A divulgação das circunstâncias do combate travado na floresta é uma chamada à mobilização global pela Amazónia, no sentido de equilibrar as forças para que este bioma deixe de ser a região com o maior nível de conflitos e assassinatos no Brasil e para que documentários como O Território e Somos Guardiões, gravados em pontos geográficos distantes e com povos indígenas distintos, não tenham guiões tão semelhantes.
Afroscreen
05.08.2024 | por Anabela Roque
“Os moleques ficam-se matando todo o dia” diz Alê, personagem interpretada pelo ator Chico Díaz, no início de Noites Alienígenas (2022), filme realizado por Sérgio de Carvalho. A calamidade descrita na curta frase de Alê poderia ter lugar em várias geografias do Brasil, mas nesta longa-metragem de ficção é uma tragédia amazónica que se desenrola a partir dos bairros de palafita da periferia da cidade de Rio Branco, no Estado do Acre, território atingido pelo flagelo que transcende fronteiras, regiões e países na floresta tropical: o tráfico internacional de drogas.
Afroscreen
11.12.2023 | por Anabela Roque
Sob o pretexto do «reflorestamento», da «descarbonização» e a troco de «empregos», na última década, a expansão gigantesca da monocultura do eucalipto pela Portucel Moçambique tem levado ao fim das terras comunais e das machambas que garantiam a perene sobrevivência de comunidades rurais, condenadas a viver sem nada e impotentes perante o desenvolvimento do eucalipto.
A ler
27.11.2021 | por Filipe Nunes e João Vinagre
A vida organiza-se em rede. Os produtores primários produzem o seu próprio corpo que serve de alimento aos herbívoros que, por sua vez, são o alimento para os carnívoros. Os decompositores alimentam-se da morte de todos os anteriores. As relações entre produtores, consumidores (herbívoros e carnívoros) e decompositores regulam os ciclos em que a matéria é reciclada. Transferem entre si a energia do Sol, que só pode ser capturada pelos produtores primários. Em cada transferência de energia, a maior parte é perdida.
Corpo
05.07.2021 | por Yayo Herrero
Enquanto não se reorganizarem convenientemente (com profissionais e tecnologia adequada) os Serviços Florestais e não se efetuar o devido ordenamento do território, vamos continuar a ter "piroverões", noticiados de modo inqualificável pelas televisões, por continuarmos a ter governantes incapazes, que não estão para ter trabalho e aborrecimentos. Assim, a consequência final será realmente a desertificação, com as nossas montanhas cobertas de rocha nua, pois sem vegetação o solo é completamente arrastado pelas águas pluviais.
A ler
19.06.2017 | por Jorge Paiva
O sangue ferveu numa manhã de Maio passado. De catanas em punho, a população impediu o avanço das máquinas. A Agripalma suspendeu as operações e agora vêem-se no local apenas alguns trabalhadores a seccionarem grandes árvores já abatidas. Num país onde a falta de emprego é um problema, a perspectiva de trabalho no projecto Agripalma não entusiasma a todos. "São trabalhadores extras. Não têm regalias, segurança social, se ficam doentes ninguém lhes paga", diz Adelino dos Prazeres, outro morador de Porto Alegre.
Vou lá visitar
31.07.2013 | por Ricardo Garcia