O Instituto Marroquino de Estudos Hispano-Lusófonos lança um convite à reflexão plural e multidisciplinar sobre a convergência dos espaços civilizacionais mediterrâneo e atlântico para a realização da obra “África – Portugal – Brasil: Trajetória, memória e identidade”.
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05.08.2011 | por Mohammed ElHajji
É sabido que não há relação direta entre desenvolvimento económico e criação artística e cultural. Contudo, sabemos que há uma relação direta entre criação cultural e a sua recepção em regimes onde a democracia se instala e o desenvolvimento económico acontece. Os melhores exemplos de produção em países africanos ilustram-no.
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04.08.2011 | por António Pinto Ribeiro
É com intensa guerra de repressão em Angola, particularmente no norte, corpos expedicionários a partir de Portugal para Angola, e a PIDE a procurar controlar os africanos que se encontravam a estudar em Portugal, que se dá este acontecimento extraordinário: em Junho de 1961 saem de Portugal cerca de cem jovens das ex-colónias africanas, uma parte significativa deles, em duas acções que os levaram a atravessar o rio Minho, e todo o norte de Espanha, rumo a França, e a uma participação activa na longa guerra de libertação nacional dos seus países, que os conduziu à independência. O resultado foi a incorporação nos movimentos que lutavam pela independência de jovens que viriam a ser presidentes, ministros e intelectuais.
Mukanda
02.08.2011 | por Associação Tchiweka de Documentação
Passadas algumas décadas, a autora Margarida Paredes viria a confirmar mais uma vez o seu inconformismo criativo e político, com a publicação do romance "O Tibete de África". Editado numa década tão profundamente marcada pelo regresso de muitos escritores portugueses às memórias da “sua” África, O Tibete de África é muito diferente, pela multiplicidade de pontos de vista e pistas de leitura que oferece.
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02.08.2011 | por Jessica Falconi
Uma narrativa que é um relato apurado, baseado em longo trabalho de pesquisa sobre os [i]kuvale[/i], povo pastoril que vive na região sul de Angola e que vem sendo objeto das pesquisas antropológicas realizadas por Ruy Duarte de Carvalho desde o início dos anos 90.
Ruy Duarte de Carvalho
28.07.2011 | por Rita Chaves
Angola pós-independência, com seus conflitos e contradições, sua conturbada construção de uma identidade, as feridas abertas no período colonial e as dores e violências de uma guerra civil fratricida, os sonhos e pesadelos antagônicos de gerações, é o pano de fundo dos contos de Filhos da Pátria (Editora Record, 2008), do jornalista, poeta e professor universitário João Melo, editor da revista África 21.
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22.07.2011 | por Salim Miguel
No rescaldo do Dia de África, a ATD prossegue a evocação de acontecimentos de 1961 com a "Conferência dos líderes nacionalistas de países africanos não independentes" (Winneba, Ghana, 28 de Junho a 05 de Julho), homenageando assim um grande líder africano: Kwame Nkrumah (1909-1972).
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21.07.2011 | por Associação Tchiweka de Documentação
Este artigo de Gabriel García Márquez, extraído da 53ª edição da revista Tricontinental, de 1977, só inclui a primeira etapa da "Operação Carlota", pois o autor conclui com a derrota das forças que invadiram a nação angolana e o início da retirada gradual das tropas cubanas, em 1976, quando parecia que tudo tinha concluído. Contudo, tal como acordaram os presidentes Fidel Castro e Agostinho Neto, um número mínimo de tropas ficou em Angola para garantir sua soberania. A situação começou a complicar-se, e a luta se intensificou de novo, mais uma vez a África do Sul interveio, de maneira que se iniciou uma nova etapa da "Operação Carlota", que concluiu só 14 anos depois, com a derrota definitiva dos racistas sul-africanos. O último soldado cubano retornou no mês de maio de 1991.
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20.07.2011 | por Gabriel García Márquez
Com "Chaves das portas do social (notas de pesquisa e reflexão)", Carlos Serra, um dos mais intervencionistas sociólogos, revisita as manifestações de 2008 e 2010, que para ele são merecedoras de pesquisa aturada. Nesta viagem pelo “político-social”, que incidiu sobre os “cismos sociais”, passando pelos linchamentos, desafios dos nossos políticos e intelectuais, assim como pela questão da insegurança e direitos humanos, Serra esclarece que as suas abordagens não consistem em defender as “massas” acusando os governantes.
Cara a cara
17.07.2011 | por Celso Ricardo
Use sempre as palavras "África':"escuridão" ou "safari" no título. Os subtítulos podem incluir termos como "Zanzibar", "massai", "zulu","zambezi","Congo, "Nilo,"grande, "céu", "sombra" "tambor" "sol" ou "antigo".
Mukanda
15.07.2011 | por Binyavanga Wainaina
Angola porém, mesmo que até aqui não se tenha manifestado muito nos terrenos da análise social, existe ainda assim e também em relação a tal esfera de interesses. Só que à sua própria medida, quer dizer, "em grande" e sempre imprevisivelmente. É desta forma que, na sequência da constituição de uma associação de antropólogos e de sociólogos angolanos, está em curso em Luanda a criação de uma revista de ciências sociais. Chamado naturalmente a filiar-me na primeira, acedi também a integrar o conselho editorial da segunda. Como antes, e inapelavelmente, estou inserido no processo. De facto, embora possa contestar o bem fundado das verdadeiras intenções que terão levado à instituicionalização da associação, matéria que não desenvolverei aqui, nada tenho, em boa verdade, contra o aparecimento de uma tal formação de classe.
Ruy Duarte de Carvalho
11.07.2011 | por Ruy Duarte de Carvalho
Falar de zona de contacto, equivale a falar de distância e de proximidade, mas, sobretudo, do caracter precário e político das fronteiras culturais e das suas desigualdades. A forma como estes conceitos são articulados determina o modo como se define e interroga teorias e práticas de diálogo intercultural, questões de multiculturalismo e cidadania.
Jogos Sem Fronteiras
09.07.2011 | por Manuela Ribeiro Sanches
A meta-narrativa de "Filhos de Assassinos" ecoa na nossa história de país pós-colonialista que teve uma ditadura de quase cinquenta anos. E nisso (a meu ver) as suas encenações foram tanto mais interessantes quanto a dramaturgia se orientou para o comum, para a linguagem simples, para a vida de todos os dias, e não em direcção a uma ideia exoticizada de África e do Outro, ou a uma melodramatização de pendor trágico dos acontecimentos retratados.
Palcos
09.07.2011 | por Ana Bigotte Vieira
O presidente do Ruanda está a libertar os assassinos. Anos depois do genocídio tutsi, os perpetradores começam a regressar ao campo a conta-gotas, de volta às suas aldeias. Três amigos – nascidos durante o rescaldo sangrento do genocídio – preparam-se para conhecer os homens que lhes deram vida. Mas à medida que o dia do regresso se aproxima os rapazes são assombrados pelos crimes dos pais. Quem nos podemos tornar quando a violência é a nossa herança?
Palcos
09.07.2011 | por Katori Hall
Os temas que o Jornal Português – produzido de 1938 a 1951 com patrocínio do Estado Novo – abordou clarificam como o regime quis projectar a nação e pensou a relação do cinema com o público. Salazar vai ao cinema - O Jornal Português de actualidades filmadas não pôde desenvolver a análise desses temas nem tão pouco dar conta do caso de intercâmbio noticioso com o congénere espanhol, NO-DO. Salazar vai ao cinema - A “Política do Espírito” no Jornal Português propõe-se complementar, assim, a abordagem a essa colecção de actualidades cinematográficas.
Afroscreen
08.07.2011 | por Maria do Carmo Piçarra
Ao lado de expressões já consagradas, como expanded cinema, migração das imagens, film exposé e mesmo terceiro cinema, a noção de “passagens da imagem” foi usada, num determinado momento, para descrever o movimento da imagem cinematográfica para fora da sala, constitutiva e definidora do dispositivo clássico. A partir dos anos 1970, o cinema não só conquistou espaços (museus, galerias, centros de arte), como adquiriu novas formas. Uma das importantes exposições que iluminam esse processo intitulava-se justamente Passages de l'image.
Afroscreen
07.07.2011 | por Lúcia Ramos Monteiro
Olhando para trás, para a história do hip hop, iniciada nos States nos anos sessenta, da herança dos griots - os contadores de histórias, da tradição africana da oralidade - muita coisa mudou. É normal. Vivemos hoje na era alter-moderna, parafraseando Nicolas Bourriaud.
Palcos
07.07.2011 | por Redy Wilson Lima
Desde tempos remotos que cidadãos indianos de cultura hindu se estabeleceram em Moçambique, dinamizando o comércio e influenciando a cultura através da gastronomia, da música e do cinema. Oriundos em grande parte do estado de Gujarat, contam com importantes templos em Maputo, Inhambane e Ilha de Moçambique. Existe ainda o mítico «mandir» de Salamanga, erguido em homenagem ao santo Kalidas.
Cidade
06.07.2011 | por Cristiana Pereira
Texto de apresentação do livro "Baltasar Lopes, um homem arquipélago na linha de todas as batalhas", de autoria de Leão Lopes.
A ler
05.07.2011 | por Rui Figueiredo Soares
...incorporo a lusofonia como um debate, algo que se distancia de qualquer substância, um foco virtual que, tendo como referência a língua portuguesa, adquire uma dinâmica própria em distintos contextos nacionais. Longe de estarmos diante de um pensamento consensual, a lusofonia paira sobre situações de tensão que colocam estes distintos contextos em contato.
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03.07.2011 | por Omar Thomaz Ribeiro