“Melhor Há-de Vir”, exposição de Marianne Keating na Rampa I PORTO

A RAMPA, em colaboração com o Cork Printmakers, Irlanda, apresenta “Melhor Há-de Vir”, uma exposição da artista Marianne Keating. “Melhor Há-de Vir” reúne um conjunto de filmes realizados nos últimos anos, exibidos pela primeira vez em Portugal. A exposição é comissariada por Miguel Amado, diretor do Cork Printmakers.


Marianne Keating é uma artista irlandesa residente em Londres. Obteve um mestrado no Royal College of Art e é aluna de doutoramento na Kingston University, também em Londres. A sua exposição individual mais recente, “The Ocean Between”, realizou-se na Crawford Art Gallery, em Cork, Irlanda, em 2019. Recentemente, também participou em exposições coletivas como a Bloomberg New Contemporaries, South London Gallery, Londres (2018); “Arrivants: Art and Migration in the Anglophone Caribbean World”, Barbados Museum and Historical Society, Bridgetown, Barbados (2018); e “Between Us And”, EMBASSY, Edimburgo, Escócia (2018).

Marianne Keating aborda a relação entre a Irlanda e as Caraíbas no contexto do Império Britânico e da atualidade. Na exposição “Melhor Há-de Vir”, a artista explora a história amplamente desconhecida da diáspora irlandesa na Jamaica, iniciada no âmbito da economia de plantação da país.

Marianne Keating, Landlessness  2017 Fotografia de Jed NiezgodaMarianne Keating, Landlessness 2017 Fotografia de Jed Niezgoda
Keating analisa a vaga de emigração da Irlanda para a Jamaica, então colónias britâncias, que ocorreu entre 1835 e 1842, após a abolição da escravatura. As dificuldades económicas sentidas pela maioria dos irlandeses sob domínio britânico propiciaram um terreno fértil ao recrutamento de uma nova força de trabalho para as herdades das Caraíbas, que sofriam com a falta de força de trabalho provocada pela libertação das pessoas Africanas escravizadas.
Os colonos britânicos sujeitaram os irlandeses a um regime de indentura, um contrato que vinculava um trabalhador a um empregador durante um determinado período, pressupondo a ausência de salário em troca de viagem, abrigo e alimentação. Keating também examina o legado contemporâneo do estabelecimento dos irlandeses na Jamaica, considerando temas como a crioulização e o sistema político pós-independência.
Os filmes de Keating agregam uma variedade de materiais de arquivo (incluindo documentos governamentais e fotografias), imagens “encontradas” e extratos de fontes escritas (de ensaios sociológicos a artigos de jornal) com os seus próprios registos em vídeo, entrevistas e notas de investigação. A artista utiliza o texto como legenda ou voz-off para complementar a imagem e o som, sobrepondo camadas de informação para ampliar os pontos de vista apresentados.Marianne Keating, Better Must Come A New Jamaica, 2019, Crawford Art Gallery, 2019 Fotografia Jed NiezgodaMarianne Keating, Better Must Come A New Jamaica, 2019, Crawford Art Gallery, 2019 Fotografia Jed Niezgoda

16.10.2019 | por martalanca | Irlanda, Marianne Keating, Rampa

A cada passo, uma constelação - performance

“Tenho vindo a atentar aos gestos quotidianos de caminhar e permanecer, procurando activá-los como práticas para repensar as relações que estabelecemos com os espaços e tempos da cidade. Como pode a atenção às qualidades dos espaços desprovidos de função confrontar-nos com o que reduz tudo ao seu valor de troca? Como pode a dilatação do tempo na deambulação constituir-se como forma de resistência à lógica da produtividade?

Depois de Partituras para ir, que − das Amoreiras ao Poço dos Negros − integrou o programa (Quase) Teatro do Bairro Alto, A cada passo, uma constelação propõe uma caminhada pela zona oriental de Lisboa, invisibilizada durante décadas e agora percebida como livre e pronta a ser reconvertida. Escavando uma rota por entre fragmentos deste território expectante, o percurso-performativo tenta ver neste pedaço de cidade uma máquina de reflexos que ilumina as presenças imprevistas que o habita(ra)m e as narrativas reais e imaginárias que incorpora.
Os participantes são guiados por uma voz que fala ao seu ouvido, presença sem corpo que será a sua companhia ao longo deste percurso. Abre-se assim um espaço de reflexão sonora.”

Joana Braga


Direção artística: Joana Braga

Criação: Andresa Soares, Fernando Ramalho, Flora Paim, Joana Braga, Tânia Moreira David

Vídeo: Tânia Moreira David

Som: Fernando Ramalho

Texto: Joana Braga com Andresa Soares

Voz: Isadora Alves

Design gráfico: Ana Teresa Ascensão

Produção executiva: Sara Goulart

Coprodução: Artéria | Humanizing Architecture, Teatro do Bairro Alto

A cada passo, uma constelação faz parte de Matéria para Escavação Futura, com curadoria de Joana Braga e Ana Jara, projecto que explora a caminhada como forma de pesquisa e prática artística, financiado pela República Portuguesa / Direção-Geral das Artes

19 Outubro Sábado Partidas entre as 15h e as 17h           

Duração: 135’

Ponto de encontro: Praça Eduardo Mondlane, no jardim central perto do coreto (Bairro do Condado, Zona J). Percurso individual com levantamento de mapa no ponto de encontro.

Entrada livre mediante inscrição para bilheteira@teatrodobairroalto.pt (máximo 80 pessoas) NOVO PRAZO DE INSCRIÇÕES: 17 outubro

16.10.2019 | por martalanca | caminhada, lisboa, performance

A Ilusão do Desenvolvimento. Cahora Bassa e a História de Moçambique

Seminário e lançamento do livro

A construção da barragem de Cahora Bassa marcou o último período da administração portuguesa em Moçambique, já durante a guerra colonial. Tratando da edificação deste grande projeto hidrográfico, este livro examina a história do Rio Zambeze, das suas populações envolventes e condições ecológicas, a experiência do colonialismo português em Moçambique no século XX e o impacto das grandes barragens sobre a vida social e ecológica. Este livro debate também as ideias de progresso e desenvolvimento e dos planos concretos que as tentaram colocar em prática, demonstrando como são noções disputadas, inúmeras vezes cooptadas pelos interesses de estados, empresas ou grupos sociais privilegiados.

Uma história social e ambiental, esta obra ganhou em 2014 o prémio da Associação Americana de História e da Associação de Estudos Africanos dos Estados Unidos (respectivamente os prémios Martin A. Kelin e Melville J. Herskovits.

18 Outubro 2019 – 17.30 – 19 horas Auditório – ICS–Lisboa Organização: GI Impérios, colonialismo e sociedades pós-coloniais & GI Identidades, Culturas, Vulnerabilidades

15.10.2019 | por martalanca | Cahora Bassa, Moçambique

"Sonhámos um país" de Camilo de Sousa e Isabel Noronha

No início dos anos 70, Camilo de Sousa saiu de Lourenço Marques, Moçambique, atravessou a Europa e juntou-se aos guerrilheiros da Frelimo. Primeiro na base de treino de Nachingwea e depois na luta de libertação nacional. Tinha na altura vinte anos.Hoje, a viver em Portugal, regressa a Moçambique para reencontrar dois camaradas de armas, que conheceu na guerrilha e com quem depois partilhou a direcção do partido em Cabo Delgado, até descer de novo à agora Maputo e integrar o novel Instituto de Cinema, tornando-se realizador. Com Aleixo Caindi e Julião Papalo ele rememora tempos antigos, quando a alegria da libertação deu lugar aos tempos negros em que a procura do ‘homem novo’ veio destruir os sonhos de um país para todos os moçambicanos…

co-produção Midas Filmes e Mocik, Cineastas Moçambicanos Associados, com o apoio do ICA, da RTP e do Centro de Estudos Sociais da Universidade Coimbra

Sábado,19 Outubro, 15:30, no DocLisboa, Culturgest Grande Auditório


14.10.2019 | por martalanca | Cinema Moçambicano, Moçambique

Dossier: As feridas abertas da Guerra Colonial - no Esquerda.net

A Guerra Colonial durou mais do dobro da Segunda Guerra Mundial e fez milhares de mortos portugueses e africanos. Urge quebrar o silêncio e desconstruir os mitos em torno deste conflito e do passado colonialista de Portugal. Assim como é imperativo dar visibilidade e garantir direitos às suas vítimas. Dossier organizado por Mariana Carneiro.

(1964), (1964),

O Dossier “As feridas abertas da Guerra Colonial” reúne contributos/testemunhos de Carlos Matos GomesMiguel Cardina e Bruno Sena MartinsInês Nascimento RodriguesSílvia RoqueMichel CahenCarmo VicenteAmílcar Cabral,  Manuel BoalAdolfo MariaDiana AndringaHelena CabeçadasLuísa MarinhoFernando Mariano CardeiraElsa PeraltaSofia Palma RodriguesCatarina GomesAntónio CalvinhoMariana CarneiroCarlos de Matos Gomes, António-Pedro Vasconcelos e João de MeloBeatriz Dias e André Natálio. Para que alguns dos temas abordados neste dossier possam ser aprofundados, disponibilizamos ainda uma seleção de filmes, documentários, séries, livros e artigos sobre a Guerra Colonial ou relacionados com esta temática.

13.10.2019 | por martalanca | guerra colonial

Artistas e educação radical na América Latina

Feminismo, Mulheres e Escolas de Arte

22 de outubro 2019 | 18h

com Hilary Robinson, Professor of Feminism, Art and Theory, Director of the Centre for Doctoral Training: Feminism, Sexual Politics, and Visual Culture, Loughborough University (U.K.) | Seminário em inglês

A relação entre mulheres, feminismo e escolas de arte é complexa e com especificidades geográficas. Enquanto o desenvolvimento do American women ́s art movement na década de 1970 é muitas vezes associado a programas particulares (i.e. o Feminist Art Program [Fresno State College 1970-1993; CalArts 1971-1975]) e à definição de instituições alternativas (i.e. o Feminist Studio Workshop [LA, 1973-1981]; New York Feminist Art Institute [1979-1990]), no Reino Unido a experiência foi muito diferente. Aí, as mulheres tenderam a organizar-se em grupos auto-didactas fora das escolas de arte, e com a excepção do MAFEM de Griselda Pollock em Leeds (1993-2003), a influência do feminismo na educação artística em escolas de arte restringiu-se a programas ad-hoc, seminários ou à influência de alguns professores. Contudo, os números e as percentages de alunas de arte cresceram exponencialmente desde os anos 1970 até à actualidade. Ancorando a discussão na história específica da experiência no Reino Unido, e partindo da minha experiência prévia enquanto Directora, esta comunicação irá analisar a situação de artistas mulheres em escolas de arte no Reino Unido na actualidade. Cinco décadas após a aplicação das primeiras pedagogias informadas pelo Movimento de Libertação das Mulheres, que pedagogias estão a ser utilizadas para formar grupos predominantemente femininos? O que podem ser estratégias feministas?

Local: Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa Auditório 3, torre B | Avenida de Berna 26, 1069-061 Lisboa

13.10.2019 | por martalanca | educação, feminismo, género, Hilary Robinson, Movimento de Libertação das Mulheres

Harmonia e contraste, exposição do artista Mumpasi

na Galeria MOVART, Luanda, de 10 de outubro a 2 de dezembro de 2019.

Amor maternoAmor materno«Bebendo do estilo impressionista da arte francesa do século XIX, o artista MUMPASI nos oferece belíssimas composições poéticas policromáticas, porém não esquece o compromisso com a anatomia e a proporção. A sua arte é preenchida de cores puras que nos recorda também “As Feras” ou “Le Fauves”. Mas tanto os impressionistas como os fauvistas europeus do século XIX nada mais fizeram do que uma tradução da chamada “pintura primitiva africana” para o seu quotidiano. Pois a crise burguesa e social europeia a todos os níveis obrigou com que os artistas “menos vistos” deixassem na margem as velhas formas de representar o belo corporal anatómico e a arte de estúdio. Na verdade o que MUMPASI nos quer recordar é este compromisso e visão do artista africano em captar e retratar a essência (alma) em vez de simplesmente substância que esta em constante e profunda transformação.

Encontramos nas obras criadas para essa exposição, repouso, conforto e harmonia, sendo que o artista exclui-se da agressividade e mais do que impor ele propõe de maneira suave o seu estilo explorando, sobretudo a Forma (mensagem plástica), mais do que o tema.» Excertos do texto curatorial de Filipe A. Vidal, Professor de História das Artes.

Pôr-do-solPôr-do-sol

MUMPASI Natural do Zaire, o artista aprendeu o oficio de pintar mosaico de pedra com o pai, o pintor Mumpasi Zameso. Licenciado em Pintura pela Academia de Belas Artes de Kinshasa, na República Democrática do Congo, em 2009, Mumpasi realizou a sua primeira exposição individual “Mosaico Impressionista” cinco anos depois de terminar a formação na Galeria Tamar Golan, em Luanda. Em 2015 participou do livro “A Face da Arte Angolana Contemporânea” – projecto da Fundação Arte e Cultura, que juntou 40 obras de 20 artistas nacionais, e em 2016, foi um dos artistas selecionados para a 5a Edição da residência artística JAANGO – Jovens Artistas Angolanos.

02.10.2019 | por martalanca | arte, Mumpasi

Companhia de Dança Contemporânea de Angola em digressão pela Europa

Mysterium Coniunctionis | Foto Rui Tavares © CDC AngolaMysterium Coniunctionis | Foto Rui Tavares © CDC AngolaA Companhia de Dança Contemporânea de Angola realiza entre 05 e 31 de Outubro a maior digressão do seu tempo de existência.

Durante um mês realizará 10 espectáculos em diversas cidades entre a Holanda e Portugal. O início terá lugar em Amsterdão no Afro-Vibes Art Festival, no dia 05 com a peça O monstro está em cena de Ana Clara Guerra Marques e Nuno Guimarães, ao que se seguirá a participação na Quinzena Internacional de Dança em Almada.

Até final de Outubro a CDC Angola apresentará espectáculos em Faro (dias 11 e 12), Montemor-o-Novo (dia 16), Ponte de Lima (dia 25) e Coimbra (dia 31). Nos dias 22 e 23 de Outubro a CDC Angola fará uma apresentação especial no Porto com a peça Mysterium Coniunctionis, de Joana Von Mayer Trindade e Hugo Cristóvão.

O programa será complementado com master classes e conferências. No dia 08 será apresentado o documentário sobre a CDC Angola “Outros Rituais mais ou menos”, de Jorge António, na Cinemateca Portuguesa em Lisboa e, no dia 28, o livro “Máscaras Cokwe: A linguagem coreográfica de Mwana Phwo e Cihongo” de Ana Clara Guerra Marques, na Universidade de Coimbra.

Recordamos que esta companhia, à qual se deve a grande transformação do panorama da dança em Angola, foi fundada em 1991, é membro do Conselho Internacional da Dança da UNESCO, possui um historial de centenas de espectáculos apresentados em Angola e em todos os continentes, sendo hoje a principal referência da dança cénica angolana no estrangeiro.

A CDC Angola é suportada pelo Banco BAI, cuja sensibilidade e respeito pelo nosso trabalho são demonstrados pelo apoio continuado que tem ajudado a manter o funcionamento deste colectivo.

O monstro está em cena | Foto Rui Tavares © CDC AngolaO monstro está em cena | Foto Rui Tavares © CDC AngolaDVD | Outros Rituais mais ou menos (Jorge António)DVD | Outros Rituais mais ou menos (Jorge António)Livro | Máscaras Cokwe A linguagem coreográfica de Mwana Phwo e Cihongo (Ana Clara Guerra Marques)Livro | Máscaras Cokwe A linguagem coreográfica de Mwana Phwo e Cihongo (Ana Clara Guerra Marques)

 

02.10.2019 | por martalanca | Companhia de Dança Contemporânea de Angol

Identidades em debate na edição de 2019 do Porto/Post/Doc

A edição de 2019 do Porto/Post/Doc será dedicada ao debate das questões identitárias na sociedade contemporânea. O festival regressa à baixa da cidade entre 23 de Novembro e 1 de Dezembro.
Da resistência palestiniana à condição não-binária de género, do antropoceno à geografia de afectos, o Fórum do Real e um programa de filmes paralelo servirão como ponto de partida para conversas em torno da noção de identidade, nas suas mais diversas dimensões, e da sua relação intrínseca com o dispositivo cinematográfico.
O fórum decorre entre os dias 27 e 29 de Novembro, no Cinema Passos Manuel, e conta com três painéis de oradores: o primeiro, Da Terra, problematizará a relação entre a construção identitária e o território; o segundo, Do Pensamento, visa uma aproximação de teor filosófico ao próprio conceito de identidade e de identidades, no plural; por fim, o terceiro painel, intitulado Das Imagens, pretende reflectir sobre o cinema contemporâneo e o seu entretecimento com os mais diversos fluxos identitários, individuais e colectivos.
Álvaro Domingues (geógrafo), António Guerreiro (crítico), Ben Rivers (realizador), Christiana Perschon(realizadora), Daniel Ribas (investigador), Pedro Mexia (crítico), Susana de Matos Viegas (antropóloga), Valérie Massadian (realizadora) são algumas das presenças já confirmadas neste fórum, cuja entrada é gratuita.


Em paralelo, o Porto/Post/Doc apresenta uma selecção de curtas e longas-metragens, num programa especial dedicado ao tema, que pretende colocar em diálogo clássicos da história do cinema – como Persona, de Ingmar Bergman, Rua da Vergonha, de Kenji Mizoguchi ou La Salamandre, de Alain Tanner – com algumas descobertas e produções contemporâneas.
Neste contexto, o festival exibirá também três curtas-metragens da activista e realizadora suíça Carole Roussopoulos, rodadas durante a década de 1970. De carácter eminentemente político e militante, estes filmes dão a ver algumas das principais lutas sociais francesas à época, como é o caso da F.H.A.R. (Front homosexuel d’action révolutionnaire). Destaque ainda para a exibição de Ghost Strata e Now, At Last, dois dos mais recentes filmes realizados por Ben Rivers, apresentados pelo próprio; para o regresso de Gürcan Keltek (vencedor da edição de 2017) ao festival com a curta-metragem Gulyabani; e para a sessão especial de Off Frame AKA Revolution Until Victory, filme de Mohanad Yaqubi realizado a partir de imagens de arquivo da luta palestiniana produzidas entre os anos 60 e 80. Esta sessão será seguida por um debate com o cineasta moderado por Nuno Lisboa (director e programador do Festival Doc’sKingdom).
O programa contempla ainda os filmes She Is The Other Gaze (Sie ist der andere Blick), de Christiana Perschon, Sol Negro, de Laura Huertas Millán e Coffee Coloured Children, de Ngozi Onwurah.
O festival decorre entre 23 de Novembro e 1 de Dezembro, em vários espaços da cidade (Teatro Municipal do Porto – Rivoli, Cinema Passos Manuel, Planetário do Porto).
A edição de 2019 do Porto/Post/Doc conta com o apoio da Câmara Municipal do Porto, Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA) – Ministério da Cultura, CVRVV – Vinho Verde, e de vários outros parceiros imprescindíveis à realização do festival.

Programação

Coffee Coloured Children, de Ngozi Onwurah
F.H.A.R, de Carole Roussopoulos
Ghost Strata, de Ben Rivers
Gulyabani, de Gürcan Keltek
La Salamandre, de Alain Tanner
Now, At Last, de Ben Rivers
Off Frame AKA Revolution Until Victory, de Mohanad Yaqubi
Persona, de Ingmar Bergman
S.C.U.M. Manifesto 1967, de Carole Roussopoulos e Delphine Seyrig
She Is The Other Gaze (Sie ist der andere Blick), de Christiana Perschon
Sol Negro, de Laura Huertas Millán
Street Of Shame (赤線地帯), de Kenji Mizoguchi
Y’a Qu’a Pas Baiser, de Carole Roussopoulos

30.09.2019 | por martalanca | Porto/Post/Doc

WI Project

O WI Project (WI – amigo em calão angolano) é uma dupla musical fundada pelo angolano Wilder Amado (voz, violão, baixo) e o israelita Ilia Kushner (saxofone, flauta, limba). Os jovens músicos encontraram-se pela primeira vez em 2012 em Luanda, Angola, onde começou a trajetória de colaboração artística e projetos de carácter variado, nomeadamente acompanhamento de artistas angolanos, internacionais, produção, trabalhos individuais e, ao longo da partilha conjunta nasce a ideia do WI Project.

Nem Wilder nem Ilia se definem pelo local de nascimento, simplesmente como seres humanos - afropolitanos e cidadãos do mundo. Assim, a sonoridade do duo é abrangente, e assenta no afro jazz, MPB, reggae, funk, música latina, fusão de estilos alternativos de raiz africana, e angolana em particular, como Kilapanga ternária e Massemba. Richard Bona, André Mingas, Djavan, Ed Motta, Filipe Mukenga, Boy Gé Mendes, Sara Tavares, Stevie Wonder, Toto ST, Fela Kuti, Clube da Esquina, Jimmy Dludlu e Sting são alguns dos artistas que inspiram a dupla. O seu repertório é composto quer por músicas originais como por covers de temas em português, inglês, espanhol, crioulo cabo-verdiano e antilhano, línguas regionais angolanas (kimbundu, umbundu, tchokwe), lingala (RD Congo), douala (Camarões) e hebraico. 

WI Project foi apresentado em vários lugares de Angola, bem como na África do Sul (2014) e São Tomé (2016). Em 2018 realizaram a “Europe Kudissanga Tour”, atuando em Portugal, Espanha, Alemanha, Inglaterra e Holanda como finalidade colaborar com músicos locais e angariação de fundos para o “Project WI for África” na África Austral, dentro do mesmo conceito usando a plataforma musical tendo como objetivo: propagação da cultura e mensagens de educação e paz em lugares remotos da África Austral e futuramente noutras partes do mundo. 

O álbum de estreia Kudissanga é produzido e gravado de forma independente. O disco conta com a participação de artistas angolanos, bem como de músicos de renome de Israel, África do Sul, Botswana e RD Congo.

Shows de Lançamento:

17 de Outubro - Apresentação e lançamento Kudissanga em Miami Beach (Ilha do Luanda)

2 de Novembro – Show WI Proejct e amigos na nova Fundação Arte e Cultura (Ilha de Luanda, junto ao Centro Médico e à Escola Primária 120

Mais música e informações nas redes sociais: 

Facebook: https://www.facebook.com/WIProjectWI

Instagram: https://www.instagram.com/wiprojectmusic

YouTube: https://tinyurl.com/ycujfsfw

Sound Cloud: https://soundcloud.com/wiproject

WI Project (WI – friend, in Angolan slang) was founded by Angolan Wilder Amado (lead vocals, guitar) and Israeli Ilia Kushner (saxophone, flute, limba). The young musicians met in Luanda, Angola´s capital, in 2012 where they began an artistic collaboration across different projects, including the accompaniment of national and international artists, production, individual works, ultimately creating the “WI Project”.

The two are not defined by their place of birth, but simply as human beings, Afropolitanos and World Citizens. Duo´s sound ranges from Afrojazz, MPB (Brazilian popular music), Reggae, Funk, and Latin, merged with alternative styles of African and Angolan traditional rhythms such as ternary Kilapanga, and Massemba. Richard Bona, André Mingas, Djavan, Ed Motta, Filipe Mukenga, Boy Gé Mendes, Sara Tavares, Stevie Wonder, Toto ST, Fela Kuti, Clube da Esquina, Jimmy Dludlu and Sting are some of pair´s inspiration. Their repertoire consists of both original songs and interpretations of themes and rhythms in Portuguese, English, Spanish, Cape Verde and Antilles Creole, Angolan regional languages (Kimbundu, Umbundu, Tchokwe), Lingala (Congo), Douala (Cameroon) and Hebrew.

WI Project presented in Angola, as well as in South Africa (2014) and São Tomé (2016). In 2018 they made the “Europe Kudissanga Tour”, playing in Portugal, Spain, Germany, England and The Netherlands in order to collaborate with local musicians and fundraise for “Project WI for Africa”. Wilder and Ilia would like to use their musical platform spread culture, education and peace messages across remote parts of Southern Africa and other parts of the world thereafter.

The debut album, Kudissanga, has produced and recorded independently. This CD includes original compositions and participation of musicians from Angola, Israel, South Africa, Botswana and RD Congo. 

Release concerts:

17 October - Kudissanga apresentation and concert in Miami Beach (Ilha do Luanda)

2 NovembrWI Proejct e amigos concert in the new Fundação Arte e Cultura (Ilha de Luanda, junto ao Centro Médico e à Escola Primária 120

30.09.2019 | por martalanca | música

The Biennale de Lubumbashi Announces Participating Artists

The Biennale de Lubumbashi is pleased to announce the artists participating in the 6th edition of the biennale. More than 40 national and international artists will present work in Lubumbashi. See the full list of participating artists.

“Future Genealogies, Tales From The Equatorial Line” Taking the Equator’s imaginary line not as one of demarcation, but rather of imbrication, the 6th edition of the Biennale de Lubumbashi probes the possibilities of repurposing the cartography of the world. This edition of the biennale is interested in mapping these connections and in tracing these genealogies in new ways. Read the curatorial statement by Artistic Director Sandrine Colard.

Biennale Opening Week & Forum Days – Organise your visit!
The Opening Week & Forum Days of the Biennale de Lubumbashi will take place from 24 until 29 October 2019. Our team happily assists you in the preparation of your visit. Make sure to apply for your visa before 15 September. Visit our website for useful information to help you plan your trip.

Pierre-Philippe DuchâteletPierre-Philippe DuchâteletPetna Ndaliko Katondolo, Matata, 2019Petna Ndaliko Katondolo, Matata, 2019Grada Kilomba, Illusions Vol. I and Vol. II, 2019Grada Kilomba, Illusions Vol. I and Vol. II, 2019

27.09.2019 | por martalanca | Biennale de Lubumbashi

Cinegeografia socialista: África - Europa de Leste

De 1 a 3 de outubro, o projeto BLEND-Desejo, Miscigenação e Violência: o presente e o passado da Guerra Colonial Portuguesa, do Centro de Estudos Sociais (Universidade de Coimbra) promove, em parceria com o Festival Internacional de Cinema BEAST, do Porto, a sessão especial de cinema e debates Cinegeografia Socialista: África - Europa de Leste

Esta programação procura ocupar um espaço, apesar de emergente, ainda pouco explorado na historiografia e no debate público sobre a história das relações entre os vários países do Leste Europeu e os países do continente africano, que adotaram modelos socialistas durante as guerras para a libertação nacional, como também no período pós-independência.  A panóplia de filmes selecionados e acompanhados de comentários informados, como também a masterclass sobre o tema em apreço, realizada pela Bojana Videkanic (Universidade de Waterloo, Canadá), pretende mostrar e problematizar a diversidade destas relações passadas no eixo Sul-Leste e os seus legados nos espaços pós-coloniais e pós-socialistas atuais. 

Os filmes escolhidos apontam para o leque das relações estabelecidas ao nível das microhistórias que foram forjadas pela macrohistória das relações estabelecidas pelos movimentos africanos de libertação com vários países da Europa de Leste, começando com os anos 1960. Assim, no 1 de outubro, às 19h, poderemos debater as ligações Moçambique-antiga Jugoslavia, através da solidariedade traduzida na coprodução da primeira longa moçambicana “O tempo dos Leopardos” (1985). O segundo dia, 2 de outubro, também às 19h, é dedicado à dois dos filmes do aclamado realizador Abderrahmane Sissako. Estes partem da história de vida do realizador mauritano que, na sua juventude, estudou na antiga União Soviética. Se “Octobre” [Outubro], (1982), fala sobre a história de amor entre um estudante africano na União Soviética e uma jovem russa, “Rostov-Luanda” (1997) explica a independência angolana de 1975 como um momento de busca, de transformação de um passado sempre presente. No último dia desta programação, 3 de Outubro, às 19h, assistiremos os newsreels que apresentam imagens de arquivo das visitas oficiais de “Tito em África” (1970) e da presença soviética no continente africano em “Our Africa” (2018). 

Todas as sessões serão seguidas de conversas com o público guiadas por Maria Paula Meneses, Isabel Noronha, Camilo de Sousa, Rui Lopes e Bojana Videkanic.

As sessões terão lugar na Casa das Artes do Porto (R. Ruben a 210).

Programação: Iolanda Vasile (Centro de Estudos Sociais, UC)

MODERNISMOS NÃO ALINHADOS NONALIGNED MODERNISMS

BOJANA VIDEKANIC

03.10 | 16H00 | OKNA (R. da Igreja de Cedofeita 27)| ENTRADA LIVRE | APRESENTAÇÃO EM INGLÊS

Tendo como ponto de partida a sua investigação sobre modernismo não alinhado, assim como surgiu das políticas do emergente Movimento dos Países Não Alinhados, Bojana Videkanic vai discutir como a cultura visual dos não alinhados, principalmente no cinema, mas também nas exposições e arte, celebrou, promoveu e construiu um novo sensorium visual que correspondeu às políticas de libertação, solidariedade e soberania das nações póscoloniais no século XX.

Bojana Videkanic é historiadora da arte e artista nascida na Bósnia e Herzegovina, antiga-Jugoslávia. Depois de se tornar apátrida, ela veio para o Canadá como refugiada patrocinada pelo governo em 1995. Videkanic é professora assistente de arte contemporânea e cultura visual no Departamento de Belas Artes da Universidade de Waterloo, Ontário, Canadá. Sua investigação concentra-se na arte socialista do século XX na Jugoslávia e nas contribuições desta para a ascensão dos modernismos globais, através da participação da Iugoslávia no movimento não-alinhado e em várias práticas culturais descoloniais.

Mais informações sobre o evento em: https://web.facebook.com/events/722586701496635/

Programa completo do Beast IFF 2019: http://twixar.me/hyc1

25.09.2019 | por martalanca | cinema

Movimentos Negros em Portugal recebem Conceição Evaristo

No dia 1 de Outubro de 2019 iremos receber a escritora brasileira Conceição Evaristo no Pendão em Movimento, em Queluz, das 15h às 18h para uma conversa, sessão de autógrafos e venda de livros.

A autora tem desenvolvido um trabalho literário muito relevante desde romances, poesias e ensaios com um foco na afirmação da subjectividade da mulher negra na sociedade brasileira, contrariando os estereótipos e as narrativas dominantes, e aproveitamos a sua presença em Portugal para organizar um encontro em torno do seu trabalho, cruzando questões comuns (como raça, género, classe, sexualidade, religião, nacionalidade, etc.) das lutas sociais no Brasil e Portugal.

Este evento está a ser organizado de forma informal por diferentes pessoas e colectivos associados aos movimentos negros em Portugal, e convida outras pessoas e colectivos a fazerem parte, seja através da comparência no evento, da divulgação ou do apoio financeiro necessário para assegurar um pro-labore para a convidada, que participa neste evento a custo zero.

Como organizamos este encontro de forma horizontal e sem ajudas financeiras institucionais, solicitamos a tod@s amig@s e companheir@s de luta uma doação monetária, totalmente voluntária e sem valor estabelecido, até ao dia 30 de Setembro para a conta indicada de seguida:

Femafro – Associação de Mulheres Negras, Africanas e Afrodescendentes de Portugal

NIB: 0033 0000 4550 1825 3520 5

IBAN: PT50 0033 0000 4550 1825 3520 5

Mais info sobre a escritora Conceição Evaristo:

http://www.letras.ufmg.br/literafro/autoras/188-conceicao-evaristo

Evento no Facebook:

https://www.facebook.com/events/2007387236028118/

Colectivos associados (em actualização):

Afrolis

Femafro - Associação de Mulheres Negras, Africanas e Afrodescendentes de Portugal

INMUNE - Instituto da Mulher Negra em Portugal

Leve-leve colectivo

NARP - Núcleo Anti-Racista do Porto

Nêga Filmes

Pantalassa

BUALA

24.09.2019 | por martalanca | Conceição Evaristo

Equipa Doclisboa em solidariedade com o Cinema Brasileiro

A equipa do Doclisboa assiste, chocada e com um sentimento de revolta, aos ataques feitos pelo governo do Brasil aos realizadores nesse país, aos nossos colegas e a todo o cinema independente brasileiro.

Na sequência de casos de censura, do anúncio de um ciclo de cinema militar na Cinemateca, e de cortes inexplicáveis à Ancine, o progressivo desmantelamento desta agência continua, agora suspendendo os apoios atribuídos aos realizadores com filmes programados em festivais internacionais. Esta medida visa evidentemente silenciar os realizadores, criando dificuldades à sua presença em contextos internacionais.

O Último Sonho, de Alberto ÁlvaresO Último Sonho, de Alberto ÁlvaresChão, de Camila FreitasChão, de Camila Freitas

É evidente um programa de eliminação da diversidade e da liberdade, visando uma arte que é, pela sua natureza, popular e democrática: o cinema. No Brasil, uma ditadura está em vias de se instalar - vários princípios do estado de direito têm sido descaradamente violados. Não é possível ser-se neutro perante isto.

Deste modo, o Doclisboa declara o seu repúdio a estas acções do governo, declara o seu apoio a todos os colegas brasileiros, e anuncia uma programação urgente que permitirá debater, pensar e contar armas para uma resistência activa contra o desmantelamento da democracia no Brasil. 

Apresentaremos, no contexto de um programa em torno de Eduardo Coutinho e em parceria com a Nitrato Filmes, o incontornável Cabra Marcado Para Morrer, que transporta a memória das lutas campesinas, mas também a memória do golpe de 64 e da subsequente ditadura; Últimas Conversas, o filme póstumo terminado pela sua montadora Jordana Berg, em que Coutinho conversa com alunos da rede pública de escolas do Rio de Janeiro, mas acaba por se confessar, também ele para a câmara; e Banquete Coutinho, de Josafá Veloso, que parte de uma entrevista ao realizador realizada em 2012, e numa série de arquivos da sua obra, para pensar a importância de Coutinho hoje, a sua memória como resistência necessária.

Apresentaremos também o filme Chico: Artista Brasileiro, de Miguel Faria Jr.: um filme que retrata a vida e obra do grande músico e escritor, e que foi retirado de uma mostra no Uruguai por indicação de representantes do Governo Brasileiro no país. 

Relembramos ainda que, como havíamos já anunciado, apresentaremos Chão, de Camila Freitas, um pungente retrato da luta do Movimento Sem Terra, que estreou na Berlinale, tal como apresentaremos a Estreia Internacional de O Último Sonho, de Alberto Álvares: uma invocação da memória do líder Guarani Wera Mirim.

Com estes filmes queremos relembrar a força do cinema brasileiro, não só na história como hoje, queremos partilhar este momento de dificuldade com todos os que querem resistir, e queremos dizer ao Governo do Brasil que amanhã vai ser outro dia - um dia construído pelos que respeitam os valores democráticos e a liberdade.

Banquete Coutinho, de Josafá VelosoBanquete Coutinho, de Josafá Veloso

 

21.09.2019 | por martalanca | cinema brasileiro, DocLisboa

Artes na Europa no Tempo da Pós-Memória: Debate, Performance, Cinema

de Francisco Vidalde Francisco Vidal

O projeto MEMOIRS do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra tem o prazer de a/o convidar para o evento Artes na Europa no Tempo da Pós-Memória: Debate, Performance, Cinema, integrado no Ciclo Memórias Coloniais, organizado pela Culturgest.

Qual o impacto da transferência de memórias do fim do colonialismo na Europa atual? Como se manifestam estas memórias em termos sociais, culturais e artísticos?

3 de outubro 18h30 - 20h00 | Pequeno Auditório | Culturgest (Lisboa)

O músico e slammer belga-congolês Pitcho, a cineasta franco-argelina Fatima Sissani e a escritora portuguesa Dulce Maria Cardoso refletem sobre as mudanças culturais protagonizadas pelas gerações seguintes em Portugal, na Bélgica e em França, a partir das suas experiências artísticas. Após o debate, Pitcho apresenta a performance L’expérience Pi.

Moderação do debate: Margarida Calafate Ribeiro.

[Entrada livre sujeita a prévio levantamento de bilhete. Sessões com tradução simultânea.]
mais informação 

21h30 | Grande Auditório | Culturgest (Lisboa)

Projeção do documentário La langue de Zahra (A língua de Zahra) de Fatima Sissani. 

O documentário La langue de Zahra foi apresentado em mais de duas dezenas de festivais e ganhou diversos prémios. Será exibido pela primeira vez em Portugal no programa Culturgest-Memoirs.

[Entrada livre sujeita 

21.09.2019 | por martalanca | memoirs, pós-memória

Documentário 'Guiné-Bissau: da Memória ao Futuro', de Diana Andringa,

A estreia do documentário Guiné-Bissau: Da Memória ao Futuro, está agendada para 24 de setembro, às 21h00 (hora de Lisboa, GMT+1), na RTP África. Realizado por Diana Andringa, produzido pela Garden Films e pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, no âmbito do projeto CROME - Memórias Cruzadas, Políticas do Silêncio. As Guerras Coloniais e de Libertação em Tempos Pós-coloniais, este filme é testemunha das esperanças e dos bloqueios que foram construindo a Guiné-Bissau ao longo de mais de quatro décadas.

Filmado integralmente na Guiné-Bissau, em setembro de 2018, quando se celebravam os 45 anos da independência, o documentário regista os testemunhos de um conjunto de académicos de várias nacionalidades, membros da sociedade civil guineense, artistas e combatentes da luta de libertação nacional que refletem e debatem as memórias e os legados desse passado.

Guiné-Bissau: Da Memória ao Futuro percorre uma ampla viagem reflexiva sobre a imaginação e a construção da Guiné independente, mostrando-nos, também, como a memória pode servir de instrumento à geração do presente para a construção do futuro.

Horários da exibição na RTP África:

Lisboa: 21h / Bissau: 20h / Praia: 19h / Luanda: 21h / S. Tomé: 20h / Maputo: 22h

Sinopse: A 24 de setembro de 1973, poucos meses depois do assassinato do seu líder histórico, Amílcar Cabral, o PAIGC-Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde declarava unilateralmente a independência da Guiné-Bissau. Era o corolário de uma longa luta contra o colonialismo e mais um passo dado no caminho que haveria de levar ao 25 de Abril em Portugal. O país tornou-se politicamente independente e passou por variadas vicissitudes ao longo de praticamente cinco décadas. Em 2018, um conjunto de académicos, membros da sociedade civil e combatentes guineenses encontraram-se com académicos portugueses e de outras nacionalidades no âmbito de um colóquio coorganizado pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES-UC), através do projeto CROME, pelo Centro de Estudos Sociais Amílcar Cabral (CESAC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (INEP). Realizado por Diana Andringa, este documentário toma esse encontro como um pretexto para uma mais ampla viagem reflexiva sobre as esperanças e os bloqueios que foram construindo a Guiné independente. E mostra-nos também como a memória pode ser um inesperado instrumento para imaginar outro futuro.

 

Ficha Técnica:
Documentário / 60 minutos / Portugal – 2019Realização: Diana AndringaGuião: Diana Andringa e Miguel CardinaProdução: Garden Films e CES-UC

Diana Andringa (dianaandringa@ces.uc.pt)
Miguel Cardina (miguelcardina@ces.uc.pt)

19.09.2019 | por martalanca | Diana Andringa, Guiné Bissau

LÍNGUA FRANCA performances de Vanessa Fernandes e Ivo Reis I Alexandre Diaphra

Para além do BAILE BREGA, a contribuição de Rogério Nuno Costa para o GTM - Gaia todo um mundo (Fórum Internacional de Gaia) estendeu-se à criação de um laboratório experimental de interseção entre as artes visuais, a literatura, a performance e os estudos pós-coloniais. Intitulado LÍNGUA FRANCA, o projeto propõe a criação e a apresentação de duas performances, em regime de encomenda, da autoria de dois artistas Portugueses afro-descendentes (Vanessa Fernandes, dia 18, e AF Diaphra, dia 19) cujas práticas artísticas se desenvolvem em torno da relação da performance com o corpo e a palavra. O laboratório propõe questionar as políticas de visibilidade, os lugares de fala, a memória colonial, o feminismo, as políticas da memória, a história biopolítica e o papel preponderante da Língua na construção de hegemonias colonialistas. As duas performances convocam leituras anti-colonialistas, anti-racistas, anti-sexistas e anti-classistas, ao mesmo tempo revelando a forma como essas questões estão a ser trabalhadas por artistas negros em Portugal. Ambas as peças serão apresentadas na Sala Jorge de Sena da Biblioteca Municipal de Gaia, seguidas de conversa moderada por Marta Lança, investigadora do Buala.
#línguafranca #figaia2019

Chumbo e Algodão, apresentado por Espetro Visível de Vanessa Fernandes e Ivo Reis (@Capitão Igo)

QUARTA, 18 de setembro I SALA JORGE DE SENA, BIBLIOTECA MUNICIPAL DE GAIA |  19H00 I 2’

Uma performance que recorre à dança, à arte digital e à ideia de uma teia formada por estes dois materiais para tecer uma narrativa fragmentada da história de um corpo inventado, um híbrido transladado entre viagens, dissecado, plurilinguístico e transcultural que se reivindica universal e intemporal.

Alexandre Diaphra foto de Tiago MayaAlexandre Diaphra foto de Tiago Maya

Caixa Preta #GoDTM performance audiovisual de AF Diaphra. Nasce de um tema chamado Negreiro Espacial cuja premissa é “assim como a luz a verdade também encadeia. vê-te livre.” Caixa Preta é o blueprint deste tema/texto e disseca o que está a ser dito no Negreiro Espacial. O Negreiro despenhou-se e foi encontrada uma Caixa Preta que nos dá acesso aos dados. A intenção é a de inspirar as pessoas a experimentarem outras dimensões de si mesmas, elevarem-se acima do lodo dos ismos e dos conceitos e procurarem algo fora deste lugar onde nos encontramos, que diga algo mais sobre nós. Cada vez mais é as pessoas estão apaixonadas pelas lutas sem nunca se terem confrontado consigo mesmas profundamente. As lutas vêm cada vez mais de um lugar de crenças e querenças histórias que nos foram contadas ou de crenças compradas, e não de saberes. São uma forma de consumismo, todos queremos “a minha agenda”, como na primária. Não temos senso de autoridade e damos autoridade a quem não tem senso de si nem de nós, não somos humildes e acusamos o ego. Uma serie de contradições. Há muita coisa que sinto estar ao contrário do que pensamos e gostava que tomássemos um tempo a ponderar algumas coisas de outros ângulos. A dura batalha em saber afinal quem somos nós. 

Alexandre Francisco Diaphra é um reconhecido beatmaker, MC e artista multimédia Português, com ascendência angolana e guineense. O seu trabalho pluridisciplinar mistura os ritmos da África Ocidental com a poesia, o jazz e o hip hop, em performances psicadélicas que misturam a palavra dita, rap’ada e cantada. A partir do projeto de performances interativas intitulado #FolhasBrancas, AF Diaphra criou um trabalho inédito propositadamente para o FIGaia.

QUARTA, 19 de setembro I SALA JORGE DE SENA, BIBLIOTECA MUNICIPAL DE GAIA |  19H00 I 2’

 

18.09.2019 | por martalanca | Alexandre Diaphra, FiGaia, Língua Franca, Vanessa Fernandes

A ilusão do desenvolvimento. Cahora Bassa e a história de Moçambique | Pré-venda

18.09.2019 | por martalanca | Cahora Bassa

Memórias partilhadas - II Congresso da EASTAP

O II Congresso da EASTAP - European Association for the Study of Theatre and Performance, organizado pelo Centro de Estudos de Teatro e pelo Teatro Nacional D. Maria II, vai reunir artistas, agentes teatrais e investigadores à volta do tema Memória(s) partilhada(s): criação, investigação e política na cena europeia contemporânea. Convocando as áreas dos estudos artísticos, estudos visuais, ciências cognitivas, ciências sociais e estudos literários, o programa oferece uma perspectiva interdisciplinar sobre o tema proposto.Para pensar a questão da memória nos processos de criação e na investigação teatral, o debate será protagonizado por artistas, que terão a seu cargo palestras-performances, conferências e oficinas, a par de apresentações de comunicações e mesas redondas por investigadores, programadores e directores artísticos europeus. Shermin Langhoff, encenadora e directora do Maxim Gorki Theater (Berlim), é a artista associada do congresso. O evento, a ter lugar na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e no Teatro Nacional D. Maria II entre 23 e 25 de Setembro, contará com a presença de vários artistas de renome como Caroline Guiela Nguyen, David Geselson, Joana Craveiro, Mohammed Al Khatib, Raquel André e Sara Barros Leitão. O programa do congresso pode ser descarregado aqui.

11.09.2019 | por martalanca | EASTAP, memórias, teatro

Despertar na Roça, por Eduardo Waack e Leandro Taques 437 visualizações

“Escrito num momento de bastante tensão, “Despertar na Roça” retrata o cotidiano de lutas pela sobrevivência e posse da terra por agricultores empobrecidos e abandonados pelo poder público, vítimas dos desmandos dos poderosos e que sem desanimar insistem em alcançar seu ideal. Esta gravação conta com as imagens do fotógrafo Leandro Taques — mostram seres humanos que nada possuem a não ser a esperança de mudança e acreditam num mundo melhor. Viviane Lopes, Nayara Carolina Vinzinzotto, Maria Domingas Francischini e Vilma Caretta integram o coro feminino de abertura. Filmado por Valéria Chiozzini, a edição coube a Willian Calera.”

07.09.2019 | por martalanca | Roça