Céline Sciamma abre ciclo de cinema no Porto, a 24 de setembro

Entre setembro de 2022 e janeiro de 2023, a Fundação Calouste Gulbenkian e a Escola das Artes da Universidade Católica no Porto, em parceria com o Cinema Trindade, vão promover sessões de cinema seguidas de debate com nomes fundamentais do cinema contemporâneo. Os realizadores Céline Sciamma, Lucrecia Martel, Atom Egoyan, Marco Martins e João Canijo integram o programa.

No dia 24 de setembro, às 21h30, será exibido o filme Retrato da Rapariga em Chamas (2019), com a presença de uma das mais promissoras realizadoras francesas Céline Sciamma. No final da sessão, a realizadora participará numa conversa com o público. Um filme de 2019, que conta a história de Marianne, uma pintora encarregue de fazer o retrato de casamento de Héloïse, uma jovem que acaba de sair do convento. Com este filme, a cineasta surpreendeu o mundo cinéfilo, fazendo um drama queer no universo do filme de época (final do século XVIII), que estreou na competição oficial de Cannes. Outras obras que demonstram uma vontade de olhar para o universo feminino e para a fluidez das suas identidades são os filmes Bando de Raparigas (2014) ou Petite Maman (2021).

“Mais uma vez, a Escola das Artes, agora em parceria com a Fundação Gulbenkian, proporciona, ao público do Porto, o contacto direto com obras e autores tão relevantes como Lucrecia Martel, Céline Sciamma ou Atom Egoyan. É um verdadeiro privilégio tê-los connosco e partilhar com eles as suas visões do cinema,” salienta Daniel Ribas, coordenador do Mestrado em Cinema da Escola das Artes.

Esta iniciativa da Escola das Artes e da Fundação Calouste Gulbenkian, com o Cinema Trindade, tem início a 24 de setembro, às 21h30, no Cinema Trindade, no Porto. Em outubro será a vez de Lucrecia Martel, em novembro de Atom Egoyan, em dezembro de Marco Martins e em janeiro de 2023 o ciclo de cinema termina com João Canijo (janeiro 2023).

Mais informações.

16.09.2022 | par Alícia Gaspar | céline sciamma, cinema, cultura, escola das artes, universidade católica do porto

Os cadáveres são bons para esconder minas | Peça de Teatro e Conversa

15, 16, 17 e 18 setembro | TMJB – Sala Experimental (Almada)
20 outubro a 13 novembro | Sala Grande OMT (Coimbra)

qui, sex e sáb às 21h00
dom às 16h00

Duração aprox.: 90min. | M/14

COMPRAR BILHETE

Carlos GomesCarlos Gomes

A Guerra Colonial, que Portugal travou nas suas antigas colónias de Angola, Moçambique e Guiné-Bissau contra os movimentos independentistas, aconteceu há 50 anos, mobilizou um milhão de soldados e afectou toda a sociedade portuguesa. Os cadáveres são bons para esconder minas é um espectáculo que explora as memórias desse conflito. Como explica o Teatrão: “Tal como actualmente o Ocidente tem vindo a discutir o legado esclavagista e colonial, impõe-se regressar a esta ferida da história recente portuguesa para compreender as suas implicações para toda uma geração e de que modo as suas repercussões chegam aos nossos dias”. Partindo do lado documental e testemunhal da guerra, procura-se explorar a noção de trauma que atravessa as histórias e as palavras que chegaram até aos nossos dias.

O Teatrão é uma companhia de Coimbra que inicialmente se dedicava exclusivamente ao teatro infantil. Em 2008, assumiu a gestão da Oficina Municipal do Teatro e iniciou um projeto artístico que assenta na exploração do território e na proximidade com os públicos da região, explorando diferentes formas teatrais.

O escritor e dramaturgo Jorge Palinhos foi galardoado com o Prémio Miguel Rovisco 2003 e o Prémio Manuel Deniz Jacinto 2007, e esteve na shortlist do Prémio Luso-Brasileiro de Teatro António José da Silva 2011. Foi dramaturgo convidado da Capital Europeia da Cultura Guimarães 2012.

Dramaturgia Jorge Palinhos
Encenação Isabel Craveiro
Interpretação Afonso Abreu, David Meco, Diogo Simões, João Santos e Teosson Chau
Direção Musical e preparação vocal Rui Lúcio
Desenho de Luz Jonathan Azevedo
Cenografia e Figurinos Filipa Malva
Sonoplastia Nuno Pompeu
Design gráfico Paul Hardman
Fotografia Carlos Gomes
Cabeleireiro Carlos Gago (Ilídio Design)
Costureira Albertina Vilela
Construção Cenário Nuno Pereira e Tiago 
Operação de Luz e Som Jonathan Azevedo e Nuno Pompeu
Direção de Produção Isabel Craveiro
Produção Executiva Cátia Oliveira
Assistência à Produção Maria Rui (estagiária)
Direção Técnica Jonathan Azevedo
Comunicação Margarida Sousa 

***

Conversa

Guerra Colonial - Memória e Esquecimento
Co-organização Teatrão e CROME/Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra

17 SET · 18h

Teatro Municipal Joaquim Benite

Entrada Livre

A colaboração entre pensadores, investigadores, intelectuais e a criação artística é fundamental para umolhar crítico e transformador do mundo contemporâneo. No caso do Teatrão, apostado em inspirar o seu público com criações que o interrogam e mobilizam sobre oestado atual do mundo, tem-se construído uma relaçãomuito sólida de trabalho, de múltiplos formatos, com o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES-UC). Com outros Centros de Investigação locais,nacionais e internacionais também, mas o CES é umparceiro fundamental e inspirador para a nossa atividade. É nesse contexto que surge, associada ao espetáculo “Os cadáveres são bons para esconder minas”, a conversa “Guerra Colonial – Memória e esquecimento”, organizada em parceria com o projeto CROME e que parte deste espetáculo para discutir, 50 anos depois, questões sobrea Guerra Colonial. Neste caso, porque o espetáculo convoca um olhar atual sobre os ex-combatentes, os seus percursos e o impacto deste conflito nas suas trajetórias, sublinhando a complexidade e legitimidade dos diferentes lugares de fala, convidamos artistas e investigadores a estabelecer ligações entre o objeto artístico e a produção de conhecimento pós-colonial.

Com:

Miguel Cardina

Investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade deCoimbra. É membro da coordenação da linha temática “A Europa e o Sul Global: Patrimónios e Diálogos”. Foi Presidente do Conselho Científico do CES (2017-2019). É coordenador do projeto «CROME– Crossed Memories, Politics of Silence. The Colonial-Liberation Wars in Postcolonial Times», financiado pelo European ResearchCouncil. É autor ou co-autor de vários livros, capítulos e artigos sobre colonialismo, anticolonialismo e guerra colonial; história dasideologias políticas nas décadas de 1960 e 1970; e dinâmicas entrehistória e memória.

Marta Lança

Trabalhadora independente em várias áreas no sector cultural, do cinema à programação. Muitos projetos são ligados ao Brasil e a países africanos de língua portuguesa, onde tem passado grandes temporadas. Formou-se em Estudos Portugueses e é doutoranda em Estudos Artísticos (FCSH – UNL). Colaborou com diversas publicações portuguesas e angolanas. Criou as revistas V-ludo, DáFala e o portal BUALA (dinamizado desde 2010). Faz traduções de francês para português, nomeadamente de pensadores africanos como Achille Mbembe e Felwine Saar.

Jorge Palinhos

Escritor e dramaturgo. As suas obras já foram apresentadas e/ou editadas em Portugal, Brasil, Espanha, Estados Unidos da América, França, Países Baixos, Bélgica, Alemanha, Suíça e Sérvia. Formou-se em Línguas e Literaturas Modernas pela Faculdade deLetras do Porto, em 2000 e é mestre em Terminologia e Tradução também pela Faculdade de Letras, com uma tese sobre Estudos de Texto. Foi revisor de textos, tradutor, coordenador editorial e colaborador de várias publicações. Doutorado em Estudos Culturais com uma tese sobre dramaturgia lusófona contemporânea. Foi dramaturgo e dramaturgista convidado na Capital Europeia da Cultura Guimarães 2012, é dramaturgista da companhia belga Stand-up Tall, investigador residente da companhia Visões Úteis, e docente convidado da Escola Superior Artística do Porto e da Escola Superior de Teatro e Cinema.

14.09.2022 | par Alícia Gaspar | Africa, angola, esquecimento, guerra colonial, memória, os cadaveres são bons para esconder minas, teatro, tertúlia

Time is a flat circle. David Brits na Galeria MOVART

De 15 set. a 13 nov. 2022

Galeria MOVART, Lisboa, Rua João Penha 14A, 1250 - 131 Lisboa, Portugal

Apresentando trabalhos fotográficos terminados entre 2010 e 2012, bem como uma série de novas esculturas feitas de fibra de carbono, Time is a Flat Circle, do artista sul-africano David Brits (n. 1987), evoca a batalha de Cuito Cuanavale, uma batalha mecanizada de tanques de grande escala que ocorreu no sul de Angola entre forças angolanas, cubanas, e sul-africanas, entre 1987 e 1988.

Tomando como ponto de partida um arquivo de imagens publicadas nas redes sociais de grupos de exrecrutas sul-africanos, muitos dos quais lutaram na batalha sul-africana conhecida como “Border War” na Namíbia e no Sul de Angola dos anos 1960 aos anos 1980, o artista intervém sobre as mesmas através do ato de rasura, raspar e apagar, incorporando assim as complexidades de trabalhar com a sua própria masculinidade e a história herdada de uma África do Sul pós-apartheid.

Acompanhada de esculturas que têm como principal arquétipo o “Oroboro”, uma palavra grega que descreve o símbolo da cobra a devorar/consumir a própria cauda, a exposição gera uma imagem cuja lógica se refuta e que, de alguma forma, suspende o tempo.

BIO

Nascido em 1987, David Brits formou-se na Escola Michaelis de Belas Artes (Pintura) na Universidade da Cidade do Cabo em 2010, É um artista premiado cuja prática experimental é dedicada a investigações no âmbito da escultura à escala pública. Igualmente impulsionado pela exploração de materiais e investigação arquivística, a prática de Brits abrange a instalação, a impressão, o desenho e o filme.

As principais comissões de escultura pública recentes incluem a Fundação Desmond Tutu HIV, o Spier Arts Trust e a Iziko South African National Gallery. Brits foi vencedor do Prémio de Artes de Impacto Social inaugural da Fundação Rupert, e o galardoado com o Prémio Barbara Fairhead para a Responsabilidade Social na Arte.

14.09.2022 | par Alícia Gaspar | Africa, angola, david brits, exposição, fotografia, galeria movart, Namíbia, time is a flat circle

Open Call — Des/Codificar Belém

Tens entre os 15 e os 18 anos, interessas-te pelos direitos das comunidade migrantes, racializadas, LGBTQIA+ como membro destas comunidades ou aliada/o e queres experimentar fazer arte ativista?

Então vem conhecer os artistas do projecto Des/Codificar Belém.

Um programa do colectivo FACA que convida jovens a trazer as suas vivências no espaço público para a criação artística. Promovemos trabalhos para compreender temas como a descolonização dos espaços e a possibilidade de reivindicação colectiva, colocando jovens em diálogo com artistas.

Tomamos Belém como espaço para reflectir a herança histórica e colonial através de ações artísticas em co-criação em que trabalharemos em conjunto em workshops, e apoiarás a criação de peças que serão apresentadas no espaço público.

Para participar envia um curto email de apresentação para: FACACOLECTIVO@GMAIL.COM

Projecto financiado pela DGARTES, com o apoio de: Antena2, Buala, Clube Safo, Inmune, Coffee Paste, MAAT, Museu Coleção Berardo e Junta de Freguesia de Belém.  

13.09.2022 | par Alícia Gaspar | Belém, colectivo FACA, comunidade migrante, comunidade racializada, des/codificar belém, direitos, LGBTQIA+, projeto, workshop

Retrospetiva Ariel De Bigault Na Cinemateca

Inserida no programa da Temporada Portugal-França 2022, “Margens Atlânticas” desdobra-se em duas programações paralelas. Para além do ciclo de filmes exibidos pela Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, entre 19 e 24 de setembro, é apresentada, no Espaço Espelho d’Agua, uma exposição de Ariel de Bigault e Francisco Vidal (17-29 de setembro).

Ariel de Bigault é uma realizadora francesa, profunda conhecedora da história e da cultura portuguesas, que tem levado a cabo uma das mais consistentes e empenhadas indagações cinematográficas sobre a história do racismo que liga Portugal ao resto do mundo lusófono. Remonta aos retratos que fez de artistas afro-brasileiros, em 1987, ÉCLATS NOIRS DU SAMBA, entre eles, de Paulo Moura e Gilberto Gil, esse questionamento crítico das raízes da discriminação racial que ainda hoje persiste e, com essa tomada de consciência, sobreveio a vontade de dar visibilidade às comunidades em sofrimento e marginalizadas.

De qualquer modo, antes de ter partido para o Brasil, a sua primeira preocupação foi a de filmar, em registo de cinema vérité, MULHERES EM LUTA (título raro, filmado em 8 mm, que por razões de preservação não será exibido neste ciclo), no Portugal sob o efeito da Revolução de Abril; documentou ainda o mundo de duas crianças com síndrome de Down, numa produção que intitulou EDUARDO E FERNANDO, e, por fim, em ESTÃO A VER-NOS?, deu expressão aos sonhos de uma criança cega. O título deste filme é premonitório de muito do que se seguiu, ainda que seja sobretudo na voz, e não nos olhos, que Bigault encontrou as principais formas de resistência ao racismo. Aliás, a arte costuma surgir nos seus filmes como um modo de libertação e denúncia de situações, mais ou menos veladas, de injustiça, de desespero e de pobreza.

Não menos importante que o seu trabalho no cinema são as duas coletâneas de música caboverdiana e angolana que ajudou a editar nos anos 90 do século passado. Por “estar tudo” na música cantada por homens e mulheres africanos ou descendentes de africanos, Bigault preencheu uma parte importante da sua carreira “colecionando” as vozes de quem se expressa fundamentalmente através de canções: em MARGEM ATLÂNTICA, após um retrato multigeracional de imigrantes africanos vivendo em Lisboa chamado AFRO LISBOA, Bigault regressou à capital para falar com músicos de ascendência africana, ao passo que, em CANTA ANGOLA, encontrou em Luanda ecos do passado esclavagista e tons que vibram perante o sofrimento dos nossos dias. FANTASMAS DO IMPÉRIO, em certa medida, substituiu a música pelas imagens do cinema, aquelas que ainda vão resistindo ao processo de não-inscrição do passado colonial no nosso imaginário coletivo: um filme que diz “olhem para o passado” ou, citando o seu filme iniciático, “estão a vê-lo?”. 

Aquando da passagem de FANTASMAS DO IMPÉRIO, em 2020, na Cinemateca Portuguesa, Ariel de Bigault explicitou deste modo o que constitui para si o espaço do documentário: “O filme é um espaço de encontro e de diálogo de obras, de pessoas, de criadores. Todos os meus filmes são muito diferentes na forma, mas não têm comentário, porque é o meu olhar, não é um ponto de vista. O meu olhar abrange vários olhares. (…) Através desses diálogos, o espectador pode criar o seu ponto de vista.” 

Programa

 

Segunda-feira 19, 19h00

Fantasmas do Império (2020) 112 min

 

Terça-feira 20, 19h30

Eclats Noirs Du Samba (série) 1987

Cariocas, Les Musiciens De La Ville – 58 min

Paulo Moura, Une Infinie Musique – 56 min

duração total 114 min

 

Quarta-feira 21, 19h30

Eclats Noirs Du Samba (série) 1987

Gilberto Gil, La Passion Sereine – 57 min

Zézé Motta, La Femme Enchantée – 56 min

duração total: 113 min

 

Quinta-feira 22, 19h30

Eduardo e Fernando 1981- 45 min

Estão a Ver-nos? 1982 - 60 min

duração total 105 min

 

Sexta-feira 23, 19h30

Canta Angola 2000 – 59 min

Si Manera e Feia 1990– 2 x 4 min

Tito Paris 2002 – 12 min

Madredeus, La Sirène Du Tage 2005 – 15 min

duração total 95 min

 

Sabado 24, 18h

Esplanada da Cinemateca

Debate: Das Margens para o Foco

 

Sabado 24, 19h30

Afro Lisboa, 1996 – 60 min

Margem Atlântica, 2006 – 58 min

duração total 118 min

 

**Todos os filmes são em português, alguns legendados em francês**

13.09.2022 | par Alícia Gaspar | Ariel de Bigault, cinema, cinemateca portuguesa, cultura, evento, Francisco Vidal, pós-colonialismo

SINTIDUS: chamada para artigos | número 6

1 | Chamada para Artigos para o número 6

A Sintidus, revista de estudos científicos e interdisciplinares da Universidade Lusófona da Guiné anuncia a abertura para a submissão de trabalhos para o seu quinto número. Serão aceites trabalhos de qualquer área disciplinar e favorecidas abordagens que conjuguem várias lentes disciplinares para olhar a Guiné-Bissau. Serão aceites trabalhos inéditos que não tenham sido publicados noutro lado, artigos de investigação, comunicações curtas, ensaios fotográficos e resenhas críticas são os formatos esperados para submissão. A Sintidus será publicada em suporte físico e em formato digital.

A chamada para artigos estará aberta até 15 de Novembro de 2022. Os artigos poderão ser submetidos através de sintidus.revista@gmail.com ou entregues em suporte digital na sede da Sintidus na Universidade Lusófona da Guiné.

O primeiro número da Sintidus saiu online a 22 de Janeiro de 2018 e, desde então, a revista viu publicadas outros três números. Todas as edições e respectivos artigos estão disponíveis em acesso livre em http://sintidus.blogspot.com. O número 5 sairá no final de 2022.

2 | Instruções para Autores

Os artigos deverão ser escritos em português, em Times New Roman, tamanho 11, parágrafo duplo, margens de 2 cm, linhas numeradas à esquerda e páginas numeradas. As informações para cada tipo de artigo estão apresentadas abaixo. A estrutura geral dos trabalhos será título, resumo, palavras-chave, introdução, métodos, resultados, discussão, agradecimentos, referências bibliográficas. O título deverá ter no máximo 25 palavras e os resumos não devem ultrapassar 150 palavras. As palavras-chave devem ser indicadas depois do resumo e compreender 5 a 7 termos. Resumos em inglês e kriol (opcionais) podem ser enviados num documento à parte. O nome da(s)/do(s) autora(s)/autore(s) deve ser apresentado como irá aparecer no documento, sendo admitido um máximo de três nomes por autor. A ligação institucional da(s)/do(s) autora(s)/autore(s) deverá aparecer depois do nome. Autores independentes, ou seja, sem filiação institucional, podem identificar-se como investigadora, investigador ou artista independente, ou outro.

2.1 | Política de privacidade

A Sintidus adoptou a política de Open Access CC-BY-NC da Creative Commons (ver https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/deed.pt), definida pela necessidade de atribuição de autoria e impossibilidade de uso para fins comerciais. Assim, submetendo um artigo à Sintidus a/o autora(a) concorda com os termos da licença CC-BY-NC, o que significa que concorda que qualquer pessoa copie, distribua, reutilize o conteúdo do seu artigo livremente para fins não comerciais desde que a autoria e fontes originais sejam devidamente citadas.

2.2 | Tipos de manuscrito:

Artigo de investigação

Este formato corresponde à apresentação de um trabalho de investigação ou de revisão bibliográfica aprofundado. Deve ser apresentado no máximo em 30 páginas (Times New Roman, tamanho 11, parágrafo duplo, margens de 2 cm), incluindo todas as suas componentes, do título às referências bibliográficas.

Comunicação curta

Este formato corresponde à apresentação de resultados e análise preliminares e/ou contribuições de interesse imediato. Deve ser apresentado no máximo em 15 páginas 

(Times New Roman, tamanho 11, parágrafo duplo, margens de 2 cm), incluindo todas as suas componentes, do título às referências bibliográficas.

Recensão

Trabalho de discussão crítica de um artigo ou livro publicado recentemente ou que se considere relevante para analisar determinada situação, contexto ou conceito actual.  Deve ser apresentado no máximo em 10 páginas (Times New Roman, tamanho 11, parágrafo duplo, margens de 2 cm).

Ensaio fotográfico

Estes trabalhos devem focar-se nos aspetos visuais do tópico estudado e constituir uma série de fotografias/imagens que ilustrem um argumento, um conceito, uma história. O título e resumo devem seguir as instruções dadas acima, ao que se seguem a introdução, a série de fotografias e a conclusão. A introdução e conclusão devem perfazer um número máximo de 1000 palavras. Podem ser apresentadas até 10 fotografias numeradas (“Figura 1”). A cada fotografia deve ser anexado um texto de até 100 palavras que ilustra o que o autor pretende fazer notar com cada imagem. As fotografias devem ter resolução apropriada ao intuito do trabalho, sendo aconselhável as de alta resolução.

2.3 | Revisão dos manuscritos

A revisão dos artigos é duplamente anónima (double-blinded), ou seja, cada artigo é enviado a revisores que não terão acesso aos nomes dos autores, assim como os autores não terão acesso aos nomes dos revisores. O manuscrito deve garantir o anonimato dos autores no corpo do texto. A identificação dos autores aparecerá somente na página inicial do manuscrito (página 1), onde deve constar: título, nome dos autores, filiação dos autores, email de cada autor (ou pelo menos do autor correspondente) e agradecimentos. Esta página não será enviada aos revisores. O título deverá ser repetido na página 2, antes do resumo, seguido do resto do texto. O autor é livre de sugerir árbitros que considere terem experiência adequada para rever o trabalho submetido. A coordenação não fica contudo obrigada a seguir estas sugestões. Todos os manuscritos submetidos a deteção de plágio. Manuscritos com secções plagiadas não são admitidos para integrarem o processo de revisão ou para publicação.

2.4 | Referências bibliográficas

A lista de referências bibliográficas deve ser composta somente pelas referências efetivamente utilizadas no texto. A coordenação pode providenciar revisão da formatação das referências bibliográficas mas a exatidão sobre o seu conteúdo é da inteira responsabilidade das(s)/do(s) autora(s) e/ou autor(es) dos textos. O estilo de apresentação de citações e referências são semelhantes ao estilo da APA (American Psychological Association).

As referências utilizadas para citações indiretas referenciadas ao longo do texto devem aparecer na forma (Apelido(s), Ano), exemplo, (Indjai, 2005). No caso de o trabalho referenciado tiver sido escrito por dois autores deve usar-se um “&” entre os dois apelidos, e.g. (Indjai & Gomes, 2005). Caso o trabalho referenciado compreenda mais do que dois autores, cita-se apenas o primeiro autor seguido de “et al.”, e.g. (Indjai et al., 2005). No caso de citações diretas ou literais aplicam-se as regras acima sendo que terá de se adicionar a(s) páginas onde consta a informação citada, e.g. (Indjai, 2005, p. 5). Citações diretas com mais do que 30 palavras devem aparecer com espaçamento das margens de 4 cm e espaçamento simples entre linhas. Citações de citações são referidas como no exemplo (Indjai, 2003 como citado em Sanha, 2018).

As referências bibliográficas deverão ser organizadas por ordem alfabética e em função dos modelos seguintes:

Livros

[Apelido do autor(es)], [Inicial do(s) primeiro(s) nome(s)]. [(ano)]. [Título do livro]. [Local da publicação]: [Editora].

Por exemplo:

Mendy, P. M. K. (1994). Colonialismo português em África: A tradição de resistência na Guiné-Bissau (1879-1959). Bissau: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa.

Capítulos de livros

[Apelido do autor(es)], [Inicial do(s) primeiro(s) nome(s)]. [(ano)]. [Título do capítulo]. Em: [Inicial do(s) primeiro(s) nome(s)], [Apelido do editor] (Org.). [Título do livro]. [Local da publicação]: [Editora], pp. [Página inicial do capítulo]-[Página final do capítulo].

Por exemplo:

Descola, P. (1996). Constructing natures, symbolic ecology and social practice. Em: P. Descola, & G. Palsson (Org.). Nature and society: anthropological perspectives. Londres, Nova Iorque: Routledge, pp. 82-102.

Artigos

[Apelido do autor(es)], [Inicial do(s) primeiro(s) nome(s)]. [(ano)]. [Título do artigo]. [Nome da revista], [Volume]([Número]), [Página inicial do artigo]-[Página final do artigo].

Por exemplo:

Cruz, D. F. V., & Standaert, A. (1989). Estudos pedológicos em vales estuarinos com vista à construção de barragens orizícolas. Boletim de Informação Científica e Técnica,2(4), 1–8.

Teses

[Apelido do autor(es)], [Inicial do(s) primeiro(s) nome(s)]. [(ano)]. [Título da tese]. [Tipo de tese], [Universidade], [Local da defesa da tese].

Por exemplo:

Catarino, L. (2004). Fitogeografia da Guiné-Bissau. Dissertação de doutoramento, Instituto Superior de Agronomia, Universidade Técnica de Lisboa, Portugal.

Anais e Proceedings

[Apelido do autor(es)], [Inicial do(s) primeiro(s) nome(s)]. [(ano)]. [Título da comunicação]. [Título da Conferência]. [Cidade], [País], [dia de início]-[dia de fim] de [mês] de [ano].

Exemplo:

Cardoso, C. (2008). Sociedade civil, espaço público e gestão de conflitos: O caso da Guiné-Bissau. 12a Assembleia Geral do CODESRIA: Governar o Espaço Público Africano. Yaoundé, Camarões, 7-11 de Dezembro de 2011.

Leis ou Constituição

Lei nº [número de lei], de [dia] de [mês] de [ano] ([ano]). [Título da Lei]. [Cidade], [País]. Disponível em: [link] (Acedido a [dia] de [mês] de [ano])

Por exemplo:

Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000 (2000). Dispõe sobre a criação da Agência Nacional de Águas - ANA, entidade federal de implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e de coordenação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, e dá outras providências. Brasília, DF. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil/Leis/L9984.htm (Acedido a 10 de abril de 2007)

[Título da Constituição e indicação do país]. ([ano]). [Cidade]. Disponível em:  [link] (Acedido a [dia] de [mês] de [ano])

Por exemplo:

Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. (1998). Brasília. Disponível em:  http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm (Acedido a 10 de abril de 2007)

Artigos na Internet

[Apelido do autor(es)], [Inicial do(s) primeiro(s) nome(s)]. [(ano)]. [Título]. [Editora/Organização]. Disponível em: [Link] (Acedido a [dia] de [mês] de [ano])

Por exemplo:

Aston, B. (2015). Demonstration farms prove popular among Laikipia farmers. ALIN News. Disponível em: http://www.alin.or.ke/i/Demonstration%20Farms%20Prove%20Popular%20 Among%20Laikipia%20Farmers (Acedido a 12 de março de 2016).

Artigos de revistas ou jornais

[Apelido do autor(es)], [Inicial do(s) primeiro(s) nome(s)]. [(ano, [dia] de [mês])]. [Título do artigo]. [Nome da revista ou jornal], [Volume]([número]) [se houver], p./pp. [página ou páginas].

Exemplo:

Schwartz, J. (1993, 30 de Setembro). Obesity affects economic, social status. The Washington Post, pp. A1, A4.

2.4 | Outros elementos de formatação

Não devem existir mais do que três níveis de titulação: título, sub-título, infra-título.

Ao longo do texto, os títulos de textos, documentos, filmes, etc, devem ser apresentados entre aspas. Palavras noutra língua que não a do texto devem aparecer em itálico. Acrónimos podem usar-se após indicação por extenso.

Grandezas numéricas até dez, inclusive, devem ser apresentadas por extenso e as restantes em algarismo. Devem ser usadas medidas do sistema internacional (e.g. 10 km).

Notas de rodapé devem evitar ultrapassar as cinco linhas.

Todas as figuras, imagens, desenhos mapas, etc, devem ser acompanhadas de legenda em formato “Figura 1”, “Figura 2”, e assim sucessivamente, colocadas na linha que segue o elemento gráfico correspondente. Todas as tabelas devem ter uma legenda em formato “Tabela 1”, “Tabela 2”, e assim sucessivamente, cada uma posicionada na linha acima do elemento ao qual se refere.

Mais informações: sintidus.revista@gmail.com e em SINTIDUS.

13.09.2022 | par Alícia Gaspar | call for papers, chamada para artigos, Sintidus, universidade lusófona da guiné

Panorama #22

Exposições, sessões de cinema e concertos abrem ao público na Escola das Artes


Entre 16 e 17 de setembro, a Escola das Artes vai apresentar os projetos artísticos dos estudantes finalistas em exposições, sessões de cinema, concertos e conversas. Um momento de partilha onde também será apresentado o Anuário 21-22. A entrada é gratuita e as sessões vão decorrer em vários espaços da Escola das Artes da Universidade Católica no Porto.

O que une todas e todos é a forma como cada um dos projetos finais que agora apresenta, e que simbolicamente são o elemento de conclusão da sua passagem por esta universidade, expressam a diversidade, a liberdade e a permanente experimentação artísticas, que são valores axiais do projeto pedagógico e cultural da EA,” salienta Nuno Crespo, diretor da Escola das Artes, reforçando que “O Panorama #22 não celebra unicamente o percurso que os finalistas fizeram na Escola das Artes da Universidade Católica, mas projeta-os no futuro.”

Entre concertos, performances musicais, exposições e talks, a comunidade da Escola das Artes da Universidade Católica irá mostrar os trabalhos dos seus estudantes finalistas nas mais diferentes áreas: Conservação e Restauro; Animação; Cinema; Fotografia; Indústrias Criativas; New Media Art; Sound, Art e Design; e Som e Imagem.

Mais informações.

13.09.2022 | par Alícia Gaspar | anuário, cinema, concerto, conversa, Escola de Artes, exposição, panorama, universidade católica do porto

20ª edição do Doclisboa

 

Em Outubro, o Doclisboa comemora 20 anos e apresenta uma edição especial com a realização das sessões de abertura e encerramento em simultâneo nas cidades de Lisboa (abertura no Cinema São Jorge e encerramento na Culturgest) e do Porto (Cinema Trindade).

sessão de abertura realiza-se no dia 6 de Outubro com a estreia portuguesa de Terminal Norte, de Lucrecia Martel. A reconhecida cineasta está de volta ao cinema documental com uma curta realizada durante a pandemia, onde acompanha a cantora Julieta Laso nos seus vários encontros com um extraordinário grupo de artistas argentinos na região de Salta. Entre copleras - cantoras de música popular -, uma pianista de música clássica, uma rapper de música trap, um dueto feminino, a primeira coplera trans, o reconhecido guitarrista Bubu Rios, entre muitos outros, a câmara de Martel vai registando sessões de improviso e conversas sobre música e identidades, construindo um retrato íntimo destes artistas que, num período em que todas as portas se fecham, aqui encontram um espaço de libertação. 

Em Lisboa, a abertura conta ainda com um preâmbulo protagonizado por Lula Pena, para dar início à celebração da 20ª edição do Doclisboa. Uma experiência sonora surpresa preparada pela compositora e cantora portuguesa a descobrir na Sala Manoel de Oliveira do Cinema São Jorge.

encerramento do festival está marcado para dia 15 de Outubro, na Culturgest e Cinema Trindade, e fica a cargo de Objectos de Luz, de Acácio de Almeida e Marie Carré, que aqui encontram o mote para formular a sua declaração de amor à fotografia e ao cinema. 

Acácio de Almeida, um dos mais importantes directores de fotografia da cinematografia portuguesa, estreia-se na realização para nos oferecer o seu olhar afectivo sobre a luz na sua obra e no cinema, percorrendo este passado de memórias e homenageando as actrizes e actores cujos rostos iluminou, como Isabel Ruth, Beatriz Batarda, Luís Miguel Cintra e José Mário Branco, entre tantos outros. Objectos de Luz é uma ode à história do cinema português e um testemunho da sua paixão pela arte da imagem em movimento a partir da luz. 

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12.09.2022 | par Alícia Gaspar | cinema são jorge, cinema trindade, cultura, Culturgest, DocLisboa, lisboa, porto

Sarah Maldoror: Cinema Tricontinental

Sarah Maldoror, Maya Mihindou, Chloé Quenum, Anna Tje.

Patente até 27.11.2022

Horário: Terça a domingo das 10h-13h e 14h-18h

Local: Torreão Nascente da Cordoaria Nacional

As Galerias Municipais apresentam no Torreão Nascente da Cordoaria a exposição “Sarah Maldoror: Cinema Tricontinental”, organizada pelo Palais de Tokyo, Paris, e pelas Galerias Municipais, Lisboa, no âmbito da programação da Temporada Portugal – França 2022. A exposição foi apresentada no Palais de Tokyo entre 25/11/2021 e 13/03/2022.

A obra da cineasta Sarah Maldoror encontra-se associada às lutas de libertação de várias nações do continente africano nas décadas de 1960 e 1970, as quais constituem o tema e pano de fundo de muitos dos seus filmes. Nascida em Gers, em 1929, a cineasta emerge na cena cultural parisiense em meados da década de 1950, utilizando já o nome adotado de Maldoror em alusão ao herói maléfico dos Cantos de Maldoror (1868) do Conde de Lautréamont, redescobertos e celebrados pelos poetas surrealistas e nos quais Aimé Césaire encontrava “o homem de ferro forjado pela sociedade capitalista” (in Discurso sobre o Colonialismo, 1950).

À época, Sarah Maldoror fundava Les Griots, a primeira companhia de teatro de atrizes e atores afrodescendentes em França, que se tornou famosa com a escandalosa produção de Os Negros, de Jean Genet. Porém, Maldoror já se encontrava noutro lugar, a Leste e a Sul: em África, com o seu parceiro Mário Pinto de Andrade, em Moscovo para estudar cinema, e depois em Argel, antes de se instalar em Saint-Denis, perto de Paris, a partir de onde continuaria a viajar, pelas Caraíbas e pelos continentes africano e americano.

Mais informações.

10.09.2022 | par Alícia Gaspar | cinema, cinema tricontinental, cultura, pós-colonialismo, Sarah Maldoror

Obra de Fernando Pessoa serve de inspiração à nova exposição “Aurora” de Yohei Yamakado

“Aurora” é o nome da mais recente exposição do artista japonês Yohei Yamakado, com curadoria de João Pedro Amorim, artista visual e investigador do CITAR da Escola das Artes da Universidade Católica no Porto. A exposição será inaugurada a 22 de setembro, pelas 18h30 na sala MoCap da Escola das Artes e ficará patente até 21 de outubro de 2022. “Autora” surge na sequência do projeto fílmico realizado pelo artista em 2021 a partir da leitura da obra “O Marinheiro”, de Fernando Pessoa e conta com o apoio do programa Criatório, da Câmara Municipal do Porto.

Yohei Yamakado esteve em residência artística na Escola das Artes no final de 2019, período esse em que preparou o seu projeto fílmico a partir da leitura de “O Marinheiro”, de Fernando Pessoa, filme que conta com o mesmo título da obra do poeta e que também será apresentado na inauguração da exposição. A exposição “Aurora” apresenta uma composição de obras visuais e sonoras que acompanharam o artista ou que surgiram durante a produção do filme “O Marinheiro” e inclui quatro movimentos:  uma instalação, um ciclo de cinema, um concerto e uma publicação. Inspirado na visão mutável de incerta/certeza do autor, “Aurora” materializa-se numa composição temporal e espacial, com a intenção de agenciar o conjunto das suas práticas artísticas. Trata-se de uma proposta que se debruça sobre a impossibilidade da palavra – o silêncio, isto é, a dimensão do indizível e da indeterminação, na linguagem.

“Aquilo que me espanta em O Marinheiro de Fernando Pessoa, esse drama sem drama, esse drama em alma, como diria o autor, é antes de tudo a qualidade da linguagem: as palavras. As personagens da peça – as três Veladoras, por exemplo – não são com efeito mais do que uma aparência, uma espécie de nomes, mas nomes vazios, onde todas as palavras estão enterradas,” refere o artista Yohei Yamakado.

A obra foi filmada na cidade do Porto e trata-se do seu terceiro filme e segunda longa-metragem. Já a exposição “Aurora” será a sua primeira exposição em nome individual.

Uma exposição a não perder, patente na Escola das Artes da Universidade Católica no Porto até 22 de outubro. A entrada é livre e aberta a toda a comunidade.

Inauguração

18H30 · Abertura da exposição

19H30 · Projeção do filme O Marinheiro (2022)

Curadoria de João Pedro Amorim

Entrada Livre · de terça a sexta · 14H00 – 19H00

Sala MoCap da Escola das Artes da Católica

10.09.2022 | par Alícia Gaspar | aurora, exposição, fernando pessoa, universidade católica do porto, yohei yamakado

Instalação "Kokawusa" — 10 e 11 setembro no Festival Todos

Uma instalação de Luquebano Afonso.

Este sábado das 14h30 às 20h no Festival Todos.

Localização: Jardim da Quinta Alegre/ Campo das Amoreiras (Ameixoeira).

14h30 às 19h - Instalação

19h às 20h - DJ set: Lucky + Ricardo Pinto (trompete) + Hugo Menezes (percussão).

Equipa

Instalação/performance

Luquebano Afonso: autoria

Levina Valentim: curadoria

Aline Pinto: produção

Performance ao vivo

Luquebano Afonso: deejaying

Ricardo Pinto: trompete

Hugo Menezes: percussões

Violette Elikya Georg Afonso: piano (áudio)

10.09.2022 | par Alícia Gaspar | dj lucky, Festival Todos, hugo menezes, kokawusa, luquebano afonso, ricardo pinto

Mediateca Abotcha

„Luta ca caba inda“ é o mote para continuarmos nesta aventura de sonhar e de tomar emprestado sonhos de outros sonhadores. Da primeira imagem de Amílcar Cabral em 1972, feito por guineenses, ao mais recente filme de Sana na N‘Hada em 2022 foram 50 longos anos; do início da construção do cinema guineense à construção do arquivo de Malafo foram longos sonhos; de Enxalé a Malafo não é tão grande a distância, mas juntar Farim, Berlim, Bissau, Porto, Lisboa, Sonaco e Malafo só mostra como o mundo é pequeno quando partilhado em grande.
A Mediateca Abotcha é um espaço germinado da colaboração entre a Geba Filmes, a Comunidade de Malafo e outros amigas e amigos para criar acesso ao arquivo audiovisual da Luta da Libertação, e a tão sonhada biblioteca de Malafo (a Bibliotera), florindo num espaço de encontros para além das primeiras sementes. Na Abotcha, que significa “na terra” em Balanta, estão sempre presentes outras formas de cultura, de agricultura e de escultura da alma, e também outras formas de mediações contemporâneas e transmissões mediúnicas de saberes.
É dentro deste espírito que a convidamos a comemorar connosco o início de um novo percurso neste velho caminho de terra e de „luta ca caba inda“, em Malafo (entre Jugudul e Bambadinca), para a inauguração da Mediateca Abotcha

 

 

PROGRAMA
14:00 Boas vindas com Pereira e Bedan Na Onça, apresentação da Mediateca Abotcha
15:00 “A pesca do arco-íris”, performance poético-musical com os jovens de Malafo
15:30 Mostra do arquivo da luta de libertação (Semana da Informação, Conacri, 1972, e Declaração da Independência em Boé, 1973) com Sana na N‘Hada e Flora Gomes
16:00 Gigantone Cabral a caminho de Bafatá CTO
16:30 Kabas-garandi (refeição)
17:30 Mostra do filme Nossa Terra, 1966
18:30 Encerramento

Sana na N’Hada, Flora Gomes, Suleimane Biai, Filipa César, Marinho de Pina e Pereira na Onça.

07.09.2022 | par martalanca | Amílcar Cabrail, Bibliotera, Luta ca caba inda, Malafo, Mediateca Abotcha

"Daniel e Daniela", de Sofia Pinto Coelho

Quarta-feira, 14 de setembro, às 21h30, na Cinemateca Portuguesa

Após assinar “Carta ao meu Avô” e “Despojos de Guerra”, Sofia Pinto Coelho estreia-se no cinema com uma aventura por Cabo Verde, São Tomé e Guiné-Bissau com dois protagonistas improváveis: Daniel, de 83 anos, e Daniela, de 12.

A história de um pai que leva a filha numa viagem às suas origens e que se torna num diálogo sobre racismo, herança colonial, memórias familiares e aspirações individuais que percorre mais de cem anos de História. 

Entre risos, canções e livros, tudo o que irão encontrar pelo caminho é pretexto para aquele que é um dos maiores colecionadores em Portugal de livros sobre a África lusófona deixar conhecimento e pensamento crítico à sua filha, preparando-a para o futuro com o coração cheio de esperança e liberdade.

Documentário  82 min  2022

Guião / Script
Sofia Pinto Coelho
Vozes / Cast
Sofia Pinto Coelho
Actores / Cast
Daniel Nunes, Daniela Nunes
Argumento e Diálogos / Dialogues and Screenplay
Sofia Pinto Coelho
Fotografia / Photography
Pedro Castanheira
Música / Music
N/A
Montagem / Editing
Sofia Pinto Coelho
Produtor (pessoa singular) / Producer
Pandora da Cunha Telles e Pablo Iraola
Coprodução / Coproduction
SIC

 

05.09.2022 | par Alícia Gaspar | cabo verde, cinemateca portuguesa, daniel e daniela, filme, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe

Lançamento | Critical Neighbourhoods – The Architecture of Contested Communities

Conversa entre o autor Paulo Moreira, e Julia Albani. 23 de Setembro às 19h, na livraria pop-up da Galeria Antecâmara.

Numa época em que a arquitetura e os estudos urbanos tendem para aceitar e compreender os bairros informais, ao invés de ignorar ou erradicá-los, torna-se cada vez mais urgente a experimentação no terreno. Em anos recentes, um número crescente de arquitetos tem vindo a consciencializar-se do facto destes assentamentos estarem cá para ficar, e precisarem de intervenções seletivas. Critical Neighbourhoods – The Architecture of Contested Communities analisa estudos recentes e ações práticas em três continentes distintos (África, América, Ásia). A publicação é editada por Paulo Moreira, com contributos de Elisa Silva, Julia King, Matthew Barac e Ines Weizman, e um prefácio de AbdouMaliq Simone.

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EN

At a time when architectural and urban studies are moving towards seeking to accept and understand informal neighbourhoods rather than ignoring or eradicating them, the need for experiments on the ground is becoming increasingly urgent. In recent years, a growing number of architects and spatial practitioners have begun to act on their commitment to the idea that these settlements are here to stay and require selective intervention. Critical Neighbourhoods – The Architecture of Contested Communities analyses recent studies and practical actions in three different continents (Africa, America and Asia). The volume is edited by Paulo Moreira, with contributions by Elisa Silva, Julia King, Matthew Barac and Ines Weizman, and a preface by AbdouMaliq Simone.


05.09.2022 | par Alícia Gaspar | arquitetura, estudos urbanos, lançamento de livro, Paulo Moreira

Colecção de contos "Cabeças Cortadas"

Cabeças Cortadas não é uma ficção visionária; é uma obra assente em realidades ferozes que nem pandemias nem guerras substituem.  Explorando um mundo de disfunções que se têm tornado estruturantes, revela-o nos meandros mais impensados das relações sociais.

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Livros Flauta de Luz | distribuição Antígona

Escrito mais de dez anos antes da eclosão da pandemia de covid-19 e da catástrofe sanitária e moral daí resultante, este conjunto de contos de Pedro Bravo manifesta perturbantes premonições do que passou a estar em curso no mundo: uma continuada repetição de desastres consubstanciais ao desenvolvimento.

Mas, abarcando também épocas anteriores à nossa, Cabeças Cortadas não é uma ficção visionária; é uma obra assente em realidades ferozes que nem pandemias nem guerras substituem, embora as empiorem. Explorando um mundo de disfunções que
se têm tornado estruturantes, revela-o nos meandros mais impensados das relações sociais, quer se trate, por exemplo, de experiências médico-farmacêuticas com o corpo humano ou da necessária dependência mortal de drogas psicotrópicas.

Livro ilustrado, Cabeças Cortadas constrói-se sobre uma geometria visual de palavras e ideias não pacíficas de que decorre um paradoxal realismo semântico. Acoplamentos voluntários no ritmo dos contos desvendam, num delírio negro, duplos sentidos e amiúde miríades de significados. Mas a poderosa e ágil estrutura da composição literária não deixa que desta miríade decorra confusão. O sentido devém acção. Sexual, sem nunca ser descritivo, vibrante de fúria e imaginação, Cabeças Cortadas – cuja personagem central é o corpo humano – deixa-nos o registo de que as nossas sociedades assentam numa violência grandemente oculta.

Pedro Bravo publicou anteriormente os livros Verbo Vermelho, na Fenda, e Manual de Resistência Civil, na Letra Livre.

Desenhos da capa e do interior: Miguel Carneiro. Grafismo e paginação: Pedro Mota.

31.08.2022 | par Alícia Gaspar | antígona, cabeças cortadas, guerra, livros flauta de luz, novo livro, pandemia, pedro bravo

"Fanun Ruin", de Zia Soares

Sáb, 10 set 2022 / 19:30 – 20:30
Bilhetes

Concebido no âmbito da programação paralela da exposição Europa Oxalá, este espetáculo prolonga reflexões sobre o passado colonial e os seus efeitos no presente, suscitando questões em torno da memória, da identidade e do luto.

Cortesia António Castelo.Cortesia António Castelo.

FANUN RUIN começa no encontro com os crânios timorenses em Coimbra. Começa no revoltoso timorense desterrado para Angola e na angolana que se desterra. Começa nas perguntas.

Como eram os rostos dos decepados? Onde estão os restos dos corpos dos crânios?

Quando retornam os ossos usurpados? Quem os espera?

Quem ainda se lembra? Quem quer esquecer?

Como encarnar os ossos?

A atriz fala. Põe na voz a vida.

0: Ritos de Lorosae.
1882: Desterramento.
35: Crânios.
1959: Revoltosos.
1959: Desterramento.
1974: Autodesterramento.
2021: Ossos usurpados.
2022: FANUN RUIN

Cortesia Neusa TrovoadaCortesia Neusa Trovoada

Ficha Técnica

Autoria, Direção e Interpretação Zia Soares

Direção de arte Neusa Trovoada

Cocriação de vídeos António Castelo

Música Xullaji

Cocriação de movimento Lucília Raimundo

Iluminação Mafalda Oliveira

Elenco de vídeo Agostinho de Araújo, Aoaní Salvaterra, Domingos Soares, Fátima Guterres, Lídia Araújo, Lucília Raimundo, Manuel de Araújo, Priscila Soares

Assistência à cenografia Carlos Trovoada, Nig d’Alva

Técnico de som Luís Moreira

Fotografia António Castelo

Assistência geral Aoaní d’Alva

Cabelos Zu Pires

Maquilhagem Ana Roma

Produção Fundação Calouste Gulbenkian, SO WING

Apoios Centro Cultural da Malaposta, Polo Cultural Gaivotas Boavista

Zia Soares é uma artista apoiada pela apap – Feminist Futures, um projeto cofinanciado pelo Programa Europa Criativa da União Europeia

Agradecimentos Domingos Soares e Priscila Soares, Agostinho de Araújo, Ana Alves, António Soares Nunes, Bruno Sena Martins, José Amaral, Luís Costa, Manuel de Araújo

 

31.08.2022 | par Alícia Gaspar | cultura, europa Oxalá, fanun ruin, Fundação Calouste Gulbenkian, Identidade, luto, memória, Zia Soares

"Factory of Disposable Feelings", de Edson Chagas

Inauguração: 23 setembro, 18h 

24 setembro a 5 novembro (quarta a sábado, das 15h às 19h)
entrada livre

Hangar - Centro de Investigação Artística.

Com curadoria de Ana Balona de Oliveira, esta exposição apresenta uma das mais recentes séries fotográficas do artista, realizada no bairro Cazenga em Luanda, entre 2017 e 2018. Tendo sido anteriormente mostrada a solo apenas na Cidade do Cabo, na África do Sul, em 2019, “Factory of Disposable Feelings” é apresentada agora pela primeira vez em Lisboa numa nova configuração, incluindo imagens inéditas.

Esta série dá continuidade às indagações que singularizam a obra de Chagas, nomeadamente a atenção às relações vivenciais e afetivas que os sujeitos estabelecem com objetos e espaços quotidianos, contrariando rápidos ritmos de consumo através de um olhar desacelerado que perscruta em proximidade matérias, formas e texturas descartadas. 

Contudo, a série marca simultaneamente uma espécie de viragem, na medida em que, ao contrário de séries anteriores realizadas em vários espaços públicos urbanos a Norte e a Sul, vagamente identificados (as ruas e praias de Luanda, Veneza, Londres e Newport, etc.), nesta série, pela primeira vez, o fotógrafo concentrou-se nos espaços interiores e exteriores de uma arquitetura específica. Trata-se da Fábrica Irmãos Carneiro no Cazenga, em Luanda, uma antiga fábrica têxtil fundada no período colonial, que, pertencendo a uma família luso-angolana, continuou a laborar após a independência de Angola e durante as várias fases da guerra civil (1975-2002), produzindo lençóis, fraldas e uniformes militares, etc. Mais recentemente, foi redirecionada para a produção de utensílios agrícolas, tendo sido parcialmente abandonada.

Através da sua própria experiência corpórea e afetiva do espaço e de conversas não só com os seus donos, mas principalmente com os seus antigos trabalhadores, muitos dos quais se tornaram seguranças do edifício após o encerramento da fábrica, Chagas compôs uma espécie de retrato em sequência aberta, simultaneamente íntimo e dialógico, de um espaço múltiplo: situado algures entre as particularidades desta arquitetura e as dinâmicas alargadas do bairro, da cidade e do país; entre a história coletiva e a memória individual; entre a objetividade concreta da matéria e da máquina (tanto a fabril como a fotográfica) e a subjetividade da experiência e do olhar. A intensidade das vivências partilhadas impregnou de memória os objetos e o espaço, que, embora evidenciando perda, se transmutaram em arquivos afetivos excedendo poeticamente os limites do visível e do documentável. Símbolo do próprio país em suspenso e dos vários projetos de suposta modernidade e modernização que atravessaram a sua história, a fábrica abandonada nunca deixou de ser reocupada, reapropriada e reativada por um ativo labor de memória e desejo, incluindo as futuridades passadas e presentes que falta cumprir.  

31.08.2022 | par martalanca | angola, arte contemporânea, Edson Chagas, exposição

Doc's Kingdom 2022: Sneak Preview

Com a presença de MARIANA CALÓ e FRANCISCO QUEIMADELA, ALEXANDRA CUESTA, PAULA GAITÁN, BORIS LEHMAN e JOÃO VIEIRA TORRES, o Doc’s Kingdom 2022 inicia às 18h de quinta-feira, 1 de setembro e termina ao meio-dia de terça-feira, 6 de setembro.

As inscrições estão abertas ao público, por ordem de chegada, no formulário de inscrição.

A inscrição (190€) inclui todo o programa do Doc’s Kingdom 2022 em Arcos de Valdevez (sessões de cinema, debates, refeições, passeios e outras actividades), entre 1 e 6 de setembro. A inscrição diária (50€) inclui todo o programa do dia correspondente.

O seminário Doc’s Kingdom é concebido como uma experiência imersiva, com três sessões de cinema por dia a partir das 10h, um programa surpresa até ao início de cada projecção, debates ao ar livre com e entre cineastas, refeições de convívio e passeios.

A cineasta e fotógrafa Alexandra Cuesta vive e trabalha entre o Equador e os Estados Unidos. Os seus vídeos e filmes em 16mm são retratos de lugares públicos, paisagens urbanas e das pessoas que os habitam. Reminiscente de práticas documentais como a fotografia de rua, o trabalho de Cuesta está enraizado na sensibilidade poética e lírica da vanguarda, combinando práticas documentais e antropologia visual, investigando a reciprocidade do olhar na representação baseada no tempo.

Ao longo de cerca de 45 anos, o cineasta belga Boris Lehman realizou e produziu mais de 75 filmes, entre curtas e longas-metragens, documentário e ficção, ensaios e autobiografias, trabalhando essencialmente em 8mm, super8 e 16mm. A obra de Lehman invade espaços pessoais – a sala de estar, o estúdio do artista, o álbum de fotografias. Contrastando com essa intimidade está uma nota quase etnográfica, trazida pela forma como o pessoal se torna o universal.

João Vieira Torres, artista franco-brasileiro, vive e trabalha em Paris desde 2002. Vieira Torres utiliza diversas formas de expressão artística: a fotografia, o cinema, a videoarte e a performance. Um dos principais eixos do seu trabalho é a questão do “ser-se estrangeiro” e as formas de instabilidade e rupturas de perspectiva que nelas se originam, a dificuldade de estabelecer raízes ou âncoras, sejam elas em relação ao território, à identidade, ou ao próprio corpo.

Mariana Caló e Francisco Queimadela são artistas pluridisciplinares que trabalham como dupla desde 2010, desenvolvendo a sua prática através do uso privilegiado da imagem em movimento, tanto na realização de filmes como em conjugação com o desenho, a pintura, a fotografia ou a escultura em contextos expositivos. O interesse pelo diálogo entre o biológico, o cultural e o vernacular é recorrente no seu trabalho.

Paula Gaitán, artista plástica, fotógrafa, escritora e realizadora, começou a trabalhar em cinema em 1978 quando, a convite de Glauber Rocha, fez a direcção de arte no filme “A Idade da Terra” (1980). Entre curtas e longas-metragens, realizou cerca de 15 filmes como, entre outros, “Uaka” (1988) ou “Exilados do Vulcão” (2013). Em 2021, foi homenageada na Mostra de Tiradentes e estreou o épico “Luz nos Trópicos” (2020) na Berlinale. Em 2022, foi artista convidada da DAAD, em Berlim. Transgredindo normas e convecções, a obra radical de Gaitán fortalece um diálogo com as artes visuais, a fotografia e o som, transitando entre uma abordagem pessoal e intimista e uma perspectiva etnográfica.

Boas Vindas ao Doc’s Kingdom 2022 com The Netherlands Film Academy e Stereo Editions

O acolhimento do Doc’s Kingdom 2022 tem lugar na sala de debates do seminário, no Centro Paroquial de Arcos de Valdevez, dia 1 de setembro às 18h, com a presença do cineasta galego Alberte Pagán, para a apresentação do seu livro “Emotional Materials/Personal Processes”, publicado pela Stereo Editions, que junta seis entrevistas com cineastas experimentais como Peter Kubelka ou Ken Jacobs, realizadas ao longo de várias edições do mítico S8 — Festival de Cinema Periférico, realizado anualmente na vizinha Corunha.

Em colaboração com o novo Master of Film, artistic research in and through cinema da Netherlands Film Academy, um grupo de sete estudantes, acompanhado pela professora e cineasta galega Diana Toucedo, apresenta uma conversa colectiva sobre processos criativos, observação, escuta e atenção, inaugurando o círculo de debates do Doc’s Kingdom 2022.

O encontro de boas vindas ao Doc’s Kingdom 2022 realiza-se no âmbito do programa de residências e bolsas Dear Doc, desenvolvido com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian.

Paula Gaitán, Mariana Caló e Francisco Queimadela na sessão de abertura do Doc’s Kingdom 2022

A primeira sessão do Doc’s Kingdom 2022, dia 1 de setembro, às 22h, na Casa das Artes de Arcos de Valdevez, apresenta uma miniatura burlesca de Mariana Caló e Francisco Queimadela, seguida de uma viagem sónica guiada pelos gestos indomáveis do encontro entre a câmara de Paula Gaitán e a guitarra de Arto Lindsay, num filme que é um retrato do músico radicado no Brasil, mas antes de tudo um documentário sobre a própria ideia de som e sobre a relação entre o corpo e a música.

Centenário NANOOK com The Flaherty Film Seminar

Allakariallak no filme Nanook of the North (1922)Allakariallak no filme Nanook of the North (1922)

Em colaboração com o Flaherty Film Seminar, fundado por Frances Flaherty em 1954, o Doc’s Kingdom 2022 organiza uma sessão especial de Nanook of the North (1922), de Robert Flaherty, no domingo 4 de setembro, seguida de debate com a participação de José Manuel Costa, director da Cinemateca Portuguesa, fundador do seminário Doc’s Kingdom e participante no 25th Flaherty Film Seminar, em 1979.

Residentes Dear Doc com o apoio da Fundação Gulbenkian

O programa Dear Doc, desenvolvido desde 2016 com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, cria um contexto internacional de colaboração para um grupo de residentes no seminário Doc’s Kingdom. Em 2022, para além do grupo de residentes com bolsa, o programa Dear Doc inclui uma série de sessões online e uma colaboração com o Master of Film, artistic research in and through cinema da Netherlands Film Academy.

São residentes Dear Doc 2022:

Agnieska Szeffel  Curadora independente, fundadora e programadora da secção “Lost Lost Lost” no festival internacional de cinema New Horizons, na Polónia. Agnieska é autora do livro “Pedro Costa: An Unwritten Story” (2018) e encontra-se a preparar um programa de cinema português para a edição de 2023 do festival New Horizons.

Cátia Rodrigues  Programadora no Festival Curtas Vila do Conde e no CineNova, editora e crítica no CINEblog IFILNova. Licenciada em Filosofia pela U. Porto, Cátia está actualmente a escrever a sua dissertação de Mestrado em Estudos Artísticos na U. Nova de Lisboa em torno do gesto de mostrar enquanto gesto ético-estético fundacional no cinema de Abbas Kiarostami.

Clara Jost — Realizadora, licenciada pela Escola Superior de Teatro e Cinema. Autora do premiado “Meine Liebe” (2020), Clara terminou recentemente o seu novo filme por estrear, “Cosas bonitas y un par de tragedias”, no âmbito do Mestrado em Artes Audiovisuais que realizou na KASK, em Ghent, na Bélgica, com o apoio da bolsa de estudos da Fundação Gulbenkian.

Fernando Restelli — Realizador argentino a viver e a trabalhar em Lisboa, onde se encontra a realizar o seu projecto final do DocNomads Masters in Documentary Film Directing. Fernando terminou recentemente o seu novo filme por estrear, “Searching for Boris Lehman”.

Ghada Fikri — Realizadora egípcia a viver e a trabalhar em Bruxelas e Lisboa, onde se encontra a terminar o DocNomads Masters in Documentary Film Directing. Realizadora do premiado “As you can see” (2020), Ghada licenciou-se e foi depois professora na German University in Cairo.

Helena Gouveia Monteiro — Artista visual e e realizadora de cinema experimental, vive e trabalha em Dublin, onde co-dirige o LUX Critical Forum. Helena é co-fundadora da Stereo Editions, que publicou recentemente “Emotional Materials/Personal Processes - Six Interviews with Experimental Filmmakers”, de Alberte Pagán.

Kinga Nguyen — Finalista de Sociologia na Universidade de Varsóvia, prepara uma tese onde analisa a identidade social criada através do humor por grupos de extrema direita na Polónia. Kinga é polaca, de origem vietnamita, e encontra-se a estagiar na produtora portuguesa Kintop, como assistente de montagem no novo filme de Susana de Sousa Dias.

Maria Patrão — Realizadora, licenciada pela Escola Superior de Teatro e Cinema. Realizou o filme “Meia Luz” (2021), vencedor do Prémio Pedro Fortes para Melhor Filme Português na secção Verdes Anos do festival Doclisboa. Maria encontra-se actualmente na Elías Querejeta Zine Eskola, onde dá continuidade ao seu trabalho sobre o cineasta António Reis no Mestrado em Film Preservation Studies, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian.

Teresa Chow — Artista visual, licenciada em escultura pela Faculdade de Belas Artes da U. Porto, pós-graduada em motion design na ESAD Matosinhos. Teresa desenvolve uma prática artística transdisciplinar, em imagem em movimento, edição, escultura ou publicação, tendo colaborado recentemente com o Cineclube Campo Aberto.

A Cinemateca com o Doc’s Kingdom

Depois do seminário em Arcos de Valdevez, Boris Lehman apresenta duas sessões na Cinemateca Portuguesa, a 8 e 9 de setembro: “Symphonie” (1978) e “L’Art de s’égarer” (2014); “Funérailles - De l’art de mourir” (2016). As duas sessões constituem mais uma oportunidade de revisitar o trabalho de Lehman, de conversa e discussão com o realizador.

25.08.2022 | par Alícia Gaspar | cinema, cultura, doc's Kingdom, evento

Exposição "Desvairar 22"

27 de Agosto, a partir das 11h30, no SESC-Pinheiros, em São Paulo.

Curadoria: Marta Mestre, Eduardo Sterzi, Veronica Stigger

Sinopse:
“Desvairar 22” é uma exposição que interroga a imaginação do tempo no modernismo brasileiro e na “Semana de Arte Moderna” (1922). Esta interrogação surge através de uma “trama” de imagens, acontecimentos e produção literária ancorada numa imagem inesperada e extemporânea: o Egipto. Desvairando com os modernistas daquela época, a exposição constitui-se a partir de mais de 250 obras e de uma montagem “desierarquizada” que procura desordenar, com delírio, o modo como percepcionamos a história. “Desvairar 22” é uma contribuição especulativa para as leituras possíveis do modernismo, da modernidade e da modernização, desdobrando-se num prólogo e capítulos (1. Saudades do Egito; 2. Ossos do Mundo; 3. Meios de Transporte; 4. “Índios Errantes”).

Artistas:

Tarsila do AmaralVicente do Rego Monteiro
Flávio de Carvalho
Laerte
Haroldo Lobo e Antônio Nássara
V. Penansson
Lygia Pape
Vivian Caccuri
Graça Aranha
Menotti del Picchia
J. Pascal Sébah
Antonio BeatoFernando PessoaPagu
H. Délié & E. Béchard
Angelo Agostini
Antonio Garcia Moya
Marcel Gautherot
Glauber RochaPedro Neves Marques
Mário de Andrade
Alex CervenyJoão Modé
Blaise Cendrars
Cristiano Lenhardt
Ana Prata
Joãozinho da Goméia como Ramsés
Jorge de Lima
Gabriel Haddad e Leonardo Bora
Abdias do Nascimento
Luiz Gonzaga de Sousa
Darks Miranda & Pedro França
Claudia Andujar
Bernard Bouts
Johann Baptiste von Spix e Carl von Martius
Leonilson
Rosana Paulino
Regina Parra
Fernando Lindote
Denilson Baniwa
Fernand Léger

etc…

22.08.2022 | par Alícia Gaspar | Brasil, cultura, desvairar, eduardo sterzi, exposição, marta mestre, são paulo, veronica stigger

Call for Papers - Colonial and Post-Colonial Landscapes

The aim of this congress is to extend the debate on the repercussions of the decisions aken by the colonial states in the area of territorial infrastructures – in particular through the disciplines of architecture and urbanism – in post-independence development models and the formation of new countries with a colonial past.

The infrastructure of the colonial territories obeyed the logic of economic exploitation territorial domain and commercial dynamics among others that left deep marks in the built landscape. The rationales applied to the decisions behind the construction of infrastructures varied according to the historical period, the political model of colonial administration and the international conjuncture.

This congress seeks to bring to the knowledge of scientific community the dynamics of occupation of colonial territory, especially related to the war effort, and that involve not only agents related to architecture and urbanism but to the military, and its repercussions in the same territories as independent countries.

It is hoped to address issues such as how colonial infrastructure, in this case housing production during armed conflict, has conditioned the current development models of the new countries or what options taken by colonial administrations have been abandoned or otherwise strengthened after independence.

More information.

22.08.2022 | par Alícia Gaspar | architecture, call for papers, colonial and Post-Colonial Landscapes, colonialism war, international congress, post-colonialism