‘Raça’, Nação e Classe. Conversa com Mamadou Ba e José Neves

Terça-feira, 14 de Janeiro, às 18h30, na livraria Tigre de Papel | entrada livre
www.facebook.com/events/459286374973544/

É mais importante fazer a crítica do racismo ou fazer a crítica das desigualdades económicas? Mais do que uma resposta a esta pergunta, esta conversa procurará questionar a sua pertinência, abrindo campo a uma reflexão sobre como as esquerdas podem articular a luta de classes e o anti-racismo, bem como sobre a relação entre estas questões e o nacionalismo.

13.01.2020 | por martalanca | classe, Identidade, José Neves, Mamadou Ba, nação, raça

LUMINOSO AFOGADO encenação de Zia Soares a partir de Al Berto

LUMINOSO AFOGADO de Al Berto é a primeira abordagem da companhia a um texto e a um autor português.  A encenadora e actriz Zia Soares revisita Al Berto, com quem trabalhava na altura da sua morte na adaptação e encenação de um texto do autor, “Lunário” – o espectáculo viria a chamar-se “O Canto do Noitibó”. Zia Soares trabalhava na sua primeira encenação e Al Berto no seu último projecto artístico.

Dois anos após a estreia em Lisboa, no Teatro da Trindade, o espectáculo apresentou-se em território africano, integrado na programação do Festival Mindelact 2018, em Cabo-Verde. Esta deslocação implicou uma reconfiguração face a este território, revelando-se essencial um novo olhar que abarcasse uma outra língua, uma outra fala, o crioulo, ela própria uma reconfiguração de outras. É esta nova versão que agora se estreia em Lisboa.

LUMINOSO AFOGADO é uma espécie de linha da sombra, onde num confronto com o espelho, com a morte e com a passagem do tempo, alguém não se reconhece, está entre ser o que é e outro irrecuperável e ausente.

Espectros rompem a barreira entre vivos e mortos, refazem nexos com línguas reconfiguradas a partir de outras, cantadas, carpidas, silenciosas.

Um lugar onde o “silêncio é definitivo”, onde se oscila entre a memória e o esquecimento mais absoluto. Um mergulho onde se suspende a respiração noutro tempo, noutro lugar.

“E no meio deste silêncio uma ideia de voz, uma treva agarrada à memória.

Foi então que dei por mim a existir para lá da tua morte, como se asfixiasse. Mas o passado não é senão um sonho. Uma brincadeira com clepsidras avariadas e algum sangue.”

Al Berto 

Texto Al Berto

Adaptação e encenação Zia Soares

Actores Chullage, Gio Lourenço, Zia Soares

Elocução Chullage, Filipe Raposo

Composição musical Chullage 

Design de luz Eduardo Abdala

Espaço cénico Zia Soares

Movimento Maurrice

Figurinos Inês Morgado, Neusa Trovoada

Design de som soundslikenuno

Fotografia Abdel Queta Tavares, Grace Ribeiro, Pauliana Valente Pimentel

Design gráfico Neusa Trovoada 

Produção executiva Urshi Cardoso

Produção Teatro GRIOT M/16

Agradecimentos: Al Berto, Cristina Pidwell Tavares e família, Rogério Correia, Chalo Correia

Apoios: CML, Espaço Alkantara, Polo Cultural Gaivotas Boavista, PENHA SCO-Arte Cooperativa, CEC-FLUL, FCT, Khapaz, Graça 28, Rádio Afrolis, Lisboa Africana, Casa Mocambo, Cantinho do Aziz

Espaço Alkantara - Calçada Marquês de Abrantes, 99, 1200-718 Lisboa – Portugal

19 FEV – 01 MAR

qua a sáb 21H30 | dom 19H00

RESERVASreservasgriot@gmail.com | 933067810 (seg a sáb das 14h00 às 19h00)

Bilhetes 10€, normal 7,50€, c/desconto 5€, grupos +10 pax

13.01.2020 | por martalanca | Alberto, teatro griot, Zia Soares

Documentário 'Guiné-Bissau: Da Memória ao Futuro' disponível no YouTube

O documentário Guiné-Bissau: Da Memória ao Futuro, realizado por Diana Andringa, foi disponibilizado na plataforma YouTube (link abaixo). Exibido pela primeira vez, na RTP África, no passado dia 24 de setembro é agora possível também assistir ao filme com legendas integrais em Português ou Inglês, acionando para o efeito as devidas definições na plataforma.

Guiné-Bissau: Da Memória ao Futuro é testemunha das esperanças e dos bloqueios que foram construindo o país durante mais de quatro décadas.

Filmado integralmente na Guiné-Bissau, em setembro de 2018, quando se celebravam os 45 anos da independência, o documentário regista os testemunhos de um conjunto de académicos de várias nacionalidades, membros da sociedade civil guineense, artistas e combatentes da luta de libertação nacional que refletem e debatem as memórias e os legados desse passado.

Guiné-Bissau: Da Memória ao Futuro percorre uma ampla viagem reflexiva sobre a imaginação e a construção da Guiné independente, mostrando-nos, também, como a memória pode servir de instrumento à geração do presente para a construção do futuro.

Realizado por Diana Andringa, com guião da realizadora e de Miguel Cardina, o filme foi produzido pela Garden Films e pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, através do projeto CROME - Memórias Cruzadas, Políticas do Silêncio. As Guerras Coloniais e de Libertação em Tempos Pós-coloniais, e contou com apoio financeiro do ICA / Ministério da Cultura de Portugal. 

 

 

13.01.2020 | por martalanca | Amílcar Cabral, Guiné-Bissau, luta de libertação

ZOMBI CHILD de Bertrand Bonello em exibição no Espaço Nimas

com Louise Labeque, Wislanda Louimat, Katiana Milfort

 

França, 2019, 1h43 min

«Aquele imaginário haitiano evoca a escravatura, que é para mim o tema central do filme, mas eu não quis ficar pela evocação, pois há também entre França e o Haiti uma relação histórica de colonizadores e de colonizados»

Bertrand Bonello, em entrevista ao Expresso

Sinopse

Haiti, 1962. Um homem regressa dos mortos para trabalhar no mundo impiedoso das plantações de cana de açúcar. Cinquenta e cinco anos depois, uma jovem rapariga de ascendência haitiana confidencia aos seus colegas um segredo de família, inconsciente das graves consequências deste acto. Uma história de terror contemporânea, baseada na realidade muito concreta do colonialismo francês no Haiti, a sua narrativa despoleta uma reflexão sobre racismo, imperialismo e memória cultural.

«Um filme fascinante, um teen movie com uma espiritualidade invulgar, uma rêverie fantástica que se grava forte na memória. E mais se diz: de toda a produção francesa do ano passado, não houve outro igual» Francisco Ferreira, Expresso

«O verdadeiro zombie não anda a comer pessoas pelas esquinas: no Haiti, é um ser enfeitiçado que vive num limbo entre a vida e a morte. Ponto de partida para a nova longa do francês Bertrand Bonello, A Criança Zombie, um falso filme de género que fala na verdade dos tempos que correm.» Jorge Mourinha, Público

Bertrand Bonello

Bertrand Bonello (Nice, 1968) vive entre Paris e Montréal. O seu primeiro filme, Quelque Chose d’Organic (1998), foi apresentado no Festival de Cinema de Berlim, e o segundo, Le Pornographe (2001) protagonizado por Jean-Pierre Léaud, foi seleccionado para a Semana da

Crítica no Festival de Cannes e recebeu um prémio FIPRESCI. Bonello revelou o seu singular universo em Tiresia (2003), presente na competição oficial do Festival de Cannes. Em 2005, regressa a Cannes com uma curta-metragem, Cindy: The Doll is Mine. De La Guerre (2008), filme cuja banda-sonora é também da sua autoria, foi selecionado para a Quinzena dos Realizadores e para o Festival de Locarno. Bonello esteve no LEFFEST em 2011 com L’Apollonide

- Souvenirs de la Maison Close, em 2012 com Ingrid Caven, Musique et Voix, em 2014 com Saint Laurent, que abriu o festival, e em 2016 com Nocturama, que integrou a competição oficial do festival.

06.01.2020 | por martalanca | haiti, ZOMBI CHILD

Só Chove e é Rápido, de Francisco Tavares

Só Chove e é Rápido é uma criação de Francisco Tavares sobre uma viagem de carro com os olhos fechados, maquilhagem borrada, um anão com saudades do passado, um smartphone com um notch demasiado grande, a magia da Via Verde, a aversão nacional ao bom isolamento, as fantásticas instalações do Hospital da Luz, o estado da prostituição na Tailândia, uma morte e um AVC num funeral.
- Um espectáculo com Francisco Tavares e Francisco Vistas, sem Joana de Verona, David Almeida, Leonor Keil, um homem cego -
“Sentei-me na plateia. O autor entra em cena e faz uma introdução onde explica a razão da peça ser um monólogo tendo ela tantos personagens. A questão que se prende é “o que fazer quando há que fazer, mas não há forma de o fazer?” Fica o fazer. De alguma forma. De qualquer forma. Tem de ser feito. O Universo é o da construção sob a ameaça do tempo e do efémero.  Acontecimentos marcantes colados à realidade do trivial. Os personagens vão aparecendo, cada um a seu tempo. Todos ao mesmo tempo. É uma pessoa que os mostra, sem recurso a nada, sem artifício. Cada qual com a sua estranheza. Cada qual com a sua vida. E à superfície da asfixia, dança um discurso de acasos que tenta, a par com o insólito, gerar um certo tipo de alegria naqueles que observam. Naqueles que veem.” Francisco Tavares 90 m. M/16 .
Entrada gratuita mediante disponibilidade de lugares
Texto e encenação: Francisco Tavares
Interpretação: Francisco Tavares e Francisco Vistas
Um espectáculo sem: Joana de Verona, David Almeida, Leonor Keil, um homem cego
Assistência de encenação: Francisco Vistas
Figurinos e ilustração: Susana Moura
Sonoplastia: Francisco Vistas
Apoio psicológico: Ana Gandum
Com o apoio de: Teatro do Bairro / Ar de Filmes
De terça a sábado- 21h30 | Domingo 17h00
Entrada gratuita mediante disponibilidade de lugares
Reservas e informações:
21 347 33 58 ou 91 321 12 63 (15h00 - 19h00)
Agradecimentos: António Pires, Alexandre Oliveira,IFICT, Michell, Espaço Zero, Elsa Valentim, Patrícia Vasconcelos, Act – Escola de Actores, Jaime Freitas

04.12.2019 | por martalanca | teatro

Desenterrando Memórias

Sete artistas e profissionais da cultura servem-se de um método curatorial cooperativo para analisar legados coloniais que afetam as condições contemporâneas na cidade do Porto, na Rampa, a partir de dia 6/12.

 
A Primeira Exposição Colonial Portuguesa ocorreu há 85 anos nos Jardins do Palácio de Cristal, no Porto. Contudo, as forças económicas, culturais e políticas atuais ainda sustentam, cimentam e replicam algumas ideologias que foram fundamentais ao regime autoritário associado à Exposição Colonial.
 
Fragmentos do passado têm a capacidade de reiterar e incorporar memórias coletivas, constituindo uma cultura visual que marca a contemporaneidade. As relíquias coloniais (por exemplo, monumentos públicos, nomes de ruas, selos postais, souvenirs, medalhões, murais, coleções de museus e arquivos nacionais) são testemunhos controversos que narram perspectivas imperialistas e obscurecem a multiplicidade de relações de poder, encontros culturais e experiências pessoais.
 
O InterStruct Collective examina esses mesmos objetos que utiliza como catalisadores para acrescentar camadas de complexidade às narrativas e desvelar histórias, buscando restaurar o poder de indivíduos colonizados no passado e marginalizados no presente.
 
Objetos e subjetividades pós-coloniais são examinadas e o olhar incorporado nesses objetos é devolvido por meio de colaboração coletiva e interdisciplinar. A práxis artística é utilizada como uma plataforma reflexiva para nutrir realidades futuras. Esta exposição analisa criticamente os legados coloniais e enquadra o imaginário atual, composto por memórias, ruínas e lembranças no contexto do Porto.
 
A exposição é acompanhada por uma caminhada crítica pelos Jardins do Palácio de Cristal: “Unearthing memories - exploring contemporary conditions and formulating possible futures”, organizada em parceria com o coletivo MAAD - Mulheres, Arte, Arquitetura & Design, no âmbito do programa Satellites, da Porto Design Biennale.
Vijay Patel, Invisível, 2019 digital print, dimentions variableVijay Patel, Invisível, 2019 digital print, dimentions variable

O Coletivo InterStruct visa fomentar um diálogo em torno do interculturalismo, proporcionando uma plataforma discursiva onde pessoas de diferentes origens culturais podem colaborar, propor intervenções e encenar projetos artísticos de importância social. Este fórum valoriza a inclusão, e incentiva a empatia e a autorreflexão como base para interromper ideologias e estereótipos adversos. O nome InterStruct é composto por dois elementos: o prefixo inter significa “entre”, e o radical struere, em Latin, significa “construir” ou “montar”. Mesclar esses termos ressalta a importância dos processos construtivo e desconstrutivo durante a criação.

Odair Monteiro, 'Escadas', Impressão digital, 2019, 60 cm x 90 cmOdair Monteiro, 'Escadas', Impressão digital, 2019, 60 cm x 90 cm

Melissa Rodrigues e Miguel F, Mediterrâneo, 2019. Vídeo, som, 3'23.Melissa Rodrigues e Miguel F, Mediterrâneo, 2019. Vídeo, som, 3'23.

04.12.2019 | por martalanca | colonialismo, fotografia, memória, Rampa, video

Colóquio Internacional Oceano Índico: Circulações e Representações

Fundação Calouste Gulbenkian, sala 1 (zona de Congressos), 5-6 Dezembro 2019, 9h Tradução simultânea para o português e inglês. Entrada gratuita

Comissão Organizadora:
Ana Mafalda Leite (FLUL-CESA)
Joana Pereira Leite (CESA/ISEG)
Jessica Falconi (CESA/ISEG)
Elena Brugioni (IEL/UNICAMP e CESA)
Giulia Spinuzza (CESA/ISEG)
Instituição Proponente:
CEsA/CSG, ISEG, Universidade de Lisboa
Evento realizado no âmbito do Projecto NILUS-Narrativas do Oceano Índico no Espaço Lusófono, financiado pela FCT (PTDC/CPC-ELT/4868/2014) e coordenado pela Professora Ana Mafalda Leite (CEsA/CSG e FLUL)

O evento, inédito em Portugal, propõe-se reunir professores, investigadores, escritores, poetas e artistas de diversas áreas do Oceano Índico.

Objectivo do Colóquio é:

- reflectir sobre as representações e circulações culturais no Oceano Índico 

- fortalecer a colaboração académica, cultural e artística internacional no quadro dos Indian Ocean Studies.

PROGRAMA
5 de Dezembro

9h Abertura
9h30-10h30 - Conferência de Abertura: “Coolitude, quand l’engagisme réécrit l’océan Indien et l’Histoire en résistances et créativités incessantes” Khal Torabully (Maurícias e França)
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10h45-12h15 - Painel Circulações no Oceano Índico
“Literatura de viagens e matriz colonial na periferia do oceano Índico. De Moçambique a Timor” Manuel Lobato (FLUL, Portugal)
“Pela voz das mulheres. Nação e nacionalismo na Índia portuguesa” Rosa Maria Perez (CRIA, ISCTE, Portugal)
“Conceptualização, imaginação e experiência do Índico na imprensa goesa: um inquérito” Sandra A. Lobo (CHAM, FCSH, Portugal)
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14h-15h30 - Narrativas do Oceano Índico no Espaço Lusófono
“O projecto de investigação NILUS” Apresentação: Giulia Spinuzza e Jessica Falconi (CEsA/CSG, ISEG-ULisboa, Portugal)
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16h-18h - Diálogos literários do Índico
16h-17h Sessão I João Paulo Borges Coelho (Moçambique) e Barlen Pyamootoo (Maurícias)
17h-18h Sessão II Luís Carlos Patraquim (Moçambique) e Khal Torabully (Maurícias e França) 

6 de Dezembro
9h-10h - Conferência Plenária / Keynote 2 “Ficções do Índico Moçambicano” João Paulo Borges Coelho (Moçambique)
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10h30-12h - Painel Representações do Oceano Índico e debate
“Moving frames and circulating subjects: photographic reflections on Indian Ocean Africa” Meg Samuelson (University of Adelaide, Australia)
“Moving Still: Bicycles in Ranchhod Oza’s Photographs of 1950s Stone Town (Zanzibar)” Pamila Gupta (WISER, WITS University, South Africa)
“Crossing frontiers: the writings, collections and travels of a Bombay scholar and doctor (1860-1900)” Filipa Lowndes Vicente (ICS, ULisboa, Portugal)
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14h-15h – Diálogos literários do Índico
Jessica Faleiro (Goa, Índia) e Luís Cardoso (Timor-Leste)
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15h-16h Lançamento da Antologia de Textos Teóricos em Português sobre o Oceano Índico
Lançamento do website NILUS _____________

16h30-17h30 – Conferência de Encerramento
“I am an Ocean Artist” Subodh Kerkar (Goa, Índia)

02.12.2019 | por martalanca | colóquio, Oceano Índico

Opening Festival Africa is/in the future + Invitation Exposition Hamedine Kane

Dear friends, chers amis,
Please join us for the opening of the festival, venez découvrir la première exposition solo de Hamedine Kane à Bruxelles, artiste vidéaste! More info below.


Participez à la riche programmation de concerts, conférences et ateliers… dirigée par Dany Ben Félix dans le cadre du Festival Africa is/in the future : 

https://www.pointculture.be/agenda/evenements/africa-2019/

https://www.facebook.com/events/2464282037162503/

Come an see an unprecedented programming of films at cinema nova, they are almost all PREMIERE in Brussels!!!Atlantiques / first short film by Mati DiopCore Dump / a serie of 4 short films by François KnoetzeZombies / a video by Baloji, and many more videos…
https://www.nova-cinema.org/seances
SEE YOU TONIGHT!

Vernissage / Exposition / Concert

Mer. 27/11, dès 18h

PointCulture Bruxelles expose les œuvres d’Hamedine Kane : Inhabitable | Ré-imaginer les devenirs. 

Hamedine Kane est un artiste et réalisateur sénégalais et mauritanien qui vit et travaille entre Bruxelles et Dakar. A travers sa pratique, Kane fréquente les frontières, non pas comme signes et facteurs de l’impossible, mais comme lieux de passage et de transformation, comme élément central de la conception de l’identité itinérante.
Après dix ans d’exil en Europe, sa pratique se concentre désormais sur les sujets de la mémoire et de l’héritage. Dans ses œuvres, ces thèmes s’entrelacent avec le passé et le futur, transgressant et irriguant aussi bien les frontières de l’espace que du temps. Partant de contextes spécifiques et en collaboration constante, Kane explore l’espace public comme champ d’interaction et de rencontre et transforme les frontières des murs hermétiques en points de passage. Ses œuvres invitent à transcender et à transformer les frontières physiques et imaginaires, pour, aux dires de Édouard Glissant, relier librement une vivacité du réel à une autre.
Curatrice de l’exposition : Aude Tournaye
Avec le soutien d’Africalia et de la Fédération Wallonie-Bruxelles

Avec le concert d’Aboubakar Traoré & Balima Foly.

Plus d’infos sur pointculture.be

PointCulture Bruxelles| Rue Royale 145 - 1000 Bruxelles 

NL

Inhabitable l Ré-imaginer les devenirs verzamelt recent werk van kunstenaar Hamedine Kane. 

Poreuze grenzen worden doorkruist, zwervende identiteiten en wispelturige toekomsten hertekend. 

Te zien in Pointculture Brussel van 27 november tot 18 januari.

ENG

Re-tracing the porose borders of itinerant identities and fluctuating futures, 

Inhabitable l Ré-imaginer les devenirs features recent works by artist Hamedine Kane. 

On view at Pointculture Brussels from November, 27 through January, 18.

 

27.11.2019 | por martalanca | Hamedine Kane

Lançamento 'O Pesadelo de Obi', uma BD da Guiné Equatorial

Lançamento do livro O Pesadelo de Obi, uma BD da Guiné Equatorial, de Chino, Tenso Tenso e Ramón Esono Ebalé. Apresentação por Ana Gomes, Bárbara Reis, Frederico Pinheiro e Marisa Matias. O autor Ramón Esono Ebalé participa na sessão via Skype

Terça-feira, 3 de Dezembro, às 18h30, no espaço TodoMundo | entrada livre
www.facebook.com/events/441783003207164/
 
O Pesadelo de Obi foi elaborado por Ramón Esono Ebalé e por dois companheiros sob pseudónimo. A sátira pungente ao regime de Obiang, apesar de proibida, correu a Guiné Equatorial de mão em mão e Esono Ebalé foi preso. A situação ganhou dimensão internacional e o autor foi libertado após longos meses numa das mais violentas prisões africanas.
 
O Pesadelo de Obi é uma BD onde se narram, em tom humorístico, as desventuras de uma personagem, uma representação de Obiang, que uma manhã acorda convertido num guineense normal, vítima da miséria e da opressão da sua própria ditadura.
 
Este «artefacto proibido» foi traduzido agora para português, e é publicado pela Tigre de Papel, com o mesmo objetivo com que foi lançado originalmente na Guiné Equatorial: chamar a atenção para a realidade do actual regime deste país da CPLP.
 
Para potenciar o debate convidámos para o lançamento da BD a ex-eurodeputada Ana Gomes, a jornalista Bárbara Reis e a eurodeputada Marisa Matias. Terão a companhia de um dos promotores da iniciativa em Portugal, Frederico Pinheiro. 
 
O lançamento terá lugar no dia 3 de Dezembro, terça-feira, às 18h30, no Espaço TodoMundo (Av. Duque de Loulé, 3 A, em Lisboa).

 
 

27.11.2019 | por martalanca | 'O Pesadelo de Obi', Guiné Equatorial

O Dia da Consciência Negra

O Dia da Consciência Negra, celebrado ontem (20), em frente da estátua de Zumbi dos Palmares, na Praça XI, Riode Janeiro, foi festejado com grupos culturais, religiosos, ativistas, políticos, roda de capoeira e outros. Zumbi dos Palameres - líder do Quilombo dos Palmares e símbolo da resistência contra a escravidão, foi reverenciado com roda de samba, grupo Afoxé Filhos de Gandhi, lavagem do busto, cantorias de baianas, desfile de moda e várias outras atividades em frente à estátua de Zumbi. “Zumbi é um herói nacional e o único da história do Brasil que foi construído de baixo para cima, pelo povo, pela comunidade negra. Ele não é herói dos negros, pura e simplesmente, como se quer caracterizar, mas um herói da pátria. Ele está inscrito no Panteão da República e ainda não tem a reverência que deveria ter do Estado brasileiro”, afirmou o Prof. Dr. Babalawô  Ivanir dos Santos, interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) e da  Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP).


Organizado por Luiz Eduardo Oliveira Negrogun, Presidente do Conselho estadual dos Direitos do Negro - A Festa no busto de Zumbi, acontece há 34 anos, na Praça XI, traz os festejos como forma de chamar atenção para a causa - “A questão básica é passarmos para essa juventude que ainda existe uma esperança e um caminho. Se nós estivermos unidos e conscientes, vamos avançar e ser vitoriosos. Temos que combater o racismo. Porque ele está entranhado de tal forma na sociedade que, somente com a união, nós vamos conseguir exterminá-lo. Sempre com muito orgulho com nossas raízes”, alegou Negrogun.  
Zumbi é símbolo da resistência negra ao escravismo e da luta dos afrobrasileiros contra o racismo, a discriminação e a exclusão social. O feriado é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira, a data contou ainda com outras comemorações espalhadas pelo Rio, como no Dida Bar e Restaurante, na Praça da Bandeira, hoje, a casa é reconhecida como um reduto da comunidade negra. No dia da consciência negra, recebeu o Restaurante do Quilombo do Campinho de Paraty, para uma viagem gastronômica aos quilombos e ancestralidades. A data também foi comemorada como reverência para outro líder, foi promulgada no dia 19, no Diário oficial do Estado do Rio de Janeiro, a Lei 8623/2019, dos deputados André Ceciliano e Waldeck Carneiro (PT), que inscreve o nome do marinheiro negro João Cândido Felisberto no Livro dos Herois e Heroinas do Estado do Rio. O “Almirante Negro” foi líder da chamada “Revolta da Chibata” na historiografia brasileira, no início do século XX.   

21.11.2019 | por martalanca | Brasil, consciência negra

LUÍS DAMIÃO nos “RENCONTRES DE BAMAKO”

Série Box, Mohamed Aqui, de Luís Damião Série Box, Mohamed Aqui, de Luís Damião O artista angolano LUÍS DAMIÃO foi convidado para participar da 12a edição da Bienal Africana de Fotografia, “RENCONTRES DE BAMAKO”, que vai decorrer de 30 de Novembro de 2019 a 31 de Janeiro de 2020, a decorrer na cidade de Bamako, Mali.

Com o tema “STREAMS OF CONSCIOUSNESS” e direcção artística do camaronês Bonaventure Soh Bejeng Ndikung, a bienal vai dedicar uma retrospectiva em homenagem e celebração do 25o aniversario do festival. “STREAMS OF CONSCIOUSNESS” refere-se a uma letra do músico Abdullah Ibrahim, como uma conversa alma-a-alma, com enfâse na noção de diálogo entre o continente e as suas diásporas, incluindo as pontes que compõem e animam o universo africano. África há muito que deixou de ser um conceito geográfico limitado ao seu espaço geográfico. Como um conceito global, a África está preocupada com pessoas de ascendência africana espalhadas por todo o mundo (Ásia, Oceânia, Europa, América) e no continente africano. Através da dinâmica da fotografia é uma questão de dar origem a correntes de consciência que nascem de e para além das costas do continente Africano.

Os Encontros de Bamako são um dos eventos mais importantes do continente dedicado à criação contemporânea e uma notável plataforma de visibilidade para os fotógrafos e videastas da África e sua diáspora que participam da celebração da fotografia contemporânea com profissionais e o público em geral.

THIS IS NOT A WHITE CUBEARTE CONTEMPORÂNEA–ANGOLA

20.11.2019 | por martalanca | encontros de fotografia de Bamako, fotografia, Luís Damião

Porto/Post/Doc arranca este sábado com programa que olha a cultura popular, as identidades e a memória do cinema nacional

Shooting the MafiaShooting the Mafia

Arranca este sábado a sexta edição do Porto/Post/Doc, o festival de cinema que, até dia 1 de dezembro, transforma a baixa do Porto num ponto de encontro em torno do cinema de produção recente. Com mais de cem filmes divididos por programas competitivos, focos a realizadores e secções temáticas, o Porto/Post/Doc presta, este ano, particular atenção às políticas do cinema que questionam as concepções géneros, os limites às liberdades e o lugar das tradições. Um programa de cinema e conversas traz ao Porto filmes de Ingmar BergmanKenji MizoguchiAlain TannerCarole Roussopoulos, entre outros, secundada por um painel de três conversas que, sob o epíteto das Identidades, coloca, frente a frente, nomes como Álvaro Domingues (geógrafo), António Guerreiro (crítico), Ben Rivers (realizador), Christiana Perschon (realizadora), Daniel Ribas (investigador), Pedro Mexia (crítico), Susana de Matos Viegas (antropóloga), Marie-José Mondzain (filósofa) ou Valérie Massadian (realizadora).

Seguindo o compromisso com a mostra do cinema do real, o Porto/Post/Doc faz da sua competição internacional um ponto de entrada na produção cinematográfica recente, com a estreia nacional de 9 filmes de nomes emergentes e consagrados do cinema independente mundial. Também em competição, doze jovens realizadores portugueses apresentam no festival as suas primeiras obras, numa janela para os valores que marcarão o futuro do cinema luso. O festival dedica ainda uma secção não-competitiva ao cinema falado em português, que inclui, entre outros, Vitalina Varela, de Pedro Costa, Viveiro, de Pedro Filipe Marques, Ave Rara, de Vasco Saltão e Longa Noite, de Eloy Enciso. Ainda no plano da cinematografia nacional, o Porto/Post/Doc 2019 organizará sessões especiais de A Ilha dos Amores e A Ilha de Moraes, filmes fundamentais do realizador português Paulo Rocha, em versões digitalizadas pela Cinemateca Portuguesa. Destaque ainda para as antestreias nacionais de O Filme do Bruno Aleixo, de João Moreira e Pedro Santo, e de Cães que Ladram aos Pássaros, de Leonor Teles – que marcarão a Cerimónia de Entrega de Prémios do festival, no dia 30 de Novembro. 

E porque o cinema do real também são as suas caras, a programação do festival integra um conjunto de filmes que olham figuras anónimas e nomes que marcam a história do cinema, da música e da fotografia dentro e fora de portas, de Andrey Tarkovsky, a Zé Pedro dos Xutos, de Leonard Cohen João Ribas (ex-censurados),de Sério Fernandes a Pedro Costa. Nos focos para o cinema que interessa descobrir, retrospectiva das obras de Audrius Stonys e Ute Aurand, realizadores que marcarão presença ao longo da semana do festival para comentarem as sessões e falarem com o público. No olhar sobre a música e a cultura popular, a secção Transmission com filmes sobre a nova Lisboa africana, os emblemáticos Hansa Studios, a história de vida dos Suede ou a forma como os New Order se reinventam a cada concerto. 

Em 2019, o festival volta a procurar o encontro do cinema com outros espaços e linguagens. Há sessões full dome para acompanhar no Planetário do Porto, diversas sessões comentadas, concertos e festas. Para os mais novos e as suas famílias, o Porto/Post/Doc volta a organizar sessões especiais de cinema, oficinas e um cine-concerto com a participação da Orquestra de Famílias de Matosinhos. Destaque especial para a estreia do filme, Se Eu Fosse Um Planeta, realizado por feita por alunos do pre escolar da Área Metropolitana do Porto, sob a coordenação de David Doutel. 

No total são cerca 133 filmes que vão ocupar o Teatro Municipal do Porto - Rivoli, o Cinema Passos Manuel e o Planetário do Porto - Centro Ciência Viva. A programação completa podes ser consultada em www.portopostdoc.com.

A edição de 2019 do Porto/Post/Doc conta com o apoio da Câmara Municipal do Porto, do ICA - Instituto do Cinema e Audiovisual – Ministério da Cultura e da CVRVV - Vinho Verde.

 

20.11.2019 | por martalanca | documentário, Porto/Post/Doc

No.One.Gives.A.Mosquito’s.Ass.About.Trabalho.De.Preto Nástio Mosquito

 
Inauguração / Opening 20 de novembro, 20h / November 20, Wednesday, 8pm

21 de novembro de 2019 a 15 de fevereiro de 2020

 

“No.One.Gives.A.Mosquito’s.Ass.About.Trabalho.De.Preto” é uma exposição expandida que integra uma instalação audiovisual composta por nove soundscapes, um programa semanal de sessões áudio intitulado “No.One.Gives.A.Mosquito’s.Ass.About.Visions”, distribuição de autocolantes e folhetos, performances e colaborações que podem acontecer de forma mais ou menos espontânea, num projeto que Nástio Mosquito mantém aberto à participação de outros artistas, performers e músicos.

 No HANGAR em Lisboa, mas que poderia ser em Luanda ou Brasília, o título surge como uma provocação e confronta-nos com as conotações negativas da expressão “trabalho de preto” - racista, esclavagista, estereótipo étnico depreciativo, entre outras -, e, paralelamente, agencia-a fator de unificação. Porque, como expõe Nástio Mosquito, o desafio é “falar com todos os pretos loiros, pretos morenos, pretos acromáticos, pretos das redes sociais, pretos com suposta representatividade, pretos que todos os dias acordam com a vontade interior de serem resoluções de problemas…”.

O atual projeto prossegue “No.One.Gives.A.Mosquito’s.Ass.About.Uso universo de trabalho que o artista estreou em maio de 2019, com uma série de performances ao vivo que foi apresentada no âmbito do programa de abertura oficial da 58ª Bienal de Arte de Veneza, então com a derivação “No.One.Gives.A.Mosquito’s.Ass.About.Our.Performance”.

 A partir da palavra “mosquito”, o artista encetou uma pesquisa de base autobiográfica que explora perceções sobre o inseto com que partilha o sobrenome, identificando as valorações e impactos mais nefastos que este pode ter como: “não são uma preocupação Europeia”. O universo de Mosquito toma a forma de performances, instalações, podcasts, exposições ou de qualquer outra experiência multissensorial que apoie a “exploração política dos nossos sonhos” e a sua pesquisa sobre o que realmente preocupa as pessoas. Criar “oportunidades de encontro” e “entendimentos sobre capacidades que são interdependentes”, constituem condições prioritárias para o que Mosquito descreve como a “necessidade de cuidar” (to care), expressa no manifesto que expande agora até Lisboa: “Não é possível comprometermo-nos com algo que nos preocupa sem impactar o mundo. Vamos impactar o mundo porque nos preocupamos”.

“No.One.Gives.A.Mosquito’s.Ass.About.Trabalho.De.Preto” is an expanded exhibition featuring an audio-visual installation with nine soundscapes, a weekly program of audio sessions entitled “No.One.Gives.A.Mosquito’s.Ass.About.Visions”, distribution of stickers and leaflets, performances and collaborations that can occur more or less spontaneously, in a project that Nástio Mosquito keeps open to contributions by other artists, performers and musicians.

At HANGAR in Lisbon, but it could be also in Luanda or Brasilia, the project’s title comes as a provocation and confronts the negative connotations of the Portuguese expression “trabalho de preto” (“black labour”) - racist, enslaver, derogatory ethnic stereotype, among others -, and, at the same time, it acts as a unifying factor. Because, as Nástio Mosquito puts it, the challenge is to “talk to all the blond blacks, dark blacks, achromatic blacks, blacks from social networks, blacks with supposed representativeness, blacks that wake up every day with the inner will to be problem solving… ”

The current project continues “No.One.Gives.A.Mosquito’s.Ass.About.Us”, a universe of work that the artist debuted in May 2019, with a series of live performances presented during the official opening of the 58th International Art Exhibition La Biennale di Venezia, then and there with the derivation “No.One.Gives.A.Mosquito’s.Ass.About.Our.Performance”.

From the word “mosquito” the artist embarked on an autobiographical research that explores common perceptions about the insect with which he shares the surname, identifying its most harmful assessments and impacts as: “they are not a European concern”. Mosquito’s universe takes the form of performances, installations, podcasts, exhibitions or any other multisensory experience that supports the “political exploration of our dreams” and his research on what people really care about. Promote opportunities “to come together” and the “understanding of our  interdependent capacities”, define Mosquito’s priorities in what he describes as the “need for care”, also expressed in the manifesto that he now expands to Lisbon: “There’s no way for you to commit to what you care about, and not impact the world. Let’s impact the world by caring”.______________

No.One.Gives.A.Mosquito’s.Ass.About.Trabalho.De.Preto
Exposição / Exhibition
21 de novembro de 2019 a 15 de fevereiro de 2020 / November 21st 2019 - February 15th 2020
Quarta a sábado, 15h às 19h / Wednesday to Saturday, 3 pm – 7 pm
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No.One.Gives.A.Mosquito’s.Ass.About.Visions
Sessões áudio / Audio sessions (45”)
NOV    20, 28 | 21h / 9pm
DEZ     6, 10, 17 | 21h / 9 pm
JAN     8, 15, 24, 30 | 21h / 9pm
FEV     7, 15 | 21h  / 9pm

Nástio Mosquito artista multimedia, conhecido por performances, vídeos, música e poesia que revelam um forte compromisso com o potencial sempre em aberto da linguagem. O seu trabalho é facilmente mal interpretado como uma forma de saturação com o mundo, porém, e em oposição, é a extraordinária expressão de um desejo urgente de envolver-se com a realidade a todos os níveis. **

Multimedia artist Nástio Mosquito is known for performances, videos, music and poetry that show an intense commitment to the open-ended potential of language. Easily misread as a kind of world weariness, it is the extraordinary expression of an urgent desire to engage with reality at all levels.

www.nastiomosquito.com
www.nastiomosquitotrilogy.com

16.11.2019 | por martalanca | Nástio Mosquito

LULA a vida é Luta e a Luta é LIVRE

Exposição Fotográfica de Lutacom fotografias de Ricardo StuckertInaugurou a 27 de outubro, às 18h, no dia do aniversário de 74 anos de Luís Inácio Lula da Silva, na Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário (R. da Voz do Operário, 13, Graça) em Lisboa. Até 3 de novembro. A série de 18 fotografias de Ricardo Stuckert, fotógrafo oficial do ex-presidente, apresenta imagens sensíveis sob uma perspectiva otimista dos períodos da presidência de Lula (2003-2010) até as caravanas recentes em sua última campanha eleitoral para a presidência do Brasil em 2018. Os momentos escolhidos pelo toque, pelo olhar, pelo respeito, pelos abraços endereçados àqueles e àquelas que interagiram com o presidente revelam a grandeza do líder popular que Lula foi e ainda é.


Lula está preso político. Mas suas ideias, como o próprio disse em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Paulista em São Bernardo do Campo - São Paulo antes de sua prisão arbitrária, já estão pairando no ar e não tem como prendê-las. Estão difundidas pelo Brasil e pelo mundo, espalhadas por aqueles que acreditam em sociedades mais justas e inclusivas.

Lula está preso político. Mas não por muito tempo. Num processo viciado pelo desejo de ascensão política assentado na promessa rasteira de cargos, convicções — ao  invés de provas — levaram o ex-presidente a uma condenação injusta. Condenação esta que já foi revelada em seu caráter parcial e eleitoreiro através dos vazamentos de mensagens e áudios dos procuradores do processo em conluio com o Juiz do caso, hoje Ministro do seu principal oponente na corrida para a eleição presidencial. Importante se faz lembrar que o presidente em exercício no Brasil só foi eleito pelo impedimento de Lula de ser candidato, já que o ex-presidente era favorito em todas as pesquisas de intenções de voto.

Em meio ao desastre político, ao empoderamento do mal, à amplitude da depressão cívica, ao desespero e ao desamparo que assolam o Brasil, o aniversário de Lula, que passeia entre a data oficial da certidão de nascimento no dia 6 de outubro e a data real confirmada pelo próprio, 27 de outubro, pode surgir como um momento de reconcentração das forças da luta e da resistência dos brasileiros e brasileiras que enfrentam cotidianamente as mazelas que se abatem cruelmente em todos os setores da sociedade naquele país. 

“Os poderosos podem matar uma, duas ou cem rosas.
Mas jamais conseguirão deter a chegada da primavera.”

(Che Guevara citado por Lula em 7 de abril de 2018.)

Agradecimentos: Cidolli, Igor Sardinha, Luiza Beloti Abi Saab, Lurian da Silva, Magnum Amado, Ricardo Stuckert, Rita Morais e a todos os brasileiros e brasileiras que se mantém em estado de constante denúncia, mesmo morando fora do Brasil | Arte: Mauricio Moura | Curadoria: Samara Azevedo | Fotografia: Ricardo Stuckert | Montagem: Kuka C. Clifford | Produção: Fátima de Carvalho e Miriam Andrade Guimarães | Apoio: Instituto Lula, Diálogo e Ação Petista - Lisboa, Partido dos Trabalhadores - Núcleo Lisboa, Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário e Vozes no Mundo - Frente Pela Democracia no Brasil - Coimbra | Organização: Coletivo Andorinha - Frente Democrática Brasileira de Lisboa+ INFO: +351 926 637 752 Fátima de Carvalho +351 932 081 104 Samara Azevedo https://www.facebook.com/events/742767532817178/  

28.10.2019 | por martalanca | Brasil, fotografia, Lula

"Taxidermy of the Future" na 6ª Bienal de Lubumbashi, com curadoria de Bruno Leitão e Paula Nascimento

6ª Bienal de Lubumbashi 24 de outubro a 24 de Novembro República Democrática do Congo

Bruno Leitão, co-fundador e diretor curatorial do HANGAR em Lisboa, e Paula Nascimento, co-fundadora do estúdio Beyond Entropy Africa em Luanda, iniciam hoje, dia 24 de outubro, o programa de vídeo Taxidermy of the Future, que acontece no âmbito da 6ª Bienal de Lubumbashi, na República Democrática do Congo.

Taxidermy of the Future reúne trabalhos de Grada Kilomba, Kiluanji Kia Henda e Mónica de Miranda, cujas práticas investigam o Passado e as suas diferentes temporalidades, para refletir sobre o Futuro. Os trabalhos selecionados - Illusions Vol. I, Narcissus and Echo, Grada Kilomba (2017), Havemos de Voltar, Kiluanji Kia Henda (2017) e Beauty, Mónica de Miranda (2018) - têm em comum a dissecação de fantasmas persistentes nas sociedades Europeias e Africanas, desde os mitos Greco-Latinos ao período colonial. Nascidos em Angola ou em Portugal, os três artistas trabalham em múltiplos media e privilegiam o vídeo como narrativa de expressão. Entre história e não-ficção, os trabalhos que compõem este programa são testemunhos vivos da atual vitalidade da criação angolana e suas diásporas.

'Havemos de voltar', 2017, Kiluanji Kia Henda'Havemos de voltar', 2017, Kiluanji Kia Henda

'Beauty', 2018, de Mónica de Miranda 'Beauty', 2018, de Mónica de Miranda

A 6ª edição da Bienal de Lubumbashi realiza-se entre 24 de outubro e 24 de Novembro, intitula-se Future Genealogies, Tales From The Equatorial Line (“Futuras Genealogias, Contos da Linha do Equador”) e conta com direção artística da curadora e investigadora Sandrine Colard. Filipa César, com o Coletivo Cadjigue (Filipa César, Milena Iocha e Marinho Pina) e Délio Jasse, estão entre os artistas participantes no programa geral da Bienal, que nesta edição pretende testar possibilidades de redefinição da cartografia do mundo, explorando o paradoxo de acontecer numa região cuja história continua afundada nos recursos do seu solo, mas que, paralelamente, beneficia de uma posição geográfica ímpar - localiza-se no coração de África e na linha de bissecção do globo, onde se intersetam os hemisférios sul e norte.

Esta será a primeira vez que a Bienal de Lubumbashi apresenta um programa de vídeo, e Taxidermy of the Future com curadoria de Bruno Leitão e Paula Nascimento é exibido diariamente no Institut Français / Halle de l’Etoile.

Sobre os curadores:

Bruno Leitão (Lisboa, 1979) vive entre Madrid e Sintra. Co-fundou e dirige o programa curatorial do Hangar - Centro de Pesquisa Artística em Lisboa, onde realizou exposições, palestras e seminários com artistas como Luis Camnitzer, Coco Fusco, Carlos Amorales, The Otolith Group, John Akomfrah, Rosa Barba, João Onofre, Lawrence Abu Hamdan, Elena Bajo, João Maria Gusmão e Pedro Paiva, Alfredo Jaar, Fernanda Fragateiro e Zineb Sedira. Como curador independente, destacam-se entre os seus projetos mais recentes Pouco a Pouco de Ângela Ferreira no CGAC (Santiago de Compostela, 2019) e a co-curadoria com Mónica de Miranda de Affective Utopia na Kadist Foundation (Paris, 2019). Edita e contribui para catálogos, revistas e outras publicações de arte.

Paula Nascimento (Luanda, 1981) é arquiteta e curadora independente. Co-fundou Beyond Entropy Africa, um estúdio de pesquisa que se concentra nos campos da arquitetura, artes visuais e geopolítica. Como curadora independente desenvolveu projetos para o Pavilhão de Angola na Bienal de Arte de Veneza em 2013 (Premiado com o Leão de Ouro de Melhor Participação Nacional), e exposições em Angola, África do Sul, Portugal, Itália, entre outros. É membro fundadora do coletivo cultural Pés Descalços em Luanda e colabora regularmente com várias revistas internacionais.

 

24.10.2019 | por martalanca | Bienal de Lubumbashi, Grada kilomba, kiluanji kia henda, Monica de Miranda

COSMO/POLÍTICA #5: COMUNIDADES PROVISÓRIAS

 Inauguração > MUSEU do NEO-REALISMO > Sábado _ 26 de outubro _ 16h00
_ inauguração da quinta exposição colectiva do ciclo de arte contemporânea COSMO/POLÍTICA com curadoria de > Sandra Vieira Jürgens e Paula Loura Batista
_ Apresento uma nova instalação
[ Se estou meio morto é porque estou ainda meio vivo. ]

Instalação site-specific no Museu do Neo-Realismo, tendo como referência as casas dos avieiros, utilizando para a construção materiais do acervo do Museu do Neo-Realismo e de outros museus municipais, das oficinas da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, de pescadores locais, de depósitos de material de construção civil, de filmes através de imagens e sons, de material de arquivo fotográfico, vídeo e sonoro do autor, de livros através das suas palavras e equipamentos de reprodução de som e de imagem.

COSMO/POLÍTICA #5: COMUNIDADES PROVISÓRIAS, apresenta trabalhos originais de PAULO MENDES, TIAGO BAPTISTA e SUSANA MOUZINHO que, a partir do pensamento neorrealista e do romance “Gaibéus” de Alves Redol, abordam a criação de comunidades e de coletividades, aproximando o seu entendimento desde a origem do movimento até à atualidade.”

imagem da instalação 'Se estou meio morto é porque estou ainda meio vivo.' em montagemimagem da instalação 'Se estou meio morto é porque estou ainda meio vivo.' em montagem

Museu do Neo-Realismo 
Rua Alves Redol 44
Vila Franca de Xira

+ info > https://www.facebook.com/events/573930969814431/

24.10.2019 | por martalanca | COMUNIDADES PROVISÓRIAS

CICLO MUNDOS Galandum Galundaina

GALANDUM GALUNDAINA (Portugal) faz parte da genealogia de uma região com um património musical e etnográfico único, que durante muito tempo ficou esquecido. Ao longo dos últimos 20 anos o grupo contribuiu para o estudo, preservação e divulgação da identidade cultural das Terras de Miranda, Nordeste Transmontano.
O seu trabalho de investigação e recolha, junto de pessoas mais velhas com conhecimentos rigorosos do legado musical da região, a par da formação académica na área da música, concretizou-se num sentido renovado no modo de entender as sonoridades que desde sempre conheceram. Com a sua música não procuram criar novos significados, mas antes descrever os lugares e a vida; encontrar as raízes que permitem que a cultura se desenvolva.
Em palco os quatro elementos apresentam um repertório vocal e instrumental na herança do cancioneiro tradicional das Terras de Miranda, onde as harmonias vocais e o ritmo das percussões nos transportam para um universo atemporal. Das memórias da Sanfona, da Gaita-de-foles Mirandesa, da Flauta pastoril, do Rabel, do Saltério, do Cântaro, do Pandeiro mirandês, do Bombo e da Caixa de Guerra do avô Ventura, nasce uma música que acumula referências, lugares, intensidades, tempos. Para Galandum Galundaina a música não se inventa; reencontra-se.
Os álbuns editados têm tido uma excelente apreciação pela crítica especializada. Em 2010 para além da atribuição do Prémio Megafone, o álbum Senhor Galandum foi reconhecido pelos jornais Público e Blitz como um dos dez melhores álbuns nacionais.


MELINGO (Argentina)
Ao vivo, Melingo, voz marcada pela vida, é um portento de alma e emoção, que consegue incorporar o lado maldito do rock de Nick Cave e da chanson de Serge Gainsbourg na criação elevada por Gardel até à condição de banda sonora por excelência das vielas de Buenos Aires. Em Paris, Melingo ainda aprendeu algo do cabaret que faz com que a sua música soe melhor com luzes baixas e um copo na mesa em frente a nós. As suas canções pegam no tango e retorcem-no, sem nunca o descaracterizar. Melingo soa perfeito por cima de bandoneon e baixo, por cima de trombone ou guitarra. Ao vivo, é um actor possuído que vive as histórias negras de que falam as canções. No britânico Guardian afirmou-se que «a extravagante teatralidade dos seus concertos irá conduzir Melingo ao sucesso internacional.» Sem dúvida. Melingo regressa a Portugal para apresentar o disco novo que sairá em outubro.
CICLO MUNDOS – Fundação INATEL | Teatro da Trindade INATEL – Lisboa
Uma proposta musical intercultural, intergeracional e universalista
Programação 2019
26 FEV. MARI BOINE (Noruega) | RECANTO (Portugal)
19 MAR. LE TRIO JOUBRAN (Palestina) | O GAJO (Portugal)
23 ABR. LADYSMITH BLACK MAMBAZO (África do Sul) | MARTA PEREIRA DA COSTA (Portugal)
30 ABR. SOFIANE SAIDI & MAZALDA (Argélia) | REALEJO (Portugal)
14 MAI. BEATRIZ NUNES (Portugal) | MAGANO (Portugal)
28 MAI. REFUGEES FOR REFUGEES BAND (Síria/Tibete/Paquistão/Iraque/Afeganistão/Bélgica) | URZE DE LUME (Portugal)
11 JUN. BLICK BASSY Camarões (Camarões) | NIÑO DE ELCHE (Espanha)
12 JUN. AMADOU E MARIAM (Mali) | TOQUES DO CARAMULO (Portugal)
16 JUL. ANTONIO CHAINHO (Portugal) convida RÃO KYAO (Portugal) | UXÍA (Galiza)
15 OUT. LEYLA MCCALLA (EUA/Haiti) | TÓ TRIPS (Portugal)
29 OUT. MELINGO (Argentina) | GALANDUM GALUNDAINA (Portugal)
19 NOV. MUZSIKÁS (Hungria) | LULA PENA (Portugal)
17 DEZ. CAPICUA (Portugal)

24.10.2019 | por martalanca | música

Third World Historical: Rethinking Revolution

November 5-7, 2020 - Columbia University

“Third World Historical: Rethinking Revolution from Iran to Ethiopia” is a scholarly conference organized at Columbia University that seeks to rethink the historiography of revolutionary movements and the heterogeneity of anti-colonial legacies. It is sponsored by the Department of Middle East, South Asian, and African Studies, and convened by Elleni Centime Zeleke (MESAAS, Columbia University) and Arash Davari (Politics, Whitman College).

This conference stages a conversation between the 1979 revolution in Iran and the 1974 revolution in Ethiopia to ask broader questions about the concept of world historical events, the significance of anti-colonialism, and the relationship between archives and theory. We seek to pose these questions through comparisons with revolutions across the Third World from Haiti to Algeria, Vietnam, and Grenada.

More often than not, the 1979 revolution in Iran is taken as a harbinger of all that is wrong with revolutionary politics today. Where the 1776 American Revolution and the 1789 French Revolution mark the affirmative possibility of revolutionary change, the 1979 Iranian Revolution marks its limits, where the Third World failed to replicate the spirit of the Enlightenment. Thinking against this historiography affords a point of departure for a reconceptualization of not only revolutionary movements but also the heterogeneity of anti-colonial legacies.

If Iran signifies all that is wrong with revolutionary politics, Ethiopia signals the final arrival of the last peripheral nation-state into modernity, setting the conditions for capitalism to exist. Let us listen to the sociologists: The 1789 revolution in France sets forth a model of revolutionary politics. The ensuing centuries of revolutionary politics bring about reiterations of the exemplar. After Ethiopia, the only revolution possible has to break from the Enlightenment altogether. And there is nothing to desire in that kind of social change.

Recent historiographical revision rooted in global history rightly challenges the exceptionalism shaping histories of revolutionary Ethiopia and Iran alike. Yet insofar as it replicates paradigmatic texts recounting European and American experiences, global histories too position Third World revolutionary experiences as derivative. How might we instead take these “peripheral” archives as central to rethinking the very concepts of history?

The conference is scheduled to comprise two panels for each theme listed below. It features a mix of junior and senior scholars, academics, artists, and activists. Each panel features a discussant. Comparative Studies of South Asia, Africa, and the Middle East has expressed interest in publishing a special issue featuring papers that arise from the workshop.

We welcome paper proposals on any of the following core themes:

  1. “Anti-Colonialism”

What is the anti-colonial? And what is its relationship to revolution? Why do we tend to think the anti-colonial—or, for that matter, revolutions—as a unified and homogenous experience?

The assumption that anti-colonialism and revolution are not to be thought together may perpetuate a tutelary model—the notion that the “periphery” must first arrive before it can engage in revolutionary action, or the formation of genuinely new political institutions, structures, ideas. To think against this grain is to ask, how do we think anti-colonialism in its heterogeneity?

Revolutions from Ethiopia and Iran provide apt sites to do so. Neither readily signifies a case of anti-colonialism. And yet, they did pose questions and answers about a world structured by European colonialism. How are we to read these revolutionaries’ characterization of their efforts as anti-colonial?

These cases afford possibilities to think anti-colonialism and revolution together and in novel ways. What other cases are there? How, in other words, does South-South comparison afford new resources for thinking the anti-colonial?

2.              The Periphery as World Historical and The Archive as Theory

Can the periphery be a world historical agent? Whether through Hegel or Marx, revolutions are understood as the essential world historical event—as, in fact, productive of the world historical. Is a world historical imaginary only possible in a European register? Does a turn away from that register entail a celebration of localism? To be precise, how has the Third World constituted the international? Can we think the international from it? And if so, how? What can we learn, for instance, from revolutionary experiences in Haiti (1794-1801) and Algeria (1954-1962)?

These questions beget an alternate approach to the history of political thought—one grounded not only in historical specificity, but also in a revised understanding of the world historical. They equally beget a different relationship to the archive—one that reads the vernacular as philosophy, the archive as theoretical text. How are we to think theory as history and history as theory at once from the Third World?

3.              What is Revolution?

In the 1960s and 1970s, Third World activists engaged revolutionary talk to pose questions about the particularities of their immediate contexts. In the process, they posed new conceptions of revolution. Congealed manifestations of the term revolution can preclude our effort to think the event as experience. If revolution signals the disruption of existing categories, can we in turn disrupt congealed categories to think revolution? If sociologists are preoccupied with mapping revolutions as a set of patterns and stages, what would it mean to reposition the question of revolution in the specificity of the Third World?

Abstracts (300-500 words) should be sent before March 1, 2020 to Elleni Centime Zeleke at ecz2109@columbia.edu and Arash Davari at davaria@whitman.edu

 

 

23.10.2019 | por martalanca | Irão, Revolution

FÓRUM DO FUTURO 2019 Crossings/ Travessias I PORTO

Ocupação, apropriação, extração em debate a partir dos 500 anos da primeira circum-navegação de Fernão de Magalhães 3 a 9 de novembro | Porto

Todo o programa em: www.forumofthefuture.com

Com: Chimamanda Ngozi Adichie / Danny Glover / Vandana Shiva / Arthur Jafa / David Adjaye / Wu Tsang / Ralph Lemon / Kevin Beasley / Sônia Guajajara / Ernesto Neto / Coco Fusco / Eszter Salamon / Elizabeth A. Povinelli / Christina Sharpe / Naeem Mohaiemen / Fiesta Warinwa / Clémentine Deliss / Vivian Caccuri / Calixto Neto / Lafawndah / Crystallmess / Fred Moten

Curadoria de: Filipa Ramos, editora da art-agenda (e-flux) e curadora da secção de Filme da Art Basel Gareth Evans, programador cultural e curador de cinema da Whitechapel Gallery Guilherme Blanc, diretor para a Arte Contemporânea e Cinema da Ágora E.M. e diretor artístico do Fórum do Futuro John Akomfrah, escritor, cineasta e artista.

Locais: Rivoli · Galeria Municipal do Porto · Casa Da Música · Serralves · Cinema Trindade

As sessões do Fórum do Futuro irão refletir sobre os sistemas de domínio e de libertação de indivíduos bem como de outros seres do planeta cuja existência se encontra condicionada e ameaçada por forças e pressões externas.

Aberto a todos os públicos, o programa do Fórum do Futuro 2019 foi desenvolvido a partir dos conceitos de alteridade, apropriação e extração. Reunindo um grande número de figuras-chave da cultura e do pensamento dos nossos dias, nacionais e estrangeiras, a edição deste ano foi concebida por uma equipa de curadores com distintas práticas de investigação e produção cultural. 

Violência imposta a pessoas e à natureza, processos de subjugação e subalternidade, amor a causas e oposição a preconceitos, solidariedade entre povos e reposição de valores de justiça e dignidade: estas são algumas das questões centrais do Fórum do Futuro 2019, cujo programa nos coloca no centro de uma das lutas mais urgentes e vitais que o mundo, incluindo Portugal, trava no presente momento – ou deve travar. 

Sobre o Fórum do Futuro:

O Fórum do Futuro é um projeto anual de palestras e performance que convida pensadores de diferentes disciplinas e origens a refletirem sobre questões prementes às sociedades de hoje. Desde a primeira edição do projeto, que se realizou em 2014, o Porto tem promovido encontros dedicados à partilha e reflexão, que visam proporcionar entendimentos plurais sobre o mundo e as culturas contemporâneas, ajudando a perspetivar novos caminhos para o futuro. O Fórum do Futuro foi criado e é organizado pela Câmara Municipal do Porto, tem como curador principal Guilherme Blanc, Adjunto do Pelouro da Cultura, e conta com a Casa da Música, a Fundação de Serralves e o Teatro Nacional São João, como parceiros estratégicos.

17.10.2019 | por martalanca | Forum do Futuro

Arquivo de identidade angolano - site

Novo Site

Somos um grupo de mulheres feministas LBTIQ (Lésbicas, Bissexuais, Transgénero, Intersexo e Queer) angolanas, criado em 2017, que cria conteúdos sobre sexualidade e género. 

MISSÃO Mudar mentalidades com relação ao género e sexualidade para que as comunidades LGBTIQ participem de processos políticos e para que o público em geral respeite seus direitos.

OBJECTIVOS Criar conteúdos educativos sobre género e sexualidade para adolescentes e jovens; pessoas das comunidades LGBTIQ e públicos estratégicos como políticos, educadores, profissionais da media, profissionais de saúde; Empoderar jovens mulheres LBTIQ para que se tornem líderes, com participação em assuntos cívicos e políticos, por meio de rodas de conversas, leitura de documentos, formações; Oferecer um seguro de acolhimento para as comunidades LGBTIQ; Sensibilizar adolescentes e jovens em escolas e comunidades para que desenvolvam atitudes de tolerância diante de comunidades LGBTIQ ; Sensibilizar públicos estratégicos como políticos, educadores, profissionais da media, profissionais de saúde para que incorporem conteúdos educativos sobre género e sexualidade nas suas agendas e áreas de actuação.

17.10.2019 | por martalanca | angola, LGBTIQ, queer