Vídeo Rasura

Vídeo Rasura RASURA, vídeo concebido em Agosto em São Tomé, realização do Lubanzadyo Mpemba e a edição de som de Sara Morais. Penso na rasura lida desde a efemeridade do meu percurso de poesia oral e performativa, uma poética do corpo presente que vive dessa passagem do corpo/voz por diferentes palcos, desde a ideia de corpo enquanto arquivo.

Vou lá visitar

20.12.2021 | por Raquel Lima

Repetições da Violência na Arte de Vitória Cribb e Welket Bungué

Repetições da Violência na Arte de Vitória Cribb e Welket Bungué O artigo descreve três obras artísticas audiovisuais ('Ilusão', 'Bustagate' e 'Eu Não Sou Pilatus', produzidas respectivamente pelos artistas Vitória Cribb e Welket Bungué, entre 2019 e 2020) para debater como elas tratam, cada uma à sua maneira, o tema da repetição da violência contra corpos negros no ambiente numérico das redes; invocando uma análise qualitativa e estética dos procedimentos empregados nos vídeos e também dos locais em que eles foram disponibilizados, explora-se a hipótese, seguindo Hui (2021), de que a arte joga luz sobre a irracionalidade do racismo viabilizado por algoritmos e assim pode constituir uma necessária aproximação ao sublime, ao não-racional.

A ler

17.12.2021 | por Eduardo Prado Cardoso

Cenas do Gueto I A cor do rap

Cenas do Gueto I A cor do rap No tabuleiro do rap haverá uma cor que identifique este estilo musical? As peças de damas de PekaGboom e Bráulio estão posicionadas, uma partida que inspira reflexões sobre as origens do rap, a identidade e a cultura.

Afroscreen

15.12.2021 | por Otávio Raposo

Temos de Falar 5, à conversa com Gisela Casimiro

Temos de Falar 5, à conversa com Gisela Casimiro Gisela Casimiro conversa com Odete e Rafaela Jacinto: performers do teatro e do cinema, poetas, artistas premiadas e activistas pelos direitos LGBTQIA+, trans e queer, amigas e companheiras de palco, de lutas.

Palcos

14.12.2021 | por vários

Como está-tua ex-celência?

Como está-tua ex-celência? A História é tanto a erecção das estátuas e dos monumentos como as suas demolições. Presumindo e contundindo, pedir a substituição, a recolocação ou o afundamento duma estátua faz parte do processo histórico.

A ler

14.12.2021 | por Mário Lúcio Sousa

Cenas do Gueto I Ser artista

Cenas do Gueto I Ser artista Ser artista mobiliza sonhos e responsabilidades. A aprendizagem é coletiva, não existindo qualquer perspetiva de evolução sem o apoio e a orientação dos colegas.

Afroscreen

13.12.2021 | por Otávio Raposo

O rap é misógino?

O rap é misógino? A primeira vez que BLINK se impediu de cantar uma rima, estava num concerto de Regula. Quando a plateia feminina entoou “As duas juntas fazem-me coisas que tu não imaginas / metem as bolas na boca e dizem que estão com anginas”, na música “Casanova”, ela manteve-se em silêncio enquanto tentava digerir o choque. Não era que não tivesse ouvido os versos antes, mas pareceu-lhe errado cantar aquilo sendo mulher. Para a rapper, é possível distinguir o conteúdo da forma. As rimas, a sua métrica e cadência são atrações que por vezes até ofuscam o conteúdo, pelo menos numa primeira audição. Mas as palavras dissecadas deram-lhe a volta ao estômago.

A ler

13.12.2021 | por Rute Correia

Cronices Crónicas: Cartorzinhas... um problema de adultos

Cronices Crónicas: Cartorzinhas... um problema de adultos Estamos habituados a que um homem tenha muitas esposas, habituados a marcar casamentos quando se descobre que a pessoa nasceu com uma vagina (e ainda nem sequer lhe demos um nome), às vezes, o casamento é marcado com homens já com outras esposas e com netas mais velhas que a recém-nascida. Habituados a que o homem possua mulheres (em todas acepções da palavra), que quando vemos um homem a desfilar com catorzinhas, assumimos simplesmente que ele está no seu direito e que ela é que é puta.

Corpo

06.12.2021 | por Marinho de Pina

Onde o Tibete resiste, fecham-se as portas ao mundo (I)

Onde o Tibete resiste, fecham-se as portas ao mundo (I) À nossa chegada, num cartaz gigante, escrito em chinês e tibetano: Administre os assuntos religiosos de acordo com a lei, não são permitidos templos ou monges ilegais. Do outro lado da estrada, novo letreiro dá voz a mais uma campanha do Partido Comunista Chinês para combater a pobreza. Lê-se: Seja grato ao partido, ame a pátria, respeite a lei e esforce-se por uma vida confortável. Neste lugar retirado de tudo, vem-me à memória a nossa viagem a Xinjiang, no ano anterior, a ubiquidade da propaganda, dos postos de controlo, de um constante desassossego, Está tudo em ordem, digo para mim, e recordo alguns exercícios de respiração enquanto avançamos finalmente em direcção a Yarchen Gar.

Vou lá visitar

05.12.2021 | por Catarina Domingues

Murmúrio e momentos de um Poeta-a-Dias

Murmúrio e momentos de um Poeta-a-Dias Dos cinquenta e cinco poemas que fazem o livro, onze estão escritos originalmente em kriol (língua guinense), aparecendo ao lado das suas traduções em português, que em nada diminuem os seus efeitos líricos, sendo que, no fim, ainda há um glossário para as expressões não traduzidas ao pé dos textos. Entre estes poemas, destaca-se Fos ku Pitrol (p. 110), “I e ski kontrada di fula ku mandinga”, numa alusão à guerra de Turban (Kansala), entre fulas e mandingas, um acontecimento ainda hoje vivo nas relações entre as duas etnias, permitindo sentir, por exemplo, o sabor local de que também são feitos estes momentos murmurados pelo poeta, que a nós nos coube apenas escutar os sussurros deixados escapar entrelinhas.

A ler

03.12.2021 | por Sumaila Jaló

Ação de Graças, o luto do povo da Primeira Luz

Ação de Graças, o luto do povo da Primeira Luz Os perus, pão de milho, abóboras, amoras e bolos são a cara feliz do dia de Ação de Graças. Nesta celebração fofa que Hollywood nos impinge, as famílias unem-se e abraçam-se; os bons cidadãos ajudam os pobrezinhos que não têm que comer; milhares desfilam pelas ruas das cidades. A festa celebra o amor ao próximo e prepara os estômagos e ânimos para o Black Friday na virada das 24 horas. Oficialmente, a comezaina e arrebate de caridade têm origem lá no início da fundação dos EUA em terra indígena, quando o primeiro grupo de colonizadores europeus com intenções claras de assentar arraiais aportou às praias do que hoje é Massachusetts. Eram 102 e passaram para a História como os “pais peregrinos”. Era o ano de 1620.

Jogos Sem Fronteiras

01.12.2021 | por Pedro Cardoso

Cenas do Gueto I Do bairro para o mundo

Cenas do Gueto I Do bairro para o mundo O lema é do bairro para o mundo. Por via da arte, os jovens da Quinta do Mocho constroem horizontes de oportunidades, projetando novas visibilidades sobre si próprios e o bairro onde vivem.

Afroscreen

01.12.2021 | por Otávio Raposo

Cenas do Gueto I Bráulio dança

Cenas do Gueto I Bráulio dança O corpo é rítmico e balança ao sabor da música rap. Os sentimentos de felicidade e liberdade acompanham a performance de Bráulio Pitra, que nem o ruído do avião é capaz de conter.

Afroscreen

30.11.2021 | por Otávio Raposo

O Assassinato de Alcindo Monteiro

O Assassinato de Alcindo Monteiro Todos desceram depois a Rua Nova do Almada até à Praça do Município e enfiaram pela Rua do Arsenal, em direção ao Cais do Sodré. Durante este trajeto, encontraram outro indivíduo negro, em sentido contrário, o qual foi também cercado e agredido a soco e com pontapés, ao ponto de o terem derrubado, fazendo-o cair no chão. As agressões continuaram, até que um deles ergueu um pau com o formato de um taco de basebol, desferindo-lhe uma pancada no rosto, causando-lhe, entre outras lesões, um traumatismo craniano e na pirâmide nasal, com fratura dos ossos do nariz. Depois, abandonaram-no, continuando rumo à Avenida 24 de Julho, ao estabelecimento «A Merendeira», para se encontrarem, conforme combinado, com outros elementos do seu grupo de skinheads.

Mukanda

30.11.2021 | por João Pedro George

Temos de Falar 4, à conversa com Gisela Casimiro

Temos de Falar 4, à conversa com Gisela Casimiro O 4º episódio de "Temos de Falar" contou com a presença de André Tecedeiro, artista plástico e poeta e Laura Falésia, académica das áreas de estética, filosofia e gestão.

Palcos

29.11.2021 | por vários

(S)EM TERRA, de Laura do Céu

 (S)EM TERRA, de Laura do Céu São poemas escritos por uma mulher e a atitude subversiva advém da sua condição de não pertença a um centro de poder estabelecido e da construção do poder a partir do olhar visto a partir da margem e que convoca sentimentos de sororidade, “todas por uma” (coro de irmãs). É a mulher que “pinta os lábios de encarnado rubescente” (Hipálage do Tempo (In)Útil) que luta e reage, autónoma, independente, “dona do desejo e da repulsa” (Onanismo), alguém que poderia juntar-se ao coro de quem uma vez escreveu “Guerreiros, nós, mulheres de corpo inteiro e segura mão”.

A ler

29.11.2021 | por Margarida Rendeiro

Floresta Colonial: a eucaliptização de Moçambique

Floresta Colonial: a eucaliptização de Moçambique Sob o pretexto do «reflorestamento», da «descarbonização» e a troco de «empregos», na última década, a expansão gigantesca da monocultura do eucalipto pela Portucel Moçambique tem levado ao fim das terras comunais e das machambas que garantiam a perene sobrevivência de comunidades rurais, condenadas a viver sem nada e impotentes perante o desenvolvimento do eucalipto.

A ler

27.11.2021 | por Filipe Nunes e João Vinagre

Temos de Falar 3, à conversa com Gisela Casimiro

Temos de Falar 3, à conversa com Gisela Casimiro O terceiro episódio do Temos de Falar contou com a presença do antropólogo Miguel Vale de Almeida e do escritor Rui Zink.

Palcos

22.11.2021 | por vários

De Palácio a Centro Cultural de Luanda. Nota da CDC Angola

De Palácio a Centro Cultural de Luanda. Nota da CDC Angola a designação de “Palácio” há muito caiu em desuso, por nos remeter para um contexto de regimes políticos em decadência que instrumentalizavam as artes mantendo-as cativas da sua grandiosa máquina propagandística ditatorial, por outro, marginaliza, numa total falta de respeito e consideração, os artistas / profissionais da DANÇA.

Palcos

22.11.2021 | por vários

A América vota demais?

A América vota demais? Nos EUA, o governo federal realiza as eleições para o Congresso pelo menos duas vezes, de dois em dois anos. Mas eleições locais e estaduais são por vezes vinculadas às eleições federais, mas não na maioria dos casos. Os americanos elegem mais de meio milhão de representantes/deputados no total, desde o presidente até ao legista do condado. (É difícil comparar este número com outros países, que poderiam colocar mais assentos legislativos a voto, mas não, digamos, inspetor de minas ou engenheiro do condado). Um exemplo particularmente estranho num contexto global: “Nenhuma outra democracia no mundo utiliza as eleições para escolher juízes ou procuradores”, disse Richard Pildes, um perito eleitoral de Nova Iorque. Em vez disso, outros funcionários/deputados nomeiam normalmente os juízes e procuradores de um país.

Jogos Sem Fronteiras

21.11.2021 | por German Lopez