Ruy Duarte de Carvalho | 80 anos | ciclo de conversas online

Passam, em Abril, 80 anos sobre o nascimento de Ruy Duarte de Carvalho (1941-2010). Escritor, antropólogo, cineasta, professor universitário, Ruy Duarte de Carvalho deixou publicada uma extensa obra, atravessada de abordagens cruzadas e géneros inclassificáveis, da literatura à antropologia ou ao cinema.

Cartaz de Alejandro Levacov.Cartaz de Alejandro Levacov.
Procurando dar conta da dimensão multifacetada do seu trabalho, propomos um ciclo de conversas online* com um conjunto de investigadoras que se têm dedicado ao estudo da sua obra.
* Sala de Zoom cedida pelo c.e.m. – centro dm movimento.
https://zoom.us/j/2302601308?pwd=ZjhNRVlDc2VVeUdxeWsvTVZQblJQUT09
Meeting ID: 230 260 1308
Passcode: 123

Uma Abertura à Experiência: a Fotografia de Ruy Duarte Carvalho ao Longo do seu Projecto Etnográfico sobre os Pastores do Sul Rural de Angola | Conversa com Inês Ponte
Quarta-feira, 7 de Abril, às 18h30
Esta conversa aborda as vidas da produção fotográfica de Ruy Duarte de Carvalho (1941-2010), antropólogo angolano nascido em Portugal que, a meio da prolongada guerra civil no país (1975-2002), se envolveu com os pastores transumantes Ovakuvale da região semiárida do Sul de Angola. Durante os anos 90, Carvalho utilizou a fotografia analógica para documentar o seu trabalho de campo entre os pastores, e posteriormente empreendeu várias experiências com elas para fins etnográficos. Partindo da actual remontagem do seu arquivo pessoal após a sua morte, exploro usos públicos das suas imagens sobre os pastores durante a sua vida, para discutir as formas como as articulou através de diversos modos expressivos e iniciativas – tais como aguarelas, distintas publicações ilustradas, em duas exposições temporárias e numa peça de teatro. Oferecendo a oportunidade de nos rendermos a uma prática experimental ampla que torna o seu projeto etnográfico sobre os Ovakuvale particularmente revelador, abordo através de materiais de arquivo as orientações seguidas na apresentação dessas imagens, e dimensões temporais salientes entre o seu método de produção e esses usos e reusos posteriores, em contexto pós-colonial.
Inês Ponte é investigadora associada no ICS-ULIsboa. É antropóloga, tem pesquisado sobre fotografia e cinema, e suas relações com as ciências sociais, em particular com a antropologia, cruzando investigação com vídeo.

Ler a Nação no Cinema de Ruy Duarte de Carvalho | Conversa com Inês Cordeiro Dias
Quarta-feira, 14 de Abril, às 18h30
Esta apresentação pretende pensar os filmes de Ruy Duarte de Carvalho a partir de alguns dos seus textos sobre cinema, reunidos no livro A câmara, a escrita e a coisa dita… Vamos dar particular atenção às construções da ideia de nação nos filmes realizados nos anos 70, e de como estes pensam o que significa ser angolano num país tão diverso como é Angola.
Inês Cordeiro Dias é Professora Auxiliar de Estudos Lusófonos na Universidade de Leeds. Tem um doutoramento da UCLA e a sua pesquisa inclui cinema brasileiro, moçambicano, angolano e português.

A Realidade em Estado de Palavra: uma Conversa sobre a Escrita Dialógica de Ruy Duarte de Carvalho | Conversa com Anita Moraes
Quarta-feira, 21 de Abril, às 18h30
A produção literária de Ruy Duarte de Carvalho (1941-2010) chama a atenção pela maneira como lida com o complexo problema da representação. Já o título do seu primeiro romance, Os papéis do inglês(2000), que inaugura a trilogia Os filhos de Próspero, anuncia o carácter palpável que a palavra (na materialidade sugerida por “papéis”) tende a adquirir na sua escrita. Nesta conversa, procurarei apresentar como entendo tal processo de evidenciação da palavra nas narrativas de Ruy Duarte de Carvalho, algo perceptível desde os contos de Como se o mundo não tivesse leste (1977). Pretendo, ainda, tratar de seu permanente diálogo com os pastores Kuvale e abordar, ainda que brevemente, alguns aspectos do “Decálogo neoanimista”, texto-manifesto publicado pelo autor em 2009.
Anita Moraes é professora de Teoria da Literatura na Universidade Federal Fluminense (UFF). Os seus interesses de pesquisa voltam-se para as literaturas de língua portuguesa e envolvem as relações entre Literatura, Antropologia e os Estudos Pós-Coloniais.

30.03.2021 | por Alícia Gaspar | angola, ciclo de conversas online, cinema, escrita dialógica, etnografia, fotografia, livraria tigre de papel, Ruy Duarte de Carvalho

Itinerários Sonoros na Performance art: processos de criação e recriação artística

Nos dias 7, 14 e 21 de Abril terá lugar o Seminário Itinerários Sonoros na Performance art: processos de criação e recriação artística (Núcleo de Investigação em História da Arte: Práticas Artísticas Contemporâneas do CITCEM / FLUP) com a participação de Manoel Barbosa, Vítor Rua, António Olaio,  Jaime Reis, Tânia Dinis, Frederico Dinis, António Barros, Gustavo Costa e Ana Cancela.
Este seminário corresponde a uma das etapas da investigação de doutoramento em curso Artes Sonoras na Performance Art em Portugal (Flup / CITCEM) que tem como principal enfoque o estudo e identificação da relação entre a performance art portuguesa e a música/som — sinergias, práticas e arquivo — desenvolvido num arco temporal compreendido entre a década de 1960 do século XX até à atualidade.

Com este seminário pretende-se problematizar e mapear o extenso território onde a performance e as artes sonoras se fundem, através de um cruzamento entre a circulação do saber teórico, do arquivo e da prática artística contemporânea. Assim. este seminário tem como objectivo promover o diálogo entre artistas e investigadores em História da Arte Contemporânea de forma a estabelecer o confronto entre a prática artística e estudos teóricos até agora realizados em Portugal sobre esta temática.
O seminário realizar-se-à via Zoom (https://videoconf-colibri.zoom.us/j/83805523320) com entrada livre.


30.03.2021 | por Alícia Gaspar | arte, artes sonoras na performance art em portugal, CITCEM, contemporânea, entrada livre, FLUP, história da arte, música, online, processos de criação e recriação artística, seminário

“13 Ways of Looking at a Blackbird” - Berlinale 2021

O mais recente projeto de Ana Vaz, “13 Ways of Looking at a Blackbird” deve o seu título ao poema de Wallace Stevens, e foi seleccionado para a Berlinale deste ano na secção Forum Expanded que consiste em quatro programas de curtas-metragens, uma média-metragem e duas longas-metragens, com um total de 18 filmes a serem exibidos em Março. Oito instalações serão igualmente exibidas em Junho. A cobertura da Berlinale deste ano segue a linha do novo formato do festival: uma edição híbrida, adaptada aos tempos pandémicos, dividida entre uma parte online e dedicada à indústria, de 1 a 5 de Março, e outra em formato físico, durante o verão.

Os temas dos programas de curtas-metragens de 2021 giram em torno da história e da memória, rituais e mitos, colonialismo e racismo e uma prática cinematográfica de subversão e resistência.

A curta-metragem partiu de um projeto educativo da EGEAC, o DESCOLA, com a gestão, produção e entusiasmo de Paula Nascimento durante 2019/2020 (Galerias Municipais EGEAC), uma formação na área do cinema e pedagogia crítica com a artista Ana Vaz e alunos da Secundária D.Dinis, em Chelas. O resultado material desta formação foram dois objectos: o filme ‘13 Ways of Looking at a Blackbird’, seleccionado para a Berlinale, e uma fanzine.

No filme são abordadas as questões cinematográficas. Nomeadamente, apresentam-se experiências, questões e interrogações dos estudantes acerca das várias variantes do cinema. “O filme é uma canção que se pode ver”, escreveu um dos estudantes a partir de uma constelação colectiva de frases e desenhos feitos durante um dos workshops. A frase é uma descrição perfeita de um filme que explora uma ecologia nascente dos sentidos.

Uma canção que (res)surge numa escavação pelo potencial dos sentidos. Um poema que (nos en)caminha por um caminho singular, sem destino. Uma imagem que (nos i)mobiliza. Uma voz que (nos en)canta. Um filme que nos seduz. Camadas de significação e subjetividades que se aglomeram num retrato sublime do ser — na experiência permanente da interrogação.

Apesar dos constrangimentos causados pela pandemia conseguiram acabar o filme em 2020.

Equipa 

Diretora: Ana Vaz

Cinematografia: Ana Vaz, Vera Amaral, Mário Neto

Edição: Ana Vaz, Deborah Viegas

Design de Som: Ana Vaz

Som: Mário Neto, Nuno da Luz, Catarina Boieiro

Produtor: EGEAC - Galerias Municipais de Lisboa

Co-Produtor: Anze Persin, Stenar Projects, Ana Vaz

Participação Especial

Vera Amaral

Mário Neto

Paula Nascimento

Ana  Vaz

Nuno da Luz

27.03.2021 | por Alícia Gaspar | 13 ways of looking at a blackbird, berlinale, chelas, DESCOLA, EGEAC, fanzine, paula nascimento, secundária D. Dinis, workshops

"DesConfinar em 7 Filmes, 1 Semana"

” DesConfinar em 7 Filmes, 1 Semana “ - Welket Bungué disponibiliza online produções inéditas da KUSSA.

7 projetos da KUSSA Productions, incluindo duas estreias inéditas, estarão disponíveis online a partir de hoje no canal Youtube de Welket Bungué.

Welket e Welsau Bungué são irmãos, e são a dupla que co-fundou a produtora KUSSA (2017). Os irmãos disponibilizam online, entre 27 de março e 1 de abril de 2021, os filmes ‘Bastien’, ‘Arriaga’, ‘Corre Quem Pode, Dança Quem Aguenta’, o espetáculo de performance ‘Tchon di Balanta’ (em vídeo-filme), o vídeo-reportagem ‘Tchon di Balanta - Tour Na Kau Berdi’, que tem músicas de Sara Tavares e Patche di Rima. Mas a grande novidade são os dois filmes ‘Lisboa, Pódio de Quimeras’ filmado unicamente numa tarde de setembro de 2019 em Camarate, e o filme mudo ‘Ex Explorador Expropriador’, filmado em Cabo-Verde em novembro de 2019, e que faz parte da trilogia “Carbono” do realizador Welket Bungué (que inclui os filmes ‘Kau Berdi, e o premiado ‘Metalheart’ Grande Prémio do Júri - Aquisição Fundação EDP no Festival Intl. de Videoarte de Lisboa - FUSO 2020). 

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“DeConfinement within 7 Films, 1 Week” - Welket Bungué offers new KUSSA productions online.

7 projects from KUSSA Productions, including two unpublished premieres, will be available online from today at the Welket Bungué’s Youtube channel.

Welket and Welsau Bungué are brothers, and also the double that co-founded the production company KUSSA (2017). The brothers make available online, between March 27 and April 1, 2021, the films ‘Bastien’, ‘Arriaga’, ‘Run If You Can, Dance If You Dare’, the performance show ‘Tchon di Balanta’ (in video-film ), the video reportage ‘Tchon di Balanta - Tour Na Kau Berdi’, which has songs by Sara Tavares and Patche di Rima. But the big news is the two films ‘Lisbon, Podium of Chimeras’ filmed only on a September 2019 afternoon in Camarate, and the silent film ‘Ex Exploiter Expropriator’, filmed in Cape-Verde in November 2019, and which is part of the “Carbono” trilogy from the director Welket Bungué (which includes the films’ Kau Berdi, and the award-winning ‘Metalheart’ Grand Jury Prize - Fundação EDP acquisition at the Lisbon International Video Art Festival - FUSO 2020).

* All productions are available with English subtitles (activate, on Youtube). Except for the videos ‘Tchon di Balanta’, and the report ‘Tchon di Balanta - Tour na Kau Berdi’.

27.03.2021 | por Alícia Gaspar | Arriaga, bastien, carbono, corre quem pode dança quem aguenta, estreias inéditas, ex explorador expropriador, filmes, filmes no YouTube, kussa productions, Lisboa pódio de quimeras, metalheart, sessão online, tchon di balanta, tchon di balanta tour na kau berdi, Welket Bungué, welsau bungué

"Crónica de uma deserção, Retrato de um país", livro de Fernando Mariano Cardeira

Fernando Mariano CardeiraFernando Mariano CardeiraFernando Mariano Cardeira nasceu em Fanhais, freguesia da Nazaré, a 11 de Outubro de 1943. 

Frequenta o Liceu da Figueira da Foz, 1954-59, e o Liceu de Leiria, 1959-61. Ingressa na Academia Militar (AM) em Outubro de 1961. Em 1965 ingressa no Instituto Superior Técnico como oficial-aluno da AM. Em 1968 requere o abate ao efectivo da AM por discordar da política colonial do governo. Reclassificado em Tenente-miliciano de Infantaria em Mafra, Abril de 1969. Interrupção do curso de Engenharia, que vem a completar em 1977.

Mobilizado para a Guerra Colonial em Maio de 1970. Em 23 Agosto de 1970 deserta a salto pela Serra do Gerês, e pede asilo político na Suécia.

Regressa a Portugal em Junho de 1974. Reintregado no Exército é convidado para Director de Informação da RTP, onde fica de Abril de 1975 a Abril de 1976. Funcionário dos Serviços de Apoio do Conselho da Revolução até Agosto de 1979. 

Completa o Curso de Engenharia Nuclear no Instituto National des Sciences et Techniques Nucléaires de Saclay, França, em Setembro de 1980. 

Em 1986 ingressa no Reactor Português de Investigação como Supervisor.

Aposenta-se em 2004. Representou Portugal em vários comités científicos da OCDE e da União Europeia.

Foi um dos fundadores da Associação de Exilados Políticos Portugueses (AEP61/74) em 2015. É actualmente Presidente da Direção da Associação Movimento Cívico Não Apaguem a Memória- NAM. 

27.03.2021 | por Alícia Gaspar | Africa, crónica de uma deserção retrato de um país, Fernando mariano cardeira, guerra colonial, lançamento de livro, livro, Portugal

Estar em Casa no Teatro São Luiz

SÃO LUIZ APRESENTA

ESTAR EM CASA: DIA MUNDIAL DO TEATRO

PRETEND IT’S A LIFE!

O Teatro São Luiz celebra o Dia Mundial do Teatro com uma nova edição de Estar em Casa, desta vez, em formato online. Com programação de Anabela Mota Ribeiro e André e. Teodósio, nos dias 27 e 28 de março, das 10:00 às 23:00, e com acesso gratuito através do site www.estaremcasa2021.pt ou www.teatrosaoluiz.pt, há propostas para todas as idades e variados gostos.

Ana Kiffer, Ana Gomes, Bárbara Reis, Cláudia Varejão, Rui Horta, Gabriela Moita, Teresa Coutinho, Djaimilia Pereira de Almeida, Fernanda Fragateiro, Clara Ferreira Alves e Paulo Pascoal, entre outros, participam em conversas sobre vários e relevantes temas relacionados com o corpo, a sensorialidade, a sexualidade, o fascismo, o medo, etc., 

CONVERSAS

As conversas são um ponto de honra do Estar em Casa. Porque a falar é que a gente se entende!

#1-Ódios e Fascismos: uma conversa com Ana Kiffer e Ana Gomes, moderada por Bárbara Reis. 

[sábado, 27 março, 14:00, 45’]

#2-Corpo, Sensorialidade, Sexualidade: uma conversa com Gabriela Moita, Cláudia Varejão e Rui Horta, moderada por Teresa Coutinho. 

[sábado, 27 março, 15:00, 45’]

#3-Casa, Célula Cela: uma conversa com Djaimilia Pereira de Almeida e Fernanda Fragateiro, moderada por Paulo Pascoal. 

[sábado, 27 março, 16:00, 45’]

#4-Medo, Doença, Morte: uma conversa com Clara Ferreira Alves e José Gardeazabal, moderada por Pedro Santos Guerreiro. 

[sábado, 27 março, 17:00, 45’]

#5-Cansados vão os Corpos para Casa: uma conversa com Mbate Pedro e Itamar Vieira Júnior, moderada por Ju Torres.

[sábado, 27 março, 18:30, 45’]

A acompanhar tudo isto, há desabafos na página de Facebook do Teatro São Luiz, um diário online onde ficamos a saber os pensamentos mais profundos deste teatro.

Se nas edições anteriores o São Luiz era transformado numa casa, agora, que estamos todos em casa, o teatro contra-ataca, e vai transformar e viver as casas de todos como um espaço de reinvenção, reflexão, prática artística e lugar de aprendizagem. Pretend it’s a life.

Todo o programa é de acesso gratuito através dos sites do São Luiz ou www.estaremcasa2021.pt.

A maioria das atividades tem horário marcado, algumas ficam disponíveis durante todo o evento, nomeadamente Oh, as Casas, as CasasOh, os Teatros, os Teatros, as visitas guiadas, as Comidas de Artistas e os espetáculos do Teatro São Luiz. 

Programa completo, aqui.

25.03.2021 | por Alícia Gaspar | conversas, corpos, dia mundial do teatro, emissão online, evento, sensorialidade, sexualidade, teatro, teatro são Luiz

Appel à contribution pour le numéro XXXVI – 1 (décembre 2021) de la revue Sociocriticism

Dossier thématique : « Diasporas / diasporisations noires : pratiques théoriques, politiques, artistiques et culturelles »

Coord. : Téophile Koui et Victorien Lavou Zoungbo


Nous entendons et posons fondamentalement « Diasporas » tout à la fois comme débords et questionnements/resignifications des logiques d’appartenance ou d’assignation nationale et continentale.

C’est le parti pris critique qui fonde ce dossier de la revue Sociocriticism. De ce point de vue, les propositions de communication qui seront retenues, après expertise, devront éviter de revenir sur la généalogie des « diasporas » et sur la question de la légitimité de l’usage de la notion conceptuelle de « diaspora » appliquée aux multiples et complexes rapports des Noirs.es ou afro-descendants.es à l’Afrique (noire). Il existe désormais des bibliothèques solidement établies sur ces questions. Tout en ne perdant pas de vue ces questions, ce numéro spécial entend en priorité mettre l’accent sur:

1/ La dimension politique de «diaspora» ou comment les sujets noirs, afro- descendants, à travers différents positionnements, des revendications posées comme spécifiques, des associations protéiformes, des pratiques politiques, culturelles, artistiques et culturelles/cultuelles, etc., interrogent et interagissent, à partir de leurs vécus ou expériences imaginaires, avec les logiques nationales et continentales. Il est sans nul doute vrai que la globalisation actuelle joue un rôle incontestable dans ces interrogations, dans ces resignifications.

2/ Celles-ci engagent un débat de plus en plus perceptible sur la primauté jusque-là (ou toujours ?) concédée à l’Afrique (noire) comme « cuna », « mother land », « racine première » et fondatrice incontournable à laquelle ses « enfants » dispersés dans le « Tout- monde » (E. Glissant) rendent hommage et vers laquelle s’organisent les « retours » physiques et imaginaires tout au long de l’histoire transatlantique. S’il ne viendrait à l’idée de personne de récuser l’importance de l’Afrique (noire) dans ce qui intéresse ici, on doit remarquer en même temps que plus qu’un point fixe et immuable garant indéfectible des subjectivités noires ou afro-descendantes, l’Afrique (noire) entre et participe dorénavant d’un réseau complexe de significations symboliques et politiques. Parler de « diasporisations » ou de « Africa como diaspora mayor » rend compte de cette réarticulation tout comme, depuis les années 1990, l’émergence sémantique de la catégorie de l’« Afro-descendance » qui suscite encore controverses et débats dans l’arène universitaire, dans les mouvements culturels, chez les activistes, etc.

Ces deux points privilégiés ici peuvent être examinés du point de vue des théories et critiques culturelles et sociocritique, à partir des productions littéraires, filmiques, documentaires, artistiques, théâtrales, cybernétiques ou à partir des activismes politiques et culturels/cultuels. Dans cet ensemble, une attention critique devrait être particulièrement accordée aux voix des femmes, aux « identités barrées ou empêchées », aux régions du Maghreb, du proche et moyen Orient, d’Asie, aux enjeux politiques actuels liés à la coprésence des Retornados.as/Returnees en Afrique (noire).

Normes et modalités de soumission

Langues : français, espagnol, anglais, portugais
Normes éditoriales et modalités de soumission des propositions : http://revues.univ-tlse2.fr/sociocriticism/index.php?id=2490 (entrée spécifique)

Courriels des éditeurs : teophile.koui@yahoo.fr; lavou@univ-perp.fr

Calendrier

Date d’envoi des propositions : 15 juin 2021
Retour des évaluations : 15 août 2021
Envoi de la version définitive : 15 octobre 2021

Publication prévue : décembre 2021

Bibliographie minimale

Gilroy P. (1993). L’Atlantique Noir. Modernité et double conscience.
Hall S. (2007). Identités et Cultures. Politiques des Cultural Studies.
Ménil R. (1999). Antilles déjà jadis.
Muteba Rahier J. (ed. 1999). Representations of Blackness and the Performance of Identities. Lara Oruno D. (2015). La naissance du Panafricanisme.

Lerner M. and West C. (1995,1996). A dialogue on race, Religion and Culture in America. Lavou V. (2003). Du migrant-nu au citoyen différé.

Lavou V. et Marty M. (2008). Imaginario racial y construcciones imaginarias.
Projeto História 44 (2012). « Diásporas ».

Said E. (1984). « Reflections on Exile », Granta 13 : 159-1972.

25.03.2021 | por Alícia Gaspar | afrique, appel, diasporas, sociocriticism, téophile koui, victorien lavou zoungbo

“O Meu Bairro é Lisboa”. Está aberto o concurso de ideias para curtas-metragens documentais sobre bairros de Lisboa

Esta iniciativa surge no âmbito da celebração do 10.º aniversário BIP/ZIP.

O Meu Bairro é Lisboa é um concurso de ideias para curtas-metragens documentais sobre bairros de Lisboa, com candidaturas abertas até 5 de Abril. Promovido pelo Projeto Educativo da Apordoc – Associação pelo Documentário e a Estratégia de Desenvolvimento Local BIP/ZIP, o concurso está aberto a grupos de 3 a 5 membros, sem limite de idade

Nos bairros do município de Lisboa, existem muitos aspetos que podem ser filmados com uma câmara de telemóvel: espaços de convívio, curiosidades do passado, os habitantes, as fronteiras e os pequenos pormenores. Na partilha de perspetivas sobre diferentes zonas e bairros, todas as ideias são válidas. 

Dos membros do grupo, pelo menos um deve ser morador do bairro que pretende documentar. A diversidade (geracional, de género, entre outras) dentro dos grupos será um fator de valorização no processo de seleção. 
No final do processo de seleção, a 16 de Abril, o painel divulgará os 10 grupos vencedores. Os selecionados participarão em oficinas para a realização das curtas metragens, com uma formadora especializada em cinema do Projeto Educativo Apordoc. 

Em Julho, no Cinema São Jorge, todas as curtas-metragens serão exibidas numa sessão aberta ao público. O formulário de inscrição e todas as informações estão disponíveis no site do Doclisboa. 

20.03.2021 | por Alícia Gaspar | bairros da cidade, cinema são jorge, concurso, curtas-metragens, DocLisboa, lisboa, Portugal

Teatro Estúdio Fontenova

“Cerco” 

Apresentação online a 21 de Março

A performance “Cerco”, do Teatro Estúdio Fontenova, estreada em 2020, será apresentada online no Festival Mátria Amada, no dia 21 de Março de 2021, numa sessão entre as 20h e as 23h (hora de Portugal), aproximadamente às 22h.

Ocupámos as terras, delimitámo-las, fechámo-las cada vez mais, até para quem sempre viveu delas. E como reagiu o nosso corpo a estes “cercos”? Foi-se fechando também, nele mesmo, e na sua ligação à terra. Corpo e Terra, dois lugares que habitamos, como não pensar neles de forma intrinsecamente ligada? Olhamos para o Alentejo, para Setúbal, para movimentos indígenas que questionam a violência para com terra e a violência para com o corpo da mulher, questionámos mulheres à volta do mundo na sua ligação corpo-terra, questionámos as nossas próprias ligações, bebemos das investigações académicas de Silvia Federici e do conceito de Marx de “cercamento”. Assim, cercámos corpos, palavras, memórias e movimentos descobrindo que precisamos de os devolver, mais livres e mais abertos.

“Dizemos Mãe Terra… é a nossa mãe, e nós somos os filhos, e tudo entre nós e a terra é o nosso cordão umbilical. Então… se violarmos a terra, violamos estas coisas… envenenamo-nos.” — Laura Red Elk (Pueblo Pintado)

Em memória da(s) (histórias) da avó Guilhermina.
Em memória da Acácia que era meu avô.

Criação: Eduardo Dias e Patrícia Paixão | Interpretação: Fábio Nóbrega Vaz e Patrícia Paixão | A partir de: Silvia Federici, Relatório “Violence on the Land, Violence on our Bodies”; Textos de Amala Oliveira, Anna Luňaková, Bitasta Das, Iliana Martinez, Shahd Wadi, Silvia Floresta, Tatiana Zalla, Guida Brito (Blog “Navegantes de Ideias”) | Música: Accordzéâm (Tema “Des Hauts Débats”) e Tio Rex / Miguel Reis (Tema “BOM DIA! e Outros Pensamentos”) | Voz-Off:Carlos Pereira, Graziela Dias, Ricardo Gaete, Ricardo Guerreiro Campos, Sara Túbio Costa | Design, Vídeo e Operação Técnica: Leonardo Silva | Agradecimentos: Inês Monteiro Pires, Luís Junqueira | Apoio à Produção: Tomás Barão | Fotografia: Helena Tomás

Ficha Técnica Vídeo Integral: Realização, Câmara e Montagem: Leonardo Silva | Assistentes de Câmara: Helena Tomás e Tomás Barão | Captação e Pós-Produção Áudio: João Mota | Anotação: Helena Tomás

Produção: Graziela Dias | Direção Artística: José Maria Dias | Co-Produção: Casa Da Cultura | Setúbal | Produção Executiva: Teatro Estúdio Fontenova | Estrutura financiada: Governo de Portugal – Direção-Geral das Artes e Município de Setúbal

Promovido pelo Grupo Manuí (Brasil) e coordenado pela Tati Zalla e pelo Leandro Pfeifer, o Festival Mátria Amada vai reunir músicos, escritores, artistas, atores, lideranças indígenas e quilombolas e promover reflexões acerca dos cuidados com o meio ambiente e preservação dos ecossistemas através de intervenções artísticas e um espetáculo a cada evento.

Decorre em quatro dias, das 20h às 23h (hora de Portugal), no canal de YouTube do Grupo Manuí:

21 de Março — O cuidado com a Terra como inspiração artística
28 de Março — Mestres tradicionais e os cuidados com a Terra
4 de Abril — O caipira e os cuidados com a Terra
11 de Abril — Povos Originários e os cuidados com a Terra


18.03.2021 | por Alícia Gaspar | Brasil, evento, festival, mátria amada, parcerias, Portugal, teatro, teatro estúdio fonte nova

Vasco Araújo: LIEBESTOD - Amor e Morte / LIEBSTOD - Love and Death | 17 DE ABRIL DE 2021 ÀS 15:00

“LIEBESTOD - Amor e Morte”
Uma exposição de Vasco AraújoCuradoria de Bruno MarquesSismógrafo (Porto)Abertura: Sábado, 17 de Abril, 15:00-19:00
Patente até 15 de Maio, 2021
*Limite de quatro pessoas à vez e uso obrigatório de máscara protectora no interior do espaço.

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“LIEBESTOD - Love and Death”
An exhibition by Vasco Araújo
Curated by Bruno MarquesSismógrafo (OPorto, Portugal)
Opening: Saturday, April 17, 3:00-7:00pm
Until May 15, 2021
*Limited to four people at a time and mandatory use of a protective mask inside the space.

Por que razão somos ainda vítimas das ilusões e desilusões do amor romântico? Esta é uma das questões que Liebestod de Vasco Araújo nos suscita. Apresentada pela primeira vez em 2019, em Baku, no Azerbaijão, trata-se de uma instalação vídeo meta-operática. Duas lendas primordiais de amor trágico, perpectuadas na tradição oral e fixadas por poetas e trovadores há muitos séculos atrás, acabaram por dar o título a duas óperas emblemáticas. Tristão e Isolda e Leyli e Madjnun surgem lado a lado no seu filme, mostrando que, não obstante o “choque civilizacional” entre Ocidente e Médio Oriente - ou entre Cristianismo e Islão -, ambas constituem avatares de um mesmo arquétipo, senão de um mesmo modelo da psique humana.

Liebestod - Amor e Morte explora o amor romântico, a paixão e a impossibilidade de os dois amantes estarem juntos. Esses assuntos são revelados através do prisma de entrevistas a psicanalistas do Azerbaijão e da Alemanha que examinam e comparam os enredos das duas óperas e respondem a uma série de questões colocadas pelo artista sobre a definição do amor, a projecção das dificuldades dos protagonistas na actualidade ou o aconselhamento profissional sobre como se deve agir quando a ilusão choca com a realidade. Combinado com letras profundas, música comovente e sinistras paisagens nocturnas de antigos cemitérios, castelo abandonado e florestas virgens, estas conversas mergulham o espectador na reflexão sobre se a morte é a única salvação para o amor eterno.
No dia de abertura será lançado o livro da exposição: edição numerada e assinada pelo artista, com design da autoria de Maria João Macedo e Dário Cannatà e um ensaio de Bruno Marques. Ao tomar a forma (e função) de um libreto, esta publicação propicia, do ponto de vista conceptual e da recepção estética, uma estrita relação com a instalação vídeo, constituindo uma extensão da mesma.

-Vasco Araújo, nasceu em Lisboa, em 1975. Concluiu a licenciatura em Escultura pela FBAUL., frequentou o Curso Avançado de Artes Plásticas da Maumaus em Lisboa. Integrou ainda programas de residências, como Récollets (2005), Paris; Core Program (2003/04), Houston. Em 2003 recebeu o Prémio EDP Novos Artistas, Portugal.
Desde então tem participado em diversas exposições individuais e colectivas tanto nacional como internacionalmente: “Momento à parte”, MAAT – Fundação EDP, Lisboa, Portugal (2019); Vasco Araújo”, M-Museum, Leuven, Belgica, (2018); “Decolonial desires”, Autograph ABP, Londres, U.K. (2016); “Potestad”, MALBA - Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires, Buenos Aires, Argentina.(2015) “Under the Influence of Psyche”, The Power Plant, Toronto (2014); “Debret”, Pinacoteca do Estado de S. Paulo, S. Paulo (2013); “Eco” Jeu de Paume, Paris (2008); “Em Vivo Contacto”, 28º Bienal de S. Paulo, São Paulo (2008); “Experience of Art”; La Biennale di Venezia. 51th International Exhibition of Art, Veneza (2005); “The World Maybe Fantastic” Biennale of Sydney (2002), Sydney.
O seu trabalho está publicado em vários livros e catálogos e representado em várias colecções, públicas e privadas.

www.vascoaraujo.org

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Why are we still the victims of the illusions and disillusions of romantic love? This is one of the questions raised by Vasco Araújo’s video and installation Liebestod. Shown for the first time in 2019 in Baku, Azerbaijan, this piece is a meta-operatic work. Two primordial legends of tragic love, preserved in the oral tradition and fixed by poets and troubadours many centuries ago, provided the title of two emblematic operas. Tristan and Isolde and Leyli and Majnun appear side by side in his film to demonstrate that despite the “civilizational clash” between the West and the Middle-East (viz. between Christianity and Islam), both constitute not only the avatars of the same archetype but perhaps of the same model of the human psyche.

Liebestod - Love and Death explores romantic love, passion, and the impossibility of the two lovers being together. These issues presented through the identification prism of psychoanalysts from Azerbaijan and Germany who examine and compare the plots of the two operas and go through a series of questions raised by the artist about the definition of love, projection of the difficulties of the protagonists today, or the professional advice on how to act when the illusion collides with reality. Combined with deep lyrics, moving music, and sinister night landscapes of old cemeteries, an abandoned castle, and virgin forests, these conversations immerse the viewer in the thoughts on whether death is the only salvation for eternal love.On the opening, will be released an exhibition book: a numbered edition signed by the artist, with design by Maria João Macedo and Dário Cannatà and an essay by Bruno Marques. By taking the form (and function) of a libretto, this publication provides, from a conceptual point of view and aesthetic reception, a strict relationship with the video installation, constituting an extension of it.

-Vasco Araújo was born in 1975 in Lisbon. Completed his first degree in Sculpture in 1999 at FBAUL, and attended the Advanced Course in Visual Arts at Maumaus in Lisbon. Also took part in residency programmes, such as The University of Arts, Philadelphia (2007); Récollets, Paris (2005); and the Core Program (2003/04), Houston. In 2003, he was awarded the EDP Prize for New Artists, Portugal.
Since then, he has participated in various solo and group exhibitions both in Portugal and abroad: “Momento à parte”, MAAT – Fundação EDP, Lisboa, Portugal (2019); Vasco Araújo”, M-Museum, Leuven, Belgica, (2018); “Decolonial desires”, Autograph ABP, Londres, U.K. (2016); “Potestad”, MALBA - Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires, Buenos Aires, Argentina.(2015) “Under the Influence of Psyche”, The Power Plant, Toronto (2014); “Debret”, Pinacoteca do Estado de S. Paulo, S. Paulo (2013);“Em Vivo Contacto”, 28º Bienal de S. Paulo, São Paulo (2008); “Experience of Art”, La Biennale di Venezia. 51st International Exhibition of Art, Venice; “The World Maybe Fantastic” Sydney Biennial (2002), Sydney.
His work has been published in various books and catalogues and is represented in several public and private collections.

www.vascoaraujo.org
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Apoio à programação do Sismógrafo / Support to Sismógrafo programme:
Direção Geral das Artes (DGArtes); Apoio Criatório (CMP), Casa das Artes/DRCultura do Norte; Artworks

18.03.2021 | por Alícia Gaspar | arte, exposição, liebestod, porto, vasco Araújo

Contemporânea lança “Comunidade enquanto Imunidade” para apoiar a produção artística

A Contemporânea abre no dia 24 de março o programa de Comunidade enquanto Imunidade, um projeto que envolve 20 autoras e autores na criação e edição de conteúdos inéditos que vão refletir sobre a produção artística em contexto de crise.

Comunidade enquanto Imunidade é um projeto transdisciplinar dedicado à reflexão e produção artística sobre as várias dimensões críticas do presente na sua, inevitável, relação com a pandemia COVID-19. Foi criado pela Contemporânea, a publicação portuguesa especializada em arte contemporânea, e entre março e dezembro promove um programa com atividades públicas e gratuitas, que conta com contributos de 20 artistas, curadores, académicos, jornalistas, músicos e outras autoras e autores:

Alejandro Alonso Díaz, Ana Margarida Abrantes, Andreia Santana, António Poppe, Carolina Ellis, Cátia Sá, Diana Policarpo, Djaimilia Pereira de Almeida, Gisela Casimiro, Hugo Canoilas, Jack Mugler, Miguel Mesquita, Odete, Pedro Barateiro, Peter Hanenberg, Rita Natálio, Rodrigo Ribeiro Saturnino, Sofia Lemos, Tita Maravilha e Vítor Belanciano.

 

Ana Cristina Cachola, curadora e diretora artística de Comunidade enquanto Imunidade, destaca que o projeto surge “neste momento crítico”, “de crise e de necessidade (da) crítica”, com o principal objetivo de “construir comunidade enquanto forma de imunidade social e cultural perante os diversos desafios, as incertezas e as diferentes precariedades que são instaladas pela(s) crise(s)”.

O programa integra um ciclo de workshops temáticos, a edição de um número especial da Contemporânea – associado a um programa online com publicações, conversas e performances –, e de um jornal de distribuição gratuita. Todas as atividades serão de acesso livre e gratuito e vão acontecer maioritariamente online.

No dia 24 de março, às 10h, realiza-se o primeiro dos cinco workshops do ciclo, que será dedicado à mediação e reflexão sobre o tema “Proximidade à distância: Modelos (pré)existentes”. Os workshops pretendem promover o diálogo e a cooperação entre as autoras e autores convidados, apoiar o processo de criação autoral e abrir ao público a discussão sobre os vários temas que o projeto propõe explorar. Serão transmitidos no canal do MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia no YouTube e abertos à participação de todas as pessoas que desejem acompanhar o desenvolvimento desta comunidade.

O projeto Comunidade enquanto Imunidade é desenvolvido com o apoio da Direção-Geral das Artes / Ministério da Cultura e em parceria com uma rede de organizações culturais portuguesas e estrangeiras.

PROGRAMA:

MAR – ABR | Workshops

Quartas-feiras das 10h – 11h

Sessões em Português

Acesso livre através do canal do MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia no YouTube. 

24 MAR WKS 1 Proximidade à distância: Modelos (pré)existentes 

31 MAR WKS 2 Participação em e para além da Presença 

07 ABR WKS 3 Comunidade e Imunidade – a partir de Paul B. Preciado 

14 ABR WKS 4 Curadoria e Cura: Virulência e contágio no pensamento contemporâneo 

21 ABR WKS 5 O Poder e a Ação da Programação Cultural: Manifestos e manifestações 

28.ABR – 11.JUL | Edição e programa online 

24.SET | Lançamento do Jornal 


FICHA TÉCNICA:

Coordenação Editorial: Celina Brás 

Direção Artística: Ana Cristina Cachola 

Curadoria de Comunicação: Sílvia Escórcio

Design Gráfico: Vera Velez 

Programação Web: Tiago Balas

 

PARCERIAS:

Alkantara

CECC - Centro de Estudos de Comunicação e Cultura | Universidade Católica Portuguesa

DuplaCena

Fluent  

Galeria Zé dos Bois

Guimarães

Hangar – Centro de Investigação Artística

MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia

Solar - Galeria de Arte Cinemática

O Armário

 

APOIO:

Direção-Geral das Artes / Ministério da Cultura

 

Sobre a Contemporânea: 

A plataforma editorial Contemporânea foi fundada por Celina Brás em abril de 2015. É dedicada à divulgação da arte contemporânea e um espaço aberto ao pensamento, à reflexão crítica e ao entendimento da criação contemporânea e da inscrição das suas práticas num contexto global. Promove e divulga a arte contemporânea que é produzida em Portugal, não descurando outras perspetivas no âmbito das várias práticas artísticas contemporâneas que privilegiem o debate e a reflexão crítica. Publica formatos como crítica, ensaio, entrevista e reflexões várias sobre arte, integra projetos de artistas e acompanha a agenda nacional de exposições. 

A versão impressa da Contemporânea surge em 2018, numa vertente temática, com o objetivo de criar edições de cariz curatorial. Para tal, são endereçados convites a curadores e curadoras, com o objetivo de criar conteúdos diferenciados, privilegiando formatos e visões singulares, em função da especificidade de cada tema.

18.03.2021 | por Alícia Gaspar | académicos, Alejandro Alonso Díaz, Ana Margarida Abrantes, Andreia Santana, António Poppe, arte, artistas, autoras, Carolina Ellis, Cátia Sá, comunidade, contemporânea, curadores, Diana Policarpo, Djaimilia Pereira de Almeida, Gisela Casimiro, Hugo Canoilas, Jack Mugler, jornalistas, maat, Miguel Mesquita, músicos, Odete, Pedro Barateiro, Peter Hanenberg, projeto, Ritá Natálio, Rodrigo Ribeiro Saturnino, Sofia Lemos, Tita Maravilha, Vítor Belanciano, workshops

Arquitecturas Film Festival regressa a Lisboa em Junho com foco em Angola

Tendo como tema Bodies Out Of Space, o festival vai realizar-se no Cinema São Jorge de 1 a 6 de Junho.

O Cine-Estúdio do Namibe é um edifício projectado pelo arquitecto José Botelho Pereira para Moçâmedes, mas que nunca recebeu filmes. Walter Fernandes (Livro | Angola Cinemas) O Cine-Estúdio do Namibe é um edifício projectado pelo arquitecto José Botelho Pereira para Moçâmedes, mas que nunca recebeu filmes. Walter Fernandes (Livro | Angola Cinemas)

Arquitecturas Film Festival regressa ao Cinema São Jorge, em Lisboa, de 1 a 6 de Junho deste ano, numa oitava edição que se debruça sobre Angola e um total de 36 filmes, anunciou a organização esta terça-feira.

Sem se realizar em 2020, devido à pandemia de covid-19, o regresso do festival dedicado à arquitectura faz-se nos primeiros dias de Junho, com o tema Bodies Out Of Space. “É uma excursão sobre a construção social do espaço conectado a um fio que circula dentro das suas próprias narrativas de dominação. Narrativas também sobre identidade que, muitas vezes, é retirada ou forçada a representar o nosso corpo”, pode ler-se na apresentação. A partir desta reflexão, acrescenta a nota, nasce “uma vontade de pensar activamente sobre a responsabilidade como espectadores” por um “labirinto de desigualdades como descendentes directos da exploração do espaço e dos corpos”.

Além da selecção oficial e da competitiva, o evento debruça-se sobre Angola, país onde “a confluência de tempos e regimes é visível na sua arquitectura e na sua memória colectiva”, com a curadoria da jornalista, escritora e produtora Marta Lança.

O certame arranca com a exibição de Para Lá dos Meus Passos, de Kamy Lara e Paula Agostinho, seguindo cinco bailarinos de diferentes regiões do território angolano. A programação inclui a estreia em sala de “Body-Buildings”, do português Henrique Pina, que cruza dança, arquitectura e cinema no olhar para “seis retratos coreográficos em seis locais portugueses distintos”. Tânia Carvalho, Vera Mantero, Olga Roriz, Paulo Ribeiro, Victor Hugo Pontes e Jonas & Lander cruzam a dança com a arquitectura de Álvaro Siza, Eduardo Souto de Moura, Aires Mateus, João Luís Carrilho da Graça e João Mendes Ribeiro.

Ao todo, são 36 filmes de mais de uma dezena de países diferentes, com a programação completa a ser anunciada em breve. Documentários, filmes de ficção, animação e obras experimentais estarão incluídas na selecção, sempre com a marca da arquitectura contemporânea, com prémios atribuídos para Novos Talentos, Melhor Ficção, Melhor Filme Experimental e o Prémio do Público.

Ao lado da programação cinematográfica, o café do Cinema São Jorge recebe um ciclo de debates intitulado África Habitat, organizado em parceria com a Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa, e a exposição de instalações dos angolanos Lino Damião e Nelo Teixeira. Afonso Quintã organiza ainda uma mostra sobre os cineteatros de Angola, partindo de material do Cine-Estúdio do Namibe, um projecto do arquitecto José Botelho Pereira para Moçâmedes, concluído em 1974, mas que nunca entrou em funcionamento.

Concebido pela Do You Mean Architecture e pelo Instituto, o Arquitecturas é uma co-produção com a EGEAC e o Cinema São Jorge, com vários outros parceiros e o apoio da Embaixada de Angola.

16.03.2021 | por Alícia Gaspar | Aires Mateus, Álvaro Siza, angola, arquitectura, arquitecturas film festival, arquitetura, bodies out of space, body buildings, cinema, cinema de são jorge, dança, do you mean architecture, Eduardo Souto de Moura, embaixada de angola, Henrique Pina, instituto, João Luís Carrilho da Graça e marta lança, João Mendes Ribeiro, lisboa, Olga Roriz, Paulo Ribeiro, Tânia Carvalho, Vera Mantero, Victor Hugo Pontes e Jonas & Lander

Cinema: Beast International Film Festival começa no dia 24 de março

A quarta edição do festival decorre este ano exclusivamente online, na plataforma Filmin. Entre 24 de março e 4 de abril vão ser disponibilizadas 60 produções cinematográficas de países do leste europeu, com destaque para a Roménia. O programa estende-se depois até junho, com sessões presenciais no Porto.

No ano passado deveria ter ocorrido mais uma edição do Beast International Film Festival mas a pandemia levou ao adiamento. A solução encontrada pela organização para o evento passa por um cenário misto: entre 24 de março e 4 de abril serão disponibilizados cerca de 60 filmes, através da plataforma Filmin. À medida que o confinamento abrandar, haverá sessões presenciais, no Porto. 

O programa divide-se entre o lado competitivo e secções focadas no documentário, em filmes experimentais e em criações de estudantes de cinema, com um momento de festival, de 24 a 28 de março, e os filmes disponíveis na plataforma até 4 de abril, explica a organização em declarações à agência Lusa. 

“Acho que a parte competitiva tem a ideia do ‘wild, wild east’. O ‘Leste selvagem’, um dos nossos motes. Tem pequenas janelas do Leste, com pequenas histórias, sobre relações, sobre famílias, a comunidade LGBT+. Queremos ter uma parte de diversidade da Europa de Leste e não tanto estereótipos” sobre essa região, defende o diretor do festival Radu Sticlea.

A abertura do Beast International Film Festival é assegurada pelo filme “Ivana The Terrible”, uma obra entre o documentário e a ficção, a partir da vida da própria realizadora, Ivana Mladenovic.  

“Acasa, My Home”, realizado por Radu Ciorniciuc, recebeu o prémio de cinematografia no festival de Sundance, em 2020 e é também um destaque do Beast; este documentário acompanha uma família de onze pessoas que tem de abandonar vinte anos de comunhão com a natureza, para se adaptar à vida em Bucareste. 

Também em destaque está “The Distance Between Me and Me”, de Dana Bunescu e Mona Nicoara, que explora a imagética e o trabalho de Nina Cassian. e “Invisible Paradise”, estreado no festival suíço “Visions du Réel” de 2020. Este trabalho da bielorrussa Daria Yurkevich segue três irmãs daquele país que cresceram numa comunidade piscatória, vista como um paraíso, mas muito próxima da zona de exclusão de Chernobyl. 

O Beast International Filme Festival começou a ser organizado em 2017, no Porto, pela OKNA Associação Cultural, descrevendo-se como “um evento iluminando a paisagem do cinema do Leste Europeu. Pelos Balcãs, Bálticos, pelo pós-comunismo, o BEAST abriu a janela para 21 países, representando-os de forma única com foco nos novos trabalhos, novos talentos e apresentando as novas cara do Novo Leste.”

16.03.2021 | por Alícia Gaspar | acasa my home, beast international film festival, cinema, documentário, filme festival, filmin, invisible paradise, Ivana the terrible, leste europeu, porto, Roménia, the distance between me and me

Jornal Mapa - Edição 30

O Jornal MAPA chega ao #30 com um olhar especial sobre as fronteiras e o neofascismo enquanto mecanismos de produção de deslocados e excluídos, seja os que arriscam a vida a tentar entrar na Europa, seja os que, cá dentro, são usados como mão de obra e/ou bode expiatório.

Olhámos também para a luta do SoREA (Solar Residência dos Estudantes Açoreanos) e a situação das Repúblicas numa Coimbra aberta à voracidade imobiliária. E porque a liberdade de expressão passa pela liberdade de emissão, espreitamos ainda a luta pelas ondas de rádio enquanto bem comum, com direito a uma caixa de ferramentas livres para tu mesmo transmitires.

As páginas centrais trazem-nos uma hortografia, conjunto de fotografias de hortas que são «pedaços intemporais e marginais de agricultura», onde se cultiva à margem, «mostrando-nos as agroecologias e as campesinidades que (ainda) temos dentro de nós».

Espreitamos ainda o Fórum Social Mundial que, no seu 20º aniversário, decorreu online, revisitamos o caso da esquadra de Alfragide, damos um pulo ao aeroporto do Montijo, passamos pelo Sahara Ocidental e ainda por Angola e pelos Estados Unidos.

Não esquecemos a comunidade LGBTQI+, principalmente em tempo de pandemia, e, enquanto esperamos que os e as zapatistas cheguem na sua tour pela Europa, podemos tentar ouvir um ou outro canto do Coro da Achada.

Tudo isto e mais na edição #30 do Jornal MAPA.

Este número sai em pleno confinamento, pelo que é especialmente importante que faças/renoves a tua assinatura em https://www.jornalmapa.pt/assinatura-do-jornal/ (ou assinaturas@jornalmapa.pt), apoiando e garantindo a continuidade destas 48 páginas de informação critica. Ao fazê-lo poderás ainda reservar um exemplar da edição limitada do CD Viver / Festa, reedição do rap subversivo dos C.O.M.A.

11.03.2021 | por Alícia Gaspar | Agricultura, agroecologias, angola, Estados Unidos, jornal Mapa, jornalismo, LGBTQI, migração, neofascismo, Portugal, SoREA

"De Onde Venho, Para Onde Vou" — Doclisboa

Just a Movement, de Vincent Meessen, é um filme que parte da reinterpretação livre de “La Chinoise”, de Godard, para se centrar na figura e memória de Omar Blondin Diop, o actor que representava o jovem revolucionário maoísta no filme original e que era também um filósofo e artista anticolonial da África Ocidental.

Através de uma narrativa construída pelos amigos e familiares de Diop, e revisitando o método então ensaiado por Godard, o filme reflecte sobre as ideias do jovem senegalês em confronto com a realidade de Dakar nos dias de hoje. 


Picnic FreeInventory e Mockingbird, de Kevin Jerome Everson.

The Annotated Field Guide of Ulysses S. Grant, de Jim Finn. 

O experimentalismo visual de Kevin Jerome Everson e de Jim Finn dão as cartas nesta sessão que aborda e reflecte sobre as feridas sociais norte-americanas. Kevin Jerome Everson é um reconhecido artista visual que tem focado uma boa parte do seu trabalho na migração da comunidade afro-americana do sul para o norte do país, em busca de trabalho.

Em “The Annotated Field Guide of Ulysses S. Grant”, Jim Finn constrói um ensaio visual montado a partir de imagens a 16mm que reconstroem o percurso do general Grant, da fronteira entre o Texas e o Luisiana à costa de Nova Inglaterra, pelos antigos campos de batalha em que derrotou os exércitos Confederados. 


Para além das sessões, hoje vamos estar à conversa com o realizador Vincent Meessen, às 21h, e no dia 14, à mesma hora, com Kevin Jerome Everson e Jim Finn. 

11.03.2021 | por Alícia Gaspar | divulgação, DocLisboa, inventory, just a movement, mockingbird, picnic free, sessão de filmes, the annotated field guide of ulysses s. grant

KUBAKA — Pré-lançamento

A partir de Kubaka, estúdio de música caseiro localizado no Alto de Bomba por onde a maioria dos rappers da zona geralmente passa, juntamo-nos, no último trimestre de 2020, e lançamos o projecto KUBAKA.

Com curadoria do sociólogo Redy Wilson Lima, que esteve connosco por três períodos diferentes o projeto também teve a colaboração de Revan Almeida, fundador de KASA PRETA; Lenine Melo, vulgo DJ Letra; e Carlos Hernâni, vulgo GG – Hiphop Arte.
Vimos, assim, convidar todos a estarem presentes no pré lançamento do disco KUBAKA criado numa colaboração entre os rappers de Alto de Bomba, a editora KUBAKA Records e  Iniciativa OUTROS BAIRROS, na praça “Praça Nho Jon”, Alto de Bomba.

Pré Lançamento KUBAKA
Data: 12 de Março 
Local: Praça Nho Jon, Alto de Bomba Hora: 18:00

11.03.2021 | por Alícia Gaspar | alto de bomba, iniciativa OUTROS BAIRROS, KASA PRETA, KUBAKA, praça nho jon

Jornal O Negro: Órgão dos Estudantes Negros

Na celebração dos 110 anos da publicação do jornal O Negro, haverá reedição no dia de aniversário, em formato digital e em papel, com comentários e enquadramento de Cristina Roldão, José Pereira e Pedro Varela. A publicação será das FALAS AFRIKANAS. Todos os dias, a partir de hoje, haverá informações adicionais.  Acompanhem a página!

A 9 de março de 1911 era lançado em Lisboa o jornal O Negro: Órgão dos Estudantes Negros. 110 anos depois decidimos fazer uma reedição comemorativa dos três números desta publicação. Este foi o primeiro periódico de uma geração de ativistas que, durante 22 anos, se organizou em torno do pan-africanismo, da luta contra o racismo e da reivindicação de direitos para os territórios colonizados. Este jornal, que era dirigido por estudantes negros em Portugal, pretendia combater as «iniquidades, opressões e tiranias», apelava à construção de um partido africano e exigia da República o fim da desigualdade racial.

Num momento como o actual, em que a sociedade portuguesa e outras entram numa intensa disputa sobre os legados coloniais e racismo, e em que os jovens negros são protagonistas de importantes movimentos sociais, a reedição d’O Jornal “O Negro: Orgão dos Estudantes Africanos”, dificilmente poderia ser mais oportuna. Trazer para o presente este jornal e revelar a importância do movimento de que ele fez parte é ferramenta imprescindível para questionar o silenciamento constante a que a história dos afrodescendentes e africanos é votada na sociedade portuguesa. É também homenagear e dar continuidade ao trabalho de Mário Pinto de Andrade que deixou pistas preciosas para que as gerações seguintes pudessem conhecer a sua presença multissecular em solo português e a resistência histórica de que são herdeiros. Assim sendo, reeditar O Negro 110 anos depois não se resume à comemoração de uma efeméride, mas é o exercício do direito à memória, que é, acima de tudo, um instrumento de combate antirracista na atualidade.A versão em papel poderá ser adquirida a partir de dia 9 de março nas seguintes livrarias: Letra Livre, Bazofo & Dentu Zona (Cova da Moura) e Tchatuvelah.A versão PDF é gratuita e estará disponível a partir do dia 9 de Março nesta página e noutras plataformas.

02.03.2021 | por martalanca | estudantes, jornal, Mário Pinto de Andrade, O Negro

"O desconfinamento que a tua voz precisava"

Campeonato do Mundo de Poesia SlamWORLD POETWITCH SLAM chamada a todxs guineenses, interessadxs escrevam para dphr@diaphra.pt 

www.instagram.com/irancego

www.facebook.com/irancego

#guinébissau #poetwitchslam #poesiaslam #worldpoetwitchslam 


28.02.2021 | por martalanca | Birú, Guiné Bissau, poesiaslam

Aqui em carne e osso com Mamadou Ba

SOMOS DE CARNE E OSSO, pessoas de proveniências variadas e diferentes gerações que não suportam o racismo nem as suas formas de violência, declaradas ou subtis. Entendemos que o colonialismo foi responsável pela exploração e genocídio de povos e culturas, assente em conceções de superioridade racial inadmissíveis, hoje como no passado.

Somos pessoas que não podem ficar caladas face às iniciativas que tentam transformar o antirracismo e ativistas antirracistas em inimigos da democracia. Condição para democracia plena são sociedades plurais e assentes na diversidade, capazes de olhar para o seu passado sem trauma ou glorificação, garantindo o respeito pelos direitos humanos de todos os refugiados, imigrantes, minorias étnicas que aqui têm a sua vida ou esperam poder tê-la.

Não criámos perfis automáticos. Cada um/a de nós é uma pessoa de carne e osso que não pode ficar calada neste tempo em que o racismo se normaliza no espaço público e a discriminação e violência encontram adeptos e ganham força no silêncio das pessoas decentes.

AQUI EM CARNE E OSSO COM MAMADOU BA 

24.02.2021 | por Alícia Gaspar | anti-racismo, antifascismo, ativismo, democracia, Mamadou Ba, Portugal, somos de carne e osso, SOS Racismo

Nasce um novo hub no Porto que explora a herança colonial da cidade

Através de uma parceria entre o INSTITUTO, o colectivo InterStruct e a Rampa, nasce na cidade do Porto um hub ao abrigo da iniciativa VAHA, uma rede de diálogo composta por organizações culturais da Turquia e de outros países europeus que visa sensibilizar e emancipar a sociedade civil face aos mais diversos desafios sociais e políticos. 

O primeiro resultado dessa sinergia traduz-se num ciclo de conversas virtuais sobre os vestígios da herança colonial da cidade do Porto, com o título de “Pós-Amnésia: Desmontando Manifestações Coloniais”. Dedicado a desvendar, pensar e questionar os vestígios - materiais e imateriais - do passado colonial da cidade, este ciclo é constituído por três debates com especialistas de várias áreas que partilham as suas experiências a partir de diferentes geografias. 

O primeiro debate, “Monumentos e Memoriais” acontece a 25 de fevereiro (19h00) e conta com a participação de Beatriz Gomes Dias / DJASS, Bárbara Neves Alves e Felipe Moreira. Será moderado por Mamadou Ba

O segundo debate, “Rotas e Toponímia”, será marcado pela participação de Cartografia Negra (São Paulo), African Lisbon Tour (Lisboa) e Rota dos Escravos (Luanda), com a moderação de Isabeli Santiago. Acontece no dia 4 de Março, também às 19h00.

Por último, a terceira conversa, que decorre no dia 11 de março (19h00), irá incidir sobre “História e Cultura”, e contará com a participação de Ângelo Delgado, Onésio Intumbo e Manuel de Sousa, assim como com a moderação de Navváb Aly Danso

 

Os debates terão lugar virtualmente, pelo que podem ser acedidos através das redes sociais do INSTITUTO, do InterStruct ou da Rampa

Ligação para o evento: https://fb.me/e/24pmwoNZj?ti=wa 

Mais detalhes sobre estes debates e o ponto de partida:

Monumentos e Memoriais — 25/fev

Refletir sobre estruturas comemorativas a partir do seu potencial simbólico, assim como o interesse público sobre a sua edificação e preservação. O debate será fomentado pela análise de monumentos existentes no espaço público que perpetuam narrativas coloniais, assim como de monumentos que oferecem uma contranarrativa à dominante, a partir de casos específicos nas cidades de Lisboa, Porto e São Paulo.

  • Memorial à Escravatura - Beatriz Gomes Dias, Djass 

  • Monumento ao Esforço Colonizador Português - Bárbara Neves Alves 

  • Imagens de Controle e Monumentos - Felipe Moreira

  • Moderação: Mamadou Ba


Rotas e Toponímia — 04/mar

Abordar a “amnésia” que parece existir no espaço urbano e na toponímia de ruas, praças, placas de lojas, etc., questionando as representações que celebram pessoas ou eventos relacionados com o comércio de escravos, colonialismo e guerra colonial, assim como a ausência de representações contra-hegemónicas e decoloniais. Neste debate participarão grupos e iniciativas que têm promovido esta discussão nas cidades de Lisboa, Luanda e São Paulo.

 

  • Volta Negra - Cartografia Negra
  • African Lisbon Tour - Naky Gaglo
  • Rota dos Escravos - Associação KALU
  • Moderação: Isabeli Santiago 

 


História e Cultura (11/mar) - 19h

Refletir sobre o legado colonial em Portugal a partir da sua dimensão histórica e cultural. Assim, narrativas e linguagens hegemónicas são questionadas, enquanto perspectivas anticoloniais fazem emergir a multiplicidade de relações de poder e de experiências subjetivas que foram historicamente marginalizadas. 

 

  • Sem Ofensa - Ângelo Delgado 
  • Onésio e a Azagaia - Onésio Intumbo
  • Porto Desaparecido - Manuel de Sousa
  • Moderação: Navváb Aly Danso

 

22.02.2021 | por Alícia Gaspar | conversa, debate, evento online, herança colonial, legado colonial em Portugal, palestras online, porto, Portugal