buala no sapo

No Sapo, saiu uma matéria sobre o BUALA

veja aqui

 

26.08.2010 | par martalanca

Tunduro: Festival Internacional de Artes - Maputo

O Tunduro - Festival Internacional de Arte, que acontecerá entre os dias 27 e 29 de agosto de 2010 em Maputo, irá lançar um conceito de responsabilidade social e sustentabilidade aliados à cultura. O festival lançará a primeira pedra para profissionais locais e também proporcionará ao público acesso à produção artística internacional.

Um dos principais objectivos deste projeto é reforçar a infra-estrutura e o sector criativo moçambicano, visando assim, um desenvolvimento que beneficiará tanto o país como os artistas locais. O festival irá oferecer seminários, cursos de formação, exibições de filmes, programação especial para as crianças, além de uma feira gastronômica e uma loja destinada ao festival. Todas essas atividades pretendem promover uma troca cultural diversificada e a globalização da cultura.

O “Tunduro Festival” proporcionará cerca de vinte apresentações gratuitas ao ar livre com música, teatro e dança, distribuídos em dois palcos. O primeiro estará localizado na Av. Samora Machel e outro em frente a Fortaleza. Além dessas atrações haverão concertos cobrados, realizados em locais fechados.

O festival Tunduro pretende proporcionar um intercâmbio cultural e diversificar a globalização cultural local.

Paises participantes: África do Sul, Costa do Marfim, Alemanha, Italia, Francia, Zambia, Portugal, Espanha, Peru.

25.08.2010 | par martalanca | jardim Tunduro

Como escrever sobre África?

“How to write about Africa” para ler sempre!

Do escritor queniano Binyavanga Wainaina

(…extrapolando: “Como escrever sobre arte africana?”; “Como escrever sobre pobreza?”; “Como escrever sobre música do mundo?”…etc…etc…)

25.08.2010 | par martamestre

Escritores africanos falam sobre as conexões com o Brasil

Dois mestres da literatura em língua portuguesa na África falam sobre o assunto.

Mônica Waldvogel recebeu o moçambicano Mia Couto e o angolano José Eduardo Agualusa, estiveram na Bienal do Livro, em São Paulo. Falaram sobre a atuação da literatura na era digital.

veja aqui

25.08.2010 | par martalanca

Si bu sta dianti na luta

25.08.2010 | par samirapereira

Ombaka em Benguela

O Colectivo de artes Ombaka em co-produção com a Associação Cultural Cena Benguela ACCB apresenta nos dias 28 e 29 de Agosto às 20.30 no Museu Nacional de Arqueologia em Benguela a Peça de Teatro “Como um Raio de Sol” inspirada em textos da obra Outros Horizontes, drama que retrata um amor que se plantou por eventuais encontros e olhares entre um Professor de Matemática e uma jovem cega que vivia com o Pai.

A peça representou Benguela no 5º Festival do Kazenga – Luanda, recentemente realizado onde se colocou entre as três peças Revelação tendo o Actor Esteves Quina sido considerado um dos Melhores Actores do Festival.

Elenco: Esteves Quina, Sincero Munto e Naira Francisco
Direcção, Encenação e Adaptação: Sincero Munto e Esteves Quina

25.08.2010 | par martalanca | Cena Benguela, teatro

5 x favela

5X Favela, agora por nós mesmos 
Debate e exibição de documentário Mediação: Cacá Diegues

Nesta aula aberta, os diretores de 5X Favela, agora por nós mesmos, mediados pelo cineasta Cacá Diegues, discutem o filme e a vigorosa cultura que emerge das favelas cariocas. No encontro, também será exibido 5X Favela, o documentário, dirigido por Quito Ribeiro, que revela o processo de produção do projeto, das oficinas de roteiro à filmagem e finalização, com envolvimento de mais de 600 jovens moradores de favelas.

Produzido por Cacá Diegues e Renata de Almeida Magalhães, 5X favela, agora por nós mesmos nasceu de oficinas profissionalizantes de audiovisual ministradas por grandes nomes do cinema brasileiro, como Nelson Pereira 

dos Santos, Ruy Guerra, Walter Lima Jr., Daniel Filho, Walter Salles, Fernando Meirelles, João Moreira Salles e muitos outros.

Presença dos diretores Cacau Amaral, Cadu Barcellos, Luciana Bezerra, Luciano Vidigal, Manaíra Carneiro, Quito Ribeiro e Rodrigo Felha Wagner Novais.

31 de agosto, terça-feira, às 20h  Evento gratuito Inscrições pelo telefone (21) 2227-2237

25.08.2010 | par martalanca | documentário, favela, periferia

Mia, no Rio

25.08.2010 | par martalanca | diversidade cultural, literatura moçambicana

poema

Tu t’appelais Bimbircokak

Et tout était bien ainsi

Tu es devenu Victor-Emile-Louis-Henri-Joseph

Ce qui

Autant qu’il m’en souvienne

Ne rappelle point ta parenté avec

Roqueffelère

+

Yambo Ouologuem, “A Mon Mari”

25.08.2010 | par martamestre

SÓFOTO | EDIÇÃO ESPECIAL

  QUARTA 25 AGOSTO 2010 | 19H
 
 

O CCFM tem o prazer em convidar todos os que gostam de ver, viajar ou trabalhar com fotografia  (amadores, profissionais, amantes, jovens,…)
para um encontro com dois fotógrafos,  onde cada um vai falar e mostrar em tela gigante  a sua arte

Douglas Nicolson (Escócia)
Elyxandro Cegarra (Venezuela)

Quarta 25 Agosto | 19H | ENTRADA LIVRE

 

25.08.2010 | par martalanca

no Elinga Teatro, Luanda

Quinta, Thursday 25.08.10 - entrada livre 

CHOKOLATE QUENTE

Afrologic Brothers (http://www.myspace.com/tukathesoulbreakxtra , http://www.myspace.com/cocafaray)

JAZZ, HIP HOP, SOULFULL HOUSE, SOULFUNK, NU-JAZZ, BROKEN BEAT, AFROBEAT & DERIVADOS

 

Sexta-feira, Friday 26.08.10 - 22h30 – 1.000 AKZ

SATELLITE 

Djing:

DJ Leandro Silva (http://www.myspace.com/leandrosilvadj)

DJ Luis Bom Som

ELECTRONIC, DEEP HOUSE, MINIMAL, PROGRESSIVE

 

Sábado, Saturday 27.08.10 - 22h30 – 1.000 AKZ

WAVEFORM

 Djing:

DJ Litó

DJ Furreta

HOUSE MUSIC, HIPHOP, CHART

25.08.2010 | par martalanca | dj, música

Encontros com África II – Moçambique

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – Vila Real, Portugal /  3-4 de Novembro

O colóquio Encontros com África II – Moçambique terá lugar na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, em Vila Real, nos dias 3 e 4 de Novembro de 2010, iniciativa enquadrada no âmbito do projecto Espaços e Paisagens Culturais na Ficção Africana de Língua Portuguesa do Centro de Estudos em Letras da UTAD.
Este colóquio pretende ser um momento de discussão sobre manifestações culturais, diversidade cultural, identidade, memória e sobre os diálogos que têm sido promovidos entre a cultura e os horizontes políticos e sociais moçambicanos para responder aos desafios da contemporaneidade.
A memória das antigas sociedades africanas apoiava-se na transmissão continuada de histórias, conhecimentos, princípios e valores que preservavam, entre outros, o sentido agregador da comunidade, família e vínculo à terra. A comunidade reverencia os seus ancestrais, conservando os valores de convivência que estão na memória como uma “forma de ser”, “ de pertencer”e “de participar” que é a marca identitária de uma nação.
Com a modernidade, além do contributo inestimável das artes plásticas e cénicas, a escrita, força motriz e auxiliar da cultura, apoia-se nas tradições e, conjugando o real e o imaginário, apropria-se dos recursos da oralidade para forjar uma literatura que se quer, ao mesmo tempo, expressão criativa e portadora da bandeira identitária da nação moçambicana na sua diversidade, complexidade e integralidade, pelo retrato ficcional de seus vários espaços e paisagens físicos, humanos e espirituais.
Neste momento, a nossa lista de convidados inclui o Senhor Embaixador de Moçambique em Portugal, Dr. Miguel Mkaima, a Prof. Dra. Ana Mafalda Leite, o Prof. Dr. Nataniel Ngomane, a Prof. Dra. Agnes Levecot, e os escritores moçambicanos Ungulani Ba Ka Khosa e Sulemane Cassamo.
As propostas de comunicação (título e resumo até ao máximo de 200 palavras, acompanhadas de um curto CV) deverão ser enviadas para cultura@utad.pt até 15 de Setembro de 2010.

A organização
Fernando Moreira
Orquídea Ribeiro

25.08.2010 | par martalanca

brevemente... mindelact 2010

 

 

 

fotografia: Abrãao Vicente
modelo: Thaiz Luksis

 

 

 

 

 

24.08.2010 | par samirapereira

praia maria: sketches for “freedom fighters collection” @ igallery

 A não perder na igallery, na cidade da Praia, os últimos dias  a exposição de esboços/ experiências  do que virá a ser uma exposição em grandes dimensões: sketches for “freedom fighters collection” são um conjunto de 15 peças feitas à base de serigrafia e acrílico da autoria de Abraão Vicente. 

 

 

 

 

24.08.2010 | par samirapereira

Afrique: la bande-son des indépendances

Par La rédaction de Mediapart

En Afrique, l’histoire s’écrit aussi en musique. Cette série, proposée par notre abonné Tristan Guilloux, revisite le répertoire à l’heure du cinquantenaire des indépendances des Etats africains.

voir ici

24.08.2010 | par martalanca | indépendance, musique

Conjunto Ngonguenha - Nós os do Conjunto

Então assim foi, o disco saíu MESMO. Depois de sucessivos adiamentos, atrasos com a fábrica e repetidos pedidos de desculpa por parte do MCK (editor e distribuidor pelo seu selo MASTA KAPA) aos religiosos seguidores do seu programa na Rádio Despertar que reclamavam pelo que lhes era devido, aqui está ele.

Todo o pacote é interessante, começando logo pelo impacto visual da capa em formato de caderno dos anos 80 que trazia o hino nacional na contra-capa. Mas o adágio diz que não se julga o livro pela capa, e assim sendo, não vamos também julgar o disco.

Eu sou suspeito para falar de Conjunto Ngonguenha, pois até bem pouco tempo antes deste disco sair, eu fiz parte do grupo. Sempre gostei da música que esses 3 mongos fazem, sempre fui panco da criatividade musical do Conductor, da franqueza e ligeireza com que o Leonardo flui pelos instrumentais auto-produzidos e pela profundidade lírica gargantuesca do Keita que impinge respeito até aos mais renitentes que só sabem falar do “flow”. Este é o segundo disco de originais depois do “Ngonguenhação” em 2004 com o selo da Matarroa, entretanto e infelizmente extinta. Se no primeiro disco se encontrava a sátira social e política elevada ao estatuto de “mongoloidice”, este segundo vem exactamente na mesma tónica mas com a vantagem de carregar em cada um dos intervenientes mais 5 anos de experiências no universo musical: o conductor está a produzir MUIIITTOO melhor, o Keita continua a rimar com aquela urgência como se o mundo fosse acabar amanhã, tendo, ainda por cima, melhorado substancialmente a sua largada e o Leonardo agora canta tipo quer lançar um disco de Soul.

A masterização/equalização deste disco são outros dois pontos em que se nota uma preocupação muito maior com a qualidade sonora, pois se no “Ngonguenhação” estava tudo sujo e fajuto de gravações dúbias, neste a coisa está cristalina, prata polida até virar espelho, graças à mestria do Eliei. Se houver um ponto negativo quando se compara “Ngonguenhação” com “Nós os do Conjunto”, ele residirá certamente na perda de inocência e espontaneidade do primeiro, para um conceito melindrosamente estudado para causar um efeito previsto no consumidor do segundo.

Mas isso, claro, é subjectivo como o é tudo o que releve duma opinião pessoal. Contrariamente ao que se propala (e mais uma vez na minha modesta opinião), acho que este álbum rouba muitas das ideias funcionais do primeiro dando impressão de haver vários temas que são sequelas.

Senão vejamos:

- Programa de rádio vs TV Ngonguenha: para já é inegável que os conceitos são os mesmos, e por acréscimo, o método da intro também o é. No primeiro usou-se o indicativo mais antigo da rádio angolana que precede o noticiário e, neste, usou-se o original de uma música infantil do Mamborró que, apesar de não ser a mais famosa dele, continua sendo uma música do Mamborró! - Dia de Aulas vs Fugueiro: apesar de aqui ser mais ou menos assumida a parte 2, pois chega mesmo a haver um sample do tema do primeiro álbum, inclusivé, este tema escapou intitular-se “Fugueiro: A Prequela”.

- Kibidi vs FTU-Nzamba 2: apesar de o Kibidi não se desenrolar dentro de um kandongueiro, o formato de story-telling é mais que familiarizado com o FTU, cada MC intervindo alguns segundos sequencialmente para avançar um pouco no seu relato. - Sorriso Angolano vs É Dreda Ser Angolano: Sorrir na miséria vs sorrir na miséria. Mesmo mambo! - Kem Manda Mais Fuma vs Ecos e Factos: Janela Aberta vs Ecos e Factos, dois programas da Televisão Pública de onde se podem tirar litros de inspiração para encher o rio seco.

- Vou te Queixar vs Nós e Vocês: ambas relatam o choque de gerações e delatam comportamentos obtusos (às vezes roçando o criminoso) da parte de alguns dos nossos conterrâneos.

- Ninguém nos Sungura vs Kanguei no maiki: se não se pode comparar pela ausência TOTAL de tema no segundo, compara-se perfeitamente por serem os dois os sonoros mais inesperados num álbum de hip hop, pois aventuram-se por ritmos que descambam um pouco para “música do futuro”, uma vez que nos é impossível de a rotular redondamente.

Apesar dessas comparações serem possíveis segundo a (in)disponibilidade de quem ouve de as fazer, em termos de execução TODAS SEM EXCEPÇÃO estão melhores neste disco, denotando a evolução profissional dos envolvidos.

O disco esgotou em tempo recorde de 5 horas!!! O pessoal que chegou ao Elinga depois das 14h, alguns vindos de bem longe, deparou-se com uma situação extremamente incómoda: “Já não há discos broda!!!”. Foram só mil cópias, mas o “Ngonguenhação” levou um ano e meio a vender essa mesma cifra. Falando de expansão hã?

Está de parabéns o Conjunto. Muitos sucessos daqui para frente é o que vos deseja este camarada! Apesar de já não figurar no plantel, estou na linha da frente a aplaudir, pois vocês continuam a ser (nas palavras de um grande poeta) “como água no deserto”.

 

Ikonoclasta

do blog do autor Música, alimento pr’alma

24.08.2010 | par martalanca | conjunto conguenha, hip hop angolano

29th Bienal de São Paulo

“Há sempre um copo de mar para o homem navegar” [There is always a cup of sea to sail in]

Preview
Sept 21, 2010
Regular calendar  Sept 25 – Dec 12 2010

We are pleased to invite you to the preview of the 29th edition of the Bienal de São Paulo on September 21, 2010.

The exhibition titled “There is always a cup of sea to sail in” is a tribute to the role of art in our times both in Brazil and abroad. Presenting the work of 161 artists from several countries, this 29th edition of the Bienal will be a celebration of art making itself, while asserting art’s own responsibility towards a critically reflection of the world.

In the occasion of your visit to the 29th Bienal, you will be able to attend a vivid program of parallel exhibitions and events through more than 30 art museums and institutions across São Paulo, besides seeing a broad range of shows at commercial art galleries and enjoying São Paulo’s lively atmosphere within the intense cultural calendar during this period.

If you are planning to visit the 29th Bienal, please send us your full contact information, dates and address of where you will stay in Brazil to 29bienal@fbsp.org.br. We will be delighted to send you a welcome kit, including the preview invitation, to make your visit more pleasant.

Looking forward to your visit,
Heitor Martins
 President

Fundação Bienal de São Paulo

Chief curators: Moacir dos Anjos and Agnaldo Farias (Brasil)

Invited curators: Chus Martinez (Spain), Fernando Alvim (Angola), Rina Carvajal

(Venezuela/USA), Sarat Maharaj (South Africa/England), Yuko Hasegawa (Japan)

Participating Artists:

Adrian Piper |Aernout Mik |Ai Weiwei |Albano Afonso |Alberto Greco |Alessandra Sanguinetti |Alfredo Jaar |Alice Miceli |Allan Sekula |Allora & Calzadilla |Amar Kanwar |Amélia Toledo |Ana Gallardo |Andrea Büttner |Andrea Geyer |Andrew Esiebo |Anna Maria Maiolino |Anri Sala |Antonieta Sosa |Antonio Dias |Antonio Manuel |Apichatpong Weerasethakul |Archigram Group |Artur Barrio |Artur Zmijewski |CADA |Cao Fei |Carlos Bunga |Carlos Garaicoa |Carlos Teixeira |Carlos Vergara |Carlos Zilio |Chantal Akerman |Chen Chieh-jen |Chim Pom |Cildo Meireles |Cinthia Marcelle |Claudia Joskowicz| Claudio Perna |Daniel Senise |David Claerbout |David Cury |David Goldblatt |David Lamelas |David Maljkovic |Deimantas Narkevicius|Dora Garcia |Douglas Gordon |Eduardo Coimbra |Eduardo Navarro |Efrain Almeida |Emily Jacir |Enrique Jezik |Ernesto Neto |Fernando Lindote |Filipa César |Fiona Tan |Flávio de Carvalho |Francis Alÿs |Gabriel Acevedo Velarde |Gil Vicente |Graziela Kunsch |Gustav Metzger |Guy de Cointet |Guy Veloso |Harun Farocki |Hélio Oiticica |Henrique Oliveira |High Red Center |Ilya & Emilia Kabakov |Isa Genzken |Jacobo Borges |James Coleman |Jean Luc Godard |Jeremy Deller |Jimmie Durham |Joachim Koester |Jonas Mekas |Jonathas de Andrade |Antonio Vega Macotela |José Leonilson |José Spaniol |Joseph Kosuth |Juliana Stein |Julie Ault and Martin Beck |Karina Skvirsky Aguilera |Kboco e Roberto Loeb |Kendell Geers |Kiluanji Kia Henda |Kimathi Donkor |Kutlug Ataman |Livio Tragtenberg |Luiz Zerbini |Lygia Pape |Manfred Pernice |Manon de Boer |Marcelo Silveira |Marcius Galan |Maria Lusitano Santos |Maria Thereza Alves |Marilá Dardot and Fábio Morais |Mário Garcia Torres |Marlene Dumas |Marta Minujin |Mateo López |Matheus Rocha Pitta |Miguel Angel Rojas| Miguel Rio Branco |Milton Machado| Mira Schendel |Monir Shahroudy Farmanfarmaian |Moshekwa Langa |Nástio Mosquito e Bofa da Cara |Nan Goldin |Nancy Spero |Nelson Leirner |Nnenna Okore |NS Harsha |Nuno Ramos | Oscar Bony |Oswaldo Goeldi |Otobong Nkanga |Otolith Group |Palle Nielsen |Paulo Bruscky |Pedro Barateiro |Pedro Costa |Pixação SP |Qiu Anxiong |Raqs Media Colective |Rex Time |Roberto Jacoby |Rochelle Costi |Rodrigo Andrade |Ronald Duarte |Rosangela Rennó |Runa Islam |Samuel Beckett |Sandra Gamarra |Sara Ramo |Simon Fujiwara |Sophie Ristelhueber |Steve McQueen |Sue Tompkins |Superstudio |Susan Philipsz |Tamar Guimarães |Tatiana Blass |Tatiana Trouvé |Tobias Putrih |Tucuman Arde |UNStudio |Wendelien van Oldenborgh |Wilfredo Prieto |Yael Bartana |Yoel Vazquez |Yonamine |Yto Barrada |Zanele Muholi |Zarina Bhimji.

 

Fundação Bienal de São Paulo

 

Parque do Ibirapuera · Portão 3
Pavilhão Ciccillo Matarazzo · 3º andar

23.08.2010 | par martalanca | Bienal de S.Paulo

preto e branco - Fausto

Fausto Bordalo DiasFausto Bordalo DiasEm 1989 Fausto brinda-nos com “A Preto e Branco”, onde dá música à poesia vinda de alguns PALOP, em especial Angola.

Aí entre Ernesto Lara Filho, Mário António e António Jacinto… estava também a jóia de Viriato da Cruz: “Namoro”.

Conseguido com muita dificuldade, finalmente aqui está este tema para a escuta do pessoal…

daqui da MPA, provando como um mesmo poema pode ter tantas faces consoante a música e a voz. Para dar mais calor à saudade dos saraus nos quintais… “Namoro”.

 

Tirado do FB do Música Popular Angolana

23.08.2010 | par martalanca | Fausto, música popular

Tourism and Seductions of Difference | Lisbon, Portugal | 9-12 September 2010

Who, or what are tourists seduced by? What constitutes their arousal? How do tourists learn what to be seduced by? How is the tourist experience and the temptation to travel framed? What can these attractions tell us about the moral order of tourism and modern culture? How are forms of local, ethnic, gender and national self being shaped and maintained in the contact zones of tourism? How are tourist attractions assembled to entice tourists? How is seduction in tourism being politically framed? What are the threats and consequences of seducing tourists? What happens when tourists seduce? How can seduction work as a means for resistance? What happens when seduction is rejected?

As tourism research spreads into the social sciences, this Conference will tackle one of the central ontological and phenomenological premises of tourism, the fascination with the idea of ‘Others’. Anthropologists have studied how separations between ‘Self’ and ‘Other’ become part of various public and personal aesthetics of everyday life. They have studied how the idea of differences between people, temporalities and places enable social actors to constitute and maintain selfhood within a wider cosmological scheme of social life. In the field of tourism practice, one of the most basic premises consists in temporarily overcoming difference, be it through the journey to a ‘different’ place, the eating of ‘different’ food, the contact with ‘different’ people. Whatever their ontological underpinning, Self and Other are almost ceremonially brought into contact. Self is deliberately immersed in the realm of an Other. Moreover, in the post-touristic context ‘back home’, the visited Other seems to perpetuate a presence, a sympathetic quality. It has penetrated the touristic body, is invoked in travel stories and embodied in photographs and souvenir objects. While rhetorically and socially separated, ‘Self’ and ‘Other’ hence appear here in fact mutually constitutive, exerting seductive powers upon each other, ‘bewitching’ and ‘colonising’ each other, invoking each other and making each other a fetish of their own existence. The touristic immersion in the Other seems part of an ontological work which enables the maintenance of Selfhood.

This Conference will explore the seductive powers underlying this immersion of Self in the Other and the forms of social life and exchange its shapes at different scales of social life. It will bring together around 200 academics from more than 30 countries presenting 150 papers during four days. The Conference is likely to be the largest anthropological event ever focusing on tourism. Download a draft programme (V2.85 updated 11 August 2010). It also includes a film festival, various study tours, an ‘intergenerational’ networking event and a book fair. The philosophy of this event and of the network of researchers who have been organising it is to be open and accessible. For that reason, the registration fees were fixed at a strict cover-cost basis and include all lunches, coffee breaks and a dinner.

Organisers

Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA)
Tourism Contact Culture Research Network (TOCOCU)
Centre for Tourism and Cultural Change (CTCC)


  

 

contact details to tourismcontactculture@gmail.com
more informations here

 

 

23.08.2010 | par martalanca

uma voz que não morre - rdc

Escrever sobre Ruy Duarte no passado custa-me por ele não poder responder. A expressão das suas considerações - de forma elegante ou, por vezes, irascível (coisa que comigo só aconteceu uma vez e, mesmo assim, foi uma cólera tão bem fundamentada e contextualizada que só pude dar-lhe razão apesar da minha teimosia) - acrescentava sempre. A sua voz ainda está muito presente, viva e intensa - com atribuições sábias para tudo, da paisagem ao livro, passando pela fofoca – cheia de adjectivos precisos e originais, uma voz com o tanto que partilhou connosco nos últimos anos. Por isso me custa muito a ideia de ele já cá não andar, com o seu ar dandy e a eloquência que sabemos. Ruy Duarte de Carvalho, cultivador de um ríspido isolamento, no seu caso necessário para pensar e criar, enredar a fábula com uma pesquisa apurada, ruminar no silêncio e na luz que vai esmorecendo na parede e no mar as suas conspirações privadas, esse Ruy isolado gostava porém de conversar interminavelmente e se rodear de juventude que, como ele, vive a inquietação e insatisfação perpétuas de querer saber, sem se fechar em fundamentalismos, que ousa ideias, produz conhecimento e ironiza com os factos da História.

Conheci-o na rua António Barroso, Maianga, numa Luanda que vivia a excitação da paz, em 2005. O Filipe Calvão e eu, amigos do seu filho Luhuna, fomos lá buscá-lo para o levar a almoçar à ilha, a mesma dos pescadores caluandas que Ruy conhecia a fundo. A partir daí estabeleceu-se aquela cumplicidade indizível: um reconhecimento. As ligações e paixões por Angola vão-se repetindo em ciclos com novas curiosidades que aí nos trazem, e novos dados nos revelam, nos dão trabalho e tanto que pensar. Ele sentiu isso em nós, jovens curiosos, pesquisadores de dinâmicas angolanas, desejosos de compreender as equações dos tempos, poderes, figuras, culturas, dificuldades e desafios do país, pessoas que realmente querem conhecer e viver Angola. Confiou e entregou-se, concedendo o privilégio de nos passar tanto do seu conhecimento e companhia inspiradores.

A partir daí seguiram-se visitas ao fim da tarde na casa da Maianga e sempre longas conversas que me deixavam num estado de exaltação mental e espiritual, continuadas pelas leituras dos seus livros. Quando vendeu a casa e se mudou para a Namíbia, nas passagens esporádicas por Luanda, ficava hospedado no castiço hotel Globo, Mutamba, próprio para o imaginário de um escritor desprendido do mundo material, apesar de tão ligado à matéria do mundo. Ali ficava a fumar e a pensar, a sentir as vibrações da cidade. Pressentia o que implicam as transformações desta nova Luanda, nem sempre familiar e afável para ele, mas empenhado em perceber os seus comos e porquês.

Tivemos novos encontros em Lisboa até que, na conferência da Gulbenkian, onde apresentou a proposta neo-animista, decidimos pôr mãos à tentativa de criar um movimento, que fizesse convergir várias procuras, de académicos, artistas e viajantes, cada um com os seus contributos para uma linha (do) comum. Mas isso são outros quinhentos, que serão falados a seu tempo.

kalahari, SA 2009kalahari, SA 2009

 

Entretanto o Ruy pediu-me para o ajudar a organizar as suas actividades, livros, filmes, viagens e projectos. Mantivemos acesa comunicação, cuidando-nos. Fui viver para Moçambique em 2009 para preparar, com o Pedro Pimenta, o ciclo “E agora… vamos fazer mais como?” de filmes e debates no Festival Dockanema. Foi o reencontro do Ruy com o mundo do cinema e festivais, além do regresso à cidade de Maputo onde trabalhara, 40 anos antes, na fábrica da cerveja Laurentina. E por ali andava radiante a bater muito papo, fumar cigarros, relembrar os tempos em que palmilhou Angola para filmar e mostrar quem são afinal os angolanos, na sua tão rica diversidade. Dali partimos, o Ruy e quatro jovens marinheiros, na nossa grande viagem pela África do Sul, um país com tantas questões em articulação com a sua obra (leia-se A Terceira Metade). Já viajara com o antropólogo Filipe Calvão (o amigo que nos apresentou) pelos Estados Unidos e Namíbia, e agora preparávamos novas incursões: depois da sua recente estadia na ilha de Santa Helena, a ‘comitiva’ iria à Argentina e a pontos do globo que configuram cartografias de antigos impérios, deslocações, reincidências e utopias. Novas transumâncias o obcecavam.

É claro que nos restam os livros e essa obra magnânime que, plena de perguntas, tanto deixa por descodificar – de uma originalidade e talento que tornam claro que Ruy Duarte de Carvalho é um dos melhores escritores de língua portuguesa e, portanto, permanecerá firme no cânone da literatura angolana e lusófona. É uma obra que aponta caminhos, retira da invisibilidade povos, modos de vida, comunidades, autores, pessoas que se cruzaram com ele algures num percurso exploratório, e até palavras e expressões - erudição e coloquialidade juntas numa expressividade única! Uma obra que impele para determinadas direcções, os tais caminhos que só podiam ser aqueles, como o nosso destino também só poderia ter sido o que nós fizemos dele.

Mas, que raio, sempre que abro um livro seu ouço aquela voz assertiva e questionadora ao mesmo tempo, a mostrar-nos evidências e subtilezas, a fazer ver as imbecilidades do mundo e de como a ambição dos homens, suas aventuras, saques e explorações loucas, acabaram por suscitar tão crueis destinos mas também interessantes desafios à humanidade, e à compreensão da mesma.

E os poemas que a natureza escreve por si, ainda lá estão à espera que o Ruy os descubra para nos revelá-los.

Acredito que esteja já nesse encontro com os mais-velhos a falar disso tudo e muito mais. Fazer mais como?

20.08.2010 | par martalanca | Ruy Duarte de Carvalho