Nova exposição - Europa Oxalá

Até 22 agosto, Galeria Principal – Edifício Sede

Seis dezenas de obras de pintura, desenho, escultura, filme, fotografia e instalação de 21 artistas afro-europeus (filhos ou netos de quem nasceu ou viveu em Angola, Madagáscar, Congo, Benim, Guiné e Argélia) vêm alimentar a reflexão sobre o racismo, a descolonização das artes, o estatuto da mulher na sociedade contemporânea ou ainda a desconstrução do pensamento colonial. Não perca a visita-conversa com o curador António Pinto Ribeiro e os artistas e curadores Katia Kameli e Aimé Mpane, marcada para sexta-feira, dia 4, às 17:00.

04.03.2022 | por Alícia Gaspar | cultura, europa Oxalá, exposição, Gulbenkian, visita conversa

O Poder da Palavra III

“Mulheres”: navegando entre a presença e a ausência

Antologia do Iskandar SultaoAntologia do Iskandar Sultao

A terceira edição do projeto O Poder da Palavra propõe uma intervenção expositiva na Galeria do Oriente islâmico do Museu centrada no tema Mulheres: navegando entre a presença e a ausência.

O Poder da Palavra é um projeto curatorial participativo no Museu que envolve um grupo diversificado de pessoas que se expressam em várias línguas – árabe, persa, turco e português – e vivem em Lisboa.

A terceira edição explora o tema

e manifesta-se na Galeria do Oriente Islâmico com uma intervenção expositiva que procura transformar este espaço num local de reflexão e de encontro com histórias de vida de mulheres que povoam os objetos da coleção, estendendo-se do Egito até à Índia, do século XII até aos dias de hoje.

24 junho 2021 a 31 março 2022

vários horários

Fundação Calouste Gulbenkian

04.03.2022 | por arimildesoares | cultura, Fundação Calouste Gulbenkian, lisboa, mulheres, O poder da palavra

Open Call Catchupa Factory 2022

A iniciativa Catchupa Factory – Novos Fotógrafos 2022 é um programa de incentivo à criação artística em formato de residência artística, dirigido a fotógrafos e artistas emergentes dos PALOP. Durante um período de 3 semanas de trabalho intensivo, os participantes são orientados na concepção e criação de um projecto fotográfico, sendo privilegiada a construção de uma estrutura narrativa.

O trabalho de campo, pesquisa e experimentação são acompanhados por sessões teóricas em torno de questões críticas relacionadas com fotografia contemporânea Africana. A residência culmina numa sessão pública de apresentação e mostra dos projectos resultantes.


Objetivos

– Fomentar a criação de uma rede de fotógrafos e artistas emergentes dos PALOP; – Estimular o reconhecimento e a visibilidade internacional do trabalho autoral em fotografia dos participantes;

– Incentivar a mobilidade de artistas e obras de arte;

– Promover a formação avançada ao nível da concepção, desenvolvimento e edição do projecto fotográfico;

– Proporcionar um espaço dedicado de criação, diálogo e partilha entre fotógrafos e artistas dos PALOP e de África;

– Proporcionar o contacto dos participantes com curadores e educadores internacionais de destaque no âmbito da fotografia contemporânea Africana; – Promover o emprego e a profissionalização do trabalho artístico em fotografia.

Organização

AOJE Associação de Fotografia

Principal Entidade Financiadora 

Fundação Calouste Gulbenkian

Parceiros

Colectivo Pés Descalços (Angola), Ci.CLO Plataforma de Fotografia (Portugal), Centro Nacional de Artesanato e Design (Cabo Verde)

Formador Residência Artística
Akinbode Akinbiyi (Nigéria / Alemanha) https://www.documenta14.de/en/artists/13555/akinbode-akinbiyi

Formador Assistente
Diogo Bento (Portugal / Cabo Verde) https://www.diogobento.com

Destinatários
Fotógrafos e artistas emergentes dos PALOP que desenvolvam a sua prática artística no campo da fotografia.

Candidaturas
Envio de Portfólio, Currículo e Carta de Motivação, através de formulário no endereço: https://forms.gle/Cjn5vdko6Rf8HPpD6

Período de Candidatura

15 de Fevereiro a 15 de Março de 2022

Comunicação Publica dos Resultados

Abril de 2022

Número máximo de Participantes

7 fotógrafos e artistas emergentes dos PALOP.

Condições de Participantes
A todos os participantes será oferecido um budget para criação artística e produção das obras finais.
A possibilidade de atribuição de bolsas de participação, relativas a apoio a viagem, estadia e alimentação, será acordada individualmente após divulgação dos resultados.* Todos os participantes deverão estar totalmente disponíveis e comprometidos durante os dias de formação, concepção do projecto e apresentação dos resultados.

Qualquer pedido de esclarecimento poderá ser enviado para o contacto aoje.cv@gmail.com

Edições Anteriores

 

 

03.03.2022 | por Alícia Gaspar | Akinbode Akinbiyi, AOJE, Catchupa Factory, Diogo Bento, fotografia, open call, PALOP

Europa Oxalá

GULBENKIAN
4 de Março a 22 de Agosto de 2022

Amanhã dia 3, pelas 18 h, inauguramos a exposição Europa Oxalá, na Fundação Gulbenkian. No final do projeto Memoirs começamos a ter o real impacto e a levar o tema para outros lados através da curadoria de António Pinto Ribeiro, Katia Kameli e Aimé Mapne e o empenho de 4 instituições: o MUCEM, em França, onde a exposição já esteve, a Fundação Gulbenkian em Lisboa onde vai inaugurar, o Africa Museum em Tervuren na Bélgica a partir de 6 de Outubro e o Centro de Estudos Sociais, Universidade de Coimbra onde esteve o projeto Memoirs Filhos de Império e Pós-memórias Europeias (European Research Council).

De Março a Agosto a FCG preparou um programa que acompanha a exposição com conferências, cinema, teatro, música. Em breve a programação será divulgada pela Gulbenkian.
Amanhã pelas 18 h na Fundação Gulbenkian é um momento grande. Contamos convosco.

EUROPA OXALÁ é uma exposição sobre a Europa jovem que está a acontecer agora e que se quer construir como lugar de um futuro inclusivo, diverso, democrático e livre. Filhos de impérios europeus, os artistas e intelectuais que fazem EUROPA OXALÁ trazem para a cena cultural e artística a herança colonial que os modela e que foi o ponto de partida para o trabalho de investigação e de produção que agora se expõe.

+INFO

03.03.2022 | por Alícia Gaspar | Europa, europa Oxalá, exposição, Gulbenkian, Projeto Memoirs

“A Guerra Guardada” – Cronologias da guerra: conversa à volta de uma peça em exposição

4 de Março de 2022 - 16h00 no Museu do Aljube


Cronologias da guerra: conversa à volta de uma peça em exposição será mais um evento da exposição “A Guerra Guardada – Fotografias de Soldados Portugueses em Angola, Guiné e Moçambique (1961-74)”, com Rui Lopes, investigador do Instituto de História Contemporânea (NOVA) e Mariana Carneiro, jornalista (esquerda.net).

Entrada livre, sujeita a inscrição em: inscricoes@museudoaljube.pt

02.03.2022 | por Alícia Gaspar | a guerra guardada, cronologias da guerra, mariana carneiro, museu do aljube, rui lopes

Residência Criativa Audiovisual UPCycles 2022

Open Call até 31 de Março


Caros jornalistas,

A Associação Amigos do Museu do Cinema em Moçambique (AAMCM) vem por este meio comunicar abertura das candidaturas de projetos para a 3ª edição da Residência Criativa Audiovisual UPCycles.

Com a primeira edição em 2019, a UPCycles viu-se forçada a adiar as suas atividades em 2020, devido às restrições de mobilidade internacional, e concretizou a segunda edição em 2021.

Este ano, teremos o orgulho de receber em Maputo, as duas tutoras Ângela Ferreira (PT/SA) e Rita Rainho (PT/CV) e as/os sete artistas seleccionados/as, no processo de candidatura que agora decorre, até ao dia 31 de Março.

Basta inscrever-se, preenchendo o Formulário: https://forms.gle/YW6vNyRSy4mkwpAv5

Com um programa de dois meses de tutoria à distância e um período de residência presencial, em Maputo, que decorrerá de 28 de Agosto a 10 de Setembro, esta iniciativa da AAMCM culmina como habitualmente com a exposição na Fortaleza de Maputo.

Financiada pela Fundação Calouste Gulbenkian, com apoio da Fortaleza de Maputo, Centro Cultural Franco-moçambicano, Centro Cultural Português, em Maputo e Instituto Nacional das Indústrias Culturais e Criativas, a UPCycles tem como objetivo proporcionar experiência de aprendizagem e de intercâmbio e desenvolvimento profissional para jovens artistas interdisciplinares emergentes, dos PALOP.

Consultas ao Regulamento: https://www.facebook.com/upcyclespalop

Mais informações pelo e-mail: upcycles2019@gmail.com

01.03.2022 | por Alícia Gaspar | AAMCM, Centro Cultural portugues, Gulbenkian, Moçambique, open call, residência criativa audiovisual, upcycles

Coreógrafo congolês Faustin Linyekula estreia espetáculo sobre Lisboa no D. Maria II

Esta quinta-feira, dia 3 de março, estreia-se na Sala Garrett do Teatro Nacional D. Maria II Lisbon, My Lisbon, nova criação do bailarino e coreógrafo congolês Faustin Linyekula, que procura explorar a relação íntima de vários artistas com a cidade de Lisboa.

Imagem de Filipe FerreiraImagem de Filipe Ferreira

Como as ondas que rebentam na costa, que recuam e voltam, múltiplos destinos encalharam em Lisboa, por escolha, acaso ou necessidade… Para criar Lisbon, My Lisbon, Faustin Linyekula foi ao encontro de artistas que um dia chegaram a Lisboa, vindos de outro local, para explorar a relação que têm tecido, cada um à sua maneira, com esta cidade. Diogo Cardoso, Fernando Chainço, Janice Iandritsky, Joana Pialgata, Nádia Yracema e Valentina Parravicini são os performers e cocriadores que, em palco, abordam essa relação com a capital portuguesa.

Lisbon, My Lisbon marca, assim, o regresso do coreógrafo congolês a Lisboa - onde foi já o “Artista na Cidade” de 2016, desta vez, para apresentar uma criação que parte da ligação à própria cidade.

Uma produção do Teatro Nacional D. Maria IILisbon, My Lisbon estará em cena na Sala Garrett de 3 a 13 de março.

No dia 6 de março, domingo, às 16h, haverá uma conversa com os artistas após o espetáculo.


Ficha artística

Conceito e direção: Faustin Linyekula

Cocriação e performance: Diogo Cardoso, Fernando Chainço, Janice Iandritsky, Joana Pialgata, Nádia Yracema, Valentina Parravicini

Cenografia: Faustin Linyekula

Figurinos: Aldina de Jesus

Desenho de luz: Daniel Varela

Desenho de som e vídeo: Franck Moka

Assistente de encenação: Mariana Cabral

Assistência de cenografia: Joana Sousa

Produção: Teatro Nacional D. Maria II

Apoio: Força Aérea Portuguesa, Museu do Ar

01.03.2022 | por arimildesoares | faustin linyekula, lisboa, Lisbon My Lisbon, Sala Garrett, Teatro Nacional D. Maria II

Temos de Falar, à conversa com Gisela Casimiro

Quinta, 10 de Março | 18H 

Maria Giulia Pinheiro e Irmà Estopiña.

Sexta, 22 de Abril | 18H 

Paula Cardoso e Manuel Arriaga.

Em Lisboa, na Livraria Barata

Entrada livre sujeita à lotação da sala


28.02.2022 | por Alícia Gaspar | ciclo de debates, Gisela Casimiro, livraria barata, lugar de cultura, temos de falar

Cultural Workers Against the Ongoing War in Ukraine

Open Letter

To sign please go to Change.org Signature List https://chng.it/2hdHLqrLp8
To contact us: culturalworkersagainstwar@gmail.com

We, cultural workers in Berlin and other places, raise our voices to state that we stand strong and firm with Ukraine. We protest against the ongoing and escalating Putin-led Russian aggression against the people living in Ukraine.

Putin’s military invasion threatens millions of civilians, pensioners, care workers, children, and regular inhabitants. Putin’s repression particularly targets the lives and health of political activists, the LGBTIQ+ community, cultural workers, journalists and other civilians as well as the exiled Belarusian opposition in Kyiv and in other Ukrainian cities. It targets us and our friends in order to destroy the tissue that keeps our communities connected and breathing.

Ukrainian territory has been violated by Russian aggression since the illegal annexation of Crimea in 2014. The country has been pulled into a defensive war by Russia’s incursion into Ukraine’s Donetsk and Luhansk regions, under the cover of so-called local separatist movements, beginning in 2014.

In these territories disappearances, kidnapping, torture and imprisonment reportedly take place. In previous moments of political destabilisation, like the Euromaidan uprisings in 2014 in Kyiv, cases of kidnapping and torture of journalists and activists have been documented.

Whoever has experienced the effect of this kind of repression through intimidation, torture and fear on our societies, like the Belarusian and Russian oppositional movements, knows: There is no invasion which is negotiable. There is no legitimation for repression and invasion. There is no degree of repression we can silently witness without being complicit.

We call on all our fellow cultural workers to raise their voices, to stretch their political empathy, to activate their political courage, to refresh their political memory and to stand up in support of our colleagues, friends, allies, and their (chosen) families.

As we stand together we work towards forming even stronger bonds and deeper alliances with each other. Let us, cultural workers, stand together, to put our weight on public opinion: We demand decisive and firm support of the people living in Ukraine.

The Undersigned
February 2022

http://culturalworkersagainstwar.org/

28.02.2022 | por Alícia Gaspar | cultural workers, end war, stop putin, ukraine

CIAJG 10 Anos | Conversa com Mario Lúcio e Manuela Ribeiro Sanches

No próximo dia 5 de março, às 16h00, Mario Lúcio e Manuela Ribeiro Sanches protagonizam a conversa intitulada “Depois das colonizações?”.  

Marta Mestre, curadora geral do CIAJG, modera a conversa que será precedida pela apresentação do programa artístico do museu, previsto para 2022.

Esta é a primeira conversa do ciclo de debates “Para um novo enredo de vozes” que reflete sobre o museu, a coleção e a cidade. Pensar o museu na encruzilhada de um mundo dividido, olhar a coleção para além de um ponto de vista eurocentrado, e perspetivar o projeto cultural da cidade. Este ciclo conta com a participação de pesquisadores, artistas, ativistas, curadores/as e teóricos/as, e decorre ao longo do ano, em vários encontros no CIAJG.

Mario Lúcio (Cabo Verde) é músico, ativista e pensador. Foi Ministro da Cultura de Cabo Verde. É autor de “Manifesto a Crioulização” (2021). É uma das figuras mais reconhecidas da cena cultural e musical cabo-verdiana, tanto local como internacionalmente.  

Manuela Ribeiro Sanches (Portugal) é uma das introdutoras do pensamento pós-colonial em Portugal. É autora de “Portugal não é um país pequeno: Contar o império na pós-colonialidade” (2006). É professora auxiliar com agregação aposentada da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. 

Entrada gratuita, até ao limite da lotação da sala

28.02.2022 | por Alícia Gaspar | ciajg, ciclo de debates, manuela ribeiro sanches, mario lúcio, marta mestre, pós-colonialismo

Artistas moçambicanas apresentam exposição pela primeira vez em Lisboa

Taíla Carrilho e Nália Agostinho exibem “Sinergia de Emoções” no Espaço Espelho D’Água


Dia 26 de fevereiro o Espaço Espelho D’Água inaugura a exposição “Sinergia de Emoções”, de Nália Agostinho e Taíla Carrilho, artistas plásticas e ativistas moçambicanas baseadas em Maputo.

É a primeira vez que as duas expõem juntas e também é a primeira vez em Portugal. Estão presentes nas obras as questões de género, discriminação, inclusão e exclusão social das mulheres em Moçambique e no continente africano como um todo, em um ambiente com transformação sociocultural acelerada, onde existe um processo de desvalorização e desqualificação da mulher em todos sectores. Faz ainda parte do interesse criativo das artistas temas relacionados com o isolamento e a emoção afetada pelas questões da crise atual.

São 20 obras – uma série de pinturas, desenhos e ilustrações com o uso de acrílico, pastel de óleo, carvão e tinta de óleo, tinta da China e aquarelas sobre a tela e papel. Para além dos pormenores indicados, elas usam a literatura em momentos de pausa para complementar o seu processo criativo, recorrendo, neste caso, à poesia e à prosa.

A exposição é resultado de um grande mergulho interno para a autoanálise fundamental, que comprova a necessidade de aprender a lidar com as mudanças, as perdas e os ciclos. Pela herança africana, Taíla e Nália percebem a morte como uma das poucas certezas da vida. De acordo com suas crenças, a morte não significa um ponto final e sim uma mudança de estado, deixando de lado o corpo físico para dar lugar a outra forma de estar no espaço. E isto se aplica no sentido literal e figurado. Não existe um fim, existe uma transformação.

É o que se vê em uma das obras de Nália, “Nobreza da Alma” – uma mulher em movimento, braços esticados ao ar em busca de um futuro, cheia de energia positiva, mas presa nos traços do passado. A obra reflete melhor a realidade corrente de Moçambique sobre a agonia e a passagem do tempo. Enquanto isso, um quadro de Taíla mostra uma mulher mergulhada no meio de um abismo colorido, cheia de angústia, mas também de esperança. Tudo à sua volta parece não fazer sentido, mas por baixo da tela nota-se uma diversidade de escolhas.

A exposição pode ser visitada até o dia 20 de março.

Sobre Taíla Carrilho

Nasceu em Maputo, em 1984, e é licenciada em Design Gráfico pela Cape Peninsula University of Technology, Cape Town. Vinda de uma família de artistas, cedo desenvolveu, naturalmente, o gosto por desenhar, pintar e cantar. Mais tarde veio a paixão por escrever poesia e, recentemente, por declamar. É co-fundadora da RUUM, desde novembro de 2013, uma galeria criativa de objectos de design, feitos à mão, com recurso a materiais locais. A concepção destes objectos surge da necessidade de criar peças artísticas à sua imagem e com o seu DNA.As peças, os objectos e as intervenções em que se envolve combinam características lúdicas, utilitárias e inovadoras.

Valores com os quais tenta buscar a exclusividade no trabalho que faz, um trabalho impregnado do lugar e do tempo em que está.  Um trabalho feito em Moçambique com os materiais e as sugestões encontradas à sua  volta.

Em 2018 fundou a CONFORME com a ajuda de amigos e familiares. Uma plataforma que tem o objectivo a consciencialização e educação sobre Anemia Falciforme em Moçambique.

Sobre Nália Agostinho

Nasceu em Maputo, em 1990.  As raízes da sua infância estão na Polana e no Chamanculo, bairros da Capital de Moçambique, repleto de texturas cruas, padrões, cheiros e o jeito caótico de ser. Seu amor pela arte começou durante sua infância, incentivada por seu falecido pai, que era um amante das artes e da música. 

Se formou em Ciências Políticas em Trento, Itália, onde viveu, estudou e trabalhou por quase uma década. Frequentou a Escola Nacional de Música, onde completou a sua formação com uma certificação em Dezembro de 2006. Em 2018 decidiu começar a pintar profissionalmente, como uma necessidade de expressão do seu verdadeiro eu.

Suas visões sobre a Pintura baseiam-se em uma percepção de osmose da vida, onde tudo o que ser humano tende a ser e expressar é fortemente movido entre as expectativas internas e externas, os cenários micro e macro, os pólos positivos e negativos.

Sobre o Espaço Espelho d’Água

O Espaço Espelho D’Água resulta de um concurso público organizado em 2012 pela Associação de Turismo de Lisboa – ATL para a exploração de parte de um edifício localizado na emblemática zona de Belém, em frente ao rio Tejo. O espaço compõe uma área de 1.200 m2 e foi inicialmente construído em 1940 durante a Exposição do Mundo Português.

O mote do projeto é o de que neste local, onde há cinco séculos os portugueses partiram para o mundo, seja agora uma plataforma de conexões culturais onde se traga as culturas contemporâneas das diferentes regiões por onde os portugueses andaram nessa aventura durante as grandes navegações.

Desta forma criou-se um espaço onde há atividades de gastronomia, exposição de arte e design, música, cinema e vídeo, entre outras formas de divulgação cultural. Tendo presente todo enquadramento histórico do local, e o que ele representa na atual conjuntura mundial, visa criar um ambiente artístico e cultural que reflita sobre a relação dos portugueses com o mundo e do mundo com os portugueses.

Apresentar neste local as mais variadas formas de expressão cultural contemporânea dos países que se relacionam historicamente com Portugal é a principal premissa do projeto que esteve na base da criação do Espaço Espelho D’Água.

SERVIÇO: Sinergia de Emoções

Local: Espaço Espelho D’Água

Endereço: Av Brasília, Edifício Espelho D’Água (ao lado do Padrão dos Descobrimentos) Inauguração: 26 de fevereiro, às 17h

Horário de visitação: diariamente, das 11h à 0h

Período: 26 de fevereiro a 20 de março de 2022

Entrada gratuita

 

24.02.2022 | por arimildesoares | espaço espelho d'agua, exposição, lisboa, Nália Agostinho, Sinergia de Emoções, Taíla Carrilho

Novo livro: Marfins Africanos no Mundo Atlântico

Novo livro do Centro de História da Universidade de Lisboa reúne os maiores especialistas mundiais na história da produção e do comércio de marfins africanos


O Centro de História da Universidade de Lisboa publica African Ivories in the Atlantic World, 1400-1900. Marfins Africanos no Mundo Atlântico, 1400-1900, obra coletiva dedicada à história da produção e circulação de esculturas africanas em marfim e de tráfico de marfim em bruto. Reunindo contributos de autores da Europa, África e América, estes 21 estudos apresentam, entre outras, novas visões sobre o papel dos africanos na produção dos marfins, a sua relação com a escravatura ou o colonialismo. Os textos foram submetidos a um apertado crivo de avaliação científica por uma comissão de 40 especialistas independentes. A coordenação é dos professores José da Silva Horta, Carlos Almeida e Peter Mark, especialistas em história de África.

Embora fosse um dos produtos mais importantes no comércio atlântico, a historiografia tem relegado o estudo desta matéria-prima para um plano secundário. Esquecido tem sido também o papel dos artistas africanos na escultura dos objetos trabalhados em marfim. A obra agora dada à estampa demonstra a importância do comércio do marfim, em bruto e trabalhado, e dos artistas africanos que o esculpiram. Pensa-se os marfins afro-portugueses, um corpus de objetos artísticos com características híbridas, como produções africanas, e identificam-se obras antes negligenciadas.

A nova publicação surge no seguimento do projeto de investigação «Marfins Africanos no Mundo Atlântico: Uma Reavaliação dos Marfins Luso-Africanos», que decorreu entre 2016 e 2019, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia e sediado no Centro de História da Universidade de Lisboa. O trabalho desenvolvido terá seguimento com a criação de uma rede internacional de investigação, que irá reunir historiadores e outros especialistas dedicados ao estudo dos marfins africanos e ficará sediada no Centro de História da Universidade de Lisboa.

O lançamento decorre hoje, dia 24 de fevereiro, na Biblioteca da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, sala B.112.B, às 17h00.

Terá transmissão em direto pela plataforma Zoom, com as seguintes credencicias: https://videoconf-colibri.zoom.us/j/83317267779 | ID da reunião: 833 1726 7779 | Senha de acesso: 663110.

African Ivories in the Atlantic World, 1400-1900. Marfins Africanos no Mundo Atlântico, 1400-1900 encontra-se disponível para download gratuito em: https://repositorio.ul.pt/handle/10451/50982

24.02.2022 | por Alícia Gaspar | carlos almeida, FLUL, história de áfrica, josé da silva horta, lançamento, livro, Marfins Africanos no Mundo Atlântico, peter mark

MDOC organiza curso de verão sobre Antropologia Visual e Cinema

Festival minhoto regressa a Melgaço entre 1 e 7 de agosto

A ter lugar entre os dias 1 e 6 de agosto, o Fora de Campo abriu já o seu período de inscrição. O curso parte de projetos de pesquisa e narrativas digitais e audiovisuais para propor um debate em torno das relações entre a antropologia e o cinema, abrindo espaço para a troca de ideias e o contacto entre o contexto académico, as redes profissionais, as associações científicas e os cineastas. A ter lugar em paralelo ao festival, este curso de verão destina-se a agentes culturais, educadores, documentaristas e curiosos das temáticas das identidades. O curso é coordenado por José da Silva Ribeiro, membro da AO NORTE e ID+. Os preços e programa podem ser consultados em detalhe no website do evento.

Com um corpo de orientadores composto por investigadores portugueses e estrangeiros, o Fora de Campo 2022 dará particular atenção a questões relacionadas com as metodologias audiovisuais participativas, destacando o lugar do documentário e da antropologia visual na criação de novos espaços para uma compreensão crítica da realidade, capaz de desconstruir discursos hegemonicamente textualizados pelos processos de colonização. Em discussão estarão ainda os processos de aproximação a comunidades e o lugar das práticas artísticas comunitárias na área do cinema, assim como a reflexão sobre a forma como o uso de acervos e arquivos audiovisuais podem abrir novos espaços de compreensão histórica e os pontos de conexão entre os olhares dos antropólogos e dos cineastas.

O programa formativo do Fora de Campo está organizado em torno de momentos Ponto e Contra-Ponto. No Ponto, os convidados apresentam projetos resultante da sua investigação pessoal ou prática artística, no Contra-Ponto novos convidados questionam, a partir da investigação ou das práticas e experiências que têm, o que foi apresentado. O Fora de Campo integra ainda um dia de programa intensivo, Salto a Melgaço, que inclui a projeção de filmes, visitas guiadas às exposições, ao Museu de Cinema Jean-Loup Passek e ao Espaço Memória e Fronteira, assim como momentos de encontro e convívio.

O Fora de Campo é uma iniciativa da AO NORTE, através do seu Grupo de Estudos de Cinema e Narrativas Digitais e do ID+ Instituto de Investigação em Design, Media e Cultura em colaboração a Câmara Municipal de Melgaço, o Museu Nacional de Etnologia a Red de Investigación en Antropología Audiovisual / Rede de Pesquisa em Antropologia Audiovisual (RIAA), a Universidad Rey Juan Carlos (URJC), a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e o Festival Internacional do Filme Etnográfico do Recife.

Fora de campo: programa resumido

SEG, 1 AGO

Estreia dos documentários realizados na Residência Cinematográfica PLANO FRONTAL

TER, 2 AGO

Metodologias Audiovisuais Participativas

PONTO

. Mariano Baez Landa (CIESAS): Retrospetiva das minhas experiências na produção de vídeos com jovens de duas regiões indígenas do México

. Thor Morales (Connected Stories Hub): Change the Approach, uma reflexão sobre o ideal participativo baseado em experiências de vídeo participativas com comunidades indígenas em África e na América

. Verónica Vazquez Valdez (Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia - México): Fotografia para Investigação Social e Intervenção Comunitária

. Ivan Deance Bravo e Troncoso e Ricardo García Arrañaga (Sistema Nacional de Investigadores do México): Sonomemoria: memória sonora e etnografias de som participativas

CONTRA-PONTO

Convidado em confirmação (Rede de etnografias audiovisuais participativas)

José da Silva Ribeiro (AO NORTE e ID+)

QUA, 3 AGO

Olhar do Antropólogo/ Olhar do Documentarista

PONTO

. Alfonso Palazón Meseguer (Universidade Rei D. Juan Carlos, Madrid):A observação da encenação

. Klaus Schriew e Manuel Nicolas Meseguer (Universidade de Múrcia): Múrcia: no pomar da Europa

. Gonzalo Ballester (European Film College da Dinamarca): Do outro lado do olhar

CONTRA-PONTO

Cornélia Eckert - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Brasil)

Manuela Penafria - Universidade da Beira Interior

QUI, 4 AGO

Projetos em comunidade: Mapeamentos afetivos e recolhas em comunidade

COMUNICAÇÕES

. Manuela Matos Monteiro (MIRA FÓRUM): Mapa Emocional de Miraflor

. Helena Elias – Universidade Nova de Lisboa: Projeto Re(com)figurações

. Olívia Marques da Silva (ESMAD): Interdisciplinaridade Metodológica da Fotografia Documental Contemporânea e a Antropologia Visual: Memória e Lugar

MESA REDONDA

Quem somos os que aqui estamos?

Participantes: Albertino Gonçalves, Álvaro Domingues, Daniel Maciel e João Gigante

SEX, 5 AGO

Arquivos fílmicos, memórias e autoetnografia

PONTO

. Paulo Ferreira da Costa - Museu Nacional de Etnologia

. Renato Athias - Universidade Federal de Pernambuco

. Mina Rad - Festival International du Film Documentaire Après Varan

CONTRA-PONTO

Rodrigo Lacerda - CRIA – Centro em Rede de Investigação em Antropologia

José da Silva Ribeiro - AO NORTE e ID+

SAB e DOM, 6 e 7 AGO

Salto a Melgaço

Nos anos sessenta, milhares de portugueses emigraram para França “a salto”, assim se chamava a viagem clandestina dos que procuravam um novo destino. Nos dias 6 e 7 propomos, não uma viagem acidentada como a dessa época, mas composta por um programa intensivo com projecção de filmes, visita ao Museu Jean-Loup Passek e ao Espaço Memória e Fronteira, assim como momentos de encontro e convívio.

23.02.2022 | por Alícia Gaspar | antropologia visual, cinema, curso de verão, documentário, MDOC, melgaço

#2 SENNA SPECTABILIS OU CARNAVAL

PERFORMANCE de Flávia Gusmão 25.2.22, 18h30 GALERIA ZÉ DOS BOIS 

Este é o segundo de cinco capítulos do projeto Na Lut@, uma homenagem à produtora e ativista Samira Pereira.
Com direção artística da actriz e criadora Flávia Gusmão, NA LUT@ é composto por 5 capítulos que resultam em objetos artísticos distintos. O 1º capítulo, a audio-performance #1FLAMBOAIÃ, estreou no Festival de Teatro Mindelact 2021, em Cabo Verde.
O Luto e a Perda são as temáticas transversais aos capítulos, que partem das 5 fases do luto estabelecidas por Elisabeth Kubler-Ross: negação, raiva, negociação, depressão e aceitação. As fases definidas pela autora não são sequenciais e determinadas cronologicamente, são intermitentes e até simultâneas, o que encontra paralelo nos objetos artísticos produzidos em cada capítulo, que se entrecruzam.
#2 SENNA SPECTABILIS OU CARNAVAL parte da ideia de celebração, da vontade de criar uma festa celebrando alguém, mas parte, principalmente da necessidade de sair do estado de tristeza e recolhimento para onde somos arrastados com a perda.
A tristeza do luto cansa: cansamo-nos de nos sentir tristes e que nos vejam tristes.
Este segundo capítulo convoca a ideia de festa como catalisador de alegria e energia, e estas como veículos para digerir a dor e a raiva.
Mas será que resulta?

FICHA ARTÍSTICA

Criação Flávia Gusmão Apoio à criação Sofia Berberan, Marta Furtado, Xullaji, Madalena Palmeirim, Renato Linhares e Olga Matviychuk
Voz Xullaji e Flávia Gusmão Apoio técnico e edição Olga Matviychuk Comunicação e Assessoria de Imprensa Rita Bonifácio Imagem Gráfica Sílvia Prudêncio Co-produção Associação Zé dos Bois

23.02.2022 | por martalanca | Flávia Gusmão, luto, performance, Samira Pereira

Our (spatial) stories live in performative futures

Curadoria: Cindy Sissokho & Fabián Villegas

Inauguração: 25 de Fevereiro de 2022, das 18h às 21h

Datas: Exposição patente até 19 de Março 2022, Quarta a Sábado, das 15h às 19h

Local: R. Damasceno Monteiro, 12 R/C | 1170-112 – Lisboa

Artistas: Rafael De Oliveira, Désirée Desmarattes, Theo Gould, Henrique J. Paris, Lion
Maré Djaci, Odair Monteiro, Nuno Silas, Sofia Yala

Cada regime de representação colonial é construído sobre o apagamento, o silenciamento, a devastação dos ecossistemas culturais, as geografias existenciais, as cartografias emocionais. A imagem é precedida por sons, o olhar colonial apaga os sons, remove o contexto e os objectos de representação. Tira o objecto fora da representação da sua própria concepção de espaço e temporalidade.

Através da fotografia, textos, sons, performance e vídeo, os oito artistas criam espaços de intimidade para o quotidiano, criam coletivamente ferramentas que revelam narrativas familiares, itinerários diaspóricos e arquivam o eu em processos de auto-realização e reivindicação a sua existência fora de um olhar colonial e a temporalidade.

O artista fá-lo através do auto-retrato, ligando-se através de objectos familiares como sistemas de transmissão e recuperação histórica das memórias. Esta narração é trazida dentro de uma ‘casa’ – as casas de família, o quarto, o estúdio fotográfico como um espaço seguro e até mesmo o corpo – capturando o vernáculo da diáspora, reivindicando a presença negra na cidade entrincheirada dentro de narrativas/monumentos coloniais e aos projectos ‘casa’ como espaço para horizontes emancipatórios e utópicos de vida colectiva.

Através de exercícios de insurreição e imaginação política, o diálogo da diáspora com os espaços de monumentalidade na cidade, activando espaços de memória, cria viagens auto-cartográficas, arquivos monumentais de legado anticolonial.

Como é que o regime de imagens tem um papel na informação do planeamento futuro, visão utópica e dinâmica desejos em torno de viver em cidades para a diáspora?

Através da representação e compreensão dos movimento que ocorrem (estratificação laboral, migração, mobilidade social, cultural e económica zonificação, etc.) contra as narrativas actuais de rejeição, transformação, gentrificação, etc.

A exposição é uma viagem pedagógica que não só exibe mas procura o exercício de uma imaginação de narrativas diásporas no futuro. Faz-nos questionar quais são as metáforas de nós próprios no futuro.

As obras dos artistas são um convite à ficcionalização das narrativas, e uma possibilidade de procurar através da ficção uma ferramenta pedagógica para visualizar os futuros performativos. A exposição refere-se indiretamente ao conceito histórico de “Heterotopias” e a ressonância com a categoria de “utopias localizadas”, em que construímos mundos dentro de mundos, um novo sentido de espacialidade no regime colonial de espacialidade.

Permitem-nos também pensar, visualizar e experimentar o que significa criar e recuperar histórias espaciais através da lente das suas experiências pessoais que se infiltram através da narração visual de histórias. Elas reconsideram um sentido de espaço e lugar através da fugitividade, exílio e deslocamento e negociar um sentido de pertença contra a violência espacial.

Este projecto é apoiado por UCREATE um projecto de Creative Europe a decorrer na Bélgica, Hungria, Portugal e Itália liderado por 4 organizações artísticas (Fundação Internacional Yehudi Menuhin (BE); HANGAR (PT); Mus-e Hungary (HUN); BIG SUR (IT)) com o objectivo de utilizar as artes e a co-criação artística como um meio para criar laços sociais entre indivíduos.

21.02.2022 | por Alícia Gaspar | arte, cultura, Désirée Desmarattes, diáspora, fotografia, Henrique J. Paris, Lion Maré Djaci, Nuno Silas, Odair Monteiro, Rafael De Oliveira, Sofia Yala, Theo Gould

Exposição | As roças de São Tomé e Príncipe - o lido e o fotografado

As roças de São Tomé e Príncipe são assentamentos agrícola-industriais, em número aproximado de 200, que se estendem pelo território destas duas ilhas do Atlântico no Golfo da Guiné. Para além de uma arquitetura de matriz portuguesa as roças albergavam as populações que desde o séc. XV foram sendo trazidas para estes territórios e sujeitas ao trabalho árduo e iníquo. São também locais onde eficientes máquinas de produção foram construídas e colocaram São Tomé e Príncipe como um dos maiores produtores de cacau do mundo no início do séc. XX.  

No âmbito do mestrado integrado em arquitetura do ISCTE, um conjunto de alunos do Laboratório Cidade Justa e Inclusiva do 5ºano debruçou-se sobre este património partilhado, visitá-lo, analisá-lo e dialogar com os vários intervenientes. Em novembro de 2021 rumámos em viagem a São Tomé e Príncipe. De lá trouxemos imagens evocativas de uma natureza exuberante, de gentes afáveis, e de edifícios imponentes, construídos ao estilo português, consumidos pela floresta tropical e pelo tempo.  

Partilhamos fragmentos desta experiência através de fotografias e de escritos, alguns dos quais encontrados na biblioteca do ISCTE trazendo à luz complexas dinâmicas sociais, culturais e económicas.   

A exposição irá ocorrer de 2 a 31 de março de 2022 na Biblioteca do ISCTE. No dia 2 faremos a inauguração com uma tertúlia que terá a participação do fotógrafo Dário Paraíso e do antropólogo Emiliano Dantas que participaram na curadoria da exposição fotográfica.

Caso possam estar presentes na inauguração pedimos que se inscrevam em https://forms.gle/txAq22aJsj2M3rtG6

21.02.2022 | por Alícia Gaspar | dário paraíso, emiliano dantas, exposição, fotografia, ISCTE, Laboratório Cidade Justa e Inclusiva, São Tomé e Príncipe

Primeira co-produção Blablabla Media / SIC chega esta semana aos ecrãs

Estreia já este Sábado, dia 19, o primeiro episódio da mais recente coprodução da Blablabla Media com a SIC, realizada com o apoio à Inovação do Instituto do Cinema e do Audiovisual. Realizada por Sofia Pinto Coelho, com direção de fotografia de Pedro Castanheira e consultoria de arquivos de Maria do Carmo Piçarra, DESPOJOS DE GUERRA revela histórias extraordinárias de espionagem, patriotismo, sobrevivência e romance tendo como pano de fundo a guerra colonial portuguesa em África. Com recurso a imagens de arquivo inéditas e pela primeira vez colorizadas, esta série documental vem dar voz às encruzilhadas que inesperados protagonistas anónimos enfrentaram em tempo de guerra e de descolonização. Para acompanhar na OPTO.

Sebastiana, “a informadora”

Espisódio 1 | No auge da guerra colonial em Angola, uma comerciante e o marido avisavam a PIDE quando os guerrilheiros iam à sua loja abastecer-se de mantimentos. Sebastiana Valadas revela qual era o seu nome de código, quanto recebiam pelas informações e como prendiam os “turras”. Depois da descolonização, um deles ajustou contas e mandou prendê-la.

Mais informação aqui.

17.02.2022 | por Alícia Gaspar | Blablabla Media, cinema, guerra colonial, PIDE, Portugal, SIC

Viagem a Portugal - Paragem Alentejo

Teatro do Vestido

Viagem a Portugal - Paragem Alentejo
um teatro feito a partir de uma pesquisa poética e documental neste território

Joana CraveiroJoana Craveiro

18 e 19 de Fevereiro | 19h00 

Ponto de encontro: Largo 25 de Abril - São Domingos, Santiago do Cacém
bilhetes à venda aqui

O espetáculo terá percursos a pé e de autocarro. Recomendamos calçado confortável e roupa quente.
Duração aprox. 4h00. Será servida pequena refeição
M/12  

Chegar a um local e olhar.
Alentejo - tantos alentejos - região densa e enorme.
Habitar este local.
Olhar com os olhos de quem pergunta.

Nesta sua paragem a sul do projecto Viagem a Portugal (nome que pedimos emprestado a José Saramago), os viajantes do Teatro do Vestido procuram, como quem escava, num vasto território entre Santiago do Cacém e Odemira. Pessoas, nomes, histórias e objectos desfilam diante destes viajantes, que tornam tudo isso parte de um percurso que procura contar algumas das histórias de vida, das memórias, e da geografia destes lugares. Como quem escava, e nesse escavar vai descobrindo mais e mais camadas, sem nunca chegar a bater no fundo, a chegar à rocha debaixo disto tudo.

Quantas camadas precisamos de escavar/decapar até nos sentirmos parte de um território?

O viajante de que José Saramago fala na sua Viagem a Portugal interroga-se sobre a sua razão para viajar. Todos os viajantes o fazem, e, no entanto, a própria viagem os ofusca sempre. No corpo a corpo dos quilómetros percorridos, a viagem ganha.

Nesta Viagem a Portugal do Teatro do Vestido, a viagem torna-se presença, inscrita na paisagem num espectáculo em percurso, fruto da relação de pesquisa e de permanência no terreno, e de criação de laços humanos, que nos permitam saber e conhecer histórias e poder recontá-las sob forma de teatro.

“O que mais há na terra é paisagem. 

Por muito que do resto lhe falte, a paisagem sempre sobrou (…).”
José Saramago, Levantado do Chão

Ficha Técnica

Direcção, texto, e coordenação da investigação: Joana Craveiro 

Co-criação e interpretação: Estêvão Antunes, Francisco Madureira, Henrique Antunes, Joana Craveiro, Luís Cruz, Mafalda Pereira, Tânia Guerreiro, Tozé Cunha  

Figurinos: Tânia Guerreiro  

Música e espaços sonoros: Francisco Madureira 

Espaço cénico: Carla Martinez 

Assistência de Cenografia: Isabelle Denkien 

Iluminação: Leocádia Silva 

Assistência Técnica: Rodrigo Lourenço 

Assistência: Henrique Antunes  

Direcção de produção: Alaide Costa 

Co-produção: Lavrar o Mar e Teatro do Vestido

17.02.2022 | por arimildesoares | festival, José Saramago, santiago do cacém, Teatro do Vestido

Temos de Falar, à conversa com Gisela Casimiro

Lia Pereira, Maria do Mar e Inês Magalhães. Mulheres da música e das comunidades que ela une. Mulheres que nos fazem sentir em casa.

Sábado dia 19 de Fevereiro às 17h, na Livraria Barata.

Venham! Entrada livre.

16.02.2022 | por Alícia Gaspar | cultura, debate, Gisela Casimiro, inês magalhães, lia pereira, livraria barata, lugar de cultura, maria do mar, temos de falar

Diário de uma quarentena em risco

Nuno Saraiva convida Ricardo Dias para uma perspetiva da pandemia no seio dos bairros históricos.

Uma conversa sobre este livro de cartunes de Nuno Saraiva, realizados a partir da quarentena voluntária de março 2020 até março 2021, sobre os acontecimentos políticos, económicos ou sociais, acima de tudo nacionais, que se revelaram nas margens da pandemia. Diário de Uma Quarentena em Risco é editada pela Pim! em parceria com o jornal Público. Após a sessão o autor estará disponível para os autógrafos embonecados!

Galeria Santa Maria Maior
Rua da Madalena, 147. Quinta-feira, 17 de fevereiro, às 18h30. Entrada livre.

Confirmação de presença: cultura@jfsantamariamaior.pt.

Info Covid19:

Obrigatório o uso de máscara e a apresentação de certificado digital ou teste.

Diário de uma quarentena em risco - Junta de Freguesia de Santa Maria Maior (jf-santamariamaior.pt)

15.02.2022 | por arimildesoares | bairros históricos, diário de uma quarentena em risco, livro, Nuno Saraiva, pandemia