Revista (in)visível - 1ª Edição

Este projecto tem por objectivo principal a criação de uma Revista que dê prioridade novas interpretações acerca de temáticas culturais e sociopolíticas a partir de um tratamento multidisciplinar entre diversas formas de linguagens e, desta forma, alargar o acesso ao  conhecimento a um público mais vasto. A relevância de um projecto editorial neste âmbito, justifica-se a partir da constatação da ausência de espaços públicos de comunicação que estabeleçam um diálogo acessível sobre temas que aqui consideramos “invisíveis”.

A invisibilidade que aqui destacamos origina-se a partir de dois principais eixos: de um lado pela forma de tratamento descontextualizado e “espectacular” realizado pelos media, e de outro, pela rigidez excludente da linguagem científica. Diante do quadro exposto, a criação deste projecto surge também como tentativa de colaborar com a diminuição do afastamento entre as linguagens académica e jornalística que, em muitos casos, seja de um lado ou seja do outro, acabam por restringir o potencial comunicativo de suas produções textuais.

A Revista, na sua primeira fase, contemplará o espaço lusófono e terá sua apresentação em formato digital com participação de colaborares/as de diferentes orientações profissionais. A periodicidade será trimestral e sua distribuição gratuita.


Contacto | contato@revistainvisivel.com
web

14.10.2012 | por herminiobovino | cultura, revista online

Os Africanos em Portugal, História e Memória - Séculos XV-XXI

Convite | Exposição “Os Africanos em Portugal: História e Memória”, no ISEG.
Local | Átrio da Biblioteca do ISEG.

De 15 de Outubro a 9 de Novembro.

2ª a 6ª feira das 9h30 às 23h.
Sábado 9h30 às 17h.

Entrada livre.
Rua do Quelhas, 6 - Lisboa.

12.10.2012 | por herminiobovino | africanos em portugal, exposição, história de áfrica, lisboa

O cinema sobre violência urbana/juvenil: contribuição a uma «crítica da violência» ou espetáculo narcotizante?

Martin Lienhard (Universidade de Zurique)

12 de outubro de 2012, 14h00-16h00, Sala 1.5., Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra

Como e com que objetivos é que o cinema - em particular o cinema latino-americano - representa a violência juvenil/urbana, especialmente
aquela provocada pelo narcotráfico ? Em que medida, os cineastas procuram, através da ficção ou do documentário, levar os espetadores a refletir sobre as causas - imediatas e/ou « sistêmicas» - e os efeitos desse fenômeno? Ou, ao contrário, em que medida transformam-no em espetáculo narcotizante, atraente para os fãs dos filmes de ação?
Essas perguntas colocam a questão das implicações éticas que tem a escolha não só de uma determinada história como também - e talvez sobretudo - de uma determinada estética cinematográfica.
Martin Lienhard - Professor de literaturas hispânicas e lusitanas no Seminário de línguas e literaturas românicas da Universidade de Zurique (com ênfase nas literaturas de Hispanoamérica, Brasil e África e narrativas vinculadas ao expansionismo espanhol e português, e periódicas incursões nas literaturas - orais e escritas - dos sectores indígenas e afroamericanos e o cinema latinoamericano .
[mais informações:http://www.rose.uzh.ch/seminar/personen/lienhard.html]

Organização: No âmbito do Núcleo de Estudos sobre Humanidades, Migrações e Estudos para a Paz (NHUMEP) /e Programa de Doutoramento em “Política Internacional e Resolução de Conflitos

11.10.2012 | por franciscabagulho | cinema, juventude

Joburg Gay Parade

7 October 2012 

Yesterday, at Joburg Gay Parade, about 20 black lesbians and gender non-conforming feminists from the One in Nine Campaign were assaulted and intimidated by Joburg Pride organising committee members and their marshals. The Campaign disrupted the parade to demand one minute of silence to remember those members of the LGBT community who have been murdered because of their sexual orientation and gender expression. Campaign members were distributing leaflets to explain why they were there. Instead of engaging with us, Pride organisers assaulted us, threatened to drive their cars and trucks over us, called us names and told us we had no right to be at the parade. As lesbians and gender non-conforming people, we had every right to be there and to claim the space and assert our demands as anyone else attending the parade. 

The first pride in Johannesburg took place in 1990. Bev Ditsie, a forerunner of the LGBT movement in the country, said to the pride gathering that day: “Today the world is going to know that we here in South Africa have been oppressed for too long. We can’t stand it any more. … Today we are making history.” Simon Nkoli spoke after her: “I am black and I am gay. I cannot separate the two parts of me into secondary or primary struggles. In South Africa I am oppressed because I am a black man, and I am oppressed because I am gay. So when I fight for my freedom I must fight against both oppressions.” 

A quarter century later and nearly two decades into the “new” South Africa, the oppression that Bev and Simon named remains just as present in the lives of black lesbians, gay men and bisexual and transgender people. The difference is, pride has ceased to be a space for charting new futures and has, with a few exceptions, been stripped of all political content. 

The de-politicisation of most prides has allowed the old, racial apartheid to be translated into a new, economic apartheid, which is clearly evident in many pride celebrations. Capitalist consumerism and individualistic rights claims now characterise many prides in South Africa, as they characterise most other spaces for the LGBT community. This is not the history that Bev, Simon and others imagined  they were making in 1990. They, and we, never imagined that pride would become little more than a marketing and pinkwashing tool for corporations whose ostensible support of LGBT rights serves to mask their rampant violation of other rights. We never imagined that we would matter only if we constituted the “gay market,” had “double income, no kids” and were aflush with the “pink rand.” 

10.10.2012 | por franciscabagulho | Gay Parade, Joburg, LGBTQI

18 Outubro| Lançamento do livro de Soraia Simões: Passado- Presente Uma Viagem ao Universo de Paulo De Carvalho

08.10.2012 | por joanapereira | lançamento livro, soraia simoes

Exposição de Jorge Días e Lino Damião, no Espaço PLMJ, LISBOA

A Fundação PLMJ apresenta as exposições “Outras Coisas”, de Jorge Días, e “Na Boca do Povo”, de Lino Damião, a inaugurar no dia 10 de Outubro, às 18H30, no Espaço Fundação PLMJ, em Lisboa. Exposições patentes até 8 de Dezembro, de quarta-feira a sábado, entre as 15H00 e as 19H00.

O trabalho de Jorge Días e de Lino Damião explora o imaginário passado e as vivências presentes dos respectivos países, Moçambique e Angola. A sua produção evidencia-se por pontos em comum: por um lado, uma sensação de esperança, plena de utopia; por outro, uma rendição às vicissitudes de uma vida social martirizada pelas vãs promessas das várias ideologias que marcaram os seus países nas últimas décadas. A fina ironia das suas obras veicula uma crítica – tão intensa e sensível quanto subtil e mordaz – ao status quo de Moçambique e de Angola.

Jorge Días elabora formas com potencial simbólico no sentido de equacionar questões de pendor existencial. Nesta exposição, o artista analisa as mitologias e iconografias de Moçambique em esculturas realizadas com materiais “pobres” e objectos de uso diário como capulanas – coloridos tecidos típicos de África. A linguagem de Lino Damião inscreve-se na imagética da banda desenhada. Nesta exposição, o artista aborda a situação de Angola em pinturas que representam cenas do quotidiano protagonizadas por personagens-tipo que exprimem as complexas condições de existência da população.

ESPAÇO FUNDAÇÃO PLMJ _ R. Rodrigues Sampaio, 29 Lisboa

08.10.2012 | por franciscabagulho | arte contemporânea

“Aspectos da Cultura e História Africana”

“Cinema na África: tradição, modernidade e política”


Curso de Extensão: Aspectos da Cultura e História Africana (20 horas)
Sob a coordenação do Prof. Dr. Carlos Subuhana
Período do curso: 06/10/12 à 17/11/12 (somente aos sábados)
Horário: 09h às 13h
Local: Anfiteatro da UNILAB
(Avenida da Liberdade, 03. Centro- Redenção-CE-Brasil)
Curso gratuito e aberto ao público

O objetivo do Curso é construir ações de formação inicial que permitam reconhecer a diversidade e a complexidade das sociedades africanas e desmistificar de vez o olhar negativo sobre a África e os africanos. Durante as aulas, será apresentada uma visão ampla sobre a África, abordando diversos aspectos do continente, como a cultura, a política, a economia, a geografia, desde o período pré-colonial até a atualidade.

A proposta do Curso é oferecer aos seus participantes um panorama da produção africana contemporânea de filmes realizados por cineastas africanos ou de outras nacionalidades que abordem questões prementes do continente; sublinhar a originalidade e vitalidade das formas de expressão artísticas, filosóficas e científicas próprias da África, pouco conhecidas no Brasil; tecer considerações e/ou impressões sobre as práticas de recepção cultural que ocorrem em pequenas mostras dedicadas à temática do “cinema africano” no Brasil; criar espaço de recepção do cinema africano na Unilab; e ainda discutir a importância do uso do audiovisual como material didático no ensino de temáticas africanas.

CARLOS SUBUHANA

De nacionalidade moçambicana, concluiu o curso de graduação em Ciências Sociais no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1997. Obteve o grau de Mestre em Sociologia (com concentração em Antropologia) na mesma instituição em 2001. Seu doutorado foi realizado no Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 2005. Em 2007 terminou um estágio de pós-doutoramento em Antropologia na Universidade de São Paulo (USP). É Bolsista de Desenvolvimento Científico B (FUNCAP/CNPQ) na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB); pesquisador da Casa das Áfricas (Instituto Cultural, de Formação e de Estudos sobre Sociedades Africanas) e membro fundador do SSIM – Southern Spaces in Mou vement.


Info | 
http://www.unilab.edu.br/cursos-da-extensao/

04.10.2012 | por herminiobovino | cinema africano, cultura, história de áfrica

CINEMA AFRICANO: Alemanha apoia digitalização de filmes moçambicanos

O Instituto Cultural Moçambique Alemanha acaba de lançar um conjunto de filmes digitalizados do arquivo do Instituto Nacional de Cinema. As obras foram recuperadas em parceria com a Alemanha, , no âmbito de uma parceria entre a Universidade Eduardo Mondlane e a Univeridade Alemã de Bayreuth. “Kuxa Kanema”, documentário da década de 1980, foi a primeira produção a ser reapresentada ao público, durante o Festival Dockanema, que ocupará os palcos de Maputo também com poesia, música e exposições fotográficas até novembro.

A digitalização dos documentários foi possível graças ao apoio do governo alemão, disse o embaixador da Alemanha em Moçambique, Ulrich Klocner para quem o evento “visa promover a cultura moçambicana”.

Para Ute Fendler, professora da Universidade de Bayreuth, os arquivos do Instituto Nacional de Cinema – INAC – também podem servir de material histórico importante que mostra o percurso cinematográfico do país e como fontes de estudos acadêmicos em perspectivas diferentes como “a história, estudos culturais e também a comunicação”.

 

Redação Deutsche Welle

 

 

04.10.2012 | por martalanca | cinema

Do Not Take It, Do Not Eat It, This Is Not My Body… by Bili Bidjoka, SHANGHAI

Solo Exhibition _October 6 - November 18 2012 
Opening October 6 from 5 pm - 9 pm 
For the occation of the Shanghai Biennale, stage候台BACK is pleased to announce the first solo exhibition of Bili Bidjocka in mainland China. This exhibition includes performance, installation, video works, drawing and sculptures. 

Bili Bidjocka. Dis-ambiguation#1, digital print on ceramic plate, 40cm diameter, 2012 Bili Bidjocka. Dis-ambiguation#1, digital print on ceramic plate, 40cm diameter, 2012
For over two thousand years, many artists have been inspired by The Last Supper, Christ’s last meal during which the son of God delivered his testament. There are thirteen people at the table, as if in a perfectly staged play. With ” …Do Not Take It, Do Not Eat It, This Is Not My Body… “ , the Cameroon artist is showing us some sort of anti-Last Supper. A secular proposal in which God, in his Judeo-Christian conception, is absent. The event, it is best to that expression than the word “show”, which doesn’t correspond to the theme at all, takes place in two stages. We could describe it as a diptych. On the one hand, it is a purely formal element: a bead curtain which, borrowing from the Leonard de Vinci painting, represents a sketch, an abstract projection, presenting us with an empty table. Christ and his apostles appear to have deserted their places and we are left to wonder if it is not primarily a temporal experience that we are facing. The table is empty as if it is enough in itself. As if it doesn’t matter if the meal took place before or after. It is up to us to fill the haunted void. This void, which we know represents the very essence of all spirituality: the omnipresence of absence. Absence as an impossible idealisation, absence as a grip that is lost forever and which will remain nothing but a memory. A naturally truncated memory since only our despairing determination convinces us that there is something to see. Absence as the symbol of a new epiphany.

This tableau’s counterpart is a lively and carnal scene (the word is used deliberately). A moment of physical presence, which the spectator is invited to look at. In this lively tableau, it is the meal, and not its abstraction, which marks the curtain’s counterpoint. The curtain, in its primary function, is reduced to a decorative element. A decorative element overdetermining that the performance will try to contradict by playing, not on the reference but on its contestation. The human becomes the centre of any possible realisation, and the display as a whole represents this part of the painting, which is so dear to the artist. Again, the meal itself is not the goal. Everything lies in the process. The long road leading to the final supper. There may be no supper. As in the curtain, we could have been invited to imagine the time before and the time afterwards. However, since the performance is the aesthetic and conceptual contradiction of the curtain, the spectator has the privilege of seeing that which cannot normally be seen, and will later say, as Rimbaud did, that they have seen, some times, that which man believes he has seen. This carnal moment, this moment of life, in the very sense of the term, undoubtedly holds the key to the riddle presented by the title of this moment. It depicts the age-old battle between God and humans. 
This ontological experience, which combines the secular and the sacred whilst humanising concepts that have been lost, by dint of its meaning being mechanically repeated, reminds us that sharing, in its simplicity and spontaneity, is what makes humanity. A reminder which is greatly appreciated in these troubled times. 
Written by Simon Njami, Paris 2012 

04.10.2012 | por franciscabagulho | contemporary art

A Cidade entre Bairros

A cidade entre bairros é o mote proposto para os artigos aqui apresentados, possibilitando um olhar cruzado e interdisciplinar entre arquitectos, sociólogos, antropólogos e geógrafos. As contribuições que agora se dão à estampa organizam-se em torno de dois eixos temáticos principais e que se entrecruzam e intersectam: um, que reflecte sobretudo as práticas, mas também os paradigmas de intervenção sócio espacial na micro escala do bairro, nomeadamente sobre o Plano Director de Lisboa, Planos Regionais, Planos de estratégia; Programa Nacional Iniciativas Bairros Críticos e sobre operaçõesde renovação/requalificação urbana. O outro eixo de discussão trespassa a vida quotidiana dos habitantes da cidade e envolve uma espécie de reinvenção da cidade e do bairro, implicando as sociabilidades e as vizinhanças, a percepção do espaço, a importância das Tecnologias da Informação e da Comunicação e as formas de organização e de participação social.


A apresentação da obra “A cidade entre bairros” publicada pela Editora Caleisdoscópio ficará a cargo da Professora Isabel Guerra (ISCTE-IUL e UCP) e do ProfessorÁlvaro Domingues (FAUP). No evento, estarão ainda presentes o Professor José Pinto Duarte (Presidente da FAUTL), o Professor Fernando Moreira da Silva (Presidente do CIAUD) e o Dr. Jorge Ferreira (Caleidoscópio).

A sessão terá lugar no próximo dia 11 de Outubro pelas 18,30 na Casa do Alentejo (convite electrónico).

Pedimos, ainda, que tragam um livro antigo ou que já não precisem para oferecer à biblioteca da Casa do Alentejo (que precisa de renovar o seu acervo), sendo que esta é uma forma de mostrarmos a nossa gratidão e apreço à Casa do Alentejo.

 

Graça Cordeiro e Tiago Figueiredo - Intersecções de um bairro online. Reflexões partilhadas em torno do blogue Viver Lisboa

Teresa Sá - Ainda há bairros na cidade?

Jorge Nicolau - Narrativas de Bairro numa Cidade em Mudança: o Bairro como catalisador de urbanidade da cidade

Carlos Henrique Ferreira - Projectar a cidade entre bairros: Lisboa, um Projecto de Cidade em Mudança

José Luís Crespo - Algumas complexidades do bairro no contexto da cidade: o caso do bairro da Bela Vista

António Guterres - Uma política cultural e artística para o desenvolvimento territorial  

Maria Manuela Mendes - A demolição do bairro do Aleixo e a acção da população local ista pela imprensa diária e nas notícias online

Isabel Raposo - Bairros de génese ilegal: metamorfoses dos modelos de intervenção

 

03.10.2012 | por martalanca | bairros, cidade

“Jovens e Trajetórias de Violências. Os casos de Bissau e da Praia”

O livro “Jovens e Trajetórias de Violências. Os casos de Bissau e da Praia”, organizado por José Manuel Pureza, Sílvia Roque e Katia Cardoso, investigadores do NHUMEP/CES, e com contribuições de vários investigadores, será lançado no dia 8 de Outubro de 2012, às 17 horas, no ISCTE, sala C205.

A apresentação estará a cargo de Iolanda Évora (CEsA/ISEG) e Ana Larcher (CEA/ISCTE-IUL)

Sinopse do livro: Os gangs e a violência juvenil urbana são temas normalmente associados às grandes cidades, sobretudo às do continente americano. Este livro aborda o tema num contexto geográfico e socioeconómico menos frequente, o de duas pequenas capitais da África Ocidental (Bissau e Praia), e procura responder a três perguntas centrais: O que leva os jovens a organizarem-se em gangs ou outros grupos violentos? O que leva os jovens a não se envolverem nesses mesmos grupos quando todas as condições parecem criadas para tal? E, porque é que a capital de um “país-modelo” parece sobrepor-se, em matéria de violência juvenil, à capital de um país politicamente instável? Este livro propõe algumas respostas a estas questões, partindo de uma análise centrada nas trajetórias de reprodução da violência em várias escalas (da local à global), e inverte as narrativas tradicionais da segurança em que os jovens entram invariavelmente como um fator de risco, como ameaças à ordem e como perpetradores de violência.

Coleção CES/Almedina | Série Cosmopolis

Organização: NHUMEP/CES e Mestrado e Doutoramento em Estudos Africanos do ISCTE.

03.10.2012 | por martalanca | Bissau, jovens, praia, violência

Mulheres na ditadura

02.10.2012 | por martalanca | ditadura

Chullage no programa BAIRRO ALTO

ver programa 
Duração: 45 min

Na música que escreve não se perde com meias palavras. Ataca violentamente os políticos, os banqueiros e o sistema. Filho de pais cabo-verdianos, o convidado deste Bairro Alto nasceu em 1973. Cresceu no antigo asilo 28 de Maio, no Monte da Caparica, e foi no início da adolescência que começou a rimar palavras e a aventurar-se nos mundos do rap e do hip hop. Já como trabalhador estudante, Chullage acabou por licenciar-se em Sociologia e tem vindo a desenvolver vários trabalhos nesse campo. Ao mesmo tempo tem-se dedicado à música e acaba de lançar o seu terceiro álbum, Rapressão

emitido em 19 JUN 2012

02.10.2012 | por martalanca | Chullage, música de intervenção, rap

Focus na frieze: Kiluanji Kia Henda

Artigo sobre o projecto “Homem Novo” de Kiluanji Kia Henda, na frieze by Sean O’Toole.

ler aqui

02.10.2012 | por franciscabagulho | kiluanji kia henda

Exposição Colecção Sindika Dokolo, BRASÍLIA

TRANSIT_BRASÍLIA 2012  SINDIKA DOKOLO Colecção Africana de Arte Contemporânea
Curadoria | Daniel Rangel e Fernando Alvim
ABERTURA | 04 Outubro 2012, das 19h às 22h
CAIXA CULTURAL BRASÍLIA


02.10.2012 | por franciscabagulho | arte contemporânea africana

Teatro Elinga em Luanda tem os dias contados

O edifício sede do teatro Elinga, em Luanda, que para além de acolher a companhia de teatro do mesmo nome, se transformou num verdadeiro pólo cultural da capital angolana, vai ser demolido. O edifício, construído por portugueses no século XIX, foi considerado como “testemunho histórico do passado colonial” em 1981, vindo a ser desclassificado pelo Ministério da Cultura angolano no final de Abril. O edifício vai agora ser demolido para dar lugar ao projecto imobiliário Elipark, constituído por um parque de estacionamento, escritórios e um moderno hotel.

Um dos fundadores do teatro Elinga, o actor Orlando Sérgio, lamenta o acontecimento, pelos “laços afectivos” e pela descaracterização progressiva da baixa da cidade – “o edifício e a forma como era vivido acabam por dar uma característica muito própria à baixa da cidade” afirma, “assim, qualquer dia, Luanda será igual a tantas outras cidades.” 
Orlando Sérgio, e outras personalidades da vida cultural angolana, defendem que é possível a coabitação entre dois tipos de arquitectura, uma resultante do passado e outra mais recente, que se tem vindo a expandir, segundo os críticos, nos pressupostos da especulação imobiliária. 
Para além do edifício, perde-se também um pólo cultural de características únicas, por onde passam regularmente artistas plásticos, bailarinos ou músicos, e onde se realizam diversos eventos ligados à arte e cultura. “Para além de existir uma informalidade nas relações ali que não se sente em mais nenhum lugar em Luanda”, afirma Orlando Sérgio. 
No despacho executivo que fundamentava a decisão, a Ministra da Cultura angolana apontava para a necessidade de implementar o projecto Elipark e de requalificar o conjunto arquitectónico localizado no largo Matadi. Ainda não se sabe onde será a nova casa do teatro Elinga. 

Vitor Belanciano, Público 28/10/2012

28.09.2012 | por martalanca | Elinga Teatro

RAIZ FORTE

 

A série web-documentária Raiz Forte apresenta relatos de mulheres negras que descobriram formas de lidar com seus cabelos crespos. Esta produção audiovisual emerge com o intuito de gerar discussões acerca das relações com o cabelo enquanto forma de pertencimento e de explicitação da ancestralidade africana.

 

 

 

O primeiro episódio da série web-documentária Raiz Forte aborda quais foram os rituais de manipulação do cabelo crespo durante a infância da mulher negra. CLIQUE PARA VER

 

 

O segundo episódio da série web-documentária Raiz Forte aborda como a mulher age diante das opções adquiridas durante a adolescência e juventude com as diversas técnicas de alisamento, até então não permitidos devido a faixa etária. CLIQUE PARA VER

 

Terceiro e último episódio em breve


28.09.2012 | por samirapereira | África-Brasil, Identidade, série documental

Luanda por Terra Água e Ar de Paulo Moreira _ Prémio Fernando Távora

Prémio Fernando Távora | Conferência do Vencedor da 7ª edição, Paulo Moreira | Lançamento da 8ª edição, 1 de Outubro de 2012, 2ª feira, 22:00
Salão Nobre da Câmara Municipal de Matosinhos


Após o final da guerra civil em Angola, em 2002, Luanda embarcou num processo irresistível de regeneração. As riquezas naturais do país atraíram um imenso investimento estrangeiro que, em consonância com a política de “progresso”, está a transformar irremediavelmente a ordem social e espacial da cidade.
Frequentemente, a estratégia oficial de planeamento parece desligada do contexto cultural e geográfico, pois tem ignorado a vitalidade dos territórios informais, preferindo substituí-los por modelos urbanísticos importados. Bairros inteiros são deslocados para as novas colónias de reassentamento, nas periferias, dando lugar a projetos de especulação imobiliária. 
Este filme propõe uma perspetiva de urbanidade diferente, mais inclusiva, percorrendo a topografia da cidade, por terra, água e ar. A partir de uma série de entrevistas a cidadãos comuns, moradores num dos bairros não-planeados mais centrais (e, por isso, em risco), apresenta-se a informalidade como uma possibilidade coerente, merecedora do seu lugar de direito no metabolismo de Luanda.
Os testemunhos apresentados apontam para um diálogo genuíno entre o bairro e a cidade (e o Mundo). Apontam para uma relação recíproca entre privado e coletivo, entre biografia e história. Desafiam o lugar-comum propulsor de uma “cidade global” (rica) rodeada por “bairros pobres” (desesperados). Luanda é muito mais complexa do que isso.

27.09.2012 | por franciscabagulho | Luanda, urbanismo

Mort d'un théâtre à Luanda, victime des promoteurs

Haut lieu de la culture angolaise, le théâtre Elinga va disparaître, comme tant de maisons anciennes du centre-ville de la capitale

 



Le rideau va bientôt tomber sur la scène du théâtre Elinga de Luanda. Définitivement. Ce haut lieu de la culture angolaise, berceau d’artistes contestataires, va en effet bientôt disparaître, ses murs roses réduits à l’état de gravas, écrasés par les bulldozers, et ainsi connaître le sort de tant de maisons anciennes du centre-ville de la capitale angolaise, livré aux promoteurs immobiliers attirés par les fragrances de l’or noir du deuxième producteur de pétrole d’Afrique subsaharienne.Le théâtre avait pourtant des atouts pour échapper à ce sort funeste. Au-delà de la réputation internationale de ses créations dans le domaine de la danse et du théâtre, le bâtiment était classé monument historique par le ministère de la culture. Qu’à cela ne tienne ! Cette ancienne école construite par les colons portugais au XIXe siècle a tout simplement été déclassée en avril par le ministère de la culture. ” Du jour au lendemain, il n’y aurait plus eu de raisons historiques pour maintenir le classement. C’est la seule explication que l’on a bien voulu me donner. Risible si cela ne sonnait pas le glas du théâtre “, se lamente son directeur et auteur de pièces José Mena Abrantes.La vraie raison est financière. Tout le quartier va être rasé pour y construire un parking et des bureaux. Un investissement de quelques dizaines de millions de dollars portés par de mystérieux financiers liés au pouvoir, qui espèrent bien obtenir un retour sur investissement rapide en louant les locaux à quelques multinationales du pétrole américaine, française ou brésilienne, ou à des banques.Le calcul n’est pas idiot. Luanda est la deuxième ville la plus chère du monde pour les expatriés, derrière Tokyo, selon le classement 2011 réalisé par le cabinet de consultants Mercer. Le prix des bureaux bat des records dans cette ville où le loyer mensuel d’une maison pour expatriés tourne aux alentours de 20 000 dollars (15 500 euros).Depuis le boom pétrolier du milieu des années 1990 qui a fait exploser la croissance du pays (15 % en moyenne dans les années 2000), Luanda est saisie par une fièvre constructrice. Les chantiers éventrent la ville, sur lesquels des ouvriers chinois travaillent sans répit. Les vieilles pierres n’y résistent pas. ” Les Angolais, si fiers de vivre dans une des capitales les plus anciennes d’Afrique noire, n’auront bientôt plus de quoi se vanter. Il ne restera plus rien d’ancien dans la ville “, observe José Mena Abrantes.Presque sous ses fenêtres, passe une corniche de 200 millions de dollars, inaugurée la veille de sa réélection, le 28 août, par le président José Eduardo dos Santos, au pouvoir depuis trente-trois ans. Une corniche débarrassée des vieilles maisons qui se donne des airs californiens avec ses joggers et ses amateurs de musculation en plein air. Et même des rollers, incongrus dans le reste de cette cité aux trottoirs défoncés. Les gratte-ciel, eux, poussent comme des champignons et délogent vers les faubourgs, à coup de bulldozers sauvages et de matraques policières, les musseques, ces favelas angolaises sans eau ni électricité dans lesquelles s’entassent la plupart des quelque 6 à 7 millions d’habitants de Luanda. ” Les autorités entendent faire de Luanda le Dubaï d’Afrique australe, rappelle Claudia Gastrow, urbaniste et universitaire de Boston étudiant la capitale angolaise. Mais on ne voit pas la logique urbanistique ni la coordination. Le centre-ville n’est qu’une façade. “Copier le modèle Dubaï ? Jusqu’à projeter de construire, comme dans le Golfe, des îles artificielles au large de Luanda. Une idée portée par un certain José Recio, un ancien réparateur de pneus qui a fait fortune dans l’immobilier. Les plans furent bloqués par le président en conseil des ministres. Mais pour le théâtre Elinga, les dés sont jetés. José Mena Abrantes, par ailleurs conseiller en communication du président, n’était pourtant pas le plus mal placé pour éviter l’irréparable. Mais rien n’y a fait. Ni les pétitions, ni les interventions discrètes. Elinga deviendra un parking.

 quantas madrugadas tem a noite?quantas madrugadas tem a noite?

José Mena Abrantes appartient au premier cercle du pouvoir mais il ne s’est pas enrichi “, confirme Antonio Setas, journaliste d’opposition que l’on ne peut suspecter de mansuétude à l’égard d’un membre du MPLA (ancien parti unique, au pouvoir). Même le rappeur et figure de proue anti-régime Luaty Beirao ne trouve rien à redire contre le directeur du théâtre.Né en 1945 en Angola de parents d’origine portugaise, il fait ses études au Portugal d’où il s’est enfui au début des années 1970 pour échapper à la conscription qui envoyait les jeunes Portugais se battre dans leur colonie contre les indépendantistes. Il rallie le MPLA en Allemagne, sans pouvoir rejoindre la guérilla. ” “On ne veut pas de Blancs !”, m’ont-ils dit. “Une sourde lutte secouait alors le MPLA où une partie du mouvement voulait ” africaniser ” la rébellion.Il revient à Luanda au moment de l’indépendance, en 1975. La guerre civile déchire le pays. Une lutte à mort entre le MPLA, le FNLA et l’Unita qui fera 500 000 victimes et 4 millions de déplacés jusqu’en 2002. ” C’était la guerre et, moi, je voulais faire du théâtre ! “, se rappelle-t-il. Il devra patienter plus de dix ans durant lesquels il crée l’agence de presse officielle Angop d’où il finira par se faire licencier pour ” non-coopération avec la sphère idéologique “. Les alliés du régime angolais sont alors soviétiques et cubains. ” Mais dès le milieu des années 1980, dos Santos réfléchit à une réforme du système, avant la perestroïka “, affirme-t-il.Il choisit le théâtre, ” pour ne rien avoir à faire avec la politique “, dit-il. Petit à petit, le marxisme est enterré au profit d’une économie de marché confisquée par une clique d’officiers, tel le général Helder Vieira Dias ” Kopelina “, directeur du juteux Office national pour la reconstruction. ” Beaucoup se sont enrichis à l’époque “, regrette-t-il, avant même le boom pétrolier.José Mena Abrantes est un idéaliste. Fidèle à dos Santos plus qu’au MPLA, il se dit convaincu que le président a entendu les mouvements de contestation qui agitent la capitale depuis plus d’un an. ” Il fallait reconstruire les infrastructures avant de s’attaquer à la politique sociale. Il doit maintenant investir ce terrain-là. “ Sur les murs du théâtre, un petit graffiti proclame :” Ce chaos est en train de me tuer. “ Il a eu la peau du théâtre.

 

Christophe Châtelot© Le Monde

 

27.09.2012 | por martalanca | Elinga Teatro

Where the Equator meets the Greenwich Meridian...

It is our pleasure to invite you to the opening of an exhibition by artists from São Tomé e Príncipe, the small island group in the middle of the world.

Clifford Chance is involved in Africa, in terms of business but also as a supporter of local development in Africa. It supports a number of projects in São Tomé e Príncipe, the small country located in the Gulf of Guinea, in the areas of education, culture and active citizenship. São Tomé e Príncipe has a strong cultural and artistic tradition, which, as the country itself, is a bit of a secret.

A number of lawyers of Clifford Chance Amsterdam, united in Stichting Support São Tomé e Príncipe, have therefore taken the initiative to organise an exhibition of Sao Tomean art in Amsterdam in cooperation with Galerie ArtVisie and CACAU (www.cacacultural.com), a Sao Tomean cultural organisation. The exhibition will include paintings from a number of Sao Tomean artists, including the younger generation, as well as sculptures made from old metal (in this case old bicycles).

The exhibition will take place at Galerie ArtVisie and will open on 7 October at 16hr00 in the presence of some of the artists. The exhibition will continue until the end of November, so if it is not possible to attend the opening, please visit the exhibition on another day.

ArtVisie
Nieuwe Spiegelstraat 57
1017 DD Amsterdam

27.09.2012 | por martalanca | Olavo Amado