroristas do Boko Haram, bandidos, separatistas, criminosos e uma miríade de gangues violentas.
Vou lá visitar
23.02.2023 | por Laura Burocco
Então eu comecei a pensar que se essas pessoas não conseguiam encontrar ninguém para conversar, e se este seria o registo das nossas vidas naquele momento histórico, eu precisaria fazer um mergulho profundo nessas vidas, nessas histórias. À medida que o projeto foi avançando, ficou claro para mim que a melhor coisa que eu podia fazer era escrever um livro.
Corpo
23.06.2021 | por Caio Simões de Araújo
Não são demónios; não são anjos; são apenas pessoas. E escutem-nas. Nós próprios temos feito um imenso exercício de escuta. A ponto da pessoa mais forte até se esquecer que a pessoa mais fraca poderá ter algo a dizer, veja, porque está simplesmente ali; é um acessório, simplesmente fala com ele, compreende?
Cara a cara
06.11.2019 | por Chinua Achebe
Esta imagem, no presente século, representa uma reivindicação contra uma injustiça histórica: a negação de uma necessária autodeterminação. O título desta exposição não é uma repetição inconsequente. Revela que o tempo histórico da Nigéria, através da fotografia dos antigos e dos modernos, é tanto um eco do passado como o é do presente.
Vou lá visitar
03.05.2016 | por Joaquim Pedro Marques Pinto
Patrick-Jude Oteh foi meu colega no ano passado no Fellowship do Kennedy Center. Lembro-me de ter ficado sem palavras depois da sua apresentação sobre o trabalho desenvolvido pelo Jos Repertory Theatre, que ele fundou numa pequena e agora dividida cidade nigeriana chamada Jos. Como é que uma companhia de teatro pode cumprir a sua missão num sítio onde a segurança das pessoas é uma das primeiras prioridades? E qual o papel dessa companhia num ambiente definido pelo terrorismo, a corrupção, divisões étnicas e religiosas? mv
Palcos
23.05.2012 | por Maria Vlachou
Essa forma de colonialismo bárbara e explícita de invadir países deu lugar a uma nova forma de colonialismo assente na economia e nas trocas comerciais. É uma nova forma de colonialismo que perpetua resquícios de colonialismo passado, com recurso a dependências económicas, tecnológicas, culturais e ideológicas. Quer seja através do comunismo quer seja através do capitalismo, a Europa continua a impor a sua ideologia no processo de desenvolvimento de alguns países.
Cara a cara
23.02.2011 | por Bruna Pereira
Alguns países de África começaram a reconhecer o potencial do setor cultural para a diminuição da pobreza e criação de empregos, e envolveram governos visando apoio a estes setores. Na Conferência Ministerial que ocorreu em Moçambique, em 2000 - sobre o papel e lugar da cultura na agenda de integração regional - os estados membro concordaram em “tomar passos decisivos em direção à promoção das indústrias culturais como forma de explorar sua potencialidade no sentido de diminuição da pobreza, geração de empregos e contribuição ao crescimento econômico”. Nollywood, por exemplo, dá trabalho direta ou indiretamente a 2 milhões de pessoas.
Afroscreen
15.05.2010 | por Alessandra Meleiro