Apresentação do livro “Olhar de Maldoror: singularidades de um cinema político.”

No próximo dia 23, às 18h, no Museu do Aljube, será lançado um pequeno livro-ensaio, da autoria de Maria do Carmo Piçarra, sobre a realizadora Sarah Maldoror, editado pela Húmus. A propósito, a autora estará à conversa com a realizadora angolana Pocas Pascoal - que está a desenvolver um projecto de filme sobre o Des fusils pour Banta, filme perdido da Sarah Maldoror.

Sinopse

Neste livro, editado pela Húmus, através da análise dos filmes que realizou sobre as lutas de libertação e independências nos países africanos de língua oficial portuguesa, Maria do Carmo Piçarra evidencia as especificidades do olhar da realizadora Sarah Maldoror. Entre os cineastas engajados politicamente, distinguiu-se pela singularidade de usar a ficção para retratar as guerras de libertação nas ex-colónias portuguesas. Simultaneamente, e noutro registo cinematográfico, o do documentário, procurou documentar o processo de consciencialização política e luta armada na Guiné-Bissau através da fixação da importância das mulheres no maquis.

Após as independências africanas, os filmes que fez em Cabo Verde e na Guiné-Bissau mostram o envolvimento das pessoas nos processos de descolonização, sem deixar de relevar, desassombradamente, a hibridez cultural gerada no âmbito do colonialismo. A invisibilidade da sua obra para compor uma filmografia de sobrevivência, em que recorre formalmente à poesia, à música jazz e à pintura, apoiando-se frequentemente numa estética surrealista, deve-se tanto à sua condição de mulher como a nunca se ter sujeitado às pressões exercidas durante o processo de realização dos seus filmes.

Mais informações.

20.05.2022 | por Alícia Gaspar | cinema político, maria do carmo piçarra, museu do aljube, Sarah Maldoror

Exposição - “Para uma história do movimento negro em Portugal, 1911-1933”

A exposição “Para uma história do movimento negro em Portugal, 1911-1933” pretende resgatar a memória sobre uma geração de afrodescendentes, que no início do século XX, constituiu o primeiro movimento panafricanista da cidade de Lisboa. Esta é uma história dos portugueses negros, esta é uma história silenciada de Portugal.

Da autoria de Cristina Roldão, José Pereira e Pedro Varela, a exposição é uma iniciativa do Roteiro para uma Educação Antirracista, da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal. Em parceria com a Vereadora da Câmara Municipal de Lisboa, Beatriz Gomes Dias, a exposição estará pela primeira vez na cidade de Lisboa, de 25/05 a 26/05 na Biblioteca do Palácio Galveias.

Entrada Livre 

Mais informações

20.05.2022 | por Alícia Gaspar | afrodescendentes, Beatriz Gomes Dias, cristina roldão, educação antirracista, josé pereira, movimento negro, movimento panafricanista, negritude, pedro varela, Portugal

Noites Brancas - 27 e 28 maio - Teatro Meridional

Noites Brancas 

de Fiódor Dostoiévski 
113ª Criação

Sob as noites claras de verão, um Sonhador perpétuo caminha solitariamente pelas ruas desertas de S. Petersburgo, alimentando, incessantemente, o seu imaginário com a energia que encontra na inanidade do que o rodeia. Esta comunhão onírica é subitamente interrompida quando, certa noite, este se depara com Nástenka, uma jovem rapariga que chora sob a ponte do rio Nieva. Depois de a salvar, oportunamente, de uma tentativa de abordagem por parte de um transeunte suspeito, ambos estabelecem uma ligação amistosa que descortina as estórias de duas vivências tão díspares, mas que ascendem numa atração mútua. Une-os uma espera inquietante, que virá a definir os seguintes encontros noturnos, carregados de revelações, ansiedades, sonhos, medos, e um confronto enigmático de paixões.

Dois actores, Flávio Hamilton (Sonhador) e Carina Ferrão (Nástenka), interpretam, assim, um jogo de suspensão, que coloca signos oníricos de uma dimensão poética em confronto com os cânones realistas da comunicação pragmática. Daqui, emerge, simultaneamente, a contracena com uma ausência de desígnios incertos, que traz uma sombra à brancura destas longas noites de verão.

Ficha Técnica        

Texto: Fiódor Dostoiévski 

Tradução: Nina Guerra e Filipe Guerra 

Dramaturgia e Encenação: Pedro Carvalho 

Assistência de Encenação: Samuel Pascoal 

Interpretação: Carina Ferrão e Flávio Hamilton 

Cenografia, Figurinos e Imagem de Cartaz: Marta Silva 

Criação Musical e Sonoplastia: Carlos Adolfo 

Desenho de Luz: Pedro Carvalho 

Execução Cenográfica: Marta Silva e José Lopes 

Costureira: Alexandra Barbosa 

Apoio ao Programa: Fundo Teatral Art’Imagem/C.M.M Micaela Barbosa e José Pedro Pereira 

Fotografia: Nuno Ribeiro 

Vídeo: André Rabaça 

Design Gráfico: Tiago Dias 

Produção: Sofia Leal e Daniela Pêgo 

Direção Artística do Teatro Art’Imagem: José Leitão

M/12
80M

20.05.2022 | por Alícia Gaspar | cultura, Fiódor Dostoiévski, noites brancas, teatro, Teatro Meridional

Mũkoma wa Ngũgĩ, The Rise of the African Novel in English and accompanying costs

«My lecture will center around the 1962 Makerere University “Conference of African Writers of English Expression” and how and why colonially educated African writers and critics privileged the English-language African novel. And how in the course of doing so created an African literary aesthetic that erased early writing in African languages while celebrating an English only consensus. This is therefore also a lecture on the accompanying costs to the African literary tradition as subsequent generations of writers and critics worked mostly from the African Novel in English Only consensus.

The African novel was also central in cementing a much-needed Pan-African identity in decolonization. As Simon Gikandi argued in his essay “Chinua Achebe and the Invention of African Culture” there was a “consensus that Things Fall Apart was important for the marking and making of that exciting first decade of decolonization” (4) and it gave symbol and substance to a Pan-African identity. While recognizing the importance of the Achebe generation in the African literary tradition, I will challenge that narrowing of the identities of both the African novel and writer in what I call the Makerere consensus. I will call for both an African literary criticism and tradition that embraces its history of writing in African languages and for a broader African identity that is historically diasporic and presently transnational.»

 

Conferência Internacional

20 de Maio de 2022

17h-19h

Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

sala C250 

International Conference

May 20th, 2022

5-7pm

School of Arts and Humanities

University of Lisbon

room C250

Plataforma9

19.05.2022 | por arimildesoares | conferência, FLUL, he Rise of the African Novel in English and accompanying costs, Mukoma Wa Ngugi

TEM GRAÇA – Festival Internacional de Mulheres Palhaças

A segunda edição do TEM GRAÇA – Festival Internacional de Mulheres Palhaças vai decorrer a partir de 28 de Maio 2022. Apresenta um programa que considera a multiplicidade do universo das mulheres palhaças e que se foca na intergeracionalidade.

No dia 28 de Maio, o Festival começa em Setúbal, com a palhaça Jay Toor no espectáculo “Holiday on Delay”.

O TEM GRAÇA é um festival que pretende dar a ver mulheres artistas que procuram no humor e na ironia a sua forma de expressão. Procura, especialmente, o trabalho artístico de mulheres que criam a partir de uma dramaturgia autoral e com um olhar horizontal sobre o humor. Consideramos que, em Portugal, a representatividade do que é a comicidade feita por mulheres tem sido descurada. Sabemos que a capacidade de rir sobre temas fracturantes – e ainda estruturantes – provoca uma reflexão do ponto de vista das emoções. Por isso, é tão importante dar palco, voz e, sobretudo, rir sobre práticas sexistas, micromachismos e a naturalização da violência sobre a mulher. O humor tem a capacidade de trazer à consciência colectiva discussões importantíssimas para a evolução das sociedades contemporâneas.

O TEM GRAÇA comporta uma dimensão de descentralização territorial. Para além de Lisboa, as suas cidades parceiras localizam-se no Alentejo (Setúbal, Castelo de Vide, Évora e Mértola). A sua inscrição no território passa também por documentar, preservar a memória e registar. É um festival abrangente e diversificado, que se dirige a vários públicos: desde o público que é surpreendido na rua, ao público assíduo, passando pelo artístico e o académico.

Setúbal

O TEM GRAÇA – Festival Internacional de Mulheres Palhaças em parceria com o Município de Setúbal, apresentam:

ESPECTÁCULO “Holiday on Delay”, com Jay Toor (Israel/Alemanha)

Data: 28 de Maio, sábado

Horários: 11h e 15h

Local: Praça de Bocage, Setúbal

Bilhetes: Gratuitos.

Espectáculo aberto a todos os públicos.

Sinopse

Giselle la Pearl, a nossa personagem, está prestes a encontrar o cenário perfeito para descansar e relaxar. Mas nem sempre as coisas acontecem como planeamos e tudo parece desmoronar-se. O que a princípio seria um dia calmo de praia transforma-se num dia clownesco. Após o sucesso de Jay Toor, aka Fire Fingers, com “Ms. Flames”, a sua digressão mundial , aqui está ela de volta como Giselle la Pearl em “Holiday on Delay“, espectáculo orientado por Joanna Bassi. Orientadora/encenadora de produções de circo internacionais, Joanna é irmã do famoso palhaço Leo Bassi e faz parte da quarta geração de uma família circense.

Sobre Jay Toor

Jay Toor nasceu em Israel, onde cumpriu o serviço militar entre 1997 e 1999. Iniciou sua carreira artística em meados dos anos 2000, como artista do fogo. Com os espectáculos “Fire Fingers” e “Ms. Flames” apresenta-se em diferentes eventos e festivais do seu país. Em 2004, chega à Europa com os objectivos de se profissionalizar e de colaborar com outros artistas do fogo. Vive na Alemanha. “Fire Fingers” esteve em festivais como o Sziget Festival, na Hungria, Edinburgh Fringe Festival, na Escócia e Pflasterspektakel, na Áustria. Em 2009, Jay Toor passa a viver oficialmente na Alemanha. “Holiday on Delay”, estreado em 2013 no Vevey – Artistes de Rue (Suíça), tem sido apresentado em diversos festivais pelo mundo, nomeadamente na Alemanha, Croácia, Holanda, Itália, México, Polónia, Portugal, República Checa, Romênia, Sérvia, Suíça e Tailândia.

Sobre o TEM GRAÇA

O TEM GRAÇA – Festival Internacional de Mulheres Palhaças 2022 apresenta na sua segunda edição um programa que considera a multiplicidade do universo das mulheres palhaças. O programa deste ano dá foco à intergeracionalidade, no que diz respeito à importância e à valorização das relações entre palhaças de várias gerações e na potencialidade de captação de novos públicos, a partir de nichos geracionais distintos, potenciada também pela rede de parcerias regulares estabelecidas com diversas entidades nacionais e internacionais.

Reafirma-se como um dos poucos festivais em Portugal a dar voz ao movimento de expansão da actuação feminina no clown, na criação e na comicidade. Além de reunir apresentações artísticas na área geográfica em que intervém, o TEM GRAÇA alia a programação de espectáculos, a reflexão teórica sobre a comicidade no feminino, com formações ministradas por grandes mestras da arte clownesca, contribuindo de forma directa para o desenvolvimento da comunidade de artistas que trabalham em Portugal, e firma-se como referência portuguesa para estas artistas, nacionais e internacionais, que têm a comicidade como forma de vida.

Reforça-se como um projecto artístico-político – seguindo a natureza interventiva da Algures – que visa o fortalecimento, a visibilidade e a representatividade do que é a comicidade feita por mulheres no cenário artístico nacional, nomeadamente no que se pode denominar de espetáculos de repertório de autor. A actuação conduzida por palhaças na luta das mulheres, representa uma maneira de denunciar práticas abusivas e sexistas, nocivas à sociedade, produzindo discursos e acções que as enfrentem.

A 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, foi lançada a primeira acção do festival: a abertura da candidatura pública para uma bolsa de investigação. Aliar a programação de espectáculos, à reflexão teórica sobre a comicidade no feminino é um dos pilares do TEM GRAÇA. Com o suporte científico do Centro de Estudos de Teatro da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, esta bolsa, voltada para mulheres e pessoas não binárias, é de 2 mil euros destinados à produção de um artigo.

Entre 31 candidaturas, foi seleccionada Melissa Lima Caminha. Licenciada em Artes Cénicas (2006) pelo IFCE, Brasil, tem mestrado (2011) e doutoramento (2016) em Artes e Educação, pela Universidade de Barcelona. Autora da tese “Palhaças: Histórias, corpos e formas de representar a comicidade a partir de uma perspectiva de género”, que foi qualificada como excelente e tem vindo a ser mencionada em diversas obras a nível internacional. Além dos seus estudos académicos, Melissa tem uma vasta formação complementar com diversas palhaças e palhaços do Brasil e do mundo. Actualmente, continua a trabalhar como investigadora e é professora na licenciatura em Artes Cénicas da Escola Universitária ERAM (UdG), Espanha.

***

Ficha Técnica e Artística TEM GRAÇA 2022

Realização: Algures – Colectivo de Criação

Direção artística e coordenação geral: Susana Cecílio

Assistência de direção e coordenação de comunicação: Poliana Tuchia

Produção: Thalita Araújo

Artistas participantes: Gardi Hutter, Jay Toor, Maria Simões, Mireia Miracle, Susana Cecílio, Dulce Margarido, Rita Sales

Identidade visual: Cristina Viana

Fotografia, audiovisual e documentarista: Patrícia Poção

Assessoria de imprensa: Levina Valentim

Marketing digital: Lívia Rangel (Agência Lira)

Contabilidade: Sílvia Guerra

Apoios à divulgação: Antena 1, Antena 2, Coffeepaste, Gerador

Apoios: Município de Setúbal, Câmara Municipal de Castelo de Vide, Câmara Municipal de Évora, Câmara Municipal de Mértola, Embaixada da Suíça em Portugal, Junta de Freguesia do Lumiar, Maria D’Alegria, Descalças, CET – Centro de estudos de Teatro – FLUL, Colectivo Metafísico.

A ALGURES é uma estrutura financiada pela República Portuguesa – Cultura | DGARTES – Direção-Geral das Artes @dg.artes

18.05.2022 | por Alícia Gaspar | espectáculos, Festival Internacional de Mulheres Palhaças, formações, tem graça, tertúlias

Ciclo Visualidades Negras - Ruth Wilson Gilmore

Fotografia © Amaal SaidFotografia © Amaal Said

Ver: O Problema

E se imagens fotográficas estáticas e em movimento mostrarem coisas que nunca deveriam ter acontecido? Esta palestra explorará a representação no contexto conjuntural, traçando tecnologias e ideologias como co-constitutivas, embora não sejam transparentes nem fechadas.

Ruth Wilson Gilmore é professora de Ciências da Terra e Ambientais e diretora do Center for Place, Culture, and Politics da City University of New York Graduate Center. A geógrafa escreve sobre abolição, geografias prisionais, capitalismo racial, violência organizada, movimentos laborais e sociais e políticas e estética da visão. “Académica militante”, como se define, é ainda co-fundadora de várias organizações relacionadas com justiça racial e abolicionismo prisional. O seu primeiro livro foi Golden Gulag: Prisons, Surplus, Crisis, and Opposition in Globalizing California (2007). Abolition Geography: Essays Towards Liberation é o seu livro mais recente e acaba de ser publicado em Londres pela Verso (maio 1922).

Esta é a última conferência do ciclo Visualidades Negras, com curadoria e moderação de Filipa Lowndes Vicente (Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa), que ao longo de cinco semanas propôs várias reflexões sobre a relação entre visualidade e negritude.

Com o apoio da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento.

17.05.2022 | por Alícia Gaspar | CCB, ciclo visualidades negras, geografia, justiça racial, Ruth Wilson Gilmore

Fuga e Refúgio - Dénètem Touam Bona


“O que está em causa não é tanto a fuga, mas sim o racismo sistémico. (…) O que está a acontecer nas fronteiras da Ucrânia, onde estudantes negros terão sido impedidos de atravessar a fronteira por funcionários aduaneiros húngaros ou polacos, para mim, não é diferente do que aconteceu no início de 2017, em Itália, quando um jovem refugiado da Gâmbia se afogou em águas venezianas sob o olhar indiferente e sob os insultos de alguns locais.”

— Dénètem Touam Bona, maio 2022

Biografia de Dénètem Touam

Nascido em Paris, de pai centro-africano e mãe francesa, Dénètem Touam Bona faz parte dos autores afropeus, de identidade fronteiriça, que procuram lançar passarelas entre mundos distorcidos, anda hoje, pela “linha de cor”.  Nas suas obras e projetos, a “marronnage” (a fuga e as artes de se esquivar dos escravos) torna-se um objeto filosófico por si só, uma experiência utópica a partir da qual pensar sobre o mundo contemporâneo. Colaborador regular do Institut du Tout-Monde (dedicado à obra de Edouard Glissant), curador e autor de três livros: Fugitif, où cours-tu? (2016), Cosmopoéticas do Refúgio (2020, Brasil) e Sagesse des lianes. Cosmopoétique du refuge (2021), nos últimos anos, tem colaborado regularmente em projetos criativos, principalmente como dramaturgo. Entre essas colaborações, destacam-se dois filmes com os realizadores Elisabeth Perceval e Nicolas Klotz: “L’héroïque lande” [a terra heroica] (3:45, Shellac, 2017) e “Fugitif, où cours-tu ?” [Fugitivo, para onde corres?] (84 ‘, Arte, 2018), dedicado à “selva” de Calais. Com o seu trabalho dramatúrgico junto do diretor martinicano Patrice Le Namouric (2019), Dénètem propôs uma leitura afrofuturista e distópica (antropoceno / fascista) de Calígula, a peça de Albert Camus (https://tropiques-atrium.fr/spectacle/caligula/) Em 2020, Dénètem abordou novamente a questão do Antropoceno e o sentido da vida através de uma colaboração com a coreógrafa da Ilha da Reunião, Florence Boyer. Através do seu trabalho dramatúrgico, mobilizou figuras como a trepadeira, a sombra, a aranha, garantindo que toda a peça se entrelaça-se num jogo de cordas acionado por corpos transfigurados (http://www.artmayage.fr/album/demaye/) No seu último projeto de criação, “A sabedoria das lianas”, uma exposição coletiva (19 de setembro de 2021 - 9 de janeiro de 2022) no Centre Internationale d’Art et du Paysage de Vassivière, da qual foi curador, Dénètem procurou implementar um “refúgio cosmopoético”.

Num mundo que continua a erguer fronteiras, em que a atual situação ecológica se extrema e em que fluxo de pessoas não cessa, Dénètem Touam Bona reflete sobre a necessidade de fuga e refúgio, na perspetiva de todos os viventes, e não só dos humanos

Nesta composição em fuga em modo menor - a expressão que Dénètem prefere para se referir às suas intervenções - o foco estará na necessidade de repensar o que é o refúgio num mundo que continua a erguer muros e a controlar movimentos de formas cada vez mais sofisticadas. 

Dénètem Touam Bona é um pensador com identidade fronteiriça que procura construir pontes entre mundos. Colaborador regular do Institut du Tout-Monde (dedicado à obra de Edouard Glissant), curador e autor, Dénètem faz da “marronnage” (a fuga e as artes da esquiva dos escravos) um objeto filosófico, uma experiência utópica a partir da qual pensar sobre o mundo contemporâneo. 

Pequeno Auditório

Entrada gratuita - com levantamento de bilhete 30 min. antes do início da sessão (sujeito à lotação da sala)

Duração 2h

Em francês com tradução simultânea para português

19 MAI 2022
QUI 18:30

Culturgest

16.05.2022 | por arimildesoares | conferência, Culturgest, dénètem touam bona, fuga e refúgio

ReMapping Memories Lisboa-Hamburg | Cidade Igualitária: Lisboa por vir

No 28 de maio venham celebrar a cidade igualitária connosco! Conheçam programa do dia:

 

16.05.2022 | por Alícia Gaspar | 28 maio, cidade igualitária, festa do projeto remapping, lisboa por vir, memórias pós coloniais, ReMappingMemories

Lançamento do livro "O que temos a ver com isto? O papel político das organizações culturais"

O novo livro de Maria Vlachou O que temos a ver com isto? O papel político das organizações culturais, um dos temas sobre o qual a autora mais tem reflectido nos últimos anos, será lançado nesta segunda-feira, 16 de maio, às 18h30, na Biblioteca Palácio Galveias (Lisboa)

O livro reúne textos de Maria Vlachou, que estavam dispersos no blog, de comunicações em conferências e artigos de jornal. Esta é uma edição Tigre de Papel (à qual o BUALA se junta), com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian. 

O prefácio foi escrito por Tiago Rodrigues, ex-Director Artístico do Teatro Nacional D. Maria II e próximo director artístico do Festival de Avignon.

16.05.2022 | por Alícia Gaspar | Biblioteca Palácio Galveias, cultura, Fundação Calouste Gulbenkian, lançamento de livro, Maria Vlachou, política

Mental Jovem M-CINEMA 1ª sessão

A partir desta edição do Festival Mental, acolhemos uma nova programação com o objetivo de trazer o cinema aos jovens. Falar sobre saúde mental deve ser algo dirigido a todas as idades, de uma forma simples e clara.

Neste M-Cinema, direcionado ao público a partir dos 12 anos de idade, serão exibidas curtas-metragens incluídas nos últimos dois anos do Festival Mental, assim como da seleção do ano presente, que abordam esta temática de uma maneira divertida, leve e que refletem sobre obstáculos e situações do dia-a-dia.

Duração aproximada de 90 minutos.

Cinema São Jorge sala 3
Valor Bilhete: 2€ p/sessão

19/05/2022 10:30-12:00

Cinema São Jorge

Av. da Liberdade 175, 1250-144 Lisboa

Mais informações

16.05.2022 | por arimildesoares | cinema são jorge, curtas-metragens, Festival mental, situações do dia a dia

Unlimited Creations

Em Unlimited Creations, o artista é apresentado como um ser criador de múltiplas e complexas realidades.

Aaron Scheer aplica métodos clássicos da pintura para retratar temas digitais na arte.

As peças de Banz & Bowinkel antecipam dinâmicas do futuro.

Can Büyükberber usa a potencialidade da arte imersiva para questionar o papel do espetador.

Error-43 dão vida à máquina construída à imagem humana.

Martina Menegon caricatura um mundo descartável de estátuas digitais feitas à sua própria imagem.

6 maio a 8 julho 2022

Ficha técnica:

Artistas:

Aaron Scheer

Banz & Bowinkel

Can Büyükberber

Error-43 

Martina Menegon

Co-curadoria de Marlies Wirth

DIREÇÕESArtemis Gallery

Avenida João Crisóstomo, 65

Artemis Gallery - Lisbon (artemis-gallery.net)

16.05.2022 | por arimildesoares | artemis gallery, exposição, marlies wirth, unlimited creations

Ciclo Horizontes da Ciência | Portugueses em África

Na sessão de 18 de maio, Pedro Rabaçal fala sobre o tema “Portugueses em África“.

A presença portuguesa em África contém uma história bastante colorida, nem sempre bem conhecida.
A história nacional ao longo de 560 anos, as vitórias e as derrotas, as relações com as diversas nações ao longo dos séculos, as ideias visionárias (e outras nem tanto) dos nossos governantes.
Da coexistência pacífica ao imperar da violência, o tráfico negro e a escravatura, os avanços e os recuos no território, a corrida a África e o mapa cor-de-rosa e também a organização da sociedade portuguesa colonial.

Biblioteca de Alcântara, no dia 18 de maio, às 18h00.

Entrada livre, sujeita à lotação da sala.

16.05.2022 | por arimildesoares | biblioteca de alcântara, corrida a África, mapa cor de rosa, pedro rabaçal, portugueses em áfrica

Feminismo e o Combate à Extrema-Direita

O Observatório da Extrema-Direita, com o apoio da Cultra, promove a conferência internacional “Feminismo e o Combate à Extrema-Direita”. A iniciativa integra a programação ABRIL É AGORA, associando-nos às comemorações do cinquentenário do 25 de Abril e da Revolução portuguesa de 1974/1975. 

O debate que se deseja rigoroso, plural, crítico e informativo será promovido por investigadoras em várias áreas e ativistas sociais feministas.

A sessão de abertura será protagonizada pela socióloga e teórica política Sara R. Farris (Goldsmiths, University of London), cujo trabalho é reconhecido internacionalmente, em particular, o seu estudo original publicado em 2017, intitulado In The Name Of Women’s Rights: The Rise Of Femonationalism

A entrada é livre. Poderás inscrever-te na conferência aqui e encontras mais informação na página de internet do Observatório de Extrema-Direita e no evento de facebook da iniciativa.

LOCAL: Anfiteatro 9 do Edifício Novo da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.  Para aceder basta contornar o edifício principal, pelo caminho pedonal.
Ver mapa. Transportes públicos Metro - Estação Cidade Universitária; Autocarros  - 731 - 735 - 738 - 755

PROGRAMA:

10h-11h30 | SESSÃO DE ABERTURA*

Sofia Roque (investigadora em Filosofia, OED)

O que é o Femonacionalismo?

SARA R. FARRIS (Socióloga, Goldsmiths, University of London)

11h30-13h | Portugal: entre o passado e o futuro

Cecília Honório (professora e investigadora, OED)

Kitty Furtado (investigadora, CES/UC)

Bárbara Reis (jornalista, Público)

Moderação: Sofia Lopes (estudante universitária)

***

| 14h30-16h30 | Nem recatadas, nem fadas do lar: a quem serve a ‘ideologia de género’, o antifeminismo e o racismo?

Teresa Joaquim  (antropóloga, Universidade Aberta /CEMRI)

Tainara Machado (investigadora e ativista d’A Coletiva)

Sílvia Roque (investigadora, CES/UC)

Moderação: Dina Nunes (psicóloga)

***

| 16h30-18h | Brasil e Estado Espanhol: exemplos de ascensão e resistência

Samara Azevedo (Coletivo Andorinha - Frente Democrática Brasileira de Lisboa)

Amelia Martínez-Lobo (jornalista e ativista da Fundação Rosa Luxemburgo)

ModeraçãoTeresa Fonseca (estudante universitária)

 

*Sessão em inglês com tradução em simultâneo.

13.05.2022 | por martalanca | Extrema-direita, feminismo

Paulina Chiziane conversa com alunos da FLUL

No âmbito da sua deslocação a Portugal, a escritora moçambicana Paulina Chiziane, Prémio CAMÕES 2021, disponibilizou-se a ter uma conversa com os alunos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL), onde a sua obra é muito estudada em diferentes unidades curriculares. Essa sessão é organizada em conformidade com a sua editora, a Editorial Caminho/Leya, no âmbito do GENORE – Género, Normatividade, Representações, um projecto sediado no CEComp que visa discutir género em diferentes campos do conhecimento, com especial ênfase nos países africanos.

13.05.2022 | por Alícia Gaspar | Africa, CEComp, FLUL, literatura, paulina chiziane, prémio Camões

II Encontro de Jovens Investigadores da CPLP sobre África

II EJICPLP África | 25.26.27 maio de 22 |Evento Híbrido


As inscrições já se encontram abertas para a 2ª edição do Encontro de Jovens Investigadores da CPLP sobre África, que irá decorrer nos dias 25, 26 e 27 de maio de 2022 em formato híbrido (presencial - ISEG em Lisboa e online – streaming), com entrada livre, mas mediante registo, disponível aqui. 

Neste 2º ano, o EJICPLP sobre África consolida-se como um espaço de promoção e divulgação de trabalhos de jovens investigadores na área de Estudos Africanos em Língua Portuguesa para debaterem a ciência numa perspetiva multidisciplinar relativamente a África.

Celebrando o Dia Internacional de África, que se comemora a 25 de maio, a 2ª edição do Encontro tem como temática a INOVAÇÃO, tendo como objetivo debater o papel da ciência na inovação em África. Visa-se aprofundar e saber até que ponto a investigação científica sobre África tem produzido ou trazido inovação ao continente Africano, bem como debater a possível necessidade de se reformular questões e metodologias de investigação científica, numa perspetiva inovadora e pragmática, que permita a apropriação dos resultados destes estudos no quotidiano das sociedades africanas.

O programa conta diariamente com dois momentos demarcados, sendo as manhãs dedicadas a especialistas de renome nas geografias onde se fala a língua portuguesa, num debate de ideias ao mais alto nível e as tardes destinadas à apresentação de trabalhos científicos por investigadores dos vários países da CPLP dando voz e promovendo novos estudos de investigação.

Destacamos a presença de personalidades distintas de toda a CPLP, como Filomeno Forte (Angola), Marina Alkatir (Timor-Leste), Leila Leite Hernandéz (Brasil), Miguel de Barros (Guiné Bissau), Fernando Jorge Cardoso (Portugal) e Isabel Castro Henriques (Portugal), entre várias outras, reforçando os princípios da diversidade, inclusão e representatividade de todos os países de expressão de língua portuguesa.

Os temas em análise são multidisciplinares e abordam questões como:
 

Empoderamento da mulher africana. (25 maio)

Aproximação da investigação científica à agenda de decisores políticos. (25 maio)

Inovação financeira e energética na investigação em África. (26 maio)

Inovação com a tradição. (26 maio)

Enquadramento científico da Rota da Lisboa Africana. (27 maio)

O Encontro de Jovens Investigadores da CPLP sobre África é um projeto fundado por Cristina Molares d’Abril, contando ainda com uma Comissão Organizadora e um Conselho Científico multinacional e multidisciplinar.

Programa

12.05.2022 | por Alícia Gaspar | Africa, CPLP, cultura, evento híbrido, iseg, lisboa

Entre Ideias e Reflexões — Alice Miceli

No episódio de maio, Alícia Gaspar, conversa com Alice Miceli a propósito da sua mais recente exposição “Campos Minados”. A artista explica-nos em que consiste a sua obra, o que podemos esperar ao visitá-la, e os literais passos que teve de dar para conseguir tirar as fotografias que podemos agora observar na exposição patente na Escola de Artes da Universidade Católica do Porto até ao dia 23 de junho.

Biografia

A obra de Alice Miceli (Rio de Janeiro, 1980) caracteriza-se por alternar entre vídeo e fotografia, muitas vezes partindo da investigação de eventos históricos e viagens exploratórias, por meio das quais a artista reconstitui traços culturais e físicos de traumas passados infligidos em paisagens sociais e naturais. O seu trabalho faz parte de coleções importantes a nível internacional como as do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (Brasil), Cisneros Fontanals Art Foundation (EUA) e Moscow Biennale Art Foundation (Rússia). Recentemente, realizou exposições a solo na Americas Society, em Nova York, e no Instituto PIPA, no Rio de Janeiro, assim como diversas mostras coletivas e feiras de arte nos Estados Unidos, Brasil e Europa. Em 2022, o seu trabalho será apresentado na próxima edição da 17ª Bienal de Istambul.

10.05.2022 | por Alícia Gaspar | Alice Miceli, campos minados, comunidade, conflito armado, Escola de Artes, fotografia, guerra, universidade católica

The Green Line | Exposição Individual de Pedro Pires

05 maio 2022 - 25 junho 2022

Entrada Livre

THIS IS NOT A WHITE CUBE | Rua da Emenda, nº 72, Chiado, Lisbon

Contacto 

Graça Rodrigues  |  +351 96 72 604 72  |  press@thisisnotawhitecube.com

Equipa

Diretora Geral e Co-Diretora Artística  |  Sónia Ribeiro

Curadora e Co-Diretora Artística  |  Graça Rodrigues

Assistente de Galeria | Francisca Vaz

Design Gráfico e Audiovisual  |  Francisco Blanco e  Nelson Chantre

The Green Line

A galeria de arte contemporânea THIS IS NOT A WHITE CUBE, inaugurou a 5 de Maio, em Lisboa, “The Green Line” - a exposição individual do artista luso-angolano Pedro Pires, que assinala o seu regresso à capital portuguesa, após mais de uma década de presença crescente no circuito artístico internacional.

Com a curadoria de Lourenço Egreja, a mostra apresenta um conjunto de 15 trabalhos inéditos, de escultura e intervenção sobre papel, decorrendo, na designação, da apropriação do título da obra homónima de Francis Alys e do nome dado à fronteira do Armistício, definida no final do conflito armado Israelo-árabe em 1948. 

Através da referência à performance de Alys (2004) - na qual o artista percorre a fronteira do Armistício, derramando tinta verde no chão - Pedro Pires reintegra conceptualmente aos nossos olhos, uma reflexão que a sua obra propõe, desde há muito, em torno da noção de fronteira e de fragmentação da identidade.

Este movimento de apropriação é mote para uma interceção reflexiva com uma obra artística que, como a sua, se edifica através da reiterada integração de objetos ready-made, de que o artista se apropria com o intuito de fazer uso dos contextos a que pertencem. 

A obra de Pedro Pires tem sido premiada e regularmente integrada no espaço público. Entre os projectos recentes, destaca-se  a participação no POLDRA – Public Sculpture Project, no Parque do Fontelo, em Viseu, local onde está alojada a escultura 14.000 Newtons. Ressalta-se ainda a participação em 2022 na Biso Biennale, no Burkina Faso, onde a obra “Doppelganger Kit” foi distinguida pela Cuperior Collection.

Atualmente Pedro Pires assume especial destaque na exposição “Reflect #2 – FRAGMENTS, FRAGILITIES, MEMORIES” patente no Museum of African Art, em Belgrado, na Sérvia.

A mostra “The Green Line” está patente em Lisboa até 25 de Junho, de 3ª feira a sábado, entre as 14h30 e as 19h30, com entrada livre. Em paralelo, a obra de Pedro Pires pode ser visitada na delegação angolana da galeria THIS IS NOT A WHITE CUBE , em Luanda.

Sobre Pedro Pires

Pedro Pires preocupa-se essencialmente com questões de identidade, nomeadamente com o sentido de uma identidade nacional fragmentada, a qual o próprio artista experienciou ao longo da sua existência enquanto cidadão angolano e português. Recorrendo a diferentes técnicas e objetos, o artista constrói esculturas e instalações únicas de caráter figurativo e conceptual, marcadas por formas antropomórficas que emergem de materiais parcialmente destruídos, evocando os conceitos de destruição e reconstrução. Na sua obra, Pires reflete a sua singular posição sociopolítica relativamente a Angola e a Portugal, e ao contexto pós-colonial que marca a história entre estes dois países. Ao traçar paralelos com diferentes realidades, convida ainda o espetador a pensar sobre questões mais amplas, tais como a realidade contemporânea dos refugiados e direitos humanos. 

Pedro Pires concluiu um MFA na Central Saint Martins College of Art and Design (Londres) em 2010, e a licenciatura em Escultura, em 2005, na Faculdade de Belas Artes de Lisboa. Em 2004, recebeu a Bolsa Erasmus de Belas Artes para a Universidade de Atenas. Com uma carreira artística que se prolonga há mais de dez anos, a sua obra já foi exposta em diversos locais, tais como o Museu de Arte Africana de Belgrado (Sérvia), Museu de História Natural de Angola, o Museu de Belas Artes de Montreal (Canadá), 1:54 Art Fair e Christie’s (Londres), Bienal de Lagos (Nigéria), Cape Town Art Fair (África do Sul), Grand Palais – ArtParis (França), Bienal de Lorne (Austrália) e ExpoChicago (Chicago, EUA). 

A sua obra está ainda representada em importantes coleções particulares e públicas, nomeadamente no Museu de Belas Artes de Montreal (Canadá), na Fundação PLMJ (Portugal), na Mishcon de Reya Collection (UK), na Edge Arts (Portugal), na Carpe Diem Edições (Portugal), na Coca Cola Collection (África do Sul), no Banco Económico (Angola), na S&A (Portugal), no Conselho de Viseu (Portugal), na Africana Art Foundation, na coleção de Fernando Figueiredo Ribeiro (Portugal), de João de Brito (Angola) e de Costa Lopes (Portugal). 

06.05.2022 | por Alícia Gaspar | cultura, exposição individual, pedro pires, the green line, this is not a white cube

Jornadas "40 Anos de Teatro"


Teatro Art’Imagem Como o teatro se desenvolveu nos últimos 40 anos em Portugal

A propósito das celebrações dos 40 anos do Teatro Art’Imagem, a companhia abre as suas portas, durante três dias, a uma reflexão sobre o teatro em Portugal nas últimas  quatro décadas. Propomos, deste modo, um espaço de pensamento entre fazedores de teatro (investigadores, profissionais de teatro de relevância e de áreas que se cruzam com as artes de palco), de atualização e visão para o futuro das artes cénicas, contando, para isso, com o contributo de quatro painéis que refletem temáticas fundamentais na evolução do teatro no nosso país. Este espaço, também aberto à comunidade, será um convite para um diálogo crítico e mais alargado sobre a arte teatral, porque o teatro é o mundo e somos todos nós.

10, 11 e 12 maio na Quinta da Carveneira, Águas Santas- Maia - Entrada Livre 

10 de maio

14h00: Sessão de abertura

Com: Micaela BArboa, José Leitão, Manuel Jorge Marmelo

19h00: Espetáculo “Ai o medo que (nós) temos de existir”

11 de maio

10h30: Painel 1|Teatro e intervenção

Com: Rui Pina Coelho, José Leitão, Rita Alves Miranda e José Soeiro

14h30: Painel 2| Teatro: Praxis e academia

Com: Fernando Matos Oliveira, António Capelo, Manuela Bronze, Eugénia Vasques e Francesa Rayner

12 maio

10h30: Painel 3| Descentralização

Com: Helena Santos, Centro dramático de Évora, Compainha de Teatro de Braga, comédias do Minho e Américo Rodrigues
14h30: Painel 4| A minorias e o teatro

Com: Flávio Hamilton, Zia Soares, Marta Lança, Francesca Negro, Vanessa Sotelo, Maria João Vaz
17h30: Sessão de encerramento

Com: Maria Vlachou



04.05.2022 | por arimildesoares | Águas Santas, jornadas 40 anos de Teatro, Quinta da Caverneira, teatro art'imagem

"Mundos paralelos" - Exposição

Mundos paralelos destaca uma dimensão de bolso que se originou não de uma singularidade, mas sim de um choque entre dois mundos não muito distantes um do outro — como forma de nos trazer de volta à consciência, à nossa terra e aos nossos ancestrais, para estarmos cientes da vida , da natureza e do universo nesta pequena parte do mundo, que é a cidade de Luanda.

Uma cidade dominada pela imagem ilusória do Eu como uma entidade separada do Ser.

É isso que nos mantém nesse estado perpétuo de ansiedade, escassez, medo e insatisfação.

Corpo e mente, a nossa pele, status social, nacionalidade não podem mais ser usados para definir os limites do Eu e do Ser.

Precisamos de uma nova história para redefinir o nosso papel neste universo para além de luandenses, para além de angolanos, para além de homens e mulheres, para além de humanos.

Se dois corpos não podiam partilhar o mesmo espaço, hoje podem. Assim como essas duas pirâmides incorporaram massa física no centro desta galeria, o Eu e o Ser encontrar-se-ão.
Quando se repelem, contornam, encontrando uma superfície não repelente.
Deixando-se ser.
Mesclando.

EU SOU

Bem-vindo aos dois mundos

—Jamil “parasol” Osmar

04.05.2022 | por Alícia Gaspar | ELA, espaço luanda arte, exposição, mundos paralelos, reencontros de Luanda

Dia 7 de maio, Todos a Marvila!

A Lisbonweek arranca este sábado com passeios culturais, exposições, arte urbana, performances, obras site-specific, Tuc tuc’s por Marvila, Meet the Artists, DJ’Sunset, e muitas surpresas!

Viver e (re)descobrir os encantos da Marvila antiga e contemporânea é a proposta deste ano da Lisbonweek. A 7ª edição começa com o Open Day - “Todos a Marvila!” - um dia aberto ao público com muitas atividades gratuitas para conhecer a história e o património de Marvila, e promover o contacto com as artes e o talento que caracterizam este bairro.

O ponto de encontro será no Prata Riverside Village onde se concentram diversas atividades artísticas. Aqui vai poder visitar a retrospetiva “10 anos da Lisbonweek” com os melhores momentos de todas as edições, duas instalações site-specific dos artistas residentes da Lisbonweek (Maura Grimaldi e Catarina Lopes Vicente), e o circuito de arte pública criado pela Galeria Underdogs em parceria com a VIC Properties, em que os tapumes que circundam os edifícios em construção do Prata Riverside Village se transformam em grandes telas pelas mãos dos artistas Maria Imaginário, Jorge Charrua e Guga Liuzzi.

No pátio exterior do Prata Riverside Village e junto ao rio, assista às duas performances dos artistas residentes José Cereceda e Inês Neves. Ainda no Prata, vai poder encontrar dois novos “Estúpidos” – o projeto de instalação do artista Robert Panda - duas esculturas que a Lisbonweek e o Prata Riverside Village doaram à freguesia de Marvila. Os “Estúpidos” são figuras antropomórficas estilizadas, com uma conotação marcadamente amigável – o “estúpido” sentado convida a pessoa a sentar-se junto dele e a observar o rio, o “estúpido” de pé contempla a bela Lisboa. Aproveite ainda para descer até ao parque de estacionamento desta nova vila urbana e visitar a exposição “Brilha Rio” que mostra alguns dos melhores letreiros comerciais de Lisboa, e ali ao lado estará também a acontecer o Mercado P’LA Arte, um projeto de exposição e venda de obras de artistas.

Parta depois à descoberta de Marvila num dos vários TucTuc’s disponíveis que farão viajar pelas ruas e locais emblemáticos do bairro. O Palácio da Mitra vai estar aberto ao público, de forma gratuita, entre as 15h e as 16h45. A entrada será feita por grupos de 25 pessoas, a cada meia hora, e para garantir o seu lugar, basta inscrever-se através do email: contact@lisbonweek.com.

Vai poder conhecer as restantes obras site-specific dos artistas residentes Virgílio Pinto e Leonor Sousa, na Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo, e as propostas das galerias de arte parceiras, como a Underdogs e a Francisco Fino, onde pode contactar com os artistas e curadores das exposições. Haverá ainda a rota drink & tapas Lisbonweek pelo bairro, com menus a 5€, que passará por locais como o Nãm - Fábrica de Cogumelos, a Fábrica de Cerveja Lince, o Bar das Colunas, e muitas outras surpresas! A festa termina na Rua Capitão Leitão ao som da DJ Adria Ming, para celebrar Marvila até ao pôr do sol.

Toda a programação disponível em www.lisbonweek.com

04.05.2022 | por Alícia Gaspar | arte, cultura, Lisbonweek, Marvila, openday, palácio da mitra