Aline Frazão, concertos Lisboa, Porto e Coimbra

Aline Frazão regressa a Portugal para uma temporada de concertos de Outono, com a estreia do seu novo espectáculo “Insular”.
Após a apresentação do seu novo disco no início do ano em Portugal, e da tour internacional, Aline Frazão volta aos palcos nacionais para partilhar a poesia da sua mensagem, capaz de construir pontes entre a urgência da acção e a serenidade do isolamento, e uma linguagem musical que, ao terceiro disco, integra a vertente eléctrica na sua costumeira toada acústica.
Os concertos trarão os temas do tão aclamado novo disco, que contou com a produção de Giles Perring e a participação de Pedro Geraldes (Linda Martini), não esquecendo os trabalhos anteriores “Movimento” (2013) e “Clave Bantu” (2011).

11.10.2016 | por martalanca | Aline Frazão, música

Exposição e lançamento de publicação | coisas de lá / aqui já está sumindo eu

Por Ana Gandum e Daniela Rodrigues com Grupo Tradução e Arquitectura

6 de Outubro de 2016 às 19:00

Abertura da exposição, lançamento da publicação e conversa com curador Leno Veras

SARACVRA, Rio de Janeiro | #8 Monográfica

Rua Sacadura Cabral, 219, Saúde, Rio de Janeiro - Brasil

coisas de lá / aqui já está sumindo eu parte de duas investigações académicas distintas em curso, com um universo de pesquisa comum: a circulação de coisas [objectos e fotografias] no contexto transnacional de migrações portuguesas para o Brasil. Propõe uma publicação e uma instalação visual.

Da publicação: A publicação explora o conceito de catálogo como elemento compósito, documental e classificatório das coisas em análise: objectos que circulam actualmente nas malas de portugueses em trânsito entre Portugal e o Brasil / souvenirs fotográficos na trama de correspondência entre os dois países até inícios da década de 1970. A publicação lançada no dia 6 de Outubro de 2016 reflecte um processo de acumulação de materiais a ser concluído em Dezembro de 2017. Qual fichário em aberto, prevê o encarte de textos adicionais e a integração contínua de novos itens em fichas catalográficas.

Da instalação: Na instalação presente de 6 a 8 de Outubro na #8 Monográfica, reúnem-se objectos pessoais trazidos de Portugal para o Brasil, diários de campo, diapositivos, narrativas e impressões fotográficas. Partindo do caos das coisas no seu contexto de pesquisa, testamos um desdobramento das imagens e um deslocamento dos objectos para dar a ver o potencial luminoso e solitário do fragmento: fragmento-imagem, fragmento-testemunho, fragmento-objecto.


Ana Gandum (FCSH-UNL – Doutoramento em Estudos Artísticos ; ECO – UFRJ) e Daniela Rodrigues (CRIA – Centro em Rede de Investigação em Antropologia – Doutoramento em Políticas e Imagens da Cultura e da Museologia; Núcleo de Estudos Ritual, Etnografia e Sociabilidades Urbanas, IFICS-UFRJ) com grupo de pesquisa Tradução e Arquitetura (Adriano Mattos, Ana Cecília Souza, André Victor, Jessica de Castro, Pedro Mameluque e Rita Davis)

Contactos para mais informações:

Ana Gandum: anagandum@gmail.com | +55 (21) 987263545 | whatsapp: +351 91 6059729

Daniela Rodrigues: m.daniela.r@gmail.com | +55 (21) 983501834

03.10.2016 | por marianapinho | coisas de lá/aqui já estou sumindo eu

Exposição [Co] Habitar

“(Co)Habitar” reúne um conjunto de obras das artistas Lia Chaia e Andrea Brandão que exploram o espaço habitável em diferentes vertentes. Se, por um lado, as artistas foram convidadas, através do seu trabalho, a conviver temporariamente num mesmo espaço expositivo, por outro lado, as suas trajetórias de criação levaram-nas a cruzar e a habitar lugares reais ou imaginários que, com a sua carga histórica, cultural e política, alimentam de diferentes formas as suas prátivas.

Em diálogo com o núcleo expositivo principal, que inclui um conjunto de obras, algumas de site specific, criadas especialmente para este evento, serão apresentados vídeos de Daniel Barroca, Eurídice Kala, Cinthia Marcelle e Carolina Saquel, e performances de Joana Bastos, Lia Chaia e Eurídice Kala.

Com curadoria de Filomena Serra, Giulia Lamoni e Margarida Brito Alves, esta iniciativa, que coincide com a inauguração da nova sede da Casa da América Latina e UCCLA – União de Cidades Capitais de Língua Portuguesa, estará patente até janeiro de 2017, contando com um programa alargado de visitas guiadas, performances e conferências.´

 

21.09.2016 | por marianapinho | Casa da América Latina, UCCLA – União de Cidades Capitais de Língua Portuguesa, [CO]Habitar

Exposição Crosswords

Exposição Crosswords, que exibe obras de Alfredo Jaar, Augusto de Campos, Detanico e Lain, Fernanda Fragateiro, Kiluanji Kia Henda, León Ferrari, Milumbe Haimbe, Paulo Nazareth, Reynier Leyva Novo, Zineb Sedira. A curadoria é de Gabriela Salgado. NHangar, Centro de Investigação Artística, Lisboa

A thousand and One Times Revolution, 2011 Reynier Leyva Novo Book containing the word Revolution, printed 239 940 times on 1000 pages, with the same typography, spacing and interlining. Monument on pages Edition of 5 and 2APA thousand and One Times Revolution, 2011 Reynier Leyva Novo Book containing the word Revolution, printed 239 940 times on 1000 pages, with the same typography, spacing and interlining. Monument on pages Edition of 5 and 2AP
Tanto encruzilhadas como palavras cruzadas são formas de encontro: facilitam fusões entre pessoas e palavras gerando assim novos significados através da sua colisão. No tradicional jogo de palavras cruzadas, a amálgama das palavras cria possibilidades e conotações que enriquecem e transformam a língua ao gerar associações inesperadas. De maneira similar, as imagens e as palavras têm-se combinado nos trabalhos de artistas visuais e escritores ao longo da história.

A exposição Palavras Cruzadas abrange períodos diversos de produção artística com a inclusão de figuras históricas como León Ferrari e Augusto de Campos bem como artistas jovens em plena actividade que trabalham em África, América Latina e Europa.

 

21.09.2016 | por marianapinho | Alfredo Jaar, Augusto de Campos, Crosswords, Detanico e Lain, Fernanda Fragateiro, Gabriela Salgado., HANGAR, kiluanji kia henda, León Ferrari, Milumbe Haimbe, Paulo Nazareth, Reynier Leyva Novo, Zineb Sedira

Non Film in Three Acts and a Prelude e Fatucha Superstar a encerrar o ciclo de cinema no terraço do Festival Rama em Flor

No último dia de Cinema no Terraço do Festival Comunitário Feminista queer Rama Em Flor, publicamos o Manifesto “WE WANT NO FUCKING ONE FOR FRESIDENT”, escrito e adaptado por Pedro Marum (originalmente apresentado numa performance homónima do colectivo artístico Rabbit Hole e publicado na Zine do Rama em Flor).

Aqui fica a programação de hoje, na Galeria Zé dos Bois:

QUINTA, 15 DE SETEMBRO

18h30 ÀS 20h30

AMORES E PRAZERES PARA ALÉM DA NORMA c/ Carmo Gê Pereira, Daniel Cardoso, Inês Rolo Martins e Rita Alcaire

Uma discussão sobre as formas de definir poliamor e outras não-monogamias consensuais, identificando a forma como vivemos numa sociedade mononormativa, e como isso interfere nas vidas afectivas e emocionais das pessoas. A partir de uma perspectiva feminista, inclusiva e crítica, pretendese reflectir sobre como os pressupostos monogâmicos fazem parte da sociedade. Tendo como ponto de partida o relato de experiências pessoais, serão abordadas vivências poliamorosas de todos os dias e os seus cruzamentos com feminismos, identidades lésbicas e activismos.

Carmo Gê Pereira (1982, Trás-os-Montes / Portugal) é mais um projecto que uma pessoa. Um one-personshow sediado na Carmo e crescido com a colaboração de muitos. Educação sexual Sex-Positive para adultos, uma cultura de aceitação e auto-determinação com enfoque num Cidadania Íntima e relacional e Feminismo Interseccional. Tudo princípios para uma plataforma que se desdobra em investigação independente, escrita, aconselhamento sexual, workshops, formações e uma sex-shop. 

Daniel Cardoso (1986, Lisboa / Portugal) Doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa, e Professor Assistente na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. É feminista e activista, membro do grupo PolyPortugal, e procura conciliar investigação, ensino e activismo por direitos humanos e sexuais. 

Inês Rolo Martins (1988, Lisboa / Portugal) Poliamorosa, lésbica queer, feminista e activista pelos direitos LGBTQIA e Poly.

Rita Alcaire (1979, Coimbra / Portugal) Antropóloga, documentarista e activista. Membro da não te prives – Grupo de Defesa dos Direitos Sexuais. Doutoranda em Human Rights in Contemporary Societies e Mestra em Psiquiatria Cultural. Tem como temas de eleição identidade(s), sexualidade(s) e popular culture . O seu percurso profissional e académico tem sido uma resposta às diversas inquietações que lhe têm surgido em torno dessas áreas de interesse, a que se junta o vídeo como uma das formas privilegiadas de as trabalhar. Está neste momento a desenvolver, para o seu doutoramento, um projecto colaborativo de investigação-acção no âmbito da cidadania íntima e dos direitos sexuais intitulado The Assexual Revolution: discussing asexuality through the lens of human rights.

[Entrada livre para as conferências]

22h


NON FILM IN THREE ACTS AND A PRELUDE de Rita Macedo (Portugal/Alemanha, Experimental, 2010, 12’)

Como pode um filme ser um não-filme? Filmado inteiramente em Super 8, ‘Non-Film in three acts and a prelude’ é uma viagem absurda conduzida por um corpo sem cabeça, duas personagens invisíveis que contam pedras como corpos, uma realizadora abafada pelo seu próprio filme e duas virgens marias solitárias.

FATUCHA SUPERSTAR de João Paulo Ferreira (Portugal, Ficção, 1976, 43’)

Embora a sua obra tenha acabado por focar muito mais fortemente questões políticas e sociais, João Paulo Ferreira realizou esta obra singular, ‘Fatucha Superstar’, num registo musical inspirado no Jesus ‘Christ Superstar’, de Andrew Lloyd Webber. Com a revolução ainda quente, Ferreira desconstrói aquele que foi um dos grandes alicerces do Estado Novo: as aparições de Nossa Senhora de Fátima. Se por um lado, ‘Fatucha Superstar’ é fiel à estética hippie do musical de Webber – e a uma geração portuguesa da altura –, já Fátima, ou Fatucha, é um sofisticado travesti que surge aos três pastorinhos de óculos escuros e descapotável.

Entrada: 2€ por sessão | Bilhetes disponíveis na Tabacaria Martins e ZDB (em dias com programação)

* Uma programação Rabbit Hole em colaboração com a ZDB

Com o apoio Centro Documentação e Arquivo Feminista Elina Guimarãe

A seguir à última sessão de cinema haverá a festa Barghain 3.0 , no Fontória, organizada pelos Rabbit Hole.

15.09.2016 | por marianapinho | Rabbit Hole, RAMA EM FLOR, zdb

Estreia Nacional de Zululuzu

15 a 25 SET no Teatro S. Luiz

De Pedro Zegre Penim, José Maria Vieira Mendes e André e. Teodósio - Teatro Praga

Este espetáculo faz uso de um episódio relativamente obscuro da vida de Fernando Pessoa: a sua chegada a Durban, África do Sul, em 1896, cidade onde passou os primeiros anos da vida. ZULULUZU é o neologismo que enquadra esta passagem, dando voz a dois lugares-comuns: uma ideia de Portugal e uma ideia da África do Sul. 

O Teatro Praga tira partido da cooperação entre estes dois clichês culturais para atacar uma instituição teatral, a caixa preta.

Texto e direção: Pedro Zegre Penim, José Maria Vieira Mendes e André e. Teodósio; Interpretação: André e. Teodósio, Cláudia Jardim, Diogo Bento, Jenny Larrue, Joana Barrios, Maryne Lanaro, Gonçalo Pereira Valves, Pedro Zegre Penim; Cenografia: João Pedro Vale & Nuno Alexandre Ferreira; Figurinos: Joana Barrios; Mestre costureira: Rosário Balbi; Música original: Xinobi; Luz: Daniel Worm d’Assumpção; Som: Sérgio Henriques; Produção Teatro Praga: Bruno Reis; Produção executiva: Sara Garrinhas; Comunicação Teatro Praga: Clara Antunes
Coprodução: Teatro Praga, São Luiz Teatro Municipal (Lisboa), Théâtre de la Ville (Paris), ÍKSV - Ístanbul Tiyatro Festivali (Istambul), Teatro Municipal do Porto - Rivoli (Porto), Casa Fernando Pessoa (Lisboa), Institut Français du Portugal
Apoio estreia Istambul: Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, Embaixada de Portugal na Turquia
Residência artística: O Espaço do Tempo / Cineteatro Curvo Semedo
Apoio: Pólo Cultural das Gaivotas Boavista
[Conversa com a equipa artística: quarta, 21 setembro após o espetáculo]

Espetáculo falado em Português, Zulu, Inglês, Francês, Alemão e Castelhano; Legendado em Português 
Duração: 75min [sem intervalo]

14.09.2016 | por marianapinho | Teatro Praga, ZULULUZU

Arte para a mudança: a expriência do Freedom Theatre na Palestina com Nabil Alraee (Diretor Artístico do The Freedom Theatre) e Micaela Miranda (Diretora do The Freedom Theatre)

Programação: Hugo Cruz

quinta, 15 setembro 2016 às 19h30 | conversa com tradução simultânea

No âmbito da semana Arte pela Liberdade Portugal/Palestina Micaela Miranda e Nabil Alraee partilham o trabalho desenvolvido no sentido da Resistência Cultural, fazendo uso da transformação pessoal como ferramenta política para a mudança social.

O Freedom Theatre é um teatro, companhia e escola profissional estabelecida no campo de refugiados de Jenin, nos territórios ocupados do West Bank na Palestina. Com a forte crença de que as artes podem fazer a diferença no mundo, a equipa do Freedom Theatre trabalha arduamente para promover a transformação pessoal como ato político, partindo do indivíduo para o mundo, criando sobre os profundos problemas sociais de um povo sob ocupação, levando o teatro aos mais reconditos e oprimidos cantos de uma geografia ocupada.

Esta conversa enquadra-se na iniciativa “Quintas Nómadas” que a partir de Outubro se irão realizar nas primeiras 5ª feiras de cada mês no MIRA dedicadas às artes performativas com a programação de Hugo Cruz. 

BIOGRAFIAS

Micaela Miranda

Micaela Miranda, natural de Santa Maria da Feira, estudou Interpretação na Escola Profissional da Academia Contemporânea do Espetáculo no Porto e Análise do Movimento – Teatro Físico na  École Internationale Jacques Lecoq em Paris. Antes de se juntar ao Freedom Theatre em 2008 encenou, interpretou e produziu várias criações na Irlanda, França, Itália e Brasil.

Quando se juntou ao The Freedom Theatre em 2008, foi com a intenção de apoiar o estabelecimento da primeira Escola Profissional de Teatro nos Territórios Ocupados da Palestina, no Campo de Refugiados de Jenin. Desde 2009, Micaela assumiu a responsabilidade de desenvolver o currículo original desta escola com uma pedagogia única assim como a pesquisa deste teatro na procura de uma linguagem universal através da arte.

Uma das peças que o Freedom Theatre vai trazer a Portugal é “Mraoh 3la Flsteen” (traduzindo-se como “Regresso à Palestina”): criada no contexto de uma pesquisa e recolha de histórias através de uma forma de teatro interativo Playback Theatre – em que os atores trabalham diretamente com o público, ouvindo as suas histórias e logo a seguir representando-as em improviso - com as comunidades que fazem parte da Freedom Ride – iniciativa itinerante do Freedom Bus que viaja de comunidade em comunidade, partilhando histórias por entre os membros das comunidades e entre comunidades como forma de resistir a dureza que é viver sob a ocupação israelita na Palestina. Esta peça reúne histórias reais contadas por habitantes do Campo de refugiados de Jenin, Fasayel, Campo de Refugiados de Dheisha, Mufaqara e Shujaya (Gaza).

Nabil Alraee

Nabil Alraee, nascido no campo de refugiados de Alaroub, no sul dos Territórios Ocupados da Cisjordania, numa família descendente de Ayrak Almachea, atualmente Ramat Gan (Sul de Tel Avive), desobedeceu ao recolher obrigatório na segunda Intifada para estudar teatro em Hebron na escola profissional Theatre Day Productions, atualmente baseada em Gaza. Músico, Ator, Encenador e Escritor, junta-se ao Freedom Theatre em 2007, começando a construir por entre os escombros do massacre de Jenin em 2002, um teatro para e com jovens, um espaço seguro para se brincar, criar, expressar-se.

Desde que se juntou ao The Freedom Theatre em 2007, o trabalho de Nabil no Freedom Theatre tem sido de encenar, ensinar na escolar profissional e assistir Juliano Mer-Khamis na direção artística do teatro. Em 2011,  após o assassinato de Juliano, Nabil assumiu a responsabilidade pela direção artística do teatro.

No seu trabalho com jovens e adultos, Nabil tem vindo a desenvolver uma pedagogia de criação de Teatro sob Ocupação sobre o qual da palestras e já participou em conferencias em Nova Iorque, Washington, Londres, Geneve, Belém e Jenin.

Hugo Cruz

Programador cultural, professor na Escola Superior de Música, Artes e Espetáculo - Porto, cofundador da PELE, investigador do Instituto de Estudos de Literatura Tradicional – Universidade Nova de Lisboa. Criador de diversos espetáculos apresentados no âmbito do Festival Imaginarius, FITEI, Manobras, Capital Europeia da Cultura 2012, TNSJ, Casa da Música, TNDMII, Teatro São Luiz, entre outros. Foi Diretor Artístico do Imaginarius - Festival Internacional de Teatro de Rua de Santa Maria da Feira. Consultor Artístico no âmbito da programação de rua do Festival de Teatro de Almada, curador da Mostra de Criação Contemporânea Portuguesa (Brasil) e no Festlip (Rio de Janeiro). Consultor no âmbito do Programa de Desenvolvimento Humano - Fundação Calouste Gulbenkian. Leciona com frequência em diversas instituições nacionais e estrangeiras e publica no âmbito das Práticas Artísticas Comunitárias. Coordenador do livro “Arte e Comunidade” editado pela Fundação Calouste Gulbenkian.

13.09.2016 | por marianapinho | rte para a mudança: a expriência do Freedom Theatre na Palestina com Nabil Alraee (Diretor Artístico do The Freedom Theatre) e Micaela Miranda (Diretora do The Freedom Theatre)

Rama em Flor / Festival Comunitário Feminista Queer / 7-17 Setembro

A Maternidade e a Galeria Zé dos Bois apresentam em conjunto com as Damas, a Rabbit Hole, a Rua das Gaivotas 6 e o Lounge a primeira edição do RAMA EM FLOR, de 7 a 17 de Setembro, em Lisboa.

O Rama em Flor é um festival que se compromete a celebrar o feminismo e a cultura queer, através de uma programação transdisciplinar, heterogénea e inclusiva. A sua primeira edição inclui concertos e DJ sets, conversas, um ciclo de cinema, uma exposição, uma fanzine e workshops. 

O RAMA EM FLOR assume-se como um herdeiro do Ladyfest, um festival comunitário que nasceu em 2000 a partir do movimento riot grrrl e que desde então é organizado independentemente em inúmeros países. Dando voz a artistas, investigadorxs e activistas locais e internacionais, procura-se criar espaços de encontro e debate, aumentar a representatividade feminina e trans, incitar a consciência política, a actividade cívica e estimular a liberdade das identidades e expressões de género. 

CINEMA NO TERRAÇO | GALERIA ZÉ DOS BOIS

7, 8, 11, 13 e 15 de Setembro às 22h

No âmbito do primeiro RAMA EM FLOR, a ZDB acolhe uma programação de cinema que questiona e reflecte sobre as questões de género ao longo da história no cinema português. A partir de diferentes registos - documental, ficcional ou experimental – apresenta uma série de filmes que contextualizam e mapeiam as diferentes formulações e lutas feministas ao longo do tempo em Portugal.

QUARTA, 7 DE SETEMBRO ÀS 22h

O CASO SOGANTAL de Cinequipa (Portugal, Documentário, 1975, 45’)

‘O Caso Sogantal’ é um trabalho da Cinequipa, que acompanha o processo de luta das 48 operárias que laboram numa fábrica de confecções situada nos arredores do Montijo. O encerramento é a resposta da administração às suas reivindicações por direitos básicos como o salário mínimo, um mês de férias, respectivo subsídio e décimo terceiro mês.

QUINTA, 8 DE SETEMBRO ÀS 22h

HISTÓRIA TRÁGICA COM FINAL FELIZ de Regina Pessoa (Portugal/Canadá/França, Animação, 2005, 8’)

Há pessoas que, contra a sua vontade, são diferentes. Tudo o que desejam é serem iguais aos outros, misturarem-se deliciosamente na multidão. Há quem passe o resto da sua vida lutando para conseguir isso, negando ou tentando abafar essa diferença. Outros assumem-na e dessa forma elevam-se, conseguindo assim um lugar junto dos outros…no coração.

RHOMA ACANS de Leonor Teles (Portugal, Documentário, 2012, 12’)

A história de família de um pai cigano e de uma mãe não cigana serve de inspiração à realizadora para ir à procura do que a sua vida teria sido se o pai, inspirado pela sua própria mãe, não tivesse quebrado a tradição onde nasceu. Neste percurso encontramos a jovem Joaquina, inserida na comunidade cigana que serve de referência à realizadora na sua auto-descoberta.

ENTRETANTO de Miguel Gomes (Portugal, Ficção, 1999, 25’)

Pais e professores ausentaram-se. Entretanto, dois rapazes e uma rapariga formam um trio amoroso. Equilíbrio instável, o trio está demasiado próximo do triângulo. ‘Entretanto’ é o tempo da suspensão. Dos gestos, da comunicação, da linguagem. A impotência resulta da falta de consciência para estruturar os sentimentos e de uma linguagem que permita comunicá-los.

LÚCIA E CONCEIÇÃO de Cinequipa (Portugal, Documentário, 1974, 26’)

‘Lúcia e Conceição’ aborda a vida de duas raparigas da aldeia da Maia, nos Açores. Um documento fascinante sobre um Portugal onde ainda não tinha chegado a revolução. Lúcia e Conceição não leram Lenine e não defendem os ideais do PREC. São imagens produzidas para a RTP a partir de um lugar onde a televisão ainda não tinha chegado.

DOMINGO, 11 DE SETEMBRO ÀS 22h

O ABORTO NÃO É UM CRIME de Cinequipa (Portugal, Documentário, 1975, 45’)

‘Aborto não é um crime’ incide sobre esta questão, muito discutida logo após a revolução. Dada a polémica que lhe ficou associada, foi o projecto que determinou o fim da série televisiva ‘Nome-Mulher’ e os seus autores acabaram em tribunal, num julgamento onde um fotograma do filme foi usado como prova.

TERÇA, 13 DE SETEMBRO ÀS 22h

GISBERTA de Cláudia Varejão e Miguel Bonneville (Portugal, Videoclip, 2007, 4’)

‘Gisberta’ é o primeiro single (ou “solteiro” em português) a ser apresentado ao mundo, como um presságio para o álbum Skeleton a ser editado pela Schizzofrenik Records.

BOUDOIR de Joana Linda (Ficção, 2011, 8’)

Inspirado na mitologia da Boca do Inferno e nas práticas mágicas de Crowley, em ‘Boudoir’, uma mulher trancada no seu quarto realiza um ritual que, como em todos os rituais, tem as suas consequências.

EM CADA LAR PERFEITO, UM CORAÇÃO DESFEITO de Joana Linda (Portugal, Ensaio, 2013, 20’)

Se quando acaba, o amor se revela uma ilusão, a desilusão essa é sempre real. Um ensaio sobre o desamor em 7 segmentos inspirados nas 7 fases do amor tal como enunciadas por Stendhal.

L’ORIGINE de André Uerba (Portugal, Experimental, 2013, 14’)

Em ‘L’Origine’ constrói-se um questionamento pela origem das coisas, uma tentativa de ordenar a existência que se revela impossível.

PLEASE RELAX NOW de Vika Kirchenbauer (Alemanha, Experimental, 2014, 12’)

Este vai ser um evento memorável, orquestrado por mim para ti. Acredita em mim, nunca vais esquecer isto. Não é fantástico? Nunca esquecer, nunca lembrar… Com a tua cumplicidade, caro espectador, esta peça vai transformar-te. Deixa-me apenas orientar-te um pouco, no início!

QUINTA, 15 DE SETEMBRO ÀS 22h

NON FILM IN THREE ACTS AND A PRELUDE de Rita Macedo (Portugal/Alemanha, Experimental, 2010, 12’)

Como pode um filme ser um não-filme? Filmado inteiramente em Super 8, ‘Non-Film in three acts and a prelude’ é uma viagem absurda conduzida por um corpo sem cabeça, duas personagens invisíveis que contam pedras como corpos, uma realizadora abafada pelo seu próprio filme e duas virgens marias solitárias.

FATUCHA SUPERSTAR de João Paulo Ferreira (Portugal, Ficção, 1976, 43’)

Embora a sua obra tenha acabado por focar muito mais fortemente questões políticas e sociais, João Paulo Ferreira realizou esta obra singular, ‘Fatucha Superstar’, num registo musical inspirado no Jesus ‘Christ Superstar’, de Andrew Lloyd Webber. Com a revolução ainda quente, Ferreira desconstrói aquele que foi um dos grandes alicerces do Estado Novo: as aparições de Nossa Senhora de Fátima. Se por um lado, ‘Fatucha Superstar’ é fiel à estética hippie do musical de Webber – e a uma geração portuguesa da altura –, já Fátima, ou Fatucha, é um sofisticado travesti que surge aos três pastorinhos de óculos escuros e descapotável.


Entrada: 2€ por sessão | Bilhetes disponíveis na Tabacaria Martins e ZDB (em dias com programação)

* Uma programação Rabbit Hole em colaboração com a ZDB

Com o apoio Centro Documentação e Arquivo Feminista Elina Guimarãe

13.09.2016 | por marianapinho | #Rama em flor #Galeria Zé dos Bois #Festival Comunitário Feminista Queer

Lançamento do Jornal da Exposição "4 Fotógrafos de Moçambique"

6ª feira | 9 de Setembro | 18:30 / 20:00
Centro InterculturaCidade | Travessa do Convento de Jesus, 16 

Fotografias: Moira Forjaz, José Cabral, Luis Basto e Filipe Branquinho
Edição e texto: Alexandre Pomar, 2016
Design: Ilhas Studio / 36 pp / 35x26 cm / Distribuição :STET Quatro fotógrafos que representam outras tantas gerações da fotografia de Moçambique, desde a década de 1970 de Moira Forjaz, que fotografou a Ilha de Moçambique e os anos de Samora Machel, até à actualidade dos retratos urbanos a cores e de grande formato («Ocupações») de Filipe Branquinho, um dos jovens fotógrafos que têm alcançado carreira internacional e exposto com frequência em Portugal.
A exposição mostra a vitalidade da imagem fotográfica em Moçambique, que foi encontrando sempre diferentes caminhos documentais nos 40 anos de independência do país, para além da grande escola de fotojornalismo impulsionada pelo exemplo e pelo ensino de Ricardo Rangel, vindo dos tempos coloniais. Numa dinâmica de crescente afirmação da singularidade autoral, outros caminhos foram abertos pela rebeldia e a liberdade das imagens de José Cabral, outro mestre de fotógrafos que aliou o enfoque social e a afirmação autobiográfica à dimensão poética, e a seguir pela coerência conceptual e formal de Luís Basto, fotógrafo de Maputo e do difícil quotidiano da cidade.

A exposição continua até 6 de Nov, no Centro Culural Emmerico Nunes

09.09.2016 | por marianapinho | Centro InterculturaCidade 4 Fotógrafos de Moçambique

TOMAR POSIÇÃO o político e o lugar | Ciclo de Abertura do Curso Experimental em Estudos de Performance

 

Dias 12, 13 e 14 de Setembro Polo Cultural Gaivotas | Boavista
Tomar Posição | o Político e o Lugar é um ciclo de três dias que dá início ao Curso Experimental em Estudos de Performance da plataforma baldio, a decorrer no Polo Cultural Gaivotas | Boavista, entre Setembro e Dezembro de 2016. 

Aberto ao público, o ciclo inclui, no dia 12, o lançamento da revista ‘Jeux Sans Frontières #2 – on Spaces of Resistance and Practices of Invention’ em apresentação de Luhuna Carvalho e Maria Alice Samara com a presença dos editores Sandra Lang, Nuno Leão e Ana Bigotte Vieira; no dia 13, a performance ‘Cidade Oráculo’ de Fernanda Eugénio; e no dia 14, o objecto performativo ‘Inter(in)animated Archives’ de Paula Caspão.

Constituindo-se como momento informal de encontro antes do arranque do curso, e tendo lugar naquele que doravante será o seu horário (segunda, terça e quarta-feira ao final da tarde), este ciclo propöe-se como um momento de discussäo pública de trabalhos onde ‘tomar posição’ se fez (e faz) urgente.

Este ciclo integra Lusco-Fusco, a programação de Verão do Polo Cultural Gaivotas | Boavista e tem como língua fraca o português e o inglês.

Na quarta-feira, dia 14, tem lugar um jantar de boas-vindas no restaurante água no bico (custo 12.5€). Para reservas enviar um e-mail para baldiohabitado@gmail.com.


PROGRAMAÇÃO
12 de Setembro, 18.30h Lançamento da revista ‘Jeux Sans Frontières #2 – on Spaces of Resistance and Practices of Invention’ em apresentação de Maria Alice Samara e Luhuna Carvalho, com a presença dos editores Sandra Lang, Ana Bigotte Vieira e Nuno Leão

13 de Setembro, 18.30h Performance Cidade Oráculo de Fernanda Eugénio

14 de Setembro 18.30h Objecto performativo Inter(in)animated Archives de Paula Caspão

PROGRAMAÇÃO DETALHADA:
12 de Setembro, 18.30

Lançamento da revista ‘Jeux Sans Frontières #2 – on Spaces of Resistance and Practices of Invention’ . A revista será apresentada por Maria Alice Samara e Luhuna Carvalho, seguindo-se uma conversa com os editores Sandra Lang, Ana Bigotte Vieira e Nuno Leão onde se procurará abordar especificamente a ligação entre o território metropolitano e uma série de formas de resistência contemporâneas que passam pelo habitar colectivo e comum de espaços concretos.

A JSF#2 parte das ocupações das praças que desde 2011 se fizeram sentir um pouco por todo o lado – motivo inicial que orienta, mas não esgota, a leitura deste conjunto de textos. Dar conta das formas de resistência política desenvolvidas ao longo dos últimos anos, passa por situá-las na relação com os espaços que então se abriram ou fecharam. Passa igualmente por inventariar algumas das práticas que jogaram mais ou menos positivamente com o conjunto das limitações – materiais tanto quanto subjectivas – que em cada caso, e segundo as incidências do lugar, definiram um ou outro conflito mais ou menos declarado, mais ou menos próximo ou afastado da visibilidade e dos holofotes dos media.

Conversa de Maria Alice Samara e Luhuna Carvalho com os editores da revista.

Luhuna Carvalho nasceu em Lisboa em 1980 e estuda Filosofia, Artes Marciais e Mecânica de Motociclos

Maria Alice Samara nasceu em Lisboa, em Abril de 1974. Doutorada em História Institucional e Política Contemporânea pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, é investigadora do Instituto de História Contemporânea (FCSH/UNL). Investigou sobre o tema Espaços e Redes de Resistência na grande Lisboa.

JOGOS SEM FRONTEIRAS (J-S-F) é uma plataforma transdisciplinar situada na intersecção entre arte, política e teoria crítica. 

13 de Setembro, 18.30h

‘Cidade-oráculo’, um jogo-performance participativo para 6 pessoas a cada vez por Fernanda Eugénio

‘Cidade-Oráculo’ é uma proposta participativa de deambulação que activa a matéria da polifonia urbana enquanto disparador de novas direcções e fio condutor para uma jornada inusitada. Nesta pequena viagem, o público é convidado a transportar uma pergunta emprestada, a visitar um lugar imprevisto e a experimentar as funções urbanas da agregação, da mistura e do acúmulo de camadas sensíveis. Enquanto isso, desenrola-se uma performance invisível. Para participar, é preciso trazer uma pergunta que se gostaria de fazer ao oráculo da cidade. 

Trata-se de um jogo participativo com duração de 2h. Os participantes são estimulados a trazer câmera de foto e bloco de notas.

Fernanda Eugénio é antropóloga, multiartista, investigadora e docente. Trabalha com pesquisa de campo, escrita, performance ampliada, proposições urbanas situadas e, sobretudo, com a construção de modos 
de fazer transversais para a composição relacional e para a criação por re-materialização. É directora da plataforma AND_Lab | Arte-Pensamento e Políticas da Convivência, a partir da qual desdobra uma investigação singular acerca dos usos artísticos e políticos da etnografia.

14 de Setembro, 18.30h

‘Inter(in)animated Archives’ 
Um objecto performativo de Paula Caspão 

É uma cartografia-performance que espacializa um percurso de investigação-meditação-passeação em torno das capacidades, actividades e formas de vida do Arquivo. De formato híbrido, situa-se entre a ficção e a teoria, entre as artes performativas e os estudos de performance. 

Paula Caspão é investigadora, artista transversal e dramaturgista em coreografia. Doutorada em filosofia (epistemologia e estética) pela Universidade de Paris-10, é actualmente investigadora integrada no Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa, e investigadora de pós-doutoramento no Centro de Estudos de Teatro da Universidade de Lisboa (FCT). Investiga as ecologias, as performances e as poéticas que constituem a História, o Museu e o Arquivo. Fundou Cabinet of T-Fi (Theory-Fiction): área exploratória de miscigenação entre práticas teóricas e praticas artísticas.

14 de Setembro, 21h 

Jantar-convívio no restaurante Água no Bico. Custo 12,5€. reservas até dia 12 para baldiohabitado@gmail.com

CURSO EXPERIMENTAL EM ESTUDOS DE PERFORMANCE

As inscrições para o Curso Experimental em Estudos de Performance encontram-se encerradas. 

O curso tem início a 19 de Setembro e prosseguirá até 14 de Dezembro, de 2ª feira a 4ª feira, das 18h30m às 21h30m, no Polo Cultural Gaivotas | Boavista.

 

Dias 12, 13 e 14 de Setembro
 Polo Cultural Gaivotas | Boavista

Tomar Posição | o Político e o Lugar é um ciclo de três dias que dá início ao Curso Experimental em Estudos de Performance da plataforma baldio, a decorrer no Polo Cultural Gaivotas | Boavista, entre Setembro e Dezembro de 2016. 

Aberto ao público, o ciclo inclui, no dia 12, o lançamento da revista ‘Jeux Sans Frontières #2 – on Spaces of Resistance and Practices of Invention’ em apresentação de Luhuna Carvalho e Maria Alice Samara com a presença dos editores Sandra Lang, Nuno Leão e Ana Bigotte Vieira; no dia 13, a performance ‘Cidade Oráculo’ de Fernanda Eugénio; e no dia 14, o objecto performativo ‘Inter(in)animated Archives’ de Paula Caspão.

Constituindo-se como momento informal de encontro antes do arranque do curso, e tendo lugar naquele que doravante será o seu horário (segunda, terça e quarta-feira ao final da tarde), este ciclo propöe-se como um momento de discussäo pública de trabalhos onde ‘tomar posição’ se fez (e faz) urgente.

Este ciclo integra Lusco-Fusco, a programação de Verão do Polo Cultural Gaivotas | Boavista e tem como língua fraca o português e o inglês.

Na quarta-feira, dia 14, tem lugar um jantar de boas-vindas no restaurante água no bico (custo 12.5€). Para reservas enviar um e-mail para baldiohabitado@gmail.com.


PROGRAMAÇÃO

12 de Setembro, 18.30h 

Lançamento da revista ‘Jeux Sans Frontières #2 – on Spaces of Resistance and Practices of Invention’ em apresentação de Maria Alice Samara e Luhuna Carvalho, com a presença dos editores Sandra Lang, Ana Bigotte Vieira e Nuno Leão

13 de Setembro, 18.30h 

Performance Cidade Oráculo de Fernanda Eugénio

14 de Setembro 18.30h 

Objecto performativo Inter(in)animated Archives de Paula Caspão

PROGRAMAÇÃO DETALHADA:

12 de Setembro, 18.30

Lançamento da revista ‘Jeux Sans Frontières #2 – on Spaces of Resistance and Practices of Invention’ . A revista será apresentada por Maria Alice Samara e Luhuna Carvalho, seguindo-se uma conversa com os editores Sandra Lang, Ana Bigotte Vieira e Nuno Leão onde se procurará abordar especificamente a ligação entre o território metropolitano e uma série de formas de resistência contemporâneas que passam pelo habitar colectivo e comum de espaços concretos.

A JSF#2 parte das ocupações das praças que desde 2011 se fizeram sentir um pouco por todo o lado – motivo inicial que orienta, mas não esgota, a leitura deste conjunto de textos. Dar conta das formas de resistência política desenvolvidas ao longo dos últimos anos, passa por situá-las na relação com os espaços que então se abriram ou fecharam. Passa igualmente por inventariar algumas das práticas que jogaram mais ou menos positivamente com o conjunto das limitações – materiais tanto quanto subjectivas – que em cada caso, e segundo as incidências do lugar, definiram um ou outro conflito mais ou menos declarado, mais ou menos próximo ou afastado da visibilidade e dos holofotes dos media.

Conversa de Maria Alice Samara e Luhuna Carvalho com os editores da revista.

Luhuna Carvalho nasceu em Lisboa em 1980 e estuda Filosofia, Artes Marciais e Mecânica de Motociclos

Maria Alice Samara nasceu em Lisboa, em Abril de 1974. Doutorada em História Institucional e Política Contemporânea pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, é investigadora do Instituto de História Contemporânea (FCSH/UNL). Investigou sobre o tema Espaços e Redes de Resistência na grande Lisboa.

JOGOS SEM FRONTEIRAS (J-S-F) é uma plataforma transdisciplinar situada na intersecção entre arte, política e teoria crítica. 

13 de Setembro, 18.30h

‘Cidade-oráculo’, um jogo-performance participativo para 6 pessoas a cada vez por Fernanda Eugénio

‘Cidade-Oráculo’ é uma proposta participativa de deambulação que activa a matéria da polifonia urbana enquanto disparador de novas direcções e fio condutor para uma jornada inusitada. Nesta pequena viagem, o público é convidado a transportar uma pergunta emprestada, a visitar um lugar imprevisto e a experimentar as funções urbanas da agregação, da mistura e do acúmulo de camadas sensíveis. Enquanto isso, desenrola-se uma performance invisível. Para participar, é preciso trazer uma pergunta que se gostaria de fazer ao oráculo da cidade. 

Trata-se de um jogo participativo com duração de 2h. Os participantes são estimulados a trazer câmera de foto e bloco de notas.

Fernanda Eugénio é antropóloga, multiartista, investigadora e docente. Trabalha com pesquisa de campo, escrita, performance ampliada, proposições urbanas situadas e, sobretudo, com a construção de modos 
de fazer transversais para a composição relacional e para a criação por re-materialização. É directora da plataforma AND_Lab | Arte-Pensamento e Políticas da Convivência, a partir da qual desdobra uma investigação singular acerca dos usos artísticos e políticos da etnografia.

14 de Setembro, 18.30h

‘Inter(in)animated Archives’ 
Um objecto performativo de Paula Caspão 

É uma cartografia-performance que espacializa um percurso de investigação-meditação-pas seação em torno das capacidades, actividades e formas de vida do Arquivo. De formato híbrido, situa-se entre a ficção e a teoria, entre as artes performativas e os estudos de performance. 

Paula Caspão é investigadora, artista transversal e dramaturgista em coreografia. Doutorada em filosofia (epistemologia e estética) pela Universidade de Paris-10, é actualmente investigadora integrada no Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa, e investigadora de pós-doutoramento no Centro de Estudos de Teatro da Universidade de Lisboa (FCT). Investiga as ecologias, as performances e as poéticas que constituem a História, o Museu e o Arquivo. Fundou Cabinet of T-Fi (Theory-Fiction): área exploratória de miscigenação entre práticas teóricas e praticas artísticas.

14 de Setembro, 21h 

Jantar-convívio no restaurante Água no Bico. Custo 12,5€. reservas até dia 12 para baldiohabitado@gmail.com

CURSO EXPERIMENTAL EM ESTUDOS DE PERFORMANCE

As inscrições para o Curso Experimental em Estudos de Performance encontram-se encerradas. 

O curso tem início a 19 de Setembro e prosseguirá até 14 de Dezembro, de 2ª feira a 4ª feira, das 18h30m às 21h30m, no Polo Cultural Gaivotas | Boavista.

09.09.2016 | por marianapinho | baldio jeux sans frontières

HAPPY TOGETHER 2016 // Call for Art

O programa HAPPY TOGETHER da mala voadora, em colaboração com o Pelouro da Cultura da Câmara Municipal do Porto, está de regresso: a edição deste ano tem uma incidência particular sobre África e conta novamente com um call for art e duas conferências no âmbito do Fórum do Futuro – uma com o fotógrafo Samuel Fosso e a outra, com o cineasta e curador Teddy Goitom.

O call for art ocorre entre os dias 18 de julho e 8 de setembro e pretende dar lugar à seleção de quatro propostas para intervenções artísticas na malavoadora.porto, cada uma com direito a uma bolsa de execução no valor de 1200 euros.

As obras propostas deverão relacionar-se com o tema do evento – a possibilidade de felicidade comum – nas suas mais diversas incidências, escalas e sensibilidades; e, sobretudo, devem relacionar-se com o trabalho dos convidados desta edição: Teddy Goitom e/ou Samuel Fosso.

Teddy Goitom produz documentários, criou as páginas www.afripedia.com ewww.stocktown.com e, genericamente, veicula para o mundo uma África e uma arte africana cosmopolitas. Já o fotógrafo Samuel Fosso usa o autorretrato fotográfico como um exercício de permanente reinvenção biográfica e cultural.

O concurso é aberto a todos os artistas residentes em Portugal e as intervenções podem ser de qualquer formato ou campo artístico – da instalação à performance, das artes visuais ao vídeo.

O anúncio das quatro propostas selecionadas será feito até ao dia 23 de setembro e as obras apresentadas durante o Fórum do Futuro.

 

REGULAMENTO E FOTOGRAFIAS DISPONÍVEIS EM http://bit.ly/29M8KDl

 

Agenda

Abertura do concurso | 19 de julho de 2016

Entrega de propostas via e-mail | a partir de 16 de julho de 2016

Limite para o envio de propostas | 8 de setembro de 2016, às 16.00

Anúncio das 4 propostas selecionadas | até 23 de setembro de 2016

Montagem/Execução/Preparação das Intervenções | 24 a 30 de outubro de 2016

Inauguração | 3 de novembro de 2016, às 17.00

Duração | a definir*

Desmontagem | a definir*

*A duração da exposição e/ou o número de apresentações, bem como a respetiva desmontagem serão estudados uma vez conhecidas as propostas vencedoras, em função da disponibilidade e viabilidade das mesmas.

03.09.2016 | por martalanca | Happy Together Call for Art Mala Voadora

Ciclo Mundos – setembro | Teatro da Trindade INATEL

8 de Setembro |  21h30

 

KAYHAN KALHOR & TOUMANI DIABATÉ (Irão/Mali)

Apesar dos 6 500 quilómetros que separam Teerão de Bamako, Kayhan Kalhor e Toumani Diabaté têm numerosos pontos em comum. Têm praticamente a mesma idade, iniciaram a carreira de solistas muito jovens - Toumani tinha 5 anos e Kayhan sete anos- e fizeram a mesma escolha dão aprender a música clássica dos seus respectivos países. A sua principal particularidade é tornarem-se, através de um jogo bastante pessoal e uma pesquisa inovadora, os embaixadores culturais das suas regiões e até do seu continente. Ambos têm a ousadia de ultrapassar as fronteiras da sua arte graças aos numerosos encontros internacionais. Então se este diálogo entre o kora mandinga e o kamanché persa é totalmente imprevisível, aquele entre Toumani Diabaté e Kayhan Kalhor é evidente. Fazem-nos partilhar uma preciosa aventura musical e humana.

15 de Setembro | 21h30

METÁ METÁ (Brasil)

O trio trabalha com a diversidade de géneros musicais brasileiros, utilizando arranjos nus e económicos que ressaltam elementos melódicos e signos da música de influência africana no mundo, explorando o silêncio e o contraponto, fugindo das ideias convencionais, seja nas características estéticas, ou seja, no modo alternativo de compartilhar a sua arte. No show, o trio chama ao palco os músicos Marcelo Cabral (baixo), Samba Ossalê (percussão) e Sérgio Machado (bateria). Com a banda, Metá Metá revela o lado mais pulsante do cd, com grooves dançantes, e arranjos em que a polifonia explorada pelo trio se expande para dialogar agora com referências do rock, afrobeat e dos batuques brasileiros em geral.

 

22 de Setembro |  21h30

DAKHABRAKHA (Ucrânia)

O nome parece impronunciável, como uma formula diretamente saída de um conto de fadas. Um homem e três mulheres vindos da Ucrânia e vestidos com trajes tradicionais. Com os seus cantos polifónicos e toucas na cabeça, eles misturam a tradição com a modernidade. É um dos grandes fenómenos dos últimos anos no circuito das músicas do mundo. O quarteto ucraniano DakhaBrakha parte de melodias tradicionais do seu país recolhidas em aldeias onde sobrevivem algumas dessas expressões quase esquecidas, pervertendo-as depois com um amplo dicionário de outras músicas resgatadas às mais variadas geografias – chamam-lhe «caos étnico». Tão bela quanto estranha, esta súmula desafia classificações e tanto assenta em harmonias vocais feéricas como toma caminhos de um transe eminentemente físico.

 

Local dos concertos:

MORADA |Teatro da Trindade INATEL

Rua Nova da Trindade, 9 | 1200-301 LISBOA

Coordenadas GPS: 38° 42′ 43.1” N | 9° 08′ 33.6” W

30.08.2016 | por martalanca | Ciclo Mundos, música

Festival Músicas do Mundo 2016

O FMM Sines - Festival Músicas do Mundo é um festival de música realizado no concelho de Sines, Costa Alentejana, Portugal, todos os meses de julho. Organizado pela Câmara Municipal de Sines, é um festival de serviço público cultural povoado por espectadores-descobridores. Adotando “Música com espírito de aventura” como assinatura, define-se por uma programação exigente apresentada em cenários históricos e urbanos de grande beleza e autenticidade, próximos de uma costa com paisagem protegida. 

Castelo de Sines Castelo de Sines

ver programa 

21.07.2016 | por martalanca | Festival de Músicas do Mundo

Open call for curatorial proposals BIENALSUR

BIENALSUR has organized two open international contests for curatorial projects and artistic proposals to encourage the creation of projects that could not be conducted outside the exceptional setting of a biennial. In this regard, those proposals that intervene/interfere non-conventional sites, public urban spaces, etc. will be favored in order to build visual reference networks. The Biennial will thus become a milestone that signals the territory beyond conventional exhibition halls. The calls are open until August 31st, 2016.

What is BIENALSUR?

BIENALSUR is the 1st International Contemporary Art Biennial of South America. It takes place in 2016 and 2017. Next year, the main venues in Buenos Aires will be the Centro Cultural Kirchner, the MUNTREF and the Museo Nacional de Bellas Artes. Besides, this Biennial operates in collaboration with the cities of Tucumán, Córdoba, San Juan, Montevideo, Asunción, Bogotá, Lima, Sao Paulo, Santiago de Chile, Valparaíso, Rio de Janeiro, Quito, Cali, Berlin, Cotonou and Sydney, as well as other cities that will be incorporated later.

BIENALSUR is organized by the Universidad Nacional de Tres de Febrero.

Aníbal Jozami: General Director

Diana Wechsler: Curator and Conicet-UNTREF Researcher

More information and terms and conditions at www.bienalsur.org.

20.07.2016 | por martalanca | BIENALSUR

Open call for ideas for a web-series on migrations, development and human rightsOpen call for ideas for a web-series on migrations, development and human rights

The partners of the European project AMITIE CODE launch a call for ideas for the production of a web-series on migration, development and human rights.

The call is open to European independent audio-visual production companies, non governmental organisations and civil society ones, local organisations involved in decentralized cooperation and migrants integration, independent foundations.

The web series will be divided into 6 episodes to be filmed in the partner cities of Bologna (IT), Toulouse (FR), Hamburg (DE), Riga (LT), Loures – metropolitan area of Lisbon (PT), Seville/Andalusia (ES) and focused on:
1. The unequal relationships between developed and developing countries;
2. The global interdependency that causes every action (including individual consumer choices) to have an impact on developing and emerging countries;
3. The importance of Africa’s development for nowadays Europe;
4. The results of the development cooperation, and in particular of decentralised cooperation;
5. The migrations and the routes within Africa, Latin America and Asia, and from Africa, Latin America and Asia to Europe, with special attention towards the migration flows directly involving the partner cities;
6. The human rights standard and the impact of responsible consumption.

The selected idea/project will be awarded €65.000.

You can find further information on the call and the forms to participate on AMITIE CODE website www.amitiecode.eu
All forms and all the other requested material must be sent via certified e-mail to protocollogenerale@pec.comune.bologna.it  by the 1st of September 2016.

The partners of AMITIE CODE project are:

Municipality of Bologna (IT), GVC (IT), Emilia-Romagna Region (IT), FAMSI (ES), City of Loures (PT), Municipality of Reggio Emilia (IT), City of Toulouse (FR), Riga City Council (LV), University of Bologna (IT), CEI-IUL (PT), Sevilla Acoge Foundation (ES), ECCAR European Coalition of Cities Against Racism, Adult education college of Hambourg (DE), Latvian Centre for Human Rights (LV), Cittalia (IT).

17.07.2016 | por martalanca | development, human rights, migrations

JAMES "BLOOD" ULMER (EUA) Ciclo Mundos

15 Julho sexta - 21h30 | Teatro Trinda I Inatel 

Basta olhar para a história deste guitarrista de jazz para nos perguntarmos quantas vidas já não terá vivido. Nascido na Carolina do Sul em 1940, as cordas da sua guitarra acompanharam, a partir da década de 60, incontáveis bandas e artistas, do jazz ao R&B, do funk aos blues. Mas seria a sua ligação ao saxofonista Omette Coleman, que pela primeira vez integrou uma guitarra eléctrica na sua música, que o tornariam mítico. Ulmer desdenhou da segurança e do conforto de cada sucesso para mudar tudo. Aderiu ao método harmolódico de Ornette Coleman com o fito de ir mais além, estabelecendo uma nova forma de afinar o seu instrumento. Encheu o jazz de funk, de rock e mesmo de folk e até na cena norte-americana dos blues está a deixar marcas. Nenhum dos idiomas musicais da diáspora afro-americana sai incólume dos seus dedos: misturam-se, confundem-se e ficam profundamente renovados. É um gigante da música do século XX e deste início do XXI, independentemente de géneros e tendências.

14.07.2016 | por martalanca | Blues, Carolina do Sul, JAMES

ÂNGELA FERREIRA | Underground Cinemas & Towering Radios

21 Julho :: 18h30 - Inauguração

Underground Cinemas & Towering Radios reúne um conjunto de obras através das quais Ângela Ferreira (Moçambique, 1958) tem investigado, celebrado e problematizado as utopias descolonizadoras e revolucionárias do período eufórico de construção nacional em Moçambique, entre a independência em 1975 e o início da guerra civil em 1977. Na linha do pensamento de Frantz Fanon, Amílcar Cabral e Samora Machel, Ferreira examina o papel da cultura, nomeadamente do cinema e da rádio, na construção da nação e nas dinâmicas de colaboração internacionalista, em contexto de Guerra Fria e de luta anti-apartheid na África do Sul. Presta homenagem a este momento histórico através de uma prática investigativa e arquivística que recorre à escultura, ao vídeo, ao som, à fotografia, à serigrafia e ao desenho para revelar imagens e sons deste período que permanecem frequentemente esquecidos. As homenagens de Ferreira sob a forma de modelos e estudos para monumentos, normalmente incluindo várias versões, retêm uma qualidade de incompletude, abertura, mobilidade e desejo – mesmo quando se trata de instalações de grandes dimensões que passaram da experimentação do desenho e da maquete ao acabamento da escultura final. Estes arquivos e cartografias de revolução são monumentos em revolução (incompleta). A utopia moçambicana do período pós-independência, os seus esforços comunitários, internacionalistas e de bases para descolonizar a produção e a distribuição de imagens, e o impacto das suas ondas (de rádio) na luta anti-apartheid regressam dos seus futuros passados para indagar o presente. 

 

Underground Cinemas and Towering Radios gathers a set of works by means of which Ângela Ferreira (Mozambique, 1958) has been investigating, celebrating and problematizing the decolonizing and revolutionary utopias of the euphoric period of nation building in Mozambique, between the independence in 1975 and the beginning of the civil war in 1977. In line with the theories of Frantz Fanon, Amílcar Cabral and Samora Machel, Ferreira examines the role of culture, notably of cinema and radio, in the nation-building process and in the dynamics of internationalist collaboration, in a context of Cold War and of anti-apartheid struggle in South Africa. She pays homage to this historical moment by means of an investigative and archival practice undertaken through sculpture, video, sound, photography, serigraphy and drawing, in order to reveal images and sounds from this period, which often remain forgotten. Ferreira’s homages in the form of models and studies for monuments, usually including several versions, retain a quality of incompletion, openness, mobility and desire – even in the case of large installations, which have moved from the experimentation of drawings and maquetes towards the finish of the final sculpture. These archives and cartographies of revolution are monuments in (incomplete) revolution. The Mozambican post-independence utopia, its internationalist and grassroots communal efforts of decolonizing image production and distribution, and the impact of its (radio) waves on the anti-apartheid struggle return from their past futures to pose questions about (and to) the present.

 

13.07.2016 | por martalanca | ângela ferreira

Teatro GRIOT O lugar por onde a vaca passou

- Tu quem és?

- Que raça? 

O lugar por onde a vaca passou - a partir de Prometeu, Rascunhos e Agrilhoado - é uma produção do Teatro GRIOT com encenação de João Fiadeiro

O Teatro GRIOT convidou o coreógrafo João Fiadeiro, o artista visual Francisco Vidal e o designer de luz Eduardo Abdala para a criação de um espectáculo que procura o “território do meio, do intervalo e da suspensão...” (João Fiadeiro) como lugar de eleição, onde o espectador tem a sensação de ter entrado numa peça já em andamento e sem fim. Partindo de duas traduções distintas de “Prometeu Agrilhoado” de Ésquilo, especificamente do encontro com Prometeu, João Fiadeiro propõe-nos uma espécie de meta-diálogo entre traduções (entre tradutores), que se aproximam, se afastam e se cruzam, chegando mesmo a sobrepor-se de quando em quando.  Num deslocamento do foco, coloca-se o protagonismo na exilada vaca que se atravessa na vida do prisioneiro Prometeu.

- Pelo resto dos tempos

- Para sempre ficará entre os mortais

- os mortais contarão histórias acerca desta tua travessia.

- a grande fama da tua travessia.

- Ao lugar chamarão Bósforo

- Dela tirará o nome de Bósforo,

- por tua causa.

- a passagem da vaca.

- O lugar onde passou a vaca.

“Este teatro* não é bem um teatro*: é apenas uma ruína. Ruíram as palavras de uma língua que já ninguém fala e a que mesmo a mais escrupulosa erudição dos filólogos não mais voltará a dar inconsciente consciência de quem a falou; ruíram os textos corrompidos por copistas, corrompidos pela química, desfeitos para sempre; e se são ruínas sempre as palavras que noutra língua substituem as primeiras, é este teatro* ruína de uma ruína, corroído pelo tempo, pelas línguas, pela História.”  (Obra Completa de Ésquilo, Introdução Jorge Silva Melo)

*no original lê-se “livro”.

Data | De 20 a 31 de Julho’16 
Local | Teatro do Bairro
Morada | Rua Luz Soriano N.º 63 (Lisboa)
Hora | 21H30 (Qua. a Sáb.) 17H (Dom.)
Preço | 10€ (Normal) 7,50€ (C/desconto) 5€ ( +10 pax)
Reservas | 213 473 358 ou 913 211 263 (das 15H às 20H)
Encenação: João Fiadeiro;  Actores: Ana Rosa Mendes, Giovanni Lourenço, Margarida Bento, Matamba Joaquim; Cenografia: Francisco Vidal; Assistência a cenografia: Micael Costa; Design de luz: Eduardo Abdala; Figurinos: Inês Morgado; Sonoplastia: Carlos Neves; Fotografia: Magda Fernandes; Comunicação: UPF| Comunicação e Relações Públicas; Produção: Teatro GRIOT; Apoio à produção: Underground Railroad

13.07.2016 | por martalanca | Ésquilo, João Fiadeiro, teatro griot

Performa Gala Honors Okwui Enwezor

11.07.2016 | por martalanca | Okwui Enwezor, South Africa

Um Museu Vivo de Memórias Pequenas e Esquecidas

33º Festival de Almada. Teatro-Estúdio António Assunção 

7 de Julho, às 19h30 // 8 de Julho, às 16h // 10 de Julho, às 15h

Construído a partir de uma intensa pesquisa ao longo de 4 anos, este projecto percorre mais de 80 anos da história de Portugal, centrando-se em três momentos/períodos cruciais: A Ditadura do Estado Novo, a Revolução do 25 de Abril de 1974, e o Processo Revolucionário que se lhe seguiu e a que alguns chamam PREC, enquanto outros chamam outras coisas mais depreciativas (mas ainda há quem se lembre dele com saudade). Um Museu Vivo de Memórias Pequenas e Esquecidas questiona precisamente algumas das narrativas hegemónicas em circulação sobre estes acontecimentos, bem como algumas das contra-narrativas, algumas memórias consensuais construídas e replicadas e reescritas e revistas ao longo dos anos – contrapondo a isto uma ‘pequena memória’ – pessoal e privada – a partir de testemunhos de pessoas desconhecidas que viveram estes períodos e que, também elas, têm a sua história para contar.

Este espectáculo foi escrito e dirigido por Joana Craveiro, que o interpreta, em 5h de relatos, perplexidades e assombros vários.

fotografia de João Tuna.fotografia de João Tuna.
Um Museu Vivo de Memórias Pequenas e Esquecidas esteve na lista dos melhores do ano 2014 dos jornais Expresso e Público e foi nomeado para melhor espectáculo do ano pela Sociedade Portuguesa de Autores. Recebeu o Prémio do Público do Festival de Almada.

Investigação, texto, direcção e interpretação: Joana Craveiro
Colaboração criativa e assistência: Rosinda Costa e Tânia Guerreiro
Figurinos: Ainhoa Vidal
Desenho de luz: João Cachulo
Produção: Cláudia Teixeira
Assistente de produção: Igor de Brito
Co-produção: Teatro do Vestido e Negócio/ZDB
Apoio: Citemor - Festival de Montemor-o-Velho e Festival Alkantara

Duração 5h (com refeição incluída)
No final de cada espectáculo haverá um debate com os espectadores.

Para mais informações, por favor consulte o site do Festival de Almada

05.07.2016 | por martalanca | 25 de abril, memória, Teatro do Vestido