«Somos favoráveis a negociações e a que se encontre uma solução definitiva neste conflito entre o Mali e o Azawad», declarou em 16 de Novembro Bilal Ag Achérif, porta-voz dos rebeldes em Uagadugu (Burquina Faso), onde foi organizada uma mediação internacional. Por seu turno, as Nações Unidas discutem a possibilidade de uma intervenção militar. A divisão do Mali ilustra a fragilidade das fronteiras africanas, patente desde o fim da Guerra Fria.
Jogos Sem Fronteiras
08.01.2013 | por Anne-Cécile Robert
O complexo da De Beers é apenas uma coordenada ilusória; à parte do mundo lunda-tchokwe que ali se edificou, entre as paredes que falam em inglês, hesitam em falar português e onde o tchokwé ficou soterrado, longe dos lençóis luzentes de pedras preciosas.
A fronteira com o Congo oferece apenas a alusão à famosa vida das fronteiras, dos contrabandos, dos kilapes, da iminência da sobrevivência, dos idiomas que se fusionam em dialetos de notas musicais quase intocáveis, dos filhos feitos à sombra do camião de carga que espera voltar à estrada e das incontáveis gasosas.
Vou lá visitar
20.12.2012 | por Sílvia Norte
Os encontros Fadaiat duram, regra geral, 3-5 dias e são compostos por debates, ateliers, projecções de vídeos, apresentação de trabalhos de investigação de longo curso, streaming de rádio e de televisão (em directo das mais variadas partes do mundo), e acções concretas sobre os temas da Liberdade da Informação/Liberdade de Movimentos.
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05.01.2012 | por Ana Bigotte Vieira
A face contemporânea de um continente vista por alguns dos seus melhores fotógrafos do momento.
Vou lá visitar
05.01.2012 | por Celso Martins
Falar de zona de contacto, equivale a falar de distância e de proximidade, mas, sobretudo, do caracter precário e político das fronteiras culturais e das suas desigualdades. A forma como estes conceitos são articulados determina o modo como se define e interroga teorias e práticas de diálogo intercultural, questões de multiculturalismo e cidadania.
Jogos Sem Fronteiras
09.07.2011 | por Manuela Ribeiro Sanches
Esta oscilação da geografia, do imaginário e das formas de mobilidade é um fator chave das recomposições em curso. Acompanhar de maneira criativa estas recomposições exige que sejam abolidas fronteiras herdadas da colonização, que sejam abertos grandes espaços de circulação sem os quais não haverá nenhum pólo regional de força económica e de criatividade intelectual, cultural e artística. Nós temos que abrir em África vastos espaços de livre-circulação.
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16.10.2010 | por Achille Mbembe
Muitas das razões do êxodo reverberam aliás nas próprias palavras e na experiência pessoal dos indivíduos que se nos dirigem em Bab Sebta: a história de colonialismo e as relações privilegiadas que os antigos territórios administrados mantêm com as respectivas potências administrantes, frequentemente sobre a forma de neo-colonialismo; o carácter corrupto de muitos regimes de nações africanas e a perfeita indistinção entre economia e política que neles vigora; a força geradora das redes sociais mantidas entre emigrantes e co-nacionais nos seus territórios de origem; ou a ascendência cultural e a socialização prévia aos países industriais do Norte a que são submetidos potenciais emigrantes, por força das já-não-tão-novas-como-isso tecnologias de comunicação.
Afroscreen
29.09.2010 | por Frederico Ágoas
De Melila à Polónia, de Chipre às Canárias, milhares de pessoas tentam quotidianamente abandonar os seus locais de origem e atingir o continente europeu em busca de melhores condições de vida, deixando para trás os mais variados cenários – guerras, incêndios, secas, inundações, regimes repressivos, desemprego maciço, salários de miséria, fundamentalismos vários – e confrontando-se, em todo o lado, com a mesma estratégia repressiva, as mesmas barreiras e perseguições, o mesmo racismo e a mesma violência.
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01.08.2010 | por Ricardo Noronha
A proliferação de confins, a sua prismática decomposição e recomposição, constitui o outro lado da globalização. E acrescentaram: o sonho de um espaço totalmente fluído e transitável é talvez a última utopia do século XX. A suavidade característica do espaço contemporâneo dissolve-se, porém, mediante um olhar mais próximo. Um dos resultados mais imediatos dos movimentos e das interligações globais, parece ser a proliferação de confins, sistemas de segurança, checkpoints, fronteiras físicas e virtuais. É um fenómeno visível, quer a nível microscópico, nos territórios em que nos movimentamos no dia-a-dia, quer a nível macroscópico, nos fluxos globais: os confins estão, de facto, por todo o lado.
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26.07.2010 | por Sandro Mezzadra
Decidi agir na esfera simbólica, o objectivo não é mudar o mundo mas mudar o discurso em relação ao mundo. Contribuir para a tomada de consciência da nossa própria responsabilidade nos fenómenos globais. No meu trabalho artístico e textual, esforço-me para clarificar a correlação entre as sociedades de alta tecnologia e o surgimento de condições de vida precárias. Um dos meus principais objectivos é dar a conhecer que as causas e as soluções não estão sempre “noutros lados”.
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27.06.2010 | por Ursula Biemann