Religião, legislação e o estupro aos direitos femininos no Brasil

Religião, legislação e o estupro aos direitos femininos no Brasil Após o fracasso das tentativas, o nome completo da criança e o hospital onde o aborto seria realizado foi vazado para uma ativista de extrema direita que convocou uma verdadeira caça às bruxas, endossada por uma horda de seguidores. A menina precisou de entrar escondida, no porta-malas de um carro, no hospital no Recife, no Estado de Pernambuco, onde finalmente conseguiu ter seu direito cumprido, porém precisou aderir ao Programa de Apoio e Proteção às Testemunhas, Vítimas e Familiares de Vítimas da Violência (Provita) e mudar de identidade e endereço para ter a oportunidade de viver sem a perseguição de fanáticos religiosos.

Corpo

19.06.2024 | por Gabriella Florenzano

Para lá da metáfora. Violência sexual e (pós-)colonialismo no romance Os Pretos de Pousaflores de Aida Gomes

Para lá da metáfora. Violência sexual e (pós-)colonialismo no romance Os Pretos de Pousaflores de Aida Gomes A crítica feminista tem vindo a apontar as implicações problemáticas da transfiguração do corpo feminino violentado em símbolo de um processo histórico, alertando para os códigos de género tradicionais que sustentam a metáfora: conotações de fragilidade e necessidade de proteção atribuídas ao feminino e estigmas de vergonha e culpa associados à violência sexual. Sara Suleri: a violação enquanto imagem do imperialismo é uma figura cuja obsolescência a tornou insuficiente para uma leitura sustentada das valências do trauma implicadas no simbolismo sexual do colonialismo.

A ler

02.09.2020 | por Júlia Garraio

O Obituário- “Todas as mulheres querem fazer sexo comigo!"

O Obituário- “Todas as mulheres querem fazer sexo comigo!" Já visitei os quatro cantos e as entranhas dos subúrbios. NADA. Já velejei no limite dos oceanos no cabo das agulhas, já corri que nem um leopardo pelas savanas e terreiros. Andei em baixo de pântanos que nem um hipopótamo, cortejei as anacondas serpenteei o seu veneno para avistar a geografia da mulher violentada…e, nada!

Corpo

29.05.2019 | por Indira Grandê