"Comissão das Lágrimas" de António Lobo Antunes

“Um doloroso canto de uma mulher torturada” foi o ponto de partida para Comissão das Lágrimas, o novo livro de António Lobo Antunes. A mulher torturada foi Elvira (conhecida por Virinha), comandante do batalhão feminino do MPLA, presa, torturada e morta na sequência dos terríveis acontecimentos de Maio de 1977 em Angola.

Mas este é apenas um episódio num livro denso e sombrio sobre Angola depois da independência. António Lobo Antunes não quis fazer um livro documental ou uma reportagem “verídica” sobre o que se passou em Angola, antes usou a sua sensibilidade e o espantoso poder evocativo da sua escrita para falar sobre a culpa, a vingança, a inocência perdida.

 

O livro chega às livrarias no dia 30 de Setembro.

14.09.2011 | por joanapires | angola, história, independência

"SOS ANGOLA – Os Dias da Ponte Aérea" de Rita Garcia

Entre Julho e Novembro de 1975, quase 200 mil portugueses interromperam abruptamente uma vida inteira passada em Angola e vieram para Portugal através de uma das maiores pontes aéreas de resgate de civis jamais implementadas.

Aviões da TAP e de várias companhias estrangeiras voaram sem pausas entre Lisboa e África para trazer todos os que quisessem sair das cidades e dos confins de Angola antes da independência. O desespero dos últimos meses e o medo de morrer às mãos dos chamados movimentos de libertação levaram milhares de colonos a correr para os aeroportos à procura de um lugar nos aviões que partiam de Luanda e Nova Lisboa a toda a hora e sobrelotados, com pessoas a viajar em porões e casas-de-banho para aproveitar o espaço ao máximo. Comissários e assistentes de bordo trabalharam sem folgas nesses meses loucos, acompanhando homens, mulheres, crianças, famílias inteiras desamparadas e soldados à beira da morte. As tripulações, exaustas, nunca conseguiram esquecer esses dias, nem as mães que lhes pediam para ficarem com os filhos.

Recuperando esse tempo de angústia e agitação, S.O.S. Angola é um livro dramático e profundamente enternecedor, que revela cada pormenor desta epopeia e evoca as tragédias pessoais de quem teve de sair de África sem nada em direcção a um país desconhecido que, ainda por cima, acabara de viver uma revolução. Para os passageiros da Ponte Aérea, o futuro não podia ser mais aterrador.

 

Rita Garcia nasceu em Lisboa em Julho de 1979. Licenciada em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa, é repórter da revista Sábado desde 2005 e autora do livro de reportagens “INEM 25 anos. Recebeu o 2º prémio Henrique de Barros, atribuído pelo Parlamento Europeu em 2003, e o Prémio de Jornalismo Novartis Oncology em 2008.

14.09.2011 | por joanapires | angola, história

Angola: Libertar Manifestantes Condenados Injustamente

Investigar Papel da Polícia na Violência na Manifestação de Setembro
(Joanesburgo, 14 de setembro de 2011) – As autoridades angolanas devem retirar imediatamente acusações politicamente motivadas contra 18 pessoas que foram condenadas no seguimento de julgamentos injustos, devido à sua participação numa manifestação contra a governo em Luanda, anunciou hoje a Human Rights Watch.
Um segundo julgamento contra outro grupo de manifestantes deve ser posto fim por não cumprir os padrões de julgamento justo e os detidos com base em acusações forjadas devem ser libertados, afirmou a Human Rights Watch. As autoridades devem conduzir uma investigação rápida e imparcial sobre o uso excessivo da força por parte da polícia em manifestações políticas e sobre a intimidação e assédio de testemunhas de defesa.
“Julgar injustamente manifestantes não é resposta às exigências legítimas de reformas dos cidadãos,” disse Daniel Bekele, diretor de África da Human Rights Watch. “As autoridades devem respeitar o direito a manifestações pacíficas e investigar de forma imparcial a violência cometida contra os manifestantes.”
A 3 de setembro de 2011, agentes da polícia e grupos de homens não identificados, aparentemente associados às autoridades, dispersaram violentamente uma manifestação contra o governo em que participavam várias centenas de manifestantes em Luanda.  A polícia disse que quatro agentes e três outras pessoas tinham ficado feridos e culpou os manifestantes pela violência. Testemunhas contaram à Human Rights Watch que muito mais manifestantes tinham ficado feridos.
Há testemunhos credíveis de que agentes de segurança vestidos à civil se infiltraram na manifestação e agiram com violência. A Human Rights Watch já havia documentado anteriormente o uso desproporcionado da força por parte da polícia contra os manifestantes e os ataques contra manifestantes e jornalistas por parte de homens não identificados durante a manifestação.
Um tribunal de polícia em Luanda sentenciou cinco dos organizadores da manifestação de 3 de setembro a três meses de prisão e ao pagamento de taxas e danos no total de 1400 USD pelos crimes de desobediência, resistência e “ofensas corporais.” Os queixosos são quatro agentes da polícia que alegaram terem sido feridos por manifestantes. O tribunal também sentenciou 13 outros manifestantes a 45 dias de prisão pelos mesmos crimes, com pena suspensa por dois anos para dois menores de idade. Três dos manifestantes acusados foram absolvidos por falta de provas. Os arguidos recorreram da sentença ao Supremo Tribunal; o Ministério Público recusou um pedido de libertação dos arguidos até à decisão do Supremo Tribunal.
A 14 de setembro, vai ter início outro julgamento contra 27 alegados manifestantes que foram detidos durante manifestações que apelavam à libertação dos participantes nos protestos de 3 de setembro.
A polícia mantém estes manifestantes detidos numa prisão de alta segurança, a 60 quilómetros de Luanda, e têm-lhes negado o acesso a advogados e familiares. Dois partidos da oposição, a UNITA e o Bloco Democrático, declararam que o acesso dos seus representantes a membros do partido que estavam entre os detidos na prisão lhes foi negado.
O julgamento contra os manifestantes de 3 de setembro violou garantias fundamentais de julgamento e processo justos, afirmou a Human Rights Watch.
A polícia tem-se recusado a fornecer informação a advogados e familiares acerca do paradeiro dos detidos de 3 de setembro, e recusou-lhes o acesso a um advogado. Advogados e testemunhas disseram à Human Rights Watch que vários manifestantes, julgados em várias sessões de tribunal, tinham ferimentos visíveis e se queixaram sobre as condições degradantes na prisão, e sobre comida e água insuficientes.
Advogados de defesa disseram à Human Rights Watch que só lhes foi dado acesso à acusação no primeiro dia de audiências, a 8 de setembro, e apenas durante alguns minutos. Advogados de defesa e pessoas que assistiram ao julgamento contaram à Human Rights Watch que os quatro queixosos, todos agentes da polícia, não apresentaram provas credíveis de que haviam sido feridos por algum dos manifestantes, nem de que tenha havido quaisquer danos materiais.
Testemunhas de defesa contaram à Human Rights Watch que, durante o julgamento, se verificou um clima de intimidação e assédio por parte de indivíduos não identificados no tribunal, e que nem a polícia nem os magistrados do tribunal fizeram algo para as proteger. Num incidente que ocorreu no segundo dia de julgamento, duas testemunhas de defesa – Diana Pereira, manifestante, e Coque Mukuta, jornalista na estação privada Rádio Despertar – contaram à Human Rights Watch que dois homens os tinham ameaçado e tentado raptá-los à força. Quando identificaram um dos agressores ao comandante da polícia presente, não foi tomada nenhuma ação e os agressores continuaram a ameaçá-los na presença da polícia. Em resposta às ameaças, outra testemunha de defesa contou à Human Rights Watch: “Temos medo de voltar para casa hoje à noite.”
Diana Pereira descreveu à Human Rights Watch o intervalo da sessão de tribunal na tarde de 9 de setembro:
Eu e Coque Mukuta saímos do tribunal para ir comprar almoço a uma loja ali perto. Aí, dois indivíduos ameaçaram-me. Disseram-nos para “calarmos a boca”, agarraram-me e tentaram levar-me com eles. Conseguimos escapar, saltámos a rua para voltar para o tribunal e informámos o comandante da polícia que estava lá. Voltámos à loja com a polícia. Apontámos para um dos indivíduos que nos tinha ameaçado, que ainda lá estava. O homem continuou a ameaçar-nos dizendo “Cuidado, posso bater-vos à frente da polícia.” O agente da polícia assistiu a isto mas não fez nada. O comandante da polícia disse-nos para apresentar queixa numa outra esquadra, longe do tribunal, alegando que não era responsável por este caso.
“As autoridades são obrigadas a proteger as testemunhas de tribunal, um elemento importante de um julgamento justo,” disse Bekele. O governo deve conduzir rapidamente uma investigação imparcial sobre estas ameaças e obrigar quem quer que seja responsável a prestar contas.”
 
Para mais relatórios da Human Rights Watch sobre Angola, visite

Angola: Free Demonstrators Unfairly Convicted    
Investigate Police Role During September Demonstration

 
(Johannesburg, September 14, 2011) – The Angolan authorities should immediately drop politically motivated charges against 18 people who were convicted after unfair trials for their participation in an anti-government demonstration in Luanda, Human Rights Watch said today.
A second trial against another group of demonstrators should be halted for failing to meet fair trial standards and those held on trumped up charges should be released, Human Rights Watch said. The authorities should conduct a prompt and impartial investigation into police use of unlawful force at political demonstrations and intimidation and harassment of defense witnesses. 
“Unfair trials of demonstrators are not the answer to the legitimate reform demands of citizens,” said Daniel Bekele, Africa director at Human Rights Watch. “The authorities should respect the right to peacefully demonstrate and impartially investigate violence against demonstrators.”
On September 3, 2011, police agents and groups of unidentified men apparently allied to the authorities violently dispersed an anti-government rally involving several hundred protesters in Luanda. The police said four police officers and three others had been injured and blamed demonstrators for the violence. Witnesses told Human Rights Watch many more demonstrators were injured.
There are credible accounts that plainclothes security agents infiltrated the demonstration and committed violence. Human Rights Watch previously documented the disproportionate use of force by the police against demonstrators and attacks on demonstrators and journalists by groups of unidentified men during the demonstration.
A police court in Luanda sentenced five organizers of the September 3 demonstration to three months in prison and fines and damages totaling US$1400 for the crimes of disobedience, resistance, and “corporal offenses.” The claimants for damages were four police officers who alleged being injured by demonstrators. The court also sentenced 13 other demonstrators to 45 days in prison for the same crimes, suspending the sentence for two years for two minors. Three of the accused protesters were acquitted for lack of evidence. The defendants have appealed to the Supreme Court. The attorney general refused a request to release the defendants pending the Supreme Court’s ruling.
Another trial will begin on September 14 against 27 alleged demonstrators who were arrested during rallies calling for the release of the September 3 protesters.
Police are holding these demonstrators in a high-security prison 60 kilometers from Luanda, and have denied them access to lawyers and family members. Two opposition parties, UNITA and Bloco Democrático, claimed that their representatives were denied access to party members among the detainees at the prison.
The trial against the September 3 demonstrators violated fundamental fair trial guarantees and due process of law, Human Rights Watch said.
The police have refused to give information to lawyers and family members about the September 3 detainees’ whereabouts, and refused them access to a lawyer. Lawyers and witnesses told Human Rights Watch that a number of the demonstrators, who were tried in police court hearings had visible injuries and complained about degrading prison conditions, insufficient food and water.
Defense lawyers told Human Rights Watch they were allowed access to the indictment only on the first day of the hearings, on September 8, and only for a few minutes. Defense lawyers and persons attending the trial told Human Rights Watch that the four claimants, all police agents, did not present credible evidence that they had been injured by any of the demonstrators, nor that there had been any material damage.
Defense witnesses told Human Rights Watch that during the trial there was a climate of intimidation and harassment by unidentified individuals present at the court, and neither the police nor the court magistrates did anything to protect them. In one incident during the second day of the trial, two of the defense witnesses, Diana Pereira, a demonstrator, and Coque Mukuta, a journalist at the privately owned Rádio Despertar, told Human Rights Watch that two men threatened them and tried to forcibly abduct them. When they identified one of the assailants to the police commander present, no action was taken, and the assailants continued to threaten them in the presence of the police. In response to the threats, another defense witness told Human Rights Watch, “We are afraid to go home tonight.”
Diana Pereira described to Human Rights Watch the court session break in the afternoon on September 9:
Coque Mukuta and I left the court to buy lunch at a nearby shop. There, two individuals threatened me. They told us to “keep our mouth shut,” grabbed me and tried to drag me with them. We managed to escape, jumped the road back to the court and reported to the police commander at the court. We returned to the shop with the police. We pointed at one of the individuals who had threatened us, who was still there. The man continued threatening us, saying, “Beware, I can beat you up in front of the police.” The police agent witnessed this but didn’t do anything about it. The police commander told us to lodge a complaint at another police station, far from the court, alleging he was not responsible for this case.
“The authorities are obliged to protect court witnesses, an important component of a fair trial,” Bekele said. “The government should promptly conduct an impartial investigation into these threats and hold whoever is responsible to account.”

14.09.2011 | por martalanca | angola, manifestações

Call for applications- Youth Journalists and Bloggers- 7th UNESCO Youth Forum

As part of the 7th Youth Forum, UNESCO will be offering five young journalists and bloggers the opportunity to participate in the Paris event. A young blogger from each of UNESCO’s five constituent regions (Africa, Arab States, Asia and the Pacific, Europe and North America & Latin America and the Caribbean) will be selected. General requirements for youth journalists and bloggers: Be below 30 years of age, To have journalism (online, print, photo, video, radio) and/or blogging experience, To have a working knowledge of English and/or French. Knowledge of another of the six official United Nations languages (Arabic, Chinese, English, French, Russian, and Spanish) will be an asset. The application deadline is Thursday, September 15, 2011.

Info on how to apply here:
http://shababunesco.wordpress.com/2011/09/05/call-for-applications-youth-journalists-and-bloggers-7th-unesco-youth-forum/

14.09.2011 | por joanapires | jornalistas

DIAMANTES DE SANGUE Livro de Rafael Marques

Os diamantes são uma enorme fonte de riqueza em Angola. Os cidadãos angolanos não retiram benefícios dessa riqueza. Nas zonas de garimpo, as populações são subjugadas e brutalizadas pelas forças militares e de segurança ao serviço do Estado e das empresas diamantíferas. Rafael Marques vai estar no Fórum FNAC para explicar como e porquê.

Rafael Marques apresenta Diamantes de Sangue no dia 15 de Setembro, às 21 horas, na Fnac Chiado.

14.09.2011 | por joanapires | angola

Fluxus - Conference on Social Appropriations and Usage Conflicts in African Cities

ISCTE-IUL, 14-15 September 2011

This Conference proposes a comparative approach based on fieldwork observation to examine ways in which social life is organised in urban centres of African cities. It addresses the possibilities and the limitations of applying the same conceptual and methodological criteria in African and non-African socio-cultural contexts. It also proposes to clarify the way in which the major dynamics of global metropolitisation particularly in regard to the increasing use of cars, affects planned and unplanned urban morphologies and the traditional ways of living in a city, and more specifically the way it affects the use of open spaces as the stage for varied forms of sociability. The Conference will  focus on the conflicts arising from these land use controls – with particular attention on those conflicts between car users and pedestrians, and suggests administrative actions culturally adapted to the urban planning, regulatory and educational fields.

The final objective of the Conference is to ensure that the urban spaces explored remain not only transiting spaces but also meeting points within the framework of policies of international cooperation in the key fields of health, sustainability, urban planning and cultural heritage.

Continuar a ler "Fluxus - Conference on Social Appropriations and Usage Conflicts in African Cities"

13.09.2011 | por joanapires | cidades africanas

Fifth Annual Conference of the African Borderlands Research Network ABORNE: "Crossing African Borders: Migration and Mobility", ISCTE-IUL, Lisbon

21-23 September 2011

Focusing on the role of African borders in migratory movements, the Conference will address several topics and discuss the importance and role of borders to the circulation and identity building, the implications of border management and the strategies of populations for migration and border crossing. Panels will analyze current changes and their historical roots; discuss the mutual implications of cross-border circulation, migration and identities; present empirical evidence of transformations taking place; contribute to the theoretical debate and methodological approach of borderland studies in Africa.
Keynote:
“Traders and Borders in the Sierra Leone-Guinea Region, 19th and 20th Centuries: Comparative and Theoretical Implications”
Allen M. Howard | Professor Emeritus, Department of History, Van Dyck Hall, Rutgers University
Panels:

  • Panel 1 - Methodologies for studying cross-border movements
  • Panel 2 - Rethinking hierarchies of borders and border crossings?
  • Panel 3 -The building of African territorial borders: the impact of pre-colonial and colonial migration on contemporary Africa
  • Panel 4 - Forced migration and the role of borders
  • Panel 5 - Border crossings and economic circulation: trade, smuggling, labour
  • Panel 6 - Border regimes and migrant practices: citizenship, belonging and the making of migrant subjectivities
  • Panel 7 - Partitioned Africans

 

Documentary film screenings:
“Kalahari Struggle: Southern Africa’s San under Pressure” (53 min.) by Manuela Zips-Mairitsch and Werner Zips
” ‘We have come full circle’: The forced migration of Angolan !Xun and Namibian Khwe to Platfontein, South Africa” by Manuela Zips-Mairitsch and Werner Zips
“Border Farm” (32 min), by Thenijwe Niki Nkosi
“Esta Fronteira Não Existe” (41min), Perfectview

13.09.2011 | por joanapires | fronteiras, migração, mobilidade

concert danae & os novos crioulos - Alemanha

13.09.2011 | por martalanca | Danae Estrela

Comunicado de Imprensa pela Associação dos estudantes da Universidade Católica de Angola

À luz do úlitmos acontecimentos ocorridos a respeito da manifestação realizada no sábado 03 de Setembro, incidentes, apreensões nos dias 03 e 08 de Setembro e o processo de julgamento que está  em curso.

Os estudantes da UCAN, representados pela sua Associação, apresentam à opinião pública as suas convicções e propostas:

a)      Valorizamos toda contribuição dos jovens universitários para criar uma sociedade angolana mais justa e fraterna. Achamos que a manifestão pública das próprias idéias, um contexto democrático, é uma riqueza para o debate nacional.

b)      Rejeitamos qualquer tipo de violência seja no expôr, como no reprimir as ideias dos outros. Somos convencidos que só uma proposta respeitosa, educada, não violenta, sem deixar de ser corajosa, são os meios lícitos para o debate nacional tendo como limite a Lei e a ordem pública.

c)       Nos solidarizamos com os estudantes universitários, particularmente com os nossos colegas da UCAN que foram privados da libertade;

d)      Temos a certeza que nenhum dos nossos estudantes da UCAN que foram reconhecidos entre os detidos e submetidos a julgamento: Kady Mixinge, Domingos Neves Cardozo e os demais que ainda nao foram identificados, não estiveram envolvidos em actos de violência.

e)      Lamentávelmente ocorreram actos de vandalismo que não foram iniciados nem pelos manifestantes nem pela polícia, mas por elementos alheios ao grupo de activistas.

f)       Exortamos às autoridades públicas para que seja respeitada a dignidade e direitos dos jovens apreendidos.

Os estudantes da UCAN convidam aos seus colegas e demais univeritários de outros centros a dedicar a terça feira 13 de Setembro para uma jornada de relfexão e oração pelos colegas que inocentemente encontram-se privados de liberdade e  para encontrar os caminhos de concórdia e participação activa na nossa sociedade.

                Pedimos que Deus, fonte da paz e da justiça toque nos corações de todos os envolvidos neste processo.

 

Associação de Estudantes da Universidade Catolica de Angola

12.09.2011 | por martalanca | angola, estudantes, repressão

OBRAS SELECCIONADAS Prémio Fundação PLMJ de Vídeo-arte da CPLP 2011

DOCKANEMA – Festival do Filme Documentário

Centro Cultural Brasil-Moçambique - Av. 25 de Setembro, nº 1728, Maputo

Entrada Gratuita

A parceria estabelecida entre a Fundação PLMJ e o DOCKANEMA – Festival do Filme Documentário, que se manifestou na mostra “25 Frames por Segundo em Moçambique - Vídeos da Colecção da Fundação PLMJ e de Artistas Moçambicanos”, apresentada em edições anteriores do festival, apresenta este ano a mostra dasOBRAS SELECCIONADAS DO PRÉMIO FUNDAÇÃO PLMJ DE VÍDEO-ARTE DA CPLP, incluindo a vencedora desta iniciativa: “Between Moment – Red, Green, Black”, de Berry Bickle.

O Prémio, promovido com o apoio do Instituto Camões, resulta do lançamento de um concurso aberto a artistas nascidos ou residentes em países membros da CPLP, com periodicidade anual. Através da mostra das obras seleccionadas, parte integrante da programação DOCKANEMA, a vídeo-arte marca novamente presença no festival. O programa, a ser visionado no dia 13 de Setembro, inclui as obras “Lusoviventes”, de Fabiano Jota (Brasil),  “Between Moment – Red, Green, Black”, de Berry Bickle, “Dois Duas”, de Mariana Carrilho, “Fazer a Mala”, de Maimuna Adam, “80.000”, de David Aguacheiro e “Angústia”, de Mário Macilau (Moçambique).

A Fundação PLMJ, instituída pela sociedade de advogados PLMJ, A.M. Pereira, Sáragga Leal, Oliveira Martins, Júdice e Associados, em Lisboa, é uma das mais importantes instituições culturais de natureza privada em Portugal. Activa ao longo da última década, a Fundação PLMJ constitui uma colecção de arte de artistas portugueses contemporâneos, programa o seu próprio espaço expositivo e organiza exposições, livros e outros projectos. Recentemente, a sua acção alastrou-se aos membros da CPLP, desenvolvendo a Fundação um acervo de obras de artistas da CPLP e promovendo e patrocinando múltiplos projectos.

 

O GLM – Gabinete Legal Moçambique, membro da PLMJ International Network, promove a actividade da Fundação PLMJ em Moçambique. A mostra das OBRAS SELECCIONADAS DO PRÉMIO FUNDAÇÃO PLMJ DE VÍDEO-ARTE DA CPLP prolonga a actividade da Fundação PLMJ no domínio da vídeo-arte a Moçambique, contribuindo para a divulgação deste meio de expressão no país e a divulgação de artistas moçambicanos a nível internacional.

 

O DOCKANEMA – Festival do Filme Documentário, este ano na sua 6ªa edição, exibe, de 9 a 18 de Setembro, mais de 80 filmes e diversas actividades culturais paralelas no Centro Cultural Franco-Moçambicano, Centro Cultural Brasil-Moçambique e no Teatro Avenida.

 

Para mais informações, contactar Rita Neves através do email ritaneves90@gmail.com ou do tlm. 827881852

Para mais informação sobre a Fundação PLMJ:  

 

Para mais informação sobre o DOCKANEMA:

http://dockanema.wordpress.com/

12.09.2011 | por martalanca | Dockanema, videoarte

seminário Pensamento Crítico Contemporâneo Identidades e Política - inscrições ainda abertas

Organização: UNIPOP e revista Imprópria
Local: Fábrica de Braço de Prata (Rua da Fábrica do Material de Guerra, n.º 1, Lisboa – junto aos correios do Poço do Bispo)
Datas: Dias 17 e 24 de Setembro, 1, 8 e 15 de Outubro, das 17h às 20h
Inscrições: 20 euros (inclui o acesso a todas as sessões e a todo o material em discussão no seminário, bem como um exemplar do n.º 1 da revista Imprópria).A inscrição em sessão avulsa está limitada à disponibilidade de lugares, não sendo susceptível de reserva prévia. Nesse caso, o valor da inscrição é de 6 euros.A inscrição deve ser feita por transferência bancária, através do NIB 0035 0127 00055573730 49, seguida de e-mail com o comprovativo para cursopcc@gmail.comLugares limitados (a inscrição deve ser feita o mais antecipadamente possível).No final do curso será emitido um certificado de frequência. O debate em torno das chamadas questões de identidade tem sido objecto de uma enorme controvérsia mediática, politica e académica, que tem ganho forma em discussões em torno do multiculturalismo, do feminismo ou dos direitos LGBT, mas também, mais recentemente, em torno de questões relativas à identidade socioprofissional, com o tema da precariedade a dar nova ênfase a debates em torno da problemática do trabalho. Este curso pretende discutir a relação entre política e identidade a três níveis diversos mas entre si relacionados – etnicidade, género e classe –, sendo que ao mesmo tempo pretendemos debater a própria ideia de identidade enquanto base da acção política. Trata-se de um debate a ter sem identificar nenhum público preferencial e para o qual convidámos académicos e activistas que sobre estas questões se têm debruçado. Programa (provisório): 17 de SetembroMesa-redonda «Identidade e sujeitos políticos»António GuerreiroBruno Peixe DiasMiguel Serras PereiraFátima Orta JacintoHugo Monteiro
24 de SetembroClasse
João Valente Aguiar – conferência/mapa dos debates sobre «classe»José Neves – leitura crítica do texto «Algumas observações sobre classe e “falsa consciência”», de E. P. Thompson
1 de OutubroEtnicidadeManuela Ribeiro Sanches – conferência/mapa dos debates sobre «etnicidade»Diogo Ramada Curto – leitura crítica de texto a indicar em breve
8 de OutubroGénero
António Fernando Cascais – conferência/mapa dos debates sobre «género»Salomé Coelho – leitura crítica do texto «Multitudes queer. Notas para una política de los “anormales”», de Beatriz Preciado
15 de OutubroMesa-redonda «Política, identidade e movimentos»Paulo Corte-RealSérgio VitorinoMamadou BaAntónio GuterresAna Cristina SantosTiago GillotRicardo Noronha Conferencistas: António Guerreiro é crítico no jornal Expresso, tradutor e ensaísta. Tem trabalhado particularmente autores como Walter Benjamin e Giorgio Agamben. Bruno Peixe Dias é investigador do Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa e da Númena – Centro de Investigação em Ciências Sociais e Humanas. Coordenou, com José Neves, a edição do livro A Política dos Muitos. Povo, Classes e Multidão (2010). Miguel Serras Pereira é tradutor. Fátima Orta Jacinto é arquitecta urbanista e estudante bolseira no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, onde realiza o seu doutoramento em Sociologia, que incide sobre a crítica feminista do espaço urbano contemporâneo. Hugo Monteiro é doutorado em Filosofia e docente do Instituto Politécnico do Porto. Pós-doutorando na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, em torno dos pensamentos de Jacques Derrida e de Jean-Luc Nancy. João Valente Aguiar é investigador do Instituto de Sociologia da Faculdade de Letras do Porto. Publicou recentemente o livro Classes, Valor e Acção Social (2010). José Neves é professor na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e é investigador do Instituto de História Contemporânea da mesma faculdade. Coordenou recentemente a edição do livro Como se Faz um Povo. Ensaios em História Contemporânea de Portugal (2010). Manuela Ribeiro Sanches é professora na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde investiga nas áreas dos estudos culturais, dos estudos pós-coloniais e dos estudos literários, e é membro do Centro de Estudos Comparatistas. Diogo Ramada Curto é investigador do CesNova. Dirige, com Nuno Domingos e Miguel Jerónimo, a colecção «História e Sociedade», das Edições 70. António Fernando Cascais é professor na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Entre outros, coordenou a edição do livro Indisciplinar a Teoria: Estudos Gays, Lésbicos e Queer (2004). Salomé Coelho é doutoranda em Estudos Feministas na Universidade de Coimbra, com tese sobre Teorias Queer, movimentos feministas e LGBT. É vice-presidente da associação UMAR. Paulo Corte-Real é professor auxiliar na Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa. É presidente da Associação ILGA-Portugal. Sérgio Vitorino é activista LGBT. Mamadou Ba é activista da associação SOS Racismo. António Guterres é coordenador do Centro de Experimentação Artística do Vale da Amoreira e é fundador da associação FreestylazAna Cristina Santos é socióloga e doutorada em Estudos de Género. É investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Tiago Gillot é licenciado em engenharia agronómica e activista do movimento Precários Inflexíveis. Ricardo Noronha é investigador do Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

12.09.2011 | por martalanca | unipop

Revista (IN)VISÍVEL

A Revista (IN)VISÍVEL tem por objectivo principal a criação de novas interpretações acerca de temáticas culturais e sociopolíticas a partir de um tratamento multidisciplinar entre variadas linguagens,  de forma a alargar o acesso ao  conhecimento a um público mais vasto.

A relevância de um projecto editorial neste âmbito, justifica-se a partir da constatação da ausência de espaços públicos de comunicação que estabeleçam um diálogo acessível acerca de temas que aqui consideramos “invisíveis”.

A invisibilidade que aqui destacamos origina-se a partir de dois principais eixos: de um lado pela forma de tratamento descontextualizado e “espectacular” realizado pelos média e de outro, pela rigidez excludente da linguagem científica. Diante do quadro exposto, a criação deste projecto surge também como tentativa de colaborar com a diminuição do fosso existente entre as linguagens académica e jornalística que, em muitos casos, seja de um lado ou seja do outro, acabam por restringir o potencial comunicativo de suas produções textuais.

A Revista, na sua primeira fase, contemplará o espaço lusófono e terá sua apresentação em formato digital com participação de colaborares/as de diferentes orientações profissionais. A periodicidade será trimestral e sua distribuição gratuita.

PRIMEIRO TEMA: PORNOGRAFIA

O tema de abertura do projecto é a Pornografia. Apesar de existirem diversos debates acerca das diferenciações socioculturais entre o que é ou não pornografia, não é interesse desta edição balizar qualquer tipo de definição certeira. E sim, experimentar as diversas formas de significação deste conceito. Uma delimitação interessante da emergência do conceito de pornografia e sua consolidação enquanto prática dá-se a partir do contexto histórico do surgimento das tecnologias de impressão “ao colocar em circulação reproduções baratas, criando um próspero mercado para o obsceno” (Moraes, 2003). Esta, segundo Moraes (2003) é uma das teses centrais da colectânea de ensaios “A invenção da pornografia – A obscenidade e as origens da modernidade, 1500-1800, organizado por Lynn Hunt (1999). Importa também realçar que o interesse deste projecto editorial afirma-se a partir das inúmeras possibilidades interpretativas deste conceito. E neste caso, prevalece a própria representação da pornografia a partir da visão escolhida pelos autores desta edição diante de uma impossibilidade delimitadora de tal prática.

O lançamento do Número Zero da Revista (IN)VISÍVEL decorrerá dia 28 de Setembro, pelas 15.30h (hora de Portugal), através de uma transmissão em directo, pela Internet.

11.09.2011 | por martalanca | feminismo, pornografia

nova galeria BUALA

Celebrações / Negociações

Fotógrafos africanos na Coleção Gilberto Chateaubriand _ Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro

Malick Sidibé (Soloba, Mali, 1936), Seydou Keïta (Bamako, Mali, 1921), Jean Depara (Angola, 1928 – Congo, 1997), Ambroise Ngaimoko (Angola, 1949) e J.D. Okhai Ojeikere (Nigeria, 1930).

 

11.09.2011 | por franciscabagulho | Ambroise Ngaimoko, Fotografia Africana, J.D. 'Okhai Ojeikere, Jean Depera, Malick Sidibé, Seydou Keita

From Buraca to Berlim: Entrevista com Kalaf Ângelo

Kalaf Ângelo, músico, poeta e cronista angolano, é o homem forte do grupo Buraka Som Sistema, essa espécie de world music das pistas de dança que alia os ritmos eletrónicos europeus com o kuduro angolano. Após o sucesso estrondoso dos álbuns From Buraka to the World e deBlack Diamond, o novo discoKomba tem estreia marcada para Outubro de 2011. Para assinalar o lançamento, o grupo inicia agora uma tournée que os levará ao Brasil, Argentina e Estados Unidos, entre outros. Tocam no dia 10 de Setembro em Berlim, no Berlin Festival no Aeroporto de Tempelhof.

Kalaf Ângelo fala pausadamente, num discurso ponderado como se quisesse encontrar a elegância em cada frase. Quem ouça a sua voz serena dificilmente imaginará que o dia a dia deste jovem é levar milhares de pessoas ao rubro pelos palcos desse mundo fora. Viveu um ano em Berlim e guarda uma imagem muito carinhosa da cidade.

Ler na BERLINDA 

08.09.2011 | por martalanca | Kalaf

Programa de Cinema: All Power to the People. Então e Agora

Para encerrar esta exposição preparámos um programa em diferentes registos - documental, ficção e experimental - à volta das lutas pelos direitos civis, da acção revolucionária e militante e da actividade dos Black Panters 

PROGRAMA (sinopses dos filmes no site)

Quinta dia 8 de Setembro às 22h

Diferentes exemplos do cinema militante associado às lutas pelos direitos civis nos EUA nas décadas de 60-70,  

incluindo o panfleto fílmico anti-discriminação de Santiago Alvarez (ao som de Lena Horne), o vídeo da leitura  

por Jean Genet de um libelo pela libertação de Angela Davis e finalmente produções dos colectivos Newsreel  

que reflectem, de modo variado, diferentes aspectos dessas lutas.

‘ Now’ de Santiago Alvarez (1965,5′)

‘Off the pig (Black Panters)’ de Newsreel Film Collective, S. Francisco (1968, 20′)*

‘Case against the Lincoln Center’ de Newsreel Film Collective, NY (1968, 12′)*

‘Repression’ de Newsreel Film Collective, LA (1969, 12′37”)*

‘Genet Parle D’Angela Davis’ de Carole Roussopoulos (1970, 7′)

‘Columbia Revolt’ de Newsreel Film Collective, NY (1968, 50′)*

Sexta dia 9 de Setembro às 22h

Uma ficção sobre a acção revolucionária e o activismo político e um dos filmes que melhor reflectem o pensamento 

da esquerda americana na década de 60. No filme, um grupo revolucionário luta no seu próprio seio contra as cisões  

que ameaçam a sua integridade ao mesmo tempo que planeiam acções de guerrilha contra um regime fascista  

americano instaurado num futuro próximo.

‘Ice’ de Robert Kramer (1970, 103′)

Sábado dia 10 de Setembro às 22h

Uma sessão que reúne a totalidade da série Black Films realizada por Aldo Tambellini na década de 60, uma  

sequência de sete curtos filmes experimentais, pioneiros da era electrónica e que combinam a abstracção com  

a utilização de imagens manipuladas num comentário directo aos acontecimentos políticos da altura..

‘Black Is’ (1965, 4′)

‘Black Trip#1′ (1965, 4′30”)

‘Black Plus X’ (1966, 8′30”)

‘Black Trip#2′ (1967, 3′)

‘BlackOut’ (1965, 9′)

‘Black TV’ (1968, 10′)

‘Moonblack’ (1969,14′)

Sábado, dia 10 de Setembro às 24h

Festa Fecho Exposição

Apresentação da plataforma Gueto

Concerto Lord G

 

08.09.2011 | por martalanca | black panters

O Grande Salto, Migração e retorno no Mali. Exposição LISBOA

Pintura de Mohamed Sissoko e Samakoun Dembele, 2008. O assalto às cercas, apesar da intervenção dos helicópteros espanhóis.Pintura de Mohamed Sissoko e Samakoun Dembele, 2008. O assalto às cercas, apesar da intervenção dos helicópteros espanhóis.

O CEA (ISCTE-IUL) apresenta a exposição multimédia O Grande Salto – Migração e retorno no Mali, organizada por Stephan Dünnwald e Isabel Boavida no âmbito do programa expositivo Confinamento, Deslocação e Migração da Fábrica Braço de Prata. 

Inauguração simultânea das exposições | 08 Setembro – 20h00 até 02 Outubro 2011 (a partir das 20h00) 

Debate Doing border: building and overcoming fences | 22 Setembro 

Debate Olhares e narrativas sobre migrações em Portugal | 30 Setembro 

Fábrica Braço de Prata | Rua da Fábrica do Material de Guerra – Lisboa  www.cea.iscte.pt

08.09.2011 | por franciscabagulho | migração

CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO - CIDAC

O Centro de Documentação, único no seu género em Portugal, marca em definitivo a identidade do CIDAC, na medida em que constituiu a sua primeira razão de ser e a sua primeira actividade.

Em Maio de 1974 o CIDAC procurou responder à ansiedade do público em informar-se e conhecer melhor as questões relativas à colonização portuguesa em África, à guerra colonial, às lutas de libertação nacional e ao processo de descolonização que se iniciava. O primeiro núcleo documental provinha do trabalho de recolha efectuado pelo chamado “Grupo do BAC” (Boletim Anti-Colonial) que, nas difíceis condições impostas pelo regime anterior ao 25 de Abril, tinha como objectivo sistematizar e divulgar as realidades das colónias portuguesas, as aspirações dos seus povos e as propostas dos seus dirigentes. Esta informação era considerada um contributo imprescindível para que os cidadãos portugueses pudessem exercer o que hoje chamaríamos uma “cidadania activa e responsável”. Este espólio foi exaustivamente tratado em 2000/2001, passando a estar desde então acessível para consulta.

A partir da proclamação das independências dos novos Países de Língua Oficial Portuguesa, a atenção do público focalizou-se no acompanhamento dos respectivos processos de reconstrução nacional, pelo que o CIDAC optou por especializar o Centro de Documentação em duas áreas específicas e complementares: as realidades dos PALOP, em todas as suas vertentes e as relações entre Portugal e esses países.

Nós últimos anos foram criados outros núcleos documentais: um sobre as literaturas dos PALOP e a literatura portuguesa relacionada com esses países e um segundo, respeitante a matérias do âmbito da Cooperação e da Educação para o Desenvolvimento, das Migrações e Desenvolvimento e do Comércio e Desenvolvimento – áreas temáticas nas quais o CIDAC tem centrado a sua intervenção nos últimos anos.

O Centro de Documentação disponibiliza esta informação através de um serviço público. Poderá consultar a Base de Dados Bibliográfica disponível na Internet e conhecer todos os títulos de monografias, documentação cinzenta e analíticos e publicações periódicas _Ver Catálogo bibliográfico).

Rua Tomás Ribeiro, nº 3
LISBOA - PORTUGAL
+351 21 317 28 60
www.cidac.pt - documentacao@cidac.pt

08.09.2011 | por martalanca | Cidac

Angola: 14 ONG's condenam detenção e tortura de manifestantes

14 organizações da sociedade civil angolana denunciaram as agressões e detenções de jovens e jornalistas na manifestação de 3 de Setembro. 21 detidos irão a julgamento sumário nesta quinta feira. Human Rights Watch alerta que existem 30 detidos incontactáveis e em paradeiro desconhecido. Eurodeputados do Bloco exigem informação.

Nesta quinta feira, 8 de Setembro, irão a julgamento sumário em Luanda 21 pessoas que foram detidas na manifestação do passado dia 3 de Setembro, promovida por jovens sob o lema “32 é de mais”, referindo-se aos anos em que Eduardo dos Santos ocupa a Presidência da República de Angola. Entre as pessoas detidas encontra-se Ermelinda Freitas de 60 anos, militante do Bloco Democrático. A Human Rights Watch (HTW) que exige o fim da repressão dos protestos anti-governamentais em Angola, manifestou-se preocupada pela existência de presumivelmente três dezenas de pessoas que continuam incomunicáveis e em paradeiro desconhecido.

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08.09.2011 | por martalanca | angola, manifestações

DOCKANEMA 2011 - 6è édition - filmes

Liste des films

FILM D’OUVERTURE 

NOSTALGIA DE LA LUZ, de Patricio Guzmán, Chili/France/ Espagne/Allemagne, 2010, 90’

SPORT

EL ALUMNO, de Miguel Luna, Espagne, 2010, 38’

HAVE YOU HEARD FROM JOHANNESBURG?, de Connie Field, USA, 2010, 96’

LIFE IS NOT A HOME GAME, de Frank Pfeiffer/ Rouven Rech, Allemagne, 2010, 91’

MORE THAN JUST A GAME, de Junaid Ahmed, Afrique du Sud, 2005, 89’

MUNDIALITO, de Sebastian Bednarik, Uruguai/ Brasil, 2009, 75’

MY PLAYGROUND, de Kaspar Astrup Schröder, Danemark, 2010, 51’

ONE GOAL, de Sergi Agusti, Sierra Leone /Espagne, 2008, 26’

OUT OF THE ASHES, de Tim Albone/Leslie Knott/ Lucy Martens, UK, 2010, 86’

RIO BREAKS, de Justin Mitchell, USA, 2009, 85’

THE GAME MUST GO ON, d’Angeli Andrikopoulou et Argyris Tsepelikas, Grèce, 2010, 81’

THE TEAM, de Patrick Reed, Canada, 2010, 87’

THE TWO ESCOBARS, de Jeff Zimbalist et Michael Zimbalist, Colombie/USA, 2010, 100’

TIN TOWN, de Geoff Arbourne, Afrique du Sud, 2011, 29’

 

SAL DA TERRA (“Sel de la terre”) (10)

CAMPO MEU FUTURO, de Gabriel Mondlane, Mozambique, 2011, 23’

EU, MUCAVELE, de Patrick Schmitt, Mozambique, 2011, 26’

GRANDE HOTEL, de Lotte Stoops, Mozambique, 2011, 70’

ITOCULO 2009, de Nuno Ventura Barbosa, Portugal/Mozambique, 2011, 61’

PFUNGUZA - NOEL LANDA, de Lionel Moulinhon Mozambique, 2011, 25’

SUBVERSES – CHINA IN MOZAMBIQUE, d’Ella Raidel, Mozambique/Autriche, 2011, 45’

THE ONE MINUTES JR, Mozambique, 2011

TIMBILA E MARIMBA CHOPE, d’Aldino Languana, Mozambique, 2010, 52’

VOZES DE MOCAMBIQUE, de Susana Guardiola et Françoise Polo, Espagne/Mozambique/ Portugal, 2011, 97’

WHY ARE THEY HERE? CHINESE STORIES IN AFRICA, de Yara Costa Pereira, Ghana/Lesotho/Mozambique, 2011, 35’

 

FENÊTRE OUVERTE (27)

A FALTA QUE ME FAZ, de Marília Rocha, Brésil, 2009, 85’

A OUTRA GUERRA, d’Elsa Sertório et Ansgar Schäfer, Portugal, 2010, 46’

ABOIO, de Marília Rocha, Brésil, 2005, 73’

ACACIO, de Marília Rocha, Brésil, 2008, 80’

ANDRE CYPRIANO: GUNS AND SLUMS PHOTOGRAPHER, de Iara Lee, USA/Brésil, 2011, 3’30

ANGELI 24 HORAS, de Beth Formaggini, Brésil, 2010, 25’

CESAR LOPEZ: TURNING GUNS INTO GUITARS, de Iara Lee, USA/Colombie/Brésil, 2011, 3’08

CULTURAS DE RESISTENCIA, de Iara Lee, USA, 2011, 73’

A DAY WITH LOWKEY & SHADIA MANSOUR, de Iara Lee, 2011, 6’23

CIDADÃO BOILESEN, de Chaim Litewski, Brésil, 2009, 92’

DIARIO DE UMA BUSCA, de Flávia Castro, Brésil/France, 2010, 105’

EVERY CHILD IS BORN A POET, de Jonathan Meyer Robinson, USA, 2002, 60’

FEEDING ROOTS, de Koulsy Lamko, Tchad/Mexique/Rwanda, 2010, 80’

FOR BETTER OR FOR WORSE, de David Collier, USA, 1993, 57’

GATWITCH FESTIVAL: SHOWCASING A NEW GENERATION OF AFRICAN ARTISTS AND ACTIVISTS, de Iara Lee, USA, 2011, 6’02

LES EGARES, de Christine Bouteiller, France/Cambodge, 2010, 58’

LEXXUS LEGAL, HIP HOP FOR SOCIAL CHANGE, de Iara Lee, USA, 3’04

LI KE TERRA, de Filipa Reis, João Miller Guerra et Nuno Baptista, Portugal, 2010, 65’

LOS DIOSES DE VERDAD TIENEN HUESOS, de Belen Santos Osario et David Alfaro Simon, Espagne/Portugal/Guinée Bissau, 2011, 90’

MV BILL:PEACE TO THE FAVELAS, de Iara Lee, USA/Brésil, 2011, 3’04

SERGIO, de Greg Barker, USA, 2008, 94’

TAMBORES , de Sérgio Raposo, Brésil/ Chine/ Qatar/ Portugal/ Zambie/ Mozambique, 2011, 71’

TERRA DEU, TERRA COME, de Rodrigo Siqueira, Brésil, 2010, 88’

THEMBO KASH: CARTOONING FOR INJUSTICE, de Iara Lee, USA/Congo, 2011, 4’35’’

VIRAMUNDO, de Geraldo SarnoBrésil, 1965, 40’

WELCOME TO TSUKIJI, de José Almena Redondo, Espagne/Japon, 2010, 23’

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07.09.2011 | por martalanca | Dockanema

Moçambique: Memória Falda do Islão e da Guerra

07.09.2011 | por franciscabagulho | Moçambique