LANÇAMENTO DO LIVRO - Lugares inCORPOrados

No âmbito das comemoracões do seu 30o Aniversário, a Companhia de Dança Contemporânea de Angola, em parceria com a Associação Kalu e a consultoria da Arquitecta Isabel Martins, apresenta o livro “Lugares InCORPOrados”.

Com fotografias de Rui Tavares, coordenação e direcção artística de Ana Clara Guerra- Marques, pesquisa e textos de Isabel Martins e Cristina Pinto, figurinos de Nuno Guimarães e produção executiva de Jorge António, este livro faz parte do projecto que inclui também uma exposição itinerante que teve início em Abril e terminará em Dezembro.

Neste projecto, 16 bailarinos de 4 gerações da Companhia de Dança Contemporânea de Angola foram fotografados em conjunto com 16 edifícios e lugares da cidade de Luanda, evocando a multiplicidade de laços sociais e afectivos que se estabelecem entre as pessoas e os lugares que habitam.


As fotografias dão relevo a um património de importância fundamental para a caracterização, história e memórias da cidade capital de Angola, numa abordagem às afinidades entre a dança e a arquitectura, enquanto linguagens que espelham, na sua tridimensionalidade, as relações entre o corpo, o movimento e o espaço.

Investindo num olhar que privilegia o estético e o artístico este projecto quer alertar e participar na sensibilização da sociedade para o risco que corre parte fundamental deste património edificado, na esperança de que o mesmo possa ser resgatado, recuperado e devolvido à sociedade luandense.

O livro será brevemente apresentado ao público no dia 27 de Agosto, sexta-feira, às 17.00 Horas na União dos Escritores Angolanos. A entrada é livre.


Lugares inCORPOrados é um projecto – livro e exposição itinerante – que alerta para o risco que corre parte fundamental do património edificado da cidade de Luanda, na esperança de que o mesmo possa ser resgatado, recuperado e devolvido à sociedade. Dezasseis bailarinos de 4 gerações da Companhia de Dança Contemporâneade Angola foram fotografados em conjunto com 16 edifícios e lugares da capital, evocando a multiplicidade de laços sociais e afectivos que se estabelecem entre as pessoas e os lugares que habitam.

Numa abordagem às afinidades entre a dança e a arquitectura, as fotografias de Rui Tavares revisitam a história e as memórias da cidade, através das relações entre o corpo, o movimento e o espaço.
Fotografia | Rui Tavares

Coordenação e Direcção Artística | Ana Clara Guerra Marques

Pesquisa e Textos | Isabel Martins e Cristina Pinto

Bailarinos | Afonso Feliciano | Ana Clara G.M. | André Baptista | António Sande |Armando Mavo | Benjamin Curti | Carlos Silva | Dalton Francisco | David Godinez |João Paulo Amaro | Marcos Silva | Mónica Anapaz | Nuno Guimarães | Rita Oliveira |Rossana Monteiro | Samuel Curti

Figurino | Nuno Guimarães

Produção | Jorge António e Cristina Pinto

23.08.2021 | by Alícia Gaspar | angola, associação Kalu, Companhia de dança contemporânea de Angola, convite, dança, fotografia, lançamento, livro, Luanda, lugares incorporados

Temos de falar 2 - "Da escrita à escuta":

Gisela Casimiro à conversa com Eliana N’Zualo (escritora vencedora da Residência Literária Lisboa - Maputo 2021) e Oriana Alves (antropóloga, editora da Boca). 26 de Agosto 18h, na Livraria Barata.Transmissão em direto nas páginas de Facebook Agenda Cultural, BUALA e Livraria Barata; YouTube da Câmara Municipal de Lisboa.
Entrada gratuita, sujeita à lotação disponível

10.08.2021 | by martalanca | buala, Eliana N'Zualo, Gisela Casimiro, Oriana Alves

Chamada de artigos para a revista DIÁLOGOS | dossiê “Imagens Interditas. Censura e criação artística no espaço Ibérico contemporâneo”

A revista DIÁLOGOS do Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Estadual de Maringá (UEM) convida a todos os interessados a submeterem artigos inéditos para o seu dossiê “Imagens Interditas. Censura e criação artística no espaço ibérico contemporâneo”, a ser publicado no 1º quadrimestre de 2022. Pretende-se publicar textos de investigadores de diversas áreas do conhecimento que abordem o problema da censura às imagens tendo em consideração o contexto histórico e cultural dos países ibéricos. Serão privilegiadas abordagens interdisciplinares e atuais que se integrem nas principais questões científicas internacionais e em metodologias de trabalho inovadoras com resultados relevantes.

Qual a diferença entre as imagens que passam diante dos nossos olhos e aquelas que o imaginário produz? Quais as mais poderosas e “subversivas”? O que justifica, nesse caso, a censura? As imagens em si, os seus propósitos ou os seus usos? São as imagens que são censuradas ou o que pensamos e fazemos depois com elas? A tensão entre visibilidade e invisibilidade, entre imagem vista e imagem imaginada, endereça-nos para as complexas relações entre literatura e artes visuais.

A tentativa de controlar o discurso público legitimando certas vozes e relegando outras ao silêncio constitui um dos principais objetivos da censura. Esta está intimamente ligada ao exercício da coerção estatal com o fim de se impor uma ideologia a pretexto da proteção dos valores de uma sociedade.

Grande parte do século XX ibérico foi marcado pela censura imposta por regimes ditatoriais (em especial o Estado Novo e o Franquismo) que visavam todas as formas de expressão, principalmente a comunicação social, o cinema e a literatura. Em paralelo surgem fenómenos de resistência, seja abertamente, seja na clandestinidade, que desenvolveram movimentos como o neo-realismo em Portugal e o tremendismo em Espanha. Nesse país, após o fim da Guerra Civil, grande parte dos intelectuais emigraram, construindo, então, uma impressionante literatura de exílio, contando uma versão alternativa à História propagada pelo regime vencedor.

No quadro dos actuais regimes democráticos, a censura está aparentemente extinta no campo das artes; no entanto, internacionalmente, as denúncias que contrariam este panorama sucedem-se. Vivemos um momento intenso de censura não institucionalizada, não legislada, e, por isso mesmo, mais difícil de se quantificar, contextualizar e analisar. A dependência das instituições de arte no financiamento privado - ainda que parcial - parece legitimar a interferência na sua programação e nas suas atividades. Embora os Estados estabeleçam as regras do discurso aceitável no domínio público, isto é, no tocante a quem pode falar e ao que pode ser dito, lobbies e grupos privados, na sua associação ao poder estatal, adquiriram o poder de impor os seus próprios padrões e as suas ideologias. Este parece ser o momento exacto, no qual se torna relevante que investigadores de diversos domínios e geografias encarem o desafio de trabalhar sobre a censura contemporânea.

Abaixo encontram-se sugestões de áreas temáticas, que devem constituir ângulos inovadores de abordagem que contribuam para o avanço dos estudos sobre a censura à criação artística, na época contemporânea, em Portugal e /ou Espanha. As perspectivas em causa devem estar relacionadas com assuntos transnacionais e processos referentes à Península Ibérica no âmbito alargado do espaço lusófono e hispânico. Perspectivas disciplinares e interdisciplinares são encorajadas e os temas listados abaixo não são exclusivos:

- Censura institucional, política, social, psicológica:

* Relação dialéctica entre literatura e artes visuais

* Adaptações de livros para cinema e VS

* Cinema

* Artes visuais

* Poemas visuais

* Literatura e imprensa

* Novelas gráficas

* Imagens nos livros

* Imagens nos livros escolares

Cartoons

* Cartazes

* Livro enquanto objecto de arte

- Autocensura

- Políticas de gosto

- Condicionamento estético

- Financiamento público e Censura

 

Organizadores/Editores convidados:

 Ana Bela Morais

http://cec.letras.ulisboa.pt/en/research-team/ana-bela-morais/

Bruno Marques

https://institutodehistoriadaarte.wordpress.com/structure/sc/bm/

Isabel Araújo Branco

https://www.cham.fcsh.unl.pt/invdet.aspx?inv=IB_0375

Prazo limite para envio dos originais: 1 de Novembro de 2021

Submissão: Os artigos devem ser submetidos na seção dossiê. Aceitam-se propostas de artigos em português, espanhol ou inglês. As diretrizes para os autores e as normas para submissão e publicação se encontram na página online da revista, que pode ser acessada pelos links abaixo. Pedimos gentilmente que leiam com atenção as seções antes de submeterem os textos.

http://www.dialogosuem.com.br/

http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/Dialogos/about/submissions#authorGuidelines

10.08.2021 | by martalanca | censura, espanha, Imagens, Portugal

On the precipice of time: Practices of Insurgent Imagination

The Zapatista Forum

Madrid, 16 – 17 – 18 – 19 September 2021

A four-days programme scheduled on and around the arrival of the Zapatista contingent in Madrid and operates in deep connection with activists groups in Madrid and beyond articulated in the spaces of, and in collaboration with Centro Cultural La Corrala, Reina Sofia Museum, La Villana de Vallecas.

ver programa


 

10.08.2021 | by martalanca | imagination, zapatistas

Funaná, raça, masculinidade

O funaná é uma prática de música e dança que foi criada pela população camponesa da ilha cabo-verdiana de Santiago no período pós-escravatura do final do século XIX. Originado nas performances de tocadores de gaita e fero em sociabilidades familiares e comunitárias, foi proscrito por administradores e clérigos durante o período final do colonialismo português. Após a independência de Cabo Verde, o interesse de jovens músicos por esta história marginal motivou a criação de novas estéticas de música popular. Apesar de gradualmente aceite no quadro de uma cultura oficial crioula promovida pelo Estado, o funaná permaneceu uma prática icónica de uma masculinidade entendida enquanto “africana”. Este livro situa o funaná na história social e política colonial e pós-colonial. Questiona em particular de que modo este género de música e dança foi historicamente racializado e que legados deste processo persistem no presente.

Autor: Rui Cidra

Edição: Outro Modo, Le Monde diplomatique – edição portuguesa

2021 | Preço: 14€ (10% de desconto para assinantes)

02.08.2021 | by martalanca | Funáná, masculinidade, raça

"Fénix, O Impossível Não Existe", de Gisela Van-Dunann

A psicóloga Gisela Van-Dunann lança no dia 7 de agosto, sábado, às 16h, o seu primeiro livro intitulado Fénix – O Impossível Não Existe, no Espaço Espelho d’Água, em Lisboa. O evento conta com a presença da autora, da apresentadora Nádia Silva, da cantora Khira, de Marcelo Camargo e Bianca Camargo. A obra é uma espécie de autobiografia de Van-Dunann e traz ao debate questões como a naturalização do abuso sexual, da parentalidade violenta, da depressão, dos efeitos dos maus tratos na infância e um questionamento pertinente: “É possível conciliar a fé e a ciência na recuperação da depressão e dos traumas?”

Até que ponto o ser humano é posto à prova? Esta é a pergunta que Gisela Van-Dunann vai tentar responder, após ter “morrido várias vezes” e ter renascido, como uma fénix, nome que veio a entitular o seu livro.

Existem sociedades onde há abusos que não são vistos como tal. O abuso sexual de menores tem, em muitos países africanos, uma dimensão que quase podemos chamar cultural. As vítimas costumam ser raparigas menores porque, em determinados países, “quando uma menina atinge a puberdade, já não é abuso” e a parentalidade violenta é vista como educação.

Neste relato biográfico, como paciente e terapeuta, Gisela faz uma descrição detalhada de situações traumáticas a que esteve sujeita, desde: rejeição, abusos, tortura, entre outras calamidades, o que veio facultar-lhe uma visão interna do funcionamento do trauma no ser humano a nível emocional e fisiológico.

O livro soluciona muitas dúvidas que as pessoas costumam ter sobre esta doença silenciosa e invisível a que se dá o nome de depressão. Como funciona a mente destas pessoas? Se é possível recuperar? Se a recuperação depende de força de vontade? Gisela vai responder como é que se chega e o mais importante como é que se saí de um dos piores destinos da atualidade, a depressão.

Numa altura que se fala imenso sobre saúde mental ou depressão, a doença que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) afeta cerca de 120 milhões de pessoas no mundo, fazendo com que a doença seja a principal causa de invalidez e uma das principais causas das baixas laborais em países desenvolvidos. A OMS prevê que em 2030 a depressão será a segunda maior causa de incapacidade em todo o mundo.

Fénix – O Impossível Não Existe é uma história de resiliência humana. Um livro que fala sobre as alterações que acontecem a nível cerebral especificamente nas vítimas dos maus tratos e do abuso sexual, como é que funciona o cérebro das pessoas que passam por traumas. Traumas que a Psicologia por si não consegue explicar como se superam, nem a medicina criou ainda medicamentos que os convalesçam.

Desta forma, Gisela traz para o debate um questionamento pertinente, será que é possível conciliar a fé e a ciência no estudo e na recuperação do ser humano. A obra mostra aos leitores qual foi a chave da cura da autora.

Gisela Van-Dunann é natural de Lisboa. Psicóloga Clínica formada na Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa. Criadora do Fénix Bootcamp, um grupo de terapia intensiva online estruturada de modo a alcançar o maior número de pessoas possível em resposta à crescente procura de apoio psicológico derivada à pandemia da Covid-19. É coordenadora do Grupo de Apoio às Mulheres, diaconisa e líder de equipa no Arena Jovem na Comunidade Evangélica SNT Lisboa.

Poliglota e autodidata, é uma amante do conhecimento, o que a permite intervir terapeuticamente na terapia individual, de casal e familiar em 5 línguas diferentes e em vários países.

Nas suas redes sociais partilha vídeos, sábias e edificantes reflexões sobre os mais variados temas da Psicologia como parentalidade, autoestima, ansiedade, entre outros.

Desde janeiro de 2021, apresenta na RTP África o programa Viva Saúde. Participou também em palestras e programas televisivos.

02.08.2021 | by martalanca | abuso sexual, Fénix

UNA - União NEGRA das Artes

AṢẸ! SOMOS A UNA!

É com alegria que lançamos publicamente a UNA - União NEGRA das Artes, constituída em Abril de 2021, no seio da luta antirracista em Portugal e na sequência das diversas manifestações e debates recentes em torno da reivindicação de direitos humanos, da descolonização do conhecimento e da valorização do legado artístico-cultural protagonizado por pessoas negras. Estamos felizes por constituir esta associação que visa defender os interesses específicos da negritude no setor cultural, tendo em conta as continuidades históricas do racismo colonial que, até hoje, mantém assimetrias profundas que dificultam a criação, a fruição, o acesso, a produção, a programação e, consequentemente, a representatividade negra no setor artístico em Portugal.

Somos um espaço aberto para quem se reveja nos nossos princípios - celebração, denúncia, transparência, interseccionalidade, horizontalidade, representatividade e ancestralidade - e pretenda combater as desigualdades raciais historicamente construídas assim como celebrar o nosso longo e rico legado artístico.

Os nossos principais objetivos são a promoção, elevação e fortalecimento da representatividade negra no campo artístico, assim como o reconhecimento e a valorização do património imaterial da população negra em Portugal.
O nosso foco principal é contribuir para a elaboração de políticas de reparação e medidas de ação afirmativa no setor cultural, em articulação com artistas, movimentos sociais, entidades públicas e privadas. Cabe-nos também produzir dados e ferramentas que evidenciem as desigualdades raciais, através de um auto-mapeamento ao nível nacional.

Somos uma equipa diversificada composta por 35 pessoas que desenvolvem o seu trabalho no setor cultural em vertentes artísticas abrangentes, enquanto artistas, mas também nas áreas da gestão cultural, agenciamento, curadoria, programação, investigação e arte-educação.

O nosso trabalho já começa a dar frutos, e este é um momento de importante celebração para o setor artístico e a sociedade civil, pois a ponte de diálogo estabelecida entre a União Negra das Artes e a Direção Geral das Artes, resultou na adição de um novo subcritério de apreciação no Programa de Apoio a Projetos 2021, que valoriza a inclusão de elementos que representem a diversidade étnico-racial, designadamente de afrodescendentes.

ARTE, UNIDADE E LUTA!

UNA - União Negra das Artes

www.uniaonegradasartes.pt

geral@uniaonegradasartes.pt

comunicacao@uniaonegradasartes

02.08.2021 | by Alícia Gaspar | arte, cultura, DGA, multiculturalidade, negritude, Portugal, união negra das artes

VI FESTIVAL DE POESIA DE LISBOA - 12 a 18 de setembro

Acontece em setembro a 6a edição do Festival de Poesia de Lisboa com participação do autor moçambicano Mia Couto.

O tema do VI FPL, que acontece de 12 a 18 de setembro de maneira virtual, é Terra: uma poética de nós, com o objetivo de amarrar as narrativas que estão pelos territórios da língua portuguesa. 

Poetas de 6 países diferentes participam desta edição. Entre os destaques, além do homenageado Mia Couto, estão nomes como Boaventura de Sousa Santos, Heloísa Buarque de Hollanda, Luz Ribeiro, Ondjaki, Fado Bicha, TRANSarau e Judite Canha Fernandes. Serão 9 mesas, 6 saraus, 3 oficinas e 3 espetáculos poéticos, além da Cerimônia de Premiação, que contemplará o primeiro lugar com o Troféu de participação, certificado e publicação de um livro de poesias com lançamento na Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP de 2022).

A programação é aberta ao público geral através das redes sociais do Festival.  As inscrições, que encerraram em maio, oferecem aos poetas inscritos acesso às três oficinas de criação literária, um espetáculo poético exclusivo, participação no concurso de poesias, publicação do poema na antologia Terra: uma poética de nós e ainda três exemplares do livro. 

A sexta edição do FPL tem apoio do Instituto Camões, do Espaço Espelho D’Água, do Museu da Língua Portuguesa e da Associação ILGA de Portugal.

Sobre o Festival 

O Festival de Poesia de Lisboa é uma iniciativa sem fins lucrativos criada em 2016, que tem como principal objetivo a valorização da Língua Portuguesa e o incentivo à leitura. Ao longo dos últimos anos, ele tem fomentado a democratização da palavra através da participação de poetas lusófonos de diversas idades, classes, géneros e raças. 

É um Festival aberto ao público e a todas as nacionalidades, mas apenas pessoas que tenham a língua portuguesa como língua materna podem participar da antologia comemorativa e concorrer aos prémios nos termos e condições estabelecidos no regulamento.

Idealizado por Jannini Rosa e Carla De Sà Morais, o FPL tem apoio institucional do Instituto Camões desde 2018.

Sobre o curador

João Innecco é poeta, curador e educador em prisões. Editor da Antologia Trans (Invisíveis Produções, 2017), organizador do livro Sarau Asas Abertas : Penitenciária Feminina da Capital (Tietê, 2019) e autor das publicações artesanais Fumaça (2017), Tinto (2018), Solo (2019) e Baby (2019). Integra o TRANSarau, que recebeu o Prêmio Mix Brasil 2018, e foi um dos poetas do Sarau Asas Abertas, sarau indicado ao Prêmio Jabuti 2020. Participa como educador do Entre Versos e Vigas, laboratório de comunicação com LGBTs encarcerados no CDP III de Pinheiros.

29.07.2021 | by Alícia Gaspar | festival de poesia, lisboa, lusofonia, Mia Couto, poesia

Temos de Falar, à conversa com Gisela Casimiro

Já está online a primeira sessão da rubrica mensal do BUALA Temos de Falar, no Lugar da Cultura (CML)/ Livraria Barata, com Gisela Casimiro a moderar, o filósofo André Barata e o advogado Francisco Teixeira da Mota sobre “A era digital e o desligamento do mundo”

Vale muito a pena ouvir: 

22.07.2021 | by Alícia Gaspar | a era digital e o desligamento do mundo, André barata, buala, francisco Teixeira da mota, livraria barata

Augusta Conchiglia - exposição de fotografia no Museu do Aljube

Inauguração dia 22 de julho às 12h. Entrada livre.

 

22.07.2021 | by Alícia Gaspar | angola, Augusta Conchiglia, exposição de fotografia, fotografria

Lançamento do Livro "Latinamerica 2020", de Gabriela Noujaim

LATINAMERICA 2020

Lançado nesta quarta-feira (14), o livro-experiência “Latinamerica 2020”, de Gabriela Noujaim, é composto por serigrafias em diversos suportes.

A partir desta quarta-feira (14), a Simone Cadinelli Arte Contemporânea apresenta o livro de artista “Latinamerica 2020”, idealizado e produzido durante a pandemia pela artista Gabriela Noujaim, o livro-experiência é composto por serigrafias em diversos suportes – com imagens visíveis e “ocultas”, em tinta ultravioleta e só reveladas com luz negra –, um vídeo (em pendrive) e textos realizados por mulheres que relataram suas experiências durante o período da pandemia em 2020.

Gabriela Noujaim criou a série de serigrafias com o mapa da América Latina sobre máscaras cirúrgicas – “Cov19 Latinamerica” – que foram enviadas para profissionais da saúde e para mulheres de diversas regiões e áreas de atuação. Como parte do trabalho, as mulheres, em seu ambiente de trabalho, faziam selfies com a máscara, e enviavam a foto para a artista. Seus retratos integram o vídeo, e ilustram sete relatos, sobre suas experiências durante a pandemia. A serigrafia “Mulheres Latinamerica 2020” é feita sobre espelho, permitindo uma dupla imagem ao ser vista: a criada pela artista, e o rosto do espectador.

Nesses tempos de reinvenções diárias, no sentido de reexistir, Gabriela Noujaim cria formas inusitadas de questionar o estabelecido, abrindo diálogos para uma interação. Uma performance do objeto-máscara no campo das experimentações com o outro, que passa a ser de alguma forma parte da obra da artista no ato de vestir a máscara registrado pelos destinatários, nos apresenta estratégias de coletividades humanas e enfatiza um estado de atenção para as questões sociais e humanitárias.

“Latinamerica 2020” está exposto em um espaço dedicado à artista dentro da exposição “Modo Contínuo”.

A visitação se dará por agendamento prévio. As obras, com suas informações específicas, poderão ser vistas também no site da galeria: https://www.simonecadinelli.com.

“MODO CONTÍNUO”

Simone Cadinelli Arte Contemporânea

Artistas: Claudio Tobinaga, Gabriela Noujaim, Isabela Sá Roriz, Jeane Terra, Jimson Vilela, Leandra Espírito Santo, Pedro Carneiro, PV Dias, Roberta Carvalho e Virgínia Di Lauro.

Período de exposição: 23 de junho a 27 de agosto de 2021, sob agendamento prévio.

De segunda a sexta, das 13h às 18h.

Agendamento: +55 21 3496-6821 | +55 21 99842-1323 (WhatsApp).

Entrada gratuita.

15.07.2021 | by Alícia Gaspar | gabriela noujaim, latinamerica 2020, livro-experiência, pandemia

Plataforma Buala | Estudo das formas digitais do debate cultural pós-colonial

A Alícia Gaspar está a concluir o Mestrado em Comunicação, Cultura e Tecnologias da Informação, e selecionou o BUALA para estudar as formas digitais do debate cultural pós-colonial.

Assim, ela pede 2 minutos do vosso tempo para responderem a este mini-inquérito:

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfwUzK3Mxwj2FK6tNnyMdF-rStj37GM...

A pertinência deste estudo reside no facto de o BUALA ser um portal online que se insere nas novas formas de promoção de debate cultural no campo digital, concebido para promover, divulgar e partilhar artigos sobre o pós-colonialismo dando prioridade à lusofonia, reunindo contributos de vários autores e estudiosos de todo o mundo, e reconhecido pela abordagem de temas pouco investigados nos media tradicionais.

13.07.2021 | by Alícia Gaspar | buala, cultura, inquérito, lusofonia, Portugal, pós-colonialismo

Julho no Padrão dos Descobrimentos

“No Padrão dos Descobrimentos há fotografias para debater impérios e colonialismo”—Vasco Rosa, Observador

A fotografia foi um elemento fundamental da história do moderno colonialismo português. Sem ela, a idealização e o conhecimento sobre os territórios coloniais, seus recursos e populações, teriam sido diferentes. Visões do Império, com curadoria de Joana Pontes e Miguel Bandeira Jerónimo, dá-nos um vislumbre dos contextos de produção e dos usos da fotografia, relacionando-os com alguns dos eventos e processos mais relevantes da história do império colonial português.

25 julho, 11 horas - Visita Conversada com Joana Pontes e Miguel Bandeira Jerónimo

O que aconteceu a Belém depois da Exposição do Mundo Português? 
Este é mote para o próximo passeio Lembrar Belém, dia 18 de julho, às 10h30, uma das muitas atividades propostas pela equipa de Serviço Educativo, entre oficinas para os mais novos, passeios em família e visitas guiadas. Mais informações através do email se@padraodosdescobrimentos.pt

No passado dia 10 de junho, apresentamos em parceria com o Instituto de História Contemporânea da NOVA-FCSH o Prémio Amílcar Cabral, destinado a promover a investigação científica sobre as resistências anticoloniais. O prémio consiste numa bolsa atribuída anualmente a um/a investigador/a recém-doutorado/a numa universidade estrangeira ou nacional. As candidaturas estão a decorrer até ao dia 1 de outubro. 

13.07.2021 | by Alícia Gaspar | Belém, colonialismo, exposição, Padrão dos Descobrimentos, prémio Amilcar Cabral, visões do império

JORNADA com Suzanne Daveau, Duarte Belo e Luísa Homem

Atlas Suzanne Daveau

EXPOSIÇÃO | 16 abr. - 30 jul. ‘2 | Sala de Exposições Piso 2 | Entrada livre

exposição Atlas Suzanne Daveau na Biblioteca Nacional de Portugal, continua patente até ao final do mês, dia 30 de julho.
filme SUZANNE DAVEAU, realizado por Luísa Homem, será exibido no Cinema Nimas no dia 14 de julho, seguido de uma conversa com a realizadora.

“As fotografias de Suzanne Daveau registaram o tempo longo das sociedades rurais ocidentais ou tribais de África, as paisagens quase intocadas pela mão humana, mas também o enunciar de um mundo em progressiva mudança. O Atlas Suzanne Daveau é este percurso por um singular universo fotográfico que procurou uma ideia de verdade. Este é o retrato, o mapa, a geografia de uma mulher incansável que procurou conhecer e transmitir a sabedoria humana que se revela da terra. Talvez o que essa busca hoje nos devolva seja a inquietação do tempo presente. As suas fotografias dizem-nos, também, que o conhecimento é a melhor ferramenta que temos para lidar com um mundo aberto e em mudança permanente.

Esta abordagem ao universo fotográfico de Suzanne Daveau constitui uma interpretação concreta das imagens com que nos deparámos. Este não é um trabalho definitivo, na medida em que muitas outras leituras poderão ser feitas por outras pessoas. Este trabalho não tem um carácter monográfico. Foi nosso desejo construir um objeto de comunicação que, de algum modo, consiga transmitir a força das imagens e ao mesmo tempo fazer uma ponte com a contemporaneidade, com alguns dos problemas com que a humanidade hoje se depara, nomeadamente aqueles que se prendem com a terra que nos acolhe.

A exposição organiza-se em quatro grandes áreas temáticas: RuralHumanidadeCidade; e NaturezaEstes são os elementos que, diríamos, emanam da representação que Suzanne Daveau procurou com as suas fotografias. Na referência ao carácter científico das suas imagens, adicionámos as fichas que se encontram em arquivo no Centro de Estudos Geográficos, no núcleo Processo. Um sexto grupo de imagens, Tempo, é constituído por fotografias do seu avô, Léon Robert.

Considerámos ainda dois grupos de imagens que, de algum modo, são unidades «flutuantes» nesta exposição, estabelecendo relações de descontinuidade com os grupos anteriormente referidos. Há um conjunto de imagens em que estão representadas pessoas, quase sempre isoladas, que contemplam a paisagem. Nessas diferentes pessoas quase que podemos ver Suzanne Daveau a ler, perscrutar, a interpretar as paisagens. Um último conjunto de fotografias é definido por imagens que tivemos dificuldade em ligar a qualquer uma das categorias anteriormente apresentadas. São imagens, por vezes, enigmáticas e inquietantes. São descontinuidades no seu trabalho que abrem portas para outras leituras, à margem de um pensamento geográfico.” — Duarte Belo / Madalena Vidigal

*Suzanne Daveau, hoje com 96 anos, começou pelo ensino secundário, mas seria quase toda a vida Professora Universitária em Besançon, Dakar, Reims e Lisboa. Investigou em temas variados como Geomorfologia e Climatologia, Geografia Histórica e Regional, História da Geografia e Cartografia. A partir de 1965 colaborou estreitamente com Orlando Ribeiro (1911-1997). Entre as suas obras destacam-se Les Régions Frontalières de la Montagne Jurassienne (tese de doutoramento, 1959), O Ambiente Geográfico Natural (1970, 5ª ed., 2019), La Zone Intertropicale Humide (com O. Ribeiro, 1973), Distribuição e Ritmo de Precipitação em Portugal (1977), Portugal, o Sabor da Terra (com J. Mattoso e D. Belo, 1998, 2ª ed., 2010) e Um Antigo Mapa Corográfico de Portugal (2010).

10.07.2021 | by Alícia Gaspar | cinemas nimas, convite, doc's Kingdom, Duarte Belo, jornada, Luísa Homem, Suzanne Daveau

Uma jornada com António Ole, por Ana Balona de Oliveira e Isabel Carlos

No domingo, 11 de julho, o Doc’s Kingdom convida para uma jornada na Casa da Cerca, com António Ole, Ana Balona de Oliveira e Isabel Carlos.

10.07.2021 | by Alícia Gaspar | Ana balona de oliveira, António Ole, casa da cerca, convite, doc's Kingdom, Isabel Carlos

Festival do Conhecimento UFRJ - Futuros Possíveis

Bate papo com Michelle Sales, Elisa de Magalhães, Marta Lança e Mariah Rafaela Silva que tem como interesse refletir sobre a descolonização como agenda política no campo da arte. Iremos debater o tema a partir do questionamento da função social do museu como imaginário do aparato colonial e seus desdobramentos no campo simbólico e de formação de memórias coletivas e individuais. Além disso, abordaremos a questão das coleções e dos arquivos nas instituições de arte, pensando os modos de circulação, legitimação e preservação das obras, bem como a problemática em torno das restituições. Ademais, no caso do Brasil, discutiremos as curadorias, editais, espaços de visibilidade e circulação para a arte contemporânea, abordando as relações étnico-raciais e de gênero e de sexualidade.

dia 12 de julho 11h30 - 13h30 

+ infos 

08.07.2021 | by martalanca | campo da arte, descolonizar, Festival do Conhecimento

'Pele Escura': "um problema que estamos com ele"

Uma cena de 'Pele Escura', de Graça Castanheira ©Maria AbranchesUma cena de 'Pele Escura', de Graça Castanheira ©Maria Abranches

Esta narrativa coloca um problema principal: o de saber como é que um grupo com origens africanas – que vive na periferia de uma cidade, sofre o estigma da discriminação racial e social e ao qual se pretende dar voz – se relaciona com o centro, sobretudo com as suas instituições culturais.O breve documentário de Graça Castanheira conta a história da visita de um pequeno grupo de pele escura que mora na Trafaria, ao Centro Cultural de Belém. Ironicamente e como se se tratasse de um espelho, a visita tinha por fim fazer com que o grupo assistisse ao próprio documentário acerca dessa mesma visita. Esta narrativa coloca um problema principal: o de saber como é que um grupo com origens africanas – que vive na periferia de uma cidade, sofre o estigma da discriminação racial e social e ao qual se pretende dar voz – se relaciona com o centro, sobretudo com as suas instituições culturais. 

Trata-se de uma relação ou de um conjunto de relações que se encaixam, em parte, numa ideia bastante essencializada do contacto de culturas. Resta saber qual a margem que o próprio documentário cria para conceber relações que escapem ao previsível, sobretudo, a representações geradoras de tantos estereótipos. (…)

Diogo Ramada Curto sobre o filme Pele Escura, de Graça Castanheira. Continue a ler a crónica no jornal Contacto.

07.07.2021 | by martalanca | centro, filme, Graça Castanheira, lisboa, Paulo Pascoal, periferia, racismo

Convite | Roteiro Histórico de uma Lisboa Africana Séculos XV-XXI

Sinopse

Lisboa, cidade de tantos vales e colinas quantos os mitos que envolvem a sua história e as populações que a inventaram, estende-se ao longo do Tejo, no lugar onde o rio termina o seu percurso por terras ibéricas e mergulha no oceano Atlântico. Lisboa nasceu na colina do Castelo de São Jorge, onde um povoado da Idade do Bronze deixou os seus vestígios, que cruzaram com muitas outras marcas gravadas por gregos, fenícios, lusitanos, romanos, visigodos, árabes, judeus e cristãos. Um longo caminho de gentes e de culturas, de estórias e de lendas, de deuses e de heróis que, como Ulisses o fundador mítico da cidade – Olisipo – que lhe deve o nome, construíram e reconstruiram este espaço urbano.

Autora

ISABEL CASTRO HENRIQUES nasceu em Lisboa em 1946, tendo-se licenciado em História em 1974, na Universidade de Paris I – Panthéon-Sorbonne. Em 1993, doutorou-se em História de África na mesma universidade francesa, com uma tese consagrada ao estudo da Angola oitocentista, numa perspectiva de longa duração. Professora Associada com Agregação do Departamento de História da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, introduziu os estudos de História de África em 1974, orientou teses de mestrado e doutoramento e ensinou durante quase 40 anos História de África, História do Colonialismo e História das Relações Afro-Portuguesas, desenvolvendo hoje a sua investigação histórica sobre África e sobre os Africanos no CEsA/ISEG-Universidade de Lisboa.

Além de trabalhos científicos de natureza diversa, como projectos de investigação, programas museológicos, exposições, documentos fílmicos, colóquios e congressos, seminários, conferências, publicou dezenas de artigos e livros centrados nas temáticas históricas africanas.

Livro

06.07.2021 | by Alícia Gaspar | convite, Lisboa africana, palácio pimenta, roteiro, roteiro histórico

Ângela Ferreira, structures et gestes — Indépendance Cha Cha & #BucketsystemMustFall

Exhibition from 04 July 2021 to 25 September 2021

#BucketsystemMustFall - Centre d’art Ygrec-ENSAPC, Aubervilliers (93)

-Opening on Saturday 03 July from 2.30 pm to 7 pm

-Open from Wednesday to Saturday from 1pm to 7pm 

Indépendance Cha Cha  - Centre d’art de l’Abbaye de Maubuisson, Saint Ouen-L’Aumône (95)

-Opening on Sunday 04 July from 2.30 pm to 6.15 pm 

-Booking mandatory - 01.34.33.85.00 

Open each day except for Tuesday from 1pm to 6.15pm Wednesday 9.30am - 11.45am and 1pm - 6.15pm


From July 4 to September 25, 2021, the exhibition  Ângela Ferreira, structures and gestures - Independence Cha Cha & #BucketsystemMustFall unfolds on two sites: the art center of the Abbaye de Maubuisson, located in Saint Ouen-L’Aumône (95) and Ygrec-ENSAPC, art center of the Ecole nationale supérieure d’arts Paris-Cergy located in Aubervilliers (93).  Ângela Ferreira proposes two distinct installations in relation to the two specific contexts: on the one hand the architectural heritage of the abbey’s gardens, and on the other hand the urban density and the history of migration in Aubervilliers.

In the barn of the Maubuisson Abbey Art Center,  Ângela Ferreira presents Independence Cha Cha, an installation composed notably of a large-scale wooden sculpture. Inspired by her participation in the Lubumbashi Biennial (Democratic Republic of Congo) in 2013, the sculpture borrows its modernist form from that of the façade of a service station located in the center of Lubumbashi created by the Belgian architect Claude Strebelle in the late 1950s. This sculpture serves as a support for the projection of two videos. The first documents a performance organized by the artist during the Lubumbashi Biennale, in which two singers sing the song «Je vais entrer dans la mine» (I’m going to enter the mine). In the second, which gives its title to the work, the musical group of the Hôtel du Parc of Lubumbashi interprets «Independence Cha Cha», an emblematic hymn of the African Francophone independence movement. Interacting with the sculpture is a series of collages that include photographs and various documents related to the events presented in the videos.

At Ygrec-ENSAPC,  Ângela Ferreira proposes a new installation specially designed for the art center. Entitled #BucketsystemMustFall, it refers to the South African student protest movement #RhodesMustFall, initially directed against the memorial statue of Cecil John Rhodes (British colonialist, 1853-1902), a symbol of the persistence of institutional racism within the University of Cape Town. On March 9, 2015, in order to call for its removal, activist Chumani Maxwele grabbed a bucket of excrement and dumped it on the statue. This highly publicized gesture led to the removal of the statue and initiated a strong mobilization across South Africa advocating for the decolonization of education and universities. By bringing together the images of the fallen statue with precarious latrines, Ferreira articulates the ideas of debunking, political activism with the symbolism of the “bucket system toilet”, a blatant revelation of social inequalities and segregation. Finally, “and by implication only, it points to the question and meaning of using human feces as a tool for political statement. An image which seems to have become central to South African urban problems.”

From facades to monuments,  Ângela Ferreira’s double exhibition bears witness to her interest in architecture and the investigative work that the artist carries out to make visible the political agendas and ideologies that constructions - in all their forms - convey. Combining research and artistic experimentation, her works - be they sculptural, video or photographic - explore the survivals and ghosts of colonialism and post-colonialism in contemporary society. They contribute to uncovering unofficial memories and narratives and the insidious mechanisms of oppression, while problematizing the revolutionary utopias of the euphoric period surrounding African independence movements and nation building.

In order to share the artistic and social interrogations inherent to  Ângela Ferreira’s work beyond the two exhibition sites, a series of discussions and a seminar will be organized with the Théâtre de La Commune d’Aubervilliers in the fall of 2021, inviting students, researchers and associations. 

Curated by: Corinne Diserens, Marie Menèstrier et Guillaume Breton

*Ângela Ferreira 

Originally from Mozambique, where she was born in 1958, Ângela Ferreira grew up in South Africa where she received her MFA at the Michaelis School of Fine Art at the University of Cape Town. She lives and works in Portugal and teaches at the University of Lisbon where she completed a PhD in 2016. 

Her work has been presented in Portugal, Africa and internationally in solo exhibitions which include: A Spontaneous Tour of Some Monuments of African Architecture, Hangar, Lisbon (2021); Talk Tower for Forough Farrokhzad, Tensta Konsthall, Stockholm (2021); 1 Million Roses for Angela Davis, Staatliche Kunstsammlungen, Dresden (2020); Dalaba: Sol d’Exil, Fidelidade Arte, Lisbon (2019); Pan African Unity Mural, MAAT – Museu Arte Arquitetura Tecnologia, Lisbon, (2018); Boca, Centre Régional de la Photographie, Douchy-les-Mines (2016); Wattle and Daub, Old School, Lisbon (2016); Hollows Tunnels, Cavities and more…, Filomena Soares Gallery, Lisbon (2015); A Tendency to Forget, Museu Berardo, Lisbon (2015); Messy Colonialism, Wild Decolonization, Zona MACO SUR, Mexico (2015); Revolutionary Traces, Stroom, Den Haag (2014); SAAL Brigades, Museu de Serralves, Oporto (2014); Independance Cha Cha, Galeria do Parque, Vila Nova da Barquinha (2014); Political Cameras (from Mozambique series), Stills, Edinburgh (2012); For Mozambique, Michael Stevenson Gallery, Cape Town (2008); Hard Rain Show, Berardo Museum, Centro Cultural de Belém, Lisbon and La Criée art center, Rennes (2008)… 

She has participated in numerous group exhibitions as well as several international biennials such as the 3rd Lubumbashi Biennial (2013), the 28th São Paulo Biennial (2008)  the 52nd Venice Biennial (2007).

02.07.2021 | by Alícia Gaspar | #bucketsystemmustfall, ângela ferreira, Art, exhibition, indépendance cha cha, South Africa

Álbuns de Guerra

SALA DO REPOSITÓRIO | Domingo 4 JULHO, 11H00 E 15H00


“Álbuns de Guerra” é uma criação artística sobre a Guerra Colonial, a partir das imagens e memórias partilhadas por mulheres da zona do Vale do Ave que, ao longo dos 24 meses de serviço militar dos então namorados, noivos ou maridos, materializaram a sua relação amorosa trocando fotografias, aerogramas e cartas. Combinando o carácter ficcional e documental do testemunho, com a presença material da correspondência guardada, estas mulheres são convidadas a reinterpretar as suas memórias e narrativas da Guerra Colonial, imaginando outras histórias, para além daquela que viveram. Mais do que o homem que foi para a guerra, interessa a mulher que ficou à espera e cujos amores de juventude são o fio condutor para uma outra história, mais privada e sensível, sobre este conflito global.

Um projeto de Catarina Laranjeiro e Tânia Dinis

Imagens e Interpretação Catarina Laranjeiro e Tânia Dinis a partir das memórias de um grupo de mulheres da zona do Vale do Ave

Espaço Sonoro Rui Lima

Coprodução Teatro Oficina e Associação Cultural Tenda de Saias

Apoio Fundação Calouste Gulbenkian

29.06.2021 | by Alícia Gaspar | álbuns de guerra, exposição, fotografia, guerra colonial, memórias