Abro pela primeira vez os arquivos que ele me deixou, sem saber o que vou encontrar e aquilo que talvez tenha perdido todos esses anos. A ideia é descobrir, a cada crónica, um pouco mais sobre a vida deste que foi provavelmente o projecionista angolano que conheceu mais cabines de cinema a nível internacional que, em 1981, fez uma viagem com a delegação angolana à Alemanha de Leste e desapareceu.
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24.01.2024 | por Fradique
Novo filme da Geração 80, NOSSA SENHORA DA LOJA DO CHINÊS, escrito e realizado por Ery Claver, terá sua Estreia Mundial em Janeiro de 2022, na 51ª edição do Festival Internacional de Cinema de Roterdão.
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22.12.2021 | por vários
De 1 a 6 de junho, no Cinema São Jorge, em Lisboa, o Arquiteturas Film Festival reafirmou a importância de uma plataforma para a disseminação da cultura arquitetónica. Celebrou também o cinema produzido em Angola, país convidado. Para além do programa de filmes, o tema do festival foi explorado através de exposições e de um ciclo de debates abordando questões culturais, territoriais e sócio-económicas próximas da comunidade angolana e afrodescendente em Lisboa.
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09.06.2021 | por vários
O Arquiteturas Film Festival vai levar até ao Cinema São Jorge, em Lisboa, uma seleção de onze filmes produzidos em Angola, o país convidado desta oitava edição do festival, que se realiza entre os dias 1 e 6 de junho.
Para além da programação cinematográfica, o café do Cinema São Jorge receberá um ciclo de debates intitulado “África Habitat”, bem como as instalações dos angolanos Lino Damião e Nelo Teixeira. Os cineteatros de Angola estarão também em destaque numa exposição organizada por Afonso Quintã, a partir de material do Cine-estúdio do Namibe, do arquiteto José Botelho Pereira.
Vou lá visitar
27.05.2021 | por Flávia Brito
Os ares condicionados estão caindo, estão podres. Um calor que não se aguenta - pelo menos os ricos não aguentam pois que aos demais só resta a resiliência. A ideia de que eles despencam sem aviso prévio e são, ao mesmo tempo que salvadores, armas perigosas, colocam lado a lado vida e morte. Mas novamente Matacedo parece imune ao medo de morrer atingido por um resfriador sintético na cabeça. Caminha e olha pouco para cima. Na verdade, caminha olhando para baixo, como que indiferente também aos prédios que são construídos pelos homens e depois abandonados, ou aos mandos e desmandos de um patrão rico ou mesmo de sua empregada doméstica, numa cadeia hierárquica perene e quase imutável. Este contexto todo, cenário decadente, desafio impossível, perigo iminente e personagens que levam a vida a pensar em si próprios, é o caldo que se perpetua pelo filme e vai descortinando camadas sociais. O filme é um constante descamar de subtilezas. Não espere por um momento catártico em termos de roteiro porque ele não vem. Mas as nuances estão todas naquilo que não é dito.
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17.08.2020 | por Fernanda Polacow
Ainda antes de os filmes terem sido usados, em Angola, como uma arma pelos movimentos de libertação, já um cinema de causas – militante – ensaiara um contributo para a criação de um verdadeiro cinema angolano. Será abusivo afirmar que a primeira causa do movimento cineclubista em Angola foi a de, através da educação para o cinema e pelo cinema, criar um cinema angolano?
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18.12.2013 | por Maria do Carmo Piçarra
Este livro é, por isso, um documento pioneiro e imprescindível para o estudo do cinema angolano (e também lusófono e colonial). Esperamos que o trabalho futuro dos investigadores Maria Carmo Piçarra e Jorge António continue (e continue a ser financiado) porque é com expectativa que aguardamos os volumes futuros. Porque não estamos só a falar de cinema per se. Sobretudo no caso de Angola, ao falar de cinema (do que há, do que não há, do que houve e do que se perdeu) estamos também a falar de movimentos históricos, de relações internacionais, de relações de poder, de olhares internos e externos sobre fenómenos económicos, sociais ou outros, de política e (sobretudo) de ideologia. Há escolhas, há olhares e há história(s) que têm de ser resgatados e estudados.
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23.08.2013 | por Raquel Ribeiro
Encontrámo-nos há dois anos em Ipanema, Rio de Janeiro, onde Zézé Gamboa e alguns membros da equipa passam uns dias de descanso depois de intensa rodagem depois de terem filmado em Portugal e na Paraíba brasileira. Prepara-se “Grande Kilapy”, um filme que conta a história do Joãozinho das Garotas, um angolano que no tempo colonial dá um golpe nas finanças coloniais e espelha bem as incoerências de um regime. É hora de fazer o balanço desta experiência e dar a conhecer alguns aspectos do trabalho do mais consistente realizador angolano. Entretanto o Grande Kilapy acaba de estrear no Festival de Cinema de Toronto, com um belo elenco no qual se destaca o baiano Lázaro Ramos. Retomamos aqui esta conversa à espera que o filme venha para Portugal.
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18.11.2010 | por Marta Lança
Para o jovem realizador as prioridades para estimular a produção audiovisual nacional são a lei do cinema e a prática do mecenato cultural. Considera a formação uma peça-chave para consolidar referências cinematográficas: “fala-se muito nas novas tendências no audiovisual angolano, deve-se apoiar, claro, mas não lhes podemos chamar cinema”.
Cara a cara
03.11.2010 | por Marta Lança