"África fantasma", de João Samões

18 Abril I 21h30 no Teatro Municial de Almada

Nesta peça de teatro são criadas e manipuladas realidades e turbulências do domínio do exótico e do erótico, interpenetram-se memórias e reflexões sobre o colonialismo e o racismo. África transforma-se num lugar de representações imaginárias, um imenso território onde se projectam todas as fantasias e fantasmas.

In this play, realities and turbulences from the realm of the exotic and the erotic are created and manipulated, memories and reflections about colonialism and racism are mixed together. Africa is transformed into a place of imaginary representations, a huge territory in which all fantasies and ghosts can be projected.

Criação e encenação João Samões

Dramaturgia e espaço cénico João Samões Texto montagem e adaptação de João Samões a partir de Frantz Fanon, Aimé Césaire, Julião Quintinha, Louis-Ferdinand Céline, Langston Hughes Interpretação Joana Bárcia Produção João Samões Produção executiva Mónia Mota Registo fotografia Tatiana Macedo Registo vídeo João Dias Apoios DuplaCena, Instituto Franco-Português, Teatro Municipal São Luiz Ano 2010-2013 Duração 50’

Co-produção Fundação Calouste Gulbenkian/Próximo Futuro

02.04.2015 | par martalanca | África Fantasma, João Samões, teatro

Rádio AfroLis

O audioblogue Rádio AfroLis é um espaço de expressão cultural feito por descendentes de africanos a viver em Lisboa. O projeto Rádio AfroLis não tem fins lucrativos e é desenvolvido por voluntários.
Desde 17 de Abril de 2014, semanalmente, em formato de entrevistas áudio, artistas, menos artistas, pessoas comuns e menos comuns da comunidade negra a viver em Lisboa falam sobre seus seres e fazeres, expondo as facetas da consciência negra em Portugal.

Para muitos afrodescendentes, a cidade de Lisboa é claramente a sua cidade. Para outros, Lisboa é uma cidade como outra qualquer, apesar de terem nascido ou de sempre terem vivido nela. Outros há, que rejeitam Lisboa porque sentem que não é o seu lugar. No caso dos afrodescendentes negros, a questão da pertença relaciona-se, por vezes, com questões de representação nos media ou em espaços sociais diversificados mas, acima de tudo, com a discriminação e o racismo.

E surge a pergunta: Eu, como negro ou negra, africano ou africana, devo, posso, quero assumir-me como português/afrolisboeta?

E serão precisamente as inúmeras combinações de respostas que vamos apresentar nos nossos programas.

A ideia teve a sua inspiração na observação das ruas e dos bairros de Lisboa, que evidenciam a presença de vários portugueses africanizados e africanos aportuguesados, algo que não é regularmente refletido nos meios de comunicação. Para a AfroLis é essencial documentar a experiência dos descendentes de africanos na cidade de Lisboa contada na primeira pessoa.

Acompanhem-nos por serem afrodescendentes, por interesse na temática, pela vontade de conhecer outras vivências de Lisboa, ou por quererem acrescentar algo à discussão.

www.radioafrolis.com    radioafrolis@gmail.com

Facebook e Twitter (Rádio Afrolis)

 

02.04.2015 | par martalanca | Rádio AfroLis

Na po di Spera, de Sónia Borges

O livro de Sónia Borges sobre o bairro de Santa Filomena constitui um importante testemunho de uma realidade muitas vezes escondida. Estas páginas trazem-nos, de facto, verdades difíceis. Pela pena da Sónia, percorremos as suas ruas, por vezes lamacentas, assistimos: à transformação das habitações de precárias em definitivas; ao aparecimento dos lugares públicos e de apoio à comunidade; aos efeitos desestruturadores das representações racistas que vêm de fora, sobre as pessoas e as suas culturas; às manifestações de identidade presentes num penteado ou numa veste; à tensão trazida pelo cerco policial imposto às suas gentes; ao papel educador e ecumenizante desempenhado pelas crianças. A recriação da realidade em movimento que esta narrativa nos traz tornou-se possível porque a autora, rompendo com o seu estatuto de técnica de um projeto, de profissional neutra e isenta, se assumiu como pessoa na relação com os habitantes do bairro. Abriu-se aos outros, acertou o seu ritmo e os seus tempos pelo dos outros, simetrizou-se com quem interagia, numa palavra, tornou-se vizinha.

 

 

27.03.2015 | par martalanca | Sónia Borges

Split-tape de Black Taiga + Melanie is Demented

Acaba de sair uma split-tape com Melanie Is Demented (da Suécia) e Black Taiga (Congo / Portugal / Irlanda). Sim, é uma cassete - ou k7 - que é o formato áudio favorito da MMMNNNRRRG e que assim começa a celebração dos 15 anos desta editora “só para gente bruta”!
À venda na loja em linha da Chili Com Carne.

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Os Black Taiga lançaram em Janeiro o EP Cristão Casmurro e em Dezembro do ano passado Dor de Costuleta, ambos para ouvir em: blacktaiga.bandcamp.com/ 


 

27.03.2015 | par franciscabagulho | doom metal, doomduro, kudark, kuduro, noise

Violência policial e racismo no Franco Atirador

Franco Atirador é um programa de tv, na internet, que promove semanalmente um debate sobre a actualidade política e social portuguesa, moderado por Joana Amaral Dias e Nuno Ramos Almeida.

Nesta edição discute-se a violência policial nos bairros. O rapper e dirigente do Moinho da Juventude da Cova da Moura, LBC; a psícóloga Mónica Frechaut; o jornalista Carlos Narciso e o polícia António Ramos analisam as questões do racismo e violência policial em Portugal.


23.03.2015 | par martalanca | bairro, LBC, polícia, racismo, Violência policial

Angola: homenagem ao 40 aniversário de independência

O FCAT 2015 presta homenagem a Angola, dedicando a secção não competitiva “Relatos do passado: Angola e África do Sul”

A independência de Angola estará presente na 12ª edição do Festival de Cinema Africano de Córdova (FCAT), que decorrerá de 21 a 28 de março em diferentes espaços dessa cidade da Andaluzia, Espanha. Trata-se do único evento cinematográfico do mundo hispânico especializado em cinema africano. No final de 2015, Angola comemora o 40 aniversário da independência de Portugal. Esta homenagem vai se concretizar com uma secção especial dedicada a Angola: “Relatos do passado: Angola e África do Sul”. A mostra realizará um percurso cinematográfico pela história desses dois países, prestando especial atenção a Angola e às consequências da Guerra Civil.

A situação política angolana será a temática principal da maioria dos filmes apresentados nesta secção. A primeira de todas, Sambizaga, da francesa (de origem de Guadalupe) Sarah Maldoror, faz referência a um bairro operário de Luanda onde se encontrava a prisão portuguesa onde foram encerrados numerosos militantes angolanos. O filme acompanha a vida de Maria, a esposa do líder revolucionário Domingos Xavier que vai de prisão em prisão em busca do marido, detido pelos oficiais portugueses. Maldoror é conhecida pelo cinema militante e pelas obras realizadas em África.

'Por aqui tudo bem', filme de Pocas Pascoal'Por aqui tudo bem', filme de Pocas Pascoal

Também será exibido o filme Por aqui tudo bem da realizadora angolana Pocas Pascoal, que fará parte do júri do festival. Esta obra reflete a integração na vida lisboeta de duas irmãs que fogem da Guerra. A longa-metragem tem sido reconhecida em festivais de relevo tais como o FESPACO 2013 (Prémio da União Europeia) ou o Festival de Cinema de Los Angeles, onde recebeu o prémio de melhor filme em 2012.

A franco-egipciana Jihan El Tahri oferece uma perspetiva diferente da história mais recente de Angola através do filme Cuba, uma odisseia africana, que salienta o papel de Cuba durante as guerras de libertação africanas e, mais concretamente, o envolvimento desse país na Guerra Civil de Angola. A obra foi premiada no FESPACO de 2007, assim como no Sunny Side of the Docs de Marselha em 2006 e no Festival Vues d’Afrique de Montreal em 2007.

Continuez à lire "Angola: homenagem ao 40 aniversário de independência"

21.03.2015 | par martalanca | angola, cinema, Córdova

VIDAS NEGRAS IMPORTAM | Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial

O Dia Internacional Contra a Discriminação Racial marca o massacre de Sharpeville a 21 de Março de 1960. Na África do Sul do Apartheid, milhares manifestavam-se contra a lei que obrigava os negros a ter um passaporte interno, para poderem aceder aos bairros dos brancos. Os manifestantes dirigiram-se a uma esquadra e a polícia disparou, assassinado 69 pessoas e ferindo 180. O Apartheid caiu muito mais tarde, depois de muitas mais lutas. 

No ano passado vimos a polícia dos Estados Unidos da América matar vários jovens negros desarmados, e as manifestações que se seguiram. 

Já em 2015, em Portugal, outros foram espancados numa esquadra ao procurar saber dum amigo detido numa operação policial no seu bairro. 

o esquecemos as pessoas, a maioria negras, assassinadas pela polícia em Portugal nos últimos anos, sem haver condenação dos assassinos. 

Nem admitimos que os bairros vivam uma suspensão do estado de direito, onde a polícia até dispara contra pessoas nas varandas das casas. 

A 21 de Março de 2015 a partir das 16h
Estamos juntos no centro de Lisboa
Largo são Domingos

com Boss - Kromo di Guetto - Moreno Bfhg - Lbc - Hezbo MC - Loreta KBA - Primero G.
Contra o racismo institucional
Porque VIDAS NEGRAS IMPORTAM!

18.03.2015 | par martalanca | Discriminação, racismo

Portugal dos Pequenitos: Portugalidade e Colonialidade

Lugares como o Portugal dos Pequenitos são instrumentos cruciais da construção dos Estados-nação e da reprodução das identidades nacionais. No contexto português este lugar é hoje um meio fundamental para a análise das representações criadas e das suas implicações no que foi o projeto colonial português. Por este motivo, consideramos de absoluta relevância a visita a este espaço no âmbito do congresso “Poderes Emergentes, Identidades e Transformações”. Agradecemos à Fundação Bissaya Barreto a gentil oferta da visita guiada, que em muito contribuirá para a discussão e debate que sobre este lugar queremos promover. 

Visita Guiada ao Portugal dos Pequenitos

O Portugal dos Pequenitos é um projeto de Salazar, ditador português (1932-1968) e de Bissaya Barreto, médico de grande prestígio e político de Coimbra, que convidaram um arquiteto moderno, Cassiano Branco (1940’s) a desenhar um parque temático que representasse o império português através da sua arquitetura. Foi uma dos mais importantes elementos da propaganda política do Estado Novo, resistindo à queda do regime. Das casas portuguesas, à sociedade colonial, aos monumentos nacionais, tudo está representado à escala de uma criança. O Portugal dos Pequenitos é uma exposição qualificada como arquitetura portuguesa e arte arquitectónica e escultural.
Encontro: 13h50 à Porta do Portugal dos Pequenitos (Galerias de Santa Clara)
Visita Guiada: 14 horas
Preço: 6 euros
Inscrições: coloquiodoutorandoscall@ces.uc.pt
Debate: Galerias de Santa Clara, 16 horas 
Os participantes serão convidados a um debate moderado por Maria Paula Meneses, investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, e coordenadora do programa de doutoramento em Pós-Colonialismo e Cidadania Global no mesmo centro. Este debate visa fomentar um olhar crítico e uma reflexão profunda sobre a visita anteriormente realizada.

ver mais. 

12.03.2015 | par martalanca | Colonialidade, Portugal dos Pequenitos, Portugalidade

Ciclo “Os cinemas das independências africanas” I Lisboa

Organizado por: Aleph - Plataforma de Acção e Investigação sobre Imagens (Anti-)coloniais – CITCOM-CEC-FLUL & CECS-UMGrupo CITCOM - Cidadania, Cosmopolitismo Crítico, Modernidade(s), (Pós-)Colonialismo / Projecto DESLOCALIZAR A EUROPA: Perspectivas Pós-coloniais na Antropologia, Arte, Literatura e História (Cultura Visual, Migração e Globalização & Comparando Impérios: Iconografias Coloniais Comparadas)

25 e 26 de Março, 18h Anfiteatro III, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (Entrada livre) 

25 de Março

Deixem-me ao menos subir às palmeiras…

 Sessão com apresentação de Maria do Carmo Piçarra (CEC-FLUL & CECS-UM) Ficção, Moçambique, 1972, 67’. Falado em Ronga. 

Realização: Joaquim Lopes Barbosa; Produção: Somar Filmes; Actores: Gabriel Chiau (capataz), Malangatana Valente (guerrilheiro), Marcelino Comiche (Djimo), Helena Ubisse (Maria), Estevão Macumguel (Madala), Eugénio Ferreira (machambeiro) e Eulália Mutemba (Maria). 

 Deixem-me ao menos subir às palmeiras…(1972), de Joaquim Lopes Barbosa (n. 1944), foi proibido pelo regime do Estado Novo. Como tal, antes do 25 Abril de 1974 nunca teve estreia comercial. Depois disso, raramente foi projectado, tendo permanecido praticamente desconhecido do público e sido pouco referenciado na história do cinema.O poema Monangamba do angolano António Jacinto (1926-1991), que descreve as duras condições de vida dos trabalhadores negros contratados, foi a primeira inspiração para a realização deste filme. Uma segunda influência foi o conto Dina, do moçambicano Luís Bernardo Honwana (n. 1942), publicado na obra Nós matámos o cão tinhoso.

Pela primeira vez na história do cinema português, um filme de ficção falado em Ronga, foi interpretado quase exclusivamente por negros, para cuja participação foi determinante a colaboração de Malangatana Valente (1936-2008). A todos os actores foi pedido que “exprimissem essencialmente o que sentiam e como viviam os seus conterrâneos – o que lhes era familiar”. As sequências iniciais que retratam os trabalhadores são documentais.

Passado numa machamba, o enredo do filme centra-se na figura de um capataz que submete os trabalhadores a trabalhos duros que culminam, frequentemente, no colapso dos mais fracos. Um dia, o capataz violenta sexualmente Maria, filha de Madala. Incitado à revolta, Madala não só não reage à ofensa como aceita a garrafa de vinho que o capataz lhe oferece. Acaba por sucumbir ao sofrimento, físico e emocional, o que provoca a revolta dos trabalhadores.

 

26 de Março

Nelisita: Narrativas Nyaneka  

Sessão com apresentação de Marta Lança (Estudos Artísticos – FCSH – UNL)

Ficção, Angola, 1982, 90’. Falado em Lumuíla.Realização e Argumento: Ruy Duarte de Carvalho; Fotografia: Victor Henriques; Produção: Laboratório Nacional de Cinema; Intérpretes: António Tyitenda, Francisco Munyele, Tyiapinga Primeira, Manuel Tyongorola, Ndyanka Liuima.

Nelisita, filmado em 1980 na Chibia, quando os sul-africanos invadiam o Sul de Angola, seguiu-se à série Presente angolano-tempo Mumuíla, que Ruy Duarte terá filmado dois anos antes, na mesma geografia, com a mesma sociedade mas em registo de documentário.

Nelisita, com direito a prémio no FESPACO, festival pan-africano de cinema e  televisão de Ouagadougou, Burquina Faso, e crítica nos Cahiers du Cinéma, marcaria o último fôlego do breve momento de entusiasmo do cinema angolano que, depois disso, caiu num longo marasmo. O argumento foi estruturado a partir de peças de literatura oral das populações Nyaneka do Sudoeste de Angola, em que elementos da comunidade actuam encenando as próprias lendas.

A fome domina o mundo e apenas restam vivos dois homens com as suas famílias. Um deles parte em busca de comida e encontra um armazém onde certos espíritos guardam enormes quantidades de géneros alimentícios e roupas. Neste contexto, o filme reflecte sobre as tentações da modernidade e a resistência às mesmas, observando a harmonia entre pessoas e natureza e antevendo o resgate de alguns valores e modos de organização das sociedades animistas, bem como a crítica ao padrão de desenvolvimento e de crescimento económico.

A atenção a estes povos, numa conjuntura de colonização superficial, independência recente, urgência na acção política, viria a ser um dos principais enfoques do trabalho de Ruy Duarte de Carvalho (1941-2010). Nelisita enquadra-se na aspiração do autor de realizar “filmes cientificamente correctos, socialmente operantes, cinematograficamente válidos, eticamente honestos e publicamente viáveis.”

12.03.2015 | par martalanca | cinema, Deixem-me ao menos subir às Palmeiras, Nelisita

Janelas Lusófonas no Africultures

Há 40 anos, no seguimento da revolução dos cravos, um 25 de abril de 1974 que fez cair o regime fascista em Portugal, as cinco colónias africanas portuguesas (Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe), hoje em dia comumente apelidadas de PALOP, assinalavam as suas independências. 
Em jeito de comemoração, o Africultures propõe, a cada mês do ano de 2015, as “janelas lusófonas”, que exploram diversos aspectos respeitantes a estes países, e relações que mantêm uns com os outros: afro-descendentes em Portugal, tratamento da memória colonial, cenas artísticas em vários destes países, relações entre o Brasil e África, etc.

Estas janelas são pensadas em parceria com o site Buala, do qual republicamos e traduzimos vários artigos. 

Esta edição especial é coordenada por Maud de la Chapelle.

veja aqui a lista de artigos que pode encontrar: Fenêtres lusophones 2015


Il y a quarante ans cette année (1975-2015), à la suite de la Révolution des Œillets, qui le 25 avril 1974 a fait tomber le régime fasciste au Portugal, les cinq colonies africaines portugaises (Angola, Cap-Vert, Guinée-Bissau, Mozambique, São Tomé et Principe), aujourd’hui communément appelées PALOP (Pays Africains de Langue Officielle Portugaise), signaient leur indépendance. 
En commémoration, Africultures vous propose, chaque mois de l’année 2015, des “fenêtres lusophones”, qui explorent différents aspects des pays concernés, et des relations qu’ils entretiennent entre eux : afro-descendants au Portugal, traitement de la mémoire coloniale, scènes artistiques dans les différents PALOP, relations entre le Brésil et l’Afrique, etc. 
Ces “fenêtres” sont pensées en partenariat avec le site portugais Buala, portail de réflexion sur les cultures africaines contemporaines, dont nous reprenons/traduisons plusieurs articles. 

Coordonné par Maud de la Chapelle

 

11.03.2015 | par martalanca | Africultures, Fenêtres lusophones, independência

KONONO N 1 meets BATIDA - sexta feira no Lux

Com o incrível som dos kissanjes electrificados e a sua secção rítmica tribal, os congoleses Konono Nº1 fizeram o público ocidental, do indie rock e da electrónica, perder-se de amores pela banda, após o lançamento do seu primeiro disco “Congotronics”, há já 10 anos. Tocaram nos maiores festivais de rock de todo o mundo, foram convidados para gravar com Bjørk e Herbie Hancock, receberam um Grammy e foram homenageados por alguns dos melhores músicos de electrónica e indie rock.

Konono Nº1 está de volta a Portugal com um projecto muito especial: juntando forças em Lisboa com o aclamado músico e produtor, angolano/português, Pedro Coquenão aka Batida, para a produção de um novo disco! No final da primeira semana de trabalho, vão partilhar algumas destas experiências em palco, em dois espectáculos absolutamente únicos:

6 de Março, 22h30 - LUX Frágil,

Lisboa7 de Março, TAGV, Coimbra

04.03.2015 | par martalanca | batida, Konono

Os vivos, o morto e o peixe frito, de Ondjaki

LIVRARIA DA TRAVESSA - BOTAFOGO I Rio de Janeiro

 4 de março, 19h
rua voluntários da pátria, 97
    […] Em Lisboa, no dia em que a selecção de futebol angolana defronta a selecção portuguesa, num minúsculo apartamento, irão juntar-se caboverdianos, angolanos, são-tomenses, guineenses, moçambicanos e portugueses, mais o bebé na barriga da futura noiva, as cervejas, a pistola, o futuro noivo, a comida, os diamantes na barriga do padrinho e o vizinho morto que ainda adora futebol.
    Portugal nunca tinha vivido um dia assim!
JJMOURARIA:Atendo pelo internacional nome de Jota Jota Mouraria, originário barrigalmente das terras de S. Tomé e Príncipe, mas já vindo ao mundo nesta capital lisboeta de frios e tanta africanidade. É verdade: Jota Jota Mouraria… (pausa) O “Jota Jota” é de raízes familiares, o “Mouraria” é de afinidades urbanas, muito prazer minha senhora…


03.03.2015 | par martalanca | o morto e o peixe frito, ondjaki, Os vivos

A Construção de um Símbolo

03.03.2015 | par martalanca | império, Padrão dos Descobrimentos

Arte e Feminismo & WikiD Edit a Thon Lisboa 2015

Encontro de edição colectiva na Wikipedia

7 de Março das 10h às19h

Local: Labart | Universidade Lusófona, Campo Grande

Entrada livre

Inscrições: editathonlx@gmail.com

Em 2011 a Wikimedia Foundation realizou um inquérito sobre quem editava  na Wikipédia e descobriu que menos de 10% dos seus contribuintes se identificava como feminino. Enquanto as razões para esta discrepância entre géneros pode ser um assunto de debate, o seu efeito prático é objectivo.  A falta de participação feminina na produção de artigos na Wikipedia gera uma distorção nos conteúdos disponíveis, o que representa uma ausência alarmante na construção deste repositório de partilha de conhecimento cuja importância é cada vez maior.  Os problemas de género na Wikimédia encontram-se bem documentados. (inquérito em + informação)

É neste contexto que surge Arte e Feminismo & WikiD | Edit a Thon Lisboa 2015, encontro que conjuga numa só 1ª edição os dois eventos que se realizam  em Nova Iorque dias 7 e 8 de Março: Art+Feminism Edit-a-Thon no Museum of Modern Art dia 7 e  WikiD –Women Wikipedia Design organizado por ArchiteXX dia 8.

Lisboa alia-se deste modo a mais de 30 cidades ao realizar este encontro global de edição na Wikipédia focada em assuntos relacionados com arte, arquitectura e feminismo. Queremos ajudar a mudar a situação. Quer colaborar e participar? Faça parte.

Haverá um workshop de inicio à edição na Wikipédia, materiais de referência, debate e uma sessão colectiva de edição. Traga o seu laptop, ficha para ligação à corrente, ideias e artigos para entradas na Wikipédia a precisar de edição ou para novas entradas a serem criadas. 


As inscrições estão abertas até dia 5 de Março. Todos os materiais e demais informações relacionadas com o evento serão enviados aos inscritos. 

+ informação:
a nossa página Wikipedia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:Encontro/Edicao/Lisboa/Artefeminismo                              Facebook: https://www.facebook.com/artefeminismolx/info?tab=page_info&edited=nameorganizadores: http://artandfeminism.tumblr.com/ e https://www.facebook.com/events/416274511860793/evento pelo mundo: http://en.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Meetup/ArtAndFeminisminquérito 2011: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/76/Editor_Survey_Report_-_April_2011.pdf

26.02.2015 | par martalanca | arte, feminismo, WikiD

Souls’ Landscapes, 27 Fev. (6ª Feira) às 21h30 no Espaço Espelho d’Água, LISBOA

O Espaço Espelho d’Água apresenta a ante-estreia da performance Souls’ Landscapes concebida e executada por Uriel Barthélémi em parceria com o artista plástico Rigo 23, a estrear em Março, na 12ª Bienal de Sharjah, Emiratos Árabes Unidos.

Souls’ Landscapes é uma performance concebida a partir da leitura de “Les Damnés de la Terre” de Frantz Fanon, que incorpora música, movimento, luz e texto. Nesta performance, junta-se a  Barthélémi o material literário de Fanon (figura maior do movimento dos povos Africanos rumo à autodeterminação) veiculado em forma de spoken word pelo actor oriundo do Benin Joel Lokossou, e o movimento de dois bailarinos de Popping (a linha mais minimalista da dança hip-hop) Entissar Al Hamdany e Fabrice Taraud.

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Souls’ Landscapes  (entrada gratuita)

Dia 27 de Fevereiro (6ª Feira), às 21h30 no Espaço Espelho d’Água, Lisboa  Av. Brasília, S/N (ao lado do Padrão dos Descobrimentos). 1400-038 |LISBOA  t: 21 301 0510

ler+

23.02.2015 | par franciscabagulho | ...

Concentração: contra a violência policial

Luta contra a violência policial perpetuada há mais de 3 década nos bairros e contra a classe social desfavorecida. Questionamos o tipo de policia e a sua actuação; e exigimos direito a ter direitos, a não ser espancados, e a ocupar espaços públicos na nossa comunidade.

Não obstante a consciência colectiva negra de que nós, estudantes e trabalhadores negros e negras, somos as principais vítimas da brutalidade da Polícia nos bairros, sublinhamos que essa mesma violência é também infligida, de forma sádica e independentemente da cor, a todas e todos aqueles que percorrem esse espaço geográfico e sociológico denominado “ghetto”. Esta atitude indiscriminada de extrema violência da polícia para com estudantes e trabalhadores brancos e brancas nos bairros, tem como objectivo veicular a mensagem de que, quem quer que se aproxime do espaço ghetto – subentenda-se, o espaço natural dos negros −, será tratado tal e qual qualquer outro negro do ghetto! Esta violência é mais uma forma de fragmentar a sociedade pois só fortifica, entre os estudantes e trabalhadores brancos, uma tendência de apartheid, historicamente construída e reproduzida, e intrínseca a esta organização política e económica das sociedades onde vivemos. A constatação, leva-nos a considerar imperativo a unidade na acção de todas e todos aqueles que moram nos bairros e a solidariedade militante dos restantes trabalhadores para com esta luta.

 

Ler aqui a descrição do mais recente ataque ocorrido na Cova da Moura. 

10.02.2015 | par martalanca | concentração, Cova da Moura, Plataforma Guetto, repressão policial

Tintin Akei Kongo (2015)

Tintim no Congo (1931) é o segundo álbum da famosa série de BD do autor belga Hergé. Foi-lhe encomendada pelo jornal conservador Le Vingtième Siècle e conta a história do jovem repórter Tintim e o seu cão Milú enviados para o então Congo belga para escrever sobre acontecimentos nesse território. Embora tenha reconhecido sucesso comercial e tornado-se derradeiro para definir a indústria de BD franco-belga, este álbum tem recebido duras críticas pela sua atitude racista e colonialista perante os congoleses, retratando-os como atrasados, preguiçosos e dependentes dos europeus. Hergé é sobretudo acusado de persistentemente alinhar a sua visão com o mais baixo denominador comum sem se questionar do racismo explícito ou das políticas coloniais que já eram criticadas por artistas e intelectuais francófonos do seu tempo. Ler aqui a crítica de Pedro Moura. 


Tintin Akei Kongo é uma tradução de Tintin au Congo em lingala, a língua oficial do Congo. A tradução foi comissariada por um artista e foi feita em colaboração com um tradutor oficial durante a sua residência artística na ilha de Ukerewe na Tanzânia. Esta tradução faz parte da linhagem de detournements como Katz [livro destruído por alterar o famoso Maus de Art Spiegelman], Noirs [os Estrumpfes Negros ficam todos azuis] ou Riki Fermier [em que o Petzi desaparece da sua própria BD], livros apontados de autoria provável ao grego Ilan Manouach. O artista, consciente das propriedades materiais da edição original, cheia dos seus potenciais significados, tornou explícitos os aspectos formais do objecto: o novo livro é um fac-simile da edição original e manteve os padrões de produção industriais das BDs “clássicas”. O objectivo desta aventura não é somente a reinterpretação do trabalho do autor para reinventar as intervenções possíveis sobre uma obra comissariando uma tradução, nem enfatizar a importância do discurso e da auto-referência para indicar a BD simultaneamente como linguagem e lógica de sistema. 
O objectivo é não só “reparar” um erro histórico tornando acessível este trabalho na língua daqueles que lhes interessa, os oprimidos, os insultados. Revela as escolhas tácticas de quem traduz obras. Não é de surpreender que afinal na África pós-colonial ainda se use o francês ou o inglês como línguas oficias para questões de Educação, Legislação, Justiça e Administração? Tintin au Congo reflecte as opinião da burguesia belga dos anos 30. Esta concepção do povo do Congo ou pura e simplesmente de qualquer negro visto como uma grande criança é uma parte da História do Congo tal como Os Protocolos dos Sábios de Sião fazem parte da falsa propaganda anti-semita na História dos Judeus. O Tintim no Congo tinha de ser traduzido para lingala!
Uma identidade nacional não é só criada por um processo interno de cristalização, de consolidação constante do que é a sua cultura nacional, mas também é definida pelas pressões oferecidas pelo exterior. Tintim no Congo, a versão original na língua francesa é ainda uma das BDs mais populares na África francófona. O facto de ainda não existir uma edição congolesa, fará lembrar ao leitor de Tintin Akei Kongo que a promoção cultural não é só governada por lucro ou outros valores de mercado. Ao juntar lingala às 112 línguas traduzidas no Império Tintim, Tintin Akei Kongo revela pontos cegos na expansão dos conglomerados da edição. 
Tintin Akei Kongo será apresentado no Festival de BD de Angoulême.

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05.02.2015 | par martalanca | 5eme Couche, BD, racismo, Tintim no Congo

Congresso Luso Afro Brasileiro

O tema do XII CONLAB - “Imaginar e Repensar o Social: Desafios às Ciências Sociais em Língua Portuguesa, 25 anos depois”, o primeiro a realizar-se após a criação, em Salvador da Bahia, da AICSHLP, propõe ser um catalisador de uma reflexão que recupere a trajetória dos onze congressos realizados, apontando os ganhos que as ciências sociais e humanas dos Sete tiveram e as pontes construídas para a sua consolidação enquanto áreas de saber e a busca de um maior protagonismo no espaço global da produção conhecimento, ainda marcado por clivagens epistemológicas, teóricas e políticas condicionando, quando não subalternizando o fazer ciência em língua portuguesa.

Organização: CESNOVA e FCSH/NOVA - 1 a 5 de FEvereiro na FCSH - UNL. 

Site do CONLAB XII. 

 

30.01.2015 | par martalanca | Congresso luso-afro-brasileiro

Complexo das Escolas de Arte em Luanda

 

O Complexo das Escolas de Arte (CEARTE), que foi inaugurado no passado dia 5 de Janeiro, em Luanda, abre 375 vagas nas áreas artísticas para o ano lectivo 2015. As candidaturas decorrem até 6 de Fevereiro.

O complexo que está localizado na zona de Camama, na cidade de Luanda, é a primeira academia de artes em Angola, e trata-se de uma infraestrutura com capacidade para receber 2500 alunos nas áreas de Artes Visuais e Plásticas, Dança, Música, Teatro e Cinema.

A nova instituição integra 20 salas de aulas, uma biblioteca, um internato, um auditório com 300 lugares, um pavilhão polidesportivo, um anfiteatro ao ar livre com 400 lugares, um laboratório de informática, um laboratório de física e um laboratório de química. 

O CEARTE destina-se à formação de profissionais – intérpretes, criadores e docentes –  em diversas áreas culturais, inserindo-se no domínio do ensino artístico especializado. A instituição é estruturada para compreender três níveis de ensino que se articulam e complementam, nomeadamente o elementar, médio e superior.

Para o ano lectivo 2015, abriram no total 375 vagas: 96 vagas para a área da dança, 60 para as artes visuais e plásticas, 119 para a música e 100 na área do teatro. O prazo para as inscrições começou no dia 26 de Janeiro e termina a 6 de Fevereiro.

30.01.2015 | par martalanca | Escola de Artes, Luanda

Foreigners in the Maghreb and Maghreb abroad: health and social issues

El Mouradi Club Kantaoui – Sousse - Tunisia January 26-27-28, 2015

PROGRAM

Monday, January 26 

10:00 - 10:30 - Introduction session, Coordinator and Organizer Communication.

10:30 - 11:00 -  Cancer and Mental Diseases in Egypt, Mostafa Mohamed Mostafa Yosef, Department of Community Medicine, Faculty of Medicine, Ain Shams University.

 

11:00 - 11:30 - Coffee Break

11:30 - 12:00. Societal Dialogue process and results, Imen Jaouadi, University of Carthage-CERP.

 

12:00 - 12:30 - Epidemiological profile of chronic disease in North Africa, Sana Jaballah, University of Manar-CERP.

 

12:30 - 13:00 La réforme du système de santé au Maroc,  El Messaoudi Moulay Driss et Otmane Mourtada, Institut Pasteur – Casablanca, Maroc

13:00 - 14:15 - Lunch

14:30 - 15:00 - “Scopes and spectacles, comparing NA migrations situations in EU contries from National general population survey” Paul Dourgnon,IRDES- France.

15:00 - 15:30.  Health system reform in Egypt , Dalia Gaber Sos Boles Department of Community Medicine, Faculty of Medicine, Ain Shams University.

 

15:45 19:00 - Guided sightseeing Sousse - Monastir

21:00               Free Dinner

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22.01.2015 | par martalanca | Maghreb, Tunisia