É preciso voltar a olhar para o que está presente e ver os futuros a brotar. Onde está já a abundância da qual pode provir o futuro? Para deixar em aberto as suas possibilidades, instalemo-nos no presente quotidiano, no que, podemos dizer assim, está mais à mão de semear. Deixemo-nos ser permeáveis ao que vive, quer viver e contraria a ausência de futuro. É preciso reparar, re-parar o presente: parar nele e, não propriamente concertá-lo, embora esse seja também um apelo necessário. Reparar no que nele pode romper com o “realismo”, essa espessa cortina que oculta as possibilidades de futuro.
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14.09.2024 | por Liliana Coutinho