Álbuns de Guerra

SALA DO REPOSITÓRIO | Domingo 4 JULHO, 11H00 E 15H00


“Álbuns de Guerra” é uma criação artística sobre a Guerra Colonial, a partir das imagens e memórias partilhadas por mulheres da zona do Vale do Ave que, ao longo dos 24 meses de serviço militar dos então namorados, noivos ou maridos, materializaram a sua relação amorosa trocando fotografias, aerogramas e cartas. Combinando o carácter ficcional e documental do testemunho, com a presença material da correspondência guardada, estas mulheres são convidadas a reinterpretar as suas memórias e narrativas da Guerra Colonial, imaginando outras histórias, para além daquela que viveram. Mais do que o homem que foi para a guerra, interessa a mulher que ficou à espera e cujos amores de juventude são o fio condutor para uma outra história, mais privada e sensível, sobre este conflito global.

Um projeto de Catarina Laranjeiro e Tânia Dinis

Imagens e Interpretação Catarina Laranjeiro e Tânia Dinis a partir das memórias de um grupo de mulheres da zona do Vale do Ave

Espaço Sonoro Rui Lima

Coprodução Teatro Oficina e Associação Cultural Tenda de Saias

Apoio Fundação Calouste Gulbenkian

29.06.2021 | por Alícia Gaspar | álbuns de guerra, exposição, fotografia, guerra colonial, memórias

Online Distortion / Border Line(s)

ONLINE DISTORTION / BORDER LINE(S), a mais recente criação do coletivo OS PATO BRAVO, tem estreia marcada no Teatro Viriato, em Viseu, a 16 e 17 de julho. Seguem-se depois dez apresentações em Lisboa, no espaço Casa do Capitão, no Hub Criativo do Beato, de 21 de julho a 1 de agosto.

Um espetáculo-instalação desenvolvido a partir da experiência de uma viagem à Arménia e do cruzamento entre diferentes contextos aí vividos, ONLINE DISTORTION / BORDER LINE(S) é uma criação de Pedro Sousa Loureiro, que conta com criação musical e espaço sonoro de Francisco Barahona

O espetáculo parte do contraste experienciado por Pedro Sousa Loureiro quando, em setembro de 2019, realizou uma residência artística em três localidades da Arménia, com o objetivo de filmar um documentário, e aí contactou com o trabalho de diversas artistas plásticas feministas e com um enorme confronto urbano/rural. A este cruzamento entre contextos urbanos e rurais vivido em Yerevan (capital da Arménia), Byurakan e Talin (duas localidades rurais), junta-se o regresso ao quotidiano, em Portugal, e a experiência pandémica que se seguiu.  

ONLINE DISTORTION / BORDER LINE(S) relaciona estas questões com a obra da artista plástica Cindy Sherman, procurando abordar os conceitos de feminidade, excentricidade e insólito, e questionando se a realidade, tal como a conhecemos, é resultado da perceção ou da distorção. O espetáculo-instalação contará com filmagem e projeção em tempo real, ferramentas que ampliarão o tamanho do corpo dos performers e criarão uma diferença de escala, explorando assim os limites físicos e psicológicos, as disfunções e contrastes, as diferentes relações hierárquicas e a luta de egos.

Com criação e direção de Pedro Sousa LoureiroONLINE DISTORTION / BORDER LINE(S) contará com interpretação do próprio e de Joana Cotrim, Marta Barahona Abreu e Susana Blazer. O espetáculo é uma produção do coletivo OS PATO BRAVO, em coprodução com o Teatro Viriato.

ENSAIO DE IMPRENSA - LISBOA: 5 DE JULHO (SEGUNDA-FEIRA):

15h: Ensaio corrido, seguido de entrevistas

Local: Liceu Camões (Praça José Fontana, 1050-129 Lisboa)

ENSAIO DE IMPRENSA - VISEU: 14 DE JULHO (QUARTA-FEIRA):

15h: Ensaio corrido, seguido de entrevistas (possibilidade de filmar e fotografar)

Local: Teatro Viriato

29.06.2021 | por Alícia Gaspar | espetáculo, lisboa, música, pato bravo, teatro Viriato, Viseu

Memória e pós-colonialismo | Curso de Verão

O curso de verão Memória e pós-colonialismo resulta de uma parceria do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra com a Brotéria no âmbito das suas atividades de extensão e disseminação.

O curso visa analisar e pensar criticamente a questão pós-colonial em Portugal, na Europa e no mundo a partir de vários tópicos que têm vindo a preencher e a questionar a nossa atualidade do século XXI e as suas relações com o social, o político, o tempo e o espaço.

Através do projeto Memoirs – Filhos de Império e Pós-Memórias Europeias financiado pela Conselho Europeu de Investigação e coordenado por Margarida Calafate Ribeiro, o Centro de Estudos Sociais desenvolveu investigação pioneira sobre o impacto das heranças coloniais e dos processos de descolonização nas gerações seguintes, ou seja, naqueles sujeitos que já não viveram estes processos, mas que, através das memórias familiares e das memórias públicas os herdaram, e que hoje os questionam, transformando, muitas vezes, essas heranças e interrogações em gestos artísticos. Estas questões estão a diversificar o debate europeu, a partir de uma perspetiva cosmopolita e democrática, e estes gestos artísticos estão a renovar a arte europeia e a densificar as formas de intervenção individual e coletiva.

Em diálogo com a Brotéria, este curso pretende apresentar alguns conceitos e contextos em que este trabalho se desenvolveu e assim contribuir para enriquecer a discussão pública, plural, informada e democrática em curso em Portugal, na Europa e no mundo.

Onde e quando?

O curso decorrerá de 5 a 10 de julho de 2021 na Brotéria, em Lisboa em regime pós- laboral: de segunda-feira a sexta-feira das 18h às 20h e no sábado de manhã das 10h às 12h, com uma visita de estudo. O horário total do curso é de 15 horas.

Como decorre e em que regime?

Cada seminário tem a duração de 50’ dividido em uma parte expositiva (até 30’) e uma parte de debate com o público ou com um convidado (20’). O uso de materiais audiovisuais é recomendado. Devido à crise pandémica o curso decorrerá de forma mista: presencial e online.

Para quem?

Estudantes, docentes, agentes culturais públicos e privados, outros interessados no tema.

Objetivos

+ Colocar em diálogo pensadores, atores e o público
+ Refletir sobre o pós-colonialismo e a contemporaneidade
+ Refletir sobre questões de ética
+ Refletir sobre os atuais debates de revisitação da história
+ Pensar o Brasil hoje
+ Refletir sobre o afropolitanismo e a arte
+ Refletir sobre migrações e hospitalidade
+ Refletir sobre a Europa como projeto para as gerações seguintes

Programa

Dia 1
Pós-colonialismos: abordagens teóricas e consequências práticas

António Sousa Ribeiro

O pensamento pós-colonial definiu, sobretudo a partir dos anos 80 do século passado, um paradigma que obriga a pensar criticamente muitas dimensões da contemporaneidade. Partindo de uma abordagem sucinta de alguns conceitos fundamentais, o módulo estrutura-se como introdução a vários aspetos do debate contemporâneo que serão desenvolvidos ao longo do curso.

Dia 2
Pós-Memória e a noção de contemporâneo na Literatura-Mundial

Paulo de Medeiros

Os Estudos de Memória e Pós-Memória têm vindo a constituir-se como fundamentais para pensar não só a nossa relação com o passado, mas também para melhor compreender o presente. Este módulo delineará alguns pontos fulcrais dos estudos de pós-memória, com relevo para a condição pós-imperial e a noção de contemporâneo, numa abordagem comparativa de várias obras da literatura-mundial.

Memória e responsabilidade: a perspetiva da ética da intenção

Marta Mendonça

O olhar retrospetivo que dirigimos às intervenções de alcance social e político, como as que marcaram a experiência colonial, tem habitualmente algo de parcial: é fácil que as olhemos e julguemos com base apenas nas suas consequências. Esse olhar determina também o juízo ético sobre a atuação e a responsabilidade dos seus protagonistas. A intervenção aborda e problematiza o modo como a ética da intenção julga a moralidade dos atos humanos e como lida com a noção de responsabilidade.

Dia 3
Padre António Vieira e depois

Pedro Calafate

Analisaremos as conceções éticas, políticas e antropológicas do Padre António Vieira com destaque para a ideia de paz universal fundada na justiça, mostrando o modo como esta tese depende, em Vieira, do reconhecimento da unidade substancial do género humano, afastando à partida qualquer assomo de inferioridade natural de comunidades ou povos. Esta será a base a partir da qual Vieira analisará, no difícil contexto brasileiro, a questão da escravatura dos índios e dos negros, a par a questão da legitimidade das soberanias indígenas, para assumir, na fase final da sua obra, que o império universal deveria resultar de um pacto ou acordo entre os príncipes da terra, a fim de garantirem a paz como expressão da irmandade entre os homens.

Se este é o fio condutor do seu pensamento, cumprirá não esquecer que parte relevante dos seus escritos corresponde a respostas estratégicas a desafios concretos, na medida em que não foi um académico, obrigando-se antes a escrever a sua obra “à face do mundo”.

Os Eternos presentes do Brasil

Roberto Vecchi

Uma reflexão sobre a contemporaneidade brasileira mostra algumas permanências históricas que abrem uma critica a um “tempo brasileiro” próprio, onde o passado parece não se deixar descolonizar. Por isso, a alternância de momentos
apocalíticos e messiânicos é recorrente, condicionando em profundidade narrativas e memórias culturais. Cria-se assim um espaço fértil tanto para as utopias como para as distopias.

Dia 4
Afropolitanismo e arte (à conversa com Zia Soares)

António Pinto Ribeiro

O afropolitanismo, que começou por ser um instrumento de valorização das práticas artísticas de atores africanos no séc. XXI, é hoje um conceito fundamental para entender um “mundo novo” na Europa. O Teatro Griot e a sua diretora artística Zia Soares são um excelente exemplo com quem dialogar.

Racismo e textos bíblicos Francisco Martins SJ

Comunicação sobre a chamada “maldição de Cam”, o filho de Noé (Génesis 9). O assunto é interessante, porque este texto não fala de “negritude” e, no entanto, graças a uma inacreditável história de receção, tornou-se o texto-base da justificação teológica do racismo e da escravatura nos países onde o Islão e o Cristianismo tomaram a dianteira do ponto de vista religioso.

Dia 5
Migrações e hospitalidade
JRS – Serviço Jesuíta aos Refugiados

Partindo da experiência do Serviço Jesuíta aos Refugiados, apresenta-se nesta comunicação uma releitura da virtude da “Hospitalidade”. A hospitalidade é capaz de transpor qualquer fronteira e falar mais alto que qualquer discurso de ódio. Transforma processos em rostos: em homens, mulheres e crianças com uma história, iguais a todos nós. Convida-se, assim, a conhecer o outro lado de uma narrativa dominada pelo ódio, através das lentes de quem foge e de quem acolhe por missão.

A Europa das segundas gerações – visões a partir da Europa e do Sul Global

Margarida Calafate Ribeiro e Maria Paula Meneses

Qual o impacto das heranças coloniais e da descolonização nas gerações seguintes na Europa e em África? Através de um seminário partilhado entre Margarida Calafate Ribeiro e Maria Paula Meneses algumas respostas serão apresentadas a partir da Europa e de África num diálogo entre as duas investigadoras. Para tal serão usados exemplos específicos e situados.

Dia 6
Visita de estudo

Notas biográficas

André Costa Jorge é licenciado em Antropologia e desde 2008 Diretor Geral do Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS) em Portugal É também membro da Direção e do Conselho do JRS Europa. Foi membro do Conselho Consultivo para os Assuntos da Imigração (COCAI) entre 2008 e 2014. É atualmente membro fundador. É autor de dois documentários que abordam a temática das migrações e colaborador na Rádio Antena 1 no espaço de comentário “Causas Públicas”.

António Pinto Ribeiro é investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Foi diretor artístico e curador responsável em várias instituições culturais portuguesas, nomeadamente da Culturgest e da Fundação Calouste Gulbenkian. Foi comissário geral de “Passado e Presente – Lisboa Capital Ibero- Americana da Cultura 2017”. Os seus principais interesses de investigação desenvolvem-se na área da arte contemporânea, especificamente africanas e sul-americanas. Das suas publicações destacam-se: os seus últimos livros de autor Peut-on Décoloniser les Musées? (2019), África os quatro rios - A representação de África através da literatura de viagens europeia e norteamericana (2017) e a organização dos dois volumes O Desejo de Viver em Comum (2018) no âmbito das conferências da Lisboa Capital Ibero-Americana da Cultura 2017.

António Sousa Ribeiro é professor catedrático do Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas (Estudos Germanísticos) da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e diretor do Centro de Estudos Sociais da mesma universidade. Os seus interesses de investigação centram-se nas áreas das literaturas e culturas de expressão alemã, dos estudos sobre a violência, dos estudos de memória, dos estudos pós-coloniais e dos estudos culturais comparados. Tem publicado extensamente em áreas muito diversas. Destaque-se Representações da Violência (2013), Geometrias da Memória: configurações pós- coloniais (2016); Einschnitte. Signaturen der Gewalt in textorientierten Medien (2016). Dedica-se também à tradução literária, tendo-lhe sido atribuído o Prémio Nacional de Tradução, 2017: Karl Kraus, Franz Kafka, Thomas Mann e Bertolt Brecht são alguns dos autores traduzidos.

Francisco Martins SJ é doutorando no departamento de Bíblia Hebraica da Universidade Hebraica de Jerusalém e bolseiro da FCT. Fez estudos de Filosofia em Braga, Teologia em Madrid e História do Antigo Oriente Próximo e Filologia Semítica em Paris. Os seus interesses de investigação centram-se nas áreas da Bíblia Hebraica/Antigo Testamento, Literatura das Culturas do Antigo Oriente Próximo (Mesopotâmia, reino de Ugarit, reinos aramaicos), História Antiga de Israel e História do Antigo Oriente Próximo. No ano letivo de 2021-2022, será Research Fellow na Universidade de Notre Dame (Indiana, USA), onde desenvolverá um projeto de investigação sobre a receção das tradições bíblicas na literatura do segundo Templo. É Fellow-at-Large da Brotéria.

Margarida Calafate Ribeiro é investigadora-coordenadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e membro da Cátedra Eduardo Lourenço da Universidade de Bolonha/ Camões. Em 2015 recebeu uma bolsa Consolidator Grant do Conselho Europeu de Investigação, com o projeto “MEMOIRS - Filhos de Império e Pós-Memórias Europeias”. Os seus interesses de investigação reúnem memória e pós- memória do colonialismo, identidades, pós-colonialismo e património. Das suas diversas publicações destacam-se Uma História de Regressos: Império, Guerra Colonial e Pós-colonialismo (2004). África no Feminino – as mulheres portuguesas e a Guerra Colonial (2007) e a co-organização de Antologia da Memória Poética da Guerra Colonial (2011), com Roberto Vecchi, Geometrias da Memória: Configurações Pós- Coloniais (2016) com António Sousa Ribeiro.

Maria Paula Meneses é investigadora coordenadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. De entre os temas de investigação sobre os quais se debruça destacam-se os debates pós- coloniais em contexto africano, o pluralismo jurídico - com especial ênfase para as relações entre o Estado e as ‘autoridades tradicionais’ no contexto africano -, e o papel da história oficial, da(s) memória(s) e de ́outras ́ narrativas de pertença nos processos identitários contemporâneos. Co-coordena com Boaventura de Sousa Santos e Karina Bidaseca o curso internacional ‘Epistemologias do Sul’ (CLACSO-CES). Anteriormente foi professora da Universidade Eduardo Mondlane (Moçambique). Tem o seu trabalho publicado em diversos países, incluindo Moçambique, Espanha, Portugal, Brasil, Senegal, Estados Unidos, Inglaterra, Argentina, Alemanha, Holanda e Colômbia.

Marta Mendonça é professora associada do Departamento de Filosofia da Universidade Nova de Lisboa. É licenciada em Filosofia pela Universidad de Navarra e Mestre e Doutora pela Universidade Nova de Lisboa (2001). Tem publicado sobretudo nos domínios da Filosofia Moderna, História e Filosofia da Ciência, Filosofia da Natureza e Bioética. Colaborou como professora visitante em diversas universidades de Espanha, França, Brasil, Chile e Reino Unido. Integra o grupo de “Pensamento Moderno e Contemporâneo” do CHAM-Centro de Humanidades da NOVA FCSH. É membro de várias academias e sociedades científicas internacionais e membro fundador da Rede Iberoamericana Leibniz.

Paulo de Medeiros é professor catedrático de Estudos Ingleses e Literatura Comparada na Universidade de Warwick. Lecionou em várias universidades em Portugal, Brasil, Espanha e Países Baixos. É membro honorário do Instituto de Pesquisa em Línguas Modernas da Escola de Estudos Avançados da Universidade de Londres e foi presidente da American Portuguese Studies Association. O seu trabalho de investigação desenvolve-se dentro dos temas: pós-colonialismo, memória, teoria literária, literatura de língua portuguesa e cinema. Dos seus livros destacam-se: Pessoa’s Geometry of the Abyss: Modernity and the Book of Disquiet, (2013), O Silêncio das sereias - Ensaio sobre o Livro do Desassossego, (2015) e Contemporary Lusophone African Film: Transnational Communities and Alternative Modernities, com Lívia Apa.

Pedro Calafate é professor catedrático na Universidade de Lisboa (Departamento de Filosofia da Faculdade de Letras) e investigador no Centro de Filosofia Universidade de Lisboa. Principais campos de investigação: História da Filosofia Moderna (Renascimento, Barroco e Iluminismo) em Portugal, Espanha e no mundo Ibero-Americano. Recentemente (2012-2019): pensamento ético, legal e político da “segunda escolástica” nas universidades de Coimbra e Évora (séc. XVI e XVII), em diálogo com a “Escola de Salamanca”. Obras principais: A ideia de Natureza no Século XVIII em Portugal (Imprensa Nacional-CM, Lisboa, 1994); História do Pensamento Filosófico Português (Caminho, Lisboa, 1999-2004, 5 vols.); Portugal como Problema (Fundação Luso-Americana, Lisboa 2006, 4 vols.); A Escola Ibérica da Paz nas Universidades de Coimbra e Évora (Almedina, Coimbra, 2015-2020, 3 vols.).

Roberto Vecchi é professor catedrático do Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas Modernas da Universidade de Bolonha. Coordena a Cátedra Eduardo Lourenço (Universidade Bolonha/ Camões), sendo também investigador associado do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. É atualmente presidente da Associação Internacional de Lusitanistas (2014-2017). Os seus principais interesses de investigação centram-se na teoria e história das culturas de língua portuguesa. Das suas publicações mais recentes destacam-se: Excepção Atlântica. Pensar a Literatura da Guerra Colonial (2010) e a co-organização de Do Colonialismo como Nosso Impensado (2014) e Antologia da Memória Poética da Guerra Colonial (2011), com Margarida Calafate Ribeiro e, com Vincenzo Russo, La letteratura portoghese. I testi e le idee (2017).

29.06.2021 | por Alícia Gaspar | brotéria, curso, memória, pós-colonialismo

Mulheres sem cabeça na arte pública, Porto

Tour Mulheres e Monumentos com Mariana Morais

27 de junho 11h

Saída do ex-Palácio dos Correios R. Dr. António Luís Gomes 320, 4000-010 Porto

A aapA organiza com Mariana Morais uma tour pela estatuária do Porto à procura de uma escultura alada feminina, desaparecida do espaço público em 2006, e pelo caminho perguntamos o que foi feito das cabeças, braços e pernas dessas mulheres de pedra e bronze, que tanto caem no esquecimento dos seus criadores. 

A tour irá à procura de uma escultura alada feminina, desaparecida do espaço público em 2006, e pelo caminho perguntar o que foi feito das cabeças, braços e pernas dessas mulheres de pedra e bronze, que tanto caem no esquecimento dos seus criadores.

Inscrição aapa.anja@gmail.com

A Tour é um dos roteiros de @headlesswomeninpublicart e faz parte do programa “Didascália” sede provisória da Associação de Amigos da Praça do Anjo” da @amigosdapracadoanjo com o apoio do Criatório design de @joana_e_mariana

23.06.2021 | por martalanca | monumentos, mulheres, porto

Sarah Maldoror: Tricontinentale

La première exposition consacrée à l’œuvre de Sarah Maldoror (1929-2020). Elle est l’occasion de faire découvrir l’œuvre cinématographique, mais aussi théâtrale, poétique et politique, d’une cinéaste à la production, alternant fiction et documentaire, au service d’un cinéma révolutionnaire et décolonial résolument anti-raciste.


Conçue comme une cartographie, l’exposition revient sur les géographies traversées par Sarah Maldoror – Moscou, Conakry, Alger, Fort-de-France ou Saint-Denis. Celle-ci rend compte des dialogues entretenus avec des figures intellectuelles, artistiques et politiques telles que Mario Pinto de Andrade, Aimé Césaire, Marguerite Duras, Jean Genet, Chris Marker ou William Klein, tout en créant des liens avec des artistes contemporains – certains avérés, d’autres fantasmés.

À la fois recherche poétique et outil de lutte, le cinéma de Sarah Maldoror doit être regardé à l’aune de courants de pensées qui ont rythmé le 20ème siècle – et trouvent de nouveaux échos aujourd’hui  – tels que le surréalisme, la négritude, le panafricanisme et le communisme. Une des constances de son œuvre est l’antiracisme, qu’elle déploie à l’image par un travail de scénario, du cadrage et du montage, dirigeant la focale sur l’absurdité des discours sur lesquels se fondent le racisme.

Considérée comme pionnière du cinéma africain – et réalisatrice guadeloupéenne – mais française née dans le Gers, Sarah Maldoror refuse les catégories et son œuvre défie les frontières des genres, remet en jeu les valeurs et les hiérarchies des goûts. L’exposition explore également les difficultés qu’elle a rencontré pour faire reconnaître son travail cinématographique et le faire financer, en présentant nombre de ses projets non réalisés.

Sarah Maldoror : Tricontinentale permet enfin de rendre compte de l’engagement profond de Sarah Maldoror pour la poésie, le théâtre, la musique et les arts visuels. Son nom – qu’elle emprunte aux Chants de Maldoror (1868) du Comte de Lautréamont – en est le premier témoin. Ainsi seront convoqués la troupe de théâtre des Griots (la première compagnie en France d’actrices et acteurs noirs, qu’elle a contribué à fonder en 1956), l’Art Ensemble de Chicago, le saxophoniste Archie Shepp, le poète Louis Aragon, les artistes Ana Mercedes Hoyos et Joan Miró ainsi que les écrivains Maurice Pons et François Maspero, parmi d’autres.

Afin de déplier ces relations tout en célébrant le cinéma de Sarah Maldoror, l’exposition se divise en deux espaces contigus : (1) un espace de projection permettant d’y déployer un programme de films et de programmes publics, prises de parole et performances (2) un espace d’exposition mêlant vidéo, peintures et installations. Cet espace se déploie à partir d’une scénographie retraçant l’œuvre de Sarah Maldoror, au sein de laquelle s’inscrivent des éléments d’archives, en dialogue avec une fresque de l’artiste Maya Mihindou qui présente un récit de vie documenté et rêvé sur la réalisatrice.

Trois films importants de Sarah Maldoror seront aussi montrés, en parallèle de l’exposition au Palais de Tokyo, dans trois institutions parisiennes et franciliennes, afin de décliner sa ciné-géographie : au Musée de l’Homme, au Musée de l’Histoire de l’Immigration ainsi qu’au Musée d’Art et d’Histoire de Saint-Denis.

Curators​ : Cédric Fauq & François Piron
Assistant curatorial : Clément Raveu

Exposition en partenariat avec l’INA,

Le Musée national de l’histoire de l’immigration,

Le Musée de l’Homme,

Le Musée d’art et d’histoire Paul Eluard de Saint-Denis

 

21.06.2021 | por martalanca | cinema, Sarah Maldoror

Conversa “Octopus e Miopia” Titos Pelembe, Ilídio Candja Candja

Visita aberta e conversa em torno da exposição individual Octopus e Miopia orientada pelo artista e investigador Titos Pelembe. A sessão dialogante desenvolver-se-á centrada na exploração das principais questões latentes, das quais corporizam o universo imaginário e pictórico do Octopus e Miopia. A percepção visual mediática que se estabelece diante da pintura do Ilídio Candja Candja sugere a imersão expandida dos espectadores sob domínios da espiritualidade e ressignificação dos objetos culturais, memórias e traumas do passado ainda presentes na contemporaneidade. A cada gesto espontâneo resultante da experimentação pictórica, textural, formalmente imprecisa em jeito de manchas, recortes, colagens, pichagens e linhas irregulares visa traduzir a subjetividade criativa de novos horizontes. É sobre esta imersão cheia de novas possibilidades imaginárias desprendidas das fronteiras físicas que se convida o público a estabelecer um diálogo subjetivo com as obras expostas e, simultaneamente, com o artista e os demais participantes, como meio de reflexão conjunta e problematização dos desafios que Octopus e Miopia nos impõem.


Ilídio Candja Candja nasceu em 1976 em Maputo, Moçambique. Estudou na Escola de Artes Visuais de Maputo e vive e trabalha no Porto, Portugal. As exposições individuais recentes incluem Memória e fantasia parte #2 na Galeria São Mamede, Porto e Legacy, Galerie Le Sud, Zurique (ambos 2019), bem como Nada está perdido, tudo se torna … Cosmos parte #2, Galerie Frederic Storme, Lille e Freedom, Out of Africa Contemporary Gallery, Barcelona (ambas 2018).

Titos Pelembe (n.1988), é doutorando em Educação Artística, mestre em Arte e Design para o Espaço Público pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto – FABUP. Em Moçambique licenciou-se em Artes Visuais pelo Instituto Superior de Artes e Cultura – ISArC. Igualmente graduou-se nos cursos médios de Cerâmica e Formação psicopedagógica pela Escola Nacional de Artes Visuais. Atualmente desenvolve pesquisas multidisciplinares no domínio dos estudos pós-coloniais em triangulação com questões problemáticas concernentes ao espaço público, prática das artes visuais e respetivo ensino da história de arte dominante.

ler menos.

 

data 19.06.2021 horário 15h local Jardim da Galeria Quadrum I lotação 30 lugares I marcações I bilheteira@galeriasmunicipais.pt

 

18.06.2021 | por martalanca | Ilídio Candja Candja

Constelações do Equador, de Silas Tiny, premiado

O documentário Constelações do Equador, que tem produção portuguesa e direcção do realizador são-tomense Silas Tiny, foi distinguido com o Prémio Especial do Júri da Competição Internacional do Festival de Sheffield – ​DocFest 2021, que teve início no passado dia 4 e terminou no domingo. O filme revisita o ano de 1967, quando a guerra de secessão do Biafra e a fome que esta gerou condenaram à morte centenas de milhares de pessoas, em particular crianças. Passado meio século, o filme procura vestígios dos acontecimentos, através da memória de sobreviventes do conflito, e da ponte aérea que então se abriu entre a Nigéria e as ilhas de São Tomé e Príncipe. A vaga de refugiados, a situação-limite dos sobreviventes, sobretudo mulheres e crianças, chegados das zonas de conflito, o acesso restrito aos locais que os acolhiam, a falta de informação da administração colonial, a repressão da ditadura portuguesa e a vida num território ainda marcado por séculos de escravatura e de trabalho forçado são aspectos documentados pelo filme de Silas Tiny, conhecido por outras produções documentais como O Canto do Ossobó (2018) e Bafatá Filme Clube (2013). O filme combina observação local, depoimentos, imagens de arquivo e factos históricos esquecidos relacionados com a guerra civil desencadeada em 30 de Maio de 1967, na sequência da declaração unilateral da independência do Biafra, naquele que constituiria um dos primeiros conflitos pós-coloniais do continente africano.

18.06.2021 | por martalanca | Biafra, São Tomé e Príncipe, Silas Tiny

Prémio Acesso Cultura 2021: Acesso Intelectual — BUALA

A Acesso Cultura pretende distinguir, divulgar e promover entidades (privadas, públicas, cooperativas, associações e outras) e projectos que se diferenciam pelo desenvolvimento de políticas exemplares e de boas práticas na promoção da melhoria das condições de acesso – nomeadamente físico, social e intelectual – à participação cultural em Portugal. Pretende ainda criar maior exigência na sociedade, com vista à melhoria da acessibilidade, assumida como um todo.

Muito felizes por ganhar este lindo prémio! Obrigada ao júri, ao Acesso Cultura, à mobilizadora de tantos debates e ações fundamentais que é a Maria Vlachou. Viva todos os colaboradores, leitores e toda a gente que faz o Buala acontecer! Deliberação: “BUALA é um fórum virtual trilingue, cultural e humanista onde artistas, autores, criadores se encontram numa troca de conhecimento e discurso crítico que se pretende polifónico, o que é garantido por cerca de 600 colaboradores e 30 galerias de artistas, e abrangente nos temas e perspectivas dando voz e visibilidade ao Sul Global. A área de actividade do BUALA incide no debate e reflexão sobre as questões da descolonização, das crises sanitária, ecológica, económica e social que aumentam a desigualdade e limitam os direitos sociais e culturais das comunidades mais fragilizadas, nomeadamente no continente africano. O Arquivo com pesquisa por etiquetas, autores e datas é uma fonte de informação que dá coerência e consistência aos temas abordados, como por exemplo o arquivo dedicado ao antropólogo Ruy Duarte de Carvalho.Ao distinguir o BUALA, o júri releva o impacto na divulgação de reflexões, visões, discussões multidisciplinares diversas e plurais, quer no acesso como na participação, na cultura e correntes do pensamento actual.”

Prémio Acesso Cultura 2021

Prémio Acesso Cultura 2021 – Acesso Integrado  (físico, social intelectual )
Ex-aequo: Casa Fernando Pessoa e São Luiz Teatro Municipal

Prémio Acesso Cultura 2021 – Acesso Social
Sou Largo Crl (Largo Residências)

Menção Honrosa – Acesso Social
Circo Coliseu Porto Ageas 2020

Prémio Acesso Cultura 2021 – Acesso Intelectual
BUALA – associação cultural

Prémio Acesso Cultura 2021 – Acesso Social e Intelectual
Em-aequo: Pedro Melo Pestana (pelo projecto “Histórias do João Balão”) e Museu das Marionetas do Porto (pelo projecto “Quem sou eu?”)

Prémio Acesso Cultura 2021 – Acesso Físico

Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva (Bibliopolis)

O membros do júri foram Graça Santa-Bárbara (museóloga), Mickaella Dantas (bailarina) e Tiago Fortuna (assessor de imprensa).

Deliberação do júri (2021)
Lista de candidatos

17.06.2021 | por Alícia Gaspar | 2021, acesso intelectual, buala, cultura, prémio, prémio acesso cultura

I Graduate Conference on Science and Technology of the Arts - [e]motion

Keynotes

List of Confirmed Keynotes and Artist talk
More to be announced soon

Doug Bailey

Doug Bailey (PhD, Cambridge, 1991) is a visual archaeologist at San Francisco State University in California. Doug’s early research and teaching focused on European prehistory and prehistoric art; he ran survey and excavation projects in Bulgaria and Romania and published widely on the Neolithic period (6500-3500 cal BC), architecture and settlement, and anthropomorphic figurines. His Balkan Prehistory: Incorporation, Exclusion and Identity (Routledge, 2000) and Prehistoric Figurines: Representation and Corporeality (Routledge, 2005) are now classic texts in their fields. His 2010 book and exhibition, Unearthed (Sainsbury Center, Norwich), radically attacked traditional approaches to the publication and museum presentation of prehistoric art.  

Currently, Doug is developing the new field of art/archaeology in which archaeologists, artists, and others create work that goes far beyond traditional academic boundaries (for examples see www.artarchaeologies.com). Doug’s art/archaeology output includes alternatives to traditional archaeological narrative (e.g., visually provocative chapter-montages) and his recent book Breaking the Surface: an Art/Archaeology of Prehistoric Architecture (Oxford, 2018).  

With Sara Navarro, he co-curated the exhibition Creative (un)makings: disruptions in art/archaeology at the International Museum of Contemporary Sculpture in Santo Tirso (March-September 2020); his new show Releasing the Archive opens on January 19th at Carpintarias de São Lázaro in Lisbon. At San Francisco State University, Doug teaches the history and theory of archaeology, the archaeology of prehistoric and ancient art, and visual anthropology. For more information see http://anthropology.sfsu.edu/people/faculty/douglass-bailey

Sasha Litvintseva & Beny Wagner

Conjuring the Perceptible Unknown is a long-term research and production project created together with Beny Wagner that is unfolding over a series of films and essays.

Our collaborative practice as filmmakers and researchers has often centered on certain nodes in histories of science to act as prisms for questions we have surrounding the threshold between the body its surroundings, knowledge regimes and power, modes of organizing and perceiving the natural world. While both science and documentary films are often thought to uncover preexisting truths, our work takes as its point of departure an understanding that both non-fiction filmmaking and scientific research coproduce the realities they observe. Following an onto-epistemological view of scientific knowledge production, experiments can only measure the realities in which they intervene. Scientific concepts exemplify this, being thought by the historian of science Georges Canguilhem to be ideas, experiments, and projections that conjured phenomena into being. For us, all moving image, fiction and nonfiction, operates on a comparable paradigm, reconfiguring the physical world into new perceptual frameworks. Beyond discussions of the interventionist nature of documentary we view all moving image production is always manifesting something yet to be seen or known. Working from within the history of science our broader aim as filmmakers is not to depict certain episodes in the history of science but rather to cross pollinate these two fundamental systems of world organization towards developing new perceptual models. Both science and moving image have, throughout history, primarily served as tools through which to measure life forms and thus make them more predictable. As we navigate an era defined by ecological crises, our aim is to subvert the quantitative functions of these two systems towards the production of films that materialize the radical openness and ecstatic uncertainty intrinsic to life. 

Forthcoming:​ Constant, is currently in production and is supported by Medienboard Berlin-Brandenburg. 

Related films: A Demonstration 

Bilateria​​​

Related writing: Monster as Medium: Experiments in Perception in Early Modern Science and Film 

Never Odd or Even - on Palindromes and Metaphors

Call for Papers

Deadline for submissions: June 30th 2021
Acceptance notification: 31st July 2021

Our relationship with the body and the material world has been transforming following processes of digitalization that were in motion before COVID-19 but, as consequence, were potentially accelerated. It is urgent to foster research on what is the place for physicality and (i)materiality in our time. In this context, the 1st Graduate Conference on Science and

Technology of the Arts will focus on the intertwinement of notions of motion and emotion through interdisciplinary approaches from and towards the arts and/or heritage. Please see below detailed descriptions of these fields.

Contributions from the fields of Artistic Practices (Cinema, New Media Art, Digital Art, Music and Sound in particular), Artistic Studies and Cultural Studies, Heritage Studies and Conservation and Restoration are welcome, in multiple formats: papers, performances, artworks and installations, posters, audio-visual and digital essays. 

This conference aims to explore and discuss works covering the following themes/topics:

1-[e]motion

It is through our bodies that we understand ourselves, others, the lived world (Merleau-Ponty, 2002). Significant relationships established between body and environment underpin perceptual and affective experiences from which individual concepts, prepositions, and discourses, grow. Physical impressions are blended with cognitive processes as we think, understand, feel through our living (moving!) bodies, as claimed by embodied cognition theories (Varela et al., 2016; Leman, 2016).

In this domain we aim to focus on the role bodily movement assumes as expressive/emotion inducer and mediator of physical and virtual experiences, evoking the concept of motion as a link between past, present, and future, which unfolds in space and time upon the succession of previous positions, and is common to all living forms. Research and artworks centred in motion, emotion, technology, as well as their intertwinements are encouraged, in line with the following topics:

2-commotion

The acceleration of the processes of digitalization, in its present condition, leads to a social acceleration that is responsible for the compression of the present (Rosa, 2013), towards a state of constant and non-stop production (Crary, 2018). The contemporary overexposure to information and images causes innumerous cognitive and emotional transformations (Stalder, 2018), following the project of an economic system based around the production of isolation (Debord, 1967). 

With the increase of screen time, propelled by addictive content and algorithms that foster the visibility of emotional and controversial content, our consciousnesses (and our data) become the main asset of the attention economy. Therefore, our ability to develop and engage with communitarian and collective structures and relationships is reduced. At the same time, following Stiegler (2018) proposal of the technological pharmakon, technology might provide the tools and perspectives to critically transform its negative impact into a critical practice of education and resistance. Theoretical proposals and artworks that critically analyse the digital commotion and/or propose forms to expand the forms of contemporary experience, e.g. according to the following topics:

3-onward motion

The disturbances caused by the COVID-19 pandemic had a significant impact on multiple sectors of activity worldwide, including arts and culture. Either by exposing underlying fragilities or by questioning established practices, the pandemic forced museums and other cultural institutions to reconsider audience and public engagement, both online and offline (Grupo de Projeto Museus no Futuro, 2020). Faced with a bleak scenario regarding the recovery of international tourism – a force that has been placed at the heart of growth strategies in its association to cultural heritage (Waterton, Watson, Silverman, 2017) – the focus was shifted to national and local publics. Even so, the acceleration of processes of digitalization, potentialized by the pandemics, resulted in the accentuation of socioeconomic inequalities, behind issues of technology and internet accessibility, affecting cultural and civic participation. Nevertheless, the online pandemic enabled the discussion of emergent topics, at a global level, such as climate change, gender and racial inequality, and (post)colonialism, revealing inherent tensions between cultural localisation and delocalisation processes. Moving forward pandemic times, how can cultural institutions support equality and representation from/within increasingly glocal communities (Robertson, 1995; Gikandi, 2001)? What can be the role of artists and a growingly number of different heritage practitioners (Clark, 2019) to promote participation, inside and outside physical spaces? How can (cultural) heritage contribute to social and economic resilience through the promotion of sustainable practices (Culture 2030 Goal Campaign, 2019)?

We encourage discussion through the submission of essays, papers, case-studies, practice-based research and/or artworks related to the following topics:

References

Conferência de Porto Santo (2021). Carta de Porto Santo. Ministério da Cultura. https://www.culturacentro.gov.pt/media/11842/pt-carta-do-porto-santo.pdf 
Clark, K. (2019). Further Exploration: Ten Principles of Values-Based Heritage Practice. In P. M. Messenger & J.S. Bender (Eds.), History and Approaches to Heritage Studies (pp. 150-153). University Press of Florida.
Culture 2030 Goal Campaign. (2019). “Culture in the Implementation of the 2030 Agenda”. Published in Barcelona, Paris, Harare, Sydney, Montreal, The Hague and Brussels, within the context of the first United Nations Sustainable Development Goals Summit on 24-25 September 2019. https://www.ifla.org/files/assets/hq/topics/libraries-development/documents/culture2030goal.pdf 
Debord, G. (2002). The society of the spectacle (Perlman, Trans.). Black & Red. (Original work published 1967).
Gikandi, S. (2001). Globalization and the Claims of Postcoloniality. The South Atlantic Quarterly, 100(3), 627-658. https://www.muse.jhu.edu/article/30720
Grupo de Projeto Museus no Futuro. (2020). In C. Camacho, C. (org.), Relatório Final. Ministério da Cultura. http://patrimoniocultural.gov.pt/static/data/docs/2021/02/15/RelatorioMuseusnoFuturo.pdf
Hartmut, R. (2013). Social Acceleration: A New Theory of Modernity. Columbia University Press.
Leman, M. (2016). The expressive moment: how interaction (with music) shapes human empowerment. MIT Press.
Merleau-Ponty, M. (2002). Phenomenology of Perception. In Central Works of Philosophy Volume 4: The Twentieth Century: Moore to Popper. Routledge.
Robertson, R. (1995). Glocalization: Time-Space and Homogeneity-Heterogeneity. In M. Featherstone, S. Lash, and R. Robertson (Eds.), Global Modernities (pp. 25-44). Sage Publications.
Silverman, H.; Waterton, E.; Watson, S. (Eds.). (2017). Heritage in Action – Making the Past in the Present. Cham: Springer.
Stalder, F. (2018). The digital condition. Polity Press.
Stiegler, B. (2018). The neganthropocene. Open Humanities Press.
Varela, F. J., Thompson, E., & Rosch, E. (2016). The Embodied Mind: Cognitive Science and Human Experience (Revised Edition). MIT Press.

Disclaimer: Due to COVID-19 pandemic, this event may take a hybrid format. Any changes to the program will be communicated by the event’s Organizing Committee in due course, according to the evolution of the global pandemic situation.

16.06.2021 | por Alícia Gaspar | 2021, call for papers, Conference, Doug Bailey, emotion graduate conference on science and technology of the arts

ESTREIA | Aquilo que ouvíamos | 15 a 25 Junho - 20h | LuxFrágil - Lisboa

Aquilo que ouvíamos Uma criação do Teatro do Vestido

ESTREIA 15 JUNHO | 20H00 | LUX FRÁGIL - LISBOA  
Sessões 15, 16, 17, 18, 19, 20 Junho | 20h00
e 22, 23, 24 e 25 Junho | 20h00   
Bilhetes à venda em www.teatrosaoluiz.pt 

Foto(c) João Paulo SerafimFoto(c) João Paulo Serafim

Aquilo que ouvíamos

era exactamente assim que era
se nos lembrássemos de como era
e,
de certa forma,
lembramo-nos.

‘Está a gravar?’
Desta vez voltámos para nós próprios o gravador.
Convidámos uma banda (3 músicos) e mais 2 músicos, num total de 5, para que, no barulho ensurdecedor que fazem (chama-se música, pá!, ah, pois é), não nos deixarem pensar assim muito. Lembrarmo-nos, chega. Contar uns aos outros, chega. Dançar, também. Cantar, por vezes, trautear, outras. Outras, só ficar a ouvir, chega.
Desta vez, voltámos para nós o gravador.
Está a gravar, sim, o que é contas sobre isto?

Aquilo que ouvíamos parte das nossas experiências de escuta de música alternativa – de diferentes estilos – de meados dos anos 80 à passagem para os anos 90 (sendo que, em cena, estão diferentes gerações, por isso será mais rigoroso dizer que se estende no tempo para além [e antes] desse tempo). É, sobretudo, um espectáculo sobre como a música foi e é parte da identidade das pessoas que a escutam, e sobre um tempo em que a materialidade da música era crucial e em que muitas das nossas actividades e vivências se organizavam em torno disso.
Por exemplo, comprar vinis com parcas mesadas, trocá-los no pátio da escola secundária, fazer amigos por causa disso, comprar cassetes para gravar esses vinis, que assim se multiplicavam, ou comprar cassetes de concertos mesmo raros e mesmo mal gravados mas muito preciosos, ou cassetes gravadas com programas de rádio feitos por nós e para nós. Ou, quando aquilo que ouvíamos era muito daquilo que nós éramos – ou, como a música nos conferia uma identidade.

Aquilo que ouvíamos leva-nos numa viagem por histórias pessoais de relação com a música e o seu consumo, que criaram e definiram identidades ao longo do tempo que ainda perduram.

Há uma proposta de dress code para esta peça. Não a tomem como imposição, mas como um convite: aos que ouviam ‘aquilo’, recuperar esses figurinos da adolescência, a roupa preta, as doc martens e tudo o resto que nos distinguia. Aos que não ouviam, convidamo-vos a vestirem-se de forma especial para esta viagem. Fica o convite. Até já.

Apresentações integradas nas programações de São Luiz Fora de Portas e Junho em Lisboa.

Texto e Direcção Joana Craveiro 

Co-criação e interpretação Estêvão Antunes, Inês Rosado, Joana Craveiro e Tânia Guerreiro 

Músicos convidados (co-criação, composição e interpretação) Bruno Pinto, Francisco Madureira e Loosers (Guilherme Canhão, José Miguel Rodrigues e Rui Dâmaso) 

Participação especial Ricardo Jerónimo, Sónia Guerra, Tatiana Damaya 

Colaboração criativa Sérgio Hydalgo 

Cenografia Carla Martinez 

Figurinos Tânia Guerreiro 

Imagem João Paulo Serafim 

Vídeo directo João Paulo Serafim, e Henrique Antunes, Sónia Guerra, Tatiana Damaya 

Iluminação Leocádia Silva 

Som Pedro Baptista, Sérgio Milhano (PontoZurca) 

Operação de Som Pedro Baptista 

Direcção de Produção Alaíde Costa 

Assistência Ricardo Jerónimo, Sónia Guerra, Tatiana Damaya 

Apoios Centro Cultural Vila Flor, FX RoadLights, ZDB 

Co-produção EGEAC – Programação em Espaço Público e São Luiz Teatro Municipal, Teatro Nacional São João e Teatro do Vestido

Ricardo Jerónimo, Sónia Guerra e Tatiana Damaya participam no projecto no contexto de estágio curricular, ao abrigo de protocolo entre o Teatro do Vestido e a ESAD.CR 

11.06.2021 | por Alícia Gaspar | aquilo que ouvíamos, EGEAC, lisboa, LuxFrágil, Teatro do Vestido

PORTA 33 | Exposições

PEIXE-PATO

Exposição de [exhibition by] Laetitia Morais e Mattia Denisse.

Inauguração [opening] Sexta-feira 11 de JUNHO às 19h


Tomando como ponto de partida uma viagem relâmpago em tempo de pandemia, a exposição PEIXE-PATO parte de indícios recolhidos em incursões furtivas dos cumes às margens da ilha. Transições e oposições da mais variada índole, tais como os meros que nascem fêmeas e transitam para machos; bananeiras na neve; árvores sexuais e órgãos milenários; montanhas trespassadas; túneis ao inverso; vacas caídas no mar; arestas arquitectónicas a penetrarem o oceano, e outras leituras aquáticas e insulares que subiram à superfície da memória, são algumas das imagens retinianas, que servem de jargão à exposição. “Que peixe será aquele? Em verdade, só por nadar debaixo da água ele parecia um peixe. Se andasse ao cimo da água, ao lume dela, seria pela espécie de penas (eram penas, sem dúvida) que o cobriam, pelas barbatanas que pareciam dois pés, pelos toquinhos de barbatana que pareciam asas, pelo jeito cambaleante e vacilante de mover-se, um pato. Era, portanto, um peixe-pato.”

“Daí em diante, raro era o dia em que ele não ia à pesca e o peixe-pato lhe não aparecia trazendo no bico um dos peixes de que ele mais gostava, para oferecer-lhe, e em que depois o peixe-pato se não deixava apanhar para, sentado o homem à beira de água, ficar no seu colo a receber as festas de que vibrava novamente, ronronando de satisfação.”

excertos do conto História do Peixe-Pato, de Jorge de Sena (in Antigas e Novas Andanças do Demónio, Edições 70)

JULHO NA PORTA33!

Estão de regresso as Oficinas para crianças no âmbito das Artes Plásticas, Expressão Dramática e Movimento. Juntos vamos conhecer e experimentar diferentes técnicas de expressão artística, num processo criativo e lúdico, pensado em estreita relação com a exposição Peixe Pato, de Laetitia Morais e Mattia Denisse.

Estas oficinas decorrerão em espaços interiores e exteriores, seguindo todas as recomendações da DGS no que respeita à COVID-19.
Duração | Segunda a sexta-feira; manhãs e/ou tardes
Destinatários | crianças dos 6 aos 11 anos 
Lotação máxima | 12 participantes

ESCOLA DO PORTO SANTO

Semana de abertura: 21—26 JUNHO

Em breve mais informação

Escola Primária do Porto Santo. Autor desconhecido. Cedência Secretaria do Turismo e Cultura | Direção Regional  do Arquivo e Biblioteca da Madeira. Escola Primária do Porto Santo. Autor desconhecido. Cedência Secretaria do Turismo e Cultura | Direção Regional do Arquivo e Biblioteca da Madeira.

Mais do que uma travessia, um mergulho. Uma imersão de coração inteiro na ilha do Porto Santo, a partir de um lugar de princípio(s): a Antiga Escola da Vila. Não nos esquecemos que foi ali que ateámos o primeiro sopro e fizemos do desejo um projeto de “redesenho”, de encontro com um território tantas vezes remetido para margens invisíveis, da ação e do pensamento. Entendemos que o arquipélago se cirze com a mesma linha e se desenha do afiar do mesmo lápis. Abrimos a Porta para dentro e esticámos as mãos e os braços até ao invisível, até ao outro lado do mesmo corpo. Um só corpo. Este.  
A arte, a escuta, o pensamento e os afetos serão sempre a nossa porta de entrada, e prometemos entrar como quem mergulha, porque a ilha, como nós, será sempre mais fundo do que superfície, mais entrada do que saída.  
É urgente o “Mergulho”. E quem vier por aqui, virá connosco.

*Mais informações em Porta 33 

11.06.2021 | por Alícia Gaspar | arte, exposições, peixe-pato, Porta 33

Convite | Inauguração LELU KIZUA: Lino Damião + Nelo Teixeira

Abertura : Quarta-feira, 9 de Junho  |  17:00 - 20:00
Duração : 09.06 – 11.07.2021


A exposição Lelu Kizua decorrerá em Lisboa, no Espaço Espelho D’Água, com inauguração oficial dia 9 de junho e encerramento dia 11 de julho de 2021.
Lelu Kizua com co-curadoria de João Silvério Inês Valle, é a segunda exposição conjunta dos artistas angolanos Lino Damião e Nelo Teixeira em Portugal e tem como mote um diálogo de criações artísticas entre os dois autores que se encontravam ambos em Portugal no início da pandemia em 2020.

Num momento em que a história do Planeta colocou em questão tantos aspetos que considerávamos como garantidos, os artistas encontram nesta encruzilhada, a inspiração para refletir sobre essas mudanças, sobre os desafios e a coragem para encontrar formas de enfrentar as alterações e ultrapassar os obstáculos.

O título da exposição Lelu Kizua pode ser interpretado, numa tradução livre da língua Kimbundu, como uma referência à actualidade, aos dias de hoje, mas sem esquecer as histórias e as estórias recentes que ambos os artistas viveram. Esta relação com o presente não é estribada numa nostalgia do passado, mas numa certa melancolia que se presente por entre as diversas formas, figuras e personagens que as composições pictóricas e tridimensionais convocam. Como uma espécie de folha de diário que guarda as memórias de cada um. No limite, de cada um de nós.

Esta exposição faz parte de uma programação mais alargada, denominada VENTO SUL, que é uma programação cultural desenvolvida pela associação the CERA PROJECT com o Espaço Espelho D’Água e tem o apoio da DGArtes.

08.06.2021 | por Alícia Gaspar | convite, exposição, inauguração, lelu kizua, Lino Damião, Nelo Teixeira

Curso de Curadoria de exposições

Curso online para profissionais dos PALOP da área curatorial

Nuno Crespo e Paula Nascimento coordenam este curso, composto por dez módulos sobre temas fundamentais da formação de um curador contemporâneo, mesas-redondas online com convidados e um encontro semanal para a discussão de leituras e projetos.

O curso vai decorrer entre setembro e dezembro de 2021.

Prazos de Candidatura e Elegibilidade 

Dirigido a 20 profissionais dos PALOP, com o mínimo de 3 anos de experiência profissional ou de aprendizagem em áreas como artes visuais, história de arte, estudos culturais, filosofia ou teorias das artes, museologia, produção e gestão cultural, literatura ou novos media, que demonstrem apetência pelo estudo e prática curatorial no campo das artes visuais contemporâneas. 

Os candidatos devem ter entre 25 e 40 anos e o domínio da língua inglesa será condição preferencial.

O curso tem inscrições abertas de 7 de junho a 22 de julho. As candidaturas devem ser submetidas online. (Não é possível guardar a informação no formulário, aconselhamos que preencha num documento à parte. Quando tiver a informação completa, submeta).

Na avaliação e seleção dos formandos será tido em conta o interesse do curso para a formação do candidato, o curriculum vitae e a motivação do candidato, incluindo preocupações concretas em relação à sua atividade profissional. Os candidatos selecionados deverão comprometer-se a frequentar a totalidade do curso e a apresentar uma proposta de projeto curatorial. A apreciação das candidaturas será feita por um júri independente, podendo incluir uma entrevista final online.

Módulos 

Temas de museologia e História das exposições 
Laura Castro, coordenação

Genealogia das exposições africanas no ocidente 
Paula Nascimento, coordenação

Temas de curadoria 
Nuno Crespo, coordenação

Colecionismo 
Sylvie Chivaratanond, coordenação

Galerias, leilões e economia da arte 
Maura Marvão e Alberto Castro, coordenação

Conservação preventiva e Documentação 
Carla Felizardo e Joana Teixeira, coordenação

Circulação, Armazenamento e Instalação de Obras de Arte 
Filipe Duarte, coordenação

Comunicação de arte numa era digital 
João Pedro Amorim, coordenação

Planeamento, financiamento e gestão de projectos 
Miguel Magalhães, coordenação

Montagem de exposições 
Sylvie Chivaratanond, coordenação

Mesas-Redondas

Estão previstas 3 mesas-redondas sobre temas-chave na agenda da pesquisa curatorial que serão uma oportunidade para os alunos conhecerem artistas e curadores, do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, do meio artístico internacional, português e africano, e participarem nalguns dos debates que marcam os discursos contemporâneos da arte.

Seminário Permanente de discussão dos projetos dos alunos

Encontros semanais de discussão sobre os projetos dos participantes.

Biografias

Nuno Crespo (Lisboa, 1975) diretor da Escola das Artes da Universidade Católica do Porto, curador, crítico de arte e investigador, que se tem dedicado ao estudo dos cruzamentos entre arte, filosofia e arquitetura. Licenciado e doutorado em filosofia pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, é professor e colaborador habitual, enquanto crítico de arte, do suplemento cultural Ipsilon (Jornal Público) tendo sido membro do seu conselho editorial.

Paula Nascimento (Luanda, 1981) é arquiteta e curadora formada pela Architectural Association School of Architecture e pela London South Bank University em Londres. Colaborou com ateliers de arquitetura no Porto e em Londres antes de fundar com Stefano Pansera Beyond Entropy um coletivo de investigação que opera nos campos da arquitetura – urbanismo – artes visuais e geopolítica. É consultora em vários projetos, incluindo o Pavilhão de Angola para a Expo Milano 2015 e colabora com diferentes instituições artísticas e coletivos. É curadora da Arco Lisboa edição de 2019, 2020 e 2021.

Contactos

Todos as questões e pedidos de informação deverão ser enviados para o email pgpd@gulbenkian.pt

Uma organização da Fundação Calouste Gulbenkian e da Escola das Artes da Universidade Católica do Porto.

07.06.2021 | por Alícia Gaspar | Calouste Glubenkian, curso, curso de curadoria, curso online

Séminaire « Que peut le récit ? »

Vendredi 11 juin – Rencontre avec Romain Bertrand

Le detail du mondeLe detail du monde

10h-12h – Le Détail du monde : (d)écrire, entre histoire et littérature.

Les mots nous manquent pour dire le plus banal des paysages. Vite à court de phrases, nous sommes incapables de faire le portrait d’une orée. Un pré, déjà, nous met à la peine, que grêlent l’aigremoine, le cirse et l’ancolie. Il n’en a pourtant pas toujours été ainsi. Au temps de Goethe et de Humboldt, le rêve d’une « histoire naturelle » attentive à tous les êtres, sans restriction ni distinction aucune, s’autorisait des forces combinées de la science et de la littérature pour élever la « peinture de paysage » au rang d’un savoir crucial. La galaxie et le lichen, l’enfant et le papillon voisinaient alors en paix dans un même récit. Ce n’est pas que l’homme comptait peu : c’est que tout comptait infiniment.

Cliquez ici pour rejoindre la réunion

Qui a fait le tour de quoiQui a fait le tour de quoi14h-16h – Qui a fait le tour de quoi ? : lecture et discussion de l’Affaire Magellan.

L’histoire de l’expédition de Fernand de Magellan nous a toujours été racontée tambour battant et sabre au clair, comme celle de l’entrée de l’entrée triomphale de l’Europe, et de l’Europe seule, dans la modernité. Et si l’on poussait à son extrême limite, jusqu’à le faire craquer, le genre du récit d’aventures ? Et si l’on se tenant sur la plage de Cebu et dans les mangroves de Bornéo, et non plus seulement sur la Victoria ? Et si l’on faisait peser plus lourd, dans la balance du récit, ces mondes que les Espagnols n’ont fait qu’effleurer ? Et si l’on accordait à l’ensemble des êtres et des choses en présence une égale dignité narrative ? Et si les Indiens avaient un nom et endossaient parfois le premier rôle ? Et si l’Asie tenait aussi la plume ? Que resterait-il, alors, du conte dont nous nous sommes si longtemps bercés ?

Cliquez ici pour rejoindre la réunion

 

Directeur de recherche au Centre de recherches internationales (CERI, Sciences Po-CNRS), Romain Bertrand est notamment l’auteur de L’Histoire à parts égales. Récits d’une rencontre Orient-Occident (XVIe-XVIIesiècle), (Seuil, 2011, Grand Prix des Rendez-vous de l’Histoire de Blois 2012). Récemment, il a dirigé L’Exploration du monde. Une Autre histoire des grandes découvertes (Seuil, 2019) et publié Qui a fait le tour de quoi ? L’Affaire Magellan (Verdier, 2020).

07.06.2021 | por Alícia Gaspar | histoire, litterature, romain Bertrand, séminaire

Le Monde diplomatique - junho

Na edição de Junho destacamos um dossiê sobre a exploração de trabalhadores migrantes e o agrocapitalismo no Alentejo, numa abordagem que reflecte sobre os limites da mobilização do conceito de «tráfico de pessoas», que pouco tem beneficiado as vítimas (Mara Clemente), e que retrata as várias vulnerabilidades do quotidiano de trabalho e da vida destes migrantes, inseridos nas cadeias globais de valor (Ana Estevens, Jorge Malheiros, Katielle S.N. Silva). Fazemos também um balanço do que está previsto no Plano de Recuperação e Resiliência para os sectores da Saúde (Cipriano Justo) e da Habitação (Rede H) em Portugal. Na secção Outras Palavras deste mês propomos poesia, prosa e ilustrações feitas no âmbito da Leitura Furiosa 2021 no Porto.

No internacional revisitamos, à luz das mais recentes agressões, as guerras sem fim de Israel contra os palestinianos (Alain Gresh). Fazemos o relato da brutal repressão que se abate sobre os manifestantes na Colômbia, tratados como «inimigos internos» (Lola Allen e Guillaume Long). Analisamos os movimentos tendentes a transformar o Brasil numa «democracia militarizada» (Anne Vigna) e as causas do desastre pandémico indiano (Christophe Jaffelot). As tensões geopolíticas que levam a Aliança Atlântica a explorar o terreno asiático (Martine Bulard) e as divisões na esquerda francesa quanto à proposta de anulação da dívida (Renaud Lambert) são outros temas em destaque. Bem como um dossiê sobre «a cidade desfigurada» pelas escolhas ligadas, designadamente, ao consumo e à mobilidade. E muito mais.

Com o jornal está nas bancas o livro Os Três D dos Media – Desigualdade, Desprofissionalição e Desinformação, organizado por José Nuno Matos, Filipa Subtil e Carla Baptista.

ÍNDICE DE ARTIGOS aqui.TAMBÉM DISPONÍVEIS:
«Um povo de pé», SERGE HALIMI «O jornalismo no novo negócio dos media», SANDRA MONTEIROASSINATURA: Assinar é reforçar a independência e a estabilidade financeira do jornal.Veja como assinar por 1 ou 2 anos aqui.Nós cuidamos de lhe levar o jornal.CONHECE OS NOSSOS LIVROS?Veja aqui.

04.06.2021 | por martalanca | jornalismo, Le Monde diplomatique

"Les récits impliqués de l'art" une rencontre avec Sophie Orlando & Olga Rozenblum

Vendredi 4 juin à 14h aura lieu la sixième et avant-dernière séance en ligne du séminaire “Que peut le récit ? Pratiques historiennes, artistiques et curatoriales” proposé par Vanessa Brito dans le cadre d’un partenariat entre les Beaux-Arts de Marseille, le Collège International de Philosophie, le Frac Provence-Alpes-Côte d’Azur, le Mucem, le cinéma La Baleine et la librairie L’Hydre aux mille têtes.

À noter que la dernière séance du séminaire aura lieu le vendredi 11 juin, toujours en ligne, en compagnie de l’historien Romain Bertrand.

Pour cette table ronde intitulée Les récits impliqués de l’art, les Beaux-Arts de Marseille invitent Sophie Orlando (historienne de l’art) et Olga Rozenblum (commissaire d’exposition, productrice et programmatrice).

Comment participer à un récit de l’art qui ne parle pas à la place des artistes, des militant·e·s, des communautés mais leur laisse leur place à table ? Comment les remettre au centre de la situation et de l’énonciation de l’art ? Olga Rozenblum et Sophie Orlando discuteront de leurs manières de faire, de leurs différentes relations à la fois aux personnes et aux archives. Elles échangeront sur leurs manières de faire émerger les tissages entre différentes générations afin de proposer des généalogies d’affinités politiques. Olga Rozenblum discutera notamment de ses projets autour de Guillaume Dustan, Maïa Izzo-Foulquier et Griselidis Réal, tandis que Sophie Orlando parlera des écritures des récits féministes de l’art, de son travail avec les pensées et les œuvres du Black art britannique, mais surtout de l’écriture des récits produits par et autour des écoles d’art.

Pour vous connecter à cette séance, suivez le lien Teams suivant :

Cliquez ici pour rejoindre la réunion

Les informations complètes sur la séance du 4 juin se trouvent sur le site de l’école et sur Facebook.  

Olga Rozenblum est co-fondatrice de l’espace indépendant Treize à Paris et des structures red shoes et les Volcans, à travers lesquelles elle accompagne des artistes dans leurs projets de films ou d’exposition, cherchant avec elles/eux des systèmes alternatifs de production et de diffusion. Elle a organisé ces dernières années le festival UNdocumenta (festival de films disparus), la rétrospective des films de Guillaume Dustan, l’activation du fonds du Centre de documentation international sur la prostitution créé par Grisélidis Réal.

Basée à Paris, Sophie Orlando enseigne les théories de l’art à la Villa Arson, à Nice. Elle écrit, édite, diffuse à propos de pratiques artistiques situées dans la sphère du conceptualisme, des arts noirs européens et elle partage des formes culturelles et pratiques antiracistes et antisexistes. Elle développe actuellement des textes, entretiens et programmes sur les pédagogies critiques appliquées au champ de l’art.

Vanessa Brito est professeure aux Beaux-Arts de Marseille et directrice de programme au Collège International de Philosophie.

À noter que la dernière séance du séminaire aura lieu le vendredi 11 juin, toujours en ligne, en compagnie de l’historien Romain Bertrand.

01.06.2021 | por Alícia Gaspar | Art, Beaux-Arts de Marseille, Conference, historien

Aurora Negra regressa ao D. Maria II em junho

Depois de ter aberto a Temporada 2020/2021 do Teatro Nacional D. Maria II, com várias sessões esgotadas, Aurora Negra, de Cleo Diára, Isabél Zuaa e Nádia Yracema, regressa à Sala Estúdio de 10 a 20 de junho

Com criação, direção artística e interpretação de Cleo Diára, Isabél Zuaa e Nádia Yracema, Aurora Negra nasce da constatação da invisibilidade a que os corpos negros estão sujeitos nas artes performativas, sendo-lhes negado constantemente o acesso à construção das suas narrativas.

Neste espetáculo, o canto começa na voz de uma mulher que fala: fala crioulo, fala tchokwe, fala português. Em cena, três corpos, três mulheres na condição de estrangeiras falam também essas três línguas. Três mulheres que buscam as raízes mais profundas e originais das suas culturas, celebrando o seu legado e projetando um caminho onde se afirmam como protagonistas das suas histórias.

Aurora Negra foi o espetáculo vencedor da segunda edição da Bolsa Amélia Rey Colaço, um projeto promovido pelo Teatro Nacional D. Maria II, o Espaço do Tempo, em Montemor-o-Novo, o Teatro Viriato, em Viseu, e o Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, e que se destina a apoiar jovens artistas e companhias emergentes.

Depois da sua estreia no D. Maria II, em setembro de 2020, Aurora Negra foi já apresentado em vários espaços do país e regressa agora a Lisboa, para 9 apresentações na Sala Estúdio. A sessão de 20 de junho, domingo, contará ainda com interpretação em Língua Gestual Portuguesa e Audiodescrição.

Mais informações sobre o espetáculo aqui.

29.05.2021 | por Alícia Gaspar | aurora negra, corpo, crioulo, dança, tchokwe, teatro

Fantasmas do Império | 3 Junho nos Cinemas

SESSÕES

Estreia a 3 de junho
Cinema City Alvalade (Lisboa)
Cinema City Alegro Setúbal
Cinema NOS Alma Shopping (Coimbra)

10 de junho – hora a confirmar 
Tavira

23 de junho – 19h00 
Teatro Sá da Bandeira (Santarém) – em parceria com o Cineclube de Santarém

Debates no Cinema City Alvalade no final da sessão das 19h

3 Junho – Ariel de Bigault (realizadora)
4 Junho – Fernando Matos Silva (realizador, montador e produtor; personagem principal de Fantasmas do Império)
7 Junho – António Pinto Ribeiro (Investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e no projeto Memoirs Filhos do Império)
8 Junho – Margarida Cardoso (cineasta; personagem principal de Fantasmas do Império)
9 Junho – Ariel de Bigault (realizadora)

28.05.2021 | por Alícia Gaspar | cinema, colonialismo, estreia, Fantasmas do Império, filme

Memória Ambiental — MAAT

29 de Maio | 15.00 - 18.00

Programa: Clima: Emergência > Emergente

Curadora:Margarida Mendes

Com: Boaventura Monjane, Joana Roque de Pinho, João Ruivo, Julia Seixas, proTEJO, Movimento SOS Serra d’Arga

Local: Sala dos Geradores [Central]

João Ruivo, 'Monólitos Solo'João Ruivo, 'Monólitos Solo'

Este fórum composto por dois painéis – integrado na iniciativa de programação do maat Clima: Emergência > Emergente – aborda legados críticos do extrativismo e a atual transição energética propondo futuros restaurativos. O fórum reúne investigadores e ativistas que operam nos campos da engenharia do ambiente, conservação e humanidades, para discutirem o legado colonial da política de recursos e opções alternativas para a utilização da terra e da água.
Cruzando o campo da crítica infraestrutural com o discurso descolonial, Memória Ambiental introduz perspectivas históricas sobre o planeamento agrário, a gestão de recursos e práticas de conservação, definindo um eixo entre a injustiça climática contemporânea e o legado colonial das políticas ambientais, tanto em Portugal como noutros locais. Pondo em causa o extrativismo que permeia os modelos económicos contemporâneos, os convidados analisam a sua origem em regimes prévios de instrumentalização de solos e recursos, fundeando o debate em casos de estudo em territórios previamente colonisados. São também introduzidas perspectivas críticas sobre modelos emergentes para uma transição energética justa, questionando-se o conceito de “energia verde” em relação à manutenção hidrográfica da bacia do Tejo que atravessa a Península Ibérica, e à extração de lítio no Alto Minho.

As conversas (em inglês) contam com a participação de Boaventura Monjane, Joana Roque de Pinho, João Ruivo, Júlia Seixas, proTEJO – Movimento pelo Tejo, Movimento SOS Serra d’Arga, a convite de Margarida Mendes.

Painel 1:
Disputas territoriais em Angola, Guiné-Bissau, Moçambique e Portugal

Com Boaventura Monjane, Joana Roque de Pinho, João Prates Ruivo.
Moderação Margarida Mendes.

Boaventura Monjane fala-nos das dinâmicas agrárias e de extração, de penetração de capital em zonas rurais do Sul Global, olhando em particular para processos de acumulação históricos, mas também dos nossos dias. A conferência traz luz às raízes muitas vezes obscuras do contínuo conflito de Cabo Delgado no norte de Moçambique, ou seja, o modo militarista do extrativismo de enclave, que amplia desigualdades sociais e económicas existentes, e os usuais défices no que diz respeito à tomada de responsabilidade, transversalmente evidentes no sector de extração em África. Monjane fala-nos ainda sobre o que é cunhado por ele como “reações políticas vindas de baixo” para destacar agências rurais (e urbanas) no confronto e resistência ao extrativismo (e militarização).

Através de fotografias e narrativas criadas por um grupo variado de agricultores da Guiné-Bissau que vivem no Parque Nacional de Cantanhez, a apresentação de Joana Roque de Pinho examina as descrições locais de uma paisagem culturalmente muito valorizada e as próprias práticas dos agricultores de conservação de biodiversidade, ambas as quais desafiam narrativas dominantes sobre o parque e os seus residentes.

Partindo de uma leitura crítica da história recente do aproveitamento hidroelétrico, a conferência de João Prates Ruivo foca o papel das missões de reconhecimento pedológico na reconfiguração territorial ocorrida durante o conflito anticolonial em Angola, e refletir hoje sobre as possibilidades de práticas situadas de resistência, no contexto das transformações ambientais decorrentes do projeto de cultivo intensivo da Barragem de Alqueva, no Alentejo.

Painel 2:
Vectores energéticos e modelos de conservação
Com Júlia Seixas, Carlos Seixas (Moviemento SOS Serra d’Arga) and Paulo Constantino (Movimento proTEJO).
Moderação Margarida Mendes.

O uso de recursos energéticos tem aumentado desde a revolução industrial, particularmente depois do fim da Segunda Guerra Mundial, para suportar o número crescente de serviços humanos e sociais. Os modelos de abastecimento de combustível fóssil têm colocado uma enorme pressão ambiental e social em algumas zonas do planeta, nomeadamente em países vulneráveis, com poucos ou nenhuns benefícios para as suas populações. Segundo Júlia Seixas, a transição energética traz um novo modelo muito baseado em recursos energéticos locais, mas muito exigente para com a terra, os minerais e metais. A “velha” relação entre países fornecedores de recursos e países consumidores de tecnologia ainda persiste, dificultando a transição justa desejada pelas novas gerações.

Endereçando a questão da prospecção de lítio em Portugal, Carlos Seixas do Movimento SOS Serra d’Arga esclarece como a população do Minho tem resistido ao projeto governamental de fomento mineiro, expondo como os cidadãos podem combater a mentira da mineração verde e ganhar esta batalha.

proTEJO – Movimento pelo Tejo questiona o conceito de energia verde e irá apresentar a sua posição sobre as questões hídricas e energéticas ligadas à bacia do Tejo, que vem a observar desde 2009. Prestando especial atenção às questões de conservação e salvaguarda da biodiversidade do rio Tejo e seus afluentes, o movimento propõe uma gestão sustentável, transparente e participativa da bacia hidrográfica do Tejo a fim de assegurar a disponibilidade de água em quantidade suficiente e de qualidade tanto para nós como para as gerações futuras. Com este objetivo considera fundamental a defesa dos pilares da vida do rio: a quantidade de água com a circulação de caudais ecológicos, em consonância com os ritmos sazonais e com condições que permitam a migração das espécies; a qualidade da água para suprir as necessidades humanas e ecológicas; e a conectividade fluvial que mantém um rio livre e vivo para assegurar as condições naturais para termos água em quantidade e com qualidade, bem como para preservar a biodiversidade e o património cultural material e imaterial associado.

Sobre o programa
Ao chamar a atenção para a emergência climática, a iniciativa de programa público Clima: Emergência > Emergente estimula análises críticas e propostas criativas que procuram ir além do catastrofismo, fazendo emergir futuros ambientalmente sustentáveis.
De âmbito internacional e interdisciplinar, o programa foi idealizado pelo recém-fundado Coletivo Climático do maat, dirigido por T. J. Demos, e destina-se a reunir diferentes profissionais de cultura que trabalham na interseção das artes experimentais com a ecologia política.

Leia a declaração do Coletivo Climático no maat ext. (em inglês).

25.05.2021 | por Alícia Gaspar | ambiente, angola, conversas, Guiné-Bissau, maat, memória ambiental, Moçambique, Portugal, proTEJO

Celebrar África: palavra, vozes e ritmos

Organização: Roda Viva – restaurante e espaço cultural

Parceria: Junta de Freguesia Santa Maria Maior e Projecto Literaturas Afrikanas

Músico convidado: Mbalango

Curadoria: Venâncio Calisto

No âmbito das comemorações do mês de África, o Roda Viva: restaurante e espaço cultural moçambicano em Lisboa, numa parceria com a Junta de Freguesia Santa Maria Maior promove o evento “Celebrar África: palavra, vozes e ritmos” a ter lugar no dia 27 de maio a partir das 16 horas.

Com uma programação em que o livro assume o centro das atenções, este evento é um convite para olhar o continente mãe com os “olhos bem de ver” como vaticinou a poeta Noémia de Sousa, a partir das lentes dos seus pensadores, poetas e escritores, cujas obras estarão expostas no emblemático lavadouro municipal de Alfama, mesmo em frente ao Roda Viva, No Beco do Mexias nº 11.

Para além da feira do livro à cargo do projecto Literaturas Afrikanas, a música também marca especial presença nesta festa de África, através do concerto “Mbira ya Inhagoia”, uma breve apresentação do mais recente álbum do músico moçambicano Mbalango. Trata-se de uma viagem ao encontro das sonoridades e ritmos do passado e do presente, uma oportunidade para conhecer as narrativas de luta e de esperança do povo moçambicano.

O Dia da África comemora-se anualmente a 25 de maio. Em 1972, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu esta data como o Dia da África ou o Dia da Libertação da África. E recorda a luta pela independência do continente africano, contra a colonização europeia e contra o regime do Apartheid, assim como simboliza o desejo de um continente mais unido, organizado, desenvolvido e livre.

25.05.2021 | por Alícia Gaspar | Africa, celebrar África, concerto, exposição, feira do livro, Noémia de sousa, roda viva