Universidade de Lisboa discute fronteiras, jihadismo e alterações climáticas no Norte de África

A Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa será o cenário de um colóquio de dois dias, que trará a Portugal especialistas dos EUA, de Marrocos, dos Países Baixos e do Reino Unido, para discutirem, com académicos portugueses, temas como fronteiras, jihadismo, alterações climáticas e conflitos espoletados pela disputa da água no Sahel, e a sua dimensão histórica associada ao Magrebe e à Península Ibérica.

“O Sahel, o Magrebe e a Península Ibérica: Fronteiras, Trânsitos e Conflitos” é o nome deste encontro científico, que se realizará entre 28 e 29 de maio, e que reunirá investigadores das áreas da história medieval e contemporânea, da arqueologia, da antropologia, da sociologia e da política.

O historiador neerlandês Joas Wagemakers, da Universidade de Utrecht, que se distinguiu com a obra A Quiet Jihadist: The Ideology and Influence of Abu Muhammad al-Maqdisi (2012), redigida a partir da entrevista a este ideólogo da al-Qaeda, será o orador principal e abrirá os trabalhos. Da sua investigação, fazem parte estudos sobre o pensamento salafista, a Irmandade Muçulmana, o Hamas e os direitos das mulheres no mundo xiita e na Arábia Saudita.

A discutir noções de fronteira e fronteiro durante a presença portuguesa em Marrocos, no século XVI, estará o historiador Gonçalo Matos Ramos (Universidade de Lisboa). O antropólogo e historiador marroquino Rahal Boubrik (Universidade Mohamed V de Rabat) centrar-se-á na jihad lançada pelo shaykh Ma’ al’Aynayn contra espanhóis e franceses, na Mauritânia, entre o final do século XIX e o princípio do século XX. Já o antropólogo Francisco Ramos (Universidade Nova de Lisboa) contribuirá para este debate sobre fronteiras e colonialismos com uma análise sobre a revisitação contemporânea de políticas postas em prática na Mauritânia pós-independência.

A influência dos almorávidas no território do Sahel e do Magrebe será também explorada. O arqueólogo britânico Timothy Insoll (Universidade de Exeter) abordará as redes de circulação e os vestígios deixados por esta confederação política que, entre meados do século XI e meados do seguinte, construiu um império que se estendia entre as margens dos rios Senegal e Níger até ao Tejo. A historiadora Inês Lourinho (Universidade de Lisboa), por sua vez, analisará um “artigo” de uma revista do DAESH, que recorre à memória dos almorávidas para legitimar politicamente grupos jihadistas contemporâneos.

Ricardo René Larémont, cientista político e sociólogo norte-americano, da Universidade de Binghamton, trará a discussão para os violentos conflitos entre pastoralistas nómadas e agricultores do Sahel, em virtude das alterações climáticas, que têm levado ao recuo das bacias hidrográficas. Um cenário de instabilidade e de condições de vida frágeis favorece o aparecimento de grupos armados. Outro cientista político, o norte-americano Aaron Y. Zelin, da Universidade Brandeis, falará do recrutamento de combatentes para o jihadismo global. Criador do site Jihadology, que acompanha as comunicações de redes jihadistas, Zelin abordará o percurso de Abu ‘Iyad al-Tunisi, um destacado membro da al-Qaeda ao tempo de Usama b. Laden e depois de Ayman al-Zawahiri.

O historiador Hermenegildo Fernandes, diretor da Faculdade de Letras, e especialista nas transições entre as sociedades islâmicas e cristãs no Ocidente Peninsular medieval, fechará os trabalhos, com uma reflexão sobre as temáticas em debate, procurando estabelecer linhas de raciocínio e continuidades entre a Idade Média e a contemporaneidade.

Cada dia do colóquio será concluído com uma mesa-redonda, que viverá do animado debate entre os vários oradores, uma importante contribuição para aclarar e pensar questões com impacto direto na nossa sociedade.

22.05.2024 | por martalanca | Sahel

txon-poesia, Festival Internacional de Poesia e Poética 2024

Amílcar Cabral é homenageado nesta 4ª edição, para quem a escrita de poemas esteve ligada à ação cultural. Viveu parte da infância em Mindelo, Cabo Verde, onde fez o liceu e começou a escrever poemas. Cabral desenvolve a sua obra poética em torno de temas como a insularidade, o isolamento, a emigração e os flagelos causados pela seca, aridez e a erosão. Nas suas palavras, poesia é “como um produto do meio em que tem expressão”, por isso deve ter os “pés fincados na terra” para poder cantar a realidade humana.

A convidada internacional do txon-poesia, Festival Internacional de Poesia e Poética em Mindelo 2024 é Olinda Beja, escritora, poeta, narradora, contadora de histórias, nascida em Guadalupe, São Tomé e Príncipe. Com vasta obra publicada entre poesia, romances, contos e infanto-juvenil, dedicada à difusão da cultura santomense. Tem poemas e contos traduzidos para várias línguas, é detentora de prémios literários, distinções e homenagens. Embora já seja presença conhecida em Cabo Verde, estará na cidade de Mindelo pela primeira vez.

PROGRAMA

QUINTA FEIRA, 23 DE MAIO

18:00 horas
POESIA, IMAGEM E DECOLONIZAÇÃO DO OLHAR
Projeção de vídeo-poema de Carol Braga e conversa com João Paradela e Maiky Miller, moderada por Érico Medina
Alternativa Galeria

21:00 horas
MAUMDIA
Espetáculo de Zenaida Medina (TriPé)
Espaço Fernando Pessoa do Centro Cultural Português, Polo do Mindelo
Entrada livre com lugares limitados. Reserva pelo: +238 9867231

SEXTA FEIRA, 24 DE MAIO

18:00 horas
KILÊLÊ: A DANÇA SAGRADA DO FALCÃO
Conversa em torno do livro de Olinda Beja com apresentação de Filinto Elísio e Olavo Bilac Cardoso e presença da autora
Centro de Língua Portuguesa – Mindelo, Universidade de Cabo Verde (Liceu Velho)

21:00 horas
ROTEIRO POÉTICO
Ponto de encontro: “Kilêlê: a dança sagrada do falcão”, performance poética de Olinda Beja na Alternativa Galeria, seguindo para: “Novidades do Passado e Déjà-vus do Futuro”, showcase com Revan Almeida no Espaço Fernando Pessoa do Centro Cultural Português, Polo do Mindelo

SÁBADO, 25 DE MAIO

10:00 horas
PARA ALÉM DA PALAVRA: A ARTE DO DIZER E DO CONTAR
Oficina de performances da palavra com Olinda Beja
Espaço Zeca Afonso do Centro Cultural Português, Polo do Mindelo
Entrada livre mediante inscrição para: txonpoesia@gmail.com

16:00 horas
VIVA AMÍLCAR CABRAL!
Projeção do filme “Canhão de boca” de Ângelo Lopes seguida de conversa com Ana Cordeiro, Carlos Santos e Rita Rainho, moderada por Érico Medina
Alternativa Galeria
18:30 horas
POEMAS DE LIBERDADE
Performance poética pela Academia Cesária Évora com direção de Yannick Fortes
Alternativa Galeria

21:00 horas
SPOKEN WORD MINDELO #23
Slammers: Christy Roberto, Cuktel, Érico Medina, Helena Moscoso, Indzayz, Márcia C. Brito, Valódia Monteiro
MICRO ABERTO // OPEN MIC
Performances musicais:
Caplan Neves
Bertânia Almeida com Nuno Tavares
Hosted by: Anaísa Lopes e José Pinto
Espaço Fernando Pessoa do Centro Cultural Português, Polo do Mindelo

22.05.2024 | por martalanca | txon-poesia

O Árabe do Futuro

NOVIDADE NOVELA GRÁFICA: ÁRABE DO FUTURO 6. SER JOVEM NO MÉDIO ORIENTE (1994-2011, escrita e desenhada por Riad Sattouf, Teorema

Sinopse:

O Árabe do Futuro, conta a vida de um jovem no Oriente Médio (1978-2011) numa série em BD dividida em seis volumes, escrita e desenhada por Riad Sattouf. Vendeu mais de 3 milhões de exemplares e foi traduzido para 23 idiomas, conta a infância e a adolescência do autor, filho mais velho de mãe francesa e pai sírio. A história leva-nos da Líbia do Coronel Gaddafi à Síria de Hafez Al Assad, passando pela Bretanha, de Rennes ao Cabo Fréhel. Este sexto volume cobre os anos 1994-2011 e é o último da série.

RIAD SATTOUF Autor de origem franco-síria, Riad Sattouf nasceu em Paris em 1978. Passa a sua infância na Argélia, na Líbia e na Síria, onde recebe uma educação muçulmana. Regressa a França com 12 anos de idade, prosseguindo os seus estudos, primeiro em Cap Fréhel e mais tarde em Rennes, onde cursa a Escola de Belas-Artes. É atualmente um autor de BD de grande sucesso. É igualmente um (re)conhecido cineasta, tendo realizado Les BeauxGosses, galardoado com um César para o Melhor Primeiro Filme em 2010, e Jacky au Royaume des Filles, que estreou em França nos inícios de 2014.

 

18.05.2024 | por martalanca | árabe

Exposição "Problemas do Primitivismo – a partir de Portugal" » Inauguração 18 maio, 17h00

De 18 de maio a 17 de novembro, 2024 Centro Internacional das Artes José de Guimarães

Curadoria: Mariana Pinto dos Santos (IHA-NOVA FCSH / IN2PAST) e Marta Mestre (CIAJG)

Este sábado, 18 de maio, às 17h00, o Centro Internacional das Artes José de Guimarães inaugura ”Problemas do Primitivismo – a partir de Portugal”uma exposição que, assente numa pesquisa ampla em arquivos e coleções portuguesas, interroga o «primitivismo» e as suas contradições. A exposição aborda os contextos da ditadura, da colonização, do anticolonialismo e do pós-colonialismo, propondo uma máquina visual impregnada de imagens e referências artísticas e culturais que problematiza a invenção do «primitivo» e a sua persistência até à contemporaneidade. Seis palavras-chave, permeáveis entre si, organizam a exposição: Civilização, Museu, Ingénuo, «Mar Português», «Jazz-Band» e Extração. Através delas, dá-se a ver não uma cronologia fixa, mas percursos e correlações diagramáticas, tensões entre textos e imagens, que enfatizam a estrutura ideológica, social e cultural sobre a qual assentou e assenta a ideia de «primitivo».  

A partir das 19h00, o CIAJG recebe também o “antimuseu”, um programa com intervenções musicais contínuas em lugares inesperados, que explora o contexto arquitetónico e acústico e estabelece novos parâmetros para a experiência do museu. Depois de uma 1ª edição em 2022, o “antimuseu” volta a afirmar-se como um momento de cruzamento entre a música exploratória e a arte contemporânea espelhado num programa de extensa catarse, até às 02h00, com apresentações de nomes fulgurantes como Croatian Amor, DJ Lynce, DJ Veludo, Miguel Pedro, oqbqbo e Vanity Productions.

Entrada gratuita, até ao limite da lotação disponível

 

Problemas do Primitivismo – a partir de Portugal é uma exposição que interroga o «primitivismo» e as suas contradições. A exposição aborda os contextos da ditadura, da colonização, do anticolonialismo e do pós-colonialismo, propondo uma máquina visual impregnada de imagens e referências artísticas e culturais que problematiza a invenção do «primitivo» e a sua persistência até à contemporaneidade. Seis palavras-chave, permeáveis entre si, organizam a exposição: Civilização, Museu, Ingénuo, «Mar Português», «Jazz-Band» e Extração. Através delas, dá-se a ver não uma cronologia fixa, mas percursos e correlações diagramáticas, tensões entre textos e imagens, que enfatizam a estrutura ideológica, social e cultural sobre a qual assentou e assenta a ideia de «primitivo».  
Na modernidade, em tempo de fascismos e imperialismos, essa ideia tanto foi ferramenta nacionalista e de legitimação do projeto colonial, como ferramenta libertária e anticolonial, pois muitos intelectuais e artistas beberam no ideário primitivista movidos pela vontade de subversão da ordem social estabelecida. Porém, os estereótipos, preconceitos, e a visão homogénea sobre o «Outro», estiveram presentes nos vários usos, por vezes conflituosos e antagónicos, do primitivismo.
De cunho investigativo e experimental, e sem pretensão de esgotar o assunto, a proposta curatorial convoca todo o museu para uma abordagem crítica através de uma polifonia de vozes nas fontes e nos autores e artistas convidados a participar. Mais de setenta artistas, autoras e autores, de diversas proveniências e inscrições culturais, colaboram nesta exposição com obras de arte, originais e reproduções, textos e citações.
A exposição resulta de um mergulho em arquivos e coleções portuguesas e que incorpora muitas perspetivas e pesquisas recentes, na área da história e crítica da arte, antropologia, museologia, etc. Deriva, em parte, do projeto PIM – Modernismos Ibéricos e o Imaginário Primitivista, que esteve sediado no IHA de 2018 a 2022, com investigação adicional dos últimos dois anos e incluindo artistas contemporâneos.
Problemas do Primitivismo – a partir de Portugal é possível graças ao apoio da Fundação Millennium bcp, tanto financeiro como no empréstimo de obras, e ao apoio do IHA, que financiou uma bolsa de investigação de 6 meses no âmbito do IHA seed-project Investigação documental e visual no âmbito da exposição ‘Primitivo’, atribuída a Margarida Moura (IHA – GI ArtTHC), que assume assistência de curadoria.

 

 

16.05.2024 | por martalanca | primitivismo

GERMINAR com Ariana Furtado, Colectivo FACA, Kitty Furtado

22 maio quarta 18h30 Teatro do Bairro Alto - programa de Melissa Rodrigues

Num ciclo dedicado a semear futuros coletivos, refletimos sobre educação e as suas ramificações e intersecções com a arte, a decolonialidade e a contra-colonialidade, a imaginação e a transgressão como prática de liberdade, como nos ensinou bell hooks.  

Inspiramo-nos nas palavras-sementes de Amílcar Cabral, Lilica Boal, Frantz Fanon, Paulo Freire, Lélia González, entre tantas outras, para fazer da educação a primeira e principal arma de mudança.

Antes da conversa será projetado o filme Skola di Tarafe/Mangrove School de Filipa César e Sónia Vaz Borges.

Skola di Tarafe/Mangrove School  

Video & 16mm transferido para vídeo, 2K, som, cor, 35’, 2022

 Numa viagem recente à Guiné-Bissau, fomos pesquisar sobre as condições dos alunos nas escolas de guerrilha situadas nos mangais. Em vez disso, rapidamente nos tornámos nós próprias as alunas e a primeira lição foi como andar. Se andares erguida, colocando primeiro os calcanhares no chão, logo escorregas nos ouriques e cais no arrozal inundado ou ficas presa na lama do mangal. Então, tens que baixar o corpo, dobrar os joelhos e espetar os dedos dos pés verticalmente na lama, estender os braços para a frente e avançar num movimento consciente e presente. Na escola do mangue, a aprendizagem acontece com o corpo todo.

Este trabalho parte de uma pesquisa profunda sobre o sistema militante educativo desenvolvido pelo Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC) durante o processo de libertação, os onze anos de luta armada (1963-74) contra a ocupação colonial portuguesa e o interesse recorrente no imaginário da tarafe – a palavra criola para mangue. O mangue é uma arquitetura natural aérea, onde a memória ainda flutua através das redes das raízes e o respiro da maré oxigena um conhecimento de resistência numa condição de resistência pelo conhecimento. Aqui entramos num imaginário entrelaçado de várias dimensões convergentes: a epistemologia do rizoma, conceitos de educação militante e política, os ensinamentos de habitantes da comunidade Malafo, arquivos nómadas e noções agronómicas/botânicas de engenharia de mangais.

Sónia Vaz Borges & Filipa César 

*

ARIANA FURTADO nasceu em Cabo-Verde, cresceu em Portugal, é professora do 1.º Ciclo e coordenadora da Escola Básica do Castelo em Lisboa, Agrupamento de Escolas Gil Vicente. É coautora dos projetos premiados Com a mala na mão contra a discriminação e Ge(ne)rando polémica…ou antes pelo contrário. Traduziu ainda os livros para a infância: O Senhor da Dança e O Grão de Milho Mágico de Véronique Tadjo, O Colar Mágico e O Camaleão que se achava feio de Souleymane Mbodj.

KITTY FURTADO é crítica cultural empenhada na diluição de fronteiras entre academia e esfera pública. Doutora em Estudos Culturais, tem sido curadora de mostras de cinema (pós-)colonial e promovido a discussão pública em torno da Memória Cultural, do Racismo e das Reparações.

 O COLECTIVO FACA é um projeto de cidadania ativa, que questiona as narrativas da cultura visual, formado em 2019 por Andreia Coutinho e Maribel Mendes Sobreira. Trazem discussões para o debate cultural português acerca das temáticas do feminismo, colonialismo, racismo, LGBTQI+ e não-normatividade em geral em espaços museológicos. Não apagando a História, cruzam as diversas narrativas, puxando as margens para o centro do debate.

16.05.2024 | por martalanca | ariana furtado, colectivo FACA, filipa césar, Kitty Furtado, Sónia Vaz Borges

Sobreviventes, de José Barahona

Sinopse: Numa ilha deserta, um grupo de sobreviventes de um naufrágio de um navio negreiro enquanto luta pela sobrevivência assiste a uma inversão dos valores morais e sociais da época. “Sobreviventes” conta a história de como senhores e pessoas escravizadas conseguiriam ou não conviver numa situação extrema. Esse olhar sobre os portugueses colonialistas e a escravatura, a partir da história de um naufrágio, é uma ideia de José Barahona, com argumento co-escrito com José Eduardo Agualusa. Uma produção David & Golias e Refinaria Filmes

16.05.2024 | por martalanca | cinema, José Barahona

Dança e música africana e afrobrasileira

Dias 6,7 e 8 Julho

Senhora dos Milagres – Centro de Vivências, Arte e Natureza - Monção

 “VIAGEM 24H A ÁFRICA”, é a frase que serve de mote a um intensivo de dança, música, cinema, gastronomia e sobretudo cultura africana.


Esta é a 6ª edição de um encontro organizado por Eva Azevedo - Associação Popolomondo, que pretende, uma vez mais, desafiar a comunidade a conhecer as ligações históricas, culturais e sociais que existem entre Portugal e África. Nesta edição, Eva Azevedo propõe-nos uma ‘viagem’ do Benim ao Brasil, dentro do contexto do projecto “Olokum” - uma reflexão sobre a dança africana como expressão cultural globalizante. Facto é que os gestos, a língua e a cor do povo africano foram desde o período dos descobrimentos, da escravatura e da colonização, transportados no corpo dos seus viajantes para os vários continentes, ao longo dos séculos. Hoje, permanece o fascínio pela mistura resultante do encontro de culturas, pensamentos e religiões diferentes. Em nome dessa união, a dança africana convida-nos a fazer parte da sua história contemporânea, em constante renovação.
A“VI VIAGEM 24H A ÁFRICA”, realizada na aldeia dos Milagres, em Monção, contará com a especial participação de Vincent Harisdo (Benim), Jorge Ciprianno e Pedro Barbosa (Brasil), Vanessa Fernandes (Guiné Bissau/Portugal) e Eva Azevedo (Portugal). Este encontro decorrerá nos dias 6, 7 e 8 de Julho, perfazendo as 24 horas de convívio.
Ao longo das edições anteriores, organizadas desde 2010, desafiámos artistas de diversas áreas e diferentes países a embarcar numa partilha de conhecimentos, experiências e vivências. O resultado tem sido uma perfeita simbiose entre todos, envolvendo-nos em conversas, debates e reflexões sobre a vida a arte e os filmes que as documentam, exibidos ao anoitecer.
Este evento já contou com a participação de nomes como Dafra Keita, Sibiri Konaté, Emmanuel Sanou, Noumoutie Reggae Ouattara, Issouf Outtara (Burkina Faso), Djily (Senegal), Cristina Rosa Velardo (Espanha), Dyllu Matola (Moçambique), Nerea Rubio (Espanha), António Tavares (Cabo Verde), Allatantou Compagnie, Sementinha, Artmetisse, Taluma Films, Teresa Fabião (Portugal- Brasil), Vanessa Fernandes (Portugal- Bissau) e André Soares (Portugal). 

Vídeo do evento anterior https://www.youtube.com/watch? v=-obvWgtwAjQ mais informações em: https://www.facebook.com/24hvi agemaafrica/

16.05.2024 | por martalanca | cinema, cultura africana., dança, gastronomia, música

“Fazer Comunidade, Constituir memória 2024” . residência artistas PALOP

A Residência Artística com a duração de dois meses (03/07 a 30/08) é dirigida a duas/dois artistas com vínculo aos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), nascidos ou descendentes de cidadãos oriundos dos países PALOP, sem limite de idade, finalistas de escolas de Arte ou com percurso artístico já desenvolvido nas diferentes áreas das artes visuais.
Inclui alojamento, fee para alimentação, estúdio de trabalho, fee para produção, tutorias, curadoria, exposição dos projetos, divulgação e edição de um catálogo online bilingue. A bolsa não contempla custos de deslocação ou viagem.
O regulamento pode ser consultado aqui: https://www.ramastudios.pt/residencia-artistica-fazer-comunidade-constituir-memoria-2024

16.05.2024 | por martalanca | PALOP, RAMA, Residência Artística

Exposição de Letícia Ramos sobre Explorar os caminhos da imaginação: “Campo Magnético”

 A Sala de Exposições da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa no Porto abre as portas à inauguração de “Campo Magnético”, a mais recente exposição da artista brasileira Letícia Ramos. Nesta exposição, a artista cientista mergulha nas profundezas da relação entre fenómenos geológicos e climáticos e o impacto que estes podem ter na imaginação. A inauguração realiza-se a 02 de maio, às 19h, no Auditório Ilídio Pinho, com a performance de Letícia Ramos Films e da Banda Sonora Original and Foley ao Vivo, protagonizada por Rossano Snel, com a participação do Supernova Ensemble.

“Nesta exposição, somos levados a uma jornada extraordinária onde os limites que separam a ciência, a arte e a imaginação deixam de existir. A obra de Letícia Ramos é uma celebração da criatividade humana e demonstra o papel que a arte desempenha na compreensão do mundo ao nosso redor,” indica Nuno Crespo, curador desta exposição e diretor da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa. 

Letícia Ramos constrói paisagens visuais que viajam entre o passado e o futuro. Na rigorosa investigação do meio fotográfico analógico utiliza a escultura, a maquete e técnicas de efeitos especiais para criar paisagens imaginárias, narrativas e fabulações que se concretizam em fotografias, em filme e instalação.

A artista utiliza os elementos naturais e os efeitos óticos como metáforas ou símbolos para representar conceitos relacionados com a política, a ciência e a imaginação. Os elementos da natureza são utilizados como transmissores de ideias onde existe uma sobreposição entre o passado e o futuro.  A sobreposição temporal é representada de diversas maneiras proporcionando uma reflexão sobre a continuidade da história.

Explorar os caminhos da imaginação: “Campo Magnético” por Letícia Ramos, inaugura a 02 de maio pelas 19H, no Auditório Ilídio Pinho, com a performance de Letícia Ramos Films e da Banda Sonora Original and Foley ao Vivo, protagonizada por Rossano Snel, com a participação do Supernova Ensemble.

A inauguração oficial de “Campo Magnético” seguirá para a Sala de Exposições da Escola das Artes. Para além disso, os visitantes terão a oportunidade de desfrutar de um Dj Set em colaboração com a Associação de Estudantes da Escola das Artes, a partir das 20H, no Pátio das Artes.

A exposição “Campo Magnético”, é a quarta exposição do ciclo “Não foi Cabral: revendo silêncios e omissões”, um programa em co-curadoria entre Lilia Schwarcz e Nuno Crespo, que contempla uma agenda de concertos, conferências, exposições e performances, que decorrem entre 16 de fevereiro e 24 de maio. O ciclo é organizado pela Escola das Artes, em parceria com a Universidade de São Paulo (Brasil) e a Universidade de Princeton (EUA).

 

16.05.2024 | por martalanca | Letícia Ramos

Exposição de Letícia Ramos sobre Explorar os caminhos da imaginação: “Campo Magnético”

 A Sala de Exposições da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa no Porto abre as portas à inauguração de “Campo Magnético”, a mais recente exposição da artista brasileira Letícia Ramos. Nesta exposição, a artista cientista mergulha nas profundezas da relação entre fenómenos geológicos e climáticos e o impacto que estes podem ter na imaginação. A inauguração realiza-se a 02 de maio, às 19h, no Auditório Ilídio Pinho, com a performance de Letícia Ramos Films e da Banda Sonora Original and Foley ao Vivo, protagonizada por Rossano Snel, com a participação do Supernova Ensemble.

“Nesta exposição, somos levados a uma jornada extraordinária onde os limites que separam a ciência, a arte e a imaginação deixam de existir. A obra de Letícia Ramos é uma celebração da criatividade humana e demonstra o papel que a arte desempenha na compreensão do mundo ao nosso redor,” indica Nuno Crespo, curador desta exposição e diretor da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa. 

Letícia Ramos constrói paisagens visuais que viajam entre o passado e o futuro. Na rigorosa investigação do meio fotográfico analógico utiliza a escultura, a maquete e técnicas de efeitos especiais para criar paisagens imaginárias, narrativas e fabulações que se concretizam em fotografias, em filme e instalação.

A artista utiliza os elementos naturais e os efeitos óticos como metáforas ou símbolos para representar conceitos relacionados com a política, a ciência e a imaginação. Os elementos da natureza são utilizados como transmissores de ideias onde existe uma sobreposição entre o passado e o futuro.  A sobreposição temporal é representada de diversas maneiras proporcionando uma reflexão sobre a continuidade da história.

Explorar os caminhos da imaginação: “Campo Magnético” por Letícia Ramos, inaugura a 02 de maio pelas 19H, no Auditório Ilídio Pinho, com a performance de Letícia Ramos Films e da Banda Sonora Original and Foley ao Vivo, protagonizada por Rossano Snel, com a participação do Supernova Ensemble.

A inauguração oficial de “Campo Magnético” seguirá para a Sala de Exposições da Escola das Artes. Para além disso, os visitantes terão a oportunidade de desfrutar de um Dj Set em colaboração com a Associação de Estudantes da Escola das Artes, a partir das 20H, no Pátio das Artes.

A exposição “Campo Magnético”, é a quarta exposição do ciclo “Não foi Cabral: revendo silêncios e omissões”, um programa em co-curadoria entre Lilia Schwarcz e Nuno Crespo, que contempla uma agenda de concertos, conferências, exposições e performances, que decorrem entre 16 de fevereiro e 24 de maio. O ciclo é organizado pela Escola das Artes, em parceria com a Universidade de São Paulo (Brasil) e a Universidade de Princeton (EUA).

 

16.05.2024 | por martalanca | Letícia Ramos

Rh, da CiM – Companhia de Dança,

Novo espectáculo Rh da CiM – Companhia de Dança, com estreia a 6 de Abril no Novo Ciclo ACERT, a nova criação estará em digressão a 13 de Abril na Casa da Cultura de Santa Comba Dão e no dia 18 de Abril no Teatro Municipal da Guarda. O espectáculo vai ainda passar por Lisboa e Gouveia no final de Maio e no começo de Junho.

Rh é a procura de uma existência humana no lugar etéreo do que se foi e do que se será. É o movimento do sonho humano, onde, na noite, se constroem os caminhos do futuro com as memórias do passado, questionando escolhas e vontades, pontos de partida e rotas de saída.

Passados 50 anos do 25 de abril persiste uma vontade de conceber múltiplos universos e dimensões revolucionárias que se situam dentro de cada pessoa. A natureza de cada um de nós induz, na sociedade, um sentimento de transição, de Rh.

14.05.2024 | por martalanca | Companhia de Dança, voarte

mesa-redonda Palestina, Liberdade e Universidade, 14/5 às 14h FCSH

“Tem lugar esta terça-feira, 14 de maio, às 14h, na FCSH (Berna), a mesa-redonda Palestina, Liberdade e Universidade. O massacre que o Estado de Israel atualmente realiza na Palestina tem sido contestado por movimentos estudantis um pouco por todo o mundo, com destaque para os EUA. Em Espanha, o Conselho de Reitores das Universidades Espanholas acaba igualmente de posicionar-se sobre o assunto. Em Portugal, alguns grupos de estudantes têm igualmente procurado solidarizar-se com a população palestiniana. Decidimos organizar este evento para participarmos deste gesto de solidariedade, sendo que igualmente nos preocupa o recurso à repressão policial dessa solidariedade e as notícias de diferentes casos de ataque à liberdade de expressão de académicos que, em várias universidades europeias, assumem posições críticas da política do Estado de Israel. Por todas estas razões, apelamos à vossa presença neste encontro com Dima Mohammed (investigadora da FCSH e membro do seu Conselho de Faculdade), Sandra Monteiro (diretora do Le monde diplomatique e ex-estudante da FCSH), Camila Lobo (estudante na FCSH) e Alexandra Lucas Coelho (jornalista, escritora e ex-estudante da FCSH).”

 

14.05.2024 | por martalanca | palestina

Human Entities 2024: a cultura na era da inteligência artificial

8ª edição
Programa de conversas, maio – junho 2024
Organização CADA em parceria com a Trienal de Arquitectura de Lisboa e com a Faculdade de Belas Artes, Universidade de Lisboa
[English below]
Quarta, 15 de maio 2024, 18.30
Monica Gagliano
Ecologista evolutiva, Professora Investigadora Associada (Adjunta) na Universidade Southern Cross, Austrália
Entrada livre, mediante registo
A consciência das plantas Monica Gagliano
Monica Gagliano PhD é uma investigadora internacionalmente premiada, selecionada pela Biohabitats como uma das 24 Mulheres Mais Inspiradoras da Ecologia, juntamente com Jane Goodall, Rachel Carson, Sylvia Earl e Terry Tempest Williams. Foi conferencista convidada nas mais prestigiadas universidades, incluindo UC Berkeley, Stanford, Harvard, Dartmouth e Georgetown. O seu trabalho pioneiro tem sido amplamente divulgado em meios de comunicação social proeminentes, como o The New York Times, Forbes, The New Yorker, The Guardian, National Geographic e muitos outros. Monica é Professora Associada de Investigação (Adjunta) de ecologia evolutiva na Austrália. Atualmente, é cientista-chefe do Kaiāulu|Coherence Lab, no Havai, e investigadora associada do Centro Takiwasi, no Peru.


Monica foi pioneira no novíssimo campo de investigação da bioacústica das plantas que, pela primeira vez, demonstra experimentalmente que as plantas emitem vozes e detetam e respondem aos sons do seu ambiente. O seu trabalho expandiu o conceito de cognição nas plantas. Ao demonstrar experimentalmente que a aprendizagem e a memória não são da exclusiva competência dos animais, Monica reacendeu o discurso sobre a subjetividade das plantas, bem como sobre o seu estatuto ético e jurídico. Inspirada por encontros com a natureza e com anciãos indígenas de todo o mundo, Monica aplica uma abordagem inovadora e holística à ciência, que se sente à vontade para se envolver na interface entre áreas tão diversas como a ecologia, a física, o direito, a antropologia, a filosofia, a literatura, a música, as artes e a espiritualidade. Ao reacender um sentimento de admiração pelo belo lugar a que chamamos casa, está a ajudar a criar uma nova ecologia da mente que inspira o aparecimento de soluções revolucionárias para as interações humanas com o mundo em que coabitamos. Os estudos de Monica levaram-na a escrever numerosos artigos científicos e livros inovadores, incluindo Thus Spoke the Plant (2018) e The Mind of Plants (2021).
https://www.monicagagliano.com
https://www.instagram.com/_monicagagliano_
https://en.wikipedia.org/wiki/Monica_Gagliano
https://researchportal.scu.edu.au/esploro/profile/monica_gagliano/overview
A conversa será em língua inglesa e seguida de uma sessão de Q&A.
Local: Grande Auditório da Faculdade de Belas Artes, Universidade de Lisboa, Largo da Academia Nacional de Belas Artes, 4, 1249-058 Lisboa.
Data: Quarta, 15 de maio 2024, 18.30
Registo
Integrado no evento
Human Entities 2024: a cultura na era da inteligência artificial
8ª edição
Programa de conversas, maio – junho 2024
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ENGLISH
Human Entities 2024: culture in the age of artificial intelligence
Eighth edition

Programme of public talks, May – June 2024
Organised by CADA in partnership with the Lisbon Architecture Triennale and the Faculty of Fine Arts, University of Lisbon
Wed 15 May 2024, 6.30pm
Monica Gagliano
Evolutionary ecologist, Research Associate Professor (Adjunct) at Southern Cross University, Australia
All welcome, free entry, booking required
Plant consciousness
Monica Gagliano
Monica Gagliano PhD is an internationally award-winning research scientist, selected by Biohabitats as one of the 24 most Inspiring Women of Ecology, together with Jane Goodall, Rachel Carson, Sylvia Earl, and Terry Tempest Williams. She has been an invited lecturer at the most prestigious universities, including UC Berkeley, Stanford, Harvard, Dartmouth and Georgetown. Monica’s pioneering work has been widely featured by prominent media, such as The New York Times, Forbes, The New Yorker, The Guardian, National Geographic, and many others. Monica is Research Associate Professor (Adjunct) of evolutionary ecology based in Australia. She is currently Chief Scientist at Kaiāulu|Coherence Lab in Hawaii, and Research Associate at the Takiwasi Centre in Perú.
Monica has pioneered the brand-new research field of plant bioacoustics, which for the first time, experimentally demonstrates that plants emit voices and detect and respond to the sounds of their environments. Her work has extended the concept of cognition in plants. By demonstrating experimentally that learning and memory are not the exclusive province of animals, Monica has reignited the discourse of plant subjectivity, as well as ethical and legal standing. Inspired by encounters with nature and indigenous elders from around the world, Monica applies an innovative and holistic approach to science, one that is comfortable engaging at the interface between areas as diverse as ecology, physics, law, anthropology, philosophy, literature, music, the arts, and spirituality. By re-kindling a sense of wonder for the beautiful place we call home, she is helping to create a new ecology of mind that inspires the emergence of revolutionary solutions toward human interactions with the world we co-inhabit. Monica’s studies have led her to author numerous ground-breaking scientific articles and books, including Thus Spoke the Plant (2018) and The Mind of Plants (2021).
https://www.monicagagliano.com
https://www.instagram.com/_monicagagliano_
https://en.wikipedia.org/wiki/Monica_Gagliano
https://researchportal.scu.edu.au/esploro/profile/monica_gagliano/overview

The talk will be in English and followed by a Q&A session.

Venue: Large Auditorium of the Faculty of Fine Arts (ULisboa), Largo da Academia Nacional de Belas Artes, 4 1249-058 Lisboa.
Date: Wed 15 May 2024, 18.30

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This event is part of
Human Entities 2024: culture in the age of artificial intelligence
Eighth edition
Public talks, May – June 2024
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Organização CADA em parceria com a Trienal de Arquitectura de Lisboa e com a Faculdade de Belas Artes, Universidade de Lisboa.
Organised by CADA in partnership with the Lisbon Architecture Triennale and the Faculty of Fine Arts, University of Lisbon.

Programado por Jared Hawkey/Sofia Oliveira com programadores convidados: Andrea Pavoni, Justin Jaeckle, Lavínia Pereira e Olivia Bina. Programmed by Jared Hawkey/Sofia Oliveira with guest programmers: Andrea Pavoni, Justin Jaeckle, Lavínia Pereira and Olivia Bina.

Estrutura financiada por/Funded by: República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes

Apoios/Support: Câmara Municipal de Lisboa; Universidade NOVA de Lisboa, Faculdade de Ciências e Tecnologia – NOVA LINCS; Instituto Ciências Sociais, Urban Transitions Hub, Universidade de Lisboa; DINAMIA’CET (ISCTE-IUL) e/and Faculdade Belas Artes, Universidade de Lisboa, Departamentos de Design de Comunicação e Arte Multimédia.
Design: Pedro Loureiro
Fotografia/ Photography: Joana Linda
Som/Sound: Diogo Melo
Foto/Photo: Alexander Boëthiu

09.05.2024 | por martalanca | bioacústica, inteligência artificial, plantas

Autobiografias Fotográficas

Visita Conversada Domingo, 12 de maio de 2024.11h

Na primeira visita conversada à exposição “Álbuns de Família. Fotografias da Diáspora Africana na Grande Lisboa (1975 – hoje)”, Filipa Lowndes Vicente, uma das suas curadoras, percorre as imagens que os portugueses afrodescendentes e os africanos registaram de si próprios e das suas comunidades desde 1975, data das independências dos países africanos de colonização portuguesa.São cruzamentos de histórias pessoais com a história coletiva e política, representadas em fotografias de família e de fotógrafos profissionais, trabalhos de artistas plásticos, escritores e publicações em novas plataformas digitais. Preço Público Geral – 5,00€ Estudantes | Professores | Reformados – 2,50€

09.05.2024 | por martalanca | Álbuns de Família, FILIPA LOWNDES VICENTE, fotografia

Exposição "Problemas do Primitivismo – a partir de Portugal"

No próximo dia 18 de maio, às 17h00, o Centro Internacional das Artes José de Guimarães inaugura ”Problemas do Primitivismo – a partir de Portugal”uma exposição que, assente numa pesquisa ampla em arquivos e coleções portuguesas, interroga o «primitivismo» e as suas contradições. 

A exposição aborda os contextos da ditadura, da colonização, do anticolonialismo e do pós-colonialismo, propondo uma máquina visual impregnada de imagens e referências artísticas e culturais que problematiza a invenção do «primitivo» e a sua persistência até à contemporaneidade. Seis palavras-chave, permeáveis entre si, organizam a exposição: Civilização, Museu, Ingénuo, «Mar Português», «Jazz-Band» e Extração. Através delas, dá-se a ver não uma cronologia fixa, mas percursos e correlações diagramáticas, tensões entre textos e imagens, que enfatizam a estrutura ideológica, social e cultural sobre a qual assentou e assenta a ideia de «primitivo».  

Na data de inauguração da exposição “Problemas do Primitivismo – a partir de Portugal”, o CIAJG recebe também o “antimuseu”, um programa com intervenções musicais contínuas em lugares inesperados, que explora o contexto arquitetónico e acústico e estabelece novos parâmetros para a experiência do museu. Depois de uma 1ª edição em 2022, o “antimuseu” volta a afirmar-se como um momento de cruzamento entre a música exploratória e a arte contemporânea espelhado num programa de extensa catarse, das 19h00 às 02h00, com apresentações de nomes fulgurantes como Croatian Amor, DJ Lynce, DJ Veludo, Miguel Pedro, oqbqbo e Vanity Productions.

09.05.2024 | por martalanca | primitivismo

A Moeda Viva

com Ângela Ferreira, António Contador & Carla Cruz, Cildo Meireles, Fábio Colaço, Filipa César, Filipe Pinto, Isa Toledo, Isabel Cordovil, Leonor Antunes, Lourdes Castro, Luís Paulo Costa, Mauro Cerqueira, Nuno Henrique, Pedro A.H. Paixão, Rita GT  Curadoria: Maria do Mar Fazenda  

Inauguração: quarta-feira, 15 de maio – 18h 16.05 – 8.09.2024 GALERIA QUADRUM 

Lourdes Castro, Sombras e chocolates (moedas), 1974Lourdes Castro, Sombras e chocolates (moedas), 1974

A Moeda Viva é uma exposição coletiva concebida por Maria do Mar Fazenda para ser apresentada na Galeria Quadrum. O seu título é tomado de empréstimo ao ensaio de Pierre Klossowski “La Monnaie vivante” publicado em 1970. Este projeto curatorial convoca também “O Dinheiro”, o último filme realizado por Robert Bresson que, por sua vez, parte do conto “O Cupão Falso” de Lev Tolstói. Em cada uma destas obras é explorada a predominância que o dinheiro pode desempenhar nas nossas vidas. Como nos relacionamos enquanto sociedades com essa entidade é o objeto de análise da economia mas, conceitos como dívida, inflação, crédito, banca, empréstimo, finança, etc. traduzem formas abstratas de dinheiro e de valor. A narrativa da exposição propõe um conjunto de obras que reinventam várias dimensões desta convenção, que é o dinheiro. A moeda é na sua essência símbolo de troca, assim como câmbio e transformação são gestos recorrentes dos artistas através dos quais procuram dar a ver, sem nunca revelar por completo, aquilo que nos escapa.

A exposição pode ser visitada de terça a domingo, das 10h às 13h e das 14h às 18h, com entrada livre.

 

 

09.05.2024 | por martalanca | ângela ferreira, António Contador & Carla Cruz, Cildo Meireles, dinheiro, Fábio Colaço, filipa césar, Filipe Pinto, Isa Toledo, Isabel Cordovil, Leonor Antunes, Lourdes Castro, Luís Paulo Costa, Maria do Mar Fazenda, Mauro Cerqueira, Nuno Henrique, Pedro A.H. Paixão, Rita GT

Encontro Internacional Lusófono de Literatura, Arquitetura e Património I Mindelo

1.o EILLAP 9 e 10 de maio Centro Cultural do Mindelo

Modalidade semipresencial

PROGRAMA

DIA 9 9h00-9h30 (CV) / 9h30 – 11h30 (PT) – ABERTURA

Inês Alves (Universidade Jean Piaget, Mindelo)
Hilarino da Luz (CHAM – NOVA FCSH/UAc, Portugal) Presidente da Câmara de S. Vicente - Dr. Augusto Neves

SESSÃO I - 9h30 -11h

Moderação: Hilarino da Luz (CHAM – NOVA FCSH/UAc, Portugal)

9h30-9h45

Escolas-piloto do PAIGC e o forjar da identidade nacional

ANA LÚCIA REIS (CHAM – NOVA FCSH/UAc, Portugal)

9h45-10h00

́Rotcha Scribida ́ sua gestão enquanto parte do Património Cultural ARÍCIA CONCEIÇÃO (Cabo Verde) – Online

10h00-10h15

Preservar a memória: contribuição do Onésimo Silveira para a Comunidade Cabo-verdiana
CARLA ROCHA e OLGA FERREIRA (Portugal / Cabo Verde)

10h15-10h30

O papel do autor-político na poesia de António Jacinto, Jorge Rebelo e Marcelino dos Santos
TOM SENNETT (Reino Unido / Moçambique)

10h30-11h00

Debate

11h00-11h15

Coffee Break

SESSÃO II – 11h15-12h30

Moderação: Claudino Borges (Universidade Jean Piaget de Cabo Verde)

11h15-11h30

Património Natural em Moçambique: Uma História da “Proteção da Natureza” desde o início do Século XX
PAULO VASCONCELOS (Portugal / Moçambique)

11h30-11h45

Sinta10 Tours

HIBRARIN DIAS (Cabo Verde)

11h45-12h00

Turismo Religioso na Serra do Estrondo Património Natural do Tocantins NÚBIA NOGUEIRA (Brasil) – Online

12h00-12h15

Morna: de música crioula a Património Imaterial da Humanidade

GENI DE BRITO (Brasil / Portugal) - Online

12h15-12h30

Cabo Verde: A escrita insurgente de Dina Salústio e Fátima Bettencourt SÔNIA SANTOS (Brasil) – Online

12h30-13h00

Debate

13h00 - 15h00 - ALMOÇO LIVRE
15h00 SESSÃO III - MESA REDONDA - Lugares e Património

Moderação: Inês Alves (Universidade Jean Piaget de Cabo Verde) Existirá um futuro ‘belo’ para a imagem do Mindelo?

CARLOS SANTOS (Universidade de Cabo Verde)

O patrimônio artístico feminino e seu apagamento histórico: notícias do Nordeste do Brasil
MADALENA ZACCARA (Universidade Federal de Pernambuco)

Patrimônio e desenvolvimento: diálogos possíveis entre cidades da lusofonia
MARCELA SANTANA (Cátedra Unesco Diálogo Intercultural em Patrimónios de Influência Portuguesa - Universidade de Coimbra)

Brasília: o patrimônio entre a literatura e a arquitetura

VALÉRIA DA SILVA (Universidade Federal de Goiás)

18h30_ Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design

O Mar na Memória em Cabo Verde: Cruzamentos entre o “Mar Liso” de José Cabral e o “Falucho” de Manuel Brito-Semedo
Projeção de filme e onversa entre os autores

DIA 10
9h00-10h30 SESSÃO I - MESA REDONDA – Literatura, Lugares e Património

Moderação: António Tavares (Centro Cultural do Mindelo)
Mindelo, Cidade Literária: sua representação urbana e criação literária

ISABEL LOBO (Cátedra António Aurélio Gonçalves - UniMindelo)

Memória Coletiva na Inserção entre Literatura e Património ILDO ROCHA (Ministério dos Transportes e Turismo)- Online

Lugar do Património na Arquitetura das minhas obras JOSÉ CABRAL(Instituto das Pescas de Cabo Verde)

Mindelo, Um Espaço de História e de Memória

MANUEL BRITO-SEMEDO (Universidade de Cabo Verde)

10h30-11h00 Coffee Break

SESSÃO II – 11h00-11h15

Moderação: Carlos Santos (Universidade de Cabo Verde)

11h00-11h15

Relacionalidade e Território

NUNO FLORES (Portugal) Presencial

11h15-11h30

Leituras cruzadas sobre a (auto)construção da forma-dinâmica urbana de Maputo
DAVID VIANA (Portugal / Moçambique) - Online

11h30-11h45

Narrativas Visuais na Cidade Velha: Reflexos da História e Identidade Cultural na Arquitetura
YARA MONTEIRO (Brasil / Cabo Verde) – Online

11h45-12h00

Debate

SESSÃO III- 12h00-13h00

Moderação: Ana Lúcia Reis (CHAM – NOVA FCSH/UAc, Portugal)

12h00-12h15

O Património nos Lugares da Memória em Cabo Verde - a decadência da comunidade dos Rabelados do Interior de Santiago
CLAUDINO BORGES (Cabo Verde)

12h15-12h30

Rios Urbanos Naturalizados como Ferramentas para o Desenvolvimento e Equidade: Ribeira Afonso
NAGAYAMMA ARAGÃO (Portugal / São Tomé e Príncipe) - Online

12h30-12h45

Águas e Vozes
LÚCIA VIGNOLI (Brasil) - Online

12h45-13h00

Debate

13h00 - 15h - ALMOÇO LIVRE

15h00-16h30 – CONVERSA ENTRE ESCRITORAS / HOMENAGEM Memória em Fátima Bettencourt & Dina Salústio
Hilarino da Luz (CHAM – NOVA FCSH/UAc, Portugal)

16h30-16h50 - ENCERRAMENTO

 

08.05.2024 | por martalanca | arquitetura, literatura, Mindelo, Património

Pérola Sem Rapariga | direção e encenação: Zia Soares

texto: Djaimilia Pereira de Almeida
CCB, Pequeno Auditório
24 maio, 21H25-26 maio, 19H
Pérola Sem Rapariga inspira-se na leitura de Voyage of the Sable Venus and Other Poems de Robin Coste Lewis, e do arquivo fotográfico de Alberto Henschel. O espetáculo pensa a relação entre a superfície do corpo e aquilo que sobre ele somos capazes de dizer, entre legenda e imagem, entre a pele e o salvamento. O artista Kiluanji Kia Henda intervém no espaço da cena instalando prenúncios de apocalipse.
“A ideia é mergulhar na gargalhada e acordar do outro lado. Cair no riso como quem cai no sono e no sono como quem cai ao mar. Ou antes, rir como quem se ergue, tirar o pó dos joelhos dentro dos sonhos, erguer a cabeça dentro do abismo. Ou rir como quem se afoga. Renascer de um afogamento. Acordar da morte.
Duas mulheres que são uma andam por aqui entretidas a abrir o caminho sinuoso aonde levam as gargalhadas. Riem a bandeiras despregadas e, quando dão conta, estão em apuros, numa confusão da qual não sabem sair sozinhas.
Se há uma visão dominante, em Pérola Sem Rapariga, é que as gargalhadas das raparigas são perigosas. Parece que queremos que as mulheres posem sem rir porque temos medo do ritmo, da faca e do arco do riso — que faz tremer a terra e racha o fundo do mar.”

foto de filipe ferreirafoto de filipe ferreira
Djaimilia Pereira de Almeida
direção, encenação: Zia Soares
texto: Djaimilia Pereira de Almeida
interpretação: Filipa Bossuet, Sara Fonseca da Graça
artista visual: Kiluanji Kia Henda
instalação e figurinos: Neusa Trovoada
música e design de som: Xullaji
design de iluminação: Carolina Caramelo
assistência à encenação de movimento: Lucília Raimundo
vídeo promocional: António Castelo coprodução: Sowing_arts, Teatro Nacional D. Maria II, apap – FEMINIST FUTURES (projeto cofinanciado pelo programa Europa Criativa da União Europeia) apoio: Casa da Dança, Polo Cultural Gaivotas Boavista duração: 1H > 12
Pérola Sem Rapariga integra a programação da Odisseia Nacional  e o Ciclo Abril Abriu do Teatro Nacional D. Maria II, e a programação comemorativa dos 50 anos do 25 Abril do CCB.
Informação e reservas: https://www.ccb.pt/evento/perola-sem-rapariga/

08.05.2024 | por martalanca | Djaimilia Pereira de Almeida, Zia Soares

Programação na Tigre de Papel ao longo do mês de Maio

Cartaz de Alejandro LevacovCartaz de Alejandro Levacov
Sexta-feira, 10 de Maio, às 18h
Apresentação do livro As Comissões de Trabalhadores em Portugal, na Continuidade dos Conselhos Operários na Europa, de José Santana Henriques, com a participação do autor e de Miguel Pérez Suárez e Eduardo Pires
Terça-feira, 14 de Maio, às 18h30
Apresentação do livro Quem Anda Aí, de Ketty Blanco Zaldivar, com a participação da autora e de Manuel Matos Nunes
Quinta-feira, 16 de Maio, às 18h30
Conversas com Editores | Wladimir Vaz (Urutau)
Sexta-feira, 17 de Maio, às 18h30
Comecemos uma revolução à mesa! | conversa com Victor Lamberto sobre o movimento Slow Food
Sábado, 18 de Maio, 16h
Íris Entra no Jogo | apresentação do livro e oficina criativa para crianças, com a autora, Mafalda Mota
Quinta-feira, 23 de Maio, às 18h30
A Insurreição que Vem | apresentação do livro Comité Invisível, com a participação de Luhuna Carvalho e de Nuno Ramos de Almeida
Segunda-feira, 27 de Maio, às 18h30
FICÇÃO-contra-FICÇÃO | Malcolm Lowry – debaixo do vulcão | conversa com Marcelo Teixeira
Terça-feira, 28 de Maio, às 18h30
Uma cidade habitada por palavras | conversa com Ana Marques Gastão sobre Ana Hatherly, na passagem dos 95 anos do seu nascimento

07.05.2024 | por martalanca | Tigre de Papel

Enfrentando Passados Violentos: Repensando o Memorial e o Monumento

Reckoning with Violent Pasts: Rethinking the Memorial and the Monument, por Marita Sturken (NYU), conceituada especialista em cultura visual e estudos de memória, no dia 20 de Maio, segunda-feira, às 18h, na NOVA FCSH, Auditório B2 (Torre B). 
Enfrentando Passados Violentos: Repensando o Memorial e o Monumento

Por toda a Europa e nas Américas, as décadas que se seguiram aos anos 1980 foram, em grande medida, entendidas como tendo produzido um “boom de memória” – uma época de produção significativa de memoriais, museus de memória e projetos de arte memorialista, que, de certa forma, constituem uma espécie de ajuste de contas com a violência do século XX: a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto, o terrorismo de Estado na América do Sul, a Guerra do Vietname e o 11 de setembro nos Estados Unidos. Na maior parte dos principais lugares de memória que então surgiram, o modernismo e o minimalismo predominaram esteticamente. Muitos dos projetos de memória mais radicais (na Alemanha e na Argentina) incorporaram explicitamente, na sua conceção, uma crítica à memorialização, utilizando tácticas da arte concetual para questionar a ideia de que um memorial é apenas um local a ser visitado, fora da vida quotidiana.

Nos últimos 15-20 anos houve uma mudança neste boom de memória (durante o qual muitos círculos eleitorais e comunidades competiam para ter os seus próprios memoriais) para uma discussão mais ampla e transnacional sobre os legados da monumentalização e o papel da memória como ativismo. Mais recentemente, em particular desde a manifestação global de indignação contra as injustiças raciais no auge da pandemia, o acerto de contas com os passados coloniais e os legados de séculos de escravatura tem-se voltado cada vez mais para as paisagens imperiais e coloniais da monumentalização – demolição de monumentos, vandalização e exigência da sua remoção. Após décadas de debate sobre muitos destes monumentos a passados racistas, em 2020 alguns começaram a cair. Parece que o monumento, em particular o monumento a passados coloniais e racistas, já não pode, em muitos destes contextos, manter-se de pé.

Esta palestra analisa esta mudança: do boom memorialista (com os seus contra-memoriais e estética minimalista) para a desmonumentalização; da adesão e reformulação simultâneas da memorialização para o questionamento e rejeição do monumento. Considerando o contexto transnacional do boom de memória (em particular na Alemanha, nos EUA, na Argentina e no Chile) e dos movimentos de desmonumentalização (em particular na África do Sul, na Inglaterra e nos EUA), esta palestra visa elucidar as consequências de como o impulso de memorialização se começou a deslocar, finalmente, para a memória dos passados imperiais e coloniais, questionando a monumentalização do império e dos regimes esclavagistas e exigindo um enfrentamento dos legados da escravatura.


Marita Sturken é Professora Catedrática no Departamento de Media, Cultura e Comunicação da Universidade de Nova Iorque e conceituada especialista nos campos da cultura visual e dos estudos de memória. É autora de “Terrorism in American Memory: Memorials, Museums, and Architecture in the Post-9/11 Era” (New York University Press, 2022); “Practices of Looking: An Introduction to Visual Culture (com Lisa Cartwright, Oxford University Press, 2018, 3ª ed.); “Tourists of History: Memory, Kitsch, and Consumerism From Oklahoma City to Ground Zero” (Duke University Press, 2007), que ganhou o prémio Transdisciplinary Humanities Book Award 2007-2008 atribuído pelo Institute for Humanities Research da Arizona State University; “Tangled Memories: The Vietnam War, the AIDS Epidemic, and the Politics of Remembering” (University of California Press, 1997); e “Thelma & Louise” (British Film Institute Modern Classics series, 2000; re-editado em 2020). Os seus livros foram traduzidos para japonês, chinês, coreano, checo e hebraico, tendo artigos publicados em espanhol e português. Em 2023, foi-lhe atribuída a prestigiada Guggenheim Fellowship. site da professora

Entrevista a Marita Sturken por Inês Beleza Barreiros (in Buala, 21/10/2021).

Ciclo de Conferências do Pensamento Crítico Contemporâneo | 16 e 17 maio

O primeiro Ciclo de Conferências do Pensamento Crítico Contemporâneo será inaugurado nos dias 16 e 17 de Maio (FLUP, sala António Teixeira Fernandes, Torre B, 4.° piso), através da realização de duas conferências integradas. Trata-se de uma excelente oportunidade para aprofundar debates sobre passados violentos contemporâneos com grandes especialistas no tema.

Reckonings with violent pasts: rethinking the memorial and the monument 

Marita Sturken, New York University | 17 de maio | 15h 

“Olhando para o contexto transnacional do boom da memória (em particular na Alemanha, nos EUA, na Argentina e no Chile) e para os movimentos de desmonumentalização (em particular na África do Sul, em Inglaterra e nos EUA), a conferência pretende explorar as consequências da forma como o impulso para a memorialização se começou a voltar, finalmente, para a memória dos passados imperiais e coloniais, para questionar a monumentalização do império e dos regimes escravistas, e para as exigências de um acerto de contas com os legados da escravatura”.

Primo Levi e as escritas da História: a literatura do testemunho e a representação do Holocausto

Pedro Caldas, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro |16 de maio | 16h 

“Um evento limite é aquele capaz de desafiar as nossas formas habituais de entender e sentir os fenómenos históricos. Muito mais do que um documento sobre os campos de extermínio, a obra de Primo Levi convida-nos a refletir sobre a escrita da história e da temporalidade.”

07.05.2024 | por martalanca | Marita Sturken, memória, Pensamento Crítico, Primo Levi