"Estamos Aqui | Twina Vava | Nous Voici"

"Estamos Aqui | Twina Vava | Nous Voici" O livro "Estamos Aqui | Twina Vava | Nous Voici" é uma viagem pela cosmogonia kongo e o mote para o regresso da escritora Branca Clara das Neves ao "Mar de Letras".

Mukanda

08.07.2021 | por Branca Clara das Neves

Pã̃o Seco - pré-publicação

Pã̃o Seco - pré-publicação Quando a fome grassa no Rife, uma família parte para Tânger em busca de uma vida melhor. Nas noites passadas ao relento, nos becos da cidade, o pequeno Muhammad, orgulhoso e insolente, descobre a injustiça e a compaixão, a tirania da autoridade, a loucura labiríntica da miséria, o consolo das drogas, do sexo e do álcool. E é na prisão que um companheiro lhe desvenda as maravilhas da leitura, mudando para sempre a sua vida. Estreia do autor em Portugal, em tradução directa do árabe, 'Pão Seco' foi publicado originalmente em 1973, na tradução inglesa de Paul Bowles (For Bread Alone), quando os editores de língua árabe não estavam ainda preparados para o caos narrativo, a linguagem crua e a indisciplina gramatical que desafiavam a tradição e o «bom gosto». «Verdadeiro documento do desespero humano» (Tennessee Williams), obra de culto proibida até recentemente nos países árabes por tocar em tabus da sociedade magrebina, este avassalador romance autobiográfico consagrou o autor e continua a iluminar o caminho de várias gerações de renegados marroquinos. O BUALA pré-publica o primeiro capítulo de 'Pão Seco', publicado pela Antígona, em tradução direta do árabe pela mão de Hugo Maia.

Mukanda

07.07.2021 | por Muhammad Chukri

Memoirs na Brotéria

Memoirs na Brotéria Entre os dias 5 e 10 de Julho, o projeto Memoirs promove – em parceria com a Brotéria – um curso que quer criar ferramentas para que quem participa nele possa analisar e pensar criticamente a questão pós-colonial em Portugal, na Europa e no mundo. Para isso, partir-se-á de um conjunto de tópicos que tem vindo a preencher e questionar a atualidade do século XXI e as suas relações com o social, o político, o tempo e o espaço.

A ler

06.07.2021 | por Francisco Martins SJ

Areia e aprumo, Timbuktu

Areia e aprumo, Timbuktu Timbuktu nunca escolhe a via da esquematização ou do maniqueísmo e tratando da violência armada, da humilhação de um povo ocupado pela brutalidade de uma milícia, observa sobretudo as questões transculturais das paixões, da justiça e da morte; a linhagem de sangue, o direito à terra, a propriedade, os limites da lei e a dignidade cultural; numa meditação sobre o espaço de vida que resta entre o discernimento e a selvajaria. Assim, o imã explica aos jihadistas que, na mesquita, devemos descalçar-nos e usar a cabeça; Samita lembra a Kidane que usava uma arma antes de ter uma filha; Kidane, encarcerado, quer compreender as razões do amigo de infância entretanto radicalizado, a quem reconhece pelo olhar.

Afroscreen

05.07.2021 | por João Sousa Cardoso

Vida: os cinco elementos (V e último)

Vida: os cinco elementos (V e último) A vida organiza-se em rede. Os produtores primários produzem o seu próprio corpo que serve de alimento aos herbívoros que, por sua vez, são o alimento para os carnívoros. Os decompositores alimentam-se da morte de todos os anteriores. As relações entre produtores, consumidores (herbívoros e carnívoros) e decompositores regulam os ciclos em que a matéria é reciclada. Transferem entre si a energia do Sol, que só pode ser capturada pelos produtores primários. Em cada transferência de energia, a maior parte é perdida.

Corpo

05.07.2021 | por Yayo Herrero

"Só quero saber do que pode dar certo"

"Só quero saber do que pode dar certo" Sozinha, bebendo uma bica, penso nas estradas que me levaram ao sol, antes de estar tudo tão ocupado com a carreira, os filhos, e os editais. Sempre derivei para o sol, sem conseguir bem explicar. Estou tão cansada. Porque não me organizei a tempo de usufruir de um certo status? No entanto, vejo que está toda a gente farta dos maus vinhos, de comer o doce depois do salgado, e de esperar eternamente pelos arroubos de Verão. Quando foi que a magia se perdeu?

A ler

03.07.2021 | por Rita Brás

Lisboa Criola

Lisboa Criola Promover a diversidade, a representatividade e a igualdade são pilares desta missão conjunta, através da qual nos dedicamos a ser agentes ativos no fortalecimento e na criação de pontes por via da aproximação e da partilha de experiências, valorizando o respeito pelo “outro”, tendo como veículo a educação e a aprendizagem intercultural. É este o mote da Lisboa Criola, que nos une na diferença, abraçando o desafio de, através das artes e da cultura, aproximarmos e promovermos o diálogo entre pessoas de comunidades, culturas e origens diversas.

Cidade

29.06.2021 | por vários

Contos de Mar: resistências cruzadas

Contos de Mar: resistências cruzadas A América Latina banhada por oceanos com rotas cruzadas. Duas histórias de barcos que atravessam o Atlântico em sentido oposto. Viagens de luta mediatizadas e outras que se afundam num silêncio profundo. Navegantes aparentemente desconectados e sem relação, mas profundamente ancorados na resistência humana que os une em águas latino-americanas.

Jogos Sem Fronteiras

26.06.2021 | por Pedro Cardoso

Angolanos ilegais a caminho dos Estados Unidos: os ilegais

Angolanos ilegais a caminho dos Estados Unidos: os ilegais O fim do caminho. Cada vez mais angolanos chegam à fronteira do sul do México, vindos do Equador. Encontram um muro militar que não os deixa continuar. Alguns fintam as autoridades e conseguem chegar aos EUA e Canadá, onde se organizam para começar uma nova vida. Despedimo-nos de Ana e João. Reencontramo-nos com Luzia por quem a conheceu.

Jogos Sem Fronteiras

25.06.2021 | por Pedro Cardoso

Angolanos ilegais a caminho dos Estados Unidos: os passageiros

Angolanos ilegais a caminho dos Estados Unidos: os passageiros O caminho penoso e interminável da selva ficou para trás. Com poucas paragens, os angolanos Ana e João avançam pela Costa Rica, Nicarágua, Honduras e Guatemala. Nas esquinas das fronteiras, os esquemas de corrupção abundam. Passo a passo, juntam-se aos milhares de centro-americanos que também tentam chegar aos Estados Unidos.

Jogos Sem Fronteiras

25.06.2021 | por Pedro Cardoso

Como descolonizar as nossas cidades?

Como descolonizar as nossas cidades? ReMapping Memories Lisboa – Hamburg: Lugares de Memória (Pós)Coloniais propõe pensar a relação da cidade com a colonialidade: o modo como o colonialismo e a resistência anticolonial são transmitidos na memória coletiva, nos vestígios materiais e no espaço público das cidades portuárias de Hamburgo e Lisboa. Partindo destes dois antigos centros do colonialismo europeu, procura-se evidenciar como as relações de poder de matriz colonial perduram até hoje, e encontrar modos de inscrever outras histórias nos debates sobre as disputas de memória e estratégias de descolonialização das cidades europeias.

Cidade

24.06.2021 | por vários

Conversas sobre racismo e pós-colonialismo - "Pele escura - da periferia para o centro", de Graça Castanheira

Conversas sobre racismo e pós-colonialismo - "Pele escura - da periferia para o centro", de Graça Castanheira Pele escura - da periferia para o centro", de Graça Castanheira, parte de uma ideia original de Kalaf Epalanga. Representa a viagem da periferia ao centro de seis amigos afrodescendentes, inscrevendo-se na paisagem branca e nas suas marcas exteriores de prosperidade.

Vou lá visitar

24.06.2021 | por vários

“Não podemos por o gênio de volta na lâmpada”: uma conversa com Chiké Frankie Edozien

“Não podemos por o gênio de volta na lâmpada”: uma conversa com Chiké Frankie Edozien Então eu comecei a pensar que se essas pessoas não conseguiam encontrar ninguém para conversar, e se este seria o registo das nossas vidas naquele momento histórico, eu precisaria fazer um mergulho profundo nessas vidas, nessas histórias. À medida que o projeto foi avançando, ficou claro para mim que a melhor coisa que eu podia fazer era escrever um livro.

Corpo

23.06.2021 | por Caio Simões de Araújo

"Ciclo Perpétuo": Memórias (re)aparecidas e práticas decoloniais no Tarrafal, Cabo Verde

"Ciclo Perpétuo": Memórias (re)aparecidas e práticas decoloniais no Tarrafal, Cabo Verde Hoje o Tarrafal é um museu e monumento nacional e, desde 2004, integra a lista indicativa de Património Mundial da UNESCO. Portugal, para além de ter ajudado com a criação e desenvolvimento deste museu, anunciou em 2019 que iria apoiar Cabo Verde com a sua candidatura do Tarrafal à UNESCO. Recentemente, foram levadas a cabo obras de restauro do espaço, por uma empresa portuguesa, e no próximo 5 de Julho, os governos de Cabo Verde e Portugal vão assinar um memorando de entendimento para a candidatura deste espaço à UNESCO.

Mukanda

21.06.2021 | por Sofia Lovegrove

Esculpir a paisagem com o tempo (e os gestos) em "O movimento das coisas"

Esculpir a paisagem com o tempo (e os gestos) em "O movimento das coisas" Este é um filme de restituição. Um dos legados de António Ferro e da sua “política do espírito” foi a estetização e aportuguesamento do mundo rural – dos gestos, dos modos de vestir e de habitar e mesmo da paisagem, com uma tentativa de definição estrita da “casa portuguesa”. O modelo, nacionalista, eliminou a crónica da pobreza, abstraiu-se dos caminhos de mau piso, alagados; escondeu o estrume e as lenhas, escamoteou que pessoas e animais partilhavam espaços.

Afroscreen

16.06.2021 | por Maria do Carmo Piçarra

Blues para Emmett Till

Blues para Emmett Till O choque gerado pelo crime hediondo não se ficou a dever, todavia, à morte de um rapazinho negro no Mississípi, acontecimento não tão raro assim, nem sequer à comoção suscitada pelo desfecho judicial deste caso, expectável por aquelas bandas, sobretudo naquela época. O que mais emocionou a América foi, isso sim, o facto de não ter podido evitar confrontar-se com uma visão arrepiante e brutal, a visão do cadáver de uma criança, horrivelmente desfigurado, exposto perante todos.

A ler

16.06.2021 | por António Araújo

A transmissão das danças da diáspora africana

A transmissão das danças da diáspora africana É preciso defender o património cultural e reconhecimento a todos os agentes culturais espalhados pela diáspora que fazem o trabalho de documentar e de promover o nome de Angola num espaço global e digital enquanto, ironicamente, em Angola e em Portugal, as danças “sociais” da diáspora africana ainda são vistas como algo apenas recreativo, com baixo teor artístico, e não algo que possa ser valorizado, documentado ou apoiado financeiramente.

Palcos

15.06.2021 | por Iris de Brito

Já são conhecidos os vencedores do Arquiteturas Film Festival

Já são conhecidos os vencedores do Arquiteturas Film Festival De 1 a 6 de junho, no Cinema São Jorge, em Lisboa, o Arquiteturas Film Festival reafirmou a importância de uma plataforma para a disseminação da cultura arquitetónica. Celebrou também o cinema produzido em Angola, país convidado. Para além do programa de filmes, o tema do festival foi explorado através de exposições e de um ciclo de debates abordando questões culturais, territoriais e sócio-económicas próximas da comunidade angolana e afrodescendente em Lisboa.

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09.06.2021 | por vários

Cafés e cinemas da Almirante Reis que contam uma história da resistência

Cafés e cinemas da Almirante Reis que contam uma história da resistência A Liberdade pode ser a avenida-símbolo do 25 de Abril, mas outras vias de Lisboa também tiveram papel importante de resistência nos anos sombrios. A Almirante Reis tem algo a dizer sobre o assunto: sobre os seus teatros, cafés e cinemas que foram refúgios de ativistas, intelectuais e artistas, reunidos em volta de uma chávena a conspirar e, principalmente, a sonhar com outros melhores dias, livres dos tons de cinza do Estado Novo.

Cidade

08.06.2021 | por Álvaro Filho

Nós por lá. Notas de Lisboa sobre postais

Nós por lá. Notas de Lisboa sobre postais “Nós por cá, todos bem” é a expressão que ficou da correspondência dos anos 60 e 70. O que é mais interessante nesta expressão não é o “todos bem”, que era o que era sempre apropriado dizer, nem o “cá”, que remete para uma metrópole a comunicar com terras distantes, tão apaixonantes quanto ameaçadoras, mas o “nós”. O que é que significa que o “nós” fosse o pronome que fica desse tempo?

Cidade

08.06.2021 | por Susana Moreira Marques