Amérika: Gestos Cinematográficos para Reencantar o Mundo

Amérika: Gestos Cinematográficos para Reencantar o Mundo O ciclo explora os cruzamentos entre o cinema experimental e a etnografia através de uma cartografia de práticas e gestos cinematográficos desenvolvidos histórica e contemporaneamente na América Latina. Dos filmes de Bruce Baillie e Chick Strand realizados no México ao cinema amazónico, que supera e desloca o terreno de intersecção entre o cinema experimental e a etnografia, e da obra do etnógrafo Jorge Prelorán à do cineasta experimental Bruno Varela, passando pelas peças pioneiras de videoarte de Juan Downey e pelos “poemas etnográficos” (Nicole Brenez) de Raymonde Carasco e Régis Hébraud, as treze sessões deste ciclo de três anos propõem um percurso representativo da diversidade visual e epistemológica do continente latino-americano.

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21.11.2023 | por Raquel Schefer

Uma América sem América

Uma América sem América Na semana passada, os Estados Unidos organizaram a 9ª Cimeira das Américas em Los Angeles, Califórnia. O encontro da Organização de Estados Americanos (OEA) foi parco em resultados e repleto em rebeldia. O encontro ficou marcado pela ausência do México, El Salvador, Guatemala, Honduras e Bolívia, em protesto pela recusa dos EUA em convidar Cuba, Venezuela e Nicarágua. Nunca mais uma América sem América, exigiram.

Jogos Sem Fronteiras

16.06.2022 | por Pedro Cardoso

A classe, a raça e o género em Angela Davis

A classe, a raça e o género em Angela Davis Angela Davis tenta dar voz às mulheres de etnia negra, silenciadas durante o percurso da história, ao desconstruir as correntes feministas convencionais para poderem abarcar a questão da raça e das suas vicissitudes. Portanto, nunca é transparente que Davis se assuma como uma feminista, já que a sua preocupação em momento algum descarta essa dimensão racial. É uma linha de pensamento que, cruzando o ativismo e a militância política com a formação intelectual, se vai desenvolvendo da classe e da raça até à questão do género, que lhe chega nas relações profissionais que vai experienciando na própria militância, mesmo no próprio seio das comunidades negras.

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22.03.2021 | por Lucas Brandão

Justiça e jornalismo nas Américas

Justiça e jornalismo nas Américas Somos suscetíveis à obscuridade. Não apesar, ou por causa da tecnologia moderna. Mas porque "o que é a história senão uma fábula na qual concordamos?" (Napoleão, talvez). Nossas ‘postagens’, ‘partilhas’ e hashtags se dissiparão no vazio digital quando começarmos a nos enxergar como geração que experienciou um excesso de visibilidade individual, se empolgou e esbaldou. E o ‘esbaldar’ é indiferente à mudança, assim como a mídia social é indiferente à justiça social. Hoje em dia, parece que atribuir natureza revolucionária à tecnologia é depreciar nosso potencial revolucionário como seres sociais, com todas as suas complexidades.

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24.05.2020 | por Mirna Wabi-Sabi

Let's Not Make Hollyood Great Again - ou o último Tarantino numa sala de cinema perto de si

Let's Not Make Hollyood Great Again - ou o último Tarantino numa sala de cinema perto de si Se o Once Upon a Time... é mesmo o Make America Great Again do Tarantino, com os seus dois super-heróis ‘trumpistas’ avant la lettre, brancos, machistas e racistas quanto baste – ou que sobretudo apostam no regresso a ‘'tempos mais simples'’, então eles (o Rick e o Cliff) bem podiam ser o duplicado (ou o duplo) desse par de hillbillies sinistros que aparecem no final do Easy Rider a salvarem-nos dos hippies, dos motards e da contracultura como de outros tantos drogados, criminosos e psicopatas.

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10.09.2019 | por Nuno Leão

Vinte anos depois, encontrei uma América mais negra

Vinte anos depois, encontrei uma América mais negra Mais activista, mais politizada, mais feminista e mais negra. É também assim a América, que defende a cultura da inclusão e diversidade, da justiça social e racial e onde a academia está consciente das desigualdades e empenhada em desafiá-las. Como se coaduna isto com a presidência de Donald Trump?

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23.03.2017 | por Filipa Lowndes Vicente

Eu também tenho um sonho

Eu também tenho um sonho Cinquenta anos depois o império americano cobre o continente africano com as bases militares e bases de drones através do Projecto Africon e lança bombas sobre vilas na Somália. Cinquenta anos depois a América continua com o seu projecto colonizador escondendo os seus tentáculos por detrás das vestes do Banco Mundial, da Organização Mundial do Comércio e do Fundo Monetário Internacional. Cinquenta anos depois os nativos americanos são tratados com não-cidadãos, quando a américa assassinou os seus ancestrais e roubou-lhes as suas terras.

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01.09.2013 | por Plataforma Gueto

Será Django Libertado o filme mais negro de sempre?

Será Django Libertado o filme mais negro de sempre?  Estará a América realmente pronta para confrontar-se com a sua história da escravatura? Por cada Rambo, um Django? Desta vez Tarantino foi mais longe e pôs meio-mundo a discutir raça, racismo e escravatura, o legado da guerra civil e a violência que está na génese da formação dos Estados Unidos.

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15.01.2013 | por Raquel Ribeiro

Depois da eleição de Obama, é mais difícil falar sobre raça na América

Depois da eleição de Obama, é mais difícil falar sobre raça na América Na sua campanha presidencial há quatro anos, Barack Obama disse que a questão racial não devia ser ignorada. Mas como Presidente, tem falado sobre o tema de forma episódica e só depois de ter sido publicamente pressionado. Qualquer menção de raça vinda da Casa Branca cria uma tempestade porque a América branca votou nele para acabar de vez com a conversa sobre a barreira racial. Esse é um dos maiores paradoxos da sua eleição: a raça tornou-se um tabu – para ele.

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11.10.2012 | por Kathleen Gomes

Do nosso esforço espiritual

Do nosso esforço espiritual Depois do Egípcio e do Índio, do Grego e do Romano, do Teutónico e do Mongol, o Negro é uma espécie de sétimo filho, nascido com um véu e dotado de uma segunda visão neste mundo americano – um mundo que não lhe concede uma consciência de si verdadeira, mas apenas lhe permite ver-se a si mesmo através da revelação do outro mundo. É uma sensação estranha, esta dupla consciência, esta sensação de estar-se sempre a olhar para si mesmo através dos olhos dos outros, de medir a nossa alma pela bitola de um mundo que nos observa com desprezo trocista e piedade.

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15.06.2011 | por William Du Bois