Filmes sobre a ditadura militar no Brasil

Daniel de Oliveira em Daniel de Oliveira em

Entre 1964 e 1985, o Brasil viveu sob um infame regime militar caracterizado pela restrição à liberdade. Foram anos de chumbo, predominando a censura e a perseguição. Centenas de militantes e políticos de esquerda foram torturados, tiveram que fugir ou desapareceram, assassinados pela repressão. Enquanto isso, a propaganda institucional mapeava o país com os slogans “Ninguém segura este país” ou “Brasil, ame-o ou deixe-o”; a dupla Don e Ravel fazia sucesso em rádios e programas de televisão com o refrão: “Eu te amo, meu Brasil, eu te amo, ninguém segura a juventude do Brasil”; nas escolas, cantava-se “Este é um país que vai pra frente”;  e o hino da Copa de 1970 panfletava “Noventa milhões em ação, pra frente Brasil do meu coração”. Uma completa farsa.
Ao longo dos séculos, a cultura sempre foi arma de arremesso contra o obscurantismo imposto por todo o tipo de ditaduras, tornando-se o principal catalisador do iluminar de consciências. É precisamente nesta linha de pensamento que surgiram filmes que falam da ditadura militar no Brasil ou das cicatrizes que ficaram, criticando bravamente o sistema repressor dessa época. São longas que transportam para as telas os horrores praticados e vividos por muita gente. Alguns retratam eventos e/ou personagens históricos reais; outros, de ficção, mas ao mesmo tempo possuem um sentido histórico. Publico aqui um levantamento amplo e fundamentado da filmografia que tematiza a ditadura militar brasileira. Confira, assista alguns deles, reflita e, se possível, não permita que o nosso país repita tamanha vergonha.

continuar a ler aqui no blog de António Júnior

 

05.02.2012 | par martalanca | Brasil, ditadura militar

Próximo Futuro - Maio 2012

.imagem da autoria do fotógrafo moçambicano Filipe Branquinho ('Guarda', 2011 / Cortesia do Artista), com intervenção gráfica de Mónica Braz Teixeiraimagem da autoria do fotógrafo moçambicano Filipe Branquinho ('Guarda', 2011 / Cortesia do Artista), com intervenção gráfica de Mónica Braz Teixeira

05.02.2012 | par martalanca | próximo futuro

Lisboa nas narrativas: olhares do exterior sobre a cidade antiga e contemporânea

1 a 8 de fevereiro de 2012, Palácio Belmonte e Livraria Fabula Urbis (Lisboa)

Lisboa nas narrativas: olhares do exterior sobre a cidade antiga e contemporânea resulta da comunhão de interesses e objectivos de dois projetos em curso – o “Atlas das Paisagens Literárias de Portugal Continental” e o “Bairro Destino” –, que valorizam as paisagens de Lisboa enquanto arquivo de natureza e cultura. Ambos procuram a história e a tradição dos locais nos discursos do passado e do presente, para com eles reinventar uma urbanidade que se pretende mais qualificada e criativa.

Lisboa nas narrativas: olhares do exterior sobre a cidade antiga e contemporânea toma o fértil imaginário da cidade como objecto de reflexão. Nas representações literárias identifica-se um manancial de exploração para a investigação nas áreas da literatura, da história, da geografia, da economia, da psicologia ambiental, entre outras, e, do mesmo modo, para a produção artística que tem a representação literária como ponto de partida.

consultar programa completo 

6º dia segunda - feira, 6 de fevereiro

10:00 - 13:00 - Tertúlia, “À conversa com …”: Hervé Le Tellier, Howard Altmann, Nathalie

Heidsieck de Saint Phalle e Olivier Rolin, orientada por Frederic Coustols.

13:00 - 14:00 - Almoço

14:00 - 17:00 - Tertúlia, “À conversa com …”: Joaquim Arena, Jean-Yves Loude e Viviane Lievre, orientada por Cátia Miriam Costa.

18:30 – Lançamento do livro Baku, últimos dias (Lisboa, Sextante, 2012), de Olivier Rolin, apresentada por Nuno Júdice.

7º dia terça-feira, 7 de fevereiro

10:00 - 13:00- Apresentações Luís Ribeiro (ISA - UTL, Departamento de Arquitectura Paisagista), “As quintas e a evolução da paisagem urbana de Lisboa”.

António Ricardo da Costa (IST – UTL), “Visões escritas da cidade”.

Gonçalo Leandro (WOA), ”A arte no caminho da harmonia e da evolução”.

13:00 - 14:00 - Almoço

14:00 - 17:00 - Oficina (orientada por Ana Isabel Queiroz).

18:00 – 20:30 – Mesa-redonda com escritores franceses, no Institut Français (Rua Luís

Bívar 91, Lisboa): Hervé Le Tellier, Nathalie Heidsieck de Saint Phalle, Jean-Yves Loude,

Viviane Lievre e Olivier Rolin, orientada por Frederic Coustols.

8º dia quarta-feira, 8 de fevereiro

10:00 - 13:00- Oficina

Apresentação dos trabalhos realizados pelos participantes, com comentários de Isabel

Alves, Ana Isabel Queiroz, Daniel Alves, Cátia Miriam Costa, Frederic Coustols.

13:00 - 14:00 - Almoço

14:00 – 17:00 - Oficina

Continuação da apresentação dos trabalhos e entrega de certificados aos participantes.

17:00 – 19:00 – Sessão de Encerramento

Concerto de piano, com Maria de Morais: obras de Philip Glass.

05.02.2012 | par martalanca | lisboa, literatura

Conferência: As Sociedades Africanas Face a Dinâmicas Globais _ Migrações, ISCTE, LISBOA

Conferências de Estudos Africanos, 9 de Fevereiro às 16h Auditório C205 _ Edif II, ISCTE-IUL

03.02.2012 | par franciscabagulho | Estudos Africanos, ISCTE, migrações

Trio de Chalo, dia 5 às 22h no ZONA FRANCA no Bartô - Chapitô - LISBOA

A voz suave de Chalo envolve-nos num semba peculiar que mistura ritmos quentes. Nascido e criado em Luanda, no bairro Indígena ouvia os ouviu desde cedo as batucadas dos grupos carnavalescos como o Cabocomeu, Kiela, União, Mundo Ilha entre outros, e os cantares sentimentais de uma Luanda genuína. Há duas décadas em Portugal, sempre que pode viaja, por exemplo para a região amazónica do Brasil onde tem tido concertos e actividades culturais.

Será uma noite cheia de ritmos e bailarico.

Chalo – voz, guitarra semi-acústica e harmónica; João Mouro – guitarra eléctrica, guitarra portuguesa e baixo; Mestre Capitão – percussão; Nir Paris – bateria

ENTRADA LIVRE 

01.02.2012 | par martalanca | Chalo, música angolana

Yolanda Aixelá no ISCTE-IUL, 10 Fev., LISBOA

Ciclo de Conferências Doutorais do Departamento de Ciência Política e Políticas Públicas

La construcción poscolonial de Guinea Ecuatorial y el impacto de las migraciones transnacionales, Yolanda Aixelà Cabré (CSIC - Institutò Milà i Fontana, Barcelona) _ 10 Fevereiro 2012, 18h00: ISCTE-IUL, Auditório B203, Edifício II

01.02.2012 | par franciscabagulho | Guiné Equatorial, ISCTE, Yolanda Aixelà Cabré

O significado da ditadura com Irene Pimentel

Dia 1, quarta, Conversas Bravias no Zona Franca Bartô - Costa do Castelo nº 1 ~ LISBOA

À semelhança da iniciativa em Santiago do Chile – em que professores universitários e historiadores deram uma aula aberta a lembrar a ditadura chilena e as implicações da mesma na História contemporânea e das mentalidades do país -, convidámos a historiadora Irene Pimentel para trazer mais esclarecimento sobre a nossa ditadura de 48 anos, tempo mais que suficiente para impregnar-se na nossa “estranha forma de vida”. Polícia política prisões, conservadorismo, igreja, bom povo português, guerra colonial e fascismos, vamos olhar para esse passado para pensar o presente.às 22h

28.01.2012 | par martalanca | ditadura

1ª semana de fevereiro no Zona Franca I Bartô

aqui no zona franca 

28.01.2012 | par martalanca | zona franca

City of Joy, a Revolutionary Center for Women Survivors of Gender Violence, Celebrates First Graduating Class on January 28 in Bukavu, DRC

Tomorrow, Saturday, January 28, V-Day and the Fondation Panzi (DRC), will celebrate the first gradating class of City of Joy in Bukavu, Democratic Republic of Congo (DRC).   City of Joy, a revolutionary community for women survivors of gender violence, opened its doors to the pilot class of 42 women this summer.

This first class has taken part in a diverse and impactful six-month curriculum that includes: group psychotherapy; self-defense; English; literacy; communications; civic and political education including civil rights; comprehensive sexuality education; massage; physical education, and horticulture. The program was designed by local staff to address the unique emotional, physical, and intellectual needs of Congolese women survivors of gender violence, and to provide them with the tools necessary to return to and thrive in their communities upon graduation.

“Following the six-month program, a marked change in the women is already evident,” said V-Day Congo Director & Director of City of Joy, Christine Schuler Deschryver.  “Upon their arrival the faces of these women showed signs of despair, discouragement, and loneliness.   Over time they have, little by little, been helped to use their past difficulties as a source of empowerment. Through the training and programming at City of Joy, these women have moved from pain to power and will return to their homes ready to help revolutionize their communities.”

 

The City of Joy is part of a worldwide campaign that was initiated in 2007 to raise awareness about the level of gender violence in the DRC and advocate for change throughout the Congo. Conceived and developed by the women on the ground in partnership with V-Day and the Panzi Fondation (DRC), the construction of the City of Joy began in September 2009 and opened its doors in June 2011.  The second City of Joy class of 90 women is scheduled to begin the program on February 14, 2012.

 

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About the City of Joy

City of Joy is the next chapter in V-Day’s ongoing campaign, STOP RAPING OUR GREATEST RESOURCE: Power to the Women and Girls of the DRC.  The worldwide campaign was initiated in 2007 to raise worldwide awareness about the level of gender violence in the DRC and advocate for change throughout the Congo. Conceived and developed by the women on the ground in partnership with V-Day and the Panzi Fondation (DRC), the construction of the City of Joy started in September 2009 and opened its doors in June 2011. V-Day has generated significant funding from private foundations and individual donors as well as its vast global network of activists.

About V-Day

V-Day is a global activist movement to end violence against women and girls that raises funds and awareness through benefit productions of Playwright/Founder Eve Ensler’s award winning play The Vagina Monologues and other artistic works. In 2011, over 5,800 V-Day benefit events took place produced by volunteer activists in the U.S. and around the world, educating millions of people about the reality of violence against women and girls. To date, the V-Day movement has raised over $85 million and educated millions about the issue of violence against women and the efforts to end it, crafted international educational, media and PSA campaigns, reopened shelters, and funded over 13,000 community-based anti-violence programs and safe houses in Democratic Republic Of Congo, Haiti, Kenya, South Dakota, Egypt and Iraq. Over 300 million people have seen a V-Day benefit event in their community. V-Day has received numerous acknowledgements including Worth Magazine’s 100 Best Charities (2001), Marie Claire Magazine’s Top Ten Charities (2006), one of the Top-Rated organizations on Great Nonprofits (2010).

27.01.2012 | par martalanca | Congo, violence, women

LiMAC presents Mattia Denisse numa expo colectiva


The city of Lima entered into its 477th year of existence as a capital on the 18th of January 2012. LiMAC celebrates this event with the renovation of its website and presents new temporary exhibitions, a revision of its permanent exhibitions, the access to archives, publications, library and its online shop.

Visitors are invited to enter Phantom Limb, a group show based on the prosthetic aspects of cities, La dernière-garde, a solo exhibition of Miki Aguirre’s press paintings, Bitter Huayco, the presentation of the graphic works on immigration in the United States by Naylamp, Rest in Press, a compilation of art works that elaborated themselves from the daily printed press, Active Poster, an overview of political posters from the late 70´s up to anti-globalization movements, Occupied Walls, pictures of squatted houses from around the world and The Elo Khan Donation, a new collection of contemporary works received by the museum.

Li-MAC.org serves as a platform for research and exhibition of contemporary art works and contextualization of other sources of creation. It conserves and gives access to the photographic registration of works with simple navigation tools (tags, zooms, flipbooks). Viewers are invited to leave comments so to expand the interpretation and memory of the presented works.

Entrance is free

LiMAC presenta

La ciudad de Lima cumple 477 años de fundación como capital el 18 de enero de 2012. El LiMAC lo celebra con la renovación de su web presentando nuevas exposiciones temporales, una relectura de las permanentes, el acceso a archivos, publicaciones, biblioteca y a la tienda online del museo.

Dentro de sus contenidos, podrás visitar Miembro fantasma, exposición colectiva sobre los aspectos protésicos de la ciudad,La dernière-garde, una exposición individual de pinturas de prensa de Miki Aguirre, Huayco Amargo, presentación del trabajo gráfico de Naylamp sobre la inmigración en Estados Unidos, Restos impresos, una recopilación de obras de arte que se elaboraron a partir de la prensa escrita, Afiche activo, selección de afiches políticos desde el final de los 70 hasta movimientos anti-globalización, Paredes okupas, un archivo de fotografías de edificios ocupados y la Donación Elo Khan, la nueva colección de obras contemporáneas que recibe el museo.

Li-MAC.org sirve de plataforma para la investigación y exposición de obras de arte contemporáneo contextualizándolo con otras formas de creación. Conserva y facilita el acceso al registro fotográfico de estas obras con herramientas de navegación simples (tags, zooms, flipbooks). Los espectadores están invitados a dejar comentarios para ampliar la interpretación y memoria de las obras.

La entrada es gratuita

27.01.2012 | par martalanca | mattia denisse

FESTIN 2012: inscrições de filmes de expressão portuguesa até 31 de Janeiro

Decorrem até 31 de janeiro as inscrições para a Seleção Oficial Competitiva de Cinema de Expressão Portuguesa (curtas e longas-metragens) do FESTin - Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa.

O FESTin regressa ao Cinema São Jorge, em Lisboa, de 9 a 16 de maio. Nesta 3ª edição, o festival homenageia a cinematografia brasileira, no âmbito das comemorações do Ano do Brasil em Portugal, passando a integrar anualmente na sua programação a Mostra de Cinema Brasileiro, anteriormente produzida pela Fundação Luso-Brasileira.
Em 2011 o festival durou seis dias, exibiu 78 produções dos oito membros da Comunidade de Países da Língua Portuguesa, que foram vistas por mais de 3000 espetadores.
O FESTin foi criado em 2010 com o objetivo de celebrar e fortalecer a cultura de expressão portuguesa através do cinema, num ambiente de partilha, intercâmbio e inclusão social. O festival é organizado pela Padrão Actual, em co-produção com a Fundação Luso-Brasileira e a EGEAC – Cinema São Jorge.
Informações e regulamento para a secção competitiva
www.festin-festival.com
Contactos
Direção do festival – festivalitinerante.festin@gmail.com
Assessoria de Imprensa – imprensa.festin@gmail.com

23.01.2012 | par joanapires | festin, Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa

Chamada para publicação de artigos e recensões Revista CEA

REVISTA Cadernos de Estudos Africanos 

A revista Cadernos de Estudos Africanos aceita para publicação artigos científicos e recensões bibliográficas sobre realidades africanas ou relacionadas com África de todas as áreas das ciências sociais (antropologia, ciência política, economia, história, relações internacionais, sociologia, etc.).

Os manuscritos apresentados devem ser originais. Após leitura pela Comissão Editorial, as contribuições serão avaliadas em regime de anonimato por dois referees externos, que produzirão os respectivos pareceres. No caso de a revista ser organizada por um investigador(es) este(s) funcionará como segundo referee. Estes pareceres serão tidos em conta na decisão final da Comissão Editorial, que será oportunamente comunicada aos autores.

Os conteúdos publicados são da responsabilidade dos seus autores. Os artigos apresentados devem ser originais, redigidos em língua portuguesa, inglesa, francesa ou espanhola. Todos os artigos e recensões propostos para publicação na Revista Cadernos de Estudos Africanos devem ser enviados para os e-mails:cea@iscte.pt ou Ana.Benard.Costa@iscte.pt

Numa página à parte deve constar:a) Identificação do autor;b) Instituição a que pertence;c) Actual função;d) Morada institucional;e) E-mail;f) Telefone e Fax.

Os textos devem ser formatados de acordo com as normas da APA que se encontram resumidas aqui. Qualquer dúvida pode ser esclarecida através da consulta ao site.

20.01.2012 | par franciscabagulho | CEA, Centro de Estudos Africanos

'Tanta Asneira Para Dizer Luanda é Bonita' regressa ao palco no Teatro Nacional Chá de Caxinde, em Luanda

“Tanta Asneira Para Dizer Luanda é Bonita” regressa ao palco no Teatro Nacional Chá de Caxinde, em Luanda nos dias 26, 27 e 28 de Janeiro
Mais de 1500 espectadores já assistiram a esta peça de teatro nos 6 dias de apresentação em Dezembro.
Trata-se de uma comédia caluanda interpretada por um elenco de luxo repleto de caras conhecidas dos palcos, televisão e cinema angolano que arrancam gargalhadas e aplausos da plateia durante a actuação.
O público tem recebido muito bem esta peça de teatro, um texto original cuja narrativa se passa nos dias de hoje, na cidade de Luanda.

Sinopse
Um assalto de esquina na noite de Luanda leva a outro assalto. Mas tal como no jogo e no amor ou como na pesca, raramente as coisas acontecem como planeado e Dadri, Koluta, Zito, Cláudia e Moxico juntam-se pela vontade de imprevistos de força maior. Parecem cinco amigos a beber um copo tranquilo, mas a conversa exalta-se em julgamento informal, num jogo aberto onde todos podem sentar no banco do soba e no tronco de réu.

Sobre o espectáculo
“Um texto ritmado, quase que musicalmente composto no que diz respeito a rítmica da oralidade. Personagens que vagueiam entre a realidade e a caricatura, sempre hiper-realista. Explorar isso levou-me a limpar o palco de cenários pesados e desnecessários, potenciando assim o trabalho dos actores, que assenta numa lógica entre o realismo e a caricatura.
Através de uma linguagem acessível, queremos com esta peça aproximar o público angolano a uma reflexão que o leve a repensar os seus valores tanto existenciais como de vivência com o outro.”
Miguel Hurst, encenador

“Já fiz dezenas de espectáculos de textos consagrados, e por essa razão, com aprovação antecipada. Neste caso trata-se de um original de um autor novo e por isso o texto à partida estava sujeito à desconfiança dos criativos e dos interpretes, mas no processo de trabalho rapidamente convenceu uns e outros e finalmente, conquistou o público que reage de forma muito calorosa ao espectáculo.”
Orlando Sérgio, produtor e actor

“O que me vem à mente quando penso neste espectáculo é sua contemporaneidade. Nos últimos tempos tenho trabalhado textos clássicos, muito bons e fluidos que reflectem o espírito humano universal. Mas eu e os outros actores da peça vivemos em Luanda, e todos temos algo a dizer sobre a vivência nesta cidade, e as experiências que nos marcam. Este espectáculo permite-nos isso: trabalhar o universal, mas com uma ligação muito imediata à nossa realidade a partir de uma história com situações insólitas onde está bem espelhada a realidade da cidade de Luanda.”
Raul Rosário, actor

 

Sobre o texto
“Ya, dizem que a guerra acabou”, diz o Zito. Mas a batalha do dia a dia nunca acaba, e à procura da nossa fezada vamos cometendo crimes contra a
humanidade: em pequena escala e muitas vezes sem maldade.
Entre crimes e carinhos, corremos nos intervalos dos pingos da chuva que começa, mas quando a chuvada engrossa todo o mundo se molha e não seca assim tão fácil como quem pára de chover. Melhor é encontrar abrigo com desconhecidos e chamar-lhes de família.
As histórias também se precipitam sobre nós e nos salpicam, o teatro cria uma chuva de magia negra colorida, ilusão para lá do truque do momento.
Nuno Milagre, autor

 

Elenco: Orlando Sérgio, Raul do Rosário, Hélio Taveira, Edusa Chindecasse, Naed Branco e Yuri Sousa / Produção: Projecto Mukange / Direcção de Produção: Orlando Sérgio / Encenação: Miguel Hurst / Texto: Nuno Milagre / Cenário: FK / Música: Keita Mayanda, Leonardo Wawuti, Nastio / Figurino: Adelino Fernandes / Luz: Miguel Hurst (desenho), Kalitoso (operação) / Som: Ulienge Almeida / Fotografia: Edson Chagas / Assistência de Produção: Adérito, Zezas

 

Nacional Cine Teatro / Chá de Caxinde, Luanda
26 de Janeiro às 20h30
dias 27 e 28 duas sessões: 19h00 e 21h00*
bilhetes: 2000 Kwz

20.01.2012 | par joanapires | crítica social, tanta asneira para dizer Luanda é bonita, teatro, Vida

Lançamento do livro 'A bicicleta que tinha bigodes', de ONDJAKI

” Quando ouvi a notícia na rádio, que iam dar uma bicicleta bem bonita, amarela, vermelha e preta, lembrei-me logo de falar com o tio Rui. Era um concurso nacional com primeiro prémio de uma bicicleta colorida que já apareceu na televisão, mas nesse dia na nossa rua não havia luz.
De noite, a falar com a minha almofada, eu até já prometi bem as coisas: “se eu ganhar a bicicleta colorida, vou deixar todos da minha rua andarem sem pedir nada, nem gelados nem xuínga.”
Essa promessa assim bem dura de fazer é que me fazia acreditar que eu ia mesmo ganhar a bicicleta.
Mas eu não tenho jeito nenhum para essa coisa das estórias. Falei com outros miúdos, para saber quem tinha ideias, quem queria participar no concurso nacional da bicicleta colorida, mas todos me gozam a dizer que essa bicicleta já deve ter dono, que já sabem quem é que vai ganhar.
Não entendi aquilo, mas não desisti. Fui ainda falar com o CamaradaMudo.
– É verdade que essa bicicleta que estão a anunciar na rádio não é de verdade?
– Claro que é de verdade – o CamaradaMudo respondeu. – Tu tens uma boa estória?
– Eu só tenho uma boa vontade de ganhar essa bicicleta.
– Mas para ganhares tens de inventar uma estória.
– Tou masé a pensar que devíamos pedir patrocínio no tio Rui, aquele que escreve bué de poemas.
– Isso não é batota?
– Batota porquê?
– E as outras crianças?
– Quero lá saber, não tenho culpa que o tio Rui vive aqui na minha rua. Eles que descubram também o escritor da rua deles. (…) ”

 

http://www.kazukuta.com/ondjaki/a_bicicleta.html

20.01.2012 | par joanapires | lançamento livro, livro, ondjaki

Mamadou & Sulabanku é um dos três vencedores do Prémio Afro Pepites 2012 (Melhor Artista da África Ocidental/África)

No dia 17 de Janeiro foi anunciado o Prémio Afro Pepites: Le Rêve Africain (O Sonho Africano) na categoria de Melhor Artista da África Ocidental/África, tendo sido atribuído ao grupo cabo-verdiano Mamadou & Sulabanku o segundo lugar DOS TRES GANADORES SELECCIONADOS que seram beneficiados com os mesmos prémios. A banda, liderada pelo artista senegalês radicado em Mindelo Mamadou Bhour Guewell Sene, fora nomeada como finalista por um júri profissional em Novembro do ano transacto, na sequência do lançamento do seu videoclip Lamp Fall, dirigido por Eric Mullet (Cesária Évora). A escolha final foi feita por voto directo.
Estiveram nomeados para a mesma categoria, e numa variedade de estilos musicais da região, os artistas Takeifa, Magou, Baye Gallo(Senegal), e Prince Diabaté (Guiné-Conakry)E OUTROS MUITOS. Os prémios reconhecem uma nova geração de talento musical na África Ocidental, fruto de cruzamentos culturais da africanidade, onde se incorpora Cabo Verde pela mão da banda Sulabanku, entre outras.
Já com uma década de existência e presença assídua nos palcos nacionais, pela banda fundada por Mamadou e pelos cabo-verdianos Tony Tavares e Joaquim Arenas passaram nomes como os de Voginha, o baterista Tey Santos (Cesária), o percussionista Osseynou, e mais recentemente Hêrnani Almeida, responsável pelos arranjos musicais do primeiro álbum do grupo, Arte Negro (2010).
Os demais vencedores têm sido anunciados diariamente, entre 15 e 23 de Janeiro, em categorias que incluem o Norte de África, a África Saariana, África Oriental, África Ocidental/Fusão, ÁfricaCentral/África, ou ainda África Central/Fusão. Todos os vencedores do concurso receberão agora exposição mediática internacional, uma vez que os prémios incluem uma tourné por palcos de África e da Europa, bem como contactos facilitados com produtores de espectáculos, e meios de comunicação associados à rede Africain.

 

Vídeoclip Lamp Fall:

 

Consulte a biografia de Mamadou & Sulabanku aqui.

Organização Afro Pepites:

http://www.lereveafricain.com
http://www.theafricandream.org

20.01.2012 | par joanapires | mamadou & sulabanku, melhor artista da África Ocidental/África, prémio, prémio Afro Pepites

MCK - "Proíbido ouvir" lança disco em LISBOA

MCK não é um Mc.

MCK é um cidadão praticante. Um empresário que criou o seu próprio artista, contra-corrente, contra correntes. Usa a música como participação cultural. É um promotor. Da sua e da arte de outros pares.
A forma como se movimenta no caos da capital, é algo que tem em comum com mais luandenses, mas a consequência com que o faz, é algo mais raro. Focado. Visionário. Poeta. Escutá-lo é ver melhor Luanda, acima da poeira, mas do nosso lado, dentro de nossas casas, com os pés na nossa terra. Como outros luandenses, MCK é um autodidacta no marketing. “Probido Ouvir” é o slogan do novo disco. Muitos anos depois do seu segundo. Não sendo 32, são anos demais. Por tudo, somos obrigados a ouvi-lo. Livres. 

Lançamento e venda do novo cd do MCK, com preciosa presença do próprio. Aponta: Quarta Feira, dia 1 de Fevereiro as 18h, na Fnac do Colombo. Conversa aberta e 2 ou 3 temas no momento. 


Familia@radiofazuma.com -  Simiando Ideias!

20.01.2012 | par martalanca | hip hop angolano, Mck

OccupyNigeria Music

Músicos com o movimento Occupy Nigeria que, muito além da questão do preço do combustível, tem denunciado a corrupção governamental.

H/T africa is a country

19.01.2012 | par franciscabagulho | activismo cultural, música, Nigeria

STEFHAN ALMEIDA “O Menino de Ouro” dia 22, 22h no Bartô

 

Nasceu na ilha de S. Vicente, em 1989, filho do célebre instrumentista Baú. Inicia-se precocemente na música aos 6 anos de idade e em 2007 participou num curso de iniciação de guitarra com a mestre Júlia Cavicchioni.Aos 16 já acompanhava músicos como Biús, Gabriela Mendes, Dudú Araújo, em vários festivais de música. Chegou a Lisboa em 2011 e já tocou com Tito Paris, Toy Vieira, Humberto Ramos, Armando Tito, Nancy Vieira. participou recentemente no álbum do Rui Veloso (“A espuma das canções”). É um virtuoso da guitarra e deixa deslumbrados todos que o ouvem.
Stephan Almeida (Guitarra/Cavaquinho)
Adérito Pontes (Guitarra)
Djudjuty Alves (Cavaquinho)
Nir Paris (Bateria)
convidadas: Janice, Catarina e Érica.

 

Nasceu na ilha de S. Vicente, em 1989, filho do célebre instrumentista Baú. Inicia-se precocemente na música aos 6 anos de idade e em 2007 participou num curso de iniciação de guitarra com a mestre Júlia Cavicchioni.

Aos 16 já acompanhava músicos como Biús, Gabriela Mendes, Dudú Araújo, em vários festivais de música. Chegou a Lisboa em 2011 e já tocou com Tito Paris, Toy Vieira, Humberto Ramos, Armando Tito, Nancy Vieira. participou recentemente no álbum do Rui Veloso (“A espuma das canções”). É um virtuoso da guitarra e deixa deslumbrados todos que o ouvem.

Stephan Almeida (Guitarra/Cavaquinho)

Adérito Pontes (Guitarra)

Djudjuty Alves (Cavaquinho)

Nir Paris (Bateria)

convidadas: Janice, Catarina e Érica

ENTRADA LIVRE 

18.01.2012 | par martalanca | cavaquinho, música caboverdiana, STEFHAN ALMEIDA

mabaxa - festival de cultura urbana, LUANDA

EDSON CHAGAS | BINELDE HYRCAN | NDILO MUTIMA

mostra de fotografia | instalação | vídeo

INAUGURAÇÃO  21 JANEIRO  -  18H30 

UNAP rua da alfândega 42-48 Luanda

18.01.2012 | par franciscabagulho | arte contemporânea africana, Luanda Pop

Manda Braza II - noite das minina - LISBOA

com dj K-beça e Maria a tocar discos noite fora,
comidinhas da Casa do Brasil

no Zona Franca do Bartô I Costa do Castelo nº 1

Repetimos uma noite brasileira, pois valeu bem a pena a primeira: entre caipirinhas e muito swing e forró, todos pediram mais. 
Desta vez a dupla dj K-beça e Maria traz-nos cantoras brasileiras, divas, musas, feras, meninas assanhadas e feministas da 3ª vaga. 
Não esquenta não: o inverno fica bem lá fora, porque no Zona Franca no Bartô a noite é de mão na anca para cima para convívio e baile com as vozes de Leci Brandão, Ana Canãs, Cely Campelo, Dolores Duram, Angela Ro Rô, Sandra Sá, Jovelina Perola Negra, Wanderleia, Miúcha, Zizi Posse, Dona Ivone Lara, Céu, Elza Soares, Elis Regina, Maria Rita, Adriana Calcanhoto, Baby Consuel, Alcione, Nara Leão, Clementina de Jesus, Clara Nunes, Elizeth Cardoso, Elba Ramalho, Astrud Gilberto, Elza Soares, Flora Purim, Aracy de Almeida, Cybele, Marilia Medalha, Eliana Pittma, Rita Lee, e tantas outras…

17.01.2012 | par martalanca | cantoras brasileiras