Independências africanas: processos, imaginários, conexões.

Independências africanas: processos, imaginários, conexões. O ano de 1975 no continente africano fica marcado pelas independências de Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Angola e Moçambique, depois que, dois anos antes, a Guiné-Bissau auto-proclamara a sua independência. Concluía-se um processo lento, complexo e multiforme de maturação de condições sociais, económicas e culturais, de formação de imaginários, de lutas e resistências onde se forjaria o início da concretização dos projectos nacionais. Necessariamente plural, na diversidade dos caminhos percorridos e nas circunstâncias concretas de cada país, esse movimento constitui uma etapa marcante do quadro amplo de lutas pela autodeterminação que marca toda a segunda metade do século XX e que tem no continente africano um dos seus principais cenários.

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29.11.2024 | por várias

Contra-memórias do 25 de abril: silêncios, reparações e justiça

Contra-memórias do 25 de abril: silêncios, reparações e justiça As independências não foram uma concessão deliberada e solidária do novo regime, foram uma conquista que resultou da coragem e determinação de homens e mulheres que lutaram pela libertação e soberania territorial dos seus países e enfraqueceram o regime colonial português até ao limite das suas possibilidades humanas e militares. Além disso, o movimento anti-colonial nunca foi assumido e articulado pelas agendas políticas portuguesas do novo regime (tanto as de esquerda como as de direita) de uma forma assertiva e consequente, e essa negligência histórica tem repercussões e continuidades até aos dias de hoje, no que diz respeito à segregação, exclusão e obliteração racial em Portugal.

Mukanda

26.04.2020 | por Núcleo Antirracista de Coimbra (NAC)