Resultado de uma parceria entre o IC/CCP Praia, o doclisboa e a Apordoc, com o apoio da Garantia, realiza-se na Praia e no Mindelo a V Edição do maio.doc que irá apresentar de 22 a 31 de Maio dez documentários, dos quais oito foram selecionados na secção de competição para produções portuguesas do doclisboa. A abrir e a fechar este V Ciclo de cinema documental teremos a estreia de dois filmes realizados em Cabo Verde.
DIA 22
São Tomé e Príncipe.
Minha Terra, minha mãe, minha madrasta
Júlio Silvão Tavares
Cabo Verde,S. Tomé e Príncipe, 2012, 52’
Em 1861, um grupo de trabalhadores oriundos de Angola chega a S. Tomé e Príncipe, lavra terras e cria uma plantação: a Roça Monte Café. Em 1903, Cabo Verde vive momentos de seca e fome que provocam milhares de mortes. O sul surge como alternativa, pois escasseia a mãode-obra nas roças e milhares de braçais cabo-verdianos foram então contratados e seguiram para S. Tomé e Príncipe no porão dos barcos, em condições deploráveis.
DIA 23
Um Filme Português
Levi Martins, Vitor Alves, Miguel Cipriano, Jorge Jácome, Vanessa Sousa Dias, Carlos Pereira
Portugal, 2011,104’
Seis olhares sobre um país, através do cinema. Uma viagem, pela estrada fora, por entre novas fronteiras, à procura de imagens, sons e histórias, tentando descodificar o ontem, hoje e amanhã do cinema produzido em Portugal.
DIA 24
Coração no Escuro
Maria Joana Figueiredo
Portugal, 2011, 50’
Coração no Escuro é o roubo de um roubo em 11 quadros. João rouba ao Pessoa, Joana rouba ao João. A partir da rodagem do Filme do Desassossego (João Botelho, 2010), um testemunho sobre o cinema.
DIA 25
30.000 anos
Maya Rosa
Portugal, França, 2011, 79’
No Vale do Côa, no norte do país, foram redescobertas milhares de gravuras rupestres ao ar livre após séculos de esquecimento. Algumas datam de há cerca de 30.000 anos e constituem a forma de expressão artística mais antiga da Humanidade. Um museu ultramoderno está a ser edificado em homenagem aos artistas pré-históricos que viviam na região.
Golden Dawn
Salomé Lamas
Portugal, Holanda, 2011, 16’
Rodado no Mar do Norte, Golden Dawn retrata a vida de pescadores holandeses. Ir para o mar é um fandango que a humanidade dança desde os primórdios, em lugares remotos. O objetivo deste filme é mostrar visualmente a rotina de um dos trabalhos mais árduos que há, ao mesmo tempo que o transforma numa viagem visual poética.
DIA 28
Minas da Borralha
Fábio Oliveira, Luís Brandão, Teresa Pinto, Tiago Afonso
Portugal, 2011, 37’
Testemunhos em torno da vida árdua de uma indústria mineira entretanto desaparecida e em ruínas. As injustiças sociais, as violências laborais, os acidentes de trabalho mas também o quotidiano de então numa comunidade mineira do interior norte de Portugal, um mundo onde a extrema pobreza e a precariedade marcaram uma forte presença.
DIA 29
Orquestra Geração
Filipa Reis, João Miller Guerra
Portugal, 2011, 63’
Retrato do impacto da iniciativa homónima, inspirada no projeto internacional Orquestra Simón Bolívar, em jovens da escola Miguel Torga, na Amadora. Ana, Daniel, Diogo, Marco e Mónica entregam-se a um projeto que rompe o contexto formatado da escola pública. Descobrimos os seus sonhos, a relação com a música e o sentimento de pertença a um grupo.
DIA 30
A Máquina
Miguel Guimarães Correia, Daniel P. Sousa
Portugal, 2010, 20’
O estádio de futebol enquanto máquina viva alimentada pelo trabalho de várias pessoas que, juntas, contribuem para a sua manutenção. É um trabalho feito de pormenores e detalhes, pequenos gestos de bastidores, carregados de devoção, fundamentais no desenvolvimento de um grande espetáculo, como é um jogo de futebol.
Água Fria
Pedro Neves
Portugal, 2011, 14’
Na romaria de São Bartolomeu do Mar, as desilusões ajudam os pés a entrar na água fria. São como sussurros indiferentes à música distorcida que ecoa na praia. As desilusões fazem este povo pedir aos céus o que não alcança na terra. Quantos são os sonhos que não se ousam sonhar?
DIA 31
Espelho de Prata
Diogo Bento, Edson Delgado
Portugal, Cabo Verde, 2012, 49‘
Documentário realizado no âmbito da exposição homónima, em torno da coleção de fotografia Foto Melo. Enquanto se desenrola uma nova fase no seio desta coleção, um projeto de organização e preservação desenvolvido ao longo de seis meses, pretendeu-se também resgatar e arquivar as memórias de quem conheceu a Foto Melo, conviveu ou trabalhou entre portas, da família, entre outros.