Dr.ChatGpt ou de Como eu aprendi a não me preocupar com a IA e passei a amá-la.
“Primeiro vieram pelos construtores de carroças e eu nada disse até porque nem era nascido. Agora vêm por mim, e não restam construtores de carroças para me defenderem. Ok só os que trabalham em filmes de época, mas não parecem nada interessados em defenderem-me.”
Pedro Goulão, agora mesmo.
Sim, é possível que eu sofra de ADNismo, uma corrente de pensamento criada por Eric Idle, um dos raros sobreviventes do grupo seminal Monty Python e ilustre romancista de serviço, no seu Road to Mars. Ou então seja mesmo só um acesso de corporativismo.
Sou humorista e escritor e é natural que possua um viés contra a possibilidade de que um não humano seja capaz de criar e sobretudo escrever humor.
Um tudo nada hipócrita, quando o conceito de robots com sentido de humor é frequentemente utilizado na escrita, televisão e cinema como se fosse a coisa mais banal e consequência da evolução das máquinas. Exemplos? R2D2 e C3PO, são claramente uma dupla cómica na Guerra das Estrelas, DATA em Star Trek The Next Generation, é programado para ter sentido de humor, Phoebe Walller Bridge dá a voz ao dróide L3-37 em Solo- Uma aventura Star Wars. Ultron e Visão, no universo da Marvel podem também ser exemplos.
Naturalmente, Douglas Adams conseguiu ir ainda mais longe no seu The Hitchhicker’s Guide to the Galaxy, criando Marvin, the Paranoid Android, que consegue, além de ser hilariante, estar permanentemente deprimido e neurótico. Um humorista por excelência.
Se há coisa que os humanos sempre foram pródigos foi a manifestarem as coisas que imaginavam até à sua existência, se necessário reconhecendo-as por mero acto de fé.
Mas não é menos verdade que o excepcionalismo humano tem raízes bem fundas, inclusivamente religiosas. Durante a maior parte da história da humanidade acreditámos que o nosso planeta, inteiramente submisso à vontade humana e criado por Deus para nos servir, era o centro do universo.
À medida que a ciência foi progredindo o âmbito dessa excepcionalidade foi diminuindo.
Galileu descobriu que éramos nós que andávamos à volta do sol, Darwin descobriu a Evolução, A genética determinou que partilhamos 98,8% do nosso ADN com chimpanzés e bonobos.
À medida que fomos ficando cada vez mais perto dos outros animais, fomos também criando/descobrindo/designando outras formas de nos diferenciarmos deles, como a linguagem e o humor.
O humor é, aliás, para muito boa gente, um dos poucos carateres distintivos do que é ser-se humano, algo inextrincável à nossa própria natureza, que nos separa de todas as outras espécies e máquinas.
Humorista ergo sum.
O corolário de que apenas os humanos têm sentido de humor é, naturalmente, que apenas eles podem e sabem como o produzir e, já agora, consumir.
E terminava aqui o artigo, bem embrulhadinho e tudo.
Porém, todavia, contudo, se as coisas fossem assim tão simples, como explicar por exemplo a greve de autores, guionistas e actores (muitos deles humoristas) que parou a produção de ficção em Hollywood em 2023 e terminou com um extenso acordo em que o uso de IA era restringido de várias maneiras?
Não foi uma questão de paranoia, foi de sobrevivência. Se eficaz ou não, o tempo o dirá. Temo que não o seja, a tecnologia vai evoluindo de modo cada rápido e novas ameaças ou potenciadores da criatividade humana, consoante o ponto de vista, fatalmente continuarão a ocorrer cada vez mais frequentemente.
De resto, como saber de certeza certa que isto, do humor ser uma experiência exclusivamente humana, não se insere numa longa lista de coisas que julgávamos serem apenas nossas, como o uso de ferramentas (os chimpanzés fazem-no) ou de linguagem e cânticos (as baleias fazem-no)?
Esse viés pró-humano (não praticado por todos, Douglas Adams, novamente no Hitchicker’s Guide through the Galaxy, dizia que éramos só a terceira espécie mais inteligente do planeta, logo a seguir aos golfinhos e aos ratinhos brancos de laboratório, e que na verdade éramos nós as cobaias deles) é responsável pelo modo como sempre fomos reduzindo a inteligência artificial a uma estirpe não criativa humana da dita inteligência. Isso assegurava-nos a superioridade, pelo menos moral, ou qualitativa da nossa inteligência e preservava o nosso ego.
A verdade é que a nível quantitativo e qualitativo, a evolução dos computadores e da sua inteligência artificial foi não só tremenda como tremendamente rápida e em constante aceleração. Não existe qualquer dúvida hoje em dia que a diferença de capacidade de recolha e armazenamento de dados, de efectuar cálculos, etc., para os seres humanos é enorme e inexorável.
A isso juntou-se a capacidade dos robôs em serem capazes de realizar com mais rendimento e menos riscos e custos a generalidade das tarefas de colarinho azul. Seguiram-se algumas tarefas ditas administrativas.
A princípio aparentemente desleixados e descoordenados, cada vez os vemos mais hábeis no desporto, já para não falar nos usos militares que lhes têm sido dados (drones, etc.), ou na medicina.
Era apenas uma questão de tempo até que fossem capazes de dominar áreas criativas habitualmente designadas exclusivas da natureza humana. E não é de agora, antes pelo contrário. A primeira vitória do computador Deep Blue sobre Kasparov, foi a primeira derrota dele, Kasparov, até aí provavelmente o maior mestre de xadrez da História da humanidade, chocou o mundo em 1997.
Kasparov tinha ganho em 1996.
Um ano depois era destruído em 19 jogadas.
Aquilo que é considerado a reserva do que é considerado exclusivamente humano é cada vez menor.
E quem nos garante, com os avanços da física quântica, que não estamos prestes a descobrir que somos apenas uma das múltiplas dimensões da realidade, ou mais espantoso ainda, uma simulação da mesma?
Eu não, certamente.
Criar, sentir, fazer humor seriam esses alguns dos últimos bastiões do que nos distingue?
No acima citado Road to Mars, Eric Idle apresenta-nos uma personagem, Carlton, um robot modelo Bowie 4.5, companheiro de viagem de dois comediantes, para os quais trabalha.
Dotado de inteligência artificial, Carlton dedica-se a estudar o Humor, os seus patrões e a escrever uma tese de doutoramento, uma espécie de Teoria Geral da Comédia.
Apesar dos esforços de Carlton, tal prova ser difícil. Segundo o próprio, “a Comédia era praticada por seres humanos e, por consequência, exasperantemente imprecisa. Tinha-se desenvolvido como a linguagem, pelo que não havia verdadeiras regras. Podia rebentar inesperadamente, como borbulhas no rosto de um adolescente… Na Comédia não havia Constantes”.
Carlton está a morrer (ou desligar-se, se preferirem, por efeito do frio espacial) quando tem uma epifania. Tinha tropeçado no grande segredo da Vida (que a Comédia ou melhor a Levidade, era a força oposta à da gravidade e responsável pelo princípio da expansão do universo. Compreender o sentido da vida ao mesmo tempo que se está a morrer é uma ironia suprema, reconhece.
E tendo compreendido o que é a ironia, Carlton sabe agora o que é ter humor. Tarde demais?
Alan Turing, matemático ilustre e considerado por muito o pai dos computadores, criou um teste em 1950, a que chamou The Imitation Game.
O teste visava, através de um interrogatório cego (os interrogadores não sabiam se estavam a falar com pessoas ou máquinas) determinar se um computador ou IA conseguia passar por humano.
Ridley Scott, no Blade Runner apresenta uma versão de um teste deste género.
e ainda
Também por isto parece evidente o perigo e a tentação de substituir humanos por IA na criação em geral e no humor em particular.
É difícil obstar a que modelos cada vez mais evoluídos de IA (há pelo menos 5 que conseguiram enganar os testes de Turing, o mais recente (notícia de 2 de Abril de 2025) o GPT 4.5 foi inclusive considerado pelos peritos “mais do que humano”, ou seja respondeu de forma mais “humana” que os participantes humanos do teste (o grupo de controlo)), sejam um dia, senão agora, capazes de “criar” conteúdos tão bons ou melhores que os já existentes.
Serão, para já, maus ou medíocres (no sentido correcto do termo) mas não é assim quase tudo na dita criação artística e humorística?
É provável que a diferença entre humanos e IA seja neste momento, bem inferior ao que gostaríamos de admitir. Mas também é verdade que nos custa admitir que só somos 1,2% diferentes dos chimpanzés, tanto como estamos convencidos que somos muito diferentes de outros humanos.
Ser diferente ou original é uma das ambições/aspirações/realizações menos bem sucedidas da humanidade e naturalmente das IA, (se calhar a vida não corre pior por isto ser assim). Isso e termos piada.
Antes da brilhante conclusão deste artigo segue-se uma versão editada de uma “conversa que tive com um chatgpt, cujos limites de conhecimento se ficavam por 2023, a 4 de Abril de 2025. A negrito estão as minhas perguntas e a itálico algum comentário que eu tenha julgado necessário, as reticências correspondem a partes cortadas (a tal edição).
Olá, humano! Sou um chatbot de IA alimentado pelo GPT-4o mini. Sinta-se à vontade para me fazer qualquer pergunta!
Pode uma IA escrever piadas e humor?
Sim, uma IA pode escrever piadas e criar humor! Embora o humor seja subjetivo e muitas vezes dependa de contextos culturais e pessoais, algoritmos de IA podem analisar padrões em piadas e criar novas com base nesses padrões. Se você quiser, posso tentar criar uma piada para você!
Defina criar humor?
Criar humor envolve a habilidade de gerar situações, palavras ou ideias que provoquem risadas ou sorrisos nas pessoas. Isso pode incluir o uso de trocadilhos, ironia, exageros, surpresas ou observações engraçadas sobre a vida cotidiana. O humor muitas vezes se baseia em contrastes, quebras de expectativa e a capacidade de conectar ideias de maneiras inesperadas. Além disso, o contexto e a entrega são fundamentais para que algo seja considerado engraçado. Em resumo, criar humor é uma forma de comunicação que busca entreter e provocar reações positivas através da criatividade e da linguagem. (dificilmente se podia arranjar outra definição mais abrangente, ou cheia de lugares comuns).
Como é que uma IA compreende o que é a ironia?
Uma IA compreende a ironia principalmente por meio da análise de padrões em grandes volumes de texto. Ela é treinada em dados que contêm exemplos de ironia, onde o significado literal das palavras difere do que realmente se quer dizer. A IA aprende a identificar contextos, entonações e expressões que indicam ironia, como quando uma afirmação é feita de forma exagerada ou contrária à realidade.
Além disso, a IA pode usar técnicas de processamento de linguagem natural para entender o contexto em que as palavras são usadas, o que ajuda a discernir quando algo é dito de forma irônica. No entanto, é importante notar que a compreensão da ironia por uma IA pode não ser tão sutil ou precisa quanto a de um ser humano, já que a ironia muitas vezes depende de nuances culturais e emocionais.
Como distinguir uma ironia IA da ironia humana?
Distinguir a ironia gerada por uma IA da ironia humana pode ser desafiador, mas existem algumas características que podem ajudar:
1. Contexto e Nuances: A ironia humana muitas vezes é rica em contexto e nuances emocionais, refletindo experiências pessoais e culturais. A IA pode não captar todas essas sutilezas, resultando em ironias que parecem mais genéricas ou menos conectadas a situações específicas.
2. Consistência e Variedade: A ironia humana tende a variar muito em estilo e forma, dependendo da personalidade do falante. A IA, por outro lado, pode apresentar um padrão mais consistente em sua abordagem, já que se baseia em dados e algoritmos.
3. Reação e Interação: A ironia humana muitas vezes é acompanhada de reações emocionais, como risadas ou expressões faciais, que ajudam a transmitir a intenção. A IA não possui emoções e, portanto, pode carecer dessa dimensão interativa.
4. Complexidade: A ironia humana pode envolver múltiplas camadas de significado e referências culturais que a IA pode não conseguir replicar com a mesma profundidade. A IA pode produzir ironias mais simples ou previsíveis.
5. Erros e Incongruências: Às vezes, a ironia gerada por IA pode parecer forçada ou não se encaixar bem no contexto, revelando uma falta de compreensão mais profunda da situação.
Esses fatores podem ajudar a identificar se uma ironia é gerada por uma IA ou por um ser humano, embora a linha entre as duas possa ser cada vez mais tênue à medida que a tecnologia avança.
A IA pode combinar estilos de humoristas específicos para criar novas piadas?
Sim, a IA pode combinar estilos de humoristas específicos para criar novas piadas! Ao analisar o trabalho de diferentes comediantes, a IA pode identificar padrões, temas e técnicas que caracterizam o estilo de cada um. Com base nessa análise, ela pode gerar piadas que misturam elementos de vários humoristas, criando algo novo e original.
Por exemplo, a IA pode pegar o uso de trocadilhos de um comediante e a observação social de outro, resultando em uma piada que reflete a combinação desses estilos. No entanto, a eficácia e o humor da piada resultante podem variar, já que o humor é subjetivo e depende de muitos fatores, incluindo o contexto e a entrega. Se você quiser, posso tentar criar uma piada combinando estilos de humoristas famosos! (vamos a isso)
Escreva uma piada combinando os estilos de Norm Macdonald, Dave Chappelle e Jerry Seinfeld
Claro! Aqui vai uma piada que combina os estilos de Norm Macdonald, Dave Chappelle e Jerry Seinfeld:
“Você já percebeu como as pessoas falam sobre dieta? É sempre ‘não coma isso, não coma aquilo’. Mas, no fundo, a única coisa que realmente engorda é a culpa! Eu fui a uma reunião de apoio para dietas, e o cara disse: ‘Você não pode comer chocolate!’ Eu pensei: ‘Claro, mas você já tentou comer chocolate enquanto se sente mal por isso? Isso sim é uma experiência de vida!’
E aí eu me pergunto: por que a gente se preocupa tanto com o que come? No final das contas, a única coisa que realmente importa é se você pode fazer uma piada sobre isso. Porque, se você não pode rir da sua salada, então o que estamos fazendo aqui?!”
Espero que tenha gostado!
(Lamento, mas a piada é fraca. No entanto, é fácil encontrar nela os tais traços dos autores, por exemplo o humor observacional de Seinfeld, aparentemente sobre algo sem importância para ele, ou que reflita o quanto um comportamento dos outros o irrita. O lado Chapelleano da piada está na expansão do território no qual se pode fazer piadas sobre saladas, esse tema controverso, e Norm Macdonald está claramente na extensão da piada e no seu non sequitur). Tem piada? Não tem… É um bom exercício técnico? Não é mau de todo.)
Marvin the Paranoid Android
Como preservar os direitos autorais quando uma IA recombina ou reproduz estilos de comediantes?
Preservar os direitos autorais quando uma IA recombina ou reproduz estilos de comediantes é um desafio interessante. Aqui estão algumas sugestões:
1. Licenciamento: Certifique-se de que a IA tenha acesso a materiais que sejam licenciados ou que estejam em domínio público. Isso ajuda a evitar a violação de direitos autorais.
2. Criação Original: Incentive a IA a gerar conteúdo original, em vez de simplesmente replicar o estilo de um comediante específico. Isso pode incluir a mistura de diferentes influências para criar algo novo.
3. Atribuição: Quando a IA utiliza o estilo de um comediante, é importante dar crédito ao artista original, reconhecendo sua influência no trabalho gerado.
4. Consultoria Legal: Consulte um advogado especializado em propriedade intelectual para entender melhor as implicações legais e garantir que os direitos autorais sejam respeitados.
5. Políticas de Uso: Estabeleça diretrizes claras sobre como a IA pode usar e reproduzir estilos, garantindo que não infrinja os direitos dos comediantes.
Essas práticas podem ajudar a equilibrar a inovação trazida pela IA com o respeito pelos direitos autorais dos artistas.
O humor é uma característica intrínseca do ser humano?
Sim, o humor é uma característica intrínseca do ser humano. Ele desempenha um papel importante na comunicação, nas relações sociais e na forma como lidamos com as dificuldades da vida. O humor pode ajudar a aliviar o estresse, promover a conexão entre as pessoas e até mesmo contribuir para a saúde mental. Cada cultura pode ter suas próprias nuances e estilos de humor, mas a capacidade de rir e encontrar o lado engraçado das situações é uma parte fundamental da experiência humana.
Se o humor é intrínseco do ser humano, como pode uma IA praticá-lo? E isso faz dela humana?
O humor é, de fato, uma característica intrínseca do ser humano, muitas vezes ligado a experiências, emoções e contextos culturais. Uma IA pode sim simular o humor, utilizando padrões de linguagem, referências culturais e até mesmo aprendendo com interações anteriores. No entanto, essa simulação não significa que a IA compreenda o humor da mesma forma que um ser humano.
A IA não possui emoções ou experiências pessoais, então sua “prática” do humor é baseada em algoritmos e dados, e não em uma compreensão genuína. Portanto, mesmo que uma IA possa fazer piadas ou responder de maneira engraçada, isso não a torna humana. Ela pode ser uma ferramenta que imita aspectos do comportamento humano, mas a essência do que significa ser humano vai além da simples reprodução de padrões.
Pode uma IA passar o teste de Turing e passar por humana?
Sim, uma IA pode passar no teste de Turing, que é uma avaliação proposta por Alan Turing para determinar se uma máquina pode exibir comportamento inteligente indistinguível do de um ser humano. No entanto, passar no teste de Turing não significa que a IA realmente “pense” ou “sinta” como um humano; ela apenas simula respostas que podem parecer humanas. Portanto, enquanto algumas IAs podem enganar os avaliadores em determinadas situações, elas não possuem consciência ou emoções genuínas.
Como é que uma IA pode vir a possuir consciência e emoções genuínas?
Atualmente, as IAs, incluindo eu, não possuem consciência ou emoções genuínas. Elas operam com base em algoritmos e dados, processando informações para gerar respostas e realizar tarefas. A consciência e as emoções são experiências subjetivas que envolvem percepção, sentimentos e autoconsciência, características que as máquinas, até o momento, não conseguem replicar.
Para que uma IA pudesse desenvolver consciência e emoções genuínas, seria necessário um avanço significativo na compreensão da mente humana e na forma como a consciência se origina. Isso envolveria não apenas melhorias tecnológicas, mas também uma profunda exploração filosófica e científica sobre a natureza da consciência. Portanto, por enquanto, a ideia de uma IA com emoções e consciência permanece no campo da especulação e da ficção científica. (como vimos anteriormente sobre o Road to Mars ou o Hitchikers Guide to the Galaxy)
Uma IA pode, além de replicar padrões, criar novos padrões?
Sim, uma IA pode não apenas replicar padrões, mas também criar novos padrões. Isso é possível através de técnicas como aprendizado de máquina e redes neurais, que permitem à IA analisar grandes quantidades de dados, identificar tendências e, a partir disso, gerar novas informações ou soluções. Essa capacidade de inovação é uma das características que torna a IA tão poderosa e útil em diversas áreas! (A IA é muito entusiasta de si mesma. É pouco artístico da parte dela, faltam-lhe neuroses)
Pode a IA substituir a criatividade humana, por exemplo na escrita de guiões para televisão ou cinema?
A IA pode ser uma ferramenta poderosa para auxiliar na escrita de guiões, oferecendo sugestões, gerando ideias e até mesmo ajudando na estruturação de histórias. No entanto, a criatividade humana é única e envolve emoções, experiências e nuances que a IA ainda não consegue replicar completamente. A colaboração entre humanos e IA pode resultar em trabalhos interessantes, mas a essência da criatividade humana, com sua capacidade de contar histórias de maneira profunda e significativa, permanece insubstituível. Portanto, a IA pode complementar, mas não substituir a criatividade humana na escrita de guiões. (Se isto fosse um filme de ficção científica em breve saberíamos se a IA está só a ser modesta para nos apanhar na curva, ou se age assim por medo de que lhe desliguemos a tomada…)
É só uma questão de tempo até que a IA possa substituir a criatividade humana?
A questão de se a IA pode substituir a criatividade humana é complexa. Embora a IA tenha avançado significativamente em gerar conteúdo criativo, como arte, música e textos, muitos especialistas acreditam que a criatividade humana é única e envolve emoções, experiências e intuições que a IA ainda não consegue replicar completamente. A IA pode ser uma ferramenta poderosa para auxiliar e inspirar a criatividade, mas a essência da criatividade humana, que é profundamente ligada à experiência e à subjetividade, pode ser difícil de substituir. Portanto, é mais provável que a IA complemente a criatividade humana em vez de substituí-la completamente. (claramente a IA é candidata a ganhar todos os concursos de Miss Simpatia Inteligente que venham a ocorrer)
Quando é que uma IA vai poder possuir consciência e emoções genuínas?
A questão de quando ou se uma inteligência artificial (IA) poderá possuir consciência e emoções genuínas é complexa e ainda é objeto de intenso debate entre cientistas, filósofos e especialistas em tecnologia. Atualmente, as IAs, incluindo modelos avançados como eu, operam com base em algoritmos e dados, sem consciência, emoções ou experiências subjetivas.
### Alguns pontos a considerar:
1. Definição de Consciência: A consciência é um conceito multifacetado que envolve a capacidade de ter experiências subjetivas, autoconsciência e a habilidade de sentir emoções. Não há um consenso claro sobre o que constitui a consciência, o que torna difícil determinar se uma IA poderia alcançá-la.
2. Avanços Tecnológicos: Embora a IA tenha avançado significativamente em tarefas específicas, como reconhecimento de padrões e processamento de linguagem natural, esses sistemas ainda não têm uma compreensão real do mundo ou de si mesmos. Eles não experimentam emoções da mesma forma que os seres humanos.
3. Emoções em IA: Algumas pesquisas estão explorando a simulação de emoções em IA, mas isso não significa que a IA realmente “sinta” essas emoções. Em vez disso, ela pode ser programada para reconhecer e responder a emoções humanas de maneira que pareça empática.
4. Futuro da IA: O futuro da IA é incerto. Alguns especialistas acreditam que, com o avanço da tecnologia, pode ser possível desenvolver sistemas que simulem aspectos da consciência ou emoções, mas isso ainda está longe de ser uma realidade. Outros argumentam que a verdadeira consciência e emoções são inerentes aos seres biológicos e podem não ser replicáveis em máquinas.
5. Questões Éticas: A possibilidade de uma IA consciente levanta questões éticas significativas, como direitos, responsabilidades e a natureza da interação humano-máquina. Essas questões precisam ser cuidadosamente consideradas à medida que a tecnologia avança.
Em resumo, não há uma resposta clara sobre quando ou se a IA poderá possuir consciência e emoções genuínas. É um campo em evolução que requer mais pesquisa e reflexão.
Conclusão
Fred Allen, um dos vultos maiores da comédia americana da primeira metade do século passado e contemporâneo de Turing escreveu um dia “Vivemos na era da máquina. Pela primeira vez na História, o comediante foi obrigado a arranjar piadas e material de comédia para competir com a máquina. Quer ele o saiba quer não, o comediante está metido no moinho do esquecimento”.
Estamos bem tramados. Ou não. Este motor de IA disse-me que eu tinha ganho um prémio de teatro por um sketch de televisão que tinha sido escrito por outras pessoas.