Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África

Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África 
22 Junho | 23 Junho | 24 Junho
Fundação Calouste Gulbenkian
Entrada Livre


1.ª sessão: Os bloggers da Primavera Árabe22 de Junho 2012, 19h00 - TendaMaria João Tomás (moderadora) (Portugal) / Mona Prince (Egito) / Danya Bashir (Líbia) / Yassine Ayari (Tunísia) / Aboubakr Jamai (Marrocos)
2.ª sessão: O Estado das Artes/ 23 de Junho 2012, 19h00 - TendaBouchra Khalili (moderadora) (Marrocos) / Ahmed El Attar (Egito) / Mohamed Siam (Egito) / Nermine Hammam (Egito) / Soufiane Ouissi (Tunísia) 
3.ª sessão: A Primavera Árabe explicada por Tahar Ben Jelloun 23 de Junho 2012, 22h00 - Anfiteatro ao Ar LivreTahar Ben Jelloun (Marrocos) 
4.ª sessão: O protagonismo das mulheres nos países do norte de África/ 24 de Junho 2012, 19h00 - TendaMichket Krifa (moderadora) (Tunísia-França) / Nawel Skandrani (Tunísia) / Olivia Marsaud (França) / Nahed Nasrallah (Egito)  
5.ª sessão: Pensadores do Norte de África/ 24 de Junho 2012, 22h00 - Anfiteatro ao Ar LivreKarim Ben Smail (moderador) (Tunísia) / Fethi Benslama (Tunísia) / Wassyla Tamzali (Argélia) / Samy Ghorbal (França)

Fonte: http://www.proximofuturo.gulbenkian.pt/licoes/festa-da-literatura-e-do-pensamento-do-norte-de-africa

08.06.2012 | por joanapereira | Africa, Calouste Glubenkian, literatura

10 de Junho | Danças no B.leza Cabo Verde em Festa, Parte I Coladeira

A coladeira, tantas vezes desbragada, violenta, atrevida, ninguém tem mão nela tão desfolhada por vezes é a sua linguagem, tão descortês a sua intenção, tão vivo e excitante o seu ritmo que a nossa participação é toda física.
                                                                                                 
Manuel Ferreira
 “A aventura crioula”

Cabo Verde em festa, Parte I - ‘Coladeira’

Dia 10 de Junho ás 21h30
Workshop de dança - Debate - Prática assistida - Espaço para dançar
Prof. convidado: Waty Barbosa (Cabo Verde)

Nesta altura do ano Cabo Verde está em festa. Várias localidades, em quase todas as ilhas festejam os dias dos santos, patrões locais. 
Sincretismo é uma das características principais destas festividades. O Sacro coexiste com o Profano. Os elementos religiosos entrelaçam-se com os momentos lúdicos. 
Todas as pessoas juntam-se para celebrar. Há bebidas de todos os géneros e muita comida. E o mais importante – há música e há dança.
A música não para, desde manhã até a noite. Para além dos tamboreiros que tocam o característico ritmo de colá que acompanha a dança mais popular nesta altura, há concertos, bailes, festas onde todos os géneros musicais são dançados com a mesma intensidade numa euforia que só existe quando se acumula a energia e alegria de dezenas das pessoas. 

Em Junho no B.Leza vamos viver este ambiente festivo, conhecendo duas danças caboverdianas: está que é indispensável nas festas juninas – Colá San Jon e outra que aqui neste espaço é dançada com frequência, a Coladeira. 

O meu primeiro convidado, professor Waty Barbosa, passou a grande parte da sua vida na Ilha de São Vicente. Vai contar um pouco sobre a cidade de Mindelo, considerada a capital cultural do arquipélago, sobre as festas, a música, as danças… E ensinará acoladeira, esta dança que Manuel Ferreira descreve como violenta e atrevida. Será que realmente é assim?…
Após o workshop, poderão praticar com ajuda do Professor que estará disponível para esclarecer as vossas dúvidas, tanto práticas como teóricas.
Depois a noite continuará com os sons das melhores músicas africanas, com predominância de coladeira, mas não omitindo os outros ritmos, escolhidos pelo Calú Moreira.

b.leza
r. cintura do porto de lisboa,

armazém b (cais do sodré)

08.06.2012 | por joanapereira | B.Leza, cabo verde, coladeira, dança

9 de Junho- Lançamento de 'Imigração e Racismo em Portugal'

Leia a introdução e excertos desta obra aqui.

08.06.2012 | por joanapereira | imigração, racismo.

9 de Junho: Sarau Literário de Cultura Africana - Brasil

06.06.2012 | por joanapereira | Brasil, literatura, sarau

10 de Junho: Fios da Ancestralidade - São Paulo, Brasil

06.06.2012 | por joanapereira | Brasil, são paulo

9 de Junho | Conferência Internacional: Reflectir Cabo Verde e a sua relação com o mundo

Programa

9:30h – Recepção dos Participantes

10:00h – SESSÃO SOLENE ABERTURA

Prof. Doutor António Nóvoa, Magnífico Reitor da Universidade de Lisboa

Dra. Madalena Neves, Embaixadora de Cabo Verde em Portugal

Dr. Feliciano Barreiras Duarte, Secretário de Estado Adjunto do Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares

Dr. Carlos Tavares Pina, Presidente da AILC

Dra. Evódia Graça, Ciclo de Tertúlias “Cabo Verde em Debate”

10:30h – PAINEL I – Cabo Verde: um Olhar Económico em Contexto de Crise

Dr. Olavo Correia, Ex-Secretário de Estado das Finanças & Ex-Governador do BCV

Prof. Doutor Jorge Braga de Macedo, Ex-Ministro das Finanças de Portugal & Professor Universitário (FE-UNL)

Dr. Pedro Reis, Presidente da AICEP

Dr. Jaime Esteves, Partner PwC

Moderador: Dr. José Eduardo Cunha (Bancário, Montepio Geral)

12: 30 – Pausa para Almoço (Livre)

14:00h – PAINEL II – Cabo Verde: Constituição, Diáspora e Qualidade da Democracia

Prof. Doutor Wladimir Brito, Professor Universitário (Universidade do Minho)

Prof. Doutor Eduardo Vera-Cruz Pinto, Director da Faculdade de Direito de Lisboa

Prof. Doutor Corsino Tolentino, Ex-Ministro da Educação & Fundador do IAO

Dra. Kátia Cardoso, Investigadora (CES, Universidade de Coimbra)

Moderador: Dr. José Luís Hopffer Almada (Jurista, Poeta e Comentador RDP-África)

16:00 – Coffee Break

16:15h – PAINEL III – Cabo Verde na Encruzilhada entre a África, a Europa e as Américas

Prof. Doutor Adriano Moreira, Professor Emérito da UTL

Dr. José Ribeiro e Castro, Deputado à Assembleia da República

Dr. José Armando Duarte, Presidente da Cabo Verde Investimentos

Moderador: Eng. Domingos Simões Pereira (Secretário-Executivo da CPLP)

18:15h – SESSÃO SOLENE DE ENCERRAMENTO

Conferência de Encerramento – “Constituição, Diáspora e Participação Política

Dr. Jorge Carlos Fonseca, Presidente da República de Cabo Verde

Dr. Aníbal Cavaco Silva, Presidente da República de Portugal

Prof. Doutor António Sampaio da Nóvoa, Magnífico Reitor da Universidade de Lisboa

Dr. Jailson Querido, Ciclo de Tertúlias “Cabo Verde em Debate” & AICL

Dr. Suzano Costa, Comissão Organizadora da Conferência

06.06.2012 | por joanapereira | cabo verde, conferência

9 Junho - Big Youth + Warrior King no Room5, Lisboa

06.06.2012 | por joanapereira | concertos, lisboa, música, reggae

Ciclos de São Vicente: 'Viandeiros' uma viagem pela diversidade cultural brasileira - Luiz Canoa

6 de Junho 22h | Igreja de São Vicente, Évora
Uma das características mais marcantes da vida moderna parece encontrar-se nas mobilidades. Circula-se pelo globo com a facilidade (e a rapidez) de um fósforo, entre as malhas da rede virtual e a sempre presente vivência da realidade. E deslocamo-nos, continuamente.Porque viajar é preciso, como dizia o poeta, em Junho exploramos esta condição global e moderna através do imaginário da viagem em todas
as suas dimensões. A viagem global, a viagem histórica ou a narrativa de viagem, o céu, o mar e a terra, sim. Mas também as migrações, os exílios e as fugas. A viagem talvez seja a forma mais actual de, entre a condição do homo viator e a errância globalizada, pensar os nosso destinos. Será, como quer Michel Onfray, que nos situamos sempre entre a imobilidade das raízes e os fluxos do nomadismo?
Assim, em mês de mobilidades, a programação dos Ciclos de São Vicente propõe uma viagem pela diversidade cultural brasileira.

Dança, música e teatralidade dão forma a Viandeiros, um espectáculo que potencia a capacidade expressiva do actor em palco. Luiz Canoa, criador e actor de Viandeiros, dá vida a oito personagens
que nos guiam numa verdadeira viagem sensorial pela diversidade cultural brasileira. Com base em pesquisas realizadas por várias regiões do Brasil e testemunhos de mestres e artistas de várias àreas da cultura brasileira, nascem José Borba, um político, pai de santo e palhaço de Pernambuco, Adelino, cantor de rua cego do Ceará, Zé Firmino, mestre de Folia de Reis em Minas Gerais ou Uiré, índio Xavante do Mato Grosso do Sul. É a partir de transformações vocais e corporais, que trazem sotaques e comportamentos diversos, que Canoa nos convida a viajar pela tradição e cultura popular, levantando ainda questões sobre liberdade, poder, contemporaneidade e religião. Premiado no único concurso de monólogos do Brasil, o Concurso Nacional de Monólogos de Festival de Teatro de Teresina, e vencedor
de prémios de melhor actor, direcção e sonoplastia no 7º Festival de Teatro de Campo Mourão, em 2007, Viandeiros é uma simbiose entre religião e ambiente lúdico, entre tradição e universalidade, um mergulho na região arquetípica da alma humana, mais precisamente um contacto com aquilo a que o autor chama de “Homem Mítico Brasileiro”.
Rua do Eborim nº 16, Porta 6
7004 - 504, Évora
Tlf.: 266 704 236, Tlm.: 919 306 951

Colecção B, associação cultural facebook

 

06.06.2012 | por martacacador | Brasil, évora, Luiz Canoa, teatro

A Alliance française de Luanda apresenta a projecção de abertura do terceiro ciclo "Cinema & música", "CANTA ANGOLA" de Ariel de Bigault

 Quarta 6 de Junho, 19h | no CEFOJOR

Entrada Gratis (legendas em português) LUGARES LIMITADOS !

Filme produzido com o apoio da empresa Orion, da TPA e do Instituto Camões

PARA O PROGRAMA DOS CICLOS III & IV:

Ciclo III: “Cinema & Música”

Ciclo IV: Cinema de animação

http://issuu.com/afluanda/docs/quartas_3_4_2012_web

Alliance Française de Luanda

Travessa do Bocage, 12

Largo da Sagrada Familia

www.alliancefrluanda.com


06.06.2012 | por martacacador | angola, cinema, música

Companhia de Dança Contemporânea de Angola apresenta: Travessia

No âmbito da Conferência Internacional “A Educação Patrimonial e sua Gestão - desafios, estratégias e experiências”, a Companhia de Dança Contemporânea de Angola, apresenta: Travessia.

Direcção Artística: Ana Clara Guerra Marques
Data: Sexta-Feira, 08 de Junho, às 20.30 H
Local: Nacional Cine-Teatro
Entrada Livre! 

Travessia- Um espectáculo que nos leva a uma viagem dentro de nós mesmos e da multiplicidade de “mundos” e de situações em que nos encontramos.
Trata-se de uma travessia através desses ambientes que vamos percorrendo durante as diferentes fases da vida. Neste percurso estão os cruzamentos culturais. As memórias. Os diálogos estéticos.
Um percurso entre a vida, a morte, o amor, a amizade e a loucura.
Caminhos de contrastes, de hipocrisia e de simplicidade.

06.06.2012 | por joanapereira | Companhia de dança contemporânea de Angola

Lisboa: Macau a preto e branco – Exposição de fotografias sobre Macau no Instituto Camões

Macau à socapa é o título da exposição de fotografia da autoria de Marcos Fernandes que está patente ao público desde 31 de maio até 29 de junho, na sede do Instituto Camões, em Lisboa (Avenida da Liberdade, 270 – junto ao Marquês de Pombal).

São 14 fotografias a preto e branco, ampliadas de forma tradicional a partir de película, que pretendem mostrar, através de breves relances, momentos fugazes do quotidiano de uma cidade sempre em movimento. Segundo o fotógrafo trata-se de “imagens captadas durante caminhadas tendo como única companhia uma velha máquina fotográfica”.

A riqueza de Macau não tem cessado de crescer, assente sobretudo nas receitas dos casinos que trazem diariamente ao território milhares de turistas e de apostadores. No entanto, a par desse movimento sem fim, mantém-se um estilo de vida tradicional que parece retido no tempo. Macau à socapa é uma espreitadela a esse quotidiano de vivências e convivências nas ruas.

Marcos Fernandes é jornalista de rádio e fotógrafo freelance. Foi galardoado com o Prémio Fotográfico Carlos Gil, atribuído pelo CENJOR, Ar.Co, Sindicato de Jornalistas, Clube de Jornalistas, e pelo Município de Figueira de Castelo Rodrigo, com o Alto Patrocínio da Presidência da República. Ficou em segundo lugar em Um Certo Olhar, concedido pelo jornal Público e pelo Banco Espírito Santo. Marcos Fernandes nasceu em 1979 em Sintra. Tem uma licenciatura em Comunicação Social, pelo ISCSP (Universidade Técnica de Lisboa), uma pós-graduação em Estudos de Fotografia, pelo IADE, e está a finalizar um mestrado em Antropologia Visual, pela FCSH (Universidade Nova de Lisboa). Estudou História da Arte na Sociedade Nacional de Belas Artes.

Fonte: Instituto Camões

05.06.2012 | por joanapereira | exposição, fotografia, lisboa, macau

'Vai e Vem' de João César Monteiro, dia 14 Junho no Instituto Camões- ICC, Luanda

O Instituto Camões, Centro Cultural Português em Luanda, termina dia 14 de Julho o seu ciclo de cinema, em homenagem ao realizador português João César Monteiro, com a exebição de ‘Vai e vem’, pelas 19h e com entrada gratuita.

Título: Vai e Vem 
Realizador: João César Monteiro   
Produção: Paulo Branco
Elenco: João César Monteiro (João Vuvu), Rita Pereira Marques (Adriana Urraca), Joaquina Chicau (Menina Custódia), Manuela de Freitas (Fausta), Lígia Soares (Narcis), José Mora Ramos (Sr. Zé Aniceto), Rita Durão (Jacinta), Maria do Carmo Rôlo (Bárbara, uma mulher-polícia), Miguel Borges (Jorge Varela Vuvu), Rita Loureiro (Marina), Ana Brandão (Eva Sigar)
Ano: 2002
Duração: 175’

 

SINOPSE
João Vuvu, viúvo, sem família, à excepção de um filho que se encontra a cumprir pena de prisão por duplo homicídio e assalto a mão armada, vive sozinho em casa própria, ampla, soalheira e indiciadora de apreciável abastança, num bairro antigo de Lisboa, situado no sopé do Monte Olivete. Pouco ou nada sociável, o senhor João Vuvu efectua diariamente o seu passeio no autocarro nº 100, repetindo infatigavelmente o mesmo trajecto: no sentido ascendente entre a praça das flores e o jardim do Príncipe Real e, no sentido descendente, até ao ponto de partida e subsequente regresso a casa. Apenas alguns acidentes de percurso podem episodicamente alterar este quotidiano que parece corresponder à vontade de isolamento do protagonista, à assunção de um exílio que o torna relapso a qualquer aproximação social. A casa, onde livros e discos são as únicas companhias de João Vuvu, começa a requerer urgentemente os préstimos de uma mulher-a-dias que, com o mínimo de qualificações, teima em não aparecer. A saída do filho da prisão e a decepção que o seu desejo de regeneração provoca no pai, irá desencadear uma série de sombrios acontecimentos em que a índole criminosa do protagonista se manifesta e o condena a um destino definitivamente fora da lei e a comunidade. 

Salvaguardadas as devidas diferenças, duas referências cinematográficas marcantes: The fatal glass of beer de W. C. Fields e Monsieur Verdoux de Charles Chaplin                 

05.06.2012 | por joanapereira | cinema, Instituto Camões, Luanda

Programa da Semana no Gil Vicente| MAPUTO

3 feira, 5 Jun 22h30- Karaoke com a Banda Gil Out

4 feira, 6 Jun 18h30- Encontro de cordas em after work jazz sessions 22h00- Reggae Night Live

5 feira, 7 Jun 18h30- Ras Soto & Madeira e Zinco, Ras Skunk e Jazz P 22h30- Tinito & Manghunhuta’s Girls & Boys Acompanhado por SAFELUTE Band Convidado: Gabar Mabote

6 feira, 8 Jun 22h30 - Mussodje - Directamente da Beira

Av. Samora Machel, n.43
Gil Vicente Café Bar Facebook: https://www.facebook.com/groups/93926155047/

04.06.2012 | por martacacador | Gil Vicente café bar, Maputo

CONFERÊNCIA: Inviabilidade dos Estados Sahelianos - FERRAN INIESTA | ISCTE-IUL

6 Junho (4ª feira) 18h, Sala C2.02 (Edificio II)
Entrada Livre


04.06.2012 | por martacacador | conferências, Estudos Africanos, ISCTE

9 de Junho | Carpe Diem Arte e Pesquisa - Inauguração de exposições

04.06.2012 | por joanapereira | arte, carpe diem, exposição, inauguração

CONFERÊNCIA: Clientelismo e corrupção em África - FERRAN INIESTA | ISCTE-IUL

5 Junho (3ª feira) 18h, Sala C2.02 (Edificio II)
Entrada Livre


04.06.2012 | por martacacador | conferências, Estudos Africano, ISCTE

Lançamento do Livro: Futebol e Colonialismo de Nuno Domingos | ISCTE-IUL

6 Junho às 18:30h | B203, 2º Piso do Edifício II - ISCTE-IUL

Na capital da colónia portuguesa de Moçambique o jogo de futebol, dimensão de uma dinâmica cultura popular urbana, envolveu-se com as relações quotidianas, expressou modelos de dominação colonial mas também a acção, as lutas práticas e simbólicas e as expectativas e visões do mundo de indivíduos e grupos. No subúrbio de Lourenço Marques, o poeta e jornalista José Craveirinha encontrou em meados da década de cinquenta um futebol surpreendente, adoptado e recriado pelos seus habitantes. A característica fundamental deste jogo suburbano era a malícia presente na acção dos jogadores, entendida pelo poeta como uma faculdade da inteligência. Este livro procura investigar as origens históricas sociais deste desempenho malicioso, relacionando-o com as condições de existência proporcionadas pelo colonialismo português em Lourenço Marques e tornando-se assim um observatório de análise do fenómeno colonial no contexto urbano. Simultaneamente, ao contar história do futebol em Lourenço Marques, dos seus clubes, das competições e dos seus atletas, alguns deles figuras maiores da história do desporto mundial, este livro reflecte sobre a importância da cultura popular no processo de edificação de sociedades urbanas e no seu papel no estabelecimento de laços entre os indivíduos.

04.06.2012 | por martacacador | lançamento livro, Moçambique, Nuno Domingos

Guiné-Bissau: Golpismo ou Democracia

Há uma maldição guineense? A sucessão de golpes e tentativas de golpes de Estado e eliminações de personalidades políticas parece avalizar essa leitura. Instalou-se no senso comum a tese de que a Guiné-Bissau está condenada a uma turbulência política e militar sem fim. Naquela terra, a paz não será senão a preparação da guerra que vem.

E, no entanto, talvez a única maldição guineense seja a do esquecimento e invisibilidade. Fosse a Guiné no Médio Oriente ou no Magreb e a história seria seguramente outra. Até agora, o único motivo de interesse que tem sido reconhecido à Guiné-Bissau parece ser o da sua localização estratégica para os fluxos de narcotráfico entre a América Latina e a Europa. Ele tem acentuado todos os fatores de trivialização de uma cultura de tomada de poder pela força na Guiné-Bissau. 
Entretanto, e por paradoxal que seja, a Guiné tornou-se foco de disputa por agendas estrangeiras. Desde a oportunidade de o Senegal, com o envio de tropas, desativar o apoio aos rebeldes de Casamança até à invocação, por Angola (com os olhos em negócios como o da bauxite), do seu sucesso numa efetiva reforma do setor de segurança guineense - que a União Europeia financiou longamente sem qualquer concretização, como é manifesto - passando pela vontade da Nigéria de travar qualquer ascendente angolano na região, as razões para intervir na Guiné multiplicam-se. Mas os interventores refugiam-se em roupagens multilaterais: os interesses do Senegal, da Nigéria ou outros são veiculados pela CEDEAO, enquanto a estratégia de Angola tem o rótulo oficial da CPLP.
O golpe de 12 de abril só se compreende à luz desta combinação perversa entre poder dos barões da droga e choque de estratégias exteriores. A interrupção do processo eleitoral na véspera da segunda volta, quando tudo apontava para a vitória de Carlos Gomes Júnior, favorável a uma aproximação da Guiné com Angola, tem uma leitura clara. Reforçada aliás pelo golpe em cima do golpe perpetrado pela CEDEAO, ao impor a validação de um governo de transição contra a reposição da legalidade constitucional democrática. 
Pelo meio fica o povo da Guiné. Um povo supérfluo para os interesses estratégicos. Sintomaticamente, conhecemos da Guiné os golpes e contragolpes mas não se noticia a deterioração dramática da situação humanitária, com o não pagamento dos salários, o ano escolar perdido, a campanha do caju (que é o principal sustento das famílias) comprometida pondo em causa a segurança alimentar da grande maioria da população pobre, a paralisia económica e a subida exponencial do preço dos bens de primeira necessidade, a situação de desesperança nas camadas mais jovens em resultado da associação entre desemprego e privação, a repressão de manifestações contra os golpistas e a circulação de listas negras para eliminação de quem seja incómodo.
É em nome das mulheres e dos homens da Guiné sem rosto nem nome nos grandes meios de comunicação internacionais, que se impõe uma posição de firmeza de quem se quer amigo da democracia e dos direitos humanos repudiando todos os golpes e ameaças e apoiando a prevalência da soberania popular. Foi essa firmeza radicada em princípios e não em alianças de conveniência momentânea com atores locais que faltou ao longo destes anos, diante da onda de assassinatos, de golpes e de chantagens que marcaram todos os dias da vida dos guineenses. Apesar disso, nunca é tarde para se ser digno e querer para esse povo o direito de decidir em paz, em democracia e em liberdade o seu futuro.

 

José Manuel Pureza

Artigo originalmente publicado no Diário de Notícias, 01/06/2012
Fonte: cenaberta

04.06.2012 | por joanapereira | democracia, Guiné-Bissau

Trio Afro|Zona Franca no bartô/chapitô

10 Junho domingo (in) continente | 22h | Zona Franca Bartô/Chapitô

Trio Afro

Nascido das ruas de Lisboa, com o objetivo investigar os ritmos dos povos que se encontram na diáspora, este projeto resulta de um multiculturalismo com influências e referências históricas onde a música é o veículo de comunicação entre os povos. Pretendem divulgar a sua música em espaços de lazer e criar um mecanismo onde as pessoas possam perceber um mundo sem barreiras e sem fronteiras. Dauda é um compositor que vive em Portugal há mais de uma década, fundador dos Cabace e executor de projetos relacionados com a música africana.

Carlinhos – guitarista dos Cabace, Uta Santana – percussionista dos Ngoma Moçambique, Dauda – guitarista e vocalista dos Cabace…

Zona Franca Bartô/Chapitô
Costa do Castelo, n.º 1 / 7
1149-079 Lisboa - Portugal

Como chegar

  • Autocarro 37 – Praça da Figueira > Castelo de S. Jorge
  • Eléctrico 28 - Rua do Conceição > Miradouro de Stª Luzia

04.06.2012 | por martacacador | música africana, zona franca

Câmara Municipal de Odivelas recebe Prémio "Pró-Autor" (lusofonia) - Sociedade Portuguesa de Autores

No âmbito da atribuição de Prémios no Dia do Autor e 87.º Aniversário da Sociedade Portuguesa de Autores, que se realizou no passado dia 22 de Maio, a Câmara Municipal de Odivelas foi distinguida na categoria de “Pró-Autor” com a iniciativa “Encontros Lusófonos”, integrada na III Bienal de Culturas Lusófonas.

 

A referida Bienal realizou em 2011 a sua 3ª edição, contando com o Alto Patrocínio da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e do Ministério da Cultura, com uma Comissão de Honra presidida por Maria de Jesus Barroso. O Encontro de Escritores Lusófonos agora premiado, faz parte de um conjunto de iniciativas desenvolvidas no âmbito da Bienal, nos mais variados campos das Artes, Música, Teatro, Dança, Exposições, destacando durante 3 dias a Literatura com apresentações ao público e algumas homenagens, e reunindo cerca de 50 autores oriundos de todos os cantos da lusofonia.

 

Para a Presidente da Câmara Municipal, Susana Amador, “Naturalmente, essa distinção, deixa-nos orgulhosos! O reconhecimento público da iniciativa, representa que Odivelas, afirmando-se também como capital da Lusofonia e sendo um concelho multicultural e inclusivo, onde vivem milhares de cidadãos oriundos de todas as partes da Lusofonia, é um concelho diferenciador também nas iniciativas de índole cultural que põe ao dispor dos seus Munícipes e Visitantes”.
A Sociedade Portuguesa de Autores atribuiu ainda os Prémios:
MEDALHAS DE HONRA
Eduardo Geada
Lauro António
Francisco Nicholson
Jorge Barros
Isabel do Carmo
João Manuel Borges Antão
Mário de Carvalho
PRÉMIOS PRO-AUTOR
Carmen Dolores
Antena 2
Centro Nacional de Cultura
Silvina Munich
Museu do FADO
Plano Nacional de Leitura
Câmara Municipal de Odivelas - Encontros Lusófonos

04.06.2012 | por martacacador | cultura, lusofonia