Les Amazones d’Afrique em Sines

Les Amazones d’Afrique, o primeiro grande grupo unicamente feminino da África Ocidental, realiza uma residência artística em Sines, entre os dias 18 e 21 de junho, no âmbito da sua tournée internacional, “I Play the Kora”.

Este projeto, formado este ano, mobiliza-se contra a violência sobre as mulheres em África e em todo o mundo. Junta algumas das figuras maiores da música africana: Oumou Sangaré, Mariam Doumbia (de Amadou et Mariam), Nneka, Inna Modja, Imany, Mamani Keita, Rokia Koné, Kandia Kouyaté, Pamela Badjogo e Mariam Koné.

Em simultâneo com o lançamento do EP “I Play the Kora”, Les Amazones d’Afrique lançam uma campanha de “crowdfunding” no dia 15 de junho. Esta campanha e as receitas do EP contribuirão para financiar cirurgias reparativas e integrar socialmente vítimas de violência sexual. Estas ações terão lugar no Panzi Hospital and Foundation, sedeado em Bukavu, na República Democrática do Congo.

O fio condutor da tournée “I Play the Kora” é um manifesto político e ao mesmo tempo uma carta de amor das mulheres endereçada aos seus homólogos masculinos para uma proclamação conjunta da igualdade.

É com esta composição e estas temáticas que serão realizados, em toda a Europa, ateliês de ensaios e reflexões com os coros locais e o público.

A residência artística em Sines será composta por um ateliê de guitarra, um ateliê de coro, uma mesa-redonda e um concerto.

Os ateliês de guitarra e coro realizam-se no sábado, dia 18 de junho, nos períodos 14h00-16h00 e 16h30-18h30, nas instalações da Escola das Artes do Alentejo Litoral (Largo Poeta Bocage).

A mesa-redonda “Os Direitos das Mulheres: Mulher Africana vs Mulher Europeia” tem lugar no domingo, 19 de junho, na cafetaria do Castelo de Sines, das 14h30 às 16h00 e das 16h30 às 18h30.

Os ateliês e a mesa-redonda são gratuitos, mas requerem inscrição na Escola das Artes do Alentejo Litoral (Tel. 269 182 523).

No dia 21 de junho, terça-feira, as 21h00, o projeto apresenta-se ao público, no auditório do Centro de Artes de Sines, com entrada gratuita. Este espetáculo terá a participação de um coro composto por alunos da Escola das Artes do Alentejo Litoral, que no dia 23 de junho se apresentará com o grupo num concerto a realizar na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

A residência artística de Les Amazones d’Afrique em Sines é uma organização da Escola das Artes do Alentejo Litoral, com o apoio da Câmara Municipal de Sines e a parceria da agência 3D Family e da Panzi Foundation.

03.06.2016 | par martalanca | cantoras, direitos da mulher, FMM, Les Amazones d’Afrique, Sines

Sessão de leitura | A Estação da Sombra

Léonora Miano e A Estação da Sombra

Leitura de excertos da obra pelo actor Ricardo Silva

O PURISTA - Barbière R. Nova da Trindade, 16 C Lisboa 19:00 - 00:00
As sessões têm a duração de 10 a 15 minutos e repetem-se de meia em meia hora.

A entrada é livre e a saída também.

Léonora Miano e A Estação da Sombra

A Estação da Sombra (Prix Femina, 2013) passa-se no coração de África, nas terras do clã mulongo, onde durante um incêndio desaparecem misteriosamente doze homens da tribo. Uma mulher, uma das mães banidas da comunidade, empreende então um longo périplo que a conduzirá à atroz verdade. Odisseia dos vencidos, daqueles cuja sociedade é destruída pela aparição de um odioso comércio instaurado pelos europeus, expõe com crueza as relações entre África e a Europa.
Léonora Miano nasceu nos Camarões em 1973, vive em França e é uma das vozes francófonas mais intensas da sua geração. Autora de vários romances, entre os quais O Interior da Noite e Contornos do Dia que Nasce, debruça-se persistentemente sobre a penetração do mundo ocidental numa África ancestral, as vivências subsarianas e os testemunhos dos afro-descendentes.

02.06.2016 | par martalanca | A Estação da Sombra, Léonora Miano

Afrique-Brésil: histoires connectées, nouveaux dialogues - Appel à communications

Axes proposés pour les communications:

Identités, résistances, émancipation: de quelle manière l’Afrique et le Brésil fonctionnent-ils comme des horizons de pensée pour les œuvres artistiques africaines et brésiliennes concernant les questions de genre, classe, race?

Espaces et cultures, entrelacements et conflits: de quelle manière la littérature, la musique, le cinéma proposent-ils des représentations de l’espace, des villes et/ou de la campagne, et des cultures brésiliennes et africaines entre les deux côtés de l’Atlantique?

Mass media, web et réception: quels sont enjeux dans les pays africains en ce qui concerne la réception des «novelas» (feuilletons) brésiliennes; la télévision et les relations triangulaires entre les pays d’Afrique, l’Europe, le Brésil; les réseaux sociaux et ces mêmes circulations.

Circulations transatlantiques de la littérature et du cinéma: représentations mutuelles, utopies et dystopies, correspondance entre artistes, voyages, carnets de notes ou documentaires, circulation de revues, etc.

Mémoires et empire colonial: de quelle manière la littérature, le cinéma et la musique traduisent-ils les relations entre l’Afrique et le Brésil à partir de la persistance de la question coloniale dans les sociétés contemporaines respectives?

Calendrier:

Date limite pour la soumission des propositions: 30 mai 2016

Confirmation des propositions acceptées: 18 juin 2016

Les propositions de communication, indiquant l’axe choisi, sont à envoyer à: afriquebresil@gmail.com en précisant: nom, prénom, affiliation institutionnelle, adresse électronique, titre de la communication, résumé de 300 mots et une biobibliographie synthétique.

Langues: français, anglais, portugais (avec Power Point en français)

Journée d’études de l’APELA 2016

25.05.2016 | par claudiar | appel a communications

Encontro "Perspetivas Económicas dos Países da CPLP"

A UCCLA vai realizar a sua Assembleia Geral no Porto durante a manhã do próximo dia 31 deste mês. À tarde desse mesmo dia, a partir das 15h00, na sala 2 do Coliseu daquela cidade, haverá um Encontro subordinado ao tema Perspetivas Económicas dos Países da CPLP, cujo programa é o seguinte: 

15:00 / 16:15 -  “Diversificação e Financiamento das Economias”

                            Oradores: Prof. Doutor João Ferreira do Amaral (Prof. Catedrático no ISEG)

                                   Dr. Carlos Costa Pina (Administrador de empresas)

                                  Moderador: Prof. Luís Todo Bom (Prof. universitário e gestor)

16:15 / 16:30 –    Pausa para café

16:30 / 17:45 – “Economia e Geo-política do Petróleo”

                          Oradores: Prof. Doutor Nuno Ribeiro da Silva (Prof. Catedrático convidado do ISEG e PCA da Endesa)

                          Dr. Agostinho de Miranda (advogado especialista em assuntos petrolíferos)

                          Prof. Doutor António Costa e Silva (PCE da Partex)

                           Moderador: Dr. Vítor Ramalho (Secretário-geral da UCCLA)

18:00 / 18:30 – “Uma perspetiva de África”

                                   Orador: ex-Presidente da República de Cabo Verde, Comandante Pedro Pires

Este Encontro é aberto ao público sem necessidade de inscrição.

17.05.2016 | par claudiar | CPLP, economia, uccla

Faustin Linyekula - Artista na Cidade

Durante a preparação do programa Artista na Cidade 2016, o coreógrafo Faustin Linyekula exprimiu a vontade de apresentar o seu trabalho a públicos dos bairros limítrofes da região da Grande Lisboa. Depois da apresentação memorável de Le Cargo na Cova da Moura em janeiro passado, o Teatro Maria Matos coorganiza este evento: Le Cargo será apresentado numa praça do Bairro Padre Cruz em Carnide, no contexto do primeiro Festival de Arte Urbana.

A entrada é livre.

Para mais informações, ver aqui.

04.05.2016 | par claudiar | arte, dança, eventos culturais

Conferência "Língua Portuguesa, Globalização e Lusofonia"

No próximo dia 2 de maio, pelas 18h, irá decorrer a conferência “Língua Portuguesa, Globalização e Lusofonia”, com o professor Moisés de Lemos Martins, da Universidade do Minho.


Local:

ISCTE-IUL - Auditório Silva Leal

 

27.04.2016 | par claudiar | conferência, globalização, ISCTE-IUL, lusofonia

1ª Edição de ´VIDRUL CONVIDA´ - 2016 / Mário Macilau

´ROSTOS E ESPAÇOS´ é o título da Exposição individual do Fotógrafo Moçambicano Mário Macilau, a sua primeira em Angola, enquadrada na 1ª Edição de ´VIDRUL CONVIDA,´ a inaugurar quinta-feira, dia 21 de Abril no Espaço Luanda Arte (ELA) pelas 19h com Curadoria da Angolana Keyezua.

“Há cinco anos que a ´VIDRUL - VIDREIRA DE ANGOLA, LDA´ apoia fotografia experimental em Angola de forma discreta, mas sólida. Como tal, a ´VIDRUL´ posiciona-se como um modelo a seguir pelo mundo corporativo nacional. ´VIDRUL CONVIDA´ é uma sequência natural e um complemento à plataforma ´VIDRUL FOTOGRAFIA´, e um agradecimento por parte da AM-ARTE pela parceria real desenvolvida. Anualmente, terá a responsabilidade e o privilégio de convidar e expôr o trabalho de um fotografo Pan-Africano.

Nesta 1ª Edição em 2016 o convite recaiu sobre Mário Macilau, um dos Artistas Africanos com mais exposição e louvor internacional nos seus (aparentes) poucos anos de trabalho, tendo desenvolvido a sua narrativa com fotografias socialmente fortes, engajadoras e provocantes, que não deixam qualquer espectador indiferente.

Por isso, é motivo de real orgulho podermos trazer trabalhos das séries ´The Price of Cement´ (2013) e ´Living on the Edge´ (2014) para Luanda. A primeira, mostra a trágica realidade de meninos e meninas que trabalham em operações ilegais de ensacamento de cimento em Moçambique. A segunda, retrata uma lixeira no Kenya - uma das maiores no continente - aonde a queimada e os resíduos não-tratados representam um risco grave para a saúde mas, ao mesmo tempo, uma fonte de renda (importante mas escassa) para milhares que vivem e trabalham na área. Infelizmente, são temas universais em África.”

Para mais informações:

AM-Arte  II  Direcção & Produção  II  912 02 47 25

20.04.2016 | par claudiar | angola, exposição de fotografia

Exposição da escultura Makonde e pintura Tingatinga

Exposição em memória de Robert Jakobo, escultor tanzaniano de raízes moçambicanas, que se irá realizar na Polónia (Muzeum Podróżników im. Tony`ego Halika).

13.04.2016 | par claudiar | arte africana, escultura, exposição, pintura

Seminário "Race-politics in Afro-Cuban religions: why it should not always matter"

Abstract

This paper reconsiders the way race-politics are made manifest in Afro-Cuban religiosity. Approaching critically the existing literature, it tries to argue that an active effort to make explicit issues of race and how they have mattered historically co-exists with a seemingly contradictory but equally active effort to express that race should not (always) matter. This latter effort, rather than historically, it is materialized mythically and practically or, as Sahlins would have it, mythopractically. Nevertheless, this is not done in competition to the historical dimension but adds to it a very critical edge that has been lacking in conventional understandings of race-politics.

Bionote

Paper presented by Anastasios Panagitopoulos. Post-doctoral researcher in CRIA/FCSH-Universidade Nova de Lisboa. Anastasios did his B.A. in Sociology at the University of Crete, Greece. Then went on by doing his M.A. and PhD at the University of Edinburgh, UK. In his current postdoctoral position, he is focusing on the relation of Afro-Cuban religions and Cuban politics, as well as the transnational dimensions of the former.

 

17.03.2016 | par claudiar | religiao, seminário

Lançamento de "Chapa Quente" novo disco da editora Príncipe

A editora Príncipe, no próximo dia 15 de Abril, orgulha-se de lançar o novo disco de Dj Marfox “Chapa Quente”.

DJ Marfox e a Príncipe têm percorrido um feliz e transformador caminho desde o lançamento do seu EP de debute, e da editora, “Eu Sei Quem Sou”, em finais de 2011, onde tornava clara a sua intenção em apresentar as suas raízes culturais, e raízes enquanto ímpeto para uma evolução crítica, criativa, tecnológica e social. A herança de Marlon Silva aka Marfox ascende a São Tomé e Príncipe, tendo começado a produzir e a tocar ao vivo como DJ na adolescência, disseminando a sua música pelo YouTube e lançando de forma independente singles em mp3 a partir da Portela de Sacavém. A compilação “DJs di Ghetto” (2006), produzida com a sua crew com o mesmo nome, ganhou estatuto lendário no Portugal urbano e nas comunidades da diáspora luso-africana pela Europa fora, contribuindo a partir daí para a emergência de uma rede consistente de jovens criativos ávidos por inovações na cultura e som da música electrónica de dança.

Dj Marfox | Marta Pina

O seu som outrora fundamentalmente cru e minimal progrediu para uma rede complexa e rica de influências e realizações, reflexo da vida que informa a sua música, leal às suas bases, mas ciente de onde está e para onde quer ir. “Chapa Quente” transmite um sentimento de uma contínua cena de perseguição numa Nova Lisboa em dinâmica reorganização pela coexistência de diferentes culturas, algo que ressoa com a vida passada de Marfox no entretanto demolido ‘bairro das barracas’ da Quinta da Vitória, onde cresceu entre vizinhos e amigos emigrantes da Índia, Paquistão, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde, algo que ele vê como tendo informado a sua música, sonhada e praticada. Uma paragem para apanhar sol (“Tarraxo Everyday”) mas tudo o resto corre mais rápido que todos nós.

Godspeed.

ARTISTA: DJ Marfox

TÍTULO: “Chapa Quente”

EDITORA: Príncipe

FORMATOS: Vinil 12’’ / Digital

CAT#: P014

DATA DE LANÇAMENTO: 15 Abril 2016

PEDIDOS PROMOCIONAIS: andre@filhounico.com

O tema de avanço “2685” está desde hoje em streaming no soundcloud Príncipe:
DJ Marfox “2685” 

15.03.2016 | par claudiar | editora príncipe, lançamento, música

La decolonisation des savoirs et l'alethurgie deconiale

14 de Março, 18h | FCSH-UNL, Edifício ID, Sala 0.06 comunicação de Orazio Irrera (IHC-FCSH/UNL-CEHFCi.UE) comentário de Manuela Ribeiro Sanches (CEC-FLUL)

Cette intervention se propose d’explorer l’espace de problématisation où la philosophie contemporaine et la décolonisation peuvent se rejoindre en mettant en place une décolonisation des savoirs visant à critiquer les rapports entre le colonialisme et les manifestations de vérité sur lesquelles il s’est historiquement appuyé. Il s’agit donc de se demander sous quelles conditions à la fois théoriques, historiques et géopolitiques est-il possible penser la décolonisation comme un véritable événement philosophique, c’est-à-dire comme un événement excédant à la fois les déterminations historiques et géopolitiques du colonialisme qui l’ont produit, mais aussi l’ensemble des savoirs qui ont gardé soigneusement les frontières occidentales du sens et ont permis de penser et de gouverner ce que la modernité européenne avec sa « mission civilisatrice » a appelé l’« Homme » ?

On verra comment le pivot autour duquel pourraient s’articuler les rapports critiques entre philosophie et décolonisation correspond à ce que, dans le sillage de Michel Foucault, je désigne comme « alèthurgie décoloniale », c’est-à-dire un champ historique et philosophique de problématisation visant à mettre en relief sous quelles conditions pratiques le rapport éthique de soi à soi arrive à produire un régime de vérité qui se manifeste à la fois dans un style individuel d’existence et dans la manifestation des effets politiques qui sont de l’ordre de la rupture et de l’interruption du pouvoir colonial.

13.03.2016 | par martalanca | decolonisation des savoirs

Red Africa: power, liberation and the geopolitics of the Soviet Union

Across Africa, the struggle between the forces of capitalism and communism sparked coups, revolutions and political divisions, resulting in a huge impact on Africa’s post-independence landscape. In 1960 Moscow rightly judged anti-colonial fervour to be a good fit with Marxism and Soviet embassies were set up in many African countries. But was there a Soviet strategy for taking over Africa? To what extent was the USSR aware of political structures in Africa and the needs of those countries which it supported? What were the impacts of the Cold War on African national identities?
Speakers: Dr Miles Larmer, University of Oxford, Dr Christabelle Peters, University of Warwick, Dr Meera Sabaratnam, SOAS, University of London. 
Chair: Richard Dowden, Director of the Royal African Society

This event was part of Calvert 22’s Red Africa Season. And It can be listened here.

08.03.2016 | par claudiar | Africa, African History, African Politics, Cold War, Soviet Union

Lançamento do livro "Cartas de Amílcar Cabral a Maria Helena: a outra face do homem"

O livro será lançado no dia 18 de março, na Fundação Calouste Gulbenkian (Sala 2), às 18H30, com apresentação da escritora Ana Paula Tavares e do jornalista José Pedro Castanheira. A também compor o painel, a presença dos três organizadores (Iva Cabral, Márcia Souto e Filinto Elísio).

04.03.2016 | par claudiar | Amílcar Cabral, lançamento livro

5º Seminário Nómada em Estudos da Performance

A organização dos Seminários Nómadas em Estudos da performance convida todos a estarem presentes no próximo dia 4 de Março, sexta-feira, pelas 21h no Bar Irreal, para mais um Seminário. Desta vez com Paula Caspão, investigadora, dramaturga, escritora e artista interdisciplinar, e Claire Buisson , investigadora das linguagens do corpo, numa conversa em torno das linguagens, do corpo, das traduções, da documentação e do arquivo.


 

03.03.2016 | par claudiar | estudos da performance, seminário

Seminário "As Construções da História de Angola", no ISEG

 

01.03.2016 | par claudiar | história, iseg, seminário

"Pássaros de asas abertas - Antologia de Contos Angolanos" assinala os 40 anos da Independência de Angola

A diversidade da temática da literatura angolana, manifestada como “um pássaro planando de asas abertas”, é ilustrada no livro “Antologia de Contos”, que reúne textos, na maioria inéditos, dos 40 anos da independência de Angola.

Pássaros de Asas Abertas – Antologia de Contos Angolanos, será lançado em Lisboa a 2 de março no Auditório Armando Guebuza, na Universidade Lusófona, é uma iniciativa conjunta da União dos Escritores Angolanos (UEA) e do Centro de Estudos Comparentistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Os 36 textos, selecionados pelos académicos Margarida Gil dos Reis e António Aquino, que prefaciam a obra, foram escritos por outros tantos autores, destacando-se, entre outros, Agostinho Neto (primeiro presidente de Angola), Luandino Vieira, Ruy Duarte de Carvalho, Pepetela, Ondjaki, João Melo, José Eduardo Agualusa, Jacques dos Santos e Ismael Mateus.

Numa nota aos leitores no início da obra, o secretário-geral da UEA, António Carmo Neto, que também é autor de um dos textos, indicou que o livro de contos é a “primeira parte” de uma homenagem aos 40 anos de Angola (11 de novembro de 1975) e também de quatro décadas da própria associação dos escritores, a que se seguirá um outro: “Antologia da Poesia Angolana”, cuja data de publicação não adianta.

“Tendo privilegiado textos inéditos, pretendíamos que se reunissem aqui alguns contos que ajudam a contar «estórias» das vidas de quatro décadas, vistas por um olhar do século XXI. Quem correr o mundo sob o dorso do pássaro de asas abertas, viajando ao passado, continuará a estar no presente”, escreve Carmo Neto.

Continuez à lire " "Pássaros de asas abertas - Antologia de Contos Angolanos" assinala os 40 anos da Independência de Angola"

01.03.2016 | par claudiar | lançamento livro, literatura angolana

"The role of communication within social emancipation processes. Imaginaries, theorisations and social practices", Seminário Internacional

Programa

10h00 – 10h15 - Welcoming Session / Sessão de Abertura

Sara Araújo (CES -University of Coimbra)

  • Víctor Manuel Marí (Universidad de Cadíz)
  • Sofia José Santos (Observare–UAL/CES-University of Coimbra)

10h15 – 11h30 - Sessão 1: Teorias da Comunicação e as Epistemologias do Sul I (moderadora: Sofia José Santos)

  • Víctor Manuel Marí (Universidad de Cadíz): “Comunicar para transformar y transformar para comunicar en tiempos de transiciones paradigmáticas”
  • José Manuel Mendes: “Emancipation, imaginaries and the role of media: new public spheres?” (FEUC/CES–University of Coimbra)
  • Manuel Chaparro (Universidad de Málaga): ”Epistemologías de la alteridad. Desde abajo”

(Coffee Break)

11h45 – 12h45 - Session 2: Communication Theory and the Epistemologies of the South II  (moderator: Bia Carneiro)

  • Florencia Enghel (Stockholm University): “If communication for social change is the answer, what is the question? Rethinking the problem from a South American perspective”
  • Sofia José Santos (Observare–UAL/CES-University of Coimbra): “Voice matters: the mediascape from the perspective of the epistemologies of the south”

14h30 – 15h45 – Session 3: Peace, Communication and the Epistemologies of the South (moderator: Vítor Manuel Marí)

  • Cristina Sala (Deusto University) “Communication for Social Change as a tool towards decolonizing peace”
  • Patrícia Mota Paula (CES - University of Coimbra) “Rádios Comunitárias: novo paradigma de intervenção! Perspectiva comparada: Guiné-Bissau, Moçambique e Timor-Leste”
  • Teresa Almeida Cravo (FEUC/CES – University of Coimbra) and Sofia José Santos (Observare–UAL/CES-University of Coimbra) “Debating media intervention in post-conflict settings”

(Coffee Break)

15h45 – 17h15 – Sessão 4: Epistemologias do Sul no Norte Global
(moderadora: Teresa Almeida Cravo)

  • Bia Carneiro (CES -University of Coimbra) “Local action, international repercussions: appropriation of Southern resistance discourses to mobilise in the Global North”
  • Marta Lança (FCSH-UNL/ Buala) “Dinâmicas de uma plataforma mediática colaborativa entre Portugal, Brasil e África”
  • Pedro Santos (Academia Cidadã | Citizenship Academy) “Comunicação contra-hegemónica no Sul da Europa: o caso da Panorama da Academia Cidadã”

17h15 – 17h30 – Closing session: challenges and debates /Sessão de encerramento: debates e desafios (moderator/moderadora: Teresa Almeida Cravo)

  • Sofia José Santos (Observare–UAL/CES-University of Coimbra)
  • Vítor Manuel Marí (Universidad de Cadíz)

Para mais informações, ver aqui


01.03.2016 | par claudiar | Coimbra, comunicação, Seminário internacional

Buraka Som Sistema encerram as Festas de Lisboa'16 com um último concerto da banda

Do Mundo para Lisboa, os Buraka Som Sistema regressam a casa para encerrar as festas populares e despedir-se dos fãs.

Foto de Gonçalo F. SantosFoto de Gonçalo F. SantosDia 1 de julho, na Torre de Belém, os Buraka Som Sistema encerram as Festas de Lisboa com um grande espetáculo de entrada livre. Depois de 800 concertos pelo mundo, Lisboa, onde tudo começou, é o lugar ideal para uma homenagem ao grupo que irá começar uma pausa no seu trabalho em conjunto.

Em dez anos de atividade, o grupo - composto por Branko, Riot, Kalaf, Conductor e Blaya – andou na estrada e levou o novo som eletrónico da Buraca para todo o mundo, deu concertos e cruzou inspiração, géneros musicais, ideias e projetos com inúmeros artistas internacionais, lançou dois EP, três álbuns e dezenas de singles, ganhou prémios nacionais e estrangeiros. A banda regressa agora a Lisboa para se despedir do mundo e dos seus fãs.

A ponte multicultural é a síntese do ADN dos Buraka Som Sistema, grupo que olha o mundo como um todo e lhe apresentou uma sonoridade musical única criada entre Luanda e a Amadora, Lisboa e o Rio de Janeiro, Londres e Nova Iorque. Uma mistura entre o legado cultural português e a «modernidade musical internacional e contemporânea».

Num ano em que as Festas de Lisboa comemoram os 50 anos da Ponte 25 de Abril, os Buraka Som Sistema e a EGEAC preparam um dia e uma noite memoráveis, em que convidam à viagem, à partilha e à criação de pontes entre distintas culturas, idiomas, géneros musicais e estilos de dança.

 

29.02.2016 | par claudiar | Buraka Som Sistema, música

artistas selecionados para o Prémio NOVO BANCO Photo 2016 FÉLIX MULA | MÓNICA DE MIRANDA | PAULIANA PIMENTEL

NOVO BANCO e o Museu Coleção Berardo anunciam os três artistas selecionados para a edição de 2016 do Prémio NOVO BANCO Photo, o mais importante prémio de arte contemporânea realizado em Portugal – Félix Mula (Moçambique), Mónica de Miranda (Angola) e Pauliana Pimentel (Portugal).

A escolha destes artistas foi da responsabilidade de um júri de seleção representativo do critério geográfico referido, composto por David Santos (Portugal), curador-geral da BF16 (Bienal de Fotografia - VF Xira); Paula Nascimento (Angola), arquiteta, curadora e diretora da Beyond Entropy Africa; e Pompílio Hilário Gemuce (Moçambique), artista; que analisaram o panorama expositivo da fotografia no período a que reporta o prémio.

Félix Mula foi nomeado pelo júri «pela sua exposição coletiva Processos, apresentada em 2014, em Maputo. O processo fotográfico de Félix Mula tem passado de uma maneira discreta no meio artístico moçambicano, pelo facto de tratar a fotografia como um meio para conceptualizar histórias que refletem a sua memória individual em relação à sua família, dentro de um espaço e tempo. As suas fotografias com quase uma ausência da figura humana escondem sempre algo, ao mesmo tempo que revelam as atitudes e a natureza do ser humano. Embora a fotografia tenha sido o meio primário no seu contacto artístico, a sua coerência criativa revela-se também nas suas instalações provocativas.»

Na opinião do júri, Mónica de Miranda «é uma artista cujo trabalho atravessa diversas fronteiras e esboça uma paisagem de identidades plurais, inspiradas pela própria experiência e vivência de uma cultura cada vez mais itinerante. Em Hotel Globo, exposição realizada em 2015, no MNAC - Museu do Chiado, a artista explora a apropriação de um símbolo da arquitetura colonial, o Hotel Globo em Luanda, através de novos modos de ocupação e de uso; levantando questões relacionadas com a memória e com o impacto dos espaços coloniais na vivência atual. Fragmentos da vivência atual revelam uma (nova) teia de relações socioculturais, assim como a (re) construção de identidades e culturas e de múltiplas possibilidades de ser.»

Pauliana Pimentel é nomeada pelo júri «pelo seu projeto expositivo The Behaviour of Being, patente na Galeria das Salgadeiras, em 2016, que apresenta um núcleo de imagens de grande sensibilidade narrativa, baseadas numa forte consistência estético-formal. Esta exposição vem confirmar o caminho de maturidade desta artista que, nos últimos anos, tem revelado uma obra de subtil narratividade, marcada não só pela ambiguidade da significação, como por uma particular e profunda atenção à figura humana no seu envolvimento paisagístico e social.»

Os artistas selecionados apresentarão os seus trabalhos no Museu Coleção Berardo, numa exposição composta por obras inéditas, com inauguração agendada para o dia 18 de maio, sendo o vencedor conhecido durante o mês de junho, em data a anunciar.

Pedro Lapa, presidente do Júri do prémio NOVO BANCO Photo e diretor artístico do Museu Coleção Berardo, acrescenta que «na edição deste ano o prémio passou a estar ainda mais focado no eixo Portugal/países lusófonos africanos, de modo a reforçar a troca e mútuo reconhecimento das práticas fotográficas neste quadro cultural que desejamos vivo e continuado.»

28.02.2016 | par martalanca | Monica de Miranda, NOVO BANCO Photo

Filipa Lowndes Vicente apresenta um novo olhar do Império português na Índia

«Entre Dois Impérios - Viajantes Britânicos em Goa (1800-1940)», de Filipa Lowndes Vicente e editado pela Tinta da China, apresenta uma nova visão do Império português na Índia.

«De um lado, a Índia britânica, no auge do seu projecto imperial; do outro, a Índia portuguesa, em declínio acentuado. Para os viajantes britânicos dos séculos XIX e XX, ir à «Índia do lado» significava transpor fronteiras espaciais e, sobretudo, temporais.

Nesta época, a Índia portuguesa — e Goa em particular — sugeria aos ingleses duas perspectivas: tanto servia de lição histórica sobre os erros a evitar para manter a dominação colonial, como era a ruína-relíquia que nas mãos dos britânicos poderia tornar-se um centro de prosperidade.

Em qualquer destas visões, Goa surgia como um lugar diferente, híbrido, com fronteiras fluidas entre o português e o indiano, e com abundantes sinais visíveis dessa mistura — na arquitectura, na música, na roupa, nas práticas religiosas, na língua, na cultura intelectual, no corpo.

Duas viajantes‑escritoras, o príncipe de Gales, a mulher de um cônsul, vários governadores, reverendos anglicanos, diplomatas, militares, funcionários administrativos e cientistas — foram vários os britânicos que fizeram da sua viagem a Goa uma comparação entre dois impérios.»

28.02.2016 | par martalanca | FILIPA LOWNDES VICENTE, Goa, império