Política da língua como prática da decolonialidade: uma reflexão começada

Política da língua como prática da decolonialidade: uma reflexão começada A língua tem lugar, enraizada num chão onde é vivida, mas, além disso, é lugar de expressão de lugares. No sentido em que através dela algo se mostra, a língua é faculdade de ser atravessada, lugar de influências e dependências que levam o nome de uma negociação e que são também uma forma de atravessar, o resultado de uma viagem do lugar de sentido que somos por lugares de sentido que outros são e reciprocamente. Era esse o sentido de negociação de identidade a que se referiu Chiziane. Travessia que consiste em se deixar atravessar, língua e território percorrem-se como uma fita de Moebius.

A ler

15.11.2023 | por André Barata e Liliana Coutinho

Política do abandono e desobediência radical

Política do abandono e desobediência radical O trabalho das feministas negras tem sido essencial para desvelar a fundação racial da reprodução social da limpeza e dos cuidados. Na era actual, que vê uma nova política racial da limpeza produzida pela ansiedade gerada em torno daquilo a que os meios de comunicação chamam crise climática, as sociedades humanas não poderão sobreviver sem esse trabalho de limpeza e de cuidado.

Corpo

19.03.2020 | por Françoise Vergès