Elas também estiveram lá

um filme realizado por Joana Craveiro
uma produção Teatro do Vestido

Um documentário poético sobre a invisibilidade das mulheres em acontecimentos históricos, como a ditadura portuguesa de 1926-1974, ou o processo revolucionário de 1974-75. Combinando histórias de vida, fotografias e documentos originais, o filme reencena essas vidas invisíveis e culmina com uma cena filmada numa pequena sala de cinema, que se acredita ter sido usada pelos censores durante a ditadura portuguesa.

Estreado em sala no âmbito do Festival Olhares do Mediterrâneo – Women’s Film Festival, em Novembro de 2021, foi galardoado com Prémio Especial do Júri pela imensa criatividade, mistura de formatos, do teatro à reportagem, filme de arquivo e linha pedagógica e uma rara erudição de Cinema, a fazer evocar as Histoires du Cinéma de Godard, bem como a explícita citação de filmes portugueses. Mostra trabalho, ideias de cinema, inteligência e humor.”
Elas também estiveram lá, originalmente um espectáculo de teatro estreado em 2018, foi nomeado pela SPA para melhor Texto Português Representado, em 2019.

Conceção, texto e realização: Joana Craveiro

Apoio ao argumento: Bonneville

Câmera: José Torrado

Montagem: José Torrado, Joana Craveiro

Direção de fotografia: José Torrado, João Cachulo

Iluminação: João Cachulo

Direção de som: Rui Dâmaso

Voz-off em estúdio: Sérgio Milhano

Assistência de realização e anotação: Estêvão Antunes

Música original e ambiente sonoro: Francisco Madureira

Direção de arte Teatro do Vestido

Guarda-roupa: Ainhoa Vidal

Apoio criativo em várias frentes: Tânia Guerreiro

Direção de Produção: Alaíde Costa

Assistência de produção: João Ferreira

Gestão Financeira: Leocádia Silva

Com: Ainhoa Vidal, Inês Monteiro, Inês RosaDO, Joana Craveiro, Joana Margarida Lis, Júlia Guerra, Tânia Guerreiro, Vera Bibi

Figuração: Sónia Guerra, Tatiana Damaya

Sónia Guerra e Tatiana Damaya participam neste projeto n contexto de estágio curricular, ao abrigo do protocolo entre o Teatro do Vestido e ESAD.CR

Apoio: Câmera Municipal de Lisboa – Arquivo Municipal de Lisboa | Fotográfico

Co-produção: Teatro do Vestido e EGEAC

 22 Abril 2022 | 22h00 | DesobeDoc 2022
Cinema Trindade - Rua do Almada 412, Porto

veja o tailer

+ informações

20.04.2022 | por arimildesoares | elas também estiveram lá, filme, invisibilidade das mulheres, Joana Craveiro, porto, teatro vestido

Proibido por inconveniente – Materiais das censuras no arquivo EPHEMERA

A partir do espólio do ARQUIVO EPHEMERA, biblioteca e arquivo do historiador José Pacheco Pereira, os curadores, Júlia Leitão de Barros e Carlos Simões Nuno, mostram nesta exposição exemplos das várias censuras do Estado Novo, eficaz arma do regime da ditadura. À volta da data do 25 de Abril de 2022, a exposição tem também uma intenção pedagógica, segundo Pacheco Pereira, “mostrar o que é a Liberdade, pela sua negação”.

A CENSURA E A DEFESA DO RESPEITINHO

“Só existe aquilo que o público sabe que existe” (Salazar)

O grande feito da Censura, existente durante 48 anos, foi deixar como herança, até aos nossos dias, uma nostalgia de um Portugal onde todos se entendiam, onde havia “consenso”, onde todos trabalhavam pelo “bem comum”, sem corrupção que não fosse o roubo do pão pelos necessitados, onde havia “respeito” e boa educação. Ou seja, uma nostalgia perversa do Portugal da ditadura.

Eu conheço bem a Censura que durou 48 anos, até por experiência própria. O país que não podia vir a público, ou seja, o país “real” como agora se diz, era muito diferente do que conseguia emergir nos jornais e nos livros, mesmo na imprensa clandestina. Um dos grandes sucessos da Censura foi criar uma imagem de Portugal pacificado, inerte, pouco conflitual, sem grandes violências, mais de bons costumes do que de maus, que foi eficaz mesmo com aqueles que lutavam contra a ditadura. E continua eficaz quando se lê o que se escreve hoje em dia sobre os malefícios da democracia, em particular a corrupção, com a sugerida e às vezes explícita ideia de que nada disto com esta dimensão existia antes do 25 de Abril. Uma das coisas que os atacantes do “sistema” fazem é acentuar a dimensão da corrupção em democracia, sugerindo inevitavelmente que ela vem com a forma do regime e, por isso, lutar contra a corrupção é também lutar contra o “sistema” de partidos e políticos corruptos.

Nunca ninguém se interroga por que razão nunca houve nada de parecido com a “operação Marquês” ao longo dos extensos 48 anos de ditadura? Não havia corruptos nos altos lugares da nação? Não havia corruptos na União Nacional? Nenhum general, embaixador, deputado à Assembleia Nacional, ministro ou secretário de estado, comandante da Legião ou graduado da Mocidade Portuguesa, nenhum governador colonial, bispo, “meteu a mão na massa”? Ou houve casos de corrupção que a Censura não nos deixou conhecer? Sem dúvida, como se vê nos cortes da Censura, do mesmo modo que havia pedofilia, violência contra as mulheres, violações, roubos, violências, e suicídios.

Mas a resposta é pior ainda: não havia corrupção porque não havia justiça para os poderosos do regime, e a pouca que havia era para os escalões intermédios para baixo. E, por isso, a corrupção entre os grandes da Situação, fossem políticos, com a mais que comum transumância da política para os negócios, decidida quase sempre pelo próprio Salazar, fossem os banqueiros e empresários do regime, estava naturalmente protegida porque ninguém sequer se atrevia a iniciar um inquérito. A excepção com os “ballets roses” foi um caso de costumes, e mesmo assim fortemente protegido pela Censura.

Neste sentido, a Censura foi talvez a mais eficaz arma do regime da ditadura, cujos efeitos ainda hoje estão submersos no nosso quotidiano. Muito mais do que a subversão do “político” o que a Censura protegia era o poder, todas as hierarquias que dele emanavam, exigindo mais do que respeito, “respeitinho”. Em 48 anos, em que não houve um único dia sem censura, foi este o seu legado.

A exposição sobre a Censura que o ARQUIVO EPHEMERA realiza em conjunto com a CM de Lisboa, à volta da data do 25 de Abril de 2022, tem por isso uma intenção a que podemos chamar pedagógica, mostrar o que é a Liberdade, pela sua negação.

Por: José Pacheco Pereira, abril de 2022

PROGRAMA PARALELO

Dia 9 | A Censura no cinema | 17h

“O que nem se podia ver”

Mesa redonda com:

António da Cunha Telles

António-Pedro Vasconcelos

Eduardo Geada

Fernando Matos Silva

Manuel Mozos

Paulo Trancoso

moderação: Paulo Portugal

Dia 21| A censura na música|18h

“O que nem se podia ouvir”

Dia 27 | 17h30

Apresentação do livro “Censura, a construção de uma arma política do Estado Novo”, da curadora da exposição, Júlia Leitão de Barros.

O livro é editado pela Tinta-da-China e será apresentado por Adelino Gomes.

18h30 | A censura do pensamento e do gosto

“O que nem se podia pensar”

Edifício Diário de Notícias

17.04.2022 | por arimildesoares | arquivo EPHEMERA, curadoria, exposições, José Pacheco Pereira, lisboa

A Liberdade Passa por Aqui

 

Imagem por José FradeImagem por José Frade

No âmbito das comemorações do 48.º aniversário do 25 de Abril, o quarto andar da antiga prisão do Aljube é agora um espaço de convívio e liberdade. Há um bar com cocktails revolucionários, uma pista de dança com música de intervenção e três murais – escrita, desenho e colagem – onde o público é convidado a deixar o seu contributo em forma de arte. Novas palavras, novas imagens, novas ideias, o que foi e o que é a revolução, 48 anos depois.

DJ
23 ABRIL
Luís Varatojo + Di Cândido aka DIDI

24 ABRIL
Surma + Tó Trips
VIDEO
Cristina Viana

MURAIS — Orientação
Escrita: Ondjaki
Desenho: Nuno Saraiva
Colagem: Inês Vieira da Silva

Museu do Aljube - Resistência e Liberdade

23 — 24 Abr - 2022
Sábado e domingo

Das 16h às 20h

Como lá chegar?

17.04.2022 | por arimildesoares | 48.º aniversário do 25 de Abril, A Liberdade Passa por Aqui, lisboa, museu do aljube

O Fascismo Aqui (Nunca) Existiu!

27 de abril, às 21h

Sinopse

“O primeiro espetáculo de um tríptico teatral denominado “IDENTIFICAÇÃO DE UM (O MEU!) PAÍS” sobre a vida em Portugal nos últimos 70 anos, de 1945 até aos nossos dias. Esta primeira abordagem, a estrear em 2017, abarca o período que vai de 1945, ano em que terminou a Segunda Guerra Mundial e em que nasceu a personagem, um homem que dá testemunho de como foi viver em Portugal nesses tempos, até à manhã do 25 de Abril de 1974.

Um olhar muito pessoal, uma revisitação, uma retrospetiva do quotidiano da(s) vida(s) de um português e dos portugueses, através de alguém que, intervindo ativamente na vida política, social e cultural do nosso país, interpreta com os olhos de hoje, as suas vivências pessoais e os acontecimentos nacionais e globais que o marcaram como pessoa e nos marcaram como povo.

Como o poeta, diz a personagem, VIVER PARA CONTAR. Histórias, umas verdadeiras (ou mais ou menos) outras inventadas do seu pequeno mundo, próprias, da sua família ou dos seus vizinhos da ilha do Porto em que habitou durante a sua infância e juventude, misturadas com a vida das personagens e heróis que conheceu nos seus primeiros livros e filmes, na telefonia onde o mundo (ainda que censurado) entrava em sua casa, a primeira que teve um rádio em todo o bairro, antes do aparecimento da televisão que o apanhou já rapazote, das notícias e acontecimentos que diariamente acompanhava pelos jornais e as longas conversas com os outros que lhe contavam o mundo”. O MUNDO EM QUE VIVI, vivemos!

Ficha Técnica e Artística

Texto, Dramaturgia, Direção e Encenação: José Leitão

Assistência de Encenação: Daniela Pêgo

Interpretação: Flávio Hamilton, Inês Marques, Luís Duarte Moreira, Patrícia Garcez e Susana Paiva

Direção Técnica, Desenho de Luz e Vídeo: André Rabaça

Direção de Movimento: Costanza Givone e Daniela Cruz

Música: Pedro “Peixe” Cardoso

Figurinos: Luísa Pinto | Espaço Cénico: José Lopes e José Leitão

Fotografia: Paulo Pimenta | Produção: Sofia Leal e Daniela Pêgo

Classificação etária | M/ 12 anos

Duração | 90 minutos (aprox.)

Lotação | 188 lugares (inclui quatro lugares para pessoas com mobilidade reduzida)

Preço de bilhetes | 7 € (preço normal); 5€ ( < 25 anos; pack familiar; profissional do espetáculo; + 65 anos; pessoas com deficiência). Aderentes Cartão CAES - dois bilhetes pelo preço de um normal.

Info e reservas | 91 461 69 49| geral@teatromosca.com

Morada: AMAS –Auditório Municipal António Silva

Shopping Cacém

Rua Coração de Maria, nº 12735-470 Cacém

16.04.2022 | por arimildesoares | Cacém, O Fascismo Aqui (Nunca) Existiu!, teatro

Museu do Ar organiza atividades para o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios

O Museu do Ar promove visitas guiadas, com entrada gratuita, nos dias 18, 23 e 24 de abril para assinalar o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios.

As visitas guiadas são compostas por diversas “escalas” através de um percurso que passa pelo Palácio da Granja do Marquês, Campanário, Capela de Nossa Senhora do Ar, Aqueduto e Hangares de Vila Nova da Rainha.

Esta é uma oportunidade única para viajar no tempo e conhecer estes locais, onde os visitantes são transportados para uma inesquecível história com início há 200 anos.

O ponto de encontro será no Museu do Ar em Sintra, na Granja do Marquês, e a visita tem a duração de 01h30, com cerca de 2,5 Km.

A iniciativa é limitada a 30 pessoas e a inscrição pode ser efetuada AQUI. Para mais informações deve entrar em contacto com o Museu do Ar através do e-mail: museudoarportugal@gmail.com

Os horários das visitas são os seguintes:

  • 18 de abril (segunda-feira) – 14h30
  • 23 de abril (sábado) – 14h30
  • 24 de abril (domingo) – 10h30
Saiba mais sobre o Museu do Ar.

16.04.2022 | por arimildesoares | Campanário, Capela de Nossa Senhora do ar; Aqueduto e Hangares de Vila Nova da Rainha; Sintra, Granja do Marquês, Museu do ar

MOVART - Podcast project

With a podcast, visual art and especially the voice of the artists is made audible. In this way, we hope to create another level in the experience of and with art.

We are happy to announce the release of the MOVART Podcast Project. In this podcast, we talk to the artists of the MOVART Gallery.

We learn more about the story behind the artworks: About the inspiration, the motivation and the process from the artist‘s perspective. 

In the first episode we will meet Fidel Évora. We talk to him about street art, the power of social media to construct our own past and the role of music in visual art. Enjoy!

In the coming months we will be releasing more episodes with artists such as Kwame Sousa, Alice Marcelino, Sofia Yala, Mario Macilau and many more. Stay tuned

14.04.2022 | por Alícia Gaspar | cultura, galeria movart, movart, podcast

“Somos O Que Somos” é o novo single de A’mosi Just a Label

A’mosi Just a Label volta a levar-nos através da simplicidade da sua música até “Somos O Que Somos”, um retrato sobre a existência de cada um. O novo single, totalmente cantado em português, é o mais recente avanço de um disco a editar no dia 29 de abril.


A’mosi Just a Label é a forma existencial de um ser humano que não se caracteriza apenas pelo um nome. O artista angolano, nascido no Uige, com pais Bazombo, fundou a Konono Soul Music, batizando assim a editora independente numa homenagem ao género musical com o mesmo nome. Foi em 2014, com o EP “Jack Nkanga”, que o artista começou a ganhar notoriedade ao ser nomeado para os prémios Angola Music Awards. Venceu o prémio francês Le Rêve Africain em 2016, e foi ainda nomeado no top da Rádio Luanda com dois singles “Redentor” e “Arts & Crafts”, em 2013 e 2014 respectivamente.

A’mosi produz um som vanguardista, num conjunto de melodias com influências contemporâneas e urbanas, ilustrados por textos e poesias baseados na intuição humana ao enfatizar o bem da natureza. “Somos O Que Somos” é “um retrato sobre a existência, desde a forma como viemos ao mundo, à nossa postura diante da vida sendo ela boa ou má, à beleza que esbanjamos, o que compreendemos sobre a humanidade enquanto existimos. É uma referência ao valor das coisas sem a influência humana e a felicidade que supostamente somos.” explica A’mosi.

O novo single é um tema totalmente cantado em português, escrito, composto, e produzido inteiramente pelo artista. “Somos O Que Somos” junta vários músicos entre Angola, Portugal e Brasil, e foi gravado por Pedro Serraninho, em Lisboa nos estúdios do Atlântico Blue, por Idalésio no estúdio da Arca Velha em Luanda, por Joselmo Graciano no estúdio da Libito Music, e ainda editado por Waldemar Vilela sob direção do próprio autor da música.

É nesta forma despretensiosa de olhar a vida que A’mosi Just A Label nos leva de novo através da leveza da sua música, desta vez com o single “Somos O Que Somos”. O novo tema pode ser escutado nas plataformas digitais habituais.

13.04.2022 | por Alícia Gaspar | a'mosi just a label, arte, konono soul music, música, somos o que somos

MOVART | Nzinga Residency - Open Call

The MOVART Gallery is excited to host our first artist residency. A project by women for women.

NZINGA Residency aims to be a platform that promotes the empowerment of women in African countries, that encourages cultural production by women and that contributes to the creation of new synergies and cooperation between Portuguese-speaking countries and to the strengthening of cultural relations between those. 

The artists are invited to explore different themes and concepts of production, crossing the boundaries of gender and identity. The programme aims to be a space for searching and building connections  through art.

The open call is aimed at emerging female artists from Angola and the PALOPs, lasts for two month and takes place in October  in Luanda, Angola.

We are pleased to be working with both ProCultura and the WUAMI – Centro de Artes, Pesquisa e Formação on this project. 

For more information: https://movart.co.ao/en/nzinga-residency/

13.04.2022 | por Alícia Gaspar | movart, nzinga residency, open call, Residência Artística, wuami

Sant Jordi na FLUL

De 18 de abril a 13 de maio
EXPOSIÇÃO | “A literatura catalã, um miradouro para o mundo”
Entrada da Faculdade de Letras (FLUL - Universidade de Lisboa)

Sant Jordi é uma das celebrações mais originais da Catalunha e tem lugar durante a primavera, no dia 23 de abril. “Trata-se de uma festa popular, que une cultura e romantismo combinando a celebração do dia do livro e do dia dos apaixonados”.

segunda-feira, 18 de abril
APRESENTAÇÃO DE LIVRO | Conversa com Rita Custódio e Àlex Tarradellas, tradutores da antologia de poesia catalã ‘Resistir ao Tempo’
16h30 | Sala A201 Anfiteatro III (FLUL)

terça-feira, 19 de abril
TERTÚLIA COM TINA VALLÈS | Os alunos de Catalão B1 e B2 falarão com a autora do livro ‘La memòria de l’arbre’, Tina Vallès
18h30 | Sala C134.A (FLUL)

quarta-feira, 20 de abril
APRESENTAÇÃO DE LIVRO | ‘A Memória da Árvore’, com Tina Vallès (autora), Artur Guerra e Cristina Rodriguez (tradutores)
18h | Livraria LeYa na Buchholz (Rua Duque de Palmela, 4)

sexta-feira, 22 de abril
CONFERÊNCIA | “Uma ponte entre culturas. A tradução literária de português para catalão” com Gabriel de la S. T. Sampol (tradutor)
17h | Sala A202 Anfiteatro IV (FLUL)

sábado, 23 de abril
PASSEIO LITERÁRIO | “A vida é passear-se pela Baixa”. Itinerário literário baseado no livro de poemas ‘Lisbona’, com a presença de Gabriel de la S. T. Sampol (autor)

Inscrição: xmagrinya@edu.ulisboa.pt
10h | Jardim do Príncipe Real

07.04.2022 | por Alícia Gaspar | FLUL, leitura, literatura, poesia, poesia catalã, sant jordi

Marlene Monteiro Freitas regressa ao D. Maria II para mergulhar em clássico de Eurípides

Cinco anos depois de ter estreado Bacantes, Prelúdio para uma Purga no Teatro Nacional D. Maria II, a coreógrafa e bailarina Marlene Monteiro Freitas regressa à Sala Garrett com o espetáculo que mergulha neste clássico do teatro. A 13 e 14 de abril, quarta e quinta-feira, às 19h, será possível ver ou rever Bacantes, Prelúdio para uma Purga, o olhar de Marlene Monteiro Freitas sobre As Bacantes, de Eurípedes.

©Guidance©Guidance

No texto de Eurípides, estão presentes o delírio e o irracional, a ferocidade e o desejo de paz, a selvajaria e a aspiração a uma vida simples. Direções contraditórias, elementos que chocam, corpos íntegros que se desmembram e crenças testadas ao limite. Este é o mundo que Marlene Monteiro Freitas percorre em Bacantes, Prelúdio para uma Purga. Um autêntico combate de aparências e dissimulações, polarizado entre os campos de Apolo e Dionísio.

Estreado em Lisboa em 2017, Bacantes, Prelúdio para uma Purga é um espetáculo coproduzido pelo Teatro Nacional D. Maria II e por vários teatros e festivais europeus, que tem viajado internacionalmente nos últimos cinco anos. Cofundadora da estrutura de artes performativas P.OR.K, Marlene Monteiro Freitas recebeu recentemente o Chanel Next Prize, prémio internacional dedicado à inovação no âmbito das artes e da cultura, distinção que juntou ao Leão de Prata da Bienal de Veneza, que lhe foi atribuído em 2018.

Mais informações sobre Bacantes, Prelúdio para uma Purga aqui.

07.04.2022 | por Alícia Gaspar | arte, bacantes prelúdio para uma purga, cultura, eurípides, marlene monteiro freitas, teatro, teatro dona maria

Mónica de Miranda inaugura “no longer with the memory but with its future”

A exposição reúne um novo conjunto de obras da artista

Inaugura no dia 23 de abril, em Veneza, por ocasião da abertura da 59ª Bienal Internacional de Arte de Veneza, a exposição individual de Mónica de Miranda, intitulada “no longer with the memory but with its future”, com curadoria de Paula Nascimento.

A exposição, uma iniciativa da associação italiana Nuova Icona e do coletivo Beyond Entropy Africa com o apoio da Fundação Gulbenkian, reúne um novo conjunto de obras de Mónica de Miranda, artista interdisciplinar portuguesa de origem angolana, cuja prática informada pela pesquisa investiga as convergências entre política, identidade, género, memória e lugar através de geografias de afeto, e estrutura-se em torno de uma obra vídeo de uma obra em vídeo “Path to the stars” (2022).

Inspirada no poema homónimo de Agostinho Neto, este vídeo foi filmado ao longo do Rio Kwanza, o rio mais longo de Angola, sendo que a vitalidade e força do ecossistema do rio funciona como uma analogia entre o corpo e a água e a sua relação com a história – o rio está directamente a história do Atlântico.

A exposição também é composta por trabalhos fotográficos que exploram a relação entre feminilidade e natureza, e uma instalação com texto. Expondo um olhar de oposição para a história, as obras desenvolvem importantes discussões sobre pertença e sobre construção de futuro no antropoceno contemporâneo.

O título “no longer with the memory but with its future” reflete sobre as relações dialéticas entre passado, presente e futuro por meio do engajamento criativo com traços históricos como forma de projetar e imaginar novos futuros.  Apresenta uma cosmovisão em direção a novos modos de compreensão da subjetividade humana, desenvolvendo uma discussão necessária em torno das relações entre dimensões humanas, como linguagem e política, e o ambiente em que vivemos. 

O filme “Path to the Stars” acompanha a jornada de uma heroína do nascer ao pôr do sol, confrontada por sua própria sombra e por diferentes temporalidades e micronarrativas, propondo uma contranarrativa composta pelas biografias complexas que se sobrepõem e interagem: o passado e os combatentes da liberdade anticolonial, a incerteza do presente e o desejo de pertença e a projeção do futuro e o desejo de chegar a uma simbiose com a natureza, o desdobrar a crise ecológica que destrói nossa própria natureza. Esta obra central funciona estruturalmente e conceitualmente como um rio com as suas ramificações e camadas de histórias e metáforas que se desdobram. 

Num momento em que a humanidade enfrenta vários desafios, como aumento da discriminação, aquecimento global, guerras e desastres ecológicos, “no longer with the memory but with its future” serve como uma oportunidade de compartilhar e buscar direções futuras por meio da reflexão criativa e da imaginação.

Esta exposição é complementada por uma publicação com uma introdução escrita por Vittorio Urbani e textos de Paula Nascimento, Ana Nolasco, Marisa Moorman e Yara Nakahanda Monteiro.

Curadoria: Paula Nascimento

Oratorio di San Ludovico, Veneza
23 abril  – 29 maio 2022

06.04.2022 | por arimildesoares | exposição, Monica de Miranda, no longer with the memory but with its future, Veneza

CCB | Ciclo Visualidades Negras — 13 abril com o cineasta Billy Woodberry

©Joana Linda©Joana Linda

Cineasta, Billy Woodberry é um dos fundadores do movimento coletivo L.A. Rebellion (Los Angeles School of Black Filmmakers), uma geração de jovens cineastas afro-americanos que procuraram a construção de um novo cinema negro. Ficou conhecido por ter realizado a longa-metragem de ficção Bless Their Little Hearts (1984), que foi premiada no Festival Internacional de Cinema de Berlim. Billy Woodberry é também professor de Cinema na Escola de Artes da Califórnia (CalArts) e ainda na UCLA.

O ciclo Visualidades Negrascom curadoria e moderação de Filipa Lowndes Vicente (Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa), propõe várias reflexões sobre a relação entre visualidade e negritude, abordando problemáticas que passam pela justiça racial, política e social.

Com o apoio da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento.

Descontos
Estudantes 20% 
Membros de associações 20%*
Preço de grupo: Mínimo de 10 pax – 20%*
*Estes descontos são válidos apenas na compra de bilhetes individuais e vendidos presencialmente no CCB.

06.04.2022 | por Alícia Gaspar | billy woodberry, CCB, ciclo visualidades negras, cultura, cultura visual, negritude

“Tempo Djá Muda” | Concerto de apresentação 14 de abril

KRIOL é o recente projeto formado por Danilo Lopes (Fogo-Fogo, Refillon e Orquestra Todos) com o seu primo Renato Chantre (Kussondulola, Mercado Negro e Orquestra Cesária Évora) que promete reinventar a música tradicional de Cabo Verde.

Esta dupla de peso juntou-se durante a pandemia motivada por criar novas sonoridades com o objetivo de levar o melhor da ilha até nós.

“Tempo Djá Muda” reflete a fusão do universo musical cabo-verdiano e os tempos em que vivemos em que “está tudo trocado, sem tempo de ouvir, só tempo de falar… aquilo que conta é mostrar a tua força” É uma crítica à sociedade em que vivemos e surge também como uma mensagem de esperança… “é tempo de os homens grandes mudarem!”

Desde Mazurkas, Valsas, Colá San Jon até Coladeras e Batukes… os concertos dos Kriol são uma viagem pelos sons do Atlântico, com um psicadelismo tropical que lhes é bastante peculiar, onde a dança simplesmente acontece.

O concerto de apresentação é no dia 14 de Abril na Casa Independente, com hora marcada para as 22h30. Depois seguem-se os Makafula que assumam os comandos da pista de dança até às 02h para nos fazer viajar pelo afro electronic. A noite promete!

06.04.2022 | por Alícia Gaspar | batukes, cabo verde, colá san jon, coladeras, concerto, KRIOL, mazurkas, música, tempo djá muda, valsas

Bolsas Jovens Criadores 2022

Até 15 de abril está aberto o concurso para atribuição de Bolsas de criação e/ou formação nas áreas de Artes Visuais e Artes do Espetáculo (Teatro e Dança).


Centro Nacional de Cultura e o Instituto Português do Desporto e Juventude, I.P. promovem mais uma vez o concurso para atribuição das BOLSAS JOVENS CRIADORES.

Trata-se de uma iniciativa que tem como objetivo estimular o trabalho criativo dos/as jovens nas diversas áreas das Artes e das Letras, e dirige-se a candidatos/as residentes em Portugal, de idade não superior a 30 anos, que tenham já apresentado publicamente um trabalho na área em que concorrem.

A seleção destes jovens, a cargo de júris independentes convidados pelo Centro Nacional de Cultura, nem sempre é fácil devido ao grande número de projetos de qualidade apresentados anualmente. A aposta nos candidatos selecionados tem sido gratificante pelo excelente trabalho que desenvolvem e pelo indubitável contributo para o panorama cultural português.

Foram até hoje distribuídas mais de 200 bolsas, permitindo a muitos jovens consolidar as suas carreiras artísticas, tendo-se muitos deles distinguido na criação cultural e artística nacional.

As candidaturas deverão ser enviadas até ao dia 15 de abril, conforme regulamento disponível em www.cnc.pt

06.04.2022 | por Alícia Gaspar | artes do espetáculo, artes visuais, bolsas, centro nacional de cultura, dança, teatro

Memórias de Servidão - Arquivo Digital de Memórias do Trabalho Servil

Apresentação | 06 abr. ‘22 | 17h00  | Auditório | Entrada livre

A condição servil tem permanecido numa zona encoberta da memória oficial e da história da sociedade portuguesa. Se a subalternidade servil doméstica foi votada ao silêncio, bem como a história das mulheres que fundamentalmente a viveram, deixou o seu enorme lastro nas formas de dependência social dos indivíduos, reproduzindo trajetórias, formas de desclassificação e desigualdades de género e de classe.

O site “Memórias de Servidão - Arquivo de História do Trabalho Servil” – apresenta-se como o novo arquivo digital de estudo e divulgação da história da condição servil, doméstica e hoteleira, procurando o registo oral e documental destas formas de trabalho.

O grupo de investigadores que o dirige pretende que funcione como um instrumento de conhecimento e partilha da história do trabalho servil, extensível não apenas à comunidade académica, mas também à sociedade civil. Este espaço pretende constituir-se como verdadeiro repositório de fontes visuais e escritas, acessível a todos, mas também como um espaço no qual um conjunto de investigadores nacionais e internacionais possam ter a oportunidade de incorporar as suas reflexões.

Queremos partilhar os grandes objetivos do “Memórias de Servidão - Arquivo de História do Trabalho Servil” e mostrar a forma como a sua estrutura pretende contruir-se de forma colaborativa e interativa. As suas valências são múltiplas, uma vez que as plataformas digitais de produção e divulgação de conhecimento têm gerado fenómenos de partilha que extravasam, muitas vezes, dificuldades na constituição de redes de trabalho, mas conseguem agir como facilitadores da difusão de temas com extrema relevância para a compreensão das estruturas da sociedade, atravessando reflexões sobre as questões de classe, género, etnia, trabalho, corpo, direitos ou mudanças sociais.

Programa
17h00 – Apresentação da Equipa Responsável pelo Site (DHLAB-IHC-NOVA FCSH)
17h15 – À descoberta do Arquivo: visita guiada virtual
17h45 – Apresentação do portal BUALA (Marta Lança)
18h15 – Discussão
19h00 – Fim da apresentação

Imagem: Pormenor de The Maids, Paula Rego, 1987.

05.04.2022 | por Alícia Gaspar | arquivo de história, arquivo digital, BNP, inauguração, memórias de servidão, site, sociedade civil

Interferências

Culturas Urbanas Emergentes

A diversidade cultural que caracteriza a cidade de Lisboa não suaviza as muitas histórias de uma metrópole segmentada e antagónica. Interferências é uma exposição que afirma diferentes expressões da cultura urbana, explorando itinerários narrativos da cidade através de um diálogo que privilegia o museu enquanto espaço crítico, lugar de encontro entre várias comunidades e sensibilidades – as instaladas que o frequentam e as subalternizadas que o desconhecem –, ponto de partida para novos começos. O maat transforma-se, assim, em palco de utopias e lutas intemporais, de tensões emergentes, de histórias contadas e por contar.

Organizada em núcleos, a exposição aborda vários temas que estruturam o desenho da metrópole, gerando diálogos entre esse palco e os seus atores. São também estes temas que dão o mote a uma agenda de eventos que contribui para a narrativa de Interferências, parte dos quais se pretende que gerem contributos que integrarão a exposição, tornando-a um projeto dinâmico revelado ao longo dos seis meses em que estará patente ao público.

Procurando dar visibilidade a outras dimensões da cidade, Interferências coloca em diálogo obras de artistas contemporâneos que usam as ruas como contexto de expressão e experimentação e obras de coleções institucionais e privadas, dando relevo a narrativas alternativas que visam interpelar o público, convidando-o a refletir sobre que cidade, espaços urbanos e instituições artísticas e culturais podem ser construídas juntando novas vozes a esse processo. 

Artistas
António Alves, Abdel Queta Tavares, Alfredo Cunha, Ana Aragão, Ana Hatherly, António Contador, António Cotrim, Apollo G, Blac Dwelle, Carlos Bunga, Carlos Stock, Diogo “Gazella” Carvalho, Diogo VII , Ernesto de Sousa, Fidel Évora , Filipa Bossuet, G Fema, Gonçalo Mabunda, Herberto Smith, Herlander, Isabel Brison , Julião Sarmento, Julinho KSD, Kiluanji Kia Henda, Luís Campos, Lukanu, Mantraste e moradores do PER11, Marta Pina, Marta Soares, Mónica de Miranda, Né Jah, Onun Trigueiros, Nuno Rodrigues de Sousa, Obey SKTR, Petra Preta, Primero G, Rappepa Bedju Tempu, Rico Zua , ROD (Rodrigo Ribeiro Saturnino), Rodrigo Oliveira, Sepher AWK, REAL G.U.N.S, Tony Cassanelli (Aurora Negra), Tristany, Tropas di Terrenu, Unidigrazz, Wasted Rita, xullaji

No âmbito de Interferências, será reinterpretado o Painel do Mercado do Povo, uma intervenção mural coletiva promovida pelo Movimento Democrático dos Artistas Plásticos e realizada a 10 de junho de 1974. Integrando as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, que se iniciam já em 2022, esta intervenção decorrerá nos jardins do maat e contará com a participação de 48 artistas, entre artistas envolvidos na criação do painel original, artistas da exposição e outros que se destacaram na cena artística portuguesa ao longo dos últimos 48 anos de democracia, que este ano se completam.

Exposição de 30/03 até 05/09/2022

Curadoria: Alexandre Farto, António Brito Guterres, Carla Cardoso

Bilhetes

01.04.2022 | por arimildesoares | Alexandre Farto, António Brito Guterres, Carla Cardoso, culturas urbanas emergentes, Interferências, Museu de Arte Arquitetura e Tecnologia

Tá faltando mundo aí: Literatura, infância e representações culturais

©Renato Parada©Renato Parada

Antropóloga, escritora, editora e consultora brasileira, Heloisa Pires Lima estará no CCB, no dia 6 de abril, às 18h30, a apresentar a conferência Tá faltando mundo aí: Literatura, infância e representações culturais, na qual irá falar sobre as dinâmicas do circuito livreiro infantojuvenil, destacando o caso da origem continental africana.

Esta palestra inaugura o ciclo Visualidades Negras, com curadoria e moderação de Filipa Lowndes Vicente (Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa), que propõe várias reflexões sobre a relação entre visualidade e negritude, com Billy Woodberry (13 abril), Deborah Willis (27 abril), Kenneth Montague (4 maio) e Ruth Wilson Gilmore (18 maio).

Com o apoio da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento.

20% desconto para estudantes (mediante apresentação de cartão de estudante ou comprovativo. Desconto válido apenas para bilhetes de sessão)

31.03.2022 | por Alícia Gaspar | heloisa pires lima, infância, literatura, representações culturais

AMPLA - Mostra de cinema: exibição "Alcindo"

2 de Abril, pelas 15h, na Culturgest

A Ampla, na sua primeira edição, é uma mostra de cinema que reúne uma seleção de filmes premiados em 2021 nos principais festivais em Portugal, entre eles Curtas Vila do Conde, Fantasporto, MOTELX, Festival Queer, MONSTRA, Doclisboa, IndieLisboa. Constitui uma oportunidade única para ver o melhor cinema português e mundial, entre curtas e longas-metragens, de documentários a filmes de terror, sem esquecer sessões dirigidas ao público mais novo Esta mostra é organizada pela Horta Seca - Associação Cultural, com a co-produção da Culturgest e a consultoria da Acesso Cultura, tendo como parceiros a Fundação Liga, a Bengala Mágica, a Associação Cultural de Surdos da Amadora e a APPDA Lisboa.

Para ser o mais inclusiva possível, todos os filmes que compõem a mostra são exibidos com recursos de acessibilidade.Desta forma, o filme “Alcindo” será exibido com legendas descritivas, interpretação em língua gestual portuguesa e audiodescrição, convidando também as pessoas com necessidades específicas a desfrutarem das sessão. Está também contemplada a acessibilidade no espaço físico para as pessoas que utilizam cadeiras de rodas.

 

31.03.2022 | por Alícia Gaspar | alcindo, ampla, Culturgest, documentário

Cápsula 5 — Segundo encontro

Bases para uma educação antirracista, com Luciana Alves e Keyna Eleison

O eurocentrismo e norteamericanismo que pautaram a educação no Brasil vêm sendo revistos graças à implantação da Lei 11.645, que obriga o ensino-aprendizagem das culturas afro-brasileiras e indígenas nas escolas. No sábado passado, Luciana Alves expôs suas reflexões em torno de três eixos: branquitude/negritude, raças e sistemas de poder. Já no próximo encontro, Keyna Eleison aborda espaços de socialização, analisando, em especial, a recepção de públicos de exposições. Será possível ultrapassar os limites impostos por um sistema de poder racista usando ferramentas educacionais criadas por esse mesmo sistema? Com quais interlocutores estabelecer alianças estratégicas e sustentáveis?
coordenação curatorial: Lisette Lagnado e Mirtes Marins de Oliveira

O evento também será transmitido no Youtube

Sobre as convidadas:

Luciana Alves é pedagoga, mestre em educação pela Universidade de São Paulo (USP) e doutoranda em educação na Universidade de Campinas (Unicamp). Luciana é ativista do movimento negro e Pró-reitora adjunta de Assuntos Estudantis na Unifesp (São Paulo). Dedica-se a pesquisas sobre desigualdades educacionais, com especial enfoque nos temas branquitude, políticas públicas para equidade racial e infância. É autora do livro Ser branco, publicado pela editora Hucitec e de artigos científicos sobre relações raciais.

 

Keyna Eleison é curadora, narradora, cantora e cronista social ancestral. Junto com Pablo Lafuente, é Diretora Artística do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ). Tem mestrado em História da Arte e leciona na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (Rio de Janeiro). Integrante da Comissão da Herança Africana da região do Cais do Valongo (Rio de Janeiro) e colaboradora da revista Contemporary & Latin America. Co-curadora da primeira edição da Bienal Amazônia, em 2022, com Sandra Benites, Flavya Mutran e Vania Leal (Belém, PA).

 

Local: Rua Dr. Cesário Mota Júnior, 443, São Paulo

Encontro: 02.04, Sábado, 11h—12h30

Saiba mais

31.03.2022 | por arimildesoares | Bases para uma educação antirracista, Capsula 5, Keyna Eleison, Luciana Alves, são paulo

FALA SÓ

Fala Só reúne dez artistas angolanos, residentes essencialmente em Lisboa e Luanda que, num reencontro casual na cidade de Lisboa, decidem reunir obras que expressem ou traduzam as suas interpretações de vários temas globais, africanos, angolanos e outros assuntos que por várias razões não são abertamente abordados.

A expressão “Fala só” muito usada em Angola quer basicamente impulsionar o interlocutor a falar sem tabus, sem entraves, sem papas na língua, a expressar livremente os seus pensamentos. 

Com inspiração na fala livre de Bonga Kwenda na sua mais recente faixa “Ti Zuela” do álbum Kintal da Banda, lançado em 2022, que ao fim de cada estrofe diz “…estou falar só”, estes artistas decidiram também “falar só” sobre as suas inquietações, experiências e vivência, nestes tempos modernos cada vez mais desafiadores.

As obras são predominantemente em pintura e ainda escultura, cerâmica, fotografia e video-arte. Os artistas envolvidos representam várias gerações, várias formas de estar e de pensar, e desenvolvem os seus trabalhos recorrendo a técnicas diferentes umas das outras.

Curador: Lino Damião

Artistas: 

Lino Damião

Don Ruelas

Indira Mateta

Nelo Teixeira

Jorge Sistelo

Erika Jamece

Grácia Ferreira

Anna Rocheta

Armanda Alves

Silvestre Quizembe

8 de abril - 8 de maio 

Galeria Artistas de Angola | Rua Sousa Lopes 12 A | Lisboa 

31.03.2022 | por arimildesoares | Bonga Kwenda, Fala Só, Galeria Artistas de Angola, lisboa