Terceira Metade: Manuel Caeiro, Tatiana Blass, Yonamine no MAM Rio de Janeiro
Terceira Metade inaugura dia 17 Fev. Exposição, seminário internacional, mostra de cinema, livro e site celebram as “três margens” de Brasil, África e Europa.
Curadoria: Luis Camillo Osorio e Marta Mestre
O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro apresenta, com a co-realização do MinC/Programa Brasil Arte Contemporânea, a programação Terceira Metade, com curadoria de Luiz Camillo Osorio e Marta Mestre, que inclui exposições, seminário, mostra de cinema, lançamento de livro e site. Terceira Metade é uma programação do Museu de Arte Moderna que “se desenha no espaço geográfico e mental do Atlântico, em especial na triangulação Brasil, África e Europa”, explicam os curadores. “A partir dessa programação, iremos dar atenção às mudanças culturais que acontecem no mundo contemporâneo, em especial entre as três margens deste eixo geográfico”.
Os artistas contemporâneos Tatiana Blass (São Paulo, Brasil, 1979), Manuel Caeiro (Portugal, 1975) e Yonamine (Angola, 1975) farão uma exposição conjunta, que criará “um diálogo a três, que pretende pensar a singularidade das imagens e das práticas artísticas”, dizem os curadores Luiz Camillo Osorio e Marta Mestre. Com trajetórias diferentes e utilizando diversos suportes em seus trabalhos, como pintura, instalação e vídeo, os artistas produzirão obras especialmente para esta exposição, articulando suas produções com a arquitetura do museu.
A artista paulistana Tatiana Blass apresentará pinturas e desenhos da série “Museu do meu cansaço”, de 2010, realizadas a partir da memória da artista e de registros fotográficos do espaço do MAM. “Nesses trabalhos, a espacialidade é povoada por figuras humanas, animais e objetos em contínuo aparecimento e desaparecimento”, explicam os curadores.
O artista português Manuel Caeiro explora a volumetria na tela, seguindo um princípio construtivista que investiga as relações entre o desenho, a pintura e a arquitetura. O artista também mostrará duas esculturas de grande porte, feitas em alumínio, tinta acrílica, fios elétricos e néon. “As esculturas dão continuidade ao seu pensamento plástico e reforçam a materialidade da sua pintura”, ressaltam os curadores.
A partir de uma experiência vivenciada na Colômbia, o artista angolano Yonamine apresentará no MAM instalações que buscam refletir sobre o narcotráfico e os trânsitos das redes sociais e políticas dessa economia. “O que podemos perceber no seu trabalho é a iconografia gerada por este sistema, a sua visibilidade, mas também as suas formas de ocultação”, afirmam os curadores.
Toda a programação e informações estarão disponíveis no site a partir de 17 de fevereiro próximo.