Equatorial Guinea: Artist Freed from Prison

Officer Admits Superiors Ordered Dubious Charges

 Ramón Esono Ebalé Ramón Esono EbaléAn Equatorial Guinean court on March 7, 2018 released an artist imprisoned on dubious charges for nearly six months, 18 human rights groups said today. The prosecution dropped all charges against Ramón Esono Ebalé, a cartoonist whose work is often critical of the government, at his February 27 trial after the police officer who had accused him of counterfeiting $1,800 of local currency admitted making the accusation based on orders from his superiors.  

“It is a huge relief that the prosecution dropped its charges against Ramon, but they should never have been pressed in the first place,” said Salil Tripathi, chair of PEN International’s Writers-in-Prison Committee. “We urge the authorities to guarantee his safe return to his family, allow him to continue creating his hard-hitting cartoons, and ensure that Equatorial Guinea respects the right to freedom of expression.”

The global #FreeNseRamon coalition, consisting of hundreds of artists, activists, and organizations devoted to protecting artistic freedom, freedom of expression and other human rights, carried out a campaign to direct international attention to his situation.

“Ramon’s release from prison is a testament of the power of collective work of hundreds of artists, concerned citizens, and NGOs,” said Tutu Alicante, director of EG Justice, which promotes human rights in Equatorial Guinea. “But we must not forget that dozens of government opponents who are not as fortunate fill Equatorial Guinea’s jails; thus, the fight against human rights violations and impunity must continue.”

Esono Ebalé, who lives outside of his native Equatorial Guinea, was arrested on September 16, 2017, while visiting the country to request a new passport. Police interrogated him about drawings critical of the government, said two Spanish friends who were arrested and interrogated alongside him and were later released.

But a news report broadcast on a government-owned television channel a few days after the arrest claimed that police had found 1 million Central African francs in the car Esono Ebalé was driving. On December 7, he was formally accused of counterfeiting. The charge sheet alleged that a police officer, acting on a tip, had asked him to exchange large bills and received counterfeit notes in return.  

“Equatorial Guinea’s government has a long record of harassing and persecuting its critics,” said Mausi Segun, Africa director at Human Rights Watch. “Ramon’s release is an important victory against repression.”

At the trial on February 27 in Malabo, Equatorial Guinea’s capital, it became clear that the police officer who had made the accusations had no personal knowledge of Esono Ebalé’s involvement in the alleged crime, according to his lawyer and another person present at the trial. After offering details that conflicted with the official account, the officer admitted that he had acted on orders of his superiors, they said. The prosecution then withdrew the charges.

“We are delighted that Ramón was acquitted and is finally free,” said Angela Quintal,Africa Program Coordinator, Committee to Protect Journalists. “The fact that the state’s main witness recanted, underscores the point that authorities manufactured the charges in the first place. Ramon should never have spent a single day behind bars and we trust that he will not be subjected to any further reprisal.” 

“Now that Ramon has been released, the authorities must launch a thorough and effective investigation into whether the charges against him were fabricated, and ensure that the criminal justice system is no longer misused to target and harass human rights defenders,” said Marta Colomer, Amnesty International’s Campaigner on Equatorial Guinea.

07.03.2018 | par martalanca | Equatorial Guinea, Ramón Esono Ebalé

LIMPAR SANTANA, Quilombo de Santana - campanha

O projecto LIMPAR SANTANA consiste na construção de um sistema de saneamento básico sustentável que garantirá a limpeza das linhas de água do Quilombo de Santana para melhorar o actual nível da qualidade de água de consumo da totalidade das suas habitações.

Avaliada a situação topográfica, geotécnica e geográfica existente, propõe-se utilizar bacias evapotranspiradoras, sistema que permite o tratamento de efluentes através de um filtro natural e da evaporação pela folha de bananeiras; e sistemas de caixas de água biodigestoras que transformam as águas num resíduo utilizável para a agricultura.

Abrir-se-á, ainda, a possibilidade de construção posterior de uma cozinha comunitária certificada, que permitirá introduzir a actual produção alimentar quilombola no circuito de mercado da região, feiras e mercados populares.

O projectos LIMPAR SANTANA é essencial para o desenvolvimento local do quilombo e terá influência directa tanto na qualidade de vida da população, como no fortalecimento da economia local.

SOBRE O PROMOTOR

A associação de moradores do Quilombo de Santana representa a sua população, interna e externamente, e é constituída na sua totalidade por moradores da comunidade.

No ano de 2016, através da participação directa de dois cidadãos próximos em algumas acções da comunidade, Nuno Flores e Thiago Coqueiro, iniciou trabalhos de reabilitação do sistema de saneamento básico de uma casa da comunidade.

Desta acção surgiu uma parceria com a associação de moradores que consiste na construção de um sistema de saneamento básico sustentável que garantirá a limpeza das linhas de água do Quilombo de Santana e, consequentemente, melhorar o actual nível da qualidade de água de consumo da totalidade das habitações.

No caso de não se atingir o objectivo de 7500€, o montante doado incodicionalmente servirá para melhorar a rede de saneamento existente através do mesmo processo, após reavaliação e redesenho dos objectivos do projecto em função do orçamento disponivel.

ORÇAMENTO E PRAZOS

Prazo: 365 dias

Orçamentos:  5354.25 € - construção de sistema de sanemaneto - fossas

1500€ - logística

 

07.03.2018 | par martalanca | Brasil, Limpar Santana, quilombos

Amílcar Cabral: O “Combatente Anónimo” pelos Direitos Fundamentais da Humanidade

Conferência Internacional, Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa, Salas Multiusos 3 e 2, Edifício I&D, Piso 4, 1, 2 e 3 de março de 2018

PROGRAMA

1 de MARÇO

9:00h-9:30h – Sessão de abertura

9:30h-10:15h – Conferência inaugural

Julião Soares Sousa – Universidade de Coimbra; Universidade Nova de Lisboa

Amílcar Cabral, a “Justum Bellum” e o Direito (Jus) dos Povos Oprimidos à Solidariedade e à Felicidade

10:15h-10:30h – Coffee break

10:30h-11:30h – Painel I

Helena Wakim Moreno – Universidade de São Paulo

Amílcar Cabral na Casa dos Estudantes do Império: Circulação de Ideias, Atividade Política e Produção Literária

Luciana Bastos – Universidade de Lisboa

Entre Vários Fogos: O Lugar da Ideologia Marxista no Discurso de Amílcar Cabral

11:30h-12:30h – Painel II

Aharon Grassi – University of California

Amílcar Cabral as an Early Engaged Political Ecologist: Relational Studies of Lusophone Land, Production and Capital Circulation, 1948-61

Maria-Benedita Basto – Institut des Mondes Africains

(Título a definir)

12:30h-14:00h – Almoço livre

14:00h-15:00h – Painel III

Suzana Martins – Universidade de Coimbra; Universidade Nova de Lisboa; Escola Superior de Educação de Lisboa 

Amílcar Cabral e a Construção da Unidade Contra o Colonialismo Português

Artemisa Monteiro e Basualdo Gomes – Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira

Processo de Mobilização para Adesão à Luta Armada do PAIGC 

15:00h-16:00h – Painel IV

Branwen Gruffydd Jones – Cardiff University

The Weapon of Culture: Anticolonial Thought and Practice from Paris and Dakar to Havana and Algiers

Vincenzo Russo – Universidade de Milão

“A Resistência Continua!”: Amílcar Cabral e o Terceiro-Mundismo da Esquerda Italiana

16:00h-16:15h – Coffee break

16:15h-17:00h – Conferência final

Mamadou Kabirou Gano – Université Cheikh Anta Diop

Amílcar Cabral, Anthropologue de la Tension

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2 de MARÇO

 

 

9:00h-9:45h – Conferência de abertura

 

Mustafah Dhada – California State University

Amílcar Cabral as an Object of Academic Studies

 

9:45h-11:10hPainel V

 

Luís Carvalho – Universidade Nova de Lisboa

Sofia Pomba Guerra, Uma Mulher Portuguesa na Oposição ao Colonialismo e a Relação de Amílcar Cabral com o Movimento Operário Português 

 

João Manuel Neves – Université Sorbonne Nouvelle-Paris 3

Amílcar Cabral, o Homem: Um Testemunho de Tomás Medeiros 

 

José Augusto Pereira – Universidade Nova de Lisboa

Amílcar Cabral e a Luta de Libertação Nacional nas Ilhas de Cabo Verde na Encruzilhada da(s) Memória(s)

 

11:10h-11:30h – Coffee break

 

11:30h-12:50hPainel VI

 

Frank Gerits – Utrecht University; University of the Free State

Amílcar Cabral, the Diplomat and the PR Threat (1964-1974)

 

Marcos Cardão – Universidade de Lisboa

Amílcar Cabral, PAIGC e os Black Panthers. História de uma Ligação Imaginária

 

Leonor Pires Martins – Universidade Nova de Lisboa

As Pequenas Biografias de Cabral

 

12:50h-14:00h – Almoço livre

 

14:00h-15:20h Painel VII

 

Renata Flavia da Silva – Universidade Federal Fluminense

De Nunga a Himba: A Propósito do Homem Novo

 

Erica Bispo – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro

Cabral Vive: A Permanência do Discurso de Amílcar Cabral na Literatura da Guiné-Bissau

 

Jusciele Oliveira – Universidade do Algarve

”Nossa Inspiração Deve Vir dos Aspectos Positivos da Nossa Sociedade”: Discurso e Memória de Amílcar Cabral nas Representações Cinematográficas de Flora Gomes

 

15:20h-16:00h – Conferência final 

 

Natalia Telepneva – Warwick University

Amilcar Cabral and the Socialist Countries: New Findings 

 

16:00h-16:15h – Coffee break

 

16:15h-17:00h – Filme 

 

Apresentação: Rui Lopes – Universidade Nova de Lisboa

 

Labanta Negro (1966) – Pierro Nelli 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

3 de MARÇO

 

9:00h-9:45h – Conferência de abertura

 

Ângela Coutinho – Universidade Nova de Lisboa

Amílcar Cabral e a Participação de Mulheres no Movimento Independentista Liderado pelo PAIGC (1963-1973)

 

9:45h-10:45h – Painel VIII

 

Redy Lima – Universidade Nova de Lisboa; Universidade de Lisboa; Instituto Superior de Ciências Jurídicas e Sociais

Street Soldjas”: Uma (Re)Leitura do Pensamento de Cabral a Partir das Narrativas dos Jovens em Situação de Marginalidade em Cabo Verde

 

Davidson Gomes e Paulino Canto – Universidade de Cabo Verde

O Legado de Amílcar Cabral Reproduzido em Jovens Líderes Comunitários Cabo-Verdianos

 

10:45h-11:00h – Coffee break

 

11:00h-12:20h – Painel IX

 

Adilson Barbosa A. Neto – Universidade de Cabo Verde 

A Integração Económica dos Estados da África Ocidental na Perspetiva de Amílcar Cabral: O Exemplo da Unidade Guiné-Cabo Verde

 

Sílvia Roque – Universidade de Coimbra; ISCTE-Instituto Universtário de Lisboa 

Amílcar Cabral: Memórias Transgeracionais

 

Paulo Cunha e Catarina Laranjeiro – Universidade de Coimbra

Amílcar Cabral: Representações, Imagem e Memória no Cinema

 

12:20h-14:00h – Almoço livre

 

14:00h-14:30h Painel X

 

José Neves – Universidade Nova de Lisboa

Apresentação do Projecto “Amílcar Cabral, da História Política às Políticas da Memória”

 

14:30h-17:00hMesa Redonda: Fontes e Preservação da Memória de Amílcar Cabral

 

Moderador: António Leão Correia e Silva – Universidade de Cabo Verde

 

Pedro Verona Pires – Fundação Amílcar Cabral

Alfredo Caldeira

Centro de Investigação Para o Desenvolvimento Amílcar Cabral

Leopoldo Amado

21.02.2018 | par martalanca | Amílcar Cabral

Sacro Efabulações em torno de mapas intensivos - Sara Anjo

28 de Fevereiro a 4 de Março - Quarta a Domingo às 21.30

Sacro é uma peça que parte do encontro de cinco artistas num processo de efabulação em torno do mecanismo de caminhada. Com base em processos simbióticos de transformação e mutação, apresentam-se cinco danças que propõem mapear o papel do sacro nesse movimento. Este osso localizado no centro do corpo e com uma forma triangular invertida, funde cinco vértebras chamadas sagradas e une o cóccix, o vestígio de uma cauda animal, ao cérebro, um mapa intensivo.

Foto de Laís PereiraFoto de Laís Pereira

Coreografia Sara Anjo

Criação e interpretação Flora Detraz, Madalena Palmeirim e Sara Anjo

Sonoplastia Artur Pispalhas e Madalena Palmeirim

Música ao vivo Madalena Palmeirim

Desenho de Luz Artur Pispalhas

Cenário Daniel Melim

Figurinos Sara Anjo

Apoio dança e filosofia Ana Mira

Gestão e Consultoria ORGIA

Apoio à residência Devir-Capa, Espaço do Tempo, Fórum Dança, Largo das Residências

Apoio à criação Câmara Municipal de Lisboa, Instituto Camões, Grupo Dançando com a Diferença, Raiz di Polon

Co-produção Negócio-ZDB

Projecto financiado por República Portuguesa-Cultura/Direção-Geral das Artes

Classificação etária: Maiores de 6 anos

Duração: aproximadamente 1h

 

Sara Anjo (Funchal, 1982), trabalha na área da dança sobretudo como bailarina e coreógrafa, explorando práticas meditativas e extáticas, sendo a caminhada uma das principais. Questiona-se permanentemente acerca: do que nos move? Como nos movemos? e para onde nos movemos? Desenvolve ainda o seu trabalho através mapas e partituras que registam as múltiplas direcções e afectividades do corpo. Fez formação em dança pela Academia de Dança Contemporânea, Estudos Artísticos pela Faculdade de Letras e Arte Contemporânea na Universidade Católica de Lisboa. Concluiu em 2016 mestrado em coreografia pela DasGraduate School em Amesterdão. Anna Halprin, com quem estudou pontualmente em 2010 é uma das suas maiores referências artísticas.Desenvolveu o seu trabalho entre Lisboa, Berlim e Amesterdão. Desenvolveu Ninguém Sabia Contar Aquela História, um espectáculo sobre o feminino (BoxNova CCB 2011). Paisagens Líquidas, uma dança que viaja pelo Lavadouro Público de Carnide  (Teatro do Silêncio 2012). Em Forma de Árvore, um solo de dança extática (Negócio-ZDB 2016).  Participou no projecto Caminhada pela Fronteira Teatro do Silêncio (Teatro do Silêncio 2017). No último ano preparou esta nova peça no contexto do projecto Mapas Intensivos, com o qual ganhou a 1ª edição de Residências Artísticas em Cabo Verde, apoiada pela Câmara Municipal de Lisboa e o Instituto Camões.

 

Residência de 8 a 27 de Fevereiro de 2018

Apresentações de 28 de Fevereiro a 4 de Março

Entrada: 7,5€

Entrada estudante em grupo: 5€

reservas@zedosbois.org | Tel: 00351 21 343 02 05

 

19.02.2018 | par martalanca | dança, Mapas, Sacro, Sara Anjo

Que Ainda Alguém Nos Invente - Teatro Griot

Francisco VidalFrancisco VidalO espectáculo é um ritual que vacila entre o orgulho e o remorso. Entre o conflito e a confidência fundem-se os papéis de rainha e mulher. Deixa-se de se distinguir quem é quem na glória e na vaidade, pois o atrevimento também é próprio da conquista.Njinga Mbandi invoca os seus mortos numa conversa consigo mesma, fala do que foi e do que poderá nunca ter sido, não esgota o seu transe em estórias reféns do seu tempo. Resistindo sempre, dissimuladamente. Atormentando e perseguindo à vez ora homens ora vontades, as suas e as dos a si entregues, guerreiros, escravos e traidores. Filha, irmã e amante, Njinga terá tempo de contar a sua versão, escusando-se ao logro de um passado forjado, divinizado e imaculado no seu desígnio.

Texto dramático inédito Ricardo P. Silva - encenação Paula Diogo - coreografia Vânia Gala - actores Daniel Martinho, Gio Lourenço, Matamba Joaquim, Zia Soares - espaço cénico e figurinos Mariana Monteiro - materiais cénicos Francisco Vidal - luz Pedro Correia - música original DJ Marfox e DJ N.K. - desenho de som Chullage -assistência de encenação Carlos Alves - fotografia Sofia Berberan - produção executica Urshi Cardoso

Co-produção Teatro GRIOT e Teatro Municipal do Porto

2 Março, 21h30 - Conversa pós-espectáculo com Ana Paula Tavares (historiadora e poetisa)

3 Março,19h00

Teatro Campo Alegre

M/14

1h30 aprox. 

 

RESERVAS E INFORMAÇÕES 

Rua das Estrelas, 4150-762 Porto

Tel. 22 606 30 00 (Seg a Dom: 14h30 – 19h00; 19h30 – 22h30)

Email - bilheteira.tmp@cm-porto.pt

11.02.2018 | par martalanca | teatro griot

La Letteratura Portoghese. I testi e le idee

O projeto ERC MEMOIRS – Filhos de Império e Pós-memórias Europeias convida à apresentação da obra La Letteratura Portoghese. I testi e le idee, de Roberto Vecchi e Vincenzo Russo, irá decorrer no Auditório do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. (Rua Rodrigues Sampaio, 113), em Lisboa, no dia 9 de Fevereiro pelas 17h, e estará a cargo do Professor Eduardo Lourenço.

A obra é uma antologia crítica de textos literários e ensaísticos da literatura portuguesa desde as origens até a contemporaneidade. Os textos, em edição bilingue português e italiano, têm todos uma nova tradução italiana. O livro, através de uma nova estrutura crítica e conceptual  pretende fornecer ao leitor italiano – não só universitário mas também a todos os que estiverem interessados na cultura e na história de Portugal – as fontes primárias e os contextos indispensáveis para «pensar», e não só para ler, a literatura portuguesa. O volume promove uma reperiodização dos materiais literários que são lidos à luz da abertura histórica para os novos mundos que Portugal  – através da relação colonial – contribuiu para fundar.

Dividida em três grandes partes – 1. Desde a formação de Portugal ao Império (1139-1580); 2. O Império português e os seus simulacros: da Índia ao Brasil e retorno (1580-1851); 3. O «esplendor de Portugal» e o seu além: desde a crise da monarquia constitucionalista ao Portugal contemporâneo (1851 até hoje) – a antologia contém 180 textos da literatura e do pensamento portugueses.

04.02.2018 | par martalanca | literatura portuguesa

METABOLIC RIFTS II

METABOLIC RIFTS é uma série de eventos organizados por PROSPECTIONS for Art, Education and Knowledge Production, uma assembleia peripatética de investigação em artes visuais e performativas, mobilizada por Alexandra Balona e Sofia Lemos. Ao investigar as ruturas do metabolismo nos sistemas da Terra, ancoradas em torno da lógica da acumulação capitalista e do modo como o raciocínio neoliberal corrompe as suas operações básicas de renovação, a assembleia encoraja abordagens transversais a fenómenos planetários.

Posicionamentos modernos e contemporâneos inscrevem o sujeito num presente fracturado de gestão financeira e desordem climática à escala planetária — desde as suas raízes “iluministas” até futuras rotas de extinção. Na atual era global, as narrativas soberanas, a identidade nacional e a produção curatorial perpetuam relações insustentáveis que condicionam intenções e afectações, reificando simultaneamente a distinção entre sujeitos e objetos. Quais as cesuras e contradições óbvias que operam nestes limites narrativos? De que forma se podem abordar urgências contemporâneas e protocolos de representação cujo predicado é indiscernível?

Na segunda assembleia METABOLIC RIFTS - 17 de fevereiro, no Porto - interrogamos morfologias do conhecimento, sistemas de colonização epistémica e de governança capitalista, bem como as presentes condições de delimitação política e corporativa que condicionam práticas curatoriais contemporâneas. Muito embora os projetos curatoriais possam produzir grandes narrativas ao serviço de agendas políticas inequívocas, estes têm também a potencialidade de descompactar as complexidades intrínsecas às próprias formas narrativas. Nesta assembleia, propomos projetos que vão além do contexto ou a ilustração e, por sua vez, investigam uma noção da curadoria produtora e implicada na descolonização do conhecimento.

A primeira assembleia realizada em 14 de outubro de 2017 no Museu de Arte Contemporânea de Serralves convidou os seus participantes a descompactar assimetrias basilares em questões de direito de propriedade, direitos humanos, economia ambiental, bem como nos processos de singularidade e do comum, reunindo a dramaturga Ana Vujanovic, a académica de estudos legais Brenna Bhandar, a teórica cultural Ana Teixeira Pinto e a politóloga Nikita Dhawan, em articulação com a apresentação das performances PRIVATE: Wear a mask when you talk to me (2016) e Private Song (2017), em estreia nacional, da artista Alexandra Bachzetsis.Através de um programa de encontros discursivos, exposições, performances e publicações, PROSPECTIONS propõe uma escavação de ortodoxias metodológicas, de modo a fomentar a investigação como um encontro implicado, aberto e dialógico, mobilizando teoria e prática em colaboração interdisciplinar, de forma a examinar narrativas e contendas sobre as origens e ficções do sujeito.

Programa - 17/2/2018 Teatro Rivoli, Porto

14h30 Abertura

15h00 Boaventura de Sousa Santos. Epistemologias do Sul: Descolonização da Arte e do Conhecimento

16h30 Pausa

17h00 Maria Iñigo Clavo. O nosso método é a nossa agência: Notas sobre a descolonização do conhecimento através do curatorial

18h00 Vivian Ziherl. 790 anos de Natural

19h00 Mesa redonda. Moderação: Alexandra Balona e Sofia Lemos20h30 Pausa

21h30 Fabrizio Terranova. Donna Haraway: Storytelling for Earthly Survival (2016, cor, som, 81min)

As palestras e o filme serão apresentados na íntegra em idioma inglês

04.02.2018 | par martalanca | Boaventura Sousa Santos, descolonizar pensamento, Donna Haraway, METABOLIC RIFTS

Carlos Garaicoa: being urban I SÃO PAULO

To what extent can architecture be understood as a society’s “frame”? What roles does architecture play in a context of urbanization? How does it bend to eventual political, ideological or even social pressures? These are some of the questions that surround and structure the work of Carlos Garaicoa, a multidisciplinary Cuban artist whose work is being celebrated at  Porto Seguro Cultural Space from February 7 through May 6.
 
With Rodolfo de Athayde as curator, the exhibition Carlos Garaicoa: being urban brings together 8 works by the artist. Between installations, videos, photographs, scale models and drawings, the works present the creative journey of the author, for whom the city plays a fundamental role. The Cuban constructs a poetics in which to contrast social, economic and political issues that directly impact the formation of the subjectivities and knowledge of the contemporary world.

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31.01.2018 | par martalanca | carlos garaicoa

Now it is Light - Open Call Jovens Curadores 2016

Curadoria: Sofia Lemos I Amélie Bouvier, Ana Manso, Ana Mazzei, Andreia Santana, Bernard Lyot, Davide Zucco, Elias Heuninck, Ester Fleckner, Haris Epaminonda, Jeronimo Voss, Pedro A.H. Paixão

Now it is Light, com curadoria de Sofia Lemos, inaugura na Galeria Boavista no próximo dia 25 de janeiro às 18h30. Envolvendo práticas artísticas que abordam o “geocosmos” como um agente em movimento, a exposição reúne trabalhos dos artistas Amélie Bouvier, Ana Manso, Ana Mazzei, Andreia Santana, Bernard Lyot, Davide Zucco, Elias Heuninck, Ester Fleckner, Haris Epaminonda, Jeronimo Voss e Pedro A.H. Paixão, muitos deles mostrados pela primeira vez em Portugal.

Inspirada na demanda de um astrónomo convertido em geólogo mineiro por matéria radiante, esta exposição explora a ebulição cósmica através de uma trama política, científica e narrativa. Enquanto as efusões cósmicas são progressivamente mediadas sob a forma de bens e ativos, metais e minerais permanecem capturados em delimitações políticas e corporativas. E ainda assim, encrostados na superfície planetária como registros sedimentares, estes elementos evidenciam-se em diversas posições artísticas que os reclamam em contínua emergência. De título homónimo ao poema de 1955 de Frank O’Hara e de forma a evidenciar processos e manifestações, Now it is Light ficciona a luminescência do mundo enquanto substância narrativa para interrogar o pulsante encontro entre a observação astronómica e as economias de extração.

Esta exposição apresenta trabalhos de imagem em movimento, desenho, instalação e contribuições de arquivos científicos que investigam a luminosidade do mundo, ou as qualidades através das quais a luz se contrai, reflete, refrata, difrata ou atravessa sem afetação aparente a verticalidade do tempo “geocósmico”. Da perenidade do plano astronómico à acelerada cadência da extração de recursos, Now it is Light é um espaço de materializações inanimadas, de metais, minerais e estrelas cuja magnitude é apenas parcialmente apreendida.

Uma apresentação complementar de investigação curatorial e de materiais de arquivo reunirá referências de levantamentos astronómicos, geológicos e económicos que existem como ponto de partida desta exposição. Uma publicação a ser editada incluirá um ensaio visual de Coco Piccard, e um prefácio curatorial sob a forma de ensaio abordando a emergente inseparabilidade entre as contribuições artística e arquivística. Now it is Light é comissariada por Sofia Lemos, com o apoio da EGEAC – Galerias Municipais – Open Call para Jovens Curadores 2016.

Amélie Bouvier (1982, França) vive e trabalha em Bruxelas. O seu trabalho tem sido apresentado em exposições individuais: Museo Patio Herreriano, Valladolid; e Carpe Diem, Arte e Pesquisa, Lisboa; bem como em numerosas exposições coletivas: Plataforma Revólver, Lisboa; Verbeke Foundation, Kemzeke; 16ª Bienal Internacional de Arte de Cerveira; e 6ª Bienal de Arte e Cultura de São Tomé e Príncipe. Obteve os prémios: Hors d’OEuvre, ISELP; e Best Emerging Artist, Just Mad Fair. Bouvier é cofundadora do projeto de investigação “Uncertainty Scenarios” no EfRS Enough Room for Space, Bruxelas.

Ana Manso (1984, Portugal) vive e trabalha em Lisboa. O seu trabalho tem sido apresentado em exposições individuais: art3, Valência; Museu de Serralves, Porto; Uma certa falta de coerência, Porto; bem como em numerosas exposições coletivas: Futura Centre for Contemporary Art, Praga; Ar Sólido, Lisboa; Palazzo Milio, Ficarra; Fondazione Rivolidue, Milão; Museo Di Capodimonte, Nápoles; Plataforma Revólver, Lisboa; Spike Island, Bristol; e Museu da Eletricidade da EDP, Lisboa.

Ana Mazzei (1979, Brasil) vive e trabalha em São Paulo. O seu trabalho tem sido apresentado em exposições individuais: Saludarte Foundation, Miami; Pivô, São Paulo; CCSP, Centro Cultural São Paulo; e La Maudite, Paris; bem como em numerosas exposições coletivas: Sesc_Videobrasil 20, São Paulo; CAC, Vilnius; 32ª Bienal de São Paulo; Sunday Painter, Londres; BFA Boatos, São Paulo; Fondación Rac, Madrid; Museu de Arte Brasileira/Fundação Armando Alvares Penteado, São Paulo, entre outros. Mazzei é docente no Istituto Europeo di Design São Paulo.

Andreia Santana (1991, Portugal) vive e trabalha em Lisboa. O seu trabalho tem sido apresentado em exposições individuais no Museu de Serralves, Porto; bem como em numerosas exposições coletivas: Old School, Lisboa; MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, Lisboa; Zaratan – Arte Contemporânea, Lisboa. Santana obteve o Prémio Revelação do Novo Banco, bem como as residências: Residency Unlimited, Nova Iorque; Panal 360, Buenos Aires; Mieszkanie Gepperta, Breslávia; e Gasworks – Triangle Network Hangar, Lisboa.

Bernard Lyot (1897-1952) foi um astrónomo francês que trabalhou no Observatório Meudon em Paris. Em 1939, utilizando o seu cornógrafo e filtros captou as primeiras imagens em movimento de proeminências solares e da coroa sem ser numa situação de eclipse total do sol. No mesmo ano foi eleito membro da Academia de Ciências e galardoado com a Medalha de Ouro da Real Sociedade de Astronomia em Inglaterra.

Davide Zucco (1981, Itália) vive e trabalha em Berlim. O seu trabalho foi apresentado em exposições individuais: NURTUREart, Nova Iorque; bem como em numerosas exposições coletivas: Fondazione Bevilacqua La Masa, Veneza; ARCOS, Benevento; State Institute of Sofia, Bulgária; Museo de la Ciudad de México, Cidade do México; Jaus, Los Angeles; e Katzen Arts Center, Washington, D.C. Zucco participou das residências: Lower Manhattan Cultural Council’s Process Space, Nova Iorque; ISCP, Nova Iorque; e Bevilacqua, La Masa, Veneza.

Elias Heuninck (1986, Bélgica) vive e trabalha em Ghent. O seu trabalho foi projetado no IFFR, International Film Festival Rotterdam; Beursschouwburg, Bruxelas; e iMAL, Bruxelas, entre outros. Desde 2015 Heuninck sustem uma colaboração com Sofia Lemos e numerosos investigadores e instituições artísticas e científicas em Bruxelas sobre o astrónomo belga Jean-Charles Houzeau de Lehaie. Os seus filmes são distribuídos por August Orst e Werktank.

Esther Fleckner (1983, Dinamarca) vive e trabalha em Berlim. O seu trabalho tem sido apresentado em exposições individuais: Malmö Konsthall; Overgaden Institute of Art, Copenhaga; bem como em numerosas exposições coletivas: Kunstnernes Hus, Oslo; KH7 Artspace, Aarhus; Schwules Museum, Berlim; LWL – Museum für Kunst und Kultur, Münster; National Art Museum of Ukraine, Kiev; Latvian Centre for Contemporary Art, Riga; e Dalian Art Museum, Liaoning Sheng, entre outros. Fleckner obteve o Art Brussels Solo Prize.

Haris Epaminonda (1980, Chipre) vive e trabalha em Berlim. O seu trabalho tem sido apresentado em exposições individuais: FRAC Île-de-France, Paris; Point Centre for Contemporary Art, Nicósia; Modern Art Oxford; Kunsthaus Zürich; e Museum of Modern Art, Nova Iorque, entre outros; bem como em numerosas exposições coletivas: Hammer Museum, Los Angeles; Fondazione Prada, Milão; Museu de Serralves, Porto; Hamburger Bahnhof, Berlim; e Kunsthalle Lissabon, Lisboa, entre outros. Epaminonda correpresentou Chipre na 52ª Bienal de Veneza e participou na dOCUMENTA 13.

Jeronimo Voss (1981, Alemanha) vive e trabalha em Frankfurt am Main. O seu trabalho tem sido exibido em exposições individuais: Stedelijk Museum Bureau Amsterdam; Bielefelder Kunstverein; e MMK Museum für Moderne Kunst Frankfurt am Main; bem como em numerosas exposições coletivas: FACT Liverpool; Clark House Initiative, Bombaim; Haus der Kulturen der Welt, Berlim; Fondazione Nicola Trussardi, Milão; e Secession, Viena, entre outros. Voss participou na dOCUMENTA 13 e é docente no Art Institute HGK FHNW Basel.

Pedro A. H. Paixão (1971, Angola) vive e trabalha em Milão. O seu trabalho tem sido apresentado em exposições individuais: Fundação Carmona e Costa, Lisboa; Ar Sólido (com Catarina Dias), Lisboa; Museu do Dinheiro, Lisboa; bem como em numerosas exposições coletivas: Centro de Arte Manuel de Brito, Lisboa; Centro Internacional de Artes José de Guimarães, Guimarães; Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; e Centro Cultural de Belém, Lisboa. Paixão é editor, tradutor e fundador do projeto editorial disciplina sem nome para a editora Documenta.

Sofia Lemos (1989, Portugal) vive e trabalha em Berlim e no Porto. Atualmente é curadora associada da Galeria Municipal do Porto, tendo recentemente trabalhado como investigadora associada na Haus der Kulturen der Welt, Berlim e como coordenadora do programa público da Contour Biennale of Moving Image 8. Anteriormente, coordenou projetos de investigação artística com o Massachusetts Institute of Technology e com o Max Plank Institute, e esteve envolvida na investigação e preparação de exposições e publicações em várias instituições, incluindo Museo de Arte Moderno de Buenos Aires; CCA Singapore; PRAXES, Berlim; The David Roberts Art Foundation, Londres; e MACBA, Barcelona. Lemos é cofundadora (com Alexandra Balona) de PROSPECTIONS for Art, Education and Knowledge Production, uma assembleia peripatética de investigação em artes visuais e performativas, e editora associada da publicação Drawing Room Confessions. Escreveu textos para vdrome, art-agenda, …ment, e Archis/Volume, entre outros.

No âmbito do Open Call Jovens Curadores lançado pela EGEAC - Galerias Municipais em 2016, com o objetivo de acolher, divulgar e apoiar a produção e pensamento artístico contemporâneo na cidade de Lisboa, e reforçar a importância dos jovens curadores como agentes de mediação junto das novas gerações de artistas, a Galeria Boavista acolhe os quatro projetos curatoriais vencedores. As participações anteriores envolveram Alejandro Alonso Diaz, Sara De Chiara e Inês Geraldes Cardoso. A edição final acolhe Sofia Lemos.

Galeria Boavista Rua da Boavista, 501200-066 Lisboa I
Inauguração: 25 janeiro 2018, 18h30 26 janeiro - 10 março 2018 I Terça a Sexta-feira, 10h-13h/14h-18h Sábado e Domingo, 14h-18h Entrada gratuita Organização GALERIAS MUNICIPAIS DE LISBOA/EGEAC

22.01.2018 | par martalanca | arte contemporânea, Now it is Light, Sofia Lemos

"Uma Ópera do Mundo", filme de Manthia Diawara

Estreia nacional do filme-ensaio Uma Ópera do Mundo de Manthia Diawara, produzido por Maumaus / Lumiar Cité, na Cinemateca Portuguesa, em Lisboa, 02/02/2018, e na Fundação de Serralves, no Porto, 03/02/2018.
O filme é baseado na ópera africana ” Bintou Were, a Sahel Opera”, uma narrativa do eterno drama da migração. A ópera filmada em Bamako em 2007, serve de espelho para Manthia Diawara construir uma história estética e reflexiva, através da música e da dança, sobre a atual crise dos refugiados e a tragédia intemporal da migração entre Sul e Norte, examinando a realidade dos encontros culturais através dos conceitos de mestiçagem e hibridismo. O sucesso e o limite da fusão das perspetivas africana e europeia são testados pelas interpretações entrelaçadas da ópera “Bintou Were, a Sahel Opera” com arquivos do passado e do presente relativos a imagens de migrações, com árias clássicas europeias e com entrevistas a intelectuais, artistas e ativistas sociais, europeus e africanos.

A sua estreia internacional aconteceu na documenta 14 (Atenas e Kassel), tendo sido posteriormente apresentado no ICA - Institute of Contemporary Arts (Londres), Centre Pompidou (Paris) e Serpentine Galleries (Londres), entre outros espaços e eventos dedicados à arte contemporânea. 

15.01.2018 | par martalanca | documenta 14, MANTHIA DIAWARA, Uma Ópera do Mundo

Portuguese-Speaking Africa Beyond Borders:

Comparative and Intercultural Approaches Dr Eleanor K. Jones (Univ. Southampton, e.k.jones@soton.ac.uk) Dr Emanuelle Santos (Univ. Birmingham, e.santos@bham.ac.uk)

In a global climate that has seen the language of internationalisation come to rely on the practice of isolationism, it is more important than ever for cultural scholarship and critique to look beyond borders of all kinds: national, political, affective, linguistic and disciplinary. The study of Portuguese-speaking cultures, and particularly those of Portuguese-speaking Africa, is no exception. While recent years have seen the study of Portuguese-speaking African cultures established as a legitimate field, work that puts these cultures into dialogue with those of the wider world remains limited, leaving research and teaching in the field largely confined to within the disciplinary borders of Portuguese Studies. With a view to both stimulating the development of such scholarly dialogue and locating the study of Portuguese-speaking Africa more firmly within African Studies, this stream seeks contributions that engage the cultures of Portuguese-speaking and/or Portuguese-writing Africa — including subcultures, communities and diasporas — with those outside of that remit, through comparative, intercultural or transnational approaches. We wish to look beyond disciplinary boundaries, and we thus encourage contributions from colleagues in all areas of the humanities, including the social sciences. Likewise, we are keen to hear not only from scholars who consider themselves part of the field of Portuguese-speaking African studies, but also from those who engage with the cultures of Portuguese-speaking Africa as a secondary or minor element of their research.

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09.01.2018 | par martalanca | Comparative and Intercultural Approaches

Migrant Dramaturgies Network

Happy to announce a new international research network in the area of theatre and migration.Migrant Dramaturgies Network is a platform for exchange and knowledge sharing between academics, theatre-makers and organisations involved in migrant theatre on various levels of artistic and cultural creation and development.
We aim to explore emerging dramaturgies of theatrical responses to migration in light of recent migration and shifts in global politics and economics. We wish to map new theatrical forms of migrant representation and identify their impacts on national theatre cultures in shaping the perception of non-European migrants and migrant cultures. 
As a collaborative venture, we are planning to facilitate research meetings, workshops and various outreach programmes together with international partner organisations and theatre-makers in order to bring together academic and practitioners’ perspectives and expand understanding on migration and theatre.
For more details on the network board and upcoming research meetings, please follow our microblog at: https://migrantdramaturgies.tumblr.com/
Dr Szabolcs Musca Research Fellow Centre for Theatre Research (CET) | University of Lisbon, Portugal: academia.edu/SzabolcsMusca

09.01.2018 | par martalanca | Migrant Dramaturgies Network

MAÍRA ZENUN ALMADA, performance/lavagem

A TERRA TREMEU DENTRO DE MIM E EU FIQUEI SEM CASA
15 dez | 19hLavadouro Público de Carnide | LisboaEntrada Livre


Apresentação final do trabalho realizado pela artista Maíra Zenun Almada, durante a residência artística no Lavadouro Público de Carnide seguida de conversa sobre como as marcas de uma cidade afectam e reflectem os corpos que nela habitam. A acção performática foi desenvolvida a partir de pesquisas e registos de grafites/pixações inscritas na área da Grande Lisboa, pela população negra portuguesa e afrodescendente; e de reflexões da própria artista sobre o que significa ocupar um corpo-território negro feminino, imigrante, desterrado, de descendências partidas e no fluxo de tantas fronteiras inventadas.

*

As residências inserem-se em A SUL – Plataforma de criação para artistas que habitam ou cruzam o espaço Ibero-americano, direccionada para a pesquisa, a investigação e a experimentação artísticas. A Sul pretende ser ainda um lugar de encontro e de reflexão entre artistas, e entre artistas e a cidade de Lisboa.

Coordenação: Maria Gil | Acompanhamento: Maria Gil, Marta Lança e Sara Anjo | Produção: Teatro do Silêncio 2017 | Parceria: Projecto Pulsar da Junta de Freguesia de Carnide | Projecto apoiado no âmbito do RAAML – Regulamento de Atribuição de Apoios no Município de Lisboa pela Câmara Municipal de Lisboa e inserida na Passado e Presente - Lisboa Capital Ibero-americana de Cultura 2017.

+INFO: teatrodosilencio@gmail.com | + 351 91 463 26 75 – Teatro do Silêncio (Maria Gil)

12.12.2017 | par martalanca | Carnide, Maíra Zenum, performance, residências, Teatro do silencio

Blackyva

Atriz. Cantora. Compositora. Performer. Foi criada na favela da Rocinha.  Aos 19 anos abandonou o emprego de atendente em uma copiadora e foi estudar teatro na Escola Técnica Estadual de Teatro Martins Penna, no Rio de Janeiro. Seu nome artístico é derivado da junção das palavras black e diva. Com visual andrógeno, a transsexual trouxe temas como violência doméstica, homofobia, sexismo, desigualdades sociais, entre outros.

Will Lopes: Ator - Performer
Em 2012, ingressou no curso livre de Produção Cultural pelo Observatório de Favelas na Rocinha. No mesmo ano, entrou para o coral do Instituto Reinaldo Delamare. Em 2013, ingressou na Oficina Livre, orientada por Anselmo Vasconcellos e, no mesmo ano, ingressou na Escola de Teatro Martins Penna. Em 2015, criou a performance Funk-Teatral “Blackyva”, tendo a oportunidade de se apresentar diversas vezes, além de conquistar uma viagem a Brasília para se apresentar na Conferência Nacional da Juventude ao lado de Karol Conka e Emicida. Em 2016 ingressou na Oficina ”Gênero, Teatro, e Performatividade - movimentos para corpos desviantes” ministrada por Silvero Pereira e Jezebel de Carli. 2017 integrou o elenco do espetáculo ”Balé Ralé” com contos de Marcelino Freire e direção de Fabiano Freitas (Teatro de Extremos). Integrou a mesa de debates da GLOBO na FLIP 2017. Foi convidado para fazer participar da co-criação do programa “Lazinho Com Você” no Globo LAB 2017. E ainda em 2017 integrou o elenco do espetáculo A Comédia e a Tragédia da América Latina (Teatro Municipal RJ) e SELVAGERIA do diretor Felipe Hirsch (Ultraliricos).

Música tocando na Rádio alemã EINS

Matéria O Globo

Matéria no Site A Coisa Toda (SP)

Matéria no Teatro Em Cena

Dicionário da MPB

Mídias socias: Facebook /  Instagram

06.12.2017 | par martalanca | Blackyva, funk, movimento negro, queer, teatro

Viejo, solo y puto, do argentino Sergio Boris I LISBOA

Teatro Maria Matos, 28 A 30 NOVEMBRO - 21h30
Sergio Boris, figura incontornável do teatro argentino, estreia-se em Portugal (28 a 30 novembro no Teatro Maria Matos e 2 dezembro no Teatro Municipal do Porto) com Viejo, Solo y Puto, uma viagem aos confins da noite de Buenos Aires e à sua exuberante, mas duríssima, cena trans, reitera a atenção de Boris à vida nas margens da pobreza, da exclusão, da doença e da exploração. Na Argentina, manteve-se em cena por mais de seis temporadas consecutivas.

 

27.11.2017 | par martalanca | Sergio Boris, teatri argentino

Projeto Memoirs no Porto/Post/Doc 2017

29 Nov-3 Dez 2017 | Teatro Rivoli/FBAUP (Porto)

O Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, através do projeto de investigação Memoirs: Filhos de Império e Pós-Memórias Europeias (patrocinado pelo Concelho Europeu de Investigação), irá estar presente, pela segunda vez, no Festival Porto/Post/Doc. Na continuidade da parceria criada em 2016 a proposta de 2017 integrará uma programação com seis filmes e um fórum de debate dedicados aos temas memória e pós-memória, representações artísticas e arquivos.
Memoirs é um projeto europeu coordenado por Margarida Calafate Ribeiro, financiado pelo Conselho Europeu de Investigação, sediado no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e conta com uma equipa interdisciplinar e internacional. O projeto estuda o impacto nas gerações seguintes das heranças do império e, em particular, dos momentos da fratura que, nos casos em estudo – Portugal, França e Bélgica – se caraterizam por insurreições, guerras, descolonizações, com grandes deslocações populacionais entre os territórios e grandes mudanças nos países.

Avó (Muidumbe), Raquel Shefer 2009Avó (Muidumbe), Raquel Shefer 2009Qual o impacto, na Europa atual, da transferência de memórias do fim do colonialismo para as gerações seguintes? Em que medida é que os artistas contemporâneos revisitam o passado colonial, os regimes totalitários e as suas heranças? O que é que os motiva a evocar acontecimentos que ocorreram na sua infância ou precederam o seu nascimento? Em que medida tais abordagens influenciam a construção das democracias em que cresceram? Em parceria com o Porto/Post/Doc, o Memoirs e o seu investigador e Programador Cultural, António Pinto Ribeiro, propõem uma programação que oferece um Foco de Filmes onde serão apresentados filmes de Ramón Lluís Bande, Raquel Schefer, Filipa César, José Miguel Ribeiro, Albertina Carri e Paz Encina.

O programa oferece ainda o Fórum do Real que acontecerá no dia 30 de novembro, na Aula Magna da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e que contará com três painéis: um sobre o arquivo, outro sobre a memória ditatorial, e um terceiro sobre a memória colonial. O Fórum será orientado por dois investigadores da equipa Memoirs, Margarida Calafate Ribeiro e António Sousa Ribeiro, e por Paulo Cunha. Entre os convidados estarão: Tiago Baptista (diretor do ANIM), Vicente Sanchez Biosca (investigador espanhol), Filipa César e José Miguel Ribeiro (realizadores), Jorge La Ferla (crítico cultural), Paulo Faria e Raquel Ribeiro (escritores), entre outros.

O Porto/Post/Doc 2017 contará com mais de 70 sessões de cinema e serão apresentados cerca de 100 filmes, 5 concertos, 7 festas, 4 aulas de cinema, 15 sessões para escolas, e vários fóruns e debates que promoverão conversas entre artistas, académicos e o público em geral. O festival ocupará quatro espaços do Porto: Teatro Municipal do Porto – Rivoli, Cinema Passos Manuel, a Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e o Maus Hábitos – Espaço de Intervenção Cultural.

26.11.2017 | par martalanca | Porto/Post/Doc, Projeto Memoirs

“Explosão. Romance da Etnologia” I São Paulo

O Goethe-Institut São Paulo convida para a festa de lançamento de um dos livros seminais para compreensão do trabalho do poeta e etnólogo alemão Hubert Fichte, Explosão. Romance da Etnologia ganha tradução para o português de Marcelo Backes pela Editora Hedra. O lançamento é seguido de pocket show com o compositor e instrumentista Negro Leo e apresentação da cantora Linn da Quebrada, no dia 28 de novembro, às 19h30, no Goethe-Institut São Paulo (Rua Lisboa, 974 Pinheiros), com entrada franca.

Mestiço judeu na Alemanha nazista, protestante em orfanato católico e homossexual numa sociedade machista, Hubert Fichte corporificou a inadequação de sempre estar no tempo ou no lugar errado. Por isso, durante toda sua vida, sentiu na pele a violência das ideologias. Poeta maldito e cronista do underground literário dos anos 1960, depois de se tornar famoso com seu romance “Die Palette” (1968), decidiu gastar seu dinheiro viajando pelo mundo, seguindo as rotas da diáspora africana e escrevendo seu ciclo de romances sob o título “A História da Sensibilidade”. Entre 1969 e o fim de sua vida, Fichte viaja várias vezes pelo Brasil e torna-se conhecido ao expressar o saber antropológico a partir da literatura – arte denominada, pelo próprio autor, como etnopoesia. Fichte por várias vezes visitou a capital baiana nas décadas de 1970 e 80, onde pesquisou sobretudo as tradições afrodescendentes. Descreveu os altares do candomblé em seu colorido e sua plasticidade, em seu hibridismo e seu sincretismo. Isso o estimulava muito, e ele acabou entrando em uma espécie de rivalidade com o “papa” do candomblé em Salvador, o etnólogo francês Pierre Verger, que fazia suas pesquisas por lá com interesses semelhantes aos de Fichte. Percebido em sua maior parte como escritor polêmico, Hubert Fichte herdou ao mundo literário um dos maiores compêndios de pesquisa sobre rituais das religiões Iorubá. Uma “outra” poesia, uma “outra” etnografia, uma “outra” forma de jornalismo e comentário político; e uma magnífica obra por descobrir. Hubert Fichte ganha exposições de arte e edições de sua obra em diversos países. O projeto “Hubert Fichte: Amor e Etnologia”, concebido por Anselm Franke e Diedrich Diederichsen, lançado na Alemanha pela Haus der Kulturen der Welt (HKW) em parceria com o Goethe-Institut, leva o legado de Fichte às cidades que ele visitou e sobre as quais escrevia: Lisboa, Salvador, Rio de Janeiro, Dakar, Nova Iorque, Santiago do Chile, entre outras.

Sobre o Livro
“Explosão. Romance da Etnologia” é um dos romances centrais da “História da Sensibilidade”. O livro resume as viagens e andanças de Fichte pelo Brasil – Rio de Janeiro, Salvador, São Luís, Recife, Belém, Manaus –, visitando terreiros, mães de santo, celebridades da antropologia, banheiros públicos, os “cinemões” da época – lugares de encontro gay –, ladeiras estreitas e praças escuras. No Brasil, ele tem sua primeira edição pela editora Hedra, com tradução do escritor, professor, tradutor e crítico literário Marcelo Backes.

Negro Leo
Compositor e instrumentista, tem oito discos lançados. Entre 2014 e 2015, lançou “Ilhas de Calor” e “Niños Heroes”, discos que lhe renderam resenhas no The New York Times, na revista Playboy norte-americana e o levaram a palcos prestigiados no mundo, como Cafe Oto e Counterflows Festival. Atuou como compositor da trilha sonora do filme “Intuito”, de Gregorio Gananian.

Linn da Quebrada
Artista multimídia e bixa travesty, Linn encontrou na música uma poderosa arma na luta pela quebra de paradigmas sexuais, de gênero e corpo. Em 2016, a artista se jogou na música com o hit “Enviadescer” e de lá pra cá não parou mais, incluindo aí a direção do experimento audiovisual “blasFêmea”, da música “Mulher” e a realização de uma campanha de financiamento coletivo para a produção de Pajubá, seu disco de estreia, lançado em Outubro de 2017. Nos shows, Linn da Quebrada é acompanhada pela produtora musical BadSista, a cantora e persona Jup do Bairro, o percussionista Valentino Valentino e o DJ Pininga.

24.11.2017 | par martalanca | afrodescendentes, etnologia, Hubert Fichte, Negro Leo

Cem anos que abalaram o Mundo: hipóteses emancipatórias

24 e 25 de novembro de 2017, 9h Faculdade de Economia da UC

Apresentação

O centenário da Revolução Russa serve de ocasião para o CES promover uma reflexão alargada sobre os caminhos emancipatórios que atravessaram o mundo no século XX e sobre as suas heranças, legados e limites. Enquanto lugar-símbolo das esperanças e dos impasses de um novo modelo socialista, 1917 constitui uma oportunidade analítica para pensar experiências e projetos que, na sua esteira e fora dela, foram construindo trajetórias alternativas ao capitalismo, ao colonialismo e ao patriarcado. Num tempo em que as hipóteses emancipatórias parecem pulverizadas, este encontro internacional procurará refletir criticamente sobre as mudanças ocorridas ao longo do século XX e sobre o lugar e a natureza dos imaginários de transformação social e libertação nos dias de hoje. 

Mesas

É tão difícil imaginar o fim do capitalismo como imaginar que o capitalismo não tenha fim?
Esta sessão transforma em pergunta uma constatação feita por Boaventura de Sousa Santos. A experiência soviética inscreveu as alternativas sistémicas ao capitalismo no campo das possibilidades. O colapso da União Soviética pareceu validar a ideia de que o capitalismo seria afinal o último estádio da evolução histórica. Praticamente sem freios e contrapesos, o desenvolvimento do capitalismo alimentou desde aí crises sem fim. A catástrofe ambiental eminente é naturalmente uma das mais importantes, mas não é a única. Torna-se de novo urgente pensar criticamente sobre o capitalismo e sobre outros ismos, esconjurando o espectro da barbárie.

Litografia 'Beat the Whites with the red wedge!' de El Lissitzky (1920)Litografia 'Beat the Whites with the red wedge!' de El Lissitzky (1920)

Adeus Lenine?
A história dos ideais socialistas é uma história feita de vitórias e derrotas, de esperanças e tragédias, de conquistas e de bloqueios. A evocação do nome do líder soviético - e do conhecido filme de Wolfgang Becker - permite-nos aqui equacionar as heranças políticas e ideológicas que a revolução russa pode suscitar, bem como reimaginar a possibilidade das hipóteses socialistas nos tempos de hoje.

Colonialismo, não passará?
As lutas anticoloniais têm outro nome que não pode ser esquecido: as lutas de libertação nacional. Este jogo de espelhos reflete os lugares de enunciação a partir dos quais se olham e se pensam essas dinâmicas de emancipação que foram decisivas para a história do século XX e para a reimaginação do mundo no nosso século. Nessas lutas de libertação nacional e nas independências que se lhe seguiram estão inscritas muitas das energias criadas e alimentadas pelos ideais do socialismo e da revolução russa. Contudo, hoje em dia, a pergunta sobre se o ciclo colonial já passou adquire novos sentidos face aos desenlaces pós-democráticos e neoliberais que invadem e povoam os horizontes políticos de uma boa parte da humanidade.

Pode a subalterna falar?
Ainda que os ideais emancipatórios propagados pela revolução russa e pelos seus legados tivessem dado atenção à subalternidade das mulheres nas várias esferas da vida, não conseguiram tornar irreversível um imaginário feminista capaz de romper com os múltiplos sexismos que continuam a permear as sociabilidades. Partindo da assunção de que as mulheres não são uma minoria entre outras que têm sido oprimidas e discriminadas, colocar a questão no feminino, tal como é feito, obriga-nos a uma atenção epistemológica sobre todos os sistemas de opressão. Neste sentido, esta é a abordagem feminista que propomos e que, qualquer revolução, de ontem ou de hoje, deveria assumir como sua.

Comissão organizadora
João Rodrigues, Miguel Cardina, Teresa Almeida Cravo e Teresa Cunha

Comissão científica
António Sousa Ribeiro, Boaventura de Sousa Santos, Carlos Fortuna, Catarina Martins, Diana Andringa, Elísio Estanque, Isabel Caldeira, José António Bandeirinha, José Manuel Mendes, José Reis, Licínia Simão, Manuel Carvalho da Silva, Maria Paula Meneses, Nuno Teles, Pedro Hespanha, Rui Bebiano, Sara Araújo, Silvia Rodríguez Maeso e Teresa Maneca Lima

Programa

23.11.2017 | par martalanca | CES, colóquio, Revolução Russa

Augusta Conchiglia Luttes de libération en Angola et enjeux géopolitiques.

Témoignage d’une journaliste et cinéaste dans la guérilla angolaise

Augusta Conchiglia, Moxico. Angola, 1968Augusta Conchiglia, Moxico. Angola, 1968

Quand lun, 20 novembre, 2017  18:30 Jusqu’à 20:00

Fondation Calouste Gulbenkian Paris, Salle de conférences 39 Boulevard de la Tour Maubourg, Paris 

Billets Entrée libre

En 1968, deux ans après l’ouverture du Front Est par le Mouvement populaire de libération de l’Angola, Augusta Conchiglia se rend sur les zones de guérilla et coréalise un documentaire sur la guerre anticoloniale pour la télévision italienne (RAI) dont une version longue sera projetée au festival panafricain d’Alger de 1969. Elle réalisera un deuxième documentaire en 1970. Sa conférence partira de ces expériences pour penser les enjeux géopolitiques de ces luttes.

Cycle d´études interdisciplinaires sur l’Afrique Lusophone, organisé par Maria-Benedita Basto, Agnès Levécot, Olinda Kleiman, Egídia Souto e Irene dos Santos, en partenariat avec l’université Paris Sorbonne/CRIMIC – Centre de recherche sur les mondes ibériques et ibéro-américains contemporains, l’université Sorbonne Nouvelle/CREPAL – Centre de recherches sur les pays lusophones et le Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS).

20.11.2017 | par martalanca | Augusta Conchiglia, Luttes de libération, Maria-Benedita Basto

Caçando Histórias

Com nove anos de existência, o projeto itinerante Caçando Histórias promove espetáculos com atividades lúdicas e narrativas afro-brasileiras para o público infantil. A ideia vem de Kemla Baptista, pedagoga pernambucana que viveu um período no Rio de Janeiro. Kemla é uma equede, nome dado no candomblé ao posto de “zeladora dos orixás”.

As apresentações têm como objetivo difundir a cultura afro-brasileira. O trabalho permite que as crianças tenham contato com obras e contos clássicos de tradições de origem africana. A musicalidade também é desenvolvida por meio da inclusão de ritmos como o samba, o jongo e o maracatu. Após os espetáculos, acontecem atividades em grupos com base em técnicas de arte-terapia e ligadas à dança e expressão corporal.

O projeto começou entre as crianças de axé nas comunidades de terreiro no Rio de Janeiro. Hoje também ocorrem oficinas em escolas, organizações não-governamentais e espaços públicos. Kemla está agora em Pernambuco e nessa nova temporada propõe, por meio dos contos míticos, o encontro das tradições do candomblé Ketu com a tradição Nagô Egbá, tão forte no estado. O local que vai acolher a temporada é o Ilê Axé Orixalá Talabí, terreiro reconhecido como patrimônio imaterial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), situado no município de Paulista, na região metropolitana de Recife.

17.11.2017 | par martalanca | Caçando Histórias, cultura afro-brasileira