Apresentação da Conferência Internacional - Universidade de Bolso

Centro Cultural Vila Flor, Guimarães, 27-29 maio, 2022

Terça, 29 março 19h30
Sala B 207 (Torre B)

A cargo de João Sousa Cardoso e de António Guerreiro 
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas | Universidade Nova de Lisboa
Avenida Berna 26 C, 1069-061 Lisboa


Em cada ano, a UNIVERSIDADE DE BOLSO propõe, ao longo de três dias, a criação de uma comunidade efémera de vivência, observação, reflexão e debate aberto em torno de questões atuais, locais e globais. 

Em cada edição, os participantes encontram-se com os Oradores: pensadores e artistas internacionais, relevantes do nosso tempo, convidados a proferirem uma aula pública; com os Habitantes: cidadãos e residentes locais que testemunharão um itinerário pessoal e saberes que religam com formas de inteligência necessárias à vida pública; e os Observadores: dois convidados que acompanharão no terreno todo o programa e, no último dia, devolverão o seu olhar numa perspetiva participante, crítica e propositiva sobre o trabalho desenvolvido.  

A primeira edição da UNIVERSIDADE DE BOLSO acontece entre 27 e 29 de maio de 2022, no Centro Cultura Vila Flor. Coabitação e novas temporalidades é o mote escolhido para a edição inaugural e concentra-se na atualidade dos direitos das minorias étnicas nas sociedades contemporâneas e na elaboração social, ética e estética de uma cultura cosmopolita e transtemporal.  

Na primeira edição, os Oradores são: Françoise Vergès, intelectual, escritora e militante francesa com origem familiar na Ilha da Reunião que tem desenvolvido um pensamento crítico sobre as relações entre anti-capitalismo, ativismo feminista e decolonização; Vladimir Safatle, filósofo brasileiro, docente na Universidade de São Paulo e músico, que tem produzido reflexão sobre a construção política das subjetividades entre a filosofia, a crítica da cultura e a teoria psicanalítica; Mary Enoch Elizabeth Baxter, que também assina com o nome hip-hop Isis Tha Saviour, artivista norte-americana baseada em Filadélfia, que trabalha a relação entre o sistema institucional da justiça (incluindo a justiça reprodutiva), a violência de estado e a comunidade afrodescendente nos Estados Unidos da América.  

Os Habitantes Svitlana Baptista e Niranjan Sapkota partilham connosco – num espaço especificamente relacionado com a sua história pessoal como lugar de encontro – a experiência de imigração da Ucrânia e do Nepal, respetivamente, para Portugal. 

Svitlana Fedynyak Baptista partilhará connosco a cultura cívica, tecnocientífica e política em que se formou na antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), o trauma coletivo da catástrofe ecológica de Chernobyl, a experiência migratória entre um regime autoritário do leste europeu e uma democracia em consolidação no extremo ocidente do continente. Niranjan Sapkota, por seu lado, mostrará como concilia a formação hindu e o território cultural de acolhimento, a carreira académica e o emprego fabril, além de - sendo os seus pais cantores folclóricos - o interesse pela música dos instrumentos tradicionais como uma prática familiar a que dá continuidade. Ambos os casos ajudarão a compreender as questões da alteridade, da inclusão política e das dinâmicas interculturais.   

Por último e como Observadores, a historiadora francesa Yvane Chapuis, responsável pelo Departamento de Pesquisa na escola de artes La Manufacture, em Lausanne (Suíça); e António Guerreiro, crítico cultural e professor na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, contribuirão como relatores da presente edição, analisando a qualidade das trocas havidas e as suas implicações num processo de construção coletiva de conhecimento. 

A Universidade, instituição centenária, encontra-se hoje implicada num processo imprevisível de profunda transformação política, cultural e económica, procurando os caminhos que lhe permitam reencontrar o seu fundamento – uma casa do conhecimento universal – e reinventar a capacidade de acompanhar os processos sociais e atuar produtivamente no mundo. Com a primeira edição da UNIVERSIDADE DE BOLSO queremos, juntos, dar a volta ao mundo em 3 dias! Será a primeira volta de muitas revoluções.  

21.03.2022 | par Alícia Gaspar | ativismo feminista, conferência internacional, cultura, decolonização, universidade de bolso

Now that we found freedom, what are we gonna do with it?

Narrativas sobre a pós-independência e processos de descolonização

Curadoria: Kiluanji Kia Henda & Ana Sophie Salazar

Inauguração: 7 de Abril de 2022, das 18h às 21h

Datas: Exposição patente até 12 de Maio 2022, Quarta a Sábado, das 15h às 19h

Local: R. Damasceno Monteiro, 12 R/C | 1170-112 – Lisboa

Artistas:
Hélio Buite
Clara Ianni
Rui Magalhães
Mussunda N’Zombo
Daniela Ortiz
Mwana Pwo
Yoel Díaz Vázquez
Castiel Vitorino Brasileiro

Esta exposição é o início de um estudo mais amplo que foca nas narrativas dos povos que conquistaram a independência após longos séculos de colonialismo. Ocupando o lugar da conquista, os oprimidos falam desde esse lugar de poder para repensar a própria ideia de poder e as suas possíveis formas de reorganização. A luta pela independência deu azo a várias outras lutas através da sua re-significação pós-independência, um período chamado de liberdade, marcado pela necessidade de desmantelar as heranças coloniais. Os preconceitos deixados pelo patriarcado e o cristianismo impregnam ainda hoje a textura social das ex-colónias europeias, impulsando as gerações mais jovens a fortalecer os movimentos sociais, feministas e transfeministas para combater esse legado. Esses são os movimentos e lutas que perguntam, com pertinência e ímpeto, o que foi feito com a conquista da liberdade. Para este questionamento é vital não só a consciência das conquistas que formam hoje África e as Américas descolonizadas, mas também o sentimento de responsabilidade pelas suas lutas anteriores. Os artistas reunidos questionam colectivamente a gestão da liberdade pós-independência e quais são as lutas de hoje.

Os olhos e ouvidos estão postos em futuros inclusivos, onde categorias de representação fluem de forma descentralizada. Enquanto a figura de poder autoritário é desconstruída, celebram-se multiplicidades culturais e sociais e exploram-se noções de liberdade e civismo. A indagação dos processos políticos e históricos da pós-independência permite repensar as relações de colonialidade com o ocidente. Na exposição ressaltam-se pontos de referência desde Angola, aos quais se juntam vozes do continente latino-americano com demandas similares. Através dos trabalhos expostos, um outro legado, paralelo e inverso ao colonial, é trazido para primeiro plano para ser homenageado, assim como continuado. Trata-se da herança de todas as diversas forças de resistência, a vida que sempre encontrou formas de luta.

Concebida pelo artista Kiluanji Kia Henda e HANGAR – Centro de investigação artística, com co-curadoria de Ana Sophie Salazar, a exposição é uma extensão do convite a Kiluanji que lhe concede carta branca para esta tomada do espaço. Participam os artistas emergentes angolanos Hélio Buite, Rui Magalhães e Mwana Pwo, os quais foram nomeados por Kiluanji para uma residência no HANGAR durante o mês de Março, assim como os artistas Clara Ianni, Mussunda N’zombo, Daniela Ortiz, Yoel Díaz Vázquez e Castiel Vitorino Brasileiro.

Mais informação.

17.03.2022 | par Alícia Gaspar | ana sophie salazar, colonialismo, exposição, HANGAR, kiluanji kia henda, pós-colonialismo

Livro: Des-cobrir a Europa. Filhos de Impérios e pós-memórias europeias

Margarida Calafate Ribeiro e Fátima da Cruz Rodrigues
2022, Edições Afrontamento | Memoirs

Des-cobrir a Europa – Filhos de Impérios e Pós-memórias Europeiasde Margarida Calafate Ribeiro e de Fátima da Cruz Rodrigues revela-nos as memórias intergeracionais de filhos daqueles que viveram os dias finais do colonialismo e das lutas pela independência de territórios colonizados por Portugal, França e Bélgica. Neste arquivo de pós-memória, ecoam histórias de Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Argélia e Congo, através das palavras de trinta e sete cidadãs e cidadãos europeus, cujas narrativas e reflexões interrogam esse passado, as suas sombras e os seus silêncios, mas também exprimem as suas alegrias e realizações, no presente europeu. A partir destes registos pessoais, podemos seguir os fios que ligam as relações coloniais de outrora aos fenómenos contemporâneos das migrações, da nostalgia, do racismo, da discriminação ou da hipocrisia política das relações entre as antigas metrópoles colonizadoras e as antigas colónias. Por isso, são abordadas questões como cidadania, pertença, herança, mas também reparação, restituição e denúncia, gerando uma dialética intergeracional complexa e nova que recusa a prossecução da retraumatização, ao mesmo tempo que rejeita as lógicas do esquecimento. São olhares atentos a outros lados da história, necessariamente subjetivos e plenos de experiências alheias, geradoras de múltiplos laços afetivos, familiares e políticos, que contribuem para iluminar e compreender o presente europeu e as ligações entre Europa e África. A fechar, um texto do escritor português Paulo Faria, que nos desafia para novas constelações de memórias europeias e sugere outras interrogações.

Disponível AQUI.

A edição francesa deste livro é lançada em Paris no dia 8 de Abril de 2022, pela Presses universitaires de Paris Nanterre, collection «La langue portugaise en cultures», sob o título:

Enfants d’Empires coloniaux et postmémoire européenne

Margarida Calafate Ribeiro et Fátima da Cruz Rodrigues, 

Presses universitaires de Paris Nanterre, collection « La langue portugaise en cultures », 2022.

Imagem de capa:

Aimé Mpane | 9 Portraits, série Kinoct, 2011 | © Aimé Mpane, cortesia do artista.

17.03.2022 | par Alícia Gaspar | Europa, fátima da cruz rodrigues, livro, Margarida Calafate Ribeiro, memoirs

Workshop Ecótones – Zonas de Estudo em Criação Performativa

Este workshop faz parte do processo de investigação que está a ser desenvolvido por Leonardo Shamah (BR), em colaboração com Carolina Cantelli (BR) e Ves Liberta (PT), enquanto participantes do PACAP 5, com curadoria de João Fiadeiro, em colaboração com Márcia Lança, Carolina Campos e Daniel Pizamiglio.

No âmbito do Bloco II do PACAP 5 do Forum Dança, este workshop acontece de 21 a 25 de Março, das 18h30 às 20h30 no Forum Dança, no Espaço da Penha, em Lisboa.

Cada dia é um módulo independente.

A participação é gratuita, com inscrição prévia para o email forumdanca@forumdanca.pt.

Sobre o Workshop

“Em Biogeografia, zona ecótona é uma área de transição ambiental, onde ecossistemas diferentes se encontram e reúnem uma grande biodiversidade com seres pertencentes de cada ecossistema e da própria zona. Para reconhecer um ecótone é preciso olhar as flores e as plantas, minuciosamente, e ainda assim não é uma tarefa fácil de ser feita.

Nesta oficina chamamos por Ecótones as zonas/corpos de estudos que reúnem práticas de educação somática, deslocamentos espaciais urbanos e atividades desviantes anticapitalistas para gerar estados de percepção disponíveis à matéria sutil e invisível que nutre a existência com sentidos de encantamento e aproximação da natureza.

Com a imaginação em exercício dizemos que nesta zona ecótona: respeitamos o acaso, a perda de tempo, a conversa fiada. Queremos demorar, vagar e afrouxar. Movemos o corpo para mover o mundo que inventamos a todo instante. Como água, com a ajuda da gravidade, corremos a um lugar baixo que nos acolha em ondas de criação em existência.

No lugar de uma palavra-chave sonhamos com uma palavra-fechadura para este processo de criação habitar.

Essa oficina acontece dentro do Bloco II do PACAP 5, onde os participantes estão a criar a partir de uma pergunta partilhada.

A oficina será acompanhada pelo artista de Teatro e performer Leonardo Shamah (BR), que está em colaboração com as artistas Carolina Cantelli (BR) e Ves Liberta (PT).” - Leonardo Shamah

Inscrições e mais informações 

Forum Dança
[+351] 925 103 596
forumdanca@forumdanca.pt
www.forumdanca.pt

16.03.2022 | par Alícia Gaspar | criação performativa, cultura, ecótones, forum dança, workshop

HANGAR | Carta Aberta | March 2022

Carta Aberta

Artistic Direction  

Kiluanji Kia Henda

Artist in residency 

Mwana Pwo [ANG]
Hélio Buite [ANG]
Rui Magalhães [ANG]

Program conceived by the artist Kiluanji Kia Henda and HANGAR - Center for artistic research, which gives him carte blanche for this takeover of the space with the Angolan artists Hélio Buite, Rui Magalhães and Mwana Pwo.

Project supported by DGARTES 

©️Rui Magalhães, Pelo Poder, 2021, video still.

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16.03.2022 | par Alícia Gaspar | carta aberta, dgartes, HANGAR, kiluanji kia henda

Ateliê Mutamba - Residências Artísticas

Está a decorrer no Hotel Globo o programa de residência Ateliê Mutamba, com realização KinoYetu e patrocínio Goethe-Institut Angola.

Irene A’mosi , Gegé M’bakudi e Resem Verkron, são os artistas em residência desta primeira edição e em maio serão os protagonistas de uma exposição colectiva do programa onde poderão expressar de forma prática o resultado artístico destes quatro meses.

Com coordenação de Orlando Sergio e curadoria de Ery Claver, nesta edição pretende-se explorar o conceito de interdisciplinaridade: arte, formação, partilha e novas descobertas em um mesmo espaço, que confluam no final numa exposição colectiva. Uma residência artística com três artistas e um curador que durante quatro meses assumirão o compromisso de interligar vivências e contribuir para a construção de um legado social, que na ausência de um nome que englobe tudo que a arte significa para nós, resolvemos chamar de diálogos culturais. Ter a arte como uma prioridade e uma ferramenta de reflexão dos tempos actuais, influenciará para uma outra realidade, temos a convicção que questionar o passado e uma ação consciente no presente, é fundamental para a construção de uma sociedade verdadeiramente justa e um futuro melhor para todos nós.

Sobre o Projecto

Localizado no mítico Hotel Globo, um edifício construído na década de 50 que já foi albergue temporário de figuras proeminentes da cena cultural, tais como: Ruy Duarte de Carvalho e Rogério de Carvalho, e da nova geração como Toy Boy, Kiluanji Kia Henda, Thó Simões, Nadine Sierget. Entre 2004 e 2010, o salão principal do edifício, foi um dos espaços expositivos da Trienal de Luanda e, nos últimos cinco anos, os quartos do antigo hotel, transformaram-se no local de exposição do evento anual Fuckin ́ Globo, que também fez uso das traseiras para realização de eventos como concertos, performances, debates e mostras de cinema.

Nesta nova ocupação do espaço, com o projeto Ateliê Mutamba - Residências Artísticas, pretende-se explorar o conceito de interdisciplinaridade: arte, formação, partilha e novas descobertas em um mesmo espaço, que confluam no final numa exposição colectiva. Uma residência artística com seis artistas e dois curadores que durante seis meses assumirão o compromisso de interligar vivências e contribuir para a construção de um legado social, que na ausência de um nome que englobe tudo que a arte significa para nós, resolvemos chamar de diálogos culturais. Ter a arte como uma prioridade e uma ferramenta de reflexão dos tempos actuais, influenciará para uma outra realidade, temos a convicção que questionar o passado e uma ação consciente no presente, é fundamental para a construção de uma sociedade verdadeiramente justa e um futuro melhor para todos nós.

Durante os últimos anos a arte contemporânea africana ganhou notoriedade e iniciativas como esta residência podem ser entendidas como parte desta transformação no universo artístico. Por muito tempo questões estruturais no continente, fizeram com que a arte tivesse a sua importância relativizada. O movimento de resistência cultural dos artistas foi fundamental na conquista de um novo lugar para um o imaginário na arte contemporânea africana e continua a ser. Além da troca entre os participantes da residência, teremos outros convidados e um diálogo constante com a cidade. Com uma metodologia interativa, no final de cada etapa haverá uma exposição, já que assim como a vida, a arte só faz sentido quando compartilhada. O Ateliê Mutamba - Residências Artísticas, é uma proposta de interação social, com intuito de garantir novas experiências a todos os envolvidos.

16.03.2022 | par Alícia Gaspar | ateliê mutamba, goethe institut angola, Hotel Globo, kinoyetu, Residência Artística

A África existe? Notas sobre o objeto dos estudos africanos

Quinta-feira, dia 17 (15h00) via zoom

Elísio Macamo será o protagonista do Seminário Permanente de Estudos Pós-coloniais do CECS: “A África existe? Notas sobre o objeto dos estudos africanos”

A apresentação debruça-se sobre questões epistemológicas e metodológicas na produção de conhecimento sobre a África. Ela interpela as condições de possibilidade do conhecimento através da sugestão da ideia segundo a qual o objecto dos estudos africanos seria a “teoria do conhecimento” no contexto da qual o conhecimento sobre a África se constitui. Esta ideia procura contextualizar os debates sobre a descolonização e pós-colonialismo através da sua articulação metodológica.

Elísio Macamo é professor de sociologia e estudos africanos na Universidade de Basileia, na Suíça. É moçambicano, formou-se em Moçambique, na Inglaterra e na Alemanha em duas áreas, nomeadamente tradução e interpretação (diploma em Moçambique, mestrado na Inglaterra) e sociologia, antropologia e literaturas africana em língua inglesa (mestrado em sociologia e políticas sociais em Londres, doutoramento em sociologia geral, antropologia e literaturas africanas em Bayreuth, Alemanha, e agregação em sociologia geral e sociologia do desenvolvimento em Bayreuth).

Link Zoom: https://videoconf-colibri.zoom.us/j/88630673044?pwd=ek96KzFVY2VJN0d5VnNsbUJHWWZYZz09

Mais informação.

15.03.2022 | par Alícia Gaspar | Africa, CECS, conferência, Elísio Macamo, estudos pós-coloniais

Cinediálogos no CCB - um programa de Luciana Fina

6/05 12H00 com Luciana Fina In Medias Res, de Luciana Fina, 2013 - homenagem ao arquitecto Manuel Tainha (1922-2012), no ano do centenário do seu nascimento.

7/05 12H00 com Marta Lança - Afectos de Betão - Zopo Lady, de Kiluandji Kia Henda 2014 e Ar Condicionado, de Fradique 2020 

8/05 16H00 com João Dias A Operações SAAL, de João Dias, 2009 


Cinema na Rádio, Arquitectura no écran - um programa de Luaciana Fina

O cinema e a arquitectura nunca deixaram de se interpelar mutuamente, percepcionando e projectando o espaço, experienciando o tempo, abordando e intervindo na complexidade do real.

Neste primeiro breve ciclo de Cinediálogos, vamos ouvir materiais sonoros e conversar com os realizadores de dois documentários, As Operações SAAL e A Cidade de Portas, e com a programadora da secção dedicada ao cinema de Angola na última edição do Arquiteturas Film Festival. No entrelaçar-se do documento, do encontro com os protagonistas e da percepção dos espaços, estes filmes falam-nos de caminhos que a arquitectura e o urbanismo têm percorrido questionando o habitar e a cidade em momentos críticos e de grande viragem na história do país. Assim, ao interrogar a Arquitectura, o Cinema procura questionar também a sua linguagem.

 

“19 Finestre” Luciana Fina  6 episódios, em escuta aqui

15.03.2022 | par Alícia Gaspar | arquitectura, CCB, cinediálogos, rádio antecâmara, sound it

E se homens e mulheres tivessem as mesmas oportunidades?

Luanda, março 2022Luanda, março 2022

Em 2021, a Mosaiko - Instituto para a Cidadania lançou os dados da Pesquisa Social sobre Políticas Públicas Inclusivas numa Perspectiva de Género, enquadrada no projecto Promoção da Advocacia de Políticas Públicas Inclusivas em Angola (PAPPIA).

Embora seja perceptível os avanços quanto à garantia dos direitos femininos, existem ainda muitos obstáculos à participação plena e igualitária das mulheres na tomada de decisões. Segundo a pesquisa, as principais barreiras derivam de costumes e comportamentos sociais discriminatórios normalizados, difíceis de quantificar e de desconstruir.

LEIA O RELATÓRIO DA PESQUISA

Uma das formas de promover essas mudanças, é gerando debates na sociedade sobre a participação e voz das mulheres, e foi assim que chegamos a história de Bela e Paulo.

A Geração 80 concebeu, produziu e realizou do vídeo clipe da música “Bela”, uma das peças audiovisuais da campanha. Na sala de casa, dois irmãos discutem se homens e mulheres em Angola têm as mesmas oportunidades, se podem mesmo fazer as mesmas coisas. Paulo, que a princípio não vê diferenças, percebe do decorrer do vídeo que há realmente lugares, comuns até, em que mulheres nunca foram vistas.

Fotos Making OfFotos Making Of

Apesar de ter a mulher como protagonista, a peça tem como objetivo criar ferramentas para que os homens tenham consciência de suas vantagens, questionem-se em seus papéis e estejam juntos na luta por equidade de género em Angola. A música, feita exclusivamente para a campanha, tem letra da poetisa Elisângela Rita e música e voz de Paulo Flores.

FICHA TÉCNICA

Produção Executiva: Tchiloia Lara e Ngoi Salucombo
Realização: Ana Paula Lisboa
Direcção de Fotografia: Ery Claver
Ass. de Câmera e Som: Agostinho Alfredo
Direcção de Produção: Rossana David
Produção de Campo: Cynthia Perez
Direcção de Arte: Prudenciana Hach
Pós produção: João Ngangula
Atores principais: Irene A’mosi e Edmond Panda

ASSIST

14.03.2022 | par Alícia Gaspar | angola, cidadania, geração 80, mosaiko, pesquisa social, políticas públicas inclusivas

Antecipar o Futuro - Candidaturas Abertas

A pesquisa e a investigação são pedras basilares dos processos de inovação e renovação no setor artístico. Atendendo à carência de apoios nesta área e em linha com a missão de valorização de jovens no mundo profissional do teatro, o Teatro Nacional D. Maria II, em conjunto com a NTT DATA, e em parceria com O Espaço do Tempo, faz nascer Antecipar o Futuro. 

Esta iniciativa toma a forma de um programa de residências, com o objetivo de apoiar o desenvolvimento de projetos de investigação de jovens artistas, cujo resultado será apresentado no D. Maria II em setembro de 2022, no âmbito da mostra Antecipar o Futuro, um programa de cultura contemporânea, dedicado ao pensamento, à política, à tecnologia e à arte que há de vir.

Ainda durante esta Temporada, o programa Antecipar o Futuro vai atribuir duas bolsas, com um valor de 7.000€ cada, para duas residências artísticas a decorrer n’ O Espaço do Tempo em junho e julho deste ano. 

Este formato de bolsas para residências artísticas permitirá aos artistas terem tempo para a investigação e o pensamento, tendo a possibilidade de juntarem uma equipa para desenvolver ideias e conceitos, sem a pressão de terem de criar um espetáculo. 

data limite de candidaturas 20 mar
entrevista com pré-selecionados 6 abr 
anúncio dos projetos vencedores 13 abr

Consulte o Regulamento do Projeto 

Este projeto é uma iniciativa do Teatro Nacional D. Maria II, desenvolvido em conjunto com a NTT DATA e em parceria com O Espaço do Tempo.

09.03.2022 | par Alícia Gaspar | antecipar o futuro, bolsas, NTT DATA, residências artísticas, tndm

Pantera - Companhia Clara Andermatt

Ideia da homenagem Darlene Barreto

Direção artística Clara Andermatt

Cocriação Clara Andermatt e João Lucas

Assistência à criação Felix Lozano, Amélia Bentes

Intérpretes Avelino Chantre (Avê), Bruno Amarante (Djam Neguin), Diogo Picão Oliveira, Domingos Sá (Kabum), Jorge Almeida, José Cardoso (Zeca), Nickita Bulú, Sócrates Napoleão

Participação especial Mayra Andrade

CCB . 19 e 20 março . sábado e domingo . 19h00 . Grande Auditório


O músico e compositor Orlando Barreto, mais conhecido como Pantera, nasceu na ilha de Santiago, Cabo Verde, em 1967 e deixou-nos aos 33 anos.

A sua filha Darlene – que tinha apenas 6 anos à data de falecimento de seu pai – tem  levado a cabo, nos últimos anos, uma profunda pesquisa sobre a vida e obra de Pantera; foi nesse contexto que nos lançou o desafio de lhe fazer uma homenagem.

Pantera abriu novos caminhos na música do seu país. Na sua voz pulsava Cabo Verde e as suas gentes: explorando as formas da tradição, fazia brotar uma poesia repleta de amor, perspicácia e assertividade.

Sobre esses traços encontramos a nossa própria visão, através das vivências que pudemos partilhar com ele, como amigo e como artista. Para além deste reencontro no reviver da sua criatividade e do seu afeto, seguimos um caminho de exploração, mergulhando na sua terra, costumes e cultura, não deixando de as projetar num mundo contemporâneo onde ele também se posicionava.

Este é, assim, um espetáculo construído nas andanças da memória. E é, sobretudo, uma intensa e dinâmica experiência de colaboração. Cada um dos intérpretes estabelece uma relação pessoal no relembrar da sua própria experiência e devolve-nos uma riqueza criativa que se converte no valor e no sentido desta homenagem.

Entre o muito que ficou por fazer e o muito que ficará por dizer, este é o nosso recado para o Pantera.

Lisboa, outubro de 2021

Clara Andermatt e João Lucas

08.03.2022 | par Alícia Gaspar | arte, CCB, Companhia Clara Andermatt, cultura, pantera

Neusa Sousa, distinguida como uma das Top 100 mulheres no Empreendedorismo Social pela Euclid Network

Pelo seu traballho com o projecto Chá de Beleza Afro e por muitas outras ações sociais de luta anti-racista e feminista, Neusa Sousa é um dos nomes na lista desta empresa sem fins lucrativos.

Neusa SousaNeusa SousaO Chá de Beleza Afro é uma plataforma de networking que visa promover e empoderar as mulheres africanas e afrodescendentes em várias esferas da sociedade, através de eventos, debates e ciclos de conversas.

A sua fundadora, Neusa Sousa, é uma das poucas portuguesas que constam na lista deste anos das Top 100 Women in Social Enterprise e vai participar na Cimeira do Impacto, que terá lugar nos dias 24 e 25 de Março de 2022.

A Euclid Network é uma comunidade europeia de profissionais da sociedade civil que se querem ligar através das fronteiras para uma comunidade mais forte, mais inovadora e mais sustentável Tem por missão capacitar pessoas e empresas sociais para conduzir uma mudança positiva. Trabalha com a política e o financiamento da UE, cria ligações, partilha e produz know-how e aumenta a visibilidade das organizações da sociedade civil e das empresas sociais.

Durante quase 15 anos, a Euclid Network tem fomentado o empreendedorismo social e a inovação social na Europa através do intercâmbio de conhecimentos, desenvolvimento de capacidades, trabalho em rede e advocacia internacional. Esta plataforma combina os conhecimentos especializados de 21 países europeus para capacitar o empreendedorismo social na promoção de mudanças positivas.

Para capacitar as mulheres líderes na Europa e acelerar o progresso em direcção a um mundo mais igualitário em termos de género, a Euclid Network lançou a Iniciativa Top 100 Women in Social Enterprise. Desta forma, celebra e enaltece as mulheres no sector das empresas sociais, destacando o seu percurso de impacto e as suas realizações, criando um espaço de partilha e networking para que possam aprender, evoluir umas com as outras e inspirarem-se mutuamente.

Neusa Sousa, santomense de 29 anos é licenciada em Turismo, mestranda em Estudo das Mulheres - As Mulheres na Sociedade e Cultura pela faculdade Nova de Lisboa, formada em Introdução ao Jornalismo pela CENJOR, é produtora de conteúdos do programa Bem-Vindos da RTP África, repórter, organizadora de eventos, ativista por questões género, impulsionadora pelo empoderamento das mulheres africanas e afrodescendentes, empreendedora, organizadora de eventos e impulsionadora do afroempreendedorismo. A sua principal marca é o Chá de Beleza Afro do qual é fundadora e CEO, que para além de ser uma plataforma que empodera as mulheres negras é um evento que conta com 6 edições, este ano sob o tema “O caminho para o sucesso”. Em 2022 lançou o afroteacast, um podcast que pretende trazer vários temas ligado ao universo feminino, problemas sociais, africanidade, pan-africanismo e capitalismo, ou seja, temas necessários, importantes e urgentes para o debate e reflexão públicos.

08.03.2022 | par Alícia Gaspar | chá de beleza afro, empreendedorismo social, Euclid Network, luta anti-racista

Europa Oxalá - Discursos da pós-colonialidade

A presença do passado na pós-memória europeia.

Com António Sousa Ribeiro

09 mar 2022 | 18:30 – 19:45
Edifício Sede | Auditório 2 | Gulbenkian, Lisboa

A conferência entende-se como introdução ao enquadramento conceptual da exposição Europa Oxalá. Em conformidade, irá abordar, numa perspetiva transnacional, aspetos do conceito de pós-memória, desenvolvendo as suas várias implicações e oferecendo exemplos práticos de aplicação.

Saber +.

Imagem: Figures 1856, Leading Races of Man, 2016. © Malala Andrialavidrazana, cortesia coleção Gervanne e Mathias Leridon

08.03.2022 | par Alícia Gaspar | conferência, europa Oxalá, Gulbenkian, pós-colonialidade

Oficina de rap - Casa Fernando Pessoa

O que sei eu de mim? com Telma Tvon

Telma TvonTelma Tvon

19 MAR 2022 · 15:00 – 17:00

19 MAR, sábado: 15h às 17h

20 MAR, domingo: 11h às 13h e 15h às 17h

Apresentação ao público: domingo, às 19h

Jovens dos 14 aos 18 anos

Gratuito mediante inscrição, até 16 de março, através de formulário

As palavras ditas em voz alta ajudam-nos a pensar. Sabemos tanto sobre o que nos rodeia - e o que sabemos sobre nós? Telma Tvon reúne pessoas que vivem a questionar e fazem das respostas possíveis, poemas, versos, rimas - Arte.

Integrado no programa de Dia Mundial da Poesia

Telma Tvon

Registada como Telma Marlise Escórcio da Silva mas aqui apresentada como Tvon, nasce num dia de sol chuvoso no Abril de Luanda, de Angola, residindo em Lisboa, de Portugal, desde os tempos do ensino basicamente básico.

A Licenciada em Estudos Africanos pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e a Mestre em Serviço Social pelo ISCTE-IUL, é também amante da cultura Hip-Hop, apaixonada pela defesa dos Direitos Humanos e a Devoradora das Literaturas Africanas.

08.03.2022 | par Alícia Gaspar | arte, casa fernando pessoa, dia mundial da poesia, oficina de rap, telma tvon

Alcindo - Novas datas

Sinopse

A 10 de Junho de 1995, para celebrar o Dia da Raça e a vitória na Taça de Portugal do Sporting, um grupo de etno-nacionalistas portugueses sai às ruas do Bairro Alto, em Lisboa, para espancar pessoas negras. O resultado oficial foram 11 vítimas, uma delas mortal.

Com o apoio de: Maus da Fita I SOS Racismo

Todas as exibições serão seguidas de debate - e até concertos/performances - connosco ou com outros intervenientes.

Mais informações aqui.

07.03.2022 | par Alícia Gaspar | alcindo, debate, documentário, filme, maus da fita, negritude, racismo, SOS Racismo

São Tomé e Príncipe no Projeto Colaborativo "Cartas da Natureza"

No projeto de ciência cidadã “Cartas da Natureza”, mais de mil voluntários ajudaram a transcrever documentos do arquivo histórico de botânica da Universidade de Coimbra, a partir da plataforma Zooniverse.

Essa informação está agora disponível livremente na base de dados cartasdanatureza.uc.pt, e contém: localizações históricas de plantas, registos de trocas de plantas e sementes; processos de colheita, classificação e taxonomia vegetal, entre outros assuntos.

Muitos destes dados dizem respeito ao património natural dos PALOP e são importantes para a conservação da biodiversidade, presente e futura. Na apresentação, esta iniciativa será apresentada com foco na informação sobre São Tomé e Príncipe existente na plataforma.

 

07.03.2022 | par Alícia Gaspar | cartas da natureza, palestra, PALOP, São Tomé e Príncipe

Podcast - África em clave feminina: música e arte

Marta Lança - Ativismo cultural progressista

Portuguesa, Marta Lança tem um forte relacionamento com a África, onde tem trabalhado no âmbito da cultura em diversos países. Para lá levou a sua experiência de jornalista cultural, escritora, editora e aprendeu a ouvir, a confrontar pontos de vista, a apreciar a criatividade artística africana e a ter uma visão ampla das políticas culturais no continente. Tudo isto levou-a a criar o “Buala”, portal de recolha e difusão de conhecimentos sobre a cultura, as artes e a história em África.

Pelo seu ativismo e trabalho de difusão e promoção da cultura africana, Marta Lança foi a convidada da nossa emissão semanal ”África em Clave Feminina: música e arte” do dia 3 de março.

Em entrevista telefónica a partir de Lisboa, falou do seu relacionamento com a África e de como isso acabou por gerar “Buala”, um portal com uma linha editorial abrangente, aberto às várias formas de arte. 

Uma das secções do site é toda dedicada ao falecido cineasta, escritor e poeta angolano, Rui Duarte de Carvalho, figura que a Marta conheceu de perto e que, a seu ver, estava muito para além do seu tempo e cujas obras precisam de ser mais valorizadas e conhecidas. 

Sempre atualizado, “Buala” que já tem mais de uma década de vida, tem funcionado sobretudo graças ao voluntariado e a algumas ajudas nos últimos anos. A fundadora espera que a África dê uma mão forte em recursos materiais e humanos para que se possa continuar e mesmo passar o testemunho. Afinal de contas, apostar na cultura é apostar no desenvolvimento socioeconómico. 

Quanto ao ponto da situação da cultura e das artes em África, com base na sua experiência em diversos países, Marta Lança considera que há muita criatividade, mas falta uma verdadeira política de apoio aos artistas, à educação às artes, à promoção da cultura em geral. No entanto, há hoje no mundo muita curiosidade em relação à África e ao que os artistas africanos têm a dizer - afirma. Há que valorizar mais os artistas porque refletem e têm um olhar holístico da sociedade. 

Atualmente, Marta Lança está a escrever um romance sobre o fim da guerra civil em Angola e coordena o projeto ReMapping Memories Lisboa e Hamburgo. Mas, o seu percurso profissional e de ativismo cultural vai muito para além de tudo isto, como se pode constatar pela crónica do poeta, ensaísta e editor (Rosa de Porcelana Editora) Filinto Elísio, parceiro da emissão “África em Clave Feminina: música e arte”.

— Dulce Araújo 

Oiça aqui a entrevista na íntegra.

Oiça aqui o podcast.

Via Vatican News.

04.03.2022 | par Alícia Gaspar | Africa, arte, feminismo, Marta Lança, podcast

Nova exposição - Europa Oxalá

Até 22 agosto, Galeria Principal – Edifício Sede

Seis dezenas de obras de pintura, desenho, escultura, filme, fotografia e instalação de 21 artistas afro-europeus (filhos ou netos de quem nasceu ou viveu em Angola, Madagáscar, Congo, Benim, Guiné e Argélia) vêm alimentar a reflexão sobre o racismo, a descolonização das artes, o estatuto da mulher na sociedade contemporânea ou ainda a desconstrução do pensamento colonial. Não perca a visita-conversa com o curador António Pinto Ribeiro e os artistas e curadores Katia Kameli e Aimé Mpane, marcada para sexta-feira, dia 4, às 17:00.

04.03.2022 | par Alícia Gaspar | cultura, europa Oxalá, exposição, Gulbenkian, visita conversa

Open Call Catchupa Factory 2022

A iniciativa Catchupa Factory – Novos Fotógrafos 2022 é um programa de incentivo à criação artística em formato de residência artística, dirigido a fotógrafos e artistas emergentes dos PALOP. Durante um período de 3 semanas de trabalho intensivo, os participantes são orientados na concepção e criação de um projecto fotográfico, sendo privilegiada a construção de uma estrutura narrativa.

O trabalho de campo, pesquisa e experimentação são acompanhados por sessões teóricas em torno de questões críticas relacionadas com fotografia contemporânea Africana. A residência culmina numa sessão pública de apresentação e mostra dos projectos resultantes.


Objetivos

– Fomentar a criação de uma rede de fotógrafos e artistas emergentes dos PALOP; – Estimular o reconhecimento e a visibilidade internacional do trabalho autoral em fotografia dos participantes;

– Incentivar a mobilidade de artistas e obras de arte;

– Promover a formação avançada ao nível da concepção, desenvolvimento e edição do projecto fotográfico;

– Proporcionar um espaço dedicado de criação, diálogo e partilha entre fotógrafos e artistas dos PALOP e de África;

– Proporcionar o contacto dos participantes com curadores e educadores internacionais de destaque no âmbito da fotografia contemporânea Africana; – Promover o emprego e a profissionalização do trabalho artístico em fotografia.

Organização

AOJE Associação de Fotografia

Principal Entidade Financiadora 

Fundação Calouste Gulbenkian

Parceiros

Colectivo Pés Descalços (Angola), Ci.CLO Plataforma de Fotografia (Portugal), Centro Nacional de Artesanato e Design (Cabo Verde)

Formador Residência Artística
Akinbode Akinbiyi (Nigéria / Alemanha) https://www.documenta14.de/en/artists/13555/akinbode-akinbiyi

Formador Assistente
Diogo Bento (Portugal / Cabo Verde) https://www.diogobento.com

Destinatários
Fotógrafos e artistas emergentes dos PALOP que desenvolvam a sua prática artística no campo da fotografia.

Candidaturas
Envio de Portfólio, Currículo e Carta de Motivação, através de formulário no endereço: https://forms.gle/Cjn5vdko6Rf8HPpD6

Período de Candidatura

15 de Fevereiro a 15 de Março de 2022

Comunicação Publica dos Resultados

Abril de 2022

Número máximo de Participantes

7 fotógrafos e artistas emergentes dos PALOP.

Condições de Participantes
A todos os participantes será oferecido um budget para criação artística e produção das obras finais.
A possibilidade de atribuição de bolsas de participação, relativas a apoio a viagem, estadia e alimentação, será acordada individualmente após divulgação dos resultados.* Todos os participantes deverão estar totalmente disponíveis e comprometidos durante os dias de formação, concepção do projecto e apresentação dos resultados.

Qualquer pedido de esclarecimento poderá ser enviado para o contacto aoje.cv@gmail.com

Edições Anteriores

 

 

03.03.2022 | par Alícia Gaspar | Akinbode Akinbiyi, AOJE, Catchupa Factory, Diogo Bento, fotografia, open call, PALOP

Europa Oxalá

GULBENKIAN
4 de Março a 22 de Agosto de 2022

Amanhã dia 3, pelas 18 h, inauguramos a exposição Europa Oxalá, na Fundação Gulbenkian. No final do projeto Memoirs começamos a ter o real impacto e a levar o tema para outros lados através da curadoria de António Pinto Ribeiro, Katia Kameli e Aimé Mapne e o empenho de 4 instituições: o MUCEM, em França, onde a exposição já esteve, a Fundação Gulbenkian em Lisboa onde vai inaugurar, o Africa Museum em Tervuren na Bélgica a partir de 6 de Outubro e o Centro de Estudos Sociais, Universidade de Coimbra onde esteve o projeto Memoirs Filhos de Império e Pós-memórias Europeias (European Research Council).

De Março a Agosto a FCG preparou um programa que acompanha a exposição com conferências, cinema, teatro, música. Em breve a programação será divulgada pela Gulbenkian.
Amanhã pelas 18 h na Fundação Gulbenkian é um momento grande. Contamos convosco.

EUROPA OXALÁ é uma exposição sobre a Europa jovem que está a acontecer agora e que se quer construir como lugar de um futuro inclusivo, diverso, democrático e livre. Filhos de impérios europeus, os artistas e intelectuais que fazem EUROPA OXALÁ trazem para a cena cultural e artística a herança colonial que os modela e que foi o ponto de partida para o trabalho de investigação e de produção que agora se expõe.

+INFO

03.03.2022 | par Alícia Gaspar | Europa, europa Oxalá, exposição, Gulbenkian, Projeto Memoirs