Festa no Mocho - A festa é o momento de confraternização por excelência, quando diferentes gerações se juntam para comer, dançar e celebrar.
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20.10.2021 | por Otávio Raposo
Trabalhar sobre este momento traumático para história da cidade implica focar vítimas e agressores, mas implica também falar da estrutura social. Num breve retrato: um país com o mais longo império colonial, saído há duas décadas de uma guerra de grandes proporções pela manutenção das suas colónias e com acentuados fluxos migratórios vindos dessas ex-colónias, num momento marcado pela assinatura dos acordos de Schengen e por uma série de políticas nacionais de criminalização das migrações, vê, num dia de revisitação solar do seu passado colonial, um linchamento racial de largas proporções ser motivado pelas comemorações da efeméride.
Cara a cara
11.10.2021 | por Filipe Nunes
Kally e Ema percorrem as ruas da Quinta do Mocho para mostrar aos visitantes as obras que inauguram o neo-renascimento do bairro.
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28.09.2021 | por Otávio Raposo
Este seriado de 27 episódios dá a conhecer os habitantes, os artistas e a história da Quinta do Mocho. São micro-documentários etnográficos realizados pelo antropólogo e sociólogo Otávio Raposo, editados pelo antropólogo Filipe Ferraz, e com conceção gráfica e comunicação da antropóloga Gabriela Leal.
Esta série está integrada no projeto de investigação ArtCitizenship, que pesquisa “territórios não-institucionais de construção da cidadania e de participação na esfera pública”, procurando compreender os elos entre arte, criatividade e agência política.
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22.09.2021 | por Otávio Raposo
Este tipo de elaboração é em grande parte viabilizada pelo trabalho desenvolvido no âmbito do projeto Vídeo nas Aldeias. A abrangência destas ações atua em vários sentidos: não só permite pensar o universo indígena através da sua auto-representação, como igualmente promove uma inversão do olhar que nos oferece a possibilidade de percebermos como, nós, brancos, somos vistos na perspetiva ameríndia. Coloca-nos ao espelho e mostra-nos o que muitas vezes evitamos ver.
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30.05.2021 | por Anabela Roque
“O cinema colonial é sempre um confronto de dois olhares. Mesmo que um dos olhares esteja completamente subjugado, ele está lá. Há um momento em que alguém, que foi apanhado pela câmara, olhou para a câmara e, de repente, num simples olhar, transmite um mundo que, aparentemente, na retórica do filme, está completamente esquecido ou está completamente subjugado. Nenhum realizador colonialista, por mais que queira fazer propaganda, consegue fazer um plano escondendo toda a realidade”.
Palcos
07.03.2021 | por Mariana Carneiro
Portugueses de origem africana manifestam o orgulho comum do seu legado e cultural, reacriação e mistura. E é através da música que o perpetuam. Kuduro, Afrohouse, Ghetto, Funaná, Rap Crioulo, Batuque, são vários os estilos que procuram disseminar e fazer chegar aos mais diversos públicos. Ao longo do documentário observamos que todas estas vertentes musicais africanas unem as comunidades num ambiente de descontração e interação. E Portugal? Que papel tem nesta história? Desde sempre “senhorio”, quer em terras estrangeiras injustamente expropriadas, quer na sua própria “casa”. Se é assim acolhedor quanto se pinta, qual é a razão para tanta discriminação?
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20.10.2020 | por Alícia Gaspar
Perante esta campanha de ódio contra outras culturas, foi-se tornando cada vez mais imperativo difundir conhecimentos concretos e documentados, de modo a que, as pessoas que de nada verídico conheciam acerca dos povos pudessem ver que também estes são constituídos por pessoas normais, que praticam as mesmas atividades que os demais, apenas se expressam de maneira diferente. Embora tenha existido um esforço por parte dos autores para defender os povos aborígenes, estes sempre foram mal compreendidos, e algumas tribos chegaram mesmo a ser erradicadas por homens brancos que sentiam o seu privilégio racial posto em causa.
A ler
16.10.2020 | por Alícia Gaspar
Quando se trata de investimentos e cooperação brasileira na África, é impossível não ouvir falar do Corredor de Nacala, em Moçambique. É lá que estão duas das maiores empreitadas internacionais do país no campo da mineração e da cooperação para o desenvolvimento. A companhia Vale está presente na região desde 2004, explorando uma das maiores reservas de carvão de alta qualidade do mundo, a mina de Moatize. E
Vou lá visitar
11.11.2015 | por Mariana Santarelli
O projecto “Angola nos Trilhos da Independência“ tem atiçado a curiosidade de muita gente. Foram 57 meses, 900 horas de material audiovisual recolhido em território angolano e internacional, que contem cerca de 700 depoimentos de protagonistas da luta anticolonial. Tudo isto destinado a preservar a memória de um período na História que diz respeito a Angola e à luta de todos os povos sob ocupação colonial cujas memórias padecem ainda de ser registadas e pensadas.É uma epopeia de grande fôlego que implicou muitas viagens, adversidades, muita poeira e entusiasmo. Através dele, a equipa (e futuramente nós) ficou a conhecer um país sob todas as suas diversas camadas. O resultado sai em 2015 na senda das comemorações dos 40 anos da Dipanda.
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07.01.2015 | por Marta Lança
A partir de 1966, a luta pela independência de Angola teve como um dos principais cenários a região que se estende pela Lunda-Sul, Moxico, Kuando-Kubango e parte do Bié. O MPLA abriu a Frente Leste em 1966, desdobrando-se progressivamente em regiões e zonas várias. A UNITA começou a sua acção no mesmo ano, estabelecendo-se principalmente no Moxico entre os rios Luanguinga e Lungué-Bungo. A FNLA também actuou, em menor escala, no Alto Chicapa.
Vou lá visitar
30.09.2013 | por Associação Tchiweka de Documentação
Sábado, 26 de Janeiro a partir das 15h.
Culturas Documentadas.
15h Eduína Vaz com exposição de fotografia 'Culturas Cabo-Verdianas'.
16h Mário Correia com 'Recolhas, Património Imaterial', Terras de Miranda e Sendim.
17h Nataniel Melo com 'Viagem pela Cultura de um Povo' (viagem ao Senegal) Apresentação de filme documental.
Autoria: Mural Sonoro.
Parceria: Museu da Música.
Apresentação: Soraia Simões.
© 2013 Mural Sonoro no Museu da Música.
Mukanda
08.01.2013 | por Soraia Simões de Andrade
O ritmo Goema teve influências dos Khoi e dos escravos, trazidos do Sul da Ásia e de outros países Africanos, e tem também semelhanças com um ritmo encontrado em Kerala, no Sul da Índia, mas o Goema apresenta uma textura distintamente Africana.
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27.09.2012 | por Justin Davy
“o actor da dádiva não postula o controlo ou a redução das incertezas a seu favor, ele cria-as permanentemente e implica-se nelas, sujeitando-se aos seus custos e riscos. É que a principal aspiração do doador não é que o retorno – relativo à sua dádiva – seja o mais mecânico e garantido, mas que seja, sobretudo, um retorno livre, logo incerto e inseguro. É na base deste tipo de troca livre e incerta, permanentemente renovada, que emerge, se reproduz, e se consolida, horizontal e verticalmente, a coesão social primária e derivadas, a macro coesão estatal e a micro coesão mercantil.”
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13.08.2012 | por Rita Brás
As mulheres documentaristas, na maioria, têm-se revelado engajadas. Existem inúmeros obstáculos para os documentaristas africanos, que se prendem com o desenvolvimento dos países africanos, entre outros, a fraca industrialização, a má governação, a alta taxa de desemprego, a falta de infra-estruturas, a persistente pobreza. A crise financeira mundial dos últimos anos apenas agudizou a situação destes cineastas que vivem, actualmente, muitos problemas para trabalhar.
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10.07.2012 | por Soxna Amar
Filmado no Brasil, Guiné-Bissau e Cabo Verde, o documentário “Kilombos”, realizado por Paulo Nuno Vicente, transporta-nos pela memória oral das raízes africanas das comunidades quilombolas, cruzando-as com o território das suas manifestações culturais contemporâneas. A estreia do filme está agendada para 7 de Março, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.
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21.11.2011 | por Paulo Nuno Vicente
"Cartas de Angola" é um filme sobre o que foi a presença dos cubanos em Angola. Angola nunca aparece fisicamente e é apenas uma referência na capacidade de evocação dos cubanos. Ou seja, o que eles se lembram do que foi a passagem por Angola. Ouvir esses cubanos falar sobre Angola, lembra, às vezes, pessoas acabadas de acordar que contam os seus sonhos ou pesadelos. É intenso.
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24.10.2011 | por António Tomás
Não poderia haver melhor escolha, ao abrir o 6º Dockanema, que o filme de Patrício Guzman “Nostalgia da Luz “, numa edição que se propõe render homenagem ao cineasta Ruy Guerra, para mais uma vez reafirmar esse propósito.
Os primeiros filmes do Patrice Guzman foram mostrados em Moçambique logo após a independência, e ele é um dos raros realizadores cuja toda a obra cinematográfica foi mostrada no nosso país. Escolhi a Nostalgia da Luz, por ser, na minha opinião, o melhor exemplo disponível do documentário como memória de um povo.
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07.09.2011 | por Pedro Pimenta
Submissão, independência, mulheres negras nuas, mulheres brancas de véu, rituais de sacrifício, mulheres solteiras, casamentos poligâmicos, aids, amor: durante uma viagem pela África conheci mulheres de culturas completamente diferentes mas que vivem, igualmente, conectadas em seus espaços e tempos. A partir destes encontros surgirá um documentário longa metragem dando voz a estas mulheres e falando sobre o choque cultural entre estes vários mundos.
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20.06.2011 | por Eliza Capai
Mon beau sourire é um filme sobre a conservação da cultura africana: surgiu-me como forma de mostrar uma prática, considerada arcaica, num enquadramento moderno e dinâmico do ponto de vista de uma jovem mulher contemporânea. As tradições não são forçosamente arcaicas – isso depende da maneira como as apresentamos ou como as observamos.
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07.05.2011 | por Angèle Diabang Brener